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A NATUREZA DA CONVERSÃO

Pr. Marcio Santos – Rancharia/SP (18) 98145-8456


Website: www.missaoneemias.webnode.com.br
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. ARREPENDIMENTO

3. FÉ E ARREPENDIMENTO DEVEM ANDAR JUNTOS

4. CONCLUINDO

5. REFRÊNCIAS

Pr. Marcio Santos – Rancharia/SP (18) 98145-8456


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A Natureza da Conversão

1. INTRODUÇÃO
Segundo a Bíblia, mui vasto é o assunto da doutrina da salvação, e
abrange muitas coisas.
A palavra conversão significa “voltar-se” – aqui ela significa a volta
espiritual, a volta do pecador para Cristo. Esse retorno é chamado
arrependimento; e o voltar-se para Cristo é chamado fé.
O firme propósito de Deus é oferecer a salvação à humanidade toda,
sem, contudo, tolher a liberdade do homem no tocante a aceita-la ou rejeitá-la.
Quando criou o homem, deu-lhe Deus o livre arbítrio, e este legado
continua a fazer parte da natureza humana. Até depois da queda continuou o
homem a ser criatura de vontade livre, se bem que servo do pecado. O próprio
pecado que o homem pratica é prova evidente desta asserção, porque ele o faz
voluntariamente. O homem, pois, é por natureza um ser livre.
Entendemos que a liberdade do homem é o poder pelo qual ele próprio
decide as suas questões, seus atos, e dirige o próprio destino. Quer dizer que
quando ele toma uma decisão fá-lo por si mesmo. E sua mesma a decisão e
não de outrem. E a própria pessoa, enfim, que decide e que resolve sobre
todos os seus atos. O fato de que Deus, em todos os tempos, tem reconhecido
o homem como responsável pelos seus atos é uma das provas frisantes do
livre arbítrio deste. E isto achamos na narrativa da queda, em Gênesis 3: 1-24.
Segundo lemos neste passo bíblico, tinha o homem plena liberdade de
escolher entre o bem e o mal, e Deus lhe disse, claramente, que seria
responsável pela escolha que viesse a fazer. Ainda mais, o castigo infligido ao
homem, em razão da má escolha que fez, é mais uma prova de que o Senhor o
achou responsável por seus atos. O próprio homem também reconheceu a sua
responsabilidade, tanto assim que procurou desculpar-se, dizendo a Deus: «A
mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.» E disto
se conclui, logicamente, que a responsabilidade do homem perante Deus prova
a sua liberdade. O homem é livre, os seus atos lhe são próprios.
A liberdade do homem é um dos elementos mais preciosos no grande
plano de Deus de criar a raça à sua imagem e semelhança.
Segundo a Bíblia, Deus oferece livremente a salvação, e o homem,
livremente, aceita-a ou rejeita-a, como queira. É assim que operam, sem
conflito, a soberania de Deus e a liberdade do homem. As duas se harmonizam
na experiência da salvação.

2. ARREPENDIMENTO
É a mudança voluntária da mente do pecador na qual ele rejeita o
pecado. Por ser, em essência, uma mudança da mente, envolve a do ponto de
vista, de sentimento e de propósito. Podemos, portanto, analisar o

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arrependimento sob três elementos constituintes, cada um dos quais
sucessivos, incluindo e implicando o anterior:
A) Elemento intelectual: mudança de ponto de vista – reconhecimento
do pecado como envolvendo culpa pessoal, contaminação e desesperança (Sl.
51. 3,7,11). Se não acompanhado dos elementos seguintes, este
reconhecimento pode manifestar-se no temor do castigo, apesar de que não há
nenhuma aversão pelo pecado. Tal elemento é indicado na expressão da
Escritura (Rm. 3.20 cf. 1.32).
Sl. 51.3,11 - “Porque eu conheço as minhas transgressões e o meu
pecado está sempre diante de mim [...] Não me lances fora da tua presença e
não retires de mim o teu Espírito Santo”; Rm. 3.20 - “pela lei vem o
conhecimento do pecado” ; cf. 1.32 - “os quais, conhecendo a justiça de Deus
(que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente fazem,
mas também consentem aos que as fazem” .
É bom lembrar que Deus requer de nós que não acalentemos nenhum
ponto de vista ou emoções que contradizem a verdade. Ele não quer que nós
tenhamos uma falsa humildade. Humildade (humus) = próprio da terra –
descida ao reconhecimento duro dos fatos - o enfrentamento da verdade. Por
isso, o arrepender-se não é chamarmo-nos por nomes duros. Não é bajulação
ou exagerada queixa de nós mesmos. É simplesmente o reconhecimento
daquilo que nós somos. O “humilde” Urias Heep o hipócrita consumado. Se nós
nos virmos do modo como Deus nos vê, diremos com Jó 42.5,6 -“Com o ouvir
dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso me
abomino e me arrependo no pó e na cinza”.
Sem a obra de Deus no coração não há nenhum reconhecimento
apropriado sobre o pecado nas pessoas quer de alto, quer de baixo nível. A
Lady Huntington convidou a duquesa de Buckingham para ouvir Whitefield, ao
que a duquesa respondeu: “É monstruoso ouvir dizer que eu tenho um coração
tão pecaminoso como os ordinários miseráveis que se arrastam pela terra; é
altamente ofensivo e é um insulto” . O Sr. Moody, após pregar aos prisioneiros
na cadeia de Chicago, visitou-os em suas celas. Na primeira ele encontrou
dois, que jogavam cartas. Eles apresentaram falsos testemunhos que haviam
sido proferidos contra eles. Na segunda cela, o convicto disse que o culpado
tinha fugido e ele, que era um mero cúmplice, tinha sido capturado. Só na
última cela o Sr. Moody encontrou um homem chorando por causa dos seus
pecados. Henry Drummond, depois de ouvir as confissões dos inquisidores,
disse: “Sinto-me doente por causa dos pecados destes homens; como será que
Deus está se sentindo”?
A experiência do pecado não nos ensina a reconhecê-lo. Não
aprendemos a reconhecer o clorofórmio pela frequência com que o inalamos. O
ébrio não entende os efeitos degradantes da bebida tão bem como a sua
miserável esposa e os seus filhos. Até mesmo a consciência natural não nos
fornece o necessário reconhecimento do pecado para o arrependimento.
Faraó, de coração endurecido fez a confissão "pequei” (Ex. 9.27), Balaão, com
a mente dividida (Nm. 22.34), o remorso de Acã (Js 7.20), o hipócrita rei Saul

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(1Sm. 15.24) o desesperado Judas (Mt. 27.4); mas em nenhum destes casos
houve um arrependimento verdadeiro. Este toma o partido de Deus contra nós
mesmos, tem a simpatia de Deus, sente quão indignamente o Rei, Pai, Amigo
dos homens tem sido tratado. Não existe a pergunta: “Qual a recompensa do
pecado para mim?” Mas “o que significa o meu pecado para Deus”? Como
simples reconhecimento do pecado isto envolve.
B) Elemento emotivo: mudança de sentimento - tristeza pelo pecado
cometido contra a bondade e a justiça e, portanto, detestável para com Deus
(Sl. 51.1,2,10,14). Este elemento do arrependimento é indicado na palavra da
Escritura (Mt. 27.3; Lc. 18.23; 2 Co. 7.9,10).
Sl. 51.1,2,10,14 - “Tem misericórdia de mim ... apaga as minhas
transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do
meu pecado. ... Cria em mim, ó Deus, um coração puro; Livra-me dos crimes
de sangue, ó Deus” ; Mt. 27.3,4 - “Então Judas, que o traíra, vendo que fora
condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos
sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente” ; Lc.
18.23 - Mas, ouvindo ele isso, ficou muito triste, porque era muito rico”; 2 Co.
7 .9 .1 0 - “agora, folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes
contristados para o arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus ...
Porque a tristeza segundo Deus gera arrependimento para a salvação, da qual
ninguém se arrepende; mas a tristeza segundo o mundo opera a morte” .
Devemos distinguir a tristeza pelo pecado da vergonha por causa dele e o
medo das suas consequências. Estas são o egoísmo, enquanto a tristeza
segundo Deus é desinteressada. “O homem pode irar-se consigo mesmo e
pode desprezar-se sem qualquer prostração humilde diante de Deus ou
confissão da sua culpa”.
O verdadeiro arrependimento ilustrado no S l. 51 não tem em mente 1.
As consequências, 2. Os outros, 3. A desculpa da hereditariedade; mas vê o
pecado como 1. Transgressão contra Deus, 2. Culpa pessoal, 3. Contaminação
do mais íntimo do ser. Perowne sobre o Sl. 51.1 - “Em toda a tristeza segundo
Deus há esperança. A tristeza sem esperança pode ser remorso ou desespero,
mas não arrependimento”. Muita coisa do assim chamado arrependimento é
ilustrada na oração da menininha: “Ó Deus, faze-me boazinha; não realmente
boa, mas o suficiente para que eu não tenha de ser castigada” ! Shakespeare,
Measure for Measure, 2.3 - “É justo, minha filha, porém, como tenho medo de
que só vos arrependestes do pecado por causa da vergonha que vos trouxe,
gênero de arrependimento que se dirige sempre a nós mesmos e não ao céu,
mostrando que não nos abstemos de ofender a Deus por amor a ele, mas pelo
amor que nos inspira ... Eu me arrependo do meu pecado como de um mal e
aceito o opróbrio com alegria”. Simon, Reconciliation, 195.379 - “Deus nos
busca para sermos tanto doadores quando recebedores, doadores até mesmo
para ele. Nós tiramos de sua imagem que podemos ser criadores e doadores,
não da compulsão, mas do amor”.
Só o Espírito Santo produz tal arrependimento. Na verdade, a
consciência está presente em todo o coração humano, mas só o Espírito Santo

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convence do pecado. Por que há necessidade do Espírito Santo? A. J. Gordon,
Ministry of Spirit, 189-201 - “A consciência dá testemunho da lei; o Espírito dá
testemunho da graça. A consciência apresenta a convicção legal; o Espírito, a
convicção evangélica. Um gera a convicção do desespero; o outro a da
esperança. A consciência convence do pecado cometido, da retidão
impossível, do juízo iminente; o Consolador convence do pecado cometido, da
justiça imputada, do juízo cumprido - em Cristo. Só Deus pode revelar o ponto
de vista divino do pecado e capacita o homem a entendê-lo”. Mas, apesar de
agonizante de tristeza, não constituirá o verdadeiro arrependimento, a não ser
que se encaminhe para ... ou seja acompanhado de ...
C) Elemento vontade: mudança de propósito - a volta interior do
pecado e disposição para buscar o perdão e purificação (Sl. 51.5,7,10; Jr.
25.5). Isto inclui e implicam os dois elementos anteriores e é, portanto, o mais
importante aspecto do arrependimento.
Sl. 51.5,7,10 - “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me
concebeu minha m ã e .... Purifica-me com hissopo, e ficarei mais puro; lava-
me e ficarei mais alvo do que a neve” . ... Cria em mim, ó Deus, um coração
puro e renova em mim um espírito reto”; Jr. 25.5 - “Convertei-vos, agora, cada
um do seu mau caminho e da maldade das suas ações” ; At. 2.38 - “E disse-
lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo” ; Rm. 2.4 - “Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e
paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao
arrependimento”?
W a l d e n , O Grande Sentido da Metánoia, bem apresenta o fato de
que “arrependimento” não é a verdadeira tradução da palavra, mas “mudança
da mente”. O arrependimento implica livre vontade. Por isso, Espinosa, que
não entende nada de livre vontade, não entende nada de arrependimento. No
livro 4 de sua Ética, diz: “Arrependimento não é virtude, isto é, não brota da
razão; ao contrário, o homem que se arrepende daquilo que fez é
duvidosamente desprezível ou impotente”. Argumenta ainda que para o bem da
sociedade não é interessante que as mentes vulgares sejam iluminadas quanto
a este assunto. O determinismo também considera irracional sentir indignação
justa ou conduta falsa a respeito de outras pessoas ou de nós mesmos. A
admiração moral é semelhantemente irracional para o determinista.
Na ampla distinção da doutrina escriturística, achamos o ponto de
vista católico romano, que considera os três elementos do arrependimento
como os seguintes: 1) contrição; 2) confissão; 3) satisfação. É claro que o
único elemento pertencente ao arrependimento é a contrição; contudo, desta
contrição o católico romano exclui toda tristeza pelo pecado da natureza.
Confissão é a que é feita ao sacerdote; e satisfação é a própria atuação do
pecador da pena como uma submissão temporal e simbólica e reparação à lei
violada. Este ponto de vista é falso e pernicioso porque confunde o
arrependimento com os frutos exteriores, concebe-o mais como exercido à
igreja do que a Deus e considera-o base meritória ao invés de mera condição
do perdão.

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Sobre a doutrina católica romana da pena, Thornwell (Collected
Writings, 1.423) assinala: “A culpa pode ser remida, dizem eles, enquanto a
pena é até certo ponto retida”. O sacerdote absolve, não de uma forma
declarativa, mas judicial. Negar a grandeza do pecado, faz o homem capaz de
tornar-se o seu próprio salvador. A satisfação de Cristo relativa aos pecados
após o batismo não é suficiente; a nossa satisfação o é. Mas objetamos que o
cumprimento do dever não pode promover a satisfação pela violação de uma
outra pessoa.
Requer-se de nós que nos confessemos uns aos outros, especialmente
aos que nos ofenderam: Tg. 5.16 - “Confessai as vossas culpas uns aos outros
e orai uns pelos outros para que sareis". Isto estabelece a mais dura ênfase no
nosso orgulho natural. Há uma centena de pessoas que confessam a um
sacerdote ou a Deus, onde há um que fará uma confissão franca e plena à
parte ofendida. A confissão a um superior religioso oficial não é uma penitência
nem uma prova dela. No confessionário as mulheres expõem os seus desejos
mais íntimos aos sacerdotes, que são proibidos de casar-se. Estes sacerdotes
são, às vezes, apesar de que gradualmente, corrompidos até o âmago e, ao
mesmo tempo são ensinados no confessionário precisamente a que mulheres
devem aplicar-se. Na França muitas famílias nobres não permitem que os seus
filhos se confessem e não se permite às sua mulheres que incorram no perigo.
Para maior explicação das representações escriturística, assinalamos:
a) Que o arrependimento, em cada um de todos os aspectos, é um
ato totalmente interior e não se confunde com a mudança de vida que
procede dele.
O verdadeiro arrependimento se manifesta e se evidencia na confissão
do pecado diante de Deus (Lc. 18.13) e pela reparação dos erros cometidos
aos homens (Lc. 19.8). Mas estes não constituem arrependimento; ao invés
disto, eles são frutos do arrependimento. Entre ‘arrependimento’ e ‘fruto digno
de arrependimento’, a Escritura estabelece clara distinção (Mt. 3.8).
Lc. 18.13 - “O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda
queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem
misericórdia de mim, pecador [‘sê propício a mim, o pecador’]” ; 19-8 - “E,
levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres
metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o
restituo quadruplicado”; Mt. 3.8 - “Produzi frutos dignos de arrependimento”.
Frutos dignos de arrependimento, ou frutos que demonstrem
arrependimento, são: 1. Confissão do pecado; 2. rendição a Cristo; 3. dar as
costas para o pecado; 4. reparação do erro cometido; 5. conduta moral reta; 6.
profissão de fé cristã.
Sobre Lc. 17.3 - “se teu irmão pecar contra ti repreende-o; e, se ele se
arrepender, perdoa-lhe” - B. H. Carroll assinala que a lei que faz o
arrependimento indispensável ao perdão é uniforme. Aplica-se ao perdão do
homem para o homem e o de Deus também para o homem, mas devo estar
certo de que eu acalento para o que ofende o espírito de amor, quer ele se
arrependa, quer não. Contudo o livramento de toda a maldade para com ele e

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até mesmo o amoroso trabalho cheio de oração que o leva ao arrependimento
não é o perdão. Isto eu só posso admitir quando na verdade ele se arrepende.
Se eu não lhe perdoo sem arrependimento, então eu imponho a minha regra a
Deus quando oro: “Perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos
nossos devedores” (Mt. 6.12).
Sobre a questão se o requisito de nós perdoarmos sem a expiação
implica que Deus o faz, ver Brit. and For. Evang. Review, out. 1881.678-691 -
“Resposta: 1. A presente constituição das coisas baseia-se na expiação.
Requer-se o perdão da nossa parte com base na cruz sem a qual o mundo
seria um inferno. 2. Deus é o Juiz. Nós perdoamos como irmãos. Quando ele
perdoa, ele é como o Juiz de toda a terra e todos os juízes terrenos são
representantes dele. Se os juízes terrenos podem exercer justiça, muito mais
Deus. O argumento que aboliria a expiação aboliria também todo o governo
civil. 3. Devo perdoar ao meu irmão com base no amor de Deus e no fato de
que Cristo leva os nossos pecados. 4. O Deus que requer a expiação é o
mesmo ser que a providencia. Isto é belo e generoso. Mas eu nunca posso
prover a expiação para o meu irmão. Por isso devo dá-lo gratuitamente só
baseado naquilo que Cristo fez por ele” .
b) Que o arrependimento é só uma condição negativa e não um
recurso positivo para a salvação.
Isto se evidencia do fato de que o arrependimento não é mais que o
dever presente do pecador e não pode fornecer equivalência às reivindicações
da lei relativas à transgressão passada. O verdadeiro penitente sente que o
seu arrependimento não é meritório. Independente do elemento positivo da
conversão, a saber, fé em Cristo, seria apenas tristeza pela culpa não
removida. Tal tristeza, contudo, não é mero produto da vontade humana, mas
um dom de Deus.
At. 5.31 - ‘‘Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador,
para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados” ; 11.18 - “Até
aos gentios deu Deus arrependimento para a vida” ; 2 Tm. 2.25 - “se
porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade” . O
verdadeiro penitente reconhece que o seu pecado merece punição. Ele nunca
considera a sua penitência como equivalente às demandas da lei, ou como
tornando a punição injusta. Whitefield: “Há necessidade de arrependimento e o
sangue de Cristo lavará até mesmo as nossas lágrimas” . Shakespeare e,
Henrique V, 4.1 - “E farei mais: Apesar de que, de tudo o que eu posso fazer,
nada é digno, visto que a minha penitência vem depois de tudo implorar
perdão; implorar perdão tanto pelo crime como pelo arrependimento imperfeito.
c) Que o verdadeiro arrependimento, contudo, nunca existe a não
ser em conjunção com a fé.
Tristeza pelo pecado, não simplesmente por causa das más
consequências para o transgressor, mas por causa da sua intrínseca aversão
oposta à santidade divina e amor, é praticamente impossível sem alguma
confiança na misericórdia de Deus. É a cruz que primeiro nos faz verdadeiros
penitentes (cf. Jo. 12.32,33). Por isso toda verdadeira pregação de

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arrependimento é implicitamente uma pregação de fé (Mt. 3.1-12; cf. At. 19.4),
e o arrependimento para Deus envolve fé no Senhor Jesus Cristo (At. 20.21;
Lc. 15.10,24; 19.8,9; cf. Gl. 3.7).
Jo. 12.32,33 - “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a
mim. E dizia isso significando de que morte havia de morrer”. Mt. 3.1-12 - A
pregação de João Batista sobre o arrependimento é também uma pregação
sobre a fé; o que aparece em At. 19.4 - “Certamente João batizou com o
batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia
de vir, isto é, Jesus Cristo” . Arrependimento envolve fé; At. 20.21 -
“testificando, tanto a judeus como gregos a conversão a Deus e a fé em nosso
Senhor Jesus Cristo” ; Lc. 15.10,24 - “há mais alegria diante dos anjos de Deus
por um pecador que se arrepende. ... este meu filho estava morto e reviveu;
estava perdido e foi achado” ; 19.8,9 - “dou a metade dos meus bens e se em
alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe
Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão” -
o pai dos crentes; cf. Gl. 3.6,7 - “É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isto
lhe foi imputado como justiça. Sabei, pois que, os que são da fé são filhos de
Abraão”.
Lc. 3.18 diz a respeito de João Batista: “anunciava o evangelho ao
povo”, e a mensagem do evangelho, a alegre nova, é mais do que uma ordem
para o arrependimento; é também um oferecimento da salvação por meio de
Cristo. 2 Cr. 34.19 - “Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei das Palavras da Lei,
rasgou as suas vestes” . Moberly, Atonement and Personality, 44-46 - “Na
proporção exata em que alguém peca, ele torna impossível arrepender-se. O
arrependimento deve ser a obra de um outro ser nele. Acaso não é o Espírito
do crucificado a realidade da penitência no verdadeiro penitente?” Se isto for
verdade, então é claro que não existe de modo algum verdadeiro
arrependimento que não seja acompanhado pela fé que nos une a Cristo.

d) Que, contrariamente, sempre que há verdadeira fé, há também


verdadeiro arrependimento.
Porque arrependimento e fé são apenas lados diferentes ou aspectos
do mesmo ato de volta, a fé é inseparável do arrependimento como o
arrependimento é da fé. Deve ser uma fé irreal onde não há arrependimento
assim como deve haver arrependimento irreal onde não há fé. Contudo, porque
um aspecto de sua mudança é mais proeminente no pensamento do convertido
do que o outro não podemos concluir que este não exista. Só esse grau de
convicção do pecado é essencial para a salvação, o que leva a um
afastamento do pecado e confiante rendição a Cristo.
Bispo Hall: “Nunca Cristo entrará na alma em que o arauto do
arrependimento não tiver estado antes”. 2 Co. 7.10 - “arrependimento para a
salvação”. Na consciência, a sensação e a percepção ocupam uma razão
inversamente recíproca. A visão clara dificilmente é a consciência da sensação,
mas os olhos inflamados dificilmente estão conscientes de qualquer coisa além
da sensação. Assim o arrependimento e a fé raramente ocupam lugar

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igualmente proeminente na consciência do convertido; mas é importante saber
que nenhum deles pode existir sem o outro. Mais cedo ou mais tarde, o
verdadeiramente penitente mostrará que ele tem fé; e aquele que
verdadeiramente crê, no devido tempo, mostrará que detesta e renuncia o
pecado.
A questão sobre intensidade ou volume de convicção que o homem
necessita para garantir a sua salvação pode ser respondida perguntando que
estímulo é necessário na caldeira da locomotiva em chamas. Do mesmo modo
que neste caso, o suficiente para promover o esforço para o movimento; assim
também, no primeiro caso, é necessário o suficiente sentimento de remorso
para induzir o pecador a entregar-se confiadamente a Cristo.

3. FÉ E ARREPENDIMENTO DEVEM ANDAR JUNTOS


A fé ocupa posição central na religião da Bíblia. Ela ocupa um lugar
central tanto no Velho como no Novo Testamento; ela é tão rica, tão extensiva
e de tão grande alcance, que é mais fácil descrevê-la que defini-la. Sigamos,
portanto, o método descritivo, e bem pode ser que, depois da descrição,
estejamos em condições de tentar uma definição da fé.
Todas as coisas existentes podem ser classificadas em dois grupos: o
que está dentro do homem, e o que está fora dele. Ao que está dentro do
homem chamemos mundo subjetivo, e ao que está fora chamemos mundo
objetivo. Ambos estes mundos são mui vastos e encerram mistérios
inteiramente desconhecidos. O mundo objetivo abrange o céu, a terra, Deus,
Jesus Cristo e tudo, enfim, quanto está fora do homem. Tudo o que nos
representa um objeto pertence ao mundo objetivo; e tudo quanto está em nós
pertence ao mundo subjetivo.
O mundo objetivo é muito mais conhecido, porque temos mapas do
céu, da terra e até do mar; mas do mundo subjetivo, que é vastíssimo, mui
pouco conhecemos. Só Jesus é quem sondou convenientemente as
profundezas do mundo subjetivo e revelou os mistérios da alma feita à imagem
de Deus. A Bíblia é a geografia da alma.
No mundo subjetivo há apenas necessidades e poderes pessoais. É
bom que tenhamos isto sempre em mente. No mundo subjetivo, isto é, na alma
do homem, encontramos somente apetites, desejos, fome, sede, saudades,
poderes pessoais, etc. A fome indica necessidade de alimento, a sede indica
necessidade de água, a saudade revela necessidade de companheiros, etc., e
assim vemos que só necessidades enchem o mundo subjetivo, onde se não
encontra satisfação para nenhuma delas. Devemos reter bem na memória esta
verdade: que a alma do homem está cheia de necessidades, aspirações,
desejos e que nele próprio não se encontra satisfação para nenhuma delas.
É no mundo objetivo que encontramos a satisfação de todas as
necessidades do mundo subjetivo. Achamos no mundo subjetivo a fome, no
objetivo o pão; no subjetivo a sede, no objetivo a água; no subjetivo o desejo
de saber, no objetivo a verdade. Enfim, para cada necessidade que se verifica

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no mundo subjetivo, encontramos a adequada satisfação no mundo objetivo,
por isso que Aquele que criou os céus e a terra criou também a alma humana.
Estes dois mundos são interdependentes: o mundo subjetivo depende
do mundo objetivo, e o mundo objetivo depende do mundo subjetivo. O
progresso de um depende do progresso do outro. «Alma do progresso é o
progresso da alma.» O mundo objetivo depende do mundo subjetivo para o seu
progresso, e o mundo subjetivo depende do mundo objetivo para a satisfação
de suas necessidades. Cortado o mundo subjetivo do objetivo e dele desligado,
e separado este dos poderes daquele, ficam estacionários. Cada um, portanto,
necessita grandemente do outro; e, relacionados, satisfazem, mutuamente, às
necessidades de ambos.
Qual o meio, então, por que se ligam estes dois mundos de maneira a
satisfazer às necessidades recíprocas? Qual a ponte por onde passam os
poderes do mundo subjetivo para o objetivo, e os bens do mundo objetivo para
o subjetivo? Como se pode estabelecer um intercâmbio entre estes dois
mundos, para mutuamente se completarem?
Vê-se claramente que a relação entre estes dois mundos é problema
da mais alta importância e que a ponte que os liga é de incalculável valor,
assim para um como para o outro. Achar a solução desse problema é lançar as
bases tanto para a vida como para o progresso.
A fé é o meio pelo qual se ligam estes dois mundos. É pela fé que se
estabelece o intercâmbio entre o mundo objetivo e o subjetivo. Convém notar
que não estamos afirmando que a fé estabelece o intercâmbio entre os dois
mundos, mas que este intercâmbio se estabelece pela fé. Pela fé não só o
homem reconhece a sua necessidade, senão também procura achar a
satisfação que para ela existe no mundo objetivo. Exemplos: Pela (é reconhece
o homem a sua fome e pela fé age em busca da satisfação da fome no mundo
objetivo; pela fé ele reconhece a necessidade de aprender, sente a sede de
ciência, e pela mesma fé bate à porta do mundo objetivo, em busca da
verdade; pela fé ele reconhece a necessidade de um Salvador, e pela fé
procura a salvação em Jesus Cristo. Não chega o homem a satisfazer a
nenhuma das suas necessidades, senão pela fé. Assim o homem em geral,
como o justo em particular, vivem pela fé. Todas as fases da vida são um
resultado da fé. Sem fé, não há, nem pode haver vida.
Notemos, aqui, mais particularmente, a maneira por que a fé opera. Diz
a Bíblia que somos salvos pela fé. Como é isto? Como pode a fé salvar o
homem? Ilustremos, para melhor compreensão. Pela fé reconhece o homem
que tem sede e que necessita de água, e a mesma fé que lhe revelou essa
necessidade leva-o a procurar a água e bebê-la. Bebendo-a, o homem entrega
verdadeiramente o corpo à ação da água, como que a dizer-lhe: Água, entra
em mim, faze a tua vontade, expulsa do meu corpo a sede e salva-me da
morte. E a água, já por sua natureza, já por estar o corpo inteiramente
submisso ao seu poder, opera no homem a desejada mudança, expulsa-lhe do
corpo a sede e prolonga-lhe a vida. Vê-se, daí, que a obra da fé na salvação é
estabelecer o contato entre a necessidade e a satisfação: entre a água e a

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sede. O mesmo processo se realiza quando o homem exerce a sua fé e:ni
Cristo Jesus. Pela fé reconhece o homem a necessidade de salvação, e pela
mesma fé é ele levado a crer em Cristo Jesus. Quando o homem crê, entrega-
se pelo mesmo ato a Jesus, dizendo: Mestre, entra em meu coração, faze em
mim a tua vontade, todo o meu ser está à tua disposição. E, devido à sua
natureza e aos seus poderes, e por já lhe haver sido entregue a alma, Jesus
opera a salvação e torna-se realmente o Salvador. É assim que pela fé somos
salvos por Jesus. A fé conduz-nos ao Salvador. A fé coloca a verdade na
mente e Jesus no coração. A fé liga a necessidade à salvação, o pecador ao
Salvador. Mas a fé ainda faz mais do que isto, porque, como já vimos, o mundo
objetivo, para o seu progresso e desenvolvimento, necessita dos poderes
pessoais que residem no mundo subjetivo. A fé é a ponte que dá passagem a
estes poderes do mundo subjetivo para o mundo objetivo, onde eles operam,
constantemente, a sua transformação. Jesus tinha isto em mente quando
disse: «Porque, na verdade, vos digo que, qualquer que disser a este monte,
ergue-te, lança-te ao mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará
aquilo que disser, tudo o que disser lhe será feito.» Todos os grandes
empreendimentos, assim do passado como de hoje, são monumentos de fé,
porque todo o progresso material, intelectual e espiritual é nela baseado. Assim
sendo, o coração de todo o progresso é o progresso de todo o coração. Não
admiremos, por isso, do dizer das Escrituras: «Sem fé é impossível agradar a
Deus.»
Antes de concluirmos a discussão sobre a fé, precisamos notar que ela
traz sempre os maiores e mais perfeitos conhecimentos. Há uma ideia, aliás
muito comum, de que o homem deve andar pela luz da razão enquanto esta
lhe pode servir de guia; onde, porém, a razão não pode penetrar, ele tem de
andar às apalpadelas, pela fé, como se fora a fé coisa falha e contrária ao
verdadeiro conhecimento. Ideia errônea esta. Pela fé não anda o homem de
olhos fechados; o que acontece é justamente o contrário. A fé é que produz a
maior certeza, que derrama maior luz e que dá maior orientação na vida. Quem
anda pela fé não erra, antes acerta com o caminho.
Da seguinte maneira podemos ilustrar o conhecimento trazido pela fé:
Conhecemos matemática por um processo puramente intelectual. A
matemática é apenas uma ciência da cabeça. Pode dizer-se, portanto, que se
conhece matemática somente do pescoço para cima. A compreensão das
matemáticas envolve apenas uma parte da pessoa. Mas o mesmo não se dá
no tocante ao conhecimento que o indivíduo tem de sua mãe. Este
conhecimento é muito mais íntimo e seguro do que o conhecimento da
matemática. Mais fácil é duvidar da matemática do que duvidar do amor de
mãe, e a razão disso é que o conhecimento que o indivíduo tem de sua mãe
envolve mais do que simplesmente as faculdades intelectuais, isto é, envolve
também os seus sentimentos. O conhecimento que adquirimos pela própria
experiência com a nossa mãe é mais seguro, mais real e mais poderoso.
Podemos dizer que o conhecimento que temos de nossa mãe envolve tanto as
faculdades intelectuais como as sentimentais. Isto é, este conhecimento

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abrange- nos totalmente, desde o coração até o alto da cabeça. O verdadeiro
conhecimento não vem só por uma faculdade, senão por duas; e é por isso que
há maior certeza e menor possibilidade de duvidar.
O conhecimento trazido pela fé é um conhecimento experimentado e
provado pela personalidade inteira. Salvo pela fé em Jesus, o crente sabe
disso desde as plantas dos pés até o alto da cabeça, porque o ato de crer em
Jesus envolve toda a personalidade. O ato supremo que a pessoa pode
praticar é ter fé em Jesus, e esta fé lhe traz uma certeza inabalável. Ela pode
duvidar de tudo, menos desse conhecimento que todo o seu ser apoia e
proclama. É mais fácil, como dissemos acima, duvidar do conhecimento da
matemática que do conhecimento da nossa mãe, que do conhecimento da
salvação que temos em Jesus Cristo. Este é o mais seguro, o mais perfeito e
nos é trazido pela fé. Quem anda pela fé anda na luz. Quem conhece pela fé
adquire o conhecimento mais perfeito. É mesmo como disse o apóstolo Paulo:
«Eu sei em quem tenho crido, e estou certo que é poderoso para guardar ô
meu depósito até aquele dia.» Por isso, «a fé é o firme fundamento das coisas
que se esperam a prova das coisas que se não vêem.»

4. CONCLUINDO
Podemos definir o arrependimento da seguinte maneira:
Arrependimento é a tristeza de coração pelo pecado, a renúncia ao pecado e o
compromisso sincero de abandoná-lo e de andar em obediência e Cristo.
No arrependimento, portanto, o homem pensa e sente mais em relação
a Deus do que em relação ao feio pecado que tem cometido. Isto não quer
dizer que o arrependido não chora os seus pecados, porque os choram todos
os que realmente se arrependem; porém o que entristece mais é a realização
da maneira por que se tem orientado até então em relação a Deus.
Devemos notar ainda que o arrependimento é o resultado da graça de
Deus na alma do pecador. A bondade de Deus leva o homem ao
arrependimento. No verso 4 do capítulo 2 da Carta aos Romanos encontramos
estas palavras: «Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência,
e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao
arrependimento?» Diz-nos mais o verso 31 de Atos 5 que Cristo foi exaltado
para dar a Israel o arrependimento e a remissão do pecado. «Deus, com a sua
destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a
remissão dos pecados.»
Encerro essa preposição com o entendimento de uma tribo indígena da
Guatemala que define o arrependimento da seguinte maneira: Doe; doeu
tanto que eu não quero mais fazer!

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5. REFERÊNCIAS
_______________Grudem, Wayne A. Manual de Teologia Sistemática.
Uma Introdução aos Ensinos Fundamentais da Fé Cristã. São Paulo. Editora
Vida, 2001.
_______________Langston, A. B. Esboço de Teologia Sistemática. Rio
de Janeiro. Juerp, 1999.
_______________Strong, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática.
São Paulo. Edição 2, Hagnos, 2003.

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