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ASSEMBLÉIA A 28/Res.1070
28a Sessão 10 de dezembro de 2013
Item 10 da Agenda Original: INGLÊS
 
Resolução A.1070(28)
 
Adotada em 04 de dezembro de 2013
(item 10 da Agenda)
 
CÓDIGO DE IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DA IMO (CÓDIGO III)
 
A ASSEMBLEIA,
 
LEMBRANDO o Artigo 15(j) da Convenção sobre a Organização Marítima Internacional
concernente às funções da Assembleia em relação a regulamentos e diretrizes sobre
segurança marítima e a prevenção e controle de poluição marinha por navios,
 
LEMBRANDO TAMBÉM que, por meio da Resolução A.1018(26), o calendário e o programa de
atividades para a consideração e introdução de um institucionalizado Esquema de Auditoria do
Estado Membro da IMO foi aprovada.
 
LEMBRANDO TAMBÉM que foi adotado, pela Resolução A.1054(27), o Código para a
Implementação de Instrumentos Obrigatórios da IMO, 2011, que provê orientação para
implementação e aplicação dos instrumentos da IMO e forma a base do Esquema Voluntário
de Auditoria do Estado Membro da IMO, em particular no que concerne à identificação das
áreas auditáveis,
 
ESTANDO CIENTE da solicitação da sétima sessão da Comissão das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (CSD 7) de que medidas sejam desenvolvidas para assegurar
que Estados de bandeira deem total e completa efetivação às convenções da IMO e outras
relevantes de que sejam partícipes, de modo que os navios de todos os Estados de bandeira
cumpram as regras e normas internacionais,
 
RECONHECENDO que os partícipes das convenções internacionais pertinentes aceitaram,
como parte do processo de ratificação, cumprir integralmente suas responsabilidades e
executar suas obrigações sob as convenções e outros instrumentos aos quais aderiram,
 
REAFIRMANDO que Estados têm a responsabilidade fundamental de manter um sistema
adequado e efetivo para exercer o controle sobre navios com direito a arvorar sua bandeira, e
para assegurar que eles cumpram as regras e normas internacionais pertinentes relativos à
segurança marítima, segurança e proteção do meio ambiente marinho,
 
REAFIRMANDO TAMBÉM que Estados, em sua capacidade como Estados do porto e
costeiros, têm outras obrigações e responsabilidades sob a legislação internacional aplicável
relativas à segurança marítima, segurança e proteção do meio ambiente marinho,
 
NOTANDO que, embora Estados possam auferir certos benefícios ao se tornarem partícipes de
instrumentos que visam promover a segurança marítima, a proteção e a prevenção de poluição
por navios, esses benefícios podem somente ser integralmente auferidos quando todas as
partes executam suas obrigações requeridas pelos instrumentos concernentes,
 
 
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NOTANDO TAMBÉM que a máxima efetividade de qualquer instrumento depende, inter alia, de
todos os Estados:
 
(a) tornarem-se partícipes de todos os instrumentos relacionados à segurança
marítima, proteção e prevenção e controle da poluição;

(b)  implementarem e aplicarem tais instrumentos total e efetivamente; e


 
(c)  se reportarem à Organização, como requerido,
 
ESTANDO DESEJOSA de continuar ajudando Governos Membro a melhorar suas
capacitações e desempenho global a fim de serem capazes de cumprir os instrumentos da IMO
de que são partícipes,
 
CONSCIENTE das dificuldades que alguns Estados Membro podem enfrentar no cumprimento
integral de todas as disposições dos vários instrumentos da IMO de que são partícipes,
 
CONSIDERANDO à necessidade de tais dificuldades serem eliminadas na medida do possível,
e lembrando que a Organização estabeleceu um Programa Integrado de Cooperação Técnica,
por esse motivo e propósito,

NOTANDO AINDA que o Comitê de Segurança Marítima e o Comitê de Proteção do Meio


Ambiente Marinho desenvolveram requisitos para adoção por Governos Contratantes à
Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, 1974, ao Protocolo de
1988 relativo à Convenção Internacional sobre Linhas de Carga, 1966, à Convenção
Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, 1973, como modificada pelo Protocolo
de 1978 a ela relacionado, ao Protocolo de 1997 para emendar a Convenção Internacional
para a Prevenção da Poluição por Navios, 1973, como modificada pelo Protocolo de 1978 a ela
relacionado, e à Convenção Internacional sobre Padrões de Instrução, Certificação e Serviço
de Quarto para Aquaviários, 1978, respectivamente, os quais tornarão obrigatório o uso do
Código referido no parágrafo operativo 1,
 
LEMBRANDO AINDA a sua consideração de requisitos para adoção por Governos
Contratantes à Convenção Internacional sobre Linhas de Carga, 1966, à Convenção
Internacional sobre Arqueação de Navios, 1969, e à Convenção sobre o Regulamento
Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar, 1972, os quais também tornarão obrigatório o
uso do Código referido no parágrafo operativo 1,
 
TENDO CONSIDERADO as recomendações feitas pelo Comitê de Proteção do Meio Ambiente
Marinho em sua sexagésima quarta sessão, e pelo Comitê de Segurança Marítima em sua
nonagésima primeira sessão,
 
1 ADOTA o Código de Implementação dos Instrumentos da IMO (Código III), disposto no
anexo à presente Resolução;
 
2 SOLICITA ao Comitê de Segurança Marítima e ao Comitê de Proteção do Meio
Ambiente Marinho, manterem o Código sob revisão e, em coordenação com o Conselho,
proporem à Assembleia emendas ao mesmo; e
 
3 REVOGA a Resolução A.1054(27) sobre o Código para a Implementação de
Instrumentos Obrigatórios da IMO, 2011.

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Anexo
 
CÓDIGO DE IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DA IMO (CÓDIGO III)

Conteúdo
 
 
PARTE 1 – ÁREAS COMUNS
Objetivo
Estratégia
Geral
Escopo
Ações iniciais
Comunicação de informações
Registros
Aperfeiçoamento
 
 
PARTE 2 – ESTADOS DE BANDEIRA
Implementação

Delegação de Autoridade
Aplicação
Vistoriadores do Estado de Bandeira
Investigações do Estado de Bandeira
Avaliação e revisão
 
 
PARTE 3 – ESTADOS COSTEIROS

Implementação
Aplicação

Avaliação e revisão
 
 
PARTE 4 – ESTADOS DO PORTO
Implementação
Aplicação
Avaliação e revisão

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PARTE 1 – ÁREAS COMUNS

Objetivo

1 O objetivo deste Código é melhorar a segurança marítima global e a proteção ao meio


ambiente marinho, e ajudar os Estados na implementação dos instrumentos da Organização.
 
2 Diferentes Estados verão este Código de acordo com suas próprias circunstâncias e
estarão comprometidos somente com a implementação daqueles instrumentos aos quais são
Governos Contratantes ou Partícipes. Por força de geografia ou circunstância, alguns Estados
podem ter um papel maior como Estado de bandeira do que como Estado do porto ou Estado
costeiro, enquanto outros podem ter um papel maior como Estado costeiro ou Estado do porto
do que como Estado de bandeira.
 
Estratégia
 
3 A fim de cumprir o objetivo deste Código, um Estado é recomendado a:
.1  desenvolver uma estratégia geral para assegurar que suas obrigações e
responsabilidades internacionais como Estado de bandeira, do porto e
costeiro sejam cumpridas;
 
.2  estabelecer uma metodologia para monitorar e comprovar que a estratégia
assegure efetivas implementação e aplicação dos instrumentos internacionais
obrigatórios decorrentes; e
 
.3  rever continuamente a estratégia para obter, manter e aperfeiçoar o
desempenho organizacional geral e a capacitação como Estado de bandeira,
do porto e costeiro.

Geral
 
4 Pelas disposições gerais da legislação de tratados e das convenções da IMO, os
Estados devem ser responsáveis por promulgar leis e normas e por tomar todas as outras
medidas que possam ser necessárias para dar àqueles instrumentos total e completo efeito
para assegurar a salvaguarda da vida no mar e a proteção do meio ambiente marinho.
 
5 Ao tomar medidas para prevenir, reduzir e controlar a poluição do meio ambiente
marinho, os Estados deverão agir de modo a não transferir, direta ou indiretamente, danos ou
riscos de uma área para outra ou transformar um tipo de poluição em outro.
 
Escopo
 
6 O Código busca abordar aqueles aspectos necessários a um Governo Contratante ou
Partícipe para dar total e completo efeito às disposições dos instrumentos internacionais
aplicáveis dos quais ele é um Governo Contratante ou Partícipe, com relação a:

.1  salvaguarda da vida no mar;


 
.2  prevenção de poluição por navios;
 
.3  padrões de instrução, certificação e serviço de quarto para Aquaviários;
 
.4  linhas de carga;
 
.5  arqueação de navios; e
 
.6  regulamentos para prevenir colisões no mar.
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7 As seguintes áreas devem ser consideradas e abordadas no desenvolvimento de
políticas, leis, regras e normas associadas e procedimentos administrativos para a
implementação e aplicação dessas obrigações e responsabilidades pelo Estado:
 
.1  jurisdição;
 
.2  organização e autoridade;
 
.3  legislação, regras e normas;
 
.4  promulgação dos instrumentos, regras e normas internacionais obrigatórios
aplicáveis;
 
.5  arranjos para aplicação;
 
.6  funções de controle, vistoria, inspeção, auditagem, verificação, aprovação e
certificação;
 
.7  seleção, reconhecimento, autorização, credenciamento e fiscalização de
organizações reconhecidas, como adequado, e de vistoriadores nomeados;
 
.8  investigações que demandem comunicação à Organização; e
 
.9  reportar à Organização e outras Administrações.
 
Ações iniciais
 
8 Quando um instrumento da Organização, novo ou emendado, entra em vigor para um
Estado, o Governo desse Estado deve estar numa posição de implementar e aplicar suas
disposições por meio de legislação nacional adequada e de prover a necessária infraestrutura
de implementação e imposição. Isto significa que o Governo do Estado deve ter:
 
.1  a capacidade de promulgar leis que permitam jurisdição e controle efetivos
em assuntos administrativos, técnicos e sociais sobre navios arvorando a sua
bandeira e, em particular, prover a base legal para requisitos gerais de
registros, inspeção de navios, segurança e leis de prevenção da poluição
aplicadas a tais navios e a produção da correspondente normatização;
 
.2  uma base legal para a aplicação de suas leis e normatização nacionais,
incluindo os processos investigativos e penais associados; e
 
.3  a disponibilidade de pessoal suficiente com especialização na área marítima
para assistir na promulgação da necessária legislação nacional e para
desempenhar todas as responsabilidades do Estado, incluindo reportar
conforme exigido pelas respectivas convenções.
 
Comunicação de informações
 
9 O Estado deve comunicar sua estratégia a todos os interessados, conforme referido no
parágrafo 3, incluindo informações sobre sua legislação nacional.

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Registros
 
10 Registros devem ser estabelecidos e mantidos conforme apropriado, para prover
evidência da conformidade com requisitos e da efetiva operação do Estado. Registros devem
permanecer legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis. Um procedimento
documentado deve ser estabelecido para definir os controles necessários para identificação,
armazenagem, proteção, recuperação, tempo de retenção e disposição de registos.
 
Aperfeiçoamento
 
11 Estados devem continuamente aperfeiçoar a adequação das medidas que são
tomadas para efetivar aquelas convenções e protocolos que eles aceitaram. Melhorias devem
ser introduzidas mediante rigorosas e efetivas aplicação e imposição da legislação nacional,
conforme apropriado, e a fiscalização do seu cumprimento.
 
12 O Estado deve estimular uma cultura que proporcione oportunidades para melhoria de
desempenho em atividades de segurança marítima e proteção ambiental que podem incluir,
inter alia:
 
.1  programas contínuos de treinamento relacionados à segurança e à prevenção
da poluição;
 
.2  exercícios regionais e nacionais de segurança e prevenção de poluição, que
mobilizem um amplo espectro de organizações nacionais, regionais e
internacionais relacionadas ao meio marítimo, companhias e aquaviários; e
 
.3  mecanismos de recompensa e incentivo para companhias de navegação e
aquaviários, relativos a melhorias na segurança e prevenção de poluição.
 
13 Além disso, o Estado deve agir para identificar e eliminar as causas de quaisquer não
conformidades a fim de evitar sua recorrência, incluindo:
 
.1  revisão e análise de não conformidades;
 
.2  implementação de ação corretiva necessária; e
 
.3  revisão da ação corretiva empreendida.
 
14 O Estado deve determinar a ação necessária para eliminar as causas de potenciais
não conformidades a fim de evitar sua ocorrência.
 
PARTE 2 – ESTADOS DE BANDEIRA   

Implementação

15 A fim de efetivamente desempenhar suas responsabilidades e obrigações, Estados de


bandeira devem:
 
.1  implementar políticas mediante a emissão de legislação nacional e
orientação que ajudará na implementação e aplicação dos requisitos de
todas as convenções e protocolos de segurança e prevenção de poluição
dos quais são partícipes; e
 
.2  atribuir responsabilidades no âmbito de sua Administração para atualizar e
revisar quaisquer políticas relevantes adotadas, conforme necessário.

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16 Um Estado de bandeira deve estabelecer recursos e processos capazes de
administrar um programa de segurança e proteção ambiental que, no mínimo, deve consistir no
seguinte:
.1  instruções administrativas para implementar regras e normas internacionais
aplicáveis, bem como desenvolver e disseminar quaisquer normas nacionais
interpretativos que possam ser necessárias, incluindo certificados emitidos
por uma sociedade classificadora reconhecida pelo Estado de bandeira de
acordo com o disposto no regulamento SOLAS XI-1/1, certificados esses
requeridos pelo Estado de bandeira para demonstrar a conformidade com
requisitos estruturais, mecânicos e elétricos e/ou outros, de uma convenção
internacional da qual o Estado de bandeira é partícipe ou em conformidade
com um requisito de normas nacionais do Estado de bandeira;
 
.2  cumprimento dos requisitos dos instrumentos internacionais aplicáveis,
usando um programa de auditoria e inspeção independente de quaisquer
órgãos administrativos que emitam os certificados requeridos e
documentação pertinente, e/ou de qualquer entidade com delegação de
autoridade pelo Estado para emitir os certificados requeridos e
documentação pertinente;
 
.3  cumprimento dos requisitos relacionados a padrões internacionais de
instrução, certificação e serviço de quarto para aquaviários. Isto inclui, inter
alia:

.1  instrução, avaliação de competência e certificação de aquaviários;


 
.2  certificados e endossos que reflitam acuradamente as competências
dos marítimos, usando a terminologia adequada bem como termos
idênticos àqueles usados em qualquer documento de tripulação de
segurança emitido para o navio;
 
.3  investigações imparcial a ser feita de qualquer falha reportada, seja
por ação ou omissão, que possa representar ameaça direta à
segurança da vida ou propriedade no mar ou ao meio ambiente
marinho, pelos portadores de certificados ou endossos emitidos por
aquele Estado;
 
.4  arranjos para a retirada, suspensão ou cancelamento de certificados
ou endossos emitidos pelo Estado, quando justificado e quando
necessário para prevenir fraude; e
 
.5 arranjos administrativos, incluindo aqueles envolvendo atividades de
instrução, avaliação e certificação conduzidas sob a competência de
outro Estado, tais que o Estado de bandeira aceite sua
responsabilidade por assegurar a competência de mestres, oficiais e
outros marítimos servindo em navios autorizados a arvorar sua
bandeira;
 
.4  condução de investigações em acidentes e atendimento pronto e adequado
em casos de navios com deficiências identificadas; e
 
.5  o desenvolvimento, a documentação e o provimento de orientação
concernente àqueles requisitos sujeitos à satisfação da Administração,
encontrados nos pertinentes instrumentos internacionais.

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17 Um Estado de bandeira deve assegurar que navios com direito a arvorar sua bandeira
sejam suficiente e eficientemente tripulados, considerando medidas pertinentes existentes tais
como os Princípios do Cartão de Tripulação de Segurança adotados pela Organização.
 
Delegação de autoridade
 
18 Com relação somente a navios com direito a arvorar sua bandeira, um Estado de
bandeira autorizando uma organização reconhecida a agir em seu nome na condução de
vistorias, inspeções e auditorias, emissão de certificados e documentos, marcação de navios e
outros trabalhos estatutários requeridos sob as convenções da Organização ou sua legislação
nacional, deve regulamentar tal autorização de acordo com os requisitos aplicáveis dos
instrumentos internacionais obrigatórios para:
.1 determinar que a organização reconhecida tenha recursos adequados em
termos de capacitação técnica, gerencial e de pesquisa para realizar as
tarefas atribuídas, de acordo com os padrões requeridos para organizações
reconhecidas atuando em nome da Administração dispostos nos instrumentos
1
pertinentes da Organização ;

.2 ter como base um acordo formal escrito entre a Administração e a


organização reconhecida que, no mínimo, inclua os elementos dispostos nos
2
instrumentos pertinentes da Organização , ou arranjos legais equivalentes, e
que possa ser baseado no modelo de acordo para a autorização de
3
organizações reconhecidas atuarem em nome da Administração ;

.3 emitir instruções específicas detalhando ações a serem seguidas na


eventualidade de um navio ser achado inapto para se fazer ao mar sem perigo
para o navio ou as pessoas a bordo, ou ser considerado uma ameaça não
razoável de dano ao meio ambiente marinho;

.4 prover a organização reconhecida de todos os instrumentos adequados da


legislação nacional e suas interpretações efetivando as disposições das
convenções e especificar, somente para aplicação a navios com direito a
arvorar sua bandeira, se quaisquer normas adicionais da Administração vão
além dos requisitos de convenções em qualquer aspecto; e

.5 exigir que a organização reconhecida mantenha registros, que fornecerão à


Administração dados para assistir na interpretação dos requisitos contidos nos
instrumentos internacionais aplicáveis.

19 Nenhum Estado de bandeira deve obrigar suas organizações reconhecidas a aplicar a


navios que não aqueles com direito a arvorar sua bandeira, qualquer requisito pertencente às
regras de classificação delas, e requisitos, procedimentos ou desempenho de outros processos
de certificação estatutária, além dos requisitos das convenções e instrumentos obrigatórios da
Organização.

 
1
  Apêndice 1 das Diretrizes para a autorização de organizações atuando em nome da Administração.
(Resolução A.739(18)).
2
  Apêndice 2 das Diretrizes para a autorização de organizações atuando em nome da Administração.
(Resolução A.739(18)).
3
  MSC/Circ.710-MEPC/Circ.307.

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20 O Estado de bandeira deve estabelecer ou participar de um programa de supervisão


com recursos adequados para monitorar e se comunicar com suas organizações reconhecidas
a fim de assegurar que suas obrigações internacionais são plenamente atendidas, por meio de:
.1  exercício de sua autoridade para conduzir vistorias suplementares
assegurando que navios com direito a arvorar sua bandeira de fato cumpram
os requisitos dos instrumentos internacionais aplicáveis;
 
.2  condução de vistorias suplementares conforme julgar necessário para
assegurar que navios com direito a arvorar sua bandeira cumpram os
requisitos nacionais que suplementam os requisitos obrigatórios
internacionais; e
 
.3  provisão de pessoal com um bom conhecimento das regras e normas do
Estado de bandeira e das organizações reconhecidas e que esteja disponível
para executar uma efetiva supervisão das organizações reconhecidas.
 
21 Um Estado de bandeira nomeando vistoriador(es) para o fim de conduzir vistorias,
auditorias e inspeções em seu nome deve regulamentar tais nomeações, conforme apropriado,
de acordo com a orientação provida no parágrafo 18, particularmente nos subparágrafos 3 e 4.
 
Aplicação
22 Um Estado de bandeira deve tomar todas as medidas necessárias para assegurar a
observância de regras e normas internacionais por navios com direito a arvorar a sua bandeira
e por entidades e pessoas sob sua jurisdição de modo a assegurar o cumprimento das suas
obrigações internacionais. Tais medidas devem, inter alia, incluir:
.1  proibição de navios com direito a arvorar sua bandeira, de navegar até que
tais navios possam se fazer ao mar cumprindo os requisitos de regras e
normas internacionais;
 
.2  a inspeção periódica de navios com direito arvorar sua bandeira para
comprovar que a condição atual do navio e sua tripulação condiz com os
certificados que estejam portando;
 
.3  o vistoriador para assegurar, durante a inspeção periódica referida no
subparágrafo 2, de que os marítimos designados para os navios estão
familiarizados com:
.1  suas funções específicas; e
 
.2  arranjos, instalações, equipamentos e procedimentos do navio;
 
.4  assegurar que a tripulação completa, como um todo, possa eficientemente
coordenar suas atividades em uma situação de emergência e no desempenho
de funções vitais para a segurança ou para a prevenção ou redução de
poluição;
 
.5  estabelecer, em leis e normas nacionais, penalidades de severidade
adequada para desencorajar a violação de regras e normas internacionais por
navios com direito a arvorar a sua bandeira;
 
.6  instituir procedimentos, após uma investigação ter sido conduzida, contra
navios com direito a arvorar a sua bandeira e que tenham violado regras e
normas internacionais, não importando onde a violação tenha ocorrido;

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.7  estabelecer, em leis e normas nacionais, penalidades de severidade adequada
para desencorajar violações de regras e normas internacionais por indivíduos
portadores de certificados e endossos emitidos sob a sua autoridade; e
 
.8 instituir procedimentos, após uma investigação ter sido conduzida, contra
indivíduos portando certificados ou endossos e que tenham violado regras e
normas internacionais, não importando onde a violação tenha ocorrido.
 
23 Um Estado de bandeira deve desenvolver e implementar um programa de controle e
monitoramento, conforme adequado, a fim de:
 
.1  prover  a pronta e integral investigação de acidentes, reportando à
Organização conforme adequado;
 
.2  proporcionar a coleta de dados estatísticos, de forma que análises de
tendências possam ser conduzidas para identificar áreas de problemas; e
 
.3  proporcionar uma resposta em tempo hábil a deficiências e alegações de
incidentes de poluição reportadas por Estados do porto ou costeiros.
 
24 Adicionalmente, o Estado de bandeira deve:
 
.1  assegurar o cumprimento dos instrumentos internacionais aplicáveis, por meio
de legislação nacional;
 
.2  prover um número adequado de pessoal qualificado para implementar e
aplicar a legislação nacional mencionada no subparágrafo 15.1, incluindo
pessoal para efetuar investigações e vistorias;
 
.3  prover um número suficiente de pessoal qualificado do Estado de bandeira
para investigar incidentes onde navios com direito a arvorar a sua bandeira
tenham sido detidos pelo Estado do porto;
 
.4  prover um número suficiente de pessoal qualificado do Estado de bandeira
para investigar incidentes onde a validade de um certificado ou endosso ou a
competência de indivíduos portando certificados ou endossos emitidos sob
sua autoridade forem questionadas pelo Estado do porto; e
 
.5  assegurar a instrução e a supervisão das atividades dos vistoriadores e
investigadores do Estado de bandeira.
 
25 Quando um Estado de bandeira é informado de que um navio com direito a arvorar sua
bandeira foi detido por um Estado do porto, o Estado de bandeira deve cuidar para que
medidas corretivas apropriadas sejam tomadas para trazer o navio em questão a uma imediata
conformidade com os instrumentos internacionais aplicáveis.
 
26 Um Estado de bandeira, ou uma organização reconhecida agindo em seu nome, deve
somente emitir ou endossar um certificado internacional para um navio após determinar que o
navio cumpre todos os requisitos aplicáveis.
 
27 Um Estado de bandeira deve somente emitir um certificado internacional de
competência ou um endosso para uma pessoa após ter verificado que a pessoa cumpre todos
os requisitos aplicáveis.

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Vistoriadores de Estado de Bandeira
 
28 O Estado de bandeira deve definir e documentar as responsabilidades, autoridade e
inter-relação de todo o pessoal que gerencia, executa e comprova o trabalho relacionado com,
e lesiva, a segurança e a prevenção de poluição.
 
29 O pessoal responsável ou executor de vistorias, inspeções e auditorias em navios e
empresas cobertos pelos instrumentos internacionais obrigatórios pertinentes deve ter no
mínimo o seguinte:
 
.1  qualificações apropriadas por uma instituição marinha ou náutica e relevante
experiência em serviço de navegação como oficial certificado de navio
possuindo ou tendo possuído um certificado de competência válido em nível
de gerência e tendo mantido seu conhecimento técnico de navios e sua
operação desde o recebimento de seu certificado de competência; ou

.2  uma graduação ou equivalente por uma instituição de ensino superior dentro
de um campo relevante de engenharia ou ciência, reconhecida pelo Estado
de bandeira; ou.

.3  credenciamento como vistoriador por meio de um programa formal de


instrução que leve ao mesmo padrão de experiência e competência como
vistoriador requerido nos parágrafos 29.1, 29.2 e 32.
 
30 O pessoal qualificado nos termos do parágrafo 29.1 deve ter servido por um período
não inferior a três anos no mar como oficial de convés ou de máquinas.
 
31 O pessoal qualificado nos termos do parágrafo 29.2 deve ter trabalhado num nível
pertinente pelo menos por três anos.

32 Adicionalmente, tais pessoas devem ter conhecimento teórico e prático adequado de


navios e sua operação, e das disposições dos instrumentos nacionais e internacionais
pertinentes necessárias ao desempenho de suas obrigações como vistoriadores de Estado de
bandeira, obtidas por meio de programas de instrução documentados.
 
33 Os demais funcionários necessários a execução de tais trabalhos devem ter
educação, instrução e supervisão proporcionais às tarefas que estão autorizados a executar.
 
34 Experiência prévia relevante no campo de especialização deve ser considerada uma
vantagem. No caso de nenhuma experiência prévia, a Administração deve prover adequada
instrução no campo.
 
35 O Estado de bandeira deve implementar um sistema documentado à qualificação de
pessoal e da atualização contínua de seus conhecimentos, adequados às tarefas que são
autorizados a empreender.
 
36 Dependendo das funções a serem desempenhadas, as qualificações devem abranger:
 
.1  conhecimento de regras e normas internacionais e nacionais aplicáveis a
navios, suas empresas, suas tripulações, suas cargas e sua operação;

.2  conhecimento dos procedimentos a serem aplicados em funções de vistoria,


certificação, controle, investigação e supervisão;

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3  compreensão das metas e objetivos dos instrumentos internacionais e


nacionais relativos à segurança marítima e proteção do meio ambiente
marinho, e dos programas relacionados;
.4  compreensão dos processos tanto a bordo como em terra, internos e
externos;
 
.5  posse da competência profissional necessária para executar as tarefas dadas
efetiva e eficientemente;
 
.6  total consciência da segurança em todas as circunstâncias, inclusive da
própria segurança; e
 
.7  instrução  ou experiência nas várias tarefas a serem executadas e,
preferivelmente, também nas funções a serem avaliadas.
 
37 O Estado de bandeira deve emitir um documento de identificação para o vistoriador
portar quando executando suas tarefas.
 
Investigações de Estado de Bandeira
 
38 Investigações de segurança marítima devem ser conduzidas por investigadores
imparciais e objetivos, adequadamente qualificados e conhecedores dos assuntos relativos ao
acidente. Sujeito a qualquer acordo sobre que Estado ou Estados será(ão) o(s) Estado(s)
investigador(es), o Estado de bandeira deve prover investigadores qualificados para esse fim,
independentemente da localização do acidente ou incidente.
 
39 O Estado de bandeira deve assegurar que investigadores individuais tenham
conhecimento de trabalho e experiência prática nas áreas de assuntos ligadas aos seus
deveres normais. Adicionalmente, para assistir investigadores individuais na execução de
obrigações fora de suas atribuições normais, o Estado de bandeira deve assegurar o pronto
acesso ao conhecimento especializado nas seguintes áreas, conforme necessário:
 
.1  navegação e os Regulamentos de Abalroamento;
 
.2  regulamentos do Estado de bandeira sobre certificados de competência;
 
.3  causas de poluição marinha;
 
.4  técnicas de entrevista;
 
.5  reunião de provas; e
 
.6  avaliação dos efeitos do elemento humano.
 
40 É recomendado que qualquer acidente envolvendo danos pessoais requerendo
ausência do trabalho por três dias ou mais, e quaisquer mortes resultantes de acidentes
ocupacionais e acidentes sérios com navios do Estado de bandeira devem ser investigados, e
os resultados de tais investigações tornados públicos.

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41 Acidentes com navios devem ser investigados e reportados de acordo com os
instrumentos internacionais pertinentes, levando em conta o Código para Investigação de
Acidentes e Incidentes Marítimos, emendado, e diretrizes desenvolvidas pela Organização4. O
relatório da investigação deve ser encaminhado à Organização junto com as observações do
Estado de bandeira, de acordo com as diretrizes acima referidas.
 
Avaliação e revisão
 
42 O Estado de bandeira deve, numa base periódica, avaliar seu desempenho com
respeito à implementação de processos administrativos, procedimentos e recursos necessários
para cumprir suas obrigações como requerido pelos instrumentos internacionais de que faça
parte.
 
43 Medidas para avaliar o desempenho de Estados de bandeira devem incluir, inter alia,
estatísticas de detenção pelo controle do Estado do porto, resultados de inspeções pelo Estado
de bandeira, estatísticas de acidentes, processos de comunicação e informação, estatísticas de
perda anual (excluindo perdas totais construtivas (CTL)), e outros indicadores de desempenho
que possam ser adequados, para determinar se a equipe, recursos e procedimentos
administrativos são adequados para cumprir suas obrigações de Estado de bandeira.
 
44 Áreas recomendadas para revisão periódica podem incluir, inter alia:
 
.1  estatísticas de perda de frota e acidentes, para identificar tendências por
períodos de tempo selecionados;
 
.2  o número de casos comprovados de navios detidos em relação ao tamanho
da frota;
 
.3  o número de casos comprovados de incompetência ou erro intencional por
indivíduos portando certificados ou endossos emitidos sob a autoridade do
Estado de bandeira;
 
.4  respostas aos relatórios de deficiências ou a intervenções do Estado do porto;
 
.5  investigações em acidentes sérios e muito sérios e lições deles extraídas;
 
.6  recursos técnicos e outros empenhados;
 
.7  resultados de inspeções, vistorias e controles dos navios da frota;
 
.8  investigação de acidentes ocupacionais;
 
.9  o número de incidentes e violações que ocorrem sob as normas
internacionais aplicáveis de prevenção da poluição marinha; e
 
.10  o número de suspensões ou cancelamentos de certificados, endossos,
aprovações, ou similares.
 
 
4
  Veja o compulsório Código dos Padrões Internacionais e Práticas Recomendadas para uma Investigação de
Segurança em um Acidente Marinho ou Incidente Marinho (Código de Investigação de Acidentes), adotado
pela Organização através a Resolução MSC.255(84) e as Diretrizes para assistir investigadores na
implementação do Código de Investigação de Acidentes, adotadas pela Organização através a Resolução
A.1075(28).

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PARTE 3 – ESTADOS COSTEIROS5
 
Implementação
 
45 Estados costeiros têm certos direitos e obrigações sob vários instrumentos
internacionais. Quando exercendo seus direitos sob aqueles instrumentos, Estados costeiros
incorrem em obrigações adicionais.
 
46 A fim de efetivamente cumprir suas obrigações, um Estado costeiro deve:
.1  implementar políticas mediante a emissão de legislação nacional e orientação
que ajudará na implementação e imposição dos requisitos de todas as
convenções e protocolos de segurança e prevenção de poluição dos quais é
partícipe; e
 
.2  atribuir responsabilidades para atualizar e revisar quaisquer políticas
relevantes adotadas, conforme necessário.
 
47 Um Estado costeiro deve assegurar que suas normas, orientações e procedimentos
sejam estabelecidos para a consistente implementação e verificação de seus direitos,
obrigações e responsabilidades contidos nos instrumentos internacionais relevantes dos quais
é partícipe.
 
48 Esses direitos, obrigações e responsabilidades podem incluir, inter alia:

.1  serviços de radiocomunicação;


 
.2  serviços e avisos meteorológicos;
 
.3  serviços de busca e salvamento;
 
.4  serviços hidrográficos;
 
.5  direcionamento de navios;
 
.6  sistemas de informação de navios;
 
.7  serviços de tráfego de embarcações; e
 
.8  auxílios à navegação.
 
Aplicação
 
49 Estados costeiros devem tomar todas as medidas necessárias para assegurar sua
observância de regras internacionais quando exercendo seus direitos e cumprindo suas
obrigações.
 
50 Um Estado costeiro deve considerar, desenvolver e implementar um programa de
controle e monitoramento, conforme adequado, a fim de:
 
.1  proporcionar a coleta de dados estatísticos, de forma que análises de
tendências possam ser conduzidas para identificar áreas de problemas;
 
 
5
  Os requisitos contidos nesta seção devem se aplicar na medida em que navios sujeitos a instrumentos
obrigatórios da IMO tenham acesso aos portos do Governo Contratante.

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.2  estabelecer mecanismos para resposta em tempo hábil a incidentes de
poluição em suas águas; e
 
.3  cooperar com Estados de bandeira e/ou Estados do porto, como apropriado,
em investigações de acidentes marítimos.
 
Avaliação e revisão
 
51 Um Estado costeiro deve periodicamente avaliar seu desempenho com respeito a
exercitar seus direitos e cumprir suas obrigações sob os instrumentos internacionais aplicáveis.
 
PARTE 4 – ESTADOS DO PORTO6
 
Implementação
 
52 Estados do porto têm certos direitos e obrigações sob vários instrumentos
internacionais. Quando exercendo seus direitos sob aqueles instrumentos, Estados do porto
incorrem em obrigações adicionais.
 
53 Estados do porto podem desempenhar um papel integral na obtenção da segurança
marítima e proteção ambiental, incluindo a prevenção da poluição. O papel e as
responsabilidades do Estado do porto com respeito à segurança marítima e proteção ambiental
derivam de uma combinação de tratados e convenções internacionais e leis nacionais, bem
como em alguns casos, de acordos bilaterais e multilaterais.
 
54 A fim de efetivamente cumprir suas obrigações, um Estado do porto deve:
 
.1  implementar políticas mediante a emissão de normas nacionais e orientação
que ajudará na implementação e aplicação dos requisitos de todas as
convenções e protocolos de segurança e prevenção de poluição dos quais ele
é partícipe; e
 
.2  atribuir responsabilidades para atualizar e revisar quaisquer políticas
relevantes adotadas, conforme necessário.
 
55 Um Estado do porto deve assegurar que suas normas, orientações e procedimentos
sejam estabelecidos para a consistente implementação e verificação de seus direitos,
obrigações e responsabilidades contidos nos instrumentos internacionais relevantes dos quais
é partícipe.
 
56 Esses direitos, obrigações e responsabilidades podem incluir, inter alia:
 
.1  a provisão de instalações de recepções adequadas ou capacitadas para
aceitar todos os fluxos de rejeito regulamentados sob os instrumentos da
Organização;
 
.2  controle do Estado do porto7; e
 
.3  manter um registro de fornecedores de óleo combustível.
 
 
 
6
  Os requisitos contidos nesta seção devem se aplicar na medida em que navios sujeitos a instrumentos
obrigatórios da IMO tenham acesso aos portos do Governo Contratante.
7
  Ver Procedimentos para Controle do Estado de Porto, 2011 (Resolução A.1052(27)).

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Aplicação
 
57 Estados do porto devem tomar todas as medidas necessárias para assegurar sua
observância de regras internacionais quando exercendo seus direitos e cumprindo suas
obrigações.
 
58 Vários instrumentos marítimos internacionais sobre segurança e prevenção da
poluição marinha contém disposições específicas que permitem o controle do Estado do porto.
 
59 Além disso, muitos desses instrumentos obrigam Estados do porto a tratar os não-
partícipes a essas convenções não mais favoravelmente do que aqueles que são partícipes.
Isto significa que os Estados do porto devem impor as condições daqueles instrumentos a
partícipes e aos não-partícipes.
 
60 Quando exercendo seu direito de conduzir o controle de Estado do porto, um Estado
do porto deve estabelecer processos para administrar um programa de controle do Estado do
porto consistente com a pertinente Resolução adotada pela Organização7.
 
61 O controle do Estado de porto deve ser conduzido somente por funcionários do
controle do Estado de porto autorizados e qualificados de acordo com os procedimentos
relevantes adotados pela Organização.
 
62 Funcionários do controle do Estado do porto e seus assistentes devem ser livres de
quaisquer pressões de natureza comercial, financeira e outras, e não ter interesse comercial
seja no porto da inspeção ou nos navios inspecionados, instalações de reparo naval ou
quaisquer serviços de apoio no porto ou fora dele. Funcionários do controle do Estado do porto
também não devem ter vínculo empregatício ou trabalhar em nome de organizações
reconhecidas ou sociedades classificadoras. Procedimentos adicionais devem ser
implementados para assegurar que pessoas ou organizações externas ao Estado do porto não
possam influenciar os resultados da inspeção e controle do Estado do porto.
 
Avaliação e revisão
 
63 Um Estado do porto deve periodicamente avaliar seu desempenho com respeito a
exercitar seus direitos e cumprir suas obrigações sob os instrumentos aplicáveis da
Organização.

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