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Manuela Teixeira
Marta Gama
Pedro Aguiar
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
3. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 14
4. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 16
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo principal estudar e comparar a influência da inteligência
cultural e os vários estilos de liderança apresentados em seis artigos publicados.
Importa perceber também que, se não há como descartar a cultura individual das pessoas
que trabalham nas organizações, também não há como desprezar a necessidade de o
gestor adotar uma liderança direcionada à influência interpessoal. Por meio de
comunicação, envolvendo um influenciador (líder) para afetar o comportamento do
influenciado, ou seja, liderança é a capacidade de influenciar pessoas para atingir metas
e objetivos.
Diante deste cenário, a inteligência cultural e a sua relação com a liderança, assume um
papel muito importante sobre o ambiente organizacional, nomeadamente na mudança
multicultural dos dirigentes e na relação organizacional com o desempenho de cada
colaborador. Esta requer uma consciencialização de que existem diferentes sistemas de
valores, regras, e comportamentos inerentes às diferentes culturas, tornando-se
indispensável compreendê-los, para que exista um maior alinhamento entre os
envolvidos. Na realidade, a capacidade de relacionamento com as pessoas de diferentes
culturas tem vindo a tornar-se numa competência cada vez mais importante no paradigma
organizacional.
seguidores. Por outras palavras, a liderança deixa de ser uma característica do indivíduo
e passa a ser uma consequência da função.
2. ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA
2.1.Artigo 1.
Certos de que vivemos numa era onde a globalização está mais presente nas organizações,
os autores remetem-nos para a necessidade de mudanças mais instruídas para estes
contextos, onde os negócios podem ficar comprometidos pela probabilidade de existirem
incompreensões e falta de cooperação. No entanto, podem eventualmente existir
indivíduos com habilidades naturais, para interpretar o outro de forma honesta,
consideram estar dotadas de inteligência cultural as pessoas com capacidade de
aprendizagem de adaptação e com perceção relativamente à essência dos indivíduos, quer
intelectualmente bem como na prática. A inteligência cultural remete-nos para as
capacidades individuais, que levam as pessoas a agir em diferentes culturas e
circunstâncias, onde removem obstáculos facilmente, resolvem os problemas
interculturais. Permite também distinguir as diferenças através do conhecimento da
consciência em adotar um comportamento assertivo em diferentes culturas. A maioria dos
estudos refere que o modelo mais utilizado é o que inclui quatro fatores: A inteligência
cultural metacognitiva, cognitiva, motivacional e comportamental.
2.2.Artigo 2.
fornecem uma base geral para a melhoria do conhecimento das interações humanas.
Contudo, se alguns referem que a inteligência somente resolvia os problemas, outros
referem que uma aprendizagem que rompe barreiras de comunicação, melhora a
eficiência das equipas nas organizações. Neste sentido, projetando-nos ao séc.XXI, a
inteligência na sua essência existe de várias formas e é principalmente desenvolvida por
meio da experiência da educação contínua.
2.3.Artigo 3.
“Beyond General Intelligence (IQ) and Emotional Intelligence (EQ): The Role of
Cultural Intelligence (CQ) on Cross-Border Leadership Effectiveness in a Globalized
World” (Rockstuhl, Seiler, Ang, Van Dyne, & Annen, 2011)
Segundo Rockstuhl, Seiler, Ang, Van Dyne, & Annen, no artigo identificado no parágrafo
anterior, testaram as hipóteses com dados de campo de 126 líderes militares, num
programa de formação de 3 anos que se focou no desenvolvimento de capacidades de
liderança doméstica (no país de origem) e transfronteiriça (noutro país).
ações observáveis que os gestores tomam para atingir os seus objetivos em situações
caracterizadas pela diversidade cultural transfronteiriça.
2.4.Artigo 4.
“Leadership styles: The role of cultural intelligence” (Solomon & Steyn, 2017)
Segundo estudo efetuado por Solomon e Steyn (2017), definiram como objetivo explorar
a relação entre a inteligência cultural e os estilos de liderança, na perspetiva dos
subordinados.
Estes, entendem que para operar com sucesso, os líderes precisam adotar estilos de
liderança que melhor correspondam às expectativas culturais dos seus colaboradores e
identificam a inteligência cultural como uma mais valia neste aspeto. A maioria dos
estudos sobre inteligência cultural na liderança concentraram-se no estilo de liderança
transformacional, pelo que, identificam a necessidade de examinar a forma como a
inteligência cultural se relaciona com outros estilos de liderança.
O estudo foi de natureza quantitativa tendo sido recolhidos dados de 1140 funcionários
distribuídos por 19 organizações diversificadas que realizam atividades empresariais na
África do Sul.
2.5.Artigo 5.
No artigo abordado foram recolhidos dados de 286 indivíduos (63% de licenciaturas; 37%
de MBA de trabalho) de mais de 30 países matriculados num curso de gestão
internacional em Singapura. Em média, os inquiridos tinham 26 anos e 60% eram do sexo
feminino.
2.6.Artigo 6.
“Leadership style and leadership effectiveness: Does cultural intelligence moderate the
relationship?” (Solomon & Steyn, 2017)
Segundo este artigo, a inteligência cultural permite aliviar as tensões que surgem entre
pessoas que possuem identidades culturais divergentes e persiste como uma forma
discreta de inteligência, na medida em que pode ser distinguida do intelecto cognitivo
geral, bem como da inteligência emocional.
enquanto referem que os líderes eficazes são aqueles que favorecem o poder pessoal sobre
o poder posicional e também são capazes de ajustar o seu estilo conforme necessário. Os
líderes eficazes, por exemplo na liderança transcultural apresentam competências de
relacionamento: ou seja, são capazes de se envolver emocionalmente com indivíduos
culturalmente diferentes e estabelecer relações de empatia mútua. Desta feita, os líderes
eficazes são aqueles que, demonstram aptidões interpessoais que lhes permitem criar
laços sólidos com um conjunto de indivíduos que trazem valor acrescentado, quer na
perspetiva de quem lidera, quer no que respeita às expetativas comuns e no que concerne
à realização dos objetivos organizacionais.
Este estudo concluiu que a liderança cultural e suas dimensões não reforçaram nem
enfraqueceram a relação entre o estilo de liderança e a eficácia da liderança. Não obstante,
as evidências estatísticas que indicam que a inteligência cultural do líder e as suas
dimensões reduziram a força da relação entre a liderança diretiva e a eficácia da liderança,
especialmente em níveis mais baixos da inteligência cultural, os respetivos impactos eram
demasiado benignos para sugerir que tal influência tinha qualquer influência prática
efetiva.
3. CONCLUSÕES
A cultura muda lentamente apesar da rápida modernização do mundo, pelo menos num
futuro previsível. As diferenças culturais vão permanecer como um fator chave para as
interações pessoais. Para que esta interação seja eficaz, a parte mais importante de um
líder é a interação com outras pessoas.
Desta forma, os resultados dos vários estudos remetem-nos para uma relação significativa
positiva entre a inteligência cultural e a determinados estilos de liderança. Ou seja,
ocorrem mudanças positivas entre cada dimensão sobre estes conceitos.
Diversos autores teorizaram que, os quatro fatores da inteligência cultural são fatores
qualitativamente diferentes da capacidade global que o líder tem de agir e gerir de forma
eficaz em ambientes culturalmente distintos. Dois indivíduos com o mesmo nível de
inteligência motivacional podem ter diferentes perfis de inteligência cultural. Por
exemplo, alguns líderes são motivados pelo interesse por outras culturas, enquanto outros
são impulsionados pelos benefícios que antecipam obter das experiências interculturais,
outros passam muito tempo a planear interações interculturais, enquanto outros há, que
se focam mais na verificação e adaptação em tempo real aos mais variados cenários.
Neste Universo cada vez mais competitivo, a inteligência cultural reúne a capacidade de
conhecer, entender e saber adaptar-se aos diversos ambientes culturais. Ou seja,
estabelece-se como um referencial para o desenvolvimento de habilidades interculturais,
tendo em conta que o conhecimento e a investigação sobre as diversas culturas são
ferramentas necessárias para o bom desempenho dos indivíduos e valorização do capital
humano.
4. BIBLIOGRAFIA
Ismail, A., Reza, R., & Mahdi, S. (2012). Analysis the Relationship between Cultural
Intelligence and Transformational Leadership: The Case of Managers at the trade
office. International Journal of Business and Social Science, 252-261.
Rockstuhl, T., Seiler, S., Ang, S., Van Dyne, L., & Annen, H. (2011). Beyond General
Intelligence (IQ) and Emotional Intelligence (EQ): The Role of Cultural
Intelligence (CQ) on Cross-Border Leadership Effectiveness in a Globalized
World . Journal of Social Issues, 825-840.
Solomon, A., & Steyn, R. (2017). Leadership style and leadership effectiveness: Does
cultural intelligence moderate the relationship? . Acta Commercii - Independent
Research Journal in the Management Sciences, 1-13.
Solomon, A., & Steyn, R. (2017). Leadership styles: The role of cultural intelligence . SA
Journal of Industrial Psychology, 1-12.
Van Dyne, L., Ang, S., Yee Ng, K., Rockstuhl, T., Ling Tan, M., & Koh, C. (2012). Sub-
Dimensions of the Four Factor Model of Cultural Intelligence: Expanding the
Conceptualization and Measurement of Cultural Intelligence . Social and
Personality Psychology Compass , 295-313.