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FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Manaus-AM
2018
ANDERSON PLÁCIDO DA ROCHA SOBRAL
Manaus-AM
2018
Trabalho de conclusão de curso sob o título Identificação de Falhas em Mancais de
Rolamentos através da Técnica de Envelope apresentada por Anderson Plácido da Rocha
Sobral e aceita pelo Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do
Amazonas, sendo aprovada por todos os membros da banca examinadora abaixo especificada:
__________________________________________
Prof. Junout Martins Louzada Neto
Orientador
Departamento de Engenharia Mecânica
Universidade Federal do Amazonas
__________________________________________
Prof. Paulo Roberto Oliveira Martins
Co-orientador
Departamento de Engenharia Mecânica
Universidade Federal do Amazonas
__________________________________________
Titulação e nome do membro da banca examinadora
Departamento
Universidade
__________________________________________
Titulação e nome do membro da banca examinadora
Departamento
Universidade
José de Alencar
IDENTIFICAÇÃO DE FALHAS EM MANCAIS DE ROLAMENTOS ATRAVÉS
DA TÉCNICA DE ENVELOPE
Resumo
Abstract
O resumo em língua estrangeira (em inglês Abstract) é uma versão do resumo escrito
na língua vernácula para idioma de divulgação internacional. Ele deve apresentar as mesmas
características do anterior (incluindo as mesmas palavras, isto é, seu conteúdo não deve diferir
do resumo anterior), bem como ser seguido das palavras representativas do conteúdo do
trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, na língua estrangeira.
2. Justificativa.......................................................................................................................17
3. Objetivos..........................................................................................................................17
3.1. Geral.........................................................................................................................17
3.2. Específicos................................................................................................................17
4. Metodologia......................................................................................................................18
5. Importância da manutenção..............................................................................................20
6. Máquinas rotativas............................................................................................................23
8.4.1. Modulação..........................................................................................................44
8.4.2. Demodulação......................................................................................................47
Bibliografia..............................................................................................................................49
1. Introdução.
2. Justificativa.
3. Objetivos.
3.1. Geral
Identificar e monitorar os sinais de vibração e aplicar a técnica de análise por envelope
nos mancais de rolamento através da indução gradativa de falhas em seus componentes,
comparar os valores obtidos com um modelo adotado como padrão.
3.2. Específicos
4. Metodologia
Com o aumento da disputa por mercado e uma economia cada vez mais globalizada e
dinâmica desempenham um papel significativo e fundamental no gerenciamento dos
processos executados pelas indústrias. A busca por maior produtividade e atendimento de
padrões de qualidade mais rígidos, gera um aumento da expectativa dos usuários em relação
ao desempenho dos equipamentos envolvidos nos processos de fabricação.
O processo de manutenção industrial ao longo dos anos passou por uma série de
mudanças que a conduziram a um novo paradigma. Moubray (1995) resume alguns pontos
importantes a respeito do gerenciamento da manutenção (Tabela 1)
Velho Novo
Manutenção trata da preservação física dos Manutenção trata da preservação das
equipamentos. funções dos equipamentos.
Manutenção de rotina trata da preservação Manutenção de rotina trata de evitar,
de falhas reduzir ou eliminar as consequências das
falhas.
Objetivo primário da função manutenção é Manutenção afeta todos aspectos de
otimizar a disponibilidade da instalação ao eficácia e risco de negócio-segurança,
menor custo. integridade do meio ambiente, qualidade
do produto e serviço ao cliente, não
somente a disponibilidade da instalação e
os custos.
A maioria dos equipamentos é mais A maioria das falhas não é mais suscetível
suscetível a falhas quando envelhece. de acontecer quando o equipamento
envelhece.
Dados abrangentes de taxas de falhas Decisões sobre o gerenciamento das falhas
devem estar disponíveis antes, para do equipamento quase sempre devem ser
realmente possibilitar o desenvolvimento tomadas com pouca informação sobre a
de programas de manutenção de sucesso. taxa de falha.
A frequência das atividades de A frequência das atividades de
manutenção preditiva deve ser baseado na manutenção preditiva deve ser baseada no
frequência das taxas e/ou na criticidade da período de falhas.
falha do item.
Acidentes sérios e catastróficos Para uma considerável extensão, a
envolvendo falhas múltiplas de probabilidade de falhas múltiplas é uma
equipamentos são normalmente resultados variável controlável, especialmente em
de “má sorte”, ”casualidade” ou ”atos de sistemas protegidos.
Deus”, e são, portanto, ingerenciáveis.
É quase sempre mais rentável tentar
O meio mais rápido e seguro de melhorar melhorar o desempenho não confiável de
o desempenho não confiável de um um equipamento, melhorando a operação
equipamento é realizar uma atualização e manutenção, e somente revisar o
(upgrade) do projeto. projeto se isto não puder fornecer o
desempenho requerido.
Politicas genéricas devem ser somente
Políticas de manutenção genéricas podem ser aplicadas para equipamentos
ser desenvolvidas para a maioria dos idênticos, cujo o contexto de operação,
equipamentos semelhantes. função e desejos de padronização de
performance são também idênticos.
Políticas de manutenção devem ser
Políticas de manutenção devem ser
formuladas por pessoas próximas aos
formuladas por gerentes e programas de
equipamentos. O papel da gerência é
manutenção redigidos por especialistas
prover as ferramentas para ajuda-los a
qualificados ou contratados externos
tomar decisões corretas e assegurar que
(Abordagem de cima para baixo).
as decisões são sensíveis e defensáveis.
Um programa de manutenção duradouro
O departamento de manutenção, por si
e bem sucedido somente pode ser
só, pode desenvolver um programa de
desenvolvido por “mantenedores” e
manutenção duradouro e bem
usuários dos equipamentos, trabalhando
desenvolvido.
juntos.
Fabricantes de equipamentos somente
Fabricantes de equipamentos estão na
podem desenvolver seu papel limitado
melhor posição para desenvolver
(mais ainda importante) no
programas de manutenção para novos
desenvolvimento de programas de
equipamentos.
manutenção para novos equipamentos.
Esse tipo de manutenção e caracterizada pela falta de tempo hábil para o planejamento
do processo de manutenção que geralmente ocorre após a falha ou perda do equipamento,
trazendo assim prejuízo para a empresa, já que há um alto custo, causado pela interrupção da
produção.
Tem como principal objetivo evitar que a falha venha a ocorre. Este tipo de
manutenção e aplicada em equipamento que não apresentam qualquer tipo de falha, ou seja,
estejam operando em perfeitas condições de uso. Baseia-se na análise estatística,
recomendações do fabricante e conhecimentos práticos sobre o equipamento, sendo assim
criado um programa de manutenção fundamentado em inspeções e intervenções com
intervalos fixos. A principal vantagem desse tipo de manutenção está nas paradas
programadas dos equipamentos permitindo assim um gerenciamento adequado da produção.
6. Máquinas rotativas
Mancais de esfera (Figura 2-A) apresentam rotação suave, devido a pequena área de
contato entre as pistas externa e interna, mas, isso limita sua capacidade de suportar grandes
esforços. Mancais cilíndricos (Figura 2-B) tem a capacidade de suportar maiores cargas em
relação aos mancais de esfera, mas perdem essa capacidade quando submetidos a
desalinhamentos. Mancais de agulhas (Figura 2-C) sujeitos a fadiga precoce, devido à grande
área de contato com a superfície dos trilhos, são os modelos de mancais mais compactos.
Mancais de pista cônica (Figura 2-D) apresentam aplicação em maquinas que requerem alta
durabilidade e velocidade de trabalho moderado, suportam grandes cargas radias e axiais.
Os mancais de rolamentos estão sujeitos a desgaste natural ao longo de sua vida útil,
porém é possível prolongar esse tempo adotando os devidos cuidados. Lubrificação adequada,
limpeza, resfriamento e a utilização apenas no limite de carregamento de projeto são maneiras
que ajudam a retardar a formação de defeitos nos componentes dos mancais de rolamento.
Tipo de material;
Geometria do rolamento;
Tipo de montagem (com ou sem pré-carga);
Espessura dos anéis do rolamento;
Folga pré-determinada do rolamento;
Lubrificação utilizada.
Nesse contexto uma falha não significara o colapso total do elemento estrutural. O
estado de falha será caracterizado quando o equipamento se torna incapaz de exerce ou
atender alguma ou várias funções para qual foi projetado. Logo um mancal de rolamento que
ainda esteja operando e cumprindo sua função, mesmo quando exceder algum limite ou
comportamento preestabelecido, como ruído, vibração, deslocamento, temperatura, entre
outros comportamentos, será considerado em estado de falha parcial (Vescovi, 2000).
Dentro deste espectro de falhas cabe ressaltar estudo da SKF, 2017 no Manual de
Produtos SKF para manutenção e Lubrificação onde a mesma lista como as principais causas
de falhas prematuras em rolamentos, montagem incorreta, lubrificação inadequada,
contaminação e fadiga como mostrado no gráfico abaixo.
Segundo Selvino, 2012 os rolamentos estão sujeitos a falhas por fadiga natural, mesmo
quando aplicado todos os cuidados na montagem, na lubrificação e evitando-se ao máximo
possíveis contaminação. Para melhor entendimento do surgimento de falha em rolamentos,
será considerado que a região de carregamento do rolamento não se movimenta e que uma das
pistas é estacionaria. Assim à medida que os elementos rolantes se deslocam ao longo da
pista, passarão por essa região, provocando tensões cíclicas de cisalhamento na camada
abaixo da pista. Essas tensões cíclicas de cisalhamento trazem como consequência
microfissura que em sua maioria, ocorrem em pontos de pouca resistência e com o passar do
tempo as microfissuras podem evoluir para a superfície da pista onde surgiram micro trincas.
Com o surgimento das trincas e o movimento dos elementos rolantes sobre estas
trincas, ocorrer a formação de covas e/ou descascamento que poderão evoluir de forma
gradativa até que o rolamento sofra uma falha que impossibilite seu funcionamento, na figura
pode-se observar a progressão de uma falha na pista externa de um rolamento.
A evolução dos defeitos nos rolamentos pode ser dividida em quatro etapas, descritas a
seguir (Spamer, 2009):
A SKF, 2005, no boletim técnico lista os principais tipos de falhas, que usualmente
ocorrem em rolamentos. Estes padrões podem ser usados com indicativo dos tipos de
solicitação que o rolamento sofre durante sua vida útil.
Arranhamento
Desgaste por
de superfícies
vibração
externas
Corrosão por
Deterioração da
penetração de
superfície
umidade
Endentação por Endentação por
montagem penetração de
incorreta ou partícula
sobrecarga estranha
Arranhamento dos Corrosão por
paces de rolos e assento
anéis guias irregular
Passagem de
corrente elétrica Descascamento
com rolamento por pré-carga
em movimento
Arranhamento
Arranhamento por
por montagem
escorramento
incorreta
Arranhamento em Descascamento
rolamentos axiais por assento
de esferas irregular
Descascamento Descascamento
por sobrecarga por
axial desalinhamento
Descascamento
Descascamento
por
por endentação
arranhamento
Descascamento
Descascamento
por estrias ou
por corrosão
crateras
Trincas por Trincas por
montagem interferência
incorreta excessiva
Trincas por
Trincas por
corrosão de
arranhamento
contato
Segundo Bezerra, 2004, quando uma superfície do rolamento que apresenta algum
defeito entra em contato com outra superfície do rolamento, este produz impulsos que excitam
ressonâncias no rolamento e na máquina. Estes impulsos ocorrem com uma periodicidade
relacionada com uma frequência conhecida, podendo assim a localização do defeito, sendo ele
na pista interna, na pista externa ou no elemento rolante. Estas frequências poderão ser
obtidas a partir do procedimento exposto na sequência.
V pi+V pe
V g=
2
(6.1)
V =r m .ω
(6.2)
ω=2. π . f
(6.3)
Para efeito de desenvolvimento tem-se os raios da gaiola e das pistas interna e externa
são respectivamente:
d
r g=
2
(6.4)
d pi
r pi =
2
(6.5)
d pe
r pe =
2
(6.6)
Os ângulos de contato não serão considerados nos cálculos das frequências de falhas
da gaiola e das pistas externas e internas.
V g=2. π . f g .r g
Vg
f g=
2. π . rg
(6.7)
V pi +V pe
2 V pi +V pe 1
f g= =¿ f g = .
2. π . r g 2 2. π . r g
V pi +V pe
f g=
4. π . r g
(6.8)
V pi +V pe
f g=
d
4. π .
2
Obtém-se:
V pi +V pe
f g=
2. π . d
(6.9)
V pi .=r pi . f pi
V pe .=r pe . f pe
2. π . r pi . f pi+ 2. π .r pe . f pe
f g=
2. π . d
r pi . f pi+ r pe . f pe
f g=
d
(6.10)
d−D . cos β
r pi =
2
(6.11)
d+ D. cos β
r pe =
2
(6.12)
A frequência com que os elementos rolantes passam pelo defeito localizados na pista
interna do rolamento é gerado uma frequência relativa da gaiola e pista interna multiplicada
pelo número de elementos rolantes N e .
(6.14)
Substituindo a equação (2.13) na (2.14) e fazendo os rearranjos necessário, obtém-se a
frequência do defeito na pista interna.
f dpi =N e .
|[ (
1 d−D .cos β
d 2
. f pi +
d + D . cos β
2
. f pe −f pi )] |
f dpi =N e .
|[(d−D . cos β
2d )
−1 . f pi +
d+ D . cos β
2d
. f pe ]|
f dpi =N e .
|[d + D .cos β
2d
. f pe −
d + D . cos β
( 2d
. f pi ) ]|
Ne
f dpi = . [|f pe −f pi|. ( d+ D. cos β ) ]
2d
(6.15)
(6.16)
f dpe=N e .
|[ (
1 d −D. cos β
d 2
. f pi +
d + D .cos β
2
. f pe − f pe )] |
f dpe=N e .
|[d−D . cos β
2d
. f pi +
d + D . cos β
(
2d
−1 . f pe ) ]|
f dpe=N e .
|[d−D . cos β
2d
. f pi −
d−D .cos β
2d ( . f pe ) ]|
Ne
f dpe= . [|f pi−f pe|. ( d −D. cos β ) ]
2d
(6.17)
6.4.4. Frequência característica de defeito nas esferas.
(6.18)
(6.19)
D 2 .cos 2 β
f der=
d
2D [ (
. |f pi −f pe|. 1−
d
2 )]
(6.20)
A detecção da falha por análise de vibração é viável já que sua descoberta pode ser
feita antes que o sistema apresente sinais que possibilitem a detecção por outra técnica. Isso e
possível porque a vibração é sintoma que precede os outros acontecimentos como, por
exemplo, o ruído, o qual necessita de um aumento considerável de energia para ser
perceptível.
Outra situação que pode ser observada é quando a região defeituosa apresenta
movimento, quando essa região defeituosa entrar na zona de carregamento irá gerar impulsos,
ou seja, a frequência de impulsos será diferenciada, haja vista que a área defeituosa não está
sob constante carregamento, sendo os picos modulados em intensidade dependendo da região
de carga onde o defeito se encontra.
Quando os elementos rolantes passam em uma pista do rolamento com alguma falha,
este gera um impacto que tende a excitar a estrutura do sistema e, dessa forma, suas
frequências de ressonância sofrem um aumento de nível de vibração. A alteração na
distribuição da energia vibratória indica mesmo que em fase inicial a propagação da falha,
possibilitando, assim, o acompanhamento da evolução da falha no decorre do tempo,
antecipando o diagnóstico de falha quando comparado a outras técnicas de análise.
7.2.1. Demodulação do sinal de vibração.
Ponci e Cunha (2010) afirmam que vibrações livres de alta frequência que são geradas
pelos defeitos de rolamentos possuem intensidade reduzidas em comparação com as
amplitudes das componentes de baixa frequência, assim pode-se isolar defeitos relacionados a
alta energia como desbalanceamento, desalinhamentos e folgas.
Filtro passa alta. É um circuito que permite a passagem de sinais de tensão e corrente
somente em frequências acima de um certo limite, atenuando os sinais cujas frequências
estiverem abaixo desse valor.
Filtro passa baixa. É um circuito que permite a passagem de sinais de tensão e corrente
somente em frequências abaixo de um certo limite, atenuando os sinais cuja frequência
ultrapassar esse valor.
( t )∗1
H [ x ( t ) ]=x
πt
∞
1 x (t )
H [ x ( t ) ]= ∫ dτ
π −∞ t−τ
(7.1)
1
A transformada de Hilbert de x ( t ) é uma convolução de x ( t ) com o sinal . Sendo a
πt
resposta para x ( t ) de um filtro linear invariante no tempo. A transformada de Hilbert H [ x ( t ) ]
pode ser caracterizada também como ^x ( t ). (Kschischang, 2006)
z ( t )= A (t) eiθ (t )
(7.2)
1
2 2 2
A(t )¿ [ x ( t ) + ^x (t) ]
(7.3)
^x (t)
θ ( t )=tan −1 [ ]
x (t)
θ ( t )=2 π f p t
(7.4)
2n−1 −i 2 π
1 2
n
F ( u ) = n + ∑ f (t) e
2 t =1
(7.5)
Com a aplicação desse método de diagnóstico é possível que seja feito o levantamento
dos espectros de frequência de falha dos diversos componentes da máquina. Permitindo a
comparação do espectro analisado com o espectro de referência. (Spamer, 2009)
A) B)
A) B)
Figura 14 - Amostra de uma função harmônica sem um número inteiro de ciclos (Selvino,2012)
Na figura 13 – A, pode-se ver uma função harmônica com um número inteiro (n=4) de
ciclos e seu respectivo espectro de frequência (Figura 13 - B) sem o efeito do espalhamento
de energia. Já na Figura 14 – A, demonstra-se uma função harmônica sem um número inteiro
(n = 2,3) de ciclos, logo percebesse que o espectro de frequência (Figura 14 - B) apresenta
uma distorção em seu sinal.
Para se obter uma função harmônica com um número inteiro de ciclos é necessário que
a amostra inicial seja multiplicada por uma função, de forma que seu resultado seja um sinal
com valores nulos no tempo inicial e no tempo final da amostragem. Esse processo é chamado
de janelamento e a função que multiplica o sinal e chamado de função janela.
Para o processamento de sinais com características estacionárias, determinístico e
periódico, a funções janelas mais conhecidas são:
Destes métodos os mais usados são Fator de Crista e Nível Global RMS. Também são
usados os momentos de primeira, segunda, terceira, quarta e sexta ordem, que são conhecidos
como média, variância, assimetria, curtose e momento de sexta ordem. Por se trata de
métodos qualitativos, podem, em alguns casos, indicar a presença de falha, porém não
permitem a identificação do tipo da falha.
8.4.1. Modulação.
Para a modulação são necessários duas ondas, uma moduladora e outra portadora. Na
modulação AM a portadora tem sua amplitude modificada de forma proporcional ao sinal
modulante. A portadora é dada por:
S p (t )= A p cos (ω p t)
(8.1)
Onde,
A p = Amplitude da portadora;
ω p= Frequência da portadora.
Para a moduladora:
A(t )= A p [ 1+ KS m (t ) ]
(8.2)
(8.4)
Sm ( t )= Am cos (ω m t )
(8.5)
(8.6)
Expandido – se (8.6)
KA m KA m
S AM ( t )= ⏟
A p cos ( ω p t ) + cos ( ω p −ωm ) t + cos (ω p +ωm )t
⏟2 ⏟ 2
portadora
banda lateral inferior banda lateral superior
(8.7)
Am
Considerando o índice de modulação m= , temos Am =A p m
Ap
KmA p KmA p
S AM ( t )= A p cos ( ω p t ) + cos ( ω p −ω m ) t + cos ( ω p +ω m )t
2 2
(8.8)
(8.9)
KmA p KmA p
I [ S AM ( t ) ]=[ A p πδ ( ω−ω p ) + πδ ( ω+ω p ) ] +
2 [ ]
πδ ( ω−( ω p−ω m ) ) + πδ ( ω+ω p−ω m ) +
2 [ πδ ( ω−
(8.10)
A figura abaixo representa o espectro obtido após a transformada de Fourier.
8.4.2. Demodulação.
Filtro passa banda: Nesta etapa o sinal e submetido ao um filtro passa banda com o
objetivo de eliminar baixas frequências de alta amplitude. Estas frequências estão
relacionadas ao desalinhamento e ao desbalanceamento. Vale ressaltar um dos problemas
encontrado na técnica envelope é justamente a definição da faixa de filtragem, já que
dependendo do grau de severidade da falha haverá uma faixa para o processo de filtragem,
nesse caso esse procedimento acaba por ser um método de tentativa e erro.
A tabela abaixo ilustra a localização das falhas e sua relação com o envelope obtido.
SKF. Tabela de Possíveis Falhas de Rolamentos. 1ª. ed. [S.l.]: [s.n.], 2005.
SKF. Manual de Produtos SKF para Manutenção e Lubrificação. 1ª. ed. [S.l.]:
[s.n.], v. 01, 2017.