Você está na página 1de 29

Análise Estrutural II

1- Introdução

Prof.a Natália Alves de Andrade de Souza


EMENTA
 Teoremas gerais.
 Grau de indeterminação estática.
 Métodos gerais da hiperestática.
 Método das forças.
 Método de Cross.
 Método dos deslocamentos.
 Grau de Hipergeometria.
 Estruturas indeslocáveis.
INTRODUÇÃO
 Entende-se por estrutura a parte da construção responsável pela estabilidade e pela resistência a ações
externas.

 Definido o sistema construtivo e o tipo de material a ser utilizado, seja concreto armado ou protendido,
madeira, aço ou alvenaria estrutural, a primeira fase de um projeto estrutural é a Análise Estrutural.

• Dada uma estrutura, com características geométricas (geometria, dimensões) e


mecânicas (vinculação, propriedades dos materiais) conhecidas, submetidas a
certas ações, que podem ser tanto cargas (forças) como deformações impostas
(recalques de apoio, deformações devido à variação de temperatura ou retração)...
• Determinar os deslocamentos (translações e/ou rotações) de todos os pontos da
estrutura; os esforços internos decorrentes das deformações produzidas por
estes deslocamentos (esforço axial, cortante, de flexão e de torção) e determinar
também as reações vinculares.
Classificação das estruturas
 Com relação a suas dimensões, as estruturas podem ser classificadas em :
Reticuladas (lineares), laminares (bidimensionais) e tridimensionais
Classificação das estruturas
 Classificação das estruturas quanto à estaticidade:

Estruturas Isostáticas ou Estruturas estaticamente determinadas

Os apoios são em número estritamente necessário para impedir todos os


movimentos possíveis da estrutura
3 reações = 3 equações
O número de reações de apoio (número de incógnitas) é igual ao
número de equações de equilíbrio.

Estrutura isostática - equilíbrio estável.


Estruturas Hiperestáticas ou Estruturas estaticamente indeterminadas
A maioria das estruturas utilizadas na prática é hiperestática ou estaticamente indeterminada.
São estruturas em que os apoios existem em número maior que o necessário para impedir todos os
movimentos possíveis, quando se considera que as barras sejam rígidas;

As reações de apoio e os esforços internos não podem ser determinados apenas por condições de equilíbrio;

Número de incógnitas (vínculos externos e internos) > Número de equações de equilíbrio

Sistema indeterminado - É necessário estabelecer condições adicionais para encontrar a solução do problema

Equilíbrio estável.

4 reações > 3 equações


Estruturas Hipostaticas

São estruturas em que os apoios existem em número inferior ao necessário para impedir todos os movimentos
possíveis;

Número de incógnitas < Número de equações

Podem possuir um número de reações maiores que o numero de equações , mas essas reações não impedem que a
estrutura sofra um deslocamento, pois encontram-se em um mesmo sentido e não impedem que uma força contraria
as desequilibre.
2reações < 3 equações
Estrutura instável - São estruturas inadmissíveis para as
construções.
Hipostática, Isostática e Hiperestática
Análise Estrutural II
Na Teoria de Estruturas II, a análise se restringe ao estudo das estruturas em barras,
desenvolvendo métodos e processos de determinação de esforços seccionais
(tensões), deslocamentos e reações de apoio, com ênfase nas denominadas
estruturas hiperestáticas ou estaticamente indeterminadas.

As condições matemáticas que o modelo estrutural tem que satisfazer para


representar adequadamente o comportamento da estrutura real podem ser dividas
nos seguintes grupos:
• condições de equilíbrio;
• condições de compatibilidade entre deslocamentos e deformações;
• condições sobre o comportamento dos materiais que compõem a estrutura (leis
constitutivas dos materiais).
Vantagens das estruturas hiperestáticas
1 – Economia de materiais

Um elemento estrutural de um determinado tamanho pode suportar mais


cargas sendo parte de uma estrutura continua do que se for simplesmente
apoiado.

Estruturas continuas de concreto ou aço são de menor custo sem as juntas, os


pinos e tudo o mais necessário para torná-las estaticamente determinadas,
como era frequentemente a prática no passado.
Vantagens das estruturas hiperestáticas
2 – Coeficientes de segurança maiores

Quando partes de estruturas estaticamente indeterminadas são submetidas a tensões acima de seus
limites, frequentemente elas possuem a capacidade de redistribuir partes daquelas tensões para
áreas menos solicitadas.

Há uma redistribuição dos momentos na estrutura.

Esse comportamento é semelhante ao caso no qual três homens estão caminhando com um tronco
em seus ombros e um dos homens fica cansado e abaixa um pouco seu ombro. O resultado é a
redistribuição da carga para os outros homens com modificações adequadas das reações,
esforços cortantes e momentos fletores ao longo do tronco.
Vantagens das estruturas hiperestáticas
3 – Maior rigidez e menores deslocamentos transversais

Estruturas estaticamente indeterminadas são mais rígidas e apresentam


menores deflexões do que estruturas estaticamente determinadas. Devido a
sua continuidade, elas são mais espessas e possuem maior estabilidade em
relação a todos os tipos de cargas (horizontais, verticais, móveis).

4 – Estruturas mais atraentes


Desvantagens das estruturas hiperestáticas
1 – Recalque dos apoios

Podem causar variações nos momentos fletores, esforços cortantes, forças de


reação e forças nos elementos estruturais.

2 – Desenvolvimento de outras tensões

A modificação das posições relativas dos elementos estruturais causada por


variações de temperatura, má fabricação ou deformações internas dos
elementos estruturais sob a ação de cargas pode ocasionar variações
significativas das forças ao longo da estrutura.
Desvantagens das estruturas hiperestáticas
3 – Dificuldade de análise e projeto

As forças em estruturas estaticamente indeterminadas não dependem


apenas de suas dimensões, mas também das propriedades elásticas e
geométricas de sua seção transversal (módulo de elasticidade, momentos de
inércia e áreas).

Essa situação representa uma dificuldade de projeto: as forças não podem ser
determinadas até que as dimensões dos elementos estruturais sejam
conhecidos, e as dimensões dos elementos estruturais não podem ser
determinados até que suas forças sejam conhecidas.
Desvantagens das estruturas hiperestáticas
O problema é tratado admitindo-se dimensões dos elementos estruturais e
calculando-se as forças, projetando-se os elementos para essas forças e
calculando-se as forças para as novas dimensões e assim por diante, até que o
projeto final seja obtido.

O projeto por esse método – o método das aproximações sucessivas – toma


mais tempo do que o projeto de uma estrutura estaticamente determinada
correspondente.
Revisão
Revisão
Revisão
Número de equações de equilíbrio
Revisão
Revisão
Revisão
Determinação do grau de hiperestaticidade

X= números de reações de apoio e


também pode ser esforços internos
Determinação do grau de hiperestaticidade
Determinação do grau de hiperestaticidade
Existem várias formas de se determinar o grau de hiperestaticidade de uma estrutura.

As incógnitas do problema estático dependem dos vínculos de apoio da estrutura e da existência


de ciclos fechados (aqui chamados de anéis).
Cada componente de reação de apoio é uma incógnita, isto é, aumenta em uma unidade o grau
de hiperestaticidade.
Por outro lado, cada anel de um quadro plano aumenta em três unidades o grau de hiperestaticidade.

Resumindo, o grau de hiperestaticidade de um pórtico plano pode ser definido como:

g = [(n de componentes de reação de apoio) + 3 (n de anéis)] – [ 3 + (n de equações vindas de articulações
internas)].
O número adicional (em relação às equações de equilíbrio global) de
equações de equilíbrio (momento fletor nulo) introduzido por uma
articulação completa na qual convergem n barras é igual a n – 1.
Exemplos

Você também pode gostar