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Esse mais ou menos – não há conhecimento absoluto perfeito – seria preciso uma ciência
acabada e uma inteligência infinita.
Será que a casa não está atacada por cupins ou tem um tesouro debaixo dela?
Será que sabemos tudo sobre nossos amigos? Podemos nos enganar, até no nosso bairro..
Isso não significa que não conhecemos nada. – que sei eu? Como posso saber? – como em que
condições? – supor uma verdade no mínimo possível.. se ela não fosse possível como
poderíamos raciocinar ou como ela seria possível?
Nenhum conhecimento é absoluto mas contem uma parte de absoluto.. mecânica celeste..
Todo conhecimento é relativo a uma época mas não se equivalem.. história das ciências –
normativa, irreversível (refutações dos erros compreendidos)..Nenhuma ciência é definitiva
mas há progresso na cultura cientifica. Se é ciência é possível haver como testá-la falsificá-la
mostrar sua falsidade..as teorias que subsistem a essas ‘provas’ substituem as que sucumbem
a elas..e as integram ou superam – seleção cultural – não de certezas em certezas o
conhecimento se faz, mas em rupturas, aprofundamento, rasuras, por ensaios e eliminação de
erros.
Toda teoria é parcial, provisória, relativa, mas não podemos simplesmente rejeitar todas elas,
nem preferir a ignorância ou a superstição- seria renunciar ao conhecimento.o progresso das
ciências é espetacular e inconteste (algo absoluto não poderia progredir..) há algo
parcialmente verdadeiro nelas.
Se não tivéssemos nenhum acesso a verdade (em provas, testemunhas) como haveria
diferença entre culpado e inocente 1, denuncia e calúnia? Entre justiça e erro de justiça? E
porque lutaríamos contra os negativistas(niilistas-terroristas), obscurantistas, mentirosos?
Ceticismo: nada é certo – chamamos certeza aquilo que não podemos duvidar – mas o que
prova o que não podemos duvidar? Tivemos certeza por milênios que a terra era imóvel.
Certeza= conhecimento demonstrado. – só é demonstrado se a razão tb é, mas como saber se
a razão não erra? Como provar que a razão não erra sem usar a razão? Experiência
sentidos, razão razão razão (..) ou regresso ao infinito ou vício circular.
Isso não impede de fazer ciência, mat, bio, qui, fis, que uma demonstração ou experiencia
valem mais que ou opinião.. que tudo é incerto não é uma razão de parar de buscar a verdade,
desesperar da verdade.(quanto maior a crença em algo absoluto, maior o espírito de
pesquisa..) razão duvida de si mesma, de sua aparente certeza..
Não se pode demonstrar ‘que nada é verdade’ – pois a demonstração já supõe a idéia de
verdade..
Se não há verdade – isso não é verdade – não é verdade que não há verdade. –contradição.. se
não há verdade se pode pensar tudo e não se pode pensar nada.. morte da filosofia..que ama
o saber. Nada é verdadeiro nem falso – não há diferença entre saber e ignorância, sinceridade
e mentira. Não há ciência, moral, democracia.., soltar os criminosos, ou ser um (mesmo sendo
culpado não sou..) niilismo, barbárie.. O sofista submete a verdade a outra coisa: força,
interesse, desejo, ideologia,
1
Num tribunal a testemunha não tem de dar uma prova ou demonstração científica, apenas dizer o que
sabe... múltiplas testemunhas e provas e contraprovas são bem vindas, mas supõem uma verdade no
horizonte.. se não como haveria justiça?
22. O filósofo empirista David Hume celebrizou-se por sua crítica à concepção clássica da
causalidade. Qual das afirmações abaixo resume a posição desse filósofo acerca da relação de
causa e efeito?
(A) A causalidade é inteiramente estéril para o conhecimento dos objetos da experiência.
(B) A causalidade indica uma ligação essencial, pois o ser do efeito está contido em potência no
ser da causa.
(C) A causalidade é dada a priori para o entendimento humano.
(D) A causalidade é uma relação externa aos objetos, tributária do hábito e da repetição de
seqüências observáveis na experiência.
(E) A causalidade é inteiramente desprovida de validade no quadro conceitual do ceticismo
humiano.
19 - A famosa frase "os fins justificam os meios" - geralmente creditada ao pensador italiano
Nicolau Maquiavel - significa que:
a.( ) O chefe político deve ser indiferente ao bem e ao mal causados pelo seu governo.
b.( X ) Quem governa o Estado não deve seguir incondicionalmente as normas morais de
conduta.
c.( ) É necessário negar sem reservas as chamadas razões de Estado.
d.( ) O realismo político deve ser combatido e evitado.
e.( ) A relação entre moral e política nunca deve ser posta em causa pelo pensador político.