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ASSEMBLÉIA A 28/Res.1070
28a Sessão 10 de dezembro de 2013
Item 10 da Agenda Original: INGLÊS
Resolução A.1070(28)
Adotada em 04 de dezembro de 2013
(item 10 da Agenda)
CÓDIGO DE IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DA IMO (CÓDIGO III)
A ASSEMBLEIA,
LEMBRANDO o Artigo 15(j) da Convenção sobre a Organização Marítima Internacional
concernente às funções da Assembleia em relação a regulamentos e diretrizes sobre
segurança marítima e a prevenção e controle de poluição marinha por navios,
LEMBRANDO TAMBÉM que, por meio da Resolução A.1018(26), o calendário e o programa de
atividades para a consideração e introdução de um institucionalizado Esquema de Auditoria do
Estado Membro da IMO foi aprovada.
LEMBRANDO TAMBÉM que foi adotado, pela Resolução A.1054(27), o Código para a
Implementação de Instrumentos Obrigatórios da IMO, 2011, que provê orientação para
implementação e aplicação dos instrumentos da IMO e forma a base do Esquema Voluntário
de Auditoria do Estado Membro da IMO, em particular no que concerne à identificação das
áreas auditáveis,
ESTANDO CIENTE da solicitação da sétima sessão da Comissão das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (CSD 7) de que medidas sejam desenvolvidas para assegurar
que Estados de bandeira deem total e completa efetivação às convenções da IMO e outras
relevantes de que sejam partícipes, de modo que os navios de todos os Estados de bandeira
cumpram as regras e normas internacionais,
RECONHECENDO que os partícipes das convenções internacionais pertinentes aceitaram,
como parte do processo de ratificação, cumprir integralmente suas responsabilidades e
executar suas obrigações sob as convenções e outros instrumentos aos quais aderiram,
REAFIRMANDO que Estados têm a responsabilidade fundamental de manter um sistema
adequado e efetivo para exercer o controle sobre navios com direito a arvorar sua bandeira, e
para assegurar que eles cumpram as regras e normas internacionais pertinentes relativos à
segurança marítima, segurança e proteção do meio ambiente marinho,
REAFIRMANDO TAMBÉM que Estados, em sua capacidade como Estados do porto e
costeiros, têm outras obrigações e responsabilidades sob a legislação internacional aplicável
relativas à segurança marítima, segurança e proteção do meio ambiente marinho,
NOTANDO que, embora Estados possam auferir certos benefícios ao se tornarem partícipes de
instrumentos que visam promover a segurança marítima, a proteção e a prevenção de poluição
por navios, esses benefícios podem somente ser integralmente auferidos quando todas as
partes executam suas obrigações requeridas pelos instrumentos concernentes,
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NOTANDO TAMBÉM que a máxima efetividade de qualquer instrumento depende, inter alia, de
todos os Estados:
(a) tornarem-se partícipes de todos os instrumentos relacionados à segurança
marítima, proteção e prevenção e controle da poluição;
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Anexo
CÓDIGO DE IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DA IMO (CÓDIGO III)
Conteúdo
PARTE 1 – ÁREAS COMUNS
Objetivo
Estratégia
Geral
Escopo
Ações iniciais
Comunicação de informações
Registros
Aperfeiçoamento
PARTE 2 – ESTADOS DE BANDEIRA
Implementação
Delegação de Autoridade
Aplicação
Vistoriadores do Estado de Bandeira
Investigações do Estado de Bandeira
Avaliação e revisão
PARTE 3 – ESTADOS COSTEIROS
Implementação
Aplicação
Avaliação e revisão
PARTE 4 – ESTADOS DO PORTO
Implementação
Aplicação
Avaliação e revisão
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Objetivo
Geral
4 Pelas disposições gerais da legislação de tratados e das convenções da IMO, os
Estados devem ser responsáveis por promulgar leis e normas e por tomar todas as outras
medidas que possam ser necessárias para dar àqueles instrumentos total e completo efeito
para assegurar a salvaguarda da vida no mar e a proteção do meio ambiente marinho.
5 Ao tomar medidas para prevenir, reduzir e controlar a poluição do meio ambiente
marinho, os Estados deverão agir de modo a não transferir, direta ou indiretamente, danos ou
riscos de uma área para outra ou transformar um tipo de poluição em outro.
Escopo
6 O Código busca abordar aqueles aspectos necessários a um Governo Contratante ou
Partícipe para dar total e completo efeito às disposições dos instrumentos internacionais
aplicáveis dos quais ele é um Governo Contratante ou Partícipe, com relação a:
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Registros
10 Registros devem ser estabelecidos e mantidos conforme apropriado, para prover
evidência da conformidade com requisitos e da efetiva operação do Estado. Registros devem
permanecer legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis. Um procedimento
documentado deve ser estabelecido para definir os controles necessários para identificação,
armazenagem, proteção, recuperação, tempo de retenção e disposição de registos.
Aperfeiçoamento
11 Estados devem continuamente aperfeiçoar a adequação das medidas que são
tomadas para efetivar aquelas convenções e protocolos que eles aceitaram. Melhorias devem
ser introduzidas mediante rigorosas e efetivas aplicação e imposição da legislação nacional,
conforme apropriado, e a fiscalização do seu cumprimento.
12 O Estado deve estimular uma cultura que proporcione oportunidades para melhoria de
desempenho em atividades de segurança marítima e proteção ambiental que podem incluir,
inter alia:
.1 programas contínuos de treinamento relacionados à segurança e à prevenção
da poluição;
.2 exercícios regionais e nacionais de segurança e prevenção de poluição, que
mobilizem um amplo espectro de organizações nacionais, regionais e
internacionais relacionadas ao meio marítimo, companhias e aquaviários; e
.3 mecanismos de recompensa e incentivo para companhias de navegação e
aquaviários, relativos a melhorias na segurança e prevenção de poluição.
13 Além disso, o Estado deve agir para identificar e eliminar as causas de quaisquer não
conformidades a fim de evitar sua recorrência, incluindo:
.1 revisão e análise de não conformidades;
.2 implementação de ação corretiva necessária; e
.3 revisão da ação corretiva empreendida.
14 O Estado deve determinar a ação necessária para eliminar as causas de potenciais
não conformidades a fim de evitar sua ocorrência.
PARTE 2 – ESTADOS DE BANDEIRA
Implementação
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16 Um Estado de bandeira deve estabelecer recursos e processos capazes de
administrar um programa de segurança e proteção ambiental que, no mínimo, deve consistir no
seguinte:
.1 instruções administrativas para implementar regras e normas internacionais
aplicáveis, bem como desenvolver e disseminar quaisquer normas nacionais
interpretativos que possam ser necessárias, incluindo certificados emitidos
por uma sociedade classificadora reconhecida pelo Estado de bandeira de
acordo com o disposto no regulamento SOLAS XI-1/1, certificados esses
requeridos pelo Estado de bandeira para demonstrar a conformidade com
requisitos estruturais, mecânicos e elétricos e/ou outros, de uma convenção
internacional da qual o Estado de bandeira é partícipe ou em conformidade
com um requisito de normas nacionais do Estado de bandeira;
.2 cumprimento dos requisitos dos instrumentos internacionais aplicáveis,
usando um programa de auditoria e inspeção independente de quaisquer
órgãos administrativos que emitam os certificados requeridos e
documentação pertinente, e/ou de qualquer entidade com delegação de
autoridade pelo Estado para emitir os certificados requeridos e
documentação pertinente;
.3 cumprimento dos requisitos relacionados a padrões internacionais de
instrução, certificação e serviço de quarto para aquaviários. Isto inclui, inter
alia:
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17 Um Estado de bandeira deve assegurar que navios com direito a arvorar sua bandeira
sejam suficiente e eficientemente tripulados, considerando medidas pertinentes existentes tais
como os Princípios do Cartão de Tripulação de Segurança adotados pela Organização.
Delegação de autoridade
18 Com relação somente a navios com direito a arvorar sua bandeira, um Estado de
bandeira autorizando uma organização reconhecida a agir em seu nome na condução de
vistorias, inspeções e auditorias, emissão de certificados e documentos, marcação de navios e
outros trabalhos estatutários requeridos sob as convenções da Organização ou sua legislação
nacional, deve regulamentar tal autorização de acordo com os requisitos aplicáveis dos
instrumentos internacionais obrigatórios para:
.1 determinar que a organização reconhecida tenha recursos adequados em
termos de capacitação técnica, gerencial e de pesquisa para realizar as
tarefas atribuídas, de acordo com os padrões requeridos para organizações
reconhecidas atuando em nome da Administração dispostos nos instrumentos
1
pertinentes da Organização ;
1
Apêndice 1 das Diretrizes para a autorização de organizações atuando em nome da Administração.
(Resolução A.739(18)).
2
Apêndice 2 das Diretrizes para a autorização de organizações atuando em nome da Administração.
(Resolução A.739(18)).
3
MSC/Circ.710-MEPC/Circ.307.
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.7 estabelecer, em leis e normas nacionais, penalidades de severidade adequada
para desencorajar violações de regras e normas internacionais por indivíduos
portadores de certificados e endossos emitidos sob a sua autoridade; e
.8 instituir procedimentos, após uma investigação ter sido conduzida, contra
indivíduos portando certificados ou endossos e que tenham violado regras e
normas internacionais, não importando onde a violação tenha ocorrido.
23 Um Estado de bandeira deve desenvolver e implementar um programa de controle e
monitoramento, conforme adequado, a fim de:
.1 prover a pronta e integral investigação de acidentes, reportando à
Organização conforme adequado;
.2 proporcionar a coleta de dados estatísticos, de forma que análises de
tendências possam ser conduzidas para identificar áreas de problemas; e
.3 proporcionar uma resposta em tempo hábil a deficiências e alegações de
incidentes de poluição reportadas por Estados do porto ou costeiros.
24 Adicionalmente, o Estado de bandeira deve:
.1 assegurar o cumprimento dos instrumentos internacionais aplicáveis, por meio
de legislação nacional;
.2 prover um número adequado de pessoal qualificado para implementar e
aplicar a legislação nacional mencionada no subparágrafo 15.1, incluindo
pessoal para efetuar investigações e vistorias;
.3 prover um número suficiente de pessoal qualificado do Estado de bandeira
para investigar incidentes onde navios com direito a arvorar a sua bandeira
tenham sido detidos pelo Estado do porto;
.4 prover um número suficiente de pessoal qualificado do Estado de bandeira
para investigar incidentes onde a validade de um certificado ou endosso ou a
competência de indivíduos portando certificados ou endossos emitidos sob
sua autoridade forem questionadas pelo Estado do porto; e
.5 assegurar a instrução e a supervisão das atividades dos vistoriadores e
investigadores do Estado de bandeira.
25 Quando um Estado de bandeira é informado de que um navio com direito a arvorar sua
bandeira foi detido por um Estado do porto, o Estado de bandeira deve cuidar para que
medidas corretivas apropriadas sejam tomadas para trazer o navio em questão a uma imediata
conformidade com os instrumentos internacionais aplicáveis.
26 Um Estado de bandeira, ou uma organização reconhecida agindo em seu nome, deve
somente emitir ou endossar um certificado internacional para um navio após determinar que o
navio cumpre todos os requisitos aplicáveis.
27 Um Estado de bandeira deve somente emitir um certificado internacional de
competência ou um endosso para uma pessoa após ter verificado que a pessoa cumpre todos
os requisitos aplicáveis.
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Vistoriadores de Estado de Bandeira
28 O Estado de bandeira deve definir e documentar as responsabilidades, autoridade e
inter-relação de todo o pessoal que gerencia, executa e comprova o trabalho relacionado com,
e lesiva, a segurança e a prevenção de poluição.
29 O pessoal responsável ou executor de vistorias, inspeções e auditorias em navios e
empresas cobertos pelos instrumentos internacionais obrigatórios pertinentes deve ter no
mínimo o seguinte:
.1 qualificações apropriadas por uma instituição marinha ou náutica e relevante
experiência em serviço de navegação como oficial certificado de navio
possuindo ou tendo possuído um certificado de competência válido em nível
de gerência e tendo mantido seu conhecimento técnico de navios e sua
operação desde o recebimento de seu certificado de competência; ou
.2 uma graduação ou equivalente por uma instituição de ensino superior dentro
de um campo relevante de engenharia ou ciência, reconhecida pelo Estado
de bandeira; ou.
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41 Acidentes com navios devem ser investigados e reportados de acordo com os
instrumentos internacionais pertinentes, levando em conta o Código para Investigação de
Acidentes e Incidentes Marítimos, emendado, e diretrizes desenvolvidas pela Organização4. O
relatório da investigação deve ser encaminhado à Organização junto com as observações do
Estado de bandeira, de acordo com as diretrizes acima referidas.
Avaliação e revisão
42 O Estado de bandeira deve, numa base periódica, avaliar seu desempenho com
respeito à implementação de processos administrativos, procedimentos e recursos necessários
para cumprir suas obrigações como requerido pelos instrumentos internacionais de que faça
parte.
43 Medidas para avaliar o desempenho de Estados de bandeira devem incluir, inter alia,
estatísticas de detenção pelo controle do Estado do porto, resultados de inspeções pelo Estado
de bandeira, estatísticas de acidentes, processos de comunicação e informação, estatísticas de
perda anual (excluindo perdas totais construtivas (CTL)), e outros indicadores de desempenho
que possam ser adequados, para determinar se a equipe, recursos e procedimentos
administrativos são adequados para cumprir suas obrigações de Estado de bandeira.
44 Áreas recomendadas para revisão periódica podem incluir, inter alia:
.1 estatísticas de perda de frota e acidentes, para identificar tendências por
períodos de tempo selecionados;
.2 o número de casos comprovados de navios detidos em relação ao tamanho
da frota;
.3 o número de casos comprovados de incompetência ou erro intencional por
indivíduos portando certificados ou endossos emitidos sob a autoridade do
Estado de bandeira;
.4 respostas aos relatórios de deficiências ou a intervenções do Estado do porto;
.5 investigações em acidentes sérios e muito sérios e lições deles extraídas;
.6 recursos técnicos e outros empenhados;
.7 resultados de inspeções, vistorias e controles dos navios da frota;
.8 investigação de acidentes ocupacionais;
.9 o número de incidentes e violações que ocorrem sob as normas
internacionais aplicáveis de prevenção da poluição marinha; e
.10 o número de suspensões ou cancelamentos de certificados, endossos,
aprovações, ou similares.
4
Veja o compulsório Código dos Padrões Internacionais e Práticas Recomendadas para uma Investigação de
Segurança em um Acidente Marinho ou Incidente Marinho (Código de Investigação de Acidentes), adotado
pela Organização através a Resolução MSC.255(84) e as Diretrizes para assistir investigadores na
implementação do Código de Investigação de Acidentes, adotadas pela Organização através a Resolução
A.1075(28).
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PARTE 3 – ESTADOS COSTEIROS5
Implementação
45 Estados costeiros têm certos direitos e obrigações sob vários instrumentos
internacionais. Quando exercendo seus direitos sob aqueles instrumentos, Estados costeiros
incorrem em obrigações adicionais.
46 A fim de efetivamente cumprir suas obrigações, um Estado costeiro deve:
.1 implementar políticas mediante a emissão de legislação nacional e orientação
que ajudará na implementação e imposição dos requisitos de todas as
convenções e protocolos de segurança e prevenção de poluição dos quais é
partícipe; e
.2 atribuir responsabilidades para atualizar e revisar quaisquer políticas
relevantes adotadas, conforme necessário.
47 Um Estado costeiro deve assegurar que suas normas, orientações e procedimentos
sejam estabelecidos para a consistente implementação e verificação de seus direitos,
obrigações e responsabilidades contidos nos instrumentos internacionais relevantes dos quais
é partícipe.
48 Esses direitos, obrigações e responsabilidades podem incluir, inter alia:
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.2 estabelecer mecanismos para resposta em tempo hábil a incidentes de
poluição em suas águas; e
.3 cooperar com Estados de bandeira e/ou Estados do porto, como apropriado,
em investigações de acidentes marítimos.
Avaliação e revisão
51 Um Estado costeiro deve periodicamente avaliar seu desempenho com respeito a
exercitar seus direitos e cumprir suas obrigações sob os instrumentos internacionais aplicáveis.
PARTE 4 – ESTADOS DO PORTO6
Implementação
52 Estados do porto têm certos direitos e obrigações sob vários instrumentos
internacionais. Quando exercendo seus direitos sob aqueles instrumentos, Estados do porto
incorrem em obrigações adicionais.
53 Estados do porto podem desempenhar um papel integral na obtenção da segurança
marítima e proteção ambiental, incluindo a prevenção da poluição. O papel e as
responsabilidades do Estado do porto com respeito à segurança marítima e proteção ambiental
derivam de uma combinação de tratados e convenções internacionais e leis nacionais, bem
como em alguns casos, de acordos bilaterais e multilaterais.
54 A fim de efetivamente cumprir suas obrigações, um Estado do porto deve:
.1 implementar políticas mediante a emissão de normas nacionais e orientação
que ajudará na implementação e aplicação dos requisitos de todas as
convenções e protocolos de segurança e prevenção de poluição dos quais ele
é partícipe; e
.2 atribuir responsabilidades para atualizar e revisar quaisquer políticas
relevantes adotadas, conforme necessário.
55 Um Estado do porto deve assegurar que suas normas, orientações e procedimentos
sejam estabelecidos para a consistente implementação e verificação de seus direitos,
obrigações e responsabilidades contidos nos instrumentos internacionais relevantes dos quais
é partícipe.
56 Esses direitos, obrigações e responsabilidades podem incluir, inter alia:
.1 a provisão de instalações de recepções adequadas ou capacitadas para
aceitar todos os fluxos de rejeito regulamentados sob os instrumentos da
Organização;
.2 controle do Estado do porto7; e
.3 manter um registro de fornecedores de óleo combustível.
6
Os requisitos contidos nesta seção devem se aplicar na medida em que navios sujeitos a instrumentos
obrigatórios da IMO tenham acesso aos portos do Governo Contratante.
7
Ver Procedimentos para Controle do Estado de Porto, 2011 (Resolução A.1052(27)).
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Aplicação
57 Estados do porto devem tomar todas as medidas necessárias para assegurar sua
observância de regras internacionais quando exercendo seus direitos e cumprindo suas
obrigações.
58 Vários instrumentos marítimos internacionais sobre segurança e prevenção da
poluição marinha contém disposições específicas que permitem o controle do Estado do porto.
59 Além disso, muitos desses instrumentos obrigam Estados do porto a tratar os não-
partícipes a essas convenções não mais favoravelmente do que aqueles que são partícipes.
Isto significa que os Estados do porto devem impor as condições daqueles instrumentos a
partícipes e aos não-partícipes.
60 Quando exercendo seu direito de conduzir o controle de Estado do porto, um Estado
do porto deve estabelecer processos para administrar um programa de controle do Estado do
porto consistente com a pertinente Resolução adotada pela Organização7.
61 O controle do Estado de porto deve ser conduzido somente por funcionários do
controle do Estado de porto autorizados e qualificados de acordo com os procedimentos
relevantes adotados pela Organização.
62 Funcionários do controle do Estado do porto e seus assistentes devem ser livres de
quaisquer pressões de natureza comercial, financeira e outras, e não ter interesse comercial
seja no porto da inspeção ou nos navios inspecionados, instalações de reparo naval ou
quaisquer serviços de apoio no porto ou fora dele. Funcionários do controle do Estado do porto
também não devem ter vínculo empregatício ou trabalhar em nome de organizações
reconhecidas ou sociedades classificadoras. Procedimentos adicionais devem ser
implementados para assegurar que pessoas ou organizações externas ao Estado do porto não
possam influenciar os resultados da inspeção e controle do Estado do porto.
Avaliação e revisão
63 Um Estado do porto deve periodicamente avaliar seu desempenho com respeito a
exercitar seus direitos e cumprir suas obrigações sob os instrumentos aplicáveis da
Organização.
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