Você está na página 1de 2

Nome: Jéssica Martins Silva DRE:119034091

O parasitismo é uma relação interespecífica (espécies diferentes) desarmônica, ou


seja, se trata de uma interação onde uma espécie parasita se aproveita de outra
(espécie hospedeira), podendo causar grandes danos.
Aqui separamos dois exemplos de parasitismo, para ilustrar que foi explicado
anteriormente:

Cipó-Chumbo ​(Cuscuta racemosa), ​essa é uma planta que pode ser encontrada em
diversas regiões do país, sua principais características são: não tem raiz, suas
folhas não possuem clorofila e não realizam fotossíntese. Logo, para sobreviverem
elas se adaptaram, essa espécie penetra no caule da planta hospedeira, se fixando
na planta para obter substâncias na qual não possuem sozinhas. Essa drenagem
severa de nutrientes da planta hospedeira afeta a sua concentração de íons nas
células e altera seu metabolismo. Visualmente, a planta parasitada fica menor que o
usual por conta da perca de nutrientes, podendo levá la a morte.

Ribeiroia ondatrae, ​é um trematódeo, pertence ao filo platelminto, ele divide o seu


ciclo de vida entre três hospedeiros, seu primeiro hospedeiro são caramujos, no
qual ele se desenvolve por reprodução assexuada e produzem cercárias (larvas)
livre-natantes, essas cercárias infectam girinos e atuam formando cistos junto aos
botões germinativos dos membros dos girino, esses cistos interferem no
desenvolvimento dos membros posteriores dos anfíbios, essas deformações leva
aos anfíbios a possuírem um aumento de pernas maior que o habitual. Essa
estratégia funciona para que os anfíbios se tornem mais chamativos aos seus
predadores (aves) e é esse o seu hospedeiro definitivo, onde o parasita irá atingir
seu estágio adulto e irá se reproduzir de forma sexuada, onde seus ovos serão
liberados na água e vão eclodir se tornando miracídios que infectam os caramujos…

Epidemias em populações naturais não humanas resultam em uma pertubação no


equilíbrio do ecossistema, consequentemente, afetam no fluxo de energia das
cadeias alimentares. Levando como exemplo o trematódeo ​Ribeiroia ondatrae, ​em
uma situação hipotética começasse a se reproduzir em grande escala, os anfíbios
desse local fictício, sofreriam maiores ocorrências de mutações, o que faria com que
fossem bastante predados, as consequências dessa “epidemia”, seria a alta de
mortalidade desses anfíbios e as aves que somente predassem os mesmos seriam
diretamente atingidas com a falta do seu “principal alimento”. A seleção natural
poderia atuar de diversas maneiras nesse caso hipotético, porém citarei duas. Na
primeira as aves que não se alimentassem apenas de anfíbios seriam as mais
adaptadas ao meio e sobreviveriam as consequências dessa pandemia, no segundo
caso, por conta da pressão seletiva para evitar a ação do parasita, alguns anfíbios
sofreriam uma mutação que os tornariam imunes ao trematódeo citado.
O parasitismo na natureza é comum e até existem ecólogos que indicam que essa
relação é essencial para a evolução das espécies a diferença entre esse processo e
os que sofrem interferência humana é que com tanto desmatamento de diversas
espécies, os parasitas procuram novos hospedeiros e em alguns casos são os
seres humanos, ou seja, parasitas que antes se hospedavam em uma espécie x,
sendo afetados pela predação de seus hospedeiros, e destruição do ecossistema
onde se encontram, acabam sofrendo mutações que os tornam capazes de
parasitar espécies que antes eles não conseguiam.
Se levarmos em conta que o aumento do número de patógenos está estreitamente
relacionada com o desmatamento, uma das maneiras de se reduzir a velocidade de
dispersão dos mesmos seria respeitando a natureza, e no caso de humanos tendo
bons hábitos de higiene, entre outras ações que seriam mais específicas a como
esse patógeno atuária.
Como dito anteriormente, a evolução dos patógenos em humanos está ligado ao
desmatamento de habitats, caças ilegais, entre outros, logo, para interferir o
processo de evolução desses patógenos na população humana é importante manter
a natureza e a diversidade de espécies “intactas”, pois se houver alta diversidade de
espécies hospedeiras, pode se reduzir o risco de doenças, isso na ecologia é
chamado de efeito de diluição. (Os seres humanos precisam entender que é
necessário viver em harmonia com a natureza, ou episódios como os dos dias
atuais serão cada vez mais normais.)

Bibliografia
CAIN, Michael L.; BOWMAN, William D.; HACKER, Sally D. Ecologia, 3.ed. Editora
Artmed, 2011.
https://bv.fapesp.br/pt/auxilios/14658/alteracoes-fisiologicas-e-bioquimicas-da-intera
cao-cuscuta-racemosa-x-malvaviscus-arboreus/

http://www.petbio.ib.ufu.br/node/356

https://www.estadao.com.br/noticias/geral,parasitas-sao-essenciais-na-ecologia-diz-
estudo,20060712p63810

Você também pode gostar