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Tipos de investigações

1.Exploratórias
2.Descritiva
3.Correlacional ou explicativa

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Tipos de investigações

1.Estudos exploratórios

Realizam-se quando o objectivo é


examinar um tema ou problema de
investigação pouco estudado ou que
não foi abordado antes.

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Tipos de investigações

Servem para:

 Obter informação sobre a possibilidade de


levar a cabo uma investigação mais completa;
 Aumentar o grau de familiaridade com
fenômenos relativamente desconhecidos;
 Investigar problemas do comportamento
humano

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Tipos de investigações

Servem para:

Identificar conceitos e variáveis promissoras.

 Estabelecer prioridades para investigações


posteriores.

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Tipos de investigações

Caracterizam-se por ser mais flexíveis em sua


estrutura metodológica .
 
Implicam e requerem de maior paciência,
serenidade, tempo e receptividade por parte do
investigador.
 

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Tipos de investigações

2.Estudos descritivos
 
Medem de maneira mais independente conceitos
ou variáveis com que estão relacionados.
 
O propósito do investigador é descrever situações
e eventos, isto é, dizer como é, e como se
manifesta determinado fenômeno.

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Tipos de investigações

Procuram especificar as características das


pessoas, grupos, comunidades ou fenômenos
submetidos a análise.
 
Estudos descritivos requerem de considerável
conhecimento da área que se investiga para
formular as perguntas específicas que busca
responder.

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Tipos de investigações

3.Estudos correlacionais
 
Estes tipos de estudos têm como propósito medir
o grau de relação que existe entre dois ou mais
conceitos ou variáveis.

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Tipos de investigações

Os estudos correlacionais medem as duas ou mais


variáveis que se pretendem ver se estão
relacionadas nos mesmos sujeitos e depois se
analisa a correlação.
 
Exemplo: um investigador que deseja analisar a
relação entre a motivação laboral e a produtividade
em um grupo de trabalhadores.

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Tipos de investigações

Os estudos explicativos estão dirigidos a


responder às causas dos eventos físicos e sociais.
Seu interesse se centra em explicar por que ocorre
um fenômeno e em que condições se dá este ou
porque duas ou mais variáveis estão relacionadas.

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Hipótese
Indicam o que estamos procurando ou tratando
de provar e podem definir-se como explicações
tentativas do fenômeno investigado formuladas
a maneira de proposições.

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Hipótese
 Propõem tentativamente as respostas às
perguntas de investigação, a relação entre ambas é
directa e íntima.
 Revelam os objectivos e perguntas de
investigação para guiar o estudo.
 Não são necessariamente verdadeiras, podem ou
não sê-lo. São explicações tentativas.

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Hipótese
Estabelecem relações entre uma ou mais variáveis
e se apoiam em conhecimentos sistematizados.
 São proposições sujeitas a comprovação
empírica.
 Surgem dos objectivos e perguntas de
investigação.
 Provêm da revisão da literatura, da teoria adotada
ou a perspectiva teórica desenvolvida.

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Características das hipóteses
 As hipótese devem referir-se à situação real.
 Os términos das hipótese têm que ser
compreensíveis, precisos e o mais concretos possível.
 A relação entre as variáveis proposta por uma
hipótese deve ser clara e verossímil.
 Os términos da hipótese e a relação exposta entre
eles, devem poder ser observados, medidos, ou seja ter
referentes na realidade.
 As hipótese devem estar relacionadas com técnicas
disponíveis para as provar.
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Tipos de hipóteses

1.Descritivas do valor de variáveis que vai se


observar.
2.Correlacionais especificam as relações entre duas
ou mais variáveis.
3.As que expressam diferenças de grupos
4.As que expressam relações de causalidade entre
dois variáveis.

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Exemplos de tipos de hipóteses

 Descritiva: “A expectativa de lucros mensais dos


trabalhadores da Corporação ABC oscila entre 20 000,00
e 30 000,00 Kwanzas”.

Correlacional: “A inteligência está relacionada com a


memória” ou “a maior auto-estima, menor temor de
lucro”.
Se simboliza:

“X Y”
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Exemplos de tipos de hipóteses

•Diferença de grupo: “Os adolescentes lhe


atribuem mais importância que as adolescentes ao
atractivo físico em suas relações heterossexuais”.

•Causalidade: “A desintegração familiar dos país


provoca baixa auto-estima nos filhos”. Se
simboliza:

“X Influi na causa Y”

Uma variável outra variável


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Considerações importantes

Para poder estabelecer causalidade se requer que


antes se tenha demonstrado a correlação, mas
além disso a causa deve ocorrer antes que o
efeito. Por isso mudanças na causa deve
provocar mudanças no efeito.

Causas Variável dependente


Efeitos Variável independente

Alheias

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Relação causal bivariada

Percepção da similitude
Atractivo físico
em religião, valores e crenças

X Y
VI VD

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Relação causal multivariada

Independentes Dependente

Coesão Efetividade
Centralidade no cumprimento
das
metas primárias
Tipo de liderança

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Relação causal multivariada

Independentes Dependente
X1

X2

X3
Y

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Relação causal multivariada
Independentes Dependente
Variedade no trabajo Motivação
intrínseca
Autonomia no trabajo

Retro-alimentação
Satisfação
laboral

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Relação causal com variáveis
intervenientes
Independente Dependente

Pagamento Motivação
intrínseca
X Y

Variável interveniente

Condições de administração do pagamento


Z
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Variáveis

É uma propriedade que pode variar (adquirir


diversos valores) e cuja variação é suscetível de ser
medida.
 
É aplicável a um grupo de pessoas ou objetos, os
quais pode adquirir diversos valores em relação à
variável.

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Variáveis
Conceitual: define o término ou variável com outros
términos.

Operacional: constitui um conjunto de


procedimentos que descreve as actividades que um
observador deve realizar para receber as
impressões sensoriais que indicam a existência de
um conceito teórico em maior ou menor grau,
especifica que operações devem realizar-se para
medir uma variável. 26
Desenhos não experimentais

Transeccional 1.Descritivo
2.Correlacional/causal

Longitudinal 1.De tendência


2.De evolução ou cohort
3.Painel

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Desenhos não experimentais

A investigação não experimental é investigação


sistemática e empírica em que as variáveis
independentes não se manipulam porque já
aconteceram. As inferências sobre as relações
entre variáveis se realizam sem intervenção ou
influência direta e ditas relações se observam tal
e como se deram em seu contexto natural.

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Desenhos não experimentais

1. Investigação transeccional ou
transversal: procuram descrever correlações
entre variáveis ou relações causais entre
variáveis, em um ou mais grupos de pessoas
ou objetos ou indicadores e em um tempo
determinado.

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Diferenças entre a investigação:
Experimental Não experimental

Constrói-se a situação Não há manipulação


e se manipula a variável intencional nem atribuição
independente, depois se ao azar. Neste tipo de
observa o efeito desta estudo os sujeitos já
manipulação sobre a pertenciam a um grupo
variável dependente ou nível determinado da
variável independente por
auto seleção.
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Investigação transeccional ou
transversal

Centra-se em analisar qual é o nível ou estado de


uma ou diversas variáveis em um momento dado ou
em qual é a relação entre um conjunto de variáveis em
um ponto no tempo.
 
Centra-se em estudar como evolui ou troca uma ou
mais variáveis ou as relações entre estas.
 
Compilam dados em um só momento, em um tempo
único. Seu propósito é descrever variáveis, e analisar
sua incidência e inter-relação em um momento dado.
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Medição Grupo 1
Medição em
Medição Grupo 2
um grupo
Medição Grupo 3

Uma medição
Uma medição simultânea

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Desenho transversal descritivo

Tem como objectivo indagar a incidência e os


valores em que se manifesta uma ou mais
variáveis.
Medem em um grupo de pessoas ou objectos
uma ou geralmente mais variáveis e proporciona
sua descrição.
A medição se realiza em um momento
determinado.

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Exemplos de problemas que requerem
desenhos descritivos

Investigar o número de empregados,


desempregados e sobrempregados em uma
cidade em certo momento.
Determinar o nível de conhecimentos sobre
sexualidade nos adolescentes entre 15 e 19 anos
de uma escola secundária.
Diagnosticar o grau ou nível de desenvolvimento
das competências comunicativas dos profissionais
de saúde de uma determinada instituição.
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Desenhos transversais
correlacionais/causais

Pretende descrever as relações entre duas ou mais


variáveis em um momento determinado. Trata-se
também de descrições mas não de variáveis
independentes mas sim de suas relações, sejam
estas puramente lhes correlacione ou relações
causais.

Mede-se a relação entre variáveis em um tempo


determinado.

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Diferenças

Descritivo Correlacional/causal
Se mede e descreve
Se mede e descreve
variável X1
variável X1-X2
Se mede e descreve Se mede e descreve
variável X2 variável X1-X3
Se mede e descreve Se mede e descreve
variável XK variável Xk-Xk+1
Tempo único 36
Sobre as hipótese destes estudos :

Os desenhos correlacionais/causais podem limitar-


se a estabelecer relações entre variáveis sem
precisar sentido de causalidade ou podem pretender
analisar relações causais.
Quando se limitam a relações não causais,
fundamentam-se em hipótese correlacionais e
quando procuram avaliar relações causais, apóiam-
se em hipótese causais.

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Exemplos:

Indagar a relação entre a atração física e a


confiança durante o noivado em casais jovens,
observando que quão relacionadas estão.
Estudar como a motivação intrínseca influi na
produtividade dos trabalhadores de linha em uma
grande empresa, de determinado país em um
momento determinado e como é que a motivação
contribui a incrementar a produtividade.

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2 - Investigação longitudinal: analisa
mudanças através do tempo em determinadas
variáveis ou nas relações entre estas.

Exemplo:
•Investigação que procura analisar como evoluiram
os níveis de emprego durante cinco anos em uma
cidade.
•Estudar como mudou o conteúdo de sexo nas
telenovelas (espanhola) nos últimos dez39 anos.
Estudo de tendência

São aqueles que analisam as mudanças em


uma determinada variável ou suas relações dentro
de alguma população geralmente através do
tempo. Digamos anualmente durante dez anos.

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Exemplos: Mudanças de atitudes ao
aborto para a população de uma
comunidade.

•Pode-se estudar toda a população ou


tomar uma amostra representativa dela
cada vez que se observem ou meçam as
variáveis ou as relações entre as
variáveis.
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Estudos longitudinais de evolução de
grupos
Se estuda, ao igual que nos estudos de
tendência, a mudança em sobrepopulações ou
populações mas devido a que em cada
momento ou tempo se mede uma amostra
diferente embora equivalente, a mudança se
avalia colectivamente e não de maneira
individual (porque as pessoa podem mudar). Se
houver mudanças, o investigador não pode
determinar especificamente que indivíduos
provocam as mudanças.
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Se representa da seguinte maneira:

Pedro Luis Mutunda Josefa Makiadi


Jorge Pembele Jorge Pembele
Maria Gomes Mariano Canjulo
Luisa M. Safeca Helena Betuel

População ou Sobrepopulação A População ou Sobrepopulação A

Tempo 1 Tempo 2

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Estudo longitudinal de painel

É similar aos anteriores somente que o mesmo


grupo é medido em todos os momentos ou
tempos 1 e 2.
•Exemplo: observar a um grupo de indivíduos que
foi a fisioterapia para analisar se si incrementam
suas expressões verbais de discussão e exploração
de planos futuros, e se diminuem suas expressões
de discussão e exploração de feitos passados.

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Representação do painel

Pedro Luis Mutunda Pedro Luis Mutunda


Jorge Pembele
Jorge Pembele
Maria Gomes
Maria Gomes
Luisa M. Safeca
Luisa M. Safeca
Tempo 1
Tempo 2

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Vantagens

Pode-se conhecer as mudanças individuais, e quem ou


quais introduzem as mudanças.
 
Desvantagens
 
Resulta difícil obter aos mesmos sujeitos para realizar
uma segunda medição ou observações subseqüentes.

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Relação entre tipo de estudo, hipótese e
desenho de investigação

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Situação problêmica- Marco teórico

Problema de investigação

Tipo de estudo

Hipótese

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Desenho de investigação
Objectivos

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Tarefas de investigação

São as acções que com um objectivo e métodos


científicos, executa o investigador;
Devem ser formuladas em forma limitada e
concreta, preferivelmente em verbos no infinitivo;
expressam acções.
Expressam as necessidades cognoscitivas para
levar-las a cabo.
Possibilita organizar toda a acção dp investigador.

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Exemplo:

Tema: “Possibilidades educativas do trabalho produtivo


dos alunos na educação técnica e professional”.
Tarefas a cumprir pelo investigador:
•Caracterizar o papel do trabalho produtivo no
desenvolvimento multilateral do estudante.
•Determinar os aspectos de maior utilidade pedagógica.
•Caracterizar as formas de organização mais efetivas e as
vías de incorporação a esta actividade, etc..

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Tarefas de investigação

Devem ser enunciadas em uma ordem rigurosa,


desde o mais simples até as mais complexas e
vinculadas ao resultado essencial da investigação.
Se reflitem no cronograma da investigação.
Podem ser do nível empírico, teórico e lógico.

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Como seleccionar a amostra?

Principais conceitos
A unidade de observação: constituem a fonte directa
de informação, os individuos concretos que serão
objectos da aplicação de um método ou instrumento de
investigação.
O universo ou população: é o conjunto que se
encontra conformado por todas as unidades de
observação ou todas as características que são de
interesse, relevante ao investigador.
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Como seleccionar a amostra?

Principais conceitos

A amostra: é um conjunto extraído por um procedimento


técnico do universo. É um grupo relativamente pequeno, de
unidades de observação que representam em maior ou menor
grau as características da população.
Parámetros: são as medidas que se obtêm da população.
Estatísticas: são as medidas que se obtêm da amostra, se
denominam “dados estatísticos”.

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Como seleccionar a amostra?

Principais conceitos

A representatividade: é o centro e essência do


problema da amostra e reside na garantía de que é
possível extrapolar, ou generalizar resultados
obtidos na amostra para toda a população.
A amostragem: refere-se aos métodos,
procedimentos e técnicas que se empregam para
trabalhar a amostra
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Em que consiste a seleção mostral?

A amostragem persegue que a amostra de


elementos com os que vamos trabalhar seja
representativa da população, quer dizer, que na
amostra estejam representados os diferentes
elementos que integram a população. Pode ser:

 Probabilística
Não probabilística

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Amostragem probabilística

Cada sujeito terá equiprobabilidade de formar


parte da
Amostra. Pode ser de dois tipos:

A- Amostragem aleatória simples


Sorteio
Intervalos fixos
Tabela de números aleatórios

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Amostragem probabilística

B- Amostragem estratificado ao azar

Se divide a população com acerto a


determinadas características relevantes,
divisões que vão constituir
estratos. Cada um deles vai ser tratados como
uma
população à parte e em cada um se realizará
uma amostragem aleatório.
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Exemplo:

Estrato de professores de mais de 10 anos de


experiência; outro com os de 5 a 10; outro
com os menos de 5 anos. De cada estrato se
tomam ao azar os elementos determinados
pela amostra, para integrá-la. Todos vão estar
representados.

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Vantagens da amostragem estratificado

Eleva o grau de representatividade da amostra.


Implica geralmente economia de recursos.
Obtém maior produtividade quanto a
conhecimento, a nível de informação.

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Amostragem não probabilístico

Incidental ou acidental: trabalha-se com


amostra selecionada casualmente. Emprega-se
geralmente em estudos exploratórios ou em
pilotagens ou para fazer estudos preliminares de
um fenômeno.
Não é aplicável em pedagogia

Exemplo: tomar opiniões sobre o novo horário do
centro ou sobre a qualidade do serviço do refetório.
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Amostragem não probabilístico

Amostragem intencional ou por quotas:


estabelecem-se quotas segundo as características
da população. A amostra se seleciona atendendo a
determinadas características significativas e típicas
da população.

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Métodos de investigação

Nível
•Empírico Fundamentais Observação
ou gerais Experimentação

Pesquisa
Entrevista
Complementários
Sociometría
ou particulares
Estudo documental
Teste ou provas
Expertos
Informantes chaves
outros 63
Métodos de investigação

Nível Análise
Síntese
Inducção
Teórico Deducção
Modelação
Tránsito do abstrato ao concreto
Genético
outros
Metateórico

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