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1o Seminário Nacional Sobre Engenharia do Vento – SENEV 2010

27-29 de Outubro, 2010, Belo Horizonte, MG, Brasil

SIMULAÇÃO AEROELÁSTICA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO EM


TÚNEIS DE VENTO

Acir Mércio Loredo-Souza, acir@ufrgs.br


Laboratório de Aerodinâmica das Construções – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Caixa Postal 15.035 – CEP 91.501-970 – Porto Alegre – RS

Alan Garnett Davenport


The Boundary Layer Wind Tunnel Laboratory – University of Western Ontario
N6A 5B9, London, Canada

Resumo. Este trabalho tem por objetivo descrever as técnicas mais atuais referentes à modelagem aeroelástica de
linhas de transmissão e seu comportamento sob ventos extremos de camada limite. Também examina os efeitos da
escala da turbulência na resposta de uma estrutura linear (modelo de cabo) através de ensaios em túnel de vento e a
comparação dos resultados com previsões teóricas feitas através do método estatístico usando linhas de influência. O
procedimento para modelagem dos sistemas de condutores consiste na distorção horizontal da escala geométrica (no
sentido do vão) para que estes sistemas possam ser acomodados no túnel de vento. Cabos com diferentes
características são simulados e testados sob ventos com incidência transversal e oblíqua. A partir dos resultados
obtidos no programa experimental, percebe-se claramente que o procedimento de modelagem de sistemas de
condutores em túnel de vento é uma técnica válida. É necessário, entretanto, que uma correção seja feita nos valores
da variância da resposta medida no modelo distorcido. Os resultados mostram também a importância da resposta
ressonante para o caso de cabos com maior massa, bem como do amortecimento aerodinâmico, o qual tem um papel
muito importante no comportamento dos cabos.

Abstract. This paper is concerned with the description of the modeling requirements for the most recent approach for
aeroelastic modeling of transmission line cables and their behaviour in severe boundary layer winds. It also examines
the effect of the scale of turbulence on the response of a line-like structure (cable model) through wind tunnel tests and
the comparison of wind tunnel tests with theoretical predictions made through the statistical method using influence
lines. The modeling approach to conductor systems is achieved through a distorted horizontal length scale (span wise)
to accommodate these systems in the wind tunnel. Cables with different characteristics are simulated and tested at
transverse and oblique wind incidences. From the results obtained in the experimental work, it is apparent that the
modeling approach to conductor systems in wind tunnels is a valid technique. It is necessary, however, that a correction
be made in the values of the variance of the response measured in the distorted model. The results also show the
importance of the resonant response for the case of the more massive cables, as well as of the aerodynamic damping,
which plays an important role in the cables bahaviour.

Palavras-chave: Modelagem Aeroelástica, Túnel de Vento, Linhas de Tarnsmissão, Cabos, Vento

1. INTRODUÇÃO

Embora modelos teóricos sofisticados referentes ao comportamento aerodinâmico de linhas de transmissão tenham
sido desenvolvidos (Davenport, 1980), e parcialmente adotados em normas e códigos (American Society of Civil
Engineers, 1991), eles têm sido muito difíceis de verificar. Experimentos em escala real não são opções viáveis na
grande maioria dos casos. Já ensaios em túnel de vento constituem-se em alternativas vantajosas, embora também com
dificuldades consideráveis.
Até recentemente, existiam basicamente dois tipos de testes de modelos de cabos em túnel de vento. O primeiro tipo
de teste é chamado de ensaio estático, no qual as forças aerodinâmicas médias são obtidas através de pequenos
comprimentos de condutores reais ou de modelos de condutores. Estes são montados em balanças de força e
coeficientes de arrasto, sustentação e torção são obtidos. O outro tipo de teste é chamado de ensaio dinâmico, onde
novamente um método de modelagem bi-dimensional é empregado. O modelo é composto por um segmento curto e
rígido do condutor, mantendo os valores reais de forma e massa. As propriedades elásticas são simuladas por um
sistema de suspensão com molas, com vinculação nos extremos do cabo rígido.
Apesar da enorme quantidade de estudos referentes à ação do vento em linhas de transmissão, ainda não existe um
entendimento completo sobre seu comportamento sob ação do vento, nem plena concordância entre ensaios em túnel de
vento e medições em escala real (Shan e Jenke, 1992). Nestas últimas, tem-se encontrado valores menores das forças de
arrasto nos condutores em relação aos valores obtidos em ensaios em túnel de vento utilizando-se modelos seccionais
(Ball et al., 1992). Além disso, certos tipos de movimento dos cabos não podem ser simulados nestes testes.
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Um procedimento mais sofisticado é simular o vão completo através de um modelo aeroelástico. Este tipo de teste é
raramente encontrado na literatura. Algum trabalho havia sido feito (Wardlaw et al., 1975) embora não era a intenção
dos autores que o modelo fosse uma simulação em escala reduzida de um protótipo de linha de transmissão. A
modelagem correta deste tipo de estrutura é muito difícil por uma série de razões que são discutidas neste trabalho, o
qual tem como objetivo descrever os requisitos para modelagem aeroelástica, bem como o procedimento mais atual para
a modelagem dos condutores (Loredo-Souza e Davenport, 1998; Loredo-Souza e Davenport, 2001; Loredo-Souza e
Davenport, 2002).

2. MODELAGEM AEROELÁSTICA DE CABOS


Para que o comportamento aeroelástico dos cabos possa ser reproduzido através de modelos reduzidos, a massa
forças de arrasto, freqüência reduzida e amortecimento aerodinâmico devem ser simulados, juntamente com as
principais características do vento natural. Particularmente, os requisitos especificados abaixo devem ser satisfeitos. Na
descrição, L é o vão, l o comprimento do cabo, s a flecha do cabo, m a massa por unidade de comprimento, a a massa
específica do ar, CD e d o coeficiente de arrasto e o diâmetro do cabo, f a freqüência natural do cabo, V a velocidade
média do vento e E o módulo de elasticidade do material. O subscrito (m) se refere ao modelo e (p) ao protótipo.

2.1. Modelagem Convencional


Similaridade geométrica (L = escala de comprimento): A relação entre as dimensões do modelo e do protótipo
devem ser mantidas:
Lm sm
  L (1)
Lp s p
Modelagem da massa (m = L2): O requerimento para modelagem da massa da estrutura é que a relação entre forças
de inércia da estrutura e do escoamento seja preservada. Quando os ensaios aeroelásticos são feitos através da utilização
de modelos equivalentes, é importante manter as relações de massas iguais no modelo e no protótipo (Tanaka, 1988).
 m   
   m  (2)
  L2    L2 
 a m  a  p
Escala da força de arrasto: A força de arrasto, F, em ambos modelo e protótipo, é dada por:
1
F   a V 2 CD d l (3)
2
A relação F = Fm /Fp pode então ser escrita como
CD d m  CD d p L (4)
Devido à dependência de CD do número de Reynolds, é praticamente impossível modelar o diâmetro do cabo em
escala geométrica, pois o coeficiente de arrasto não corresponderia ao CD necessário para se obter a correta força de
arrasto em escala. Por esta razão ambos CD e d são modelados conjuntamente.
Frequência reduzida: A relação entre comprimento, tempo e velocidade para um determinado modo de vibração é
baseada na igualdade da freqüência reduzida no modelo e em escala real. Para o cabo, a frequência depende
fundamentalmente de sua fleche, a qual é a dimensão característica de importância.
 f s  f s
    (5)
 V m  V  p
Amortecimento aerodinâmico: O movimento do cabo é dominado pelo amortecimento aerodinâmico, sendo o
amortecimento estrutural, S 0,0005 (Bachmann et al., 1995), não tão importante, especialmente em ventos fortes.
Amortecimento aerodinâmico se traduz em uma força restritiva derivada do movimento relativo entre a estrutura e o ar.
É uma função linear da velocidade do vento V, e no caso de uma estrutura prismática homogênea sob escoamento
uniforme e movimento predominante de arrasto, pode ser expressa pela EQ. (6) (Davenport, 1988 e Vickery, 1995).
 C    d 2   V 
 aj   D   a   (6)
 4    m   f j d 
Sendo (a)m = (a)p , então:
C d  m
L D m  m (7)
CD d  p m p
Forças Vento/Gravidade: É necessário que a relação entre as forças devidas ao vento e às devidas à gravidade seja
mantida para o modelo e protótipo
C d  m
V2 D m  m (8)
CD d  p m p
Escala de velocidades (número de Froude): Para estruturas em que a resistência à deformação é influenciada oela
ação da gravidade, é necessário manter similaridade do número de Froude, Fr, o que requer que
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V2  L (9)
Escala da força axial (número de Cauchy): Para simular a ação das forças axiais através do uso de modelos
equivalentes, o número de Cauchy, Ca, precisa ser mantido constante no modelo e protótipo
   
E d 2 m  E d 2 p 3L (10)
Lembramos que toda a escala de força é dada por F = L3.
A força axial não é tão importante para este propósito (Armitt et al., 1975) e não é simulada aqui. O cumprimento
deste requerimento é um pouco difícil, principalmente se considerarmos que os modos simétricos no plano também
dependem do valor de Ed 2 e têm seus próprios critérios de modelagem para satisfazer, os quais não necessariamente
coincidem com aqueles da EQ. (10).

2.2. Dificuldades encontradas e procedimento adotado


Apenas para fixar idéias, apresentamos um exemplo numérico de uma modelagem de cabos convencional. As
características admitidas para o cabo protótipo são LP = 300 m, sP = 10 m, lP = 300,9 m, dP = 0,04 m, mP = 3 kg/m e
VP = 45 m/s. Então Re2E5 e CD 1,0, o que conduz a (CD d)p = 0,04 m. A primeira freqüência fundamental é (fc1) 
0,18 Hz. Para este exemplo, uma escala geométrica L = 1/50 é escolhida e, portanto, a escala de velocidades é V =
(L)1/2 = 1 / 7,07. Neste caso teríamos: Lm = 6 m, sm = 0,2 m, lm = 6,02 m, mm = 0,0012 kg/m = 1,2 g/m, Vm = 6,4 m/s,
(CD d)m  8E-4 m = 0,8 mm e (fc1)  1,24 Hz.
Mesmo com um valor de escala geométrica relativamente elevado, 1/50, a massa por unidade de comprimento tem
um valor extremamente baixo. Este fato resulta em uma dificuldade construtiva para o modelo. Se compararmos a
massa por unidade de comprimento de um cabo de ponte suspensa em escala natural por exemplo, o qual pode ter m 
5000 kg/m, com uma linha de transmissão com m  3 kg/m ou menos, e verificar as dimensões usuais dos modelos de
pontes, pode-se perceber as dificuldades envolvidas em simular uma linha de transmissão em escala reduzida. Existe
também o problema de similar Ed 2 para forças axiais e formas modais simétricas no plano. E devido ao fato de
estarmos lidando com o comportamento da linha sob velocidades de projeto, ou seja, altas velocidades do vento,
podemos nos preocupar somente com as forças de arrasto e evitar os problemas associados com a simulação dos efeitos
transversais (Eletric Power Research Institute, 1979). Além disso, um modelo como o calculado raramente cabe em
túneis d evento de camada limite convencionais, os quais não possuem seção transversal tão larga.
Para acomodar um vão com esta dimensão ou mesmo vários vãos de linhas de transmissão no túnel de vento, um
novo procedimento de modelagem para torres e sistemas de condutores foi desenvolvido (Loredo-Souza, 1996). Este
procedimento é baseado na idéia de que se distorcermos horizontalmente o cabo, mas mantermos a mesma flecha e
preservarmos as propriedades do modelo “normal” (massa, arrasto, freqüência), o comportamento do cabo não será
alterado significativamente, pois as freqüências naturais dos cabos são fundamentalmente dependentes de suas flechas,
desde que as tensões nos cabos não sejam muito altas. Ou seja, o procedimento de modelagem seria partir da estrutura
real, projetar o modelo “normal” e partir deste para o modelo “distorcido”, mantendo a mesma fleche nos dois modelos.
A desvantagem deste procedimento é que ele altera a correlação das forças do vento ao longo do cabo, e isto precisa
ser corrigido. Porém, a correção é bem menor do que aquela requerida pelo emprego dos modelos seccionais usuais
(modelagem bi-dimensional) utilizados em túneis de vento, cujos resultados devem ser corrigidos por um fator (span
factor) para levar em conta as variações das pressões ao longo do comprimento do cabo.

2.3. Modelagem distorcida


Nova escala geométrica: Um vão reduzido, Lm*, obtido a partir da distorção do vão do modelo original, Lm, por um
valor , é utilizado, sendo Lm*= Lm , onde o símbolo * se refere à variável utilizada no modelo distorcido.
L*  L
*L  m  m   L (11)
Lp Lp
Para que se tenha o mesmo comportamento em ambos os modelos, a massa, forces de arrasto, amortecimento
aerodinâmico e freqüência reduzida devem ser mantidos inalterados. A distorção da massa por unidade de comprimento
e CD d pelo mesmo valor  garante que a razão entre as forças do vento e as de gravidade, EQ. (6), seja também
preservada.
Massa:
m
m*m  m (12)

Força de arrasto:
C d 
CD d *m  D m (13)

Frequência reduzida e amortecimento aerodinâmico:
f m  f m* (14)
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Força axial:
E* d 2   E d 2 (15)
A massa por unidade de comprimento original e o valor de CD d médio por unidade de comprimento necessários
devem ser aumentados de um valor 1/ se quisermos manter as mesmas a massa total e a força de arrasto. O
amortecimento aerodinâmico e a frequência reduzida serão mantidos se a freqüência natural não for alterada. Esta
condição é satisfeita, pois as frequências naturais de cabos suspensos estão diretamente relacionadas com sua flecha (a
qual é mantida inalterada).
Teoricamente, deveríamos diminuir Ed 2 pelo parâmetro , embora isto não resultasse em uma mesma deformação
nos dois tipos de modelo (a razão sendo a diferença em tensões entre o modelo normal e o modelo distorcido).
Entretanto, devido às já mencionadas dificuldades na simulação de Ed2, esta condição não é seguida à risca. Isto permite
uma maior flexibilidade na escolha dos diâmetros dos cabos para o projeto e construção dos modelos. As conseqüências
desta escolha são aceitáveis para fins de modelagem experimental (Loredo-Souza, 1996).
Como é usual em estudos aeroelásticos, é muito difícil satisfazer a todos os requisitos. Para o caso de cargas
transversais transmitidas pelos cabos para seus suportes, as tensões têm uma influência não significativa (Armitt et al.,
1975).

3. TESTANDO A TEORIA DA MODELAGEM DISTORCIDA


3.2. Projeto dos modelos 1 e 2
Para iniciar o estudo, dois modelos de cabos correspondendo ao mesmo protótipo foram testados. O primeiro era um
modelo „„normal‟‟ (modelo 1) e o segundo um modelo “distorcido‟‟ (modelo 2). As características gerais são indicadas
na Tab. 1 juntamente com as frequências naturais estimadas para uma condição “sem vento”. As frequências naturais
previstas para os outros modos de vibração, tanto para uma condição “sem vento” (tensões devidas ao peso próprio
somente), quanto para uma condição de tensões no cabo resultantes da combinação do peso próprio e do carregamento
médio do vento baseado nas velocidades consideradas, também foram calculados (Loredo-Souza, 1996). Os valores de
Ed2 adotados são também considerados.
Os modelos foram construídos empregando uma técnica amplamente utilizada na modelagem de cabos de pontes,
bem como na simulação de cabos de elevadores (Vickery, 1981). Ela consiste em utilizar um cabo básico com diâmetro
muito pequeno para simular, caso desejando, a rigidez axial e a flexibilidade. Sobre este cabo são anexados pedaços
isolados (cilindros ou esferas) de um determinado material, de forma que se obtenha, junto com o cabo básico, a massa
por unidade de comprimento e o CD d médios por unidade de comprimento necessários para satisfazer as leis de
semelhança.
Os modelos foram construídos utilizando como cabo básico uma corda de piano (de aço) com diâmetro  = 2.29E-4
m sobre o qual foram anexados cilindros de poliuretano (3 mm de diâmetro, 10 mm de comprimento). Os primeiros
modelos foram construídos com valores muito baixos de massa por duas razões: (a) para testar se era possível trabalhar
com um modelo no caso limite inferior (valores menores correspondentes a linhas de transmissão não são esperados),
(b) para manter mínima a influência da massa e propriedades relacionadas.

Tabela 1. Características gerais dos primeiros modelos testados.


Descrição L (m) s (m) l (m) m (kg/m) V (m/s) CD d (m) f1 (Hz)
Protótipo 150,0 7,50 151,00 1,0000 45,0 0,0300 0,20
Modelo Normal 3,0 0,15 3,02 0,0004 6,4 0,0006 1,44
Modelo Distorcido 1,5 0,15 1,54 0,0008 6,4 0,0012 1,48

As frequências naturais dos modelos normal e distorcido são muito próximas e podem ser consideradas as mesmas.
Os valores reais obtidos para as massas totais dos modelos de cabo foram M1 = 1,3 g e M2 = 1,1 g, conduzindo a m1 
0,43 g/m e m2  0,71 g/m. O valor de CD d é escolhido a partir de um regime de escoamento suave e, portanto, a
precisão do projeto do modelo é verificada usando os resultados da exposição 3 – escoamento suave.

4. RESULTADOS EXPERIMENTAIS PARA OS CABOS COM MENOR MASSA


Os ensaios foram realizados na seção de baixas velocidades do Túnel de Vento de Camada Limite II da University
of Western Ontario, Canada, no qual o comprimento da seção de ensaios a barlavento do modelo é de 43 m. Três
diferentes exposições foram usadas no estudo: escoamento suave e escoamento turbulento com duas intensidades de
turbulência (0,11 e 0,14). Informações detalhadas referentes às exposições adotadas, perfis verticais, correlação cruzada
ao longo do vão, espectro da velocidade do vento e coerência, podem ser encontradas em (Loredo-Souza, 1996). O
motivo para se utilizar a seção de baixas velocidades é sua grande largura (4.88 m) e suas baixas velocidades (requisito
do número de Froude), sendo a melhor opção para o teste de modelos de linhas de transmissão.
Os ensaios dos modelos de cabo incluíram medidas das séries temporais da força de arrasto sobre um período de
tempo (500 s) correspondendo a aproximadamente 60 minutos em escala natural para a velocidade desejada. A partir
destas, valores médios, mínimos, máximos e RMS, bem como espectros de potência, foram obtidos. Os espectros
também foram obtidos independentemente, através de um programa computacional específico, e compararam muito
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bem com os calculados a partir das séries temporais. Balanças de força foram usadas para medir as forces de arrasto nas
extremidades dos cabos.
Dois ângulos de incidência do vento foram testados: incidência a 0o (vento transversal) e incidência a 45o (vento
oblíquo). Os modelos também foram testados para velocidades um pouco superiores e um pouco inferiores do que o
valor de projeto de 45 m/s para o caso das séries temporais, além de três valores inferiores de velocidades nas medições
dos espectros de força. Embora o modelo não tenha sido projetado para estas velocidades mais baixas, os resultados têm
validade do ponto de vista qualitativo. Os valores obtidos são mostrados nas Tab. 2 e 3.
A partir da análise dos valores medidos, pode-se observar que os valores médios medidos no modelo normal são
muito próximos dos valores médios obtidos no modelo distorcido, e são levemente menores para o vento mais
turbulento. Os valores da variância foram muito pequenos em geral, e no caso dos valores para o cabo normal,
aproximadamente metade do seu correspondente valor no modelo distorcido. Isto significa que os valores RMS para os
modelos distorcidos ficam superestimados aproximadamente entre 1,4 e 1,5 vezes os valores para os modelos normais
para vento transversal (0 o), e aproximadamente entre 1,3 e 1,4 vezes para incidência oblíqua (45 o). A razão para isto é
que, devido ao fato que as características do vento permanecem inalteradas, a turbulência é “vista”co mo tendo uma
maior correlação no caso do modelo distorcido e, portanto, a variância é maior. Os valores máximos seguiram a mesma
tendência e, portanto, foram maiores para o modelo distorcido. Os valores mínimos, entretanto, foram quase todos
menores.
Os resultados têm enorme importância, pois demonstram os efeitos da turbulência na resposta dinâmica. A teoria diz
que a variância é diretamente proporcional à razão entre a escala da turbulência e o vão da linha de transmissão (cabo),
e isto é exatamente o que foi demonstrado nos experimentos através da mudança da estrutura e preservação das
características do escoamento.

Tabela 2. Força de arrasto do modelo de cabo em uma extremidade, para escoamento turbulento e incidência transversal
do vento (0o).
Modelo Exposição Velocidade (m/s) Max (N) Min (N) Média (N) RMS (N)
Normal 1 5,8 29,8E-5 12,4E-5 20,3E-5 2,18E-5
6,4 38,1E-5 14,7E-5 24,8E-5 2,60E-5
6,6 40,6E-5 16,1E-5 27,1E-5 2,85E-5
Distorcido 1 5,8 34,4E-5 9,0E-5 20,5E-5 3,25E-5
6,4 43,6E-5 15,1E-5 28,0E-5 3,77E-5
6,6 45,7E-5 13,1E-5 27,1E-5 4,09E-5
Normal 2 5,9 29,8E-5 13,7E-5 21,9E-5 1,84E-5
6,4 38,2E-5 20,8E-5 28,8E-5 2,12E-5
6,7 42,1E-5 23,0E-5 31,8E-5 2,38E-5
Distorcido 2 5,9 34,9E-5 13,7E-5 23,8E-5 2,75E-5
6,4 40,7E-5 16,5E-5 26,9E-5 2,97E-5
6,7 45,6E-5 17,4E-5 29,4E-5 3,25E-5

Os valores da exposição 3 foram usados para calcular os valores de CD d do modelo e verificar se o projeto estava
correto. Destes, observou-se que os valores esperados de projeto de CD d = 0,0006, para o modelo normal, e CD d =
0,0012, para o modelo distorcido, foram alcançados, embora valores levemente maiores foram obtidos. A razão entre os
valores de CD d para os modelos normal e distorcido, entretanto, mantiveram-se praticamente inalteradas (0,50). Estes
resultados foram considerados satisfatórios.

Tabela 3. Força de arrasto do modelo de cabo em uma extremidade, para escoamento turbulento e incidência obliqua do
vento (45o).
Modelo Exposição Velocidade (m/s) Max (N) Min (N) Média (N) RMS (N)
Normal 1 5,8 17,3E-5 4,8E-5 10,8E-5 1,74E-5
6,4 22,4E-5 6,4E-5 13,7E-5 2,06E-5
6,6 24,1E-5 7,5E-5 15,7E-5 2,26E-5
Distorcido 1 5,8 21,5E-5 4,2E-5 11,5E-5 2,24E-5
6,4 25,9E-5 5,6E-5 15,1E-5 2,69E-5
6,6 32,3E-5 6,5E-5 16,9E-5 3,01E-5
Normal 2 5,9 17,7E-5 7,3E-5 12,0E-5 1,44E-5
6,4 21,4E-5 8,8E-5 14,4E-5 1,73E-5
6,7 24,2E-5 9,8E-5 16,2E-5 1,91E-5
Distorcido 2 5,9 20,4E-5 5,0E-5 11,8E-5 1,96E-5
6,4 24,9E-5 7,9E-5 15,1E-5 2,29E-5
6,7 28,5E-5 9,5E-5 17,6E-5 2,48E-5
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Os espectros das forças de arrasto para uma extremidade do cabo são mostrados nas Fig. 1 a 4 para alguns casos. A
partir da análise dos espectros das Fig. 1 a 3 pode-se observar que o cabo 2 (modelo distorcido) apresentou valores
maiores de f S(f), em concordância com as variâncias das forças obtidas através das séries temporais, sendo
consequência da maior correlação das rajadas para o modelo distorcido. A diferença é maior para a exposição 1 (mais
turbulento). Outra observação é que para o modelo normal os picos do espectro foram mais bem definidos em relação
ao modelo distorcido. Isto pode ser devido ao amortecimento aerodinâmico do cabo 1 ser levemente menor. Para as
velocidades de projeto dos modelos, é praticamente impossível distinguir-se qualquer pico nos espectros, sendo que à
medida que as velocidades diminuem os picos se tornam mais definidos. Isto pode ser atribuído ao amortecimento
aerodinâmico, o qual é diretamente proporcional à velocidade do vento e inversamente proporcional à massa por
unidade de comprimento. A partir dos espectros das menores velocidades, pode-se verificar as frequências naturais dos
cabos, as quais encontram-se na gama de valores previstos teoricamente.

Figura 1. Esquerda: Espectros da força de arrasto [N] em uma extremidade do cabo 1 para exposição 1 e incidência
transversal do vento (0°) para diversas velocidades do vento. Direita: Espectros da força de arrasto [N] em uma
extremidade do cabo 2 para exposição 1 e incidência transversal do vento (0°) para diversas velocidades do vento.

Figura 2. Esquerda: Espectros da força de arrasto [N] em uma extremidade do cabo 1 para exposição 2 e incidência
transversal do vento (0°) para diversas velocidades do vento. Direita: Espectros da força de arrasto [N] em uma
extremidade do cabo 2 para exposição 2 e incidência transversal do vento (0°) para diversas velocidades do vento.

Figura 3. Esquerda: Espectros da força de arrasto [N] em um extremo do cabo 1 para exposição 1 e incidência oblíqua
do vento (45°) para diversas velocidades do vento. Direita: Espectros da força de arrasto [N] em um extremo do cabo 2
para exposição 1 e incidência oblíqua do vento (45°) para diversas velocidades do vento.

Figura 4. Espectro normalizado da força de arrasto [N] em um extreme dos cabos 1 & 2 para exposições 1 (esquerda) e
2 (direita) para incidência do vento perpendicular aos cabos (0°) V = 6,4 m/s.
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A Fig. 4 mostra os espectros das forces de arrasto normalizados por sua variância, e apresentam os modelos normal
e distorcido no mesmo gráfico. Embora f S(f) e a variância sejam maiores para o modelo distorcido, os espectros
normalizados apresentam um ótimo ajuste, indicando a validade da técnica de simulação.
Os valores dos deslocamentos angulares dos cabos sob estes ventos severos foram previsivelmente elevados.
Deslocamentos angulares semelhantes têm sido medidos em linhas reais, sob condições severas de vento (Leibfried e
Mors, 1964). A Fig. 5 mostra uma fotografia de uma linha real e de um modelo reduzido no túnel de vento, ambos para
velocidades extremas do vento.

Figura 5. Comportamento de uma linha de transmissão real (esquerda) e de um modelo em túnel de vento (direita) sob
velocidades elevadas do vento.

O método estatístico usando linhas de influência (Loredo-Souza e Davenport, 1998) foi empregado para a previsão
teórica das respostas dos cabos e comparação com resultados experimentais. A Tab. 4 apresenta os valores RMS da
força de arrasto em um extremo do cabo, obtidos a partir das medições e também os calculados a partir da teoria
utilizando os valores estimados para a escala transversal da turbulência. A teoria prevê bem os valores médios e
superestima os valores referentes à parte flutuante da resposta em relação às medidas experimentais. Para os cabos
testados, apenas a resposta “background” obtida através do método estatístico usando linhas de influência já foi
suficiente para prever os valores da parte flutuante obtidos nas medições. Existem, entretanto, incertezas na
determinação da escala transversal da (LV). O valor usado foi obtido do ajuste da curva de correlação por uma função
exponencial e a área sob a curva real parece ser levemente menor do que a área determinada pela função de ajuste. Um
valor menor de (LV) no cálculo resultaria em uma coincidência entre as medições e a resposta “background” calculada.
A resposta ressonante não parece ser importante neste caso, conforme indicado nos espectros, embora possa ser muito
importante em cabos com maior massa ou quando as características dos cabos e/ou escoamento conduzirem a valores
menores do amortecimento aerodinâmico (Loredo-Souza e Davenport, 1998).

Tabela 4. Comparação entre os valores RMS do arrasto medidos e calculados (LV = 0,31 m para exposição 1 e LV =
0,34m para exposição 2).
Modelo Exposição Velocidade Intensidade RMS calculado (N) RMS medido Relação RMS
(m/s) da (N) calc./medido
Turbulência
Normal 1 5,8 2,79E-5 2,17E-5 1,28
6,4 0,14 3,39E-5 2,59E-5 1,31
6,6 3,60E-5 2,84E-5 1,26
Distorcido 1 5,8 3,66E-5 3,24E-5 1,13
6,4 0,14 4,46E-5 3,76E-5 1,18
6,6 4,74E-5 4,08E-5 1,16
Normal 2 5,9 2,26E-5 1,84E-5 1, 23
6,4 0,11 2,76E-5 2,12E-5 1,30
6,7 2,94E-5 2,38E-5 1,24
Distorcido 2 5,9 2,97E-5 2,74E-5 1,08
6,4 0,11 3,61E-5 2,97E-5 1,22
6,7 3,83E-5 3,24E-5 1,18

5. ENSAIOS ADICIONAIS PARA OS CABOS COM MAIOR MASSA


Adotando a técnica do modelo distorcido, foram testados cabos com maior massa por unidade de comprimento com
as características indicadas na Tab. 5. Dois conjuntos distintos de pares de cabos, cada par com um diâmetro diferente,
foram construídos e ensaiados com o intuit de verificar se a rididez axial iria influenciar os resultados. As cordas de
piano básicas tinham diâmetros  = 1,27E-4 m (cabo 3) e  = 2,29E-4 m (cabo 4). Em ambos os modelos foram
acrescentados pequenos cilindros (4 mm de diâmetro, 20 mm de comprimento) às cordas de piano (62 para o cabo 3 e
60 para o cabo 4). Para estes casos, decidiu-se testar modelos com maior massa por unidade de comprimento, com
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27-29 de Outubro, 2010, Belo Horizonte, MG, Brasil

valores correspondendo a limites superiores em relação a linhas de transmissão convencionais. O cabo 3 tinha EA1
2.534 N e o cabo 4 EA2 8.237 N. O cabo 3 foi também testado com uma flecha s = 0,3 m.

Tabela 5. Características gerais dos cabos com maior massa ensaiados.


Descrição L (m) s (m) l (m) m (kg/m) V (m/s) CD d (m) f1 (Hz)
Protótipo 300,0 10,0 300,9 4,3 40,0 0,0400 0,18
Modelo Normal 6,0 0,2 6,02 0,0017 5,7 0,0008 1,24
Modelo Distorcido ( = 0,5) 3,0 0,2 3,04 0,0034 5,7 0,0016 1,26

Os ensaios dos modelos de cabo incluíram medidas das séries temporais da força de arrasto sobre um período de
tempo (500 s), a partir das quais valores médios, mínimos, máximos e RMS, bem como espectros de potência, foram
obtidos. A direção do vento era perpendicular às linhas e os testes foram realizados para quarto valores distintos de
velocidade do vento, embora o modelo tivesse sido projetado V = 5,7 m/s (40 m/s em escala real).

Figura 6. Modelo aeroelastico no túnel de vento para os cabos com maior massa.

Os valores médios foram um pouco menores para a exposição 1 (escoamento mais turbulento) e a variância foi
maior para a mesma exposição. Uma comparação entre os dois espectros de força para as duas flechas ensaiadas com V
= 5,7 m/s é apresentada na Fig. 7. Os espectros para os cabos 3 e 4 apresentaram picos bem definidos nas frequências
naturais esperadas para os cabos, embora à medida que as freqüências aumentam os picos se superpõe e uma
identificação mais apropriada se torna mais difícil. A razão pela qual os picos são melhor definidos e mais fáceis de
distinguir em relação aos cabos com menor massa é que as condições relacionadas à velocidade e à massa por unidade
de comprimento conduzem a menores valores do amortecimento aerodinâmico para os cabos com maior massa. Para a
gama de frequências entre 20 e 30 Hz aparecem picos mais pronunciados, embora os valores das densidades espectrais
para estas frequências (S(f) somente) não sejam tão grandes.
A partir da análise de todos os espectros de força para as diferentes velocidades testadas para os cabos com flecha s
= 0,20 m, observou-se que para as velocidades mais baixas (menor amortecimento aerodinâmico) os picos no espectro
eram melhor definidos (veja Fig. 7). As diferenças nos níveis da intensidade da turbulência não causaram efeitos
significativos, aparentemente. Além disso, os maiores picos f S(f) estavam centrados em torno de 20 Hz. Uma
explicação possível para os picos de alta energia em altas frequências poderia ser atribuída ao acoplamento dos modos
fora do plano e no plano (simétricos e anti-simétricos), onde as frequências correspondes convergem. Os espectros dos
cabos 3 e 4 foram praticamente iguais. Embora eles tenham valores diferentes de EA, o parâmetro resultante para a
rigidez do cabo 2 (Irvine, 1981) conduz às mesmas freqüências naturais para modos simétricos no plano.

Figura 7. Espectro das forças de arrasto (N) para os cabos com maior massa, para as duas flechas ensaiadas (esquerda) e
para as diferentes velocidades testadas para escoamento 1 e s = 0,2 m (direita).

A partir da análise dos resultados pode-se observar que a teoria prevê as respostas medias adequadamente, mas que
somente a resposta background não foi suficiente para prever a resposta RMS total medida. A resposta ressonante para
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o primeiro modo foi incluída na resposta RMS total (calculada), o que então permitiu ao modelo teórico atingir os
resultados experimentais. Porém, lembrando que há incertezas na determinação da escala da turbulência, xLv , e que o
valor usado foi obtido a partir do ajuste da curva de correlação por uma função exponencial e que a área sob a curva real
parece ser levemente menor do que a área determinada pela função de ajuste, é possível que a inclusão de mais
componentes para a resposta ressonante possa ser necessária se valores menores de xLv forem usados nos modelos
teóricos.
Isto demonstra que, embora a resposta background possa ser a maior contribuinte para a resposta flutuante total na
maior parte dos casos típicos, a resposta ressoante pode ser importante quando as características do cabo e/ou do
escoamento conduzirem a valores menores do amortecimento aerodinâmico. A resposta ressonante, portanto, não
deveria ser negligenciada nos procedimentos de projeto de linhas de transmissão.

6. CONCLUSÕES
Resultados de ensaios em túnel de vento e previsões teóricas validaram o novo procedimento para modelagem
experimental de sistemas de condutores através da utilização de uma escala geométrica horizontal distorcida (no sentido
do vão) para que estes sistemas possam ser colocados no túnel de vento. Entretanto, é necessário que uma correção seja
feita nos valores da variância da resposta medida no modelo distorcido. Especificamente, as conclusões foram:
 Há uma concordância entre os valores médios medidos nos modelos normais e distorcidos, bem como com os
valores previstos teoricamente.
 A variância da resposta medida com o modelo distorcido foi aproximadamente o dobro do valor
correspondente ao modelo normal (a distorção horizontal do cabo foi = 50%). De acordo com a teoria, a
variância obtida a partir dos modelos distorcidos deveria ser multiplicada por , a distorção horizontal do
modelo de cabo, para que os valores reais da variância da resposta possam ser obtidos. Entretanto, pesquisas
adicionais podem indicar a necessidade de uma correção não linear, relacionada à variância.
 A partir dos espectros resultantes dos modelos de cabos com baixa massa por unidade de comprimento pode-se
verificar que, para as velocidades de projeto do modelo, a resposta é totalmente background.
 Resultados obtidos para os modelos mais massivos demonstraram que a resposta ressonante pode ser uma
parcela importante da resposta total, dependendo das características da estrutura e do próprio vento.
 O amortecimento aerodinâmico tem um papel muito importante no comportamento dinâmico dos cabos. Isto
foi demonstrado nos resultados experimentais obtidos para linhas com diferentes características e também para
experimentos em escala real realizados por outros pesquisadores.
 Os resultados obtidos demonstraram o efeito da turbulência na resposta dinâmica. A teoria diz que a variância
da resposta é diretamente proporcional à razão entre a escala da turbulência e o vão da estrutura, e isto foi
exatamente o que foi demonstrado nos experimentos descritos através da modificação da estrutura e
manutenção das características do vento.

7. REFERÊNCIAS
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Aeroelastic Behaviour of Bundled Conductors, IEEE Trans. Power Appar. Syst. PAS-94(2).

8. TERMO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS

Os autores cedem seus direitos autorais referentes aos trabalhos submetidos e aprovados à UFMG, para publicação
nos anais do 1º Seminário Nacional Sobre Engenharia do Vento.

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