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Update | Especial COVID-19

05/04/2020

Saúde
Atualização COVID-19

Enfrentamos um dos períodos mais desafiadores e conturbados de todos os tempos. O vírus


COVID-19 que surgiu na China no final do ano passado, tem se disseminado rapidamente Target Target Atual*
Ticker Rec.
pelo mundo e tem mais de 1,0 milhão de casos confirmados (até a divulgação deste 20Ye 201Ye
relatório), em mais de 183 países, onde Espanha e Itália estão sendo fortemente impactados.
AALR3 C 19,00 24,00 8,32
O primeiro caso confirmado com COVID-19 no Brasil foi detectado em São Paulo, no dia 26
GNDI3 C 63,00 89,00 37,35
de fevereiro. Até 05/04/2020, foram confirmados 11.130 casos e 486 mortes ou 4,4% do
HAPV3 C 60,00 71,00 37,75
total. Este quadro pode ser ainda mais dramático se considerarmos que provavelmente está
HYPE3 N 38,00 45,00 28,72
subestimado o número de casos confirmados no país. Essa diferença se deve ao caráter
ODPV3 C 20,00 22,00 14,95
extraordinário da doença, seja pela velocidade em que tem avançado como, pela falta de
PARD3 C 25,00 30,00 16,85
testes disponíveis à população, distorcendo o dado oficial de contaminados.
PFRM3 C 7,00 10,00 4,00
Atualmente, os exames de confirmação de COVID-19 só estão sendo realizados em RADL3 C 130,0 138,0 95,00
hospitais e somente em casos considerados graves, pois mesmo os laboratórios privados C: Compra; N: Neutra; V: Venda; *Data-
têm limitação do número de pessoas que podem ser testados, diante disto, podemos base: 03/04/2020
Fonte: Eleven Financial Research e
assumir que o número de infectados é substancialmente acima dos casos confirmados. A
Economatica
grande questão é se o Brasil vai conseguir controlar os casos colocando em prática as lições
aprendidas com outros países que estão em estágio mais avançado ou se teremos um caos
no sistema de saúde. Mariana Ferraz
Analista
O cenário é muito preocupante para o país. Apesar do Brasil ter 20.000 leitos de UTI por
100 mil habitantes, número superior quando comparado ao de países desenvolvidos, a Luísa Hiraki
Analista
distribuição destes leitos pelo país, tanto no serviço público com no privado, é desigual. A
maior concentração está no Sudeste e na rede privada. Entretanto, há indícios de múltiplos Daniela Bretthauer
focos de contaminação do COVID-19, em diversos estados o que torna o combate à doença Co-Head de Renda Variável
ainda mais complexo.
Carlos Eduardo Daltozo
Figura 1 - Número de leitos por 10.000 habitantes por sistema de saúde e região - Brasil Co-Head de Renda Variável

Capital Interior Total


Região SUS Não SUS Total SUS Não SUS Total SUS Não SUS Total
Centro- Oeste 2,51 7,90 4,18 0,54 4,74 1,07 1,17 6,61 2,24
Nordeste 3,22 5,70 4,02 0,40 3,83 0,60 0,88 4,97 1,35
Norte 1,90 7,22 3,07 0,32 2,09 0,40 0,75 5,64 1,23
Sudeste 3,27 6,00 4,64 1,32 3,35 1,91 1,69 4,32 2,58
Sul 5,11 4,45 4,79 1,38 2,79 1,66 1,71 3,23 2,07
Média Brasil 3,07 6,04 4,26 0,89 3,33 1,33 1,30 4,45 2,03
Fonte: Associação de Medicina Intensiva Brasileira, CNES e IBGE. Elaborado por Eleven financial Research.

Para tentar evitar o colapso do sistema de saúde brasileiro, medidas de paralisação,


confinamento e hábitos de prevenção estão sendo adotadas em todo país, com mais força
nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde atualmente encontram-se o maior número
de casos. Sem estas medidas, muitos brasileiros seriam infectados ao mesmo tempo, e o
sistema de saúde não suportaria.

Maurício José Leal Rodrigues - 020.864.735-08 elevenfinancial.com


ELEVEN FINANCIAL RESEARCH | 1
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Figura 2 - Capacidade do sistema de saúde x demanda


0,3
0,25 Transmissão fora de controle.

Número de casos
0,2
0,15 Capacidade do sistema de saúde
0,1
0,05
Transmissão controlada reduz a pressão
sobre o sistema de saúde.
0
4 9 Tempo
14 desde o primeiro
19 caso 24 29

Fonte: Esther Kim, Carl T. Bergstrom, Universidade de Washington. BBC. Elaborado por Eleven Financial Research.

Até o momento, os hospitais estão conseguindo atender a demanda dos casos


contaminados por COVID-19. O sistema público e os hospitais de nicho tem sido os mais
impactados. Em um primeiro momento, quando a contaminação era importada de outros
países, os hospitais mais demandados foram o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital
Sírio-Libanês, ambos em São Paulo. As operadoras de saúde mais impactadas até o
momento foram as do modelo fee-for-service, que atuam com repasse aos hospitais
conforme utilização. Porém, a partir do momento que o contágio se tornou local e mais
amplo, entendemos que a rede pública tende a ser a mais impactada. Atualmente, cerca de
22% (47,0 milhões) da população brasileira possui planos de saúde, e, dentre eles, apenas
14% (6,6 milhões) tem mais de 60 anos, que são considerados o grupo de risco (excluindo
portadores de doenças crônicas, como cardíacos, diabéticos e que tenham baixa
imunidade), restando o grande esforço para o SUS (Sistema único de saúde). O Governo de
São Paulo, por exemplo, está montando estruturas extras de leitos de UTIs para tentar evitar
o colapso do SUS. O BNDES liberou linhas de créditos específicas para criação de novos leitos,
como parte das ações de contingência colocadas em práticas pelo Governo na luta contra
COVID-19. Mas o melhor, mais rápido e menos custoso método de evitar a sobrecarga no
sistema de saúde, é sem dúvida, o isolamento social.

Figura 3 - Brasileiros com planos de saúde ativo (milhões)


60
45
30 14%

15

01 a 05 a 10 a 15 a 20 a 25 a 30 a 35 a 40 a 45 a 50 a 55 a 60 a 65 a 70 a 75 a 80 ou
4 9 14 19 24 29 34 39 44 49 54 59 64 69 74 79 mais
anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos

Fonte: ANS, sala de situação ref. jan/20. Elaborado por Eleven Financial Research

Visão macroeconômica no setor


Iniciamos o ano de 2020 com uma visão bem construtiva para o setor de saúde. Após 5 anos
de estagnação do número de beneficiário, diante do ambiente macroeconômico desafiador
no período, nossa expectativa para 2020 era de um ano de inflexão desta curva. A queda
gradual da elevada taxa de desemprego e a expectativa de realização das reformas traria a
recomposição da demanda a partir de uma retomada da atividade econômica. As
Companhias (listadas) do setor, também estão com endividamento confortável (com
exceção de Profarma 3,8x no 4T19).

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A paralisação dos setores considerados não essenciais e principalmente, a incerteza de como


e quando a situação irá se normalizar, nos levou a rever esta expectativa positiva para 2020
e dado o novo cenário traçado de retração de 2,8% do PIB e aumento nas taxas de
desemprego para 2020, nossa visão para o setor é bem menos positiva.

Um cenário menos favorável no nível de emprego, afeta diretamente o setor de saúde. A


grande maioria dos planos de saúde são corporativos ou por adesão (~80%) no Brasil. Devido
ao limite de reajuste imposto por lei aos planos individuais, poucas operadoras oferecem
esta modalidade. Diante desta realidade, o nível de desemprego tem importante correlação
com o número de planos de saúde ativos no país. A expectativa era de crescimento da base
de beneficiários em 2020, porém, com a nova realidade do COVID-19, aguardamos queda
do número de beneficiário, impactando toda a cadeia de saúde no médio prazo.

Ainda que identifiquemos algum impacto no setor de saúde, entendemos que ele ainda será
bem menor quando comparado a outros setores, como por exemplo, os setores de turismo
e transporte aéreo, entre outros.

Panorama Geral COVID-19


Para melhor entendimento do impacto na cadeia de saúde decorrente deste cenário de
crise, separamos as companhias do universo Eleven, em três grupos; (i) Operadoras, (ii)
Laboratórios e (iii) Farmácias/Farmacêutica. Vale lembrar que todos os dias surgem fatos
novos que mudam rapidamente e consequentemente podem impactar drasticamente o
cenário. E diante de um ambiente de muita incerteza, as Companhias não sabem precisar o
real impacto na operação e nos resultados futuros neste momento.

Elaboramos dois cenários, o cenário base 2020 e o 2021 onde a pandemia já deve ter sido
superada. Incorporamos premissas de risco de acordo com cada cenário e as informações
disponível no momento. Para o cenário 2020, incorporamos um maior prêmio de risco no
WACC, resultado de um ambiente macroeconômico mais desafiador. E para o cenário de
2021, onde deve ocorrer a recuperação, acreditamos que empresas como Grupo
NotreDame Intermédica, Hapvida, RD e Profarma tenham uma recuperação mais rápida que
empresas de outros setores.

Figura 4 - Resumo de Recomendações

Preço Recom. Preço-alvo Recom. Preço-alvo Upside Preço-alvo Upside


Ticker (03/04) Anterior Anterior 2020E 2020E 2021E 2021E
ODPV3 14,95 COMPRA R$ 22,00 COMPRA R$ 20,00 33,8% R$ 22,00 47,2%
GNDI3 37,35 COMPRA R$ 91,00 COMPRA R$ 63,00 68,7% R$ 89,00 138,3%
HAPV3 37,75 COMPRA R$ 71,00 COMPRA R$ 60,00 58,9% R$ 71,00 88,1%
AALR3 8,32 COMPRA R$ 26,00 COMPRA R$ 19,00 128,4% R$ 24,00 188,5%
PARD3 16,85 NEUTRO R$ 18,00 COMPRA R$ 25,00 48,4% R$ 30,00 78,0%
RADL3 95,00 NEUTRO R$ 120,00 COMPRA R$ 130,00 36,8% R$ 138,00 45,3%
PFRM3 4,00 COMPRA R$ 10,00 COMPRA R$ 7,00 75,0% R$ 10,00 150,0%
HYPE3 28,72 NEUTRO R$ 45,00 NEUTRO R$ 38,00 32,3% R$ 45,00 56,7%
Fonte: Economatica e Eleven Financial Research

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Operadoras
Reforçamos nossa recomendação de Compra para GNDI3, HAPVI3 e ODPV3. No primeiro
trimestre deste ano, as operadoras de saúde Intermédica e Hapvida ainda não sofreram
impacto relevante na operação. Como citamos acima, os hospitais de nicho, e por
consequência, as operadoras do modelo fee-for-service, bem como, o SUS, foram os mais
impactados até o momento. Acreditamos que a partir do segundo trimestre, devido ao estágio
avançado da contaminação, as operadoras verticalizadas também deverão ser impactadas.

No 2T20, devemos observar um grande aumento do número de casos, incluindo,


principalmente, os casos não confirmados, gerando assim, maior utilização de toda a rede de
saúde. A sinistralidade (utilização do plano de saúde) deve aumentar para estes eventos. No
caso da GNDI e Hapvida, acreditamos que deverá ocorrer um aumento na sinistralidade devido
ao COVID-19 em ambas, nos próximos dois trimestres, com maior ênfase no 2T20. Para diluir
este impacto na operação e estarem preparadas para o aumento da demanda relacionada ao
surto, as operadoras estão postergando os eventos eletivos, como consultas, exames e,
principalmente, cirurgias (maior representatividade da sinistralidade). Estes eventos
postergados devem impactar negativamente o resultado do 4T20. Ambas trabalham com um
“pulmão” em suas instalações, ou seja, não utilizam a capacidade máxima da rede no dia-a-dia,
o que vai contribuir positivamente neste momento. Como resultado desta equação, estimamos
um aumento de 1,9 p.p nos custos do GNDI e 0,7 p.p. no Hapvida em 2020. Intermédica
adiantou a ativação de um hospital que será destinado aos casos específicos de COVID-19 e
deve ser mais impactada que a Hapvida devido a sua relevante atuação no Sudeste. Outro
aspecto positivo, é o fato das duas empresas se beneficiarem de momentos de crise como este,
se recuperando rapidamente em um ambiente pós crise. Devido ao ticket médio mais baixo
das operadoras verticalizadas, resultado do maior controle de custos e despesas, empresas que
necessitam fazer cortes em suas despesas acabam optando por elas. Vale ressaltar que
mantemos nossa visão positiva para ambas, pois não enxergamos um impacto relevante a
ponto de comprometer a estrutura dos negócios.

GNDI3 ou HAPV3? Por mais que estimamos um impacto mais brando para Hapvida nesta crise,
e, a mesma tenha múltiplos mais atraentes e margens mais altas que o Grupo NotreDame
Intermédica, mantemos nossa preferência por GNDI. Em uma visão fundamentalista,
entendemos que GNDI é uma empresa mais consolidada, com boa governança, maior
flexibilização na oferta dos planos de saúde, e desta forma possui maior possibilidade de
ganho através de eficiência operacional, uma vez que tem mais espaço para redução na
sinistralidade e maior expertise na integração de empresas, ponto crucial no momento de
crescimento acelerado. Como dito em relatórios anteriores, matemos uma projeção mais
conservadora para os números de GNDI e ainda assim identificamos maior upside no papel de
GNDI do que no papel HAPV3.

Para OdontoPrev, o cenário no 1S20 é bem diferente. Por ser 100% focada em planos
odontológicos, a Companhia deve apresentar redução em sua sinistralidade, uma vez que só
os atendimentos de emergência estão permitidos. Entretanto, a demanda reprimida do 1S20
deve ser deslocada para o 2S20, porém, em menor nível, tendo um saldo positivo no ano. Se
por um lado a queda na sinistralidade é positiva, por outro, a companhia deve apresentar
redução no crescimento da receita, uma vez que os planos massificados (PME e individual) vem
ganhando cada vez mais relevância, e devido a paralização, devem apresentar queda na
captura de novos contratos. Vale lembrar que a maior parte da receita ainda vem do
segmento corporativo, sendo assim, uma importante fonte de receita recorrente para a
Companhia, que de um modo geral, OdontoPrev deve ser a operadora menos impactada.
Adicionalmente, a Companhia deve aumentar seu payout, passando dos 70% observados em
2019 para aproximadamente 95% em 2020, agregando maior valor ao acionista. Até o

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momento ODPV3 é a empresa com menor perda do setor, se mostrando um papel resiliente,
neste momento.

Riscos regulatórios

A Agência Nacional de Saúde (ANS) pode vir a proibir o cancelamento dos planos de
inadimplentes por um tempo superior ao prazo atual de 60 dias em função do COVID-19. Além
do possível congelamento do reajuste dos planos nos próximos meses, como medida para
beneficiar o consumidor, o que se confirmado, poderia impactar negativamente o resultado as
operadoras.

Figura 5 - Resultados e Estimativas (R$ milhões)


Antes
GNDI3 20Ye 21Ye
COVID-19
2019 2020 2020 2021
Receita Líquida 8.412,4 12.056,4 11.759,1 13.163,5
EBITDA 1.063,2 1.550,3 1.292,5 1.799,5
Margem EBITDA 12,6% 12,9% 11,0% 13,7%
Lucro Líquido 334,4 700,5 555,9 889,5
Margem Líquida 4,0% 5,8% 4,7% 6,8%
Fonte: Companhia e Eleven Financial Research.

Figura 6 - Resultados e Estimativas (R$ milhões)


Antes
HAPV3 20Ye 21Ye
COVID-19
2019 2020 2020 2021
Receita Líquida 5.634,4 8.423,3 8.907,0 10.575,2
EBITDA 1.233,3 1.822,4 1.862,1 2.424,1
Margem EBITDA 21,9% 21,6% 20,9% 22,9%
Lucro Líquido 852,8 929,9 937,4 1.305,6
Margem Líquida 15,1% 11,0% 10,5% 12,3%
Fonte: Companhia e Eleven Financial Research.

Figura 7 - Resultados e Estimativas (R$ milhões)


Antes
ODPV3 20Ye 21Ye
COVID-19
2019 2020 2020 2021
Receita Líquida 1.795,1 2.002,2 1.930,3 2.036,8
EBITDA 410,5 494,9 778,4 562,2
Margem EBITDA 22,9% 24,7% 40,3% 27,6%
Lucro Líquido 284,8 358,4 544,7 398,2
Margem Líquida 15,9% 17,9% 28,2% 19,5%
Fonte: Companhia e Eleven Financial Research.

Laboratórios
Optamos por manter nossa recomendação de Compra tanto para AALR3, quanto para
PARD3. Em um primeiro momento, a ideia de realização de exames de COVID-19 levou o
mercado a interpretar que os laboratórios seriam beneficiados com esta situação.
Entretanto, os laboratórios possuem uma capacidade baixa de realização destes exames,
além da demanda ser muito superior à oferta. Laboratórios como Fleury e Hermes Pardini,
estão priorizando os hospitais e os casos graves. Alliar, concentrou a realização do exame de
COVID-19 no atendimento em domicílio, e mesmo assim, a demanda é muito maior que a
oferta.

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Vale ressaltar, que mesmo no caso de Alliar e Pardini que ganham certa margem de lucro,
este ganho não deve ser o suficiente para compensar a queda da demanda por outros
exames. Devido ao aumento do confinamento, desde o início da semana de 23 de março,
os laboratórios sentiram uma redução importante na demanda por exames de uma forma
geral. Algumas unidades foram fechadas temporariamente e empresas como o Grupo Fleury
já estuda a possibilidade de encerramento permanente de unidades. A Anvisa liberou outros
métodos de comprovação do vírus, o que pode ser benéfico não só para os laboratórios, que
ampliam sua fonte de receita, mas também para a contenção da disseminação de
COVID-19. A Coréia do Sul, por exemplo, conseguiu conter a doença de uma força mais
eficiente que outros países, devido ao alto número de comprovação do exame podendo agir
rapidamente na prevenção.

Em nossa opinião, os laboratórios apresentarão queda na receita do segundo 2T20 e um


redução em menor nível no 3T20, dependendo do prazo do relaxamento das medidas de
confinamento. A demanda deve voltar no 4T20, com um aumento na realização de exames,
porém, considerando que existam limitações físicas, sendo assim, este aumento deve correr
em menor escala que a redução observada no período de crise. Vale ressaltar que não
acreditamos que este impacto no curto prazo comprometa a operação dos laboratórios. E
diferente de outros negócios, a operação não é fechada por completo, as Companhia
seguem operando em domicílio, bem como atendendo os hospitais e concentrando a
demanda nas principais unidades de cada marca. Importante dizer que estamos mais
negativos com as premissas macroeconômicas, e estimamos uma queda do número de
beneficiários, que impactará negativamente o setor. O ponto positivo, é que a retomada da
demanda é rápida, uma vez que haja a normalização da circulação de pessoas.

AALR3 apresentou a maior queda do setor no mês de março (-52,3% m/m). Enxergamos
assim, uma oportunidade para quem tem uma visão de investimento de longo prazo. A
Companhia segue apresentando evolução operacional. Entendemos que a situação atual
originada com a disseminação de COVID-19 é temporária e pontual, além da retomada
rápida da demanda reprimida. Mesmo com uma perspectiva mais pessimista para a
economia, acreditamos que Alliar segue com a visão de longo prazo construtiva, onde
identificamos importante upside.

Para Hermes Pardini, após uma reavaliação do cenário, diluímos o impacto das premissas de
stress utilizadas na atualização de 25 de março, e alteramos nosso preço-alvo de R$ 18 para
R$ 25 no cenário 2020. Também permanecemos com uma visão de longo prazo positiva para
o papel.

Figura 8 - Resultados e Estimativas (R$ milhões)


Antes
AALR3 20Ye 21Ye
COVID-19
2019 2020 2020 2021
Receita Líquida 1.071,5 1.115,2 792,6 1.178,1
EBITDA 260,5 278,4 204,1 322,8
Margem EBITDA 24,3% 25,0% 25,8% 27,4%
Lucro Líquido 41,3 63,0 31,4 102,0
Margem Líquida 3,9% 5,7% 4,0% 8,7%
Fonte: Companhia e Eleven Financial Research

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5-abr-20

Figura 9 - Resultados e Estimativas (R$ milhões)


Antes
PARD3 20Ye 21Ye
COVID-19
2019 2020 2020 2021
Receita Líquida 1.353,6 1.461,1 1.143,9 1.359,7
EBITDA 327,7 343,3 277,2 318,9
Margem EBITDA 24,2% 23,5% 24,2% 23,5%
Lucro Líquido 158,4 181,2 137,2 166,3
Margem Líquida 11,7% 12,4% 12,0% 12,2%
Fonte: Companhia e Eleven Financial Research

Farmácias / Farmacêutica
Mantemos nossa recomendação de Compra para PRFM3 e Neutra para HYPE3. Para RADL3,
alteramos nossa recomendação de Neutro para Compra. Os segmentos de farmácias e
farmacêuticas são considerados como serviços essenciais e não devem ter suas operações
paralisadas. RD e Profarma, por exemplo, apresentam um saldo positivo nas vendas em março.
Na segunda e na terceira semana do mês de março houve um pico nas vendas, principalmente,
de OTCS (remédios sem prescrição médica), álcool em gel e máscaras descartáveis,
provavelmente ocorreu um movimento de antecipação do consumo devido ao anúncio da
quarentena. Logo em seguida as vendas se normalizaram e no final da quarta semana de
março, já observamos uma desaceleração nas vendas. Do nosso lado, estimamos a
normalização da taxa de crescimento nas vendas. Caso as companhias consigam manter esse
ritmo de vendas, mesmo que em patamares semelhantes a 2019, diante da situação atual,
consideramos muito positivo, pois comprova a resiliência do setor em cenários de crise como
esta.

Figura 10 – Comparação das vendas em drogarias, mês de fevereiro versus março

+4,5 +15% +36,1% -16,1%


%

1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana


2/fevereiro até 27/fevereiro 1/março até 26/março

Fonte: Cielo - COVID-19 impact on Brazilian’s retail sales. Elaborado por Eleven Financial Research.

Ainda somos céticos quanto ao forte crescimento das vendas na fase de isolamento social, mas
acreditamos sim que a vendas poderiam encontrar um equilíbrio entre os produtos vendidos,
mantendo a receita das companhias estáveis. Em nossas projeções, aumentamos levemente
as expectativas nas vendas de 2020 para a RD e para Profarma, não alteramos as projeções de
vendas, uma vez que a Companhia atua em regiões que tendem a sentir mais o impacto
macroeconômico em um cenário mais negativo à exposição ao COVID-19, como o RJ. No caso
de Profarma, adotamos ainda um prêmio de risco devido sua alta alavancagem financeira e
baixa liquidez.

RD versus Hypera. Apesar de enxergamos um upside semelhante para RADL3 e HYPE3,


recomendamos a Compra apenas de RADL3. Optamos por usar um critério de recomendação
de compra para as empresas com um upside superior à 45%, devido ao momento e a

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5-abr-20

volatilidade da bolsa brasileira. Entretanto, para RADL3 temos o mesmo critério que utilizamos
em ODPV3, entendemos que são papéis defensivos. RD é a líder no setor, apresenta boa
execução operacional, teve um plano de expansão bem-sucedido e ainda tem espaço para
crescimento. A Companhia tem ainda baixa alavancagem financeira e caixa confortável para
enfrentar esta turbulência. No caso da Hypera, por mais que a empresa continue sua operação
e possa ainda, obter crescimento nas vendas, a exposição alta ao dólar nos deixa cautelosos e
devido ao upside abaixo do nosso critério estabelecido, permanecemos com a recomendação
Neutra.

O reajuste de medicamentos, que acontece sempre no dia 31 de março de cada ano, foi
suspenso por 60 dias, através de uma medida provisória (MP 933/2020) publicada pelo
Governo Federal. Era aguardado um aumento de aproximadamente 4% para o ano. Esta
medida deve reduzir os ganhos do setor em 2020. As farmacêuticas, que já sofriam com a alta
do dólar, agora terão dois meses a menos de reajuste, e o mesmo vale para as drogarias, que
normalmente reabastecem seu estoque no mês de março para obter margens maiores,
realizando a venda a preços antigos.

Para Hypera, a única produtora de produtos farmacêuticos de nossa cobertura, até o momento
em que conversamos não haviam identificado aumento considerável nas vendas. Entretanto,
recentemente foram divulgadas algumas reportagens referentes ao um estudo que diz que a
maior parte dos infectados possuía falta de vitamina D. A Companhia que apresentou forte
queda desta linha de medicamentos em 2019 pode se beneficiar desta situação, voltando a
observar uma corrida as farmácias a procura deste item, o que pode ser positivo para os dois
segmentos. Por outro lado, identificamos como um ponto de atenção o impacto negativo que
o dólar pode causar nos resultados da Companhia, uma vez que a maior parte da
matéria-prima vem da China e ou da Índia. A Companhia diz estar protegida pela trava da
moeda (head) no 1S20, então consideramos aumento dos custos apenas no 2S20.

Figura 11 - Resultados e Estimativas (R$ milhões)


Antes
RADL3 20Ye 21Ye
COVID-19
2019 2020 2020 2021
Receita Líquida 17.502,9 21.977,4 21.752,3 27.448,0
EBITDA 1.343,6 1.728,6 1.709,8 2.327,2
Margem EBITDA 7,7% 7,9% 7,9% 8,5%
Lucro Líquido 587,1 831,2 820,3 1.237,0
Margem Líquida 3,4% 3,8% 3,8% 4,5%
Fonte: Companhia e Eleven Financial Research.

Figura 12 - Resultados e Estimativas (R$ milhões)


Antes
PFRM3 20Ye 21Ye
COVID-19
2019 2020 2020 2021
Receita Líquida 4.801,3 5.040,0 5.040,0 5.389,0
EBITDA 115,8 140,5 140,5 158,9
Margem EBITDA 2,4% 2,8% 2,8% 2,9%
Lucro Líquido 16,0 15,9 26,3 52,2
Margem Líquida 0,3% 0,3% 0,5% 1,0%
Fonte: Companhia e Eleven Financial Research.

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5-abr-20

Figura 13 - Resultados e Estimativas (R$ milhões)


Antes
HYPE3 20Ye 21Ye
COVID-19
2019 2020 2020 2021
Receita Líquida 3.838,7 4.257,9 4.274,7 5.606,3
EBITDA 1.206,0 1.368,2 1.191,3 1.745,4
Margem EBITDA 31,4% 32,1% 27,9% 31,1%
Lucro Líquido 1.164,0 1.210,6 865,8 1.352,6
Margem Líquida 30,3% 28,4% 20,3% 24,1%
Fonte: Companhia e Eleven Financial Research.

COVID-19 - Ações e impactos por empresa

GNDI: No curto prazo, o grupo sofrerá com os efeitos da dispersão do vírus. Entretanto, não
há mudanças nos fundamentos de longo prazo. Os impactos no 2T20 deverão ser o ponto alto
no ano. A companhia não está divulgando o número de casos relacionados ao COVID-19.
Estimamos redução das internações por cirurgia, consulta e exames eletivos, em contrapartida
também estimamos aumento por contaminação do vírus. Intermédica reativou um hospital
que será destinado aos casos específicos de COVID-19. Se, por um lado a Operadora poderá
sofrer pressão nas margens, por outro pode ser beneficiar do cenário de crise instaurado. Uma
vez que, empresas optam por planos de saúde mais baratos, com o ticket médio reduzido a
busca por novos contratos aumenta.

Não houve paralisação da operação e os funcionários do grupo de risco estão afastados. O


administrativo está trabalhando remotamente. A companhia não estima dispensa de
funcionários, e em caso de necessidade prevê férias antecipadas e utilização do banco de horas

O caixa da Companhia se apresenta líquido e dificilmente vislumbramos problemas com seu


fluxo. Vale reforçar que mantemos GNDI3 como top pick do setor, pois não enxergamos
mudanças estruturais no negócio e tão pouco na visão de longo prazo.

Hapvida: A companhia enfrenta as mesmas dificuldades que os seus pares, dificuldade de


mensurações dos impactos para o próximo semestre e pressão nos custos e despesas. Até o
dia 02/04 eram 2.067 casos suspeitos e 126 confirmados em toda rede do Hapvida. Dos casos
confirmados, 8 casos estavam na UTI e 12 na enfermaria. Os procedimentos eletivos (hoje 75%
da sinistralidade), que podem ser adiados estão sendo, abrindo espaço na rede para receber
casos de COVID-19. O grupo de risco de funcionários está em casa. A companhia também não
estima dispensa de funcionários, e em caso de necessidade prevê férias antecipadas e
utilização do banco de horas. Não preveem um investimento grande adicional para suportar
esta situação, porém como segurança, adiou a maioria dos seus investimentos, exceto aqueles
que envolvem os ganhos de sinergia das recentes aquisições, como a construção de Hospitais
para a rede São Francisco.

O seu caixa se encontra em patamar confortável R$ 3,6 bi e é um ponto de atenção em um


momento delicado como este. O pagamento de dividendos será postergado para o final do
ano, como uma medida de prevenção ao caixa. Conversas de M&A estão sendo adidas, mas
não interrompidas. A Companhia mantém contato com todos os órgãos de saúde, alinhando
procedimentos. Sua equipe administrativa se encontra em trabalho à distância. Mesmo em um
cenário de stress, também não enxergamos mudança estrutural e seguimos construtivos com
a visão de longo prazo. Ressaltamos que Hapvida e GNDI historicamente são beneficiados em
tempos de crise, pois as Companhias optam por planos de saúde mais barato em relação a
outros disponíveis no mercado tais como Omint, Bradesco Saúde, SulAmérica, Amil, entre
outros.

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OdontoPrev: Diferente das outras operadoras, a companhia tem como sua atividade core
serviços odontológicos. A operação deve apresentar uma forte redução no 2T20 e no 3T20,
uma vez que só as consultas de emergências estão permitidas pela ANS. Um primeiro
atendimento também está sendo realizado remotamente para identificar se é um caso de
urgência, e se necessário o beneficiário é encaminhado para um ponto de atendimento. Com
o aumento da paralisação a Companhia deve apresentar desaceleração da sua receita,
principalmente segmento PME e Individual. No entanto vale ressaltar que a maior parte da sua
receita é oriunda de planos corporativos (58% do total da receita líquida).

O impacto no 1S20 deve ser positivo. Já no 2S20 deve ocorrer o aumento da demanda
reprimida, resultando em maior sinistralidade. Com a expectativa de crescimento do
desemprego, a Companhia volta ao cenário desafiador de controle da sua base de
beneficiários, principalmente da carteira corporativa, que é sensível a esta métrica.

Com exceção da redução da sinistralidade e do menor crescimento da receita, a Companhia


não deve sofrer grandes mudanças na operação, uma vez que já fazia parte da cultura da
Empresa o trabalho remoto assim não havendo dificuldades de instaurar o sistema home office.

A companhia possui um modelo asset-light e sem necessidade de grandes investimentos. O


endividamento da Companhia atualmente é zero. É geradora de caixa e distribui
trimestralmente dividendos e JCP.

Qualicorp: A Companhia não enxerga mudanças significativas em sua operação, uma vez que
as vendas já acontecem quase que 100% no ambiente digital. Qualicorp, não prevê mudanças
expressivas em seu faturamento. Acredita também que as operadas não terão aumento
relevante na sinistralidade, mantendo assim, seu reajuste a níveis normalizados. Apesar da
expectativa de aumento do desemprego que é correlacionado aos cancelamentos de planos
de saúde, a Qualicorp acredita que neste momento de pandemia haja maior retenção de
beneficiários. O administrativo como a maioria das empresas, está trabalhando remotamente.

Como medida de proteção a companhia segue controlando os seus custos e despesas como
visto em 2019 e estuda a possibilidade de postergar e ou reduzir o pagamento de dividendos
visando a preservação de caixa. Atualmente Qualicorp tem forte geração de caixa e apresenta
uma posição confortável de endividamento, tendo a maior parte de sua dívida no longo prazo.

Alliar: Até o momento é possível observar a redução da demanda por serviços laboratoriais,
apesar de oferecerem o teste para COVID-19. A estratégia consiste em focar na realização de
exames domiciliares, algumas unidades devem ser fechadas temporariamente e o pessoal de
unidades menores podem ser realocados para unidades maiores com demanda. O grupo de
risco foi afastado das unidades e o administrativo trabalha remotamente. O IDr continua
operando normalmente.

A Companhia está fazendo um bom controle dos custos, porém a eficiência operacional pode
ser impactada negativamente com a queda de receita no curto prazo. Em relação ao seu caixa
a Alliar vem reduzindo o seu endividamento e recentemente foram captados R$ 160 milhões,
visando uma antecipação do cenário desafiador. Negociações de rolagem de dívidas, que
vencem no 2T20, também estão sendo feitas.

Hermes Pardini: Em vista ao alto nível de stress que a economia está passando é possível
afirmar que haverá redução da demanda por serviços no curto prazo. Apesar de oferecer
exames de detecção do COVID- 19, com ticket médio superior aos seus pares. Os exames estão
sendo destinados para os hospitais, que estão priorizando a realização apenas em casos mais
graves. Devido à forte redução da demanda, a queda da receita refletirá em um impacto

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negativo no resultado de curto do prazo, podendo ser prolongado a depender da extensão da


crise causado pelo coronavírus. O segmento de lab-to-lab deve ter menor impacto que o
segmento PSC. No momento seu caixa se encontra em patamares confortáveis e não enxergam
problemas no fluxo de caixa.

A Pardini ainda não enfrenta problemas com a sua cadeia de fornecedores e vem reforçando
seu estoque para que não haja falta de matéria-prima para realização dos exames. Os
laboratórios operam normalmente e a grande parte da equipe administrativa está trabalhando
remotamente. Em relação ao seu contrato de manutenção de equipamentos houve mudança,
estabelecendo o valor a ser pago de acordo com exames corretos realizados.

Fleury: Por mais que a Companhia seja um centro dos principais laboratórios de medicina
diagnóstica do país, também enfrenta tempos desafiadores com a redução de demanda pelos
serviços neste período de quarentena. Com o objetivo de cumprir o seu papel social em tempos
de crise, a Fleury está repassando a preço de custo para hospitais parceiros o exame de
detecção do COVID-19.

A fim de reduzir as suas despesas o laboratório considera antecipar férias ou até mesmo fechar
algumas unidades temporariamente e se preciso, algumas permanentemente. Também
apresenta baixa alavancagem financeira e bastante atenção no controle do seu caixa. Em
virtude da incerteza e volatilidade do cenário atual, a administração da Companhia avaliou ser
prudente prorrogar a data de pagamento dos dividendos e realizar a captação de R$ 550
milhões como medidas de caráter preventivo, de modo que a Companhia possa atravessar este
período com reserva de caixa ainda mais robusta, de forma que possa suprir as necessidades
que possam surgir.

RD: A companhia apresentou um pico nas vendas no início da paralisação, logo depois as
vendas foram normalizas, e em seguida, uma queda nas vendas foi observada. RD diz, que o
saldo das vendas, diante deste cenário adverso, é positivo.

As vendas online também apresentaram crescimento, mas representam apenas 2,5% do total
de vendas. Com o fechamento de shoppings a rede teve que fechar algumas de suas lojas que
respondiam por cerca de 5% do total de vendas. Em relação aos seus estoques, a Companhia
vem repondo desde janeiro. O centro de distribuição é 100% próprio (exceto no RJ), o que
beneficia a Companhia. A reposição nas lojas ocorre quase que diariamente e não apresentam
problemas na logística e estão trabalhando com as devidas precauções.

Apesar do cenário conturbado a RD não enxerga necessidade de corte de pessoal e decidiram


postergar o ritmo de expansão acelerado, de +240 novas lojas, mas ainda reiteram este
guidance. A Companhia possui nível baixo de alavancagem 0,6x. No 4T19 apresentou caixa de
R$ 300 MM. Conforme o tempo de paralisação considera captar linhas de para aumento do
estoque.

Profarma: Em relação ao varejo assim como a RD, a companhia reportou o movimento de


aumento das vendas e recente normalização dos fluxos de suas vendas, mesmo assim os
resultados são superiores quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Com o
fechamento de shoppings, 22 das suas lojas foram fechadas e estão em processo de
renegociação de aluguéis destas lojas. Sobre a sua rede de distribuição própria, a Companhia
reportou níveis elevados de estoque e dificuldades com transportes de cargas, fazendo com
que alugasse transportes próprios para fazer frente a maior demanda.

A Profarma não tem um plano de contingência emergencial para cortes de custos e despesas,
pois até o momento, entendem não ser necessário adotar medidas. Em 2019 a Companhia
alongou o perfil do endividamento e os vencimentos estão distribuídos ao longo do ano.
Olhamos para este ponto como principal desafio da Companhia, pois o endividamento
financeiro permanece alto no curto prazo.

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Hypera: Até o momento não houve alteração no ritmo das vendas. No entanto, consideramos
os impactos da dispersão do COVID-19 podem afetar positivamente as vendas da Companhia,
como, por exemplo, o aumento das vendas de antigripais analgésicos, vitamina D, entre outros
OTCs. As farmácias estão aumentando os seus estoques devido à incerteza da duração desta
crise, o que pode ser benéfico para a Hypera.

A operação fabril e o setor de P&D seguem funcionando normalmente. Já no que diz respeito
ao administrativo, 50% está de home office e a visitação aos médicos e pequenos consultórios
foi suspensa. A Companhia não enxerga problemas de abastecimentos dos APIS (princípios
ativos utilizados na fabricação de medicamentos). Entretanto, a valorização do dólar aumenta
o custo de matérias-primas para a produção de fármacos. No 1S20 tinha adotado operações
de proteção do câmbio. Porém, o 2S20 pode ser impactado negativamente. A companhia, pode
ainda, voltar a presentar crescimento nas vendas de vitamina D, revertendo a tendência de
queda da receita observada em 2019.

A farmacêutica que apresentava caixa líquido, aprovou a linha de crédito de R$ 3,5 bilhões,
para pagamento do portfólio adquirido recentemente da Takeda e está atenta as novas linhas
de crédito, caso seja necessário para enfrentar este período conturbado. Após realizar todas
as transações de M&A, a Companhia deve ficar alavancada aproximadamente 2x.

Anexos
Anexo 1- Premissas Macroeconômicas
2018 2019 2020E 2021E 2022E
Atividade Econômica
PIB 1,12% 1,14% -2,88% 4,91% 2,33%
Desemprego 11,6% 11,0% 12,2% 12,4% 11,9%
Inflação
IPCA 3,75% 4,31% 3,02% 3,96% 4,00%
Taxa de juros
Selic 6,50% 4,50% 3,25% 5,50% 6,50%
Câmbio
Taxa (Final) 3,88 4,02 4,70 4,40 4,20
Fonte: Eleven Financial Research.

Anexo 2 - Componentes do KE

Componentes Premissas Premissas


2020 2021
Taxa livre de risco 1,8% 1,9%
Prêmio de risco de mercado 6,0% 5,0%
CDS Brasil 10 anos 3,5% 1,8%
Diferencial de Inflação 2,0% 2,0%
Fonte: Eleven Financial Research.

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Anexo 3 - Múltiplos do setor


Preço Market P/L EV/EBITDA ROE
Companhia Ticker
Atual (R$) Cap (R$ bi) 2020E 2201E 2020E 2201E 2020E 2201E
OdontoPrev ODPV3 14,95 7,67 14,6x 19,9x 10,2x 14,1x 36,3% 22,3%
Intermédica GNDI3 37,35 27,11 40,5x 25,3x 29,3x 21,0x 8,5% 13,2%
Hapvida HAPV3 37,75 31,50 29,9x 21,5x 26,2x 20,2x 12,5% 16,7%
Alliar AALR3 8,32 1,06 31,4x 10,1x 10,9x 6,9x 2,4% 7,2%
Hermes Pardini PARD3 16,85 2,50 16,1x 15,4x 12,1x 11,7x 17,2% 15,9%
RD RADL3 95,00 33,58 38,3x 25,4x 17,2x 12,7x 18,4% 24,9%
Profarma PFRM3 4,00 0,53 18,8x 9,5x 6,2x 5,5x 2,5% 4,9%
Hypera HYPE3 28,72 18,04 21,0x 13,4x 17,3x 11,8x 9,7% 14,6%
Fonte: Economatica Eleven Financial Research

Anexo 5 – Variação dos papéis do setor de saúde

Δ Desde 20/2 Δ YTD Δ LTM


IBOV -33,2% IBOV -30,5%
IBOV -39,9%
ODPV3 -9,2% ODPV3 ODPV3 -6,1%
-11,4%
HAPV3 -31,6% HAPV3 -40,8% HAPV3 29,8%
GNDI3 -40,7% GNDI3 -45,3% GNDI3 12,7%
QUAL3 -37,6% QUAL3 -42,4% QUAL3 56,2%
AALR3 -55,9% AALR3 -54,2% AALR3 -46,2%
PARD3 -41,2% PARD3 -38,1% PARD3 -12,3%
FLRY3 -35,5% FLRY3 -36,8% FLRY3 -4,1%
RADL3 -20,7% RADL3 -14,9% RADL3 41,2%
PFRM3 -30,6% PFRM3 -38,2% PFRM3 -9,1%
HYPE3 -15,5% HYPE3 -19,5% HYPE3 6,9%
GBIO33 -3,1% GBIO33 -4,4% GBIO33 5,3%

Anexo 4 – Resumo Impacto COVID-19 nas Companhias

(próxima página)

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Conjuntura de dispersão do COVID-19


Grupo Companhia Ticker Sensibilidade Estratégia COVID-19 Despesa Gestão de caixa Impacto
Desde janeiro os estoques estão sendo
Neste início de crise, a demanda por produtos
repostos. Nas lojas a reposição ocorre É observado o aumento das vendas
farmacêuticos aumentou, no entanto, pode A Companhia se encontra em
quase diariamente, por meio do sistema em farmácias (até 23/03, última
ser apenas uma antecipação de consumo. níveis baixos de alavancagem
de distribuição próprio que é 100% Não enxergam necessidades de atualização com a RD). Não deve
Permanecemos céticos quanto ao aumento 0,6x. No 4T19 apresentaram
centralizado no CD de São Paulo. As lojas corte de pessoal e consideram haver fechamento das lojas. A
das vendas, que podem ser reduzidas devido caixa de R$ 300 MM. Linhas de
RD RADL3 estão tomando as devidas precaução rever o guidance de abertura de operação segue normalmente,
o aumento da paralisação. Ainda é necessário créditos podem ser
contra a disseminação da doença. As novas lojas, caso a quarentena se apenas com os cuidados para evitar
tempo para ter visibilidade da situação. consideradas para aumento do
vendas online estão crescendo prolongue. a disseminação da doença. Com isso,
Poucas das suas lojas se localizam em estoque dependendo do
rapidamente, no entanto elas este segmento se apresenta de
shoppings, mitigando os efeitos negativos na tempo de paralisação.
representam apenas 2,5% do total de forma resiliente na atual conjuntura.
receita.
vendas

As estratégias desenhadas consistem em Em 2019 a Companhia alongou Por enquanto a rede está se
No segmento de varejo, a Companhia
aumentar a produtividade de vendas e o perfil do endividamento e beneficiando do aumento de vendas
também se beneficiou do aumento das suas
distribuição. A Companhia permanece os vencimentos estão causado pelo efeito do coronavírus.
vendas, até o momento. Entretanto, também A Profarma não tem um plano de
com estoque alto, pois já foram feitas as distribuídas ao longo do ano. No entanto, pode ser apenas uma
não sabem dimensionar o impacto na contingência emergencial para
compras antes do aumento dos preços Olhamos para este ponto antecipação de compras. Importante
Profarma PFRM3 operação no resto do ano. Já no segmento de cortes de custos e despesas, pois
que historicamente acontece em 31/3 e é como principal desafio da ressaltar que como do caso da RD,
distribuição, os estoques estão controlados. até o momento, entendem não
Farmácia uma oportunidade de geração de caixa. Companhia, pois o nos mantemos céticos quanto o
A Profarma possui uma rede de distribuição ter necessidade.
Vale ressaltar que este aumento ainda endividamento financeiro aumento das vendas, devido à
própria, apenas em alguns casos a
está sobre análise do setor se ocorrerá ou permanece alto no curto incerteza do efeito que a maior
distribuição é feita pelo fornecedor.
não devido o cenário conturbado. prazo. paralização ocasionará nas vendas.

A Companhia que tinha caixa


líquido, aprovou a linha de
crédito de R$ 3,5 bilhões, para Até o momento não houve alteração
pagamento do portfólio no ritmo das vendas. A Companhia
A valorização do dólar aumenta o adquirido recentemente da não enxerga problemas de
Segue com a sua operação fabril e o setor
custo de matérias-primas para a Takeda e estão atentos as abastecimentos dos APIS (princípios
Hypera deve ser pouco impactada. A de P&D em funcionamento. O
produção de fármacos. No 1S20 novas linhas de crédito, caso ativos utilizados na fabricação de
Hypera Pharma HYPE3 Companhia ainda não enxerga alteração no administrativo, 50% está de home office e
havia operações de proteção do seja necessário para enfrentar medicamentos), bem como, não
ritmo de vendas. a visitação aos médicos e pequenos
câmbio. Porém, o 2S20 pode ser este período conturbado. enxerga interrupção da produção.
consultórios foi suspensa.
impactado negativamente. Após realizar todas as Em momentos de crise de saúde
transações de M&A, a como este, as farmacêuticas se
Companhia deve ficar mostram resilientes.
alavancada aproximadamente
2x.
A Companhia não sente diferença nas
Não estimam um grande aumento
vendas até o momento. havia um
expressivo da sinistralidade.
planejamento para o 2T20 da realização A Companhia segue mantendo o
Há um risco regulatório relacionado a ANS Como relação a proteção de Entendem que por mais que haja
de grandes ações comerciais e controle de custos e despesas
proibir o cancelamento dos planos de caixa, a Companhia estuda aumento dos sinistros relacionados
lançamento de novos produtos, que visto em 2019. Os processos
inadimplentes por um tempo maior dos postergar o pagamento de ao COVID-19, outros custos podem
seguirão com a protocolização na ANS, digitais são os principais
Qualicorp QUAL3 atuais 60 dias. Outro risco seria o dividendos. Atualmente ser evitados e/ ou postergados
mas teve ter um lançamento mais tímido responsáveis por esta redução. A
congelamento do reajuste dos planos nos possui um caixa confortável, como, por exemplo, pessoas com
que do esperado. A Qualicorp também Qualicorp não enxerga nenhum
próximos meses, como medida em beneficiar dívidas no longo prazo e forte sintomas leve de outras doenças
não vê um aumento no cancelamento dos corte de gastos drásticos ou
o consumidor. geração de caixa. evitam a ida ao hospital, bem como
planos e entende que neste momento demissões.
as cirurgia eletivas estão sendo
pode haver, inclusive, uma maior
postergadas.
retenção dos beneficiários.
No curto prazo, o grupo sofrerá com os
efeitos da dispersão do vírus. Entretanto, não A Companhia não enxerga impactos
A Companhia criou um comitê de
há mudanças na sua estrutura no longo prazo. negativos no 1T20. No entanto, é
crise que acompanha diariamente
A empresa pode ainda ser beneficiada por A equipe administrativa em sua maior O grupo apresenta caixa difícil mensurar os efeitos causados
os impactos da dispersão do vírus.
NotreDame um novo cenário de crise instalado. Em parte está trabalhando à distância. Os líquido e entendem que não pelo coronavírus para o restante do
GNDI3 As despesas podem aumentar por
Intermédica momentos como este, as empresas optam hospitais e toda a cadeia de atendimento haverá problemas com o seu ano. Por um lado, haverá mais
conta do coronavírus. É um
por planos de saúde mais baratos e, devido continuam operando normalmente. fluxo de caixa. internações causadas pela dispersão
momento de grandes incertezas e
ao controle de custos das verticais, elas do vírus, mas por outro lado as
de difícil mensuração.
possuem ticket médio mais baixo, atraindo cirurgias eletivas serão postergadas.
novos contratos.
Operadora
A situação é semelhante a GNDI. Até
o momento não tem sofrido com as
A Companhia pode ainda ser beneficiada por
suas operações e tem pouca
ter a grande parte de sua operação no Norte e
Acreditamos que a Hapvida O caixa da empresa é líquido e visibilidade para prever os impactos
no Nordeste do país, onde o clima é mais A operação está atuando normalmente,
também deva sofre pressão nas a Operadora não enxerga futuros. Por mais que a Companhia
Hapvida HAPV3 quente e pode ser que o contágio ocorra em com grande parte do administrativo de
principais margens com o problemas futuros em relação tenha um forte impacto no curto
menor nível. Hapvida também pode ser home office.
aumento de custos. a isso. prazo, em um cenário de stress,
beneficiada por um cenário macroeconômico
também não enxergamos mudança
desafiador.
estrutural e seguimos construtivos
com a visão de longo prazo.

O impacto no 1S20 deve ser positivo.


A Companhia será uma das menos A Companhia deve apresentar Já no 2S20 deve ocorrer o aumento
A companhia tem um modelo
impactadas diante o cenário instalado. redução importante na da demanda reprimida, resultando
asset-light e sem necessidade
Entretanto, está longe de ter um ano sinistralidade no curto prazo, em maior sinistralidade. Com a
Já fazia parte da cultura da Companhia o de grandes investimentos. O
tranquilo. A receita da Companhia deve bem como a redução de repasses expectativa de crescimento do
trabalho remoto assim não havendo endividamento da Companhia
OdontoPrev ODPV3 sofrer desaceleração, devido à paralisação aos dentistas. Reduzindo os seus desemprego a Companhia volta ao
dificuldades de instaurar o sistema home atualmente é zero. É geradora
mais acentuada a partir da segunda quinzena custos no 1S20. Importante cenário desafiador de controle da
office. de caixa e distribui
de março. Além disso, se estima dividendos ressaltar que a demanda sua base de beneficiários,
trimestralmente dividendos e
superior ao longo deste ano, por conta da reprimida deve ser deslocada principalmente da carteira
JCP.
mudança da regra de solvência da ANS. para o 2S20. corporativa, que é sensível a esta
métrica.
A Companhia está priorizando realizar
exames para a detecção do COVID-19. Os efeitos do coronavírus devem
A Companhia apresenta baixa
Repassando a preço de custos esses impactar negativamente a receita do
Por mais que os laboratórios ofereçam No lado das despesas o alavancagem financeira e
exames para hospitais parceiros. Além laboratório, dado a falta de
exames para detecção do COVID-19, essa laboratório considera antecipar demonstra muita atenção no
Fleury FLRY3 disso, a ANS aprovou mais tipos de demanda por exames no período de
nova categoria não é suficiente para suprir a férias ou até mesmo fechar controle do caixa. Em caso de
exames para o coronavírus, diminuindo a quarentena. Algumas unidades
redução de demanda por outros serviços. algumas unidades. necessidade, pode haver
dependência por matérias-primas devem ser fechadas
captação de novas dívidas.
específicas. O atendimento domiciliar temporariamente.
continua em funcionamento.

A Pardini está oferecendo o exame de Pardini alterou o tipo de contrato


A instituição por meio de um comitê Devido a forte redução da demanda,
detecção do COVID- 19, assim como a Fleury. sobre as suas máquinas. E a
desenhou um plano contingencial que A Pardini apresenta posição a queda da receita refletirá em um
Mas com o ticket médio superior. Dado ao manutenção somente é cobrada
visa mitigar os contágios. Incluindo home de confortável e não enxerga impacto negativo no resultado de
Hermes Pardini PARD3 alto nível de stress que a economia está pela quantidade de exames
office para os funcionários, redução de problemas com o fluxo de curto do prazo. O segmento de lab-
passando é possível afirmar que haverá realizados corretamente.
Laboratórios horário de funcionamento e estímulos ao caixa. to-lab deve ter menor impacto que
redução da demanda por serviços no curto Também há um esforço para
atendimento domiciliar. o segmento PSC.
prazo. manter os estoques abastecidos.

A Companhia vem diminuindo


o seu endividamento.
O laboratório também está realizando Recentemente foram
A Alliar foca sua operação em exames que A companhia fez um bom Os efeitos do coronavírus ainda não
exames para identificação do COVID-19, com captados R$ 140 milhões,
podem ser realizados à domicílio. trabalho de controle de custos ao são visíveis, assim trazendo bastante
Centro de preço superior aos seus pares. Com a alta sendo R$ 50 milhões visando
Algumas unidades devem ser fechadas longo de 2019, porém essa dificuldade em contabilizá-los. Por
Imagem e AALR3 demanda por exames domiciliares a uma antecipação do cenário
temporariamente e o pessoal de eficiência operacional deve ser enquanto, é observado a redução da
Diagnóstico Alliar Companhia não está conseguindo atender a desafiador e afim de pegar
unidades menores podem ser realocados impactada no curto prazo devida demanda por serviços do
todos. Desta forma, priorizando os casos mais taxas mais atrativas.
para unidades maiores com demanda. a queda de receita. laboratório.
graves. Negociações de rolagem de
Maurício José Leal Rodrigues - 020.864.735-08 dívidas, que vencem no 2T20,
elevenfinancial.com
também estão sendo feitas.
5-abr-20

DISCLAIMER
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contidas neste relatório de análise. De acordo com a exigência regulatória do artigo 21 previsto na ICVM 598, de 18 de abril de 2018, o analista de valores
mobiliários, responsável principal por este relatório, declara:
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Para maiores informações, pode-se ler a Instrução CVM 598, de 2018, e também o Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários.
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Maurício José Leal Rodrigues - 020.864.735-08 elevenfinancial.com

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