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Bom, sabemos
que momentos históricos trazem algumas marcas como mudanças sociais, culturais e
econômicas. No meio disso tudo, existem os que tentam manter tudo como era antes, os
que se preocupam com as consequências das mudanças e os que lucram com o
sofrimento dos que estão vivendo os impactos negativos das transformações.
O golpe que levou a saída da presidenta Dilma foi marcado por discursos
neoliberais fervorosos quanto a dois pontos: 1) as reformas trabalhistas alegando que
tínhamos um índice de desemprego em defasagem devido a um suposto sistema
trabalhista rígido e custoso que impedia os efeitos positivos de políticas econômicas; 2)
a reforma da previdência e o teto de gastos, com menções a um déficit no orçamento do
governo que ainda causam controversas nos debates econômicos.
https://portalibre.fgv.br/data/files/9C/86/EF/7B/59260710199794F68904CBA8/BoletimMacroIbre_2002.
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em 12 meses até junho do ano anterior, também será menor. Não é um bom quadro para
se prever recuperação econômica com um combo de investimento privado e público
restritos.
Ainda segundo Dowbor, esse pagamento que está escoando para o mercado
financeiro foi multiplicado por 2,5, desde 2015 e com tendência de crescimento até o
início de 2020. Será que a onda de investimento proposta por Paulo Guedes ampliará
esses números em detrimento da situação da população?
Apesar da deflação ter sido em meses pontuais no Brasil nos outros anos, em
2020, com estimativas das instituições financeiras de uma taxa negativa de crescimento
do PIB e pouca recuperação em 2021, além de um mercado internacional se
recuperando lentamente, existe a possibilidade do quadro deflacionário ser consolidado,
caso as medidas interventistas não sejam aplicadas da maneira correta.
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https://outraspalavras.net/outrasmidias/dowbor-uma-farsa-chamada-ajuste-fiscal/
Ainda assim, a equipe econômica de Paulo Guedes insiste em dizer que apenas a
mão invisível irá nos salvar. Na última sexta-feira, o ministro anunciou uma nova onda
em investimentos, não deixando claro do que será formada essa onda. A única onda que
temos visto até agora foi um recuo do mercado diante da recessão, para vir como uma
onda tal qual um desastre tsunâmico sobre a classe trabalhadora.
Resta a nós esperar pelo bom-senso da equipe econômica para que o momento
histórico a qual estamos passando não continue sendo marcado pelas ações dos que
lucram com o sofrimento da população.