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DEBATE DEBATE
Homens, saúde e políticas públicas:
a equidade de gênero em questão
Abstract The scope of this article is to pose ques- Resumo O artigo tem por objetivo estabelecer
tions on the theme of Men, Health and Public questões acerca do tema Homens, Saúde e Políti-
Policies to render debate on the subject viable, based cas Públicas para a viabilização do debate sobre o
on theoretical and empirical references related to assunto, com base em referências teóricas e empí-
these issues. Initially, some historical landmarks ricas relacionadas a essas questões. Inicialmente,
on the theme are presented to provide guidelines alguns marcos históricos de temática são apre-
for debate. An overview of the gender agenda in sentados para que melhor se situe o debate. Em
public policies is then presented to introduce the seguida, apresenta-se panorama da agenda de gê-
discussion about the inclusion of a gender per- nero nas políticas públicas para se introduzir a
spective in healthcare policies. After this discus- discussão acerca da inserção dessa perspectiva no
sion, queries are raised about whether or not pol- âmbito das políticas de saúde. Após essa discussão,
icies geared to men’s health promote gender equal- aborda-se o questionamento sobre o fato de as
ity. In the closing remarks, the complexity involved políticas de saúde dos homens promoverem ou não
in the development, implementation and evalua- a equidade de gênero. Nas considerações finais,
tion of health policies aimed at gender equality is aponta-se para a complexidade que envolve a ela-
highlighted. The need for the Brazilian policy boração, a implementação e a avaliação das polí-
geared towards men’s health to be implemented ticas de saúde que visam à equidade de gênero,
with other policies such that the gender matrix is bem como se destaca a necessidade de a política
transversal in the healthcare field is also stressed. brasileira voltada para a saúde dos homens arti-
Key words Public policies, Men, Health, Gender cular-se com outras políticas para que a matriz
de gênero seja transversal no campo da saúde.
Palavras-chave Políticas públicas, Homens, Saú-
de, Gênero
1
Universidade de São
Paulo. Av. Dr. Arnaldo 455/
2177, Cerqueira César.
01246-903 São Paulo SP.
marthet@usp.br
2
Instituto Fernandes
Figueira, Fiocruz.
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Couto MT, Gomes R
em que estas foram subjugadas - para uma abor- Políticas públicas na saúde
dagem que toma a categoria gênero em suas di- e a perspectiva de gênero
mensões constitutiva e explicativa das relações
entre homens e mulheres, entre homens e entre Segundo Vilella et al.17, a incorporação da
mulheres. Gênero passa, portanto, a ser entendi- categoria gênero no campo da saúde – se for
do não como uma mera condição sócio-histórica politicamente compromissada – pode trazer no-
que determina, por si só, diferenciais de vulnera- vas dimensões para que melhor se compreenda
bilidade e reproduz desigualdades entre homens e os eventos da vida de mulheres e homens em
mulheres, mas como uma categoria relacional busca da ampliação da autonomia.
(não confundida com complementar, mas como O processo político-acadêmico de instaura-
instauradora e reprodutora de assimetrias de ção e desenvolvimento da perspectiva de gênero
poder) e transversal (portanto, em sua interação nas políticas públicas em saúde toma corpo na
com raça/etnia, classe social, diferenças de gera- conjuntura histórica, política e cultural de rede-
ção, capital cultural, etc.)14,16. mocratização do país e de reestruturação do con-
Na atual conjuntura do debate sobre gênero junto do sistema de saúde. Segundo Aquino18,
nas políticas públicas, a dimensão da transver- além da influência direta do feminismo na aca-
salidade e a perspectiva da equidade têm mereci- demia e em instâncias governamentais, organis-
do destaque em termos nacional e internacio- mos como a Organização Mundial da Saúde
nal8,9,12,14. No tocante à transversalidade, desde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saú-
que se conceba gênero como constituinte e cons- de (OPS) têm promovido a institucionalização
titutivo das representações sobre o masculino e da perspectiva de gênero nas pesquisas e políti-
o feminino e amplamente disseminado na forma cas públicas de saúde. Alerta, no entanto, que
como pessoas, grupos e instituições se posicio- seu uso generalizado tem frequentemente esvazia-
nam e intervém no mundo, não é possível pensar do o poder heurístico do conceito, ao reduzi-lo à
a existência de políticas públicas neutras em ter- descrição das diferenças entre homens e mulhe-
mos de gênero. Em consequência, deveria ser for- res em mera substituição ao sexo.
temente recomendado que toda definição de ação O PAISM constitui exemplo de como o movi-
política considere os diferentes impactos segun- mento de mulheres, na política e na academia,
do gênero. Em termos concretos, entretanto, a introduz a dimensão de gênero nas políticas pú-
transversalidade tem sido implementada via rei- blicas de saúde; não apenas porque mulheres (fe-
vindicação de que a problemática das mulheres ministas) passam a compor o grupo de formula-
seja contemplada toda vez que se formular e im- dores do programa no Ministério da Saúde (MS),
plementar programas e políticas. A discussão da mas pelos princípios político-práticos que regi-
equidade, por sua vez, remete à problematização am o programa: o deslocamento das questões
da diferença expressa em desigualdade e da solu- reprodutivas da esfera moral e da atuação restri-
ção desta última na forma de igualdade de valor ta do Estado para o campo da decisão ética indi-
e de oportunidades, considerando as diferenças vidual e do direito social19. E, no campo assisten-
e as particularidades de grupos e sujeitos. Dado cial, a integralidade, na qual se aborda a saúde da
que gênero – como elemento que define, organi- mulher em sua dimensão global e em todas as
za e baliza práticas sociais – produz desigualda- fases do seu ciclo vital, e a universalidade20.
des, as políticas públicas, inseridas no marco dos A partir da década de 1990, em colaboração
direitos e da equidade, deveriam responder a es- conjunta com os movimentos gay e lésbico, o
sas desigualdades por meio da alteração dos movimento de mulheres agrega outros temas,
marcos que as fundamentam e legitimam, ou seja, demandas e perspectivas de gênero para pensar
buscando implicar homens e mulheres no deba- os direitos reprodutivos e os direitos sexuais
te e na luta por direitos e cidadania. Para Giffin14, como expressão de cidadania21. Passados quase
a equidade de gênero se refere não a toda dife- 30 anos da sua criação, as análises sobre a imple-
rença, mas a diferenças que são consideradas in- mentação do PAISM demonstraram que, apesar
justas, ou seja, a identificação de iniquidades está de algumas ilhas de excelência, o programa não
baseada em valores que tornam desiguais ho- se implementou de forma satisfatória no terri-
mens e mulheres em termos de importância so- tório nacional. No rol dos fatores envolvidos
cial. Trata-se, nesse sentido, de lidar com dife- nesta avaliação merecem destaque o contexto de
renças que, em sendo distinções de sujeitos, va- crise e ajuste fiscal da década de 1990 e a agenda
lem o mesmo enquanto sujeito ético e de direitos de reforma do Estado que resultaram em políti-
para a sociedade. cas de focalização, com reflexos na fragmenta-
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‘iguais’, os homens são (in)visibilizados quanto pública de saúde, apoiada na perspectiva de gê-
às contradições e vulnerabilidades que enfren- nero e com foco nos homens: a Política Nacional
tam face ao exercício concreto das masculinida- de Atenção Integral à Saúde do Homem
des. Será possível, portanto, a partir do reconhe- (PNAISH), lançada oficialmente em 200930. Na
cimento dessas diferentes realidades atravessa- análise de Richardson e Smith29 e Richardson e
das pela interação entre as normas sociais, os Carroll31, destacam-se a política da Irlanda, que
símbolos e a experiência dos sujeitos concretos data de 2008 (“National men´s health policy
avançar na compreensão do significado da equi- 2008-2013: working with men in Ireland to achie-
dade de gênero e na formulação e implementa- ve optimum health and wellbeing”), e a política
ção de propostas que considerem a pluralidade australiana, instituída em 2010 (“National male
das formas de existir e de se relacionar de ho- health policy: building on the strengths of Aus-
mens e mulheres12,25. tralian males”).
Diferentes análises apontam que a incorpo-
ração de um trabalho positivo e ativo com ho- Políticas de saúde dos homens: a busca
mens no âmbito das políticas de equidade de gê- de uma equidade de gênero na saúde?
nero (na saúde e em outras áreas como educa-
ção e violência) tem sido apoiada por diversas Dado as políticas de atenção à saúde do ho-
iniciativas e documentos da Organização das mem serem recentes, são escassas as análises do
Nações Unidas e da OMS8,25,27. processo de constituição e, ainda mais restritas,
O reconhecimento de que a implantação de aquelas sobre sua implementação. Para a políti-
políticas de equidade de gênero no campo da saú- ca brasileira, destacam-se as reflexões de Carra-
de é um caminho legítimo e oportuno supõe, em ra et al.32 e Medrado et al.28,33, bem como a recen-
primeiro lugar, identificar semelhanças e as dife- te pesquisa de avaliação realizada em cinco esta-
renças nas necessidades de saúde de homens e dos brasileiros acerca do primeiro ano de im-
mulheres (ambos considerados no plural); em plantação da PNAISH34, cujos principais resulta-
seguida, garantir a igualdade de oportunidades dos são apresentados em artigos deste número
para que homens e mulheres acessem recursos temático.
para que possam realizar seus potenciais para a Um primeiro aspecto que chama atenção é que
saúde. No entanto, isto não significa desconside- a justificativa para o processo de elaboração das
rar a dimensão social das assimetrias e desigual- políticas dos três países guarda relação com o de-
dades de poder entre homens e mulheres e, tam- senvolvimento de uma subárea das investigações
pouco, que muitos homens se apoiam e se bene- de gênero e saúde que se debruça sobre a constru-
ficiam das prerrogativas de gênero presentes e ção social das masculinidades e seus impactos no
reforçadas por instituições como família, igreja e processo de saúde, adoecimento e cuidado.
Estado. Ao partilhar este posicionamento, Ba- Um segundo aspecto comum às três políticas
rker e Aguayo25 e Medrado et al.28 reforçam que a é a ênfase sobre as barreiras socioculturais relacio-
agenda de gênero com foco nos homens deve nadas ao cuidado em saúde dos homens29,31,32.
apontar para a equidade de gênero em beneficio Especialmente no caso brasileiro, também são
das mulheres, meninas e dos próprios homens e destacadas as barreiras institucionais de acesso
meninos. E os programas dirigidos a homens ao sistema de saúde, especialmente na atenção bá-
devem cuidar para que não tragam efeitos nega- sica13,32, já que os homens buscam, preferencial-
tivos nas mulheres. mente, a atenção ambulatorial e hospitalar.
A despeito deste reconhecimento, a existência A perspectiva de gênero, portanto, é alçada
visível da equidade de gênero em projetos e pro- como matriz explicativa dos determinantes do pro-
gramas que incluem homens ainda é pouco cla- cesso de saúde-adoecimento e cuidado dos ho-
ra. Recentes análises realizadas no Brasil, México mens e as três políticas visam ações de promoção,
e Chile25 e Irlanda e Austrália29 demonstram que prevenção e recuperação da saúde nos níveis indi-
a maioria dos projetos tem alcance reduzido, são vidual e coletivo. O questionamento que se faz,
de curta duração e não estão incorporados na então, é: o reconhecimento das dimensões socio-
agenda governamental das políticas públicas. cultural e histórica das masculinidades e suas in-
Outro elemento débil dos programas é a falta de fluências nos processos de saúde, adoecimento e
registros sobre os efeitos, resultados e impactos cuidado dos homens bastariam para caracterizar
em termos de equidade de gênero. as políticas no marco da equidade de gênero? As
Dentre os três países alvos da investigação de dimensões relacional e de poder entre homens, e
Barker e Aguayo25, apenas o Brasil tem política entre homens e mulheres, estariam contempladas?
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os importantes para sua efetiva implementação, (PAISM e PNAISM) que são resultado de um pro-
especialmente na atenção primária que foi alçada tagonismo histórico das mulheres feministas e
como âmbito de ação preferencial da PNAISH30. dos grupos gay e lésbico, se processou a partir de
Dentre eles: 1. Reconhecer quais demandas e ne- uma decisão política a nível governamental27,31.
cessidades de saúde dos homens se inscrevem efe- A discussão apresentada aponta para o reco-
tivamente em uma atenção básica e pensar res- nhecimento da complexidade que envolve a ela-
postas para neste nível de atuação que se apoiem boração, a implementação e a avaliação das polí-
nos marcos da atenção integral e não venham a ticas de saúde que visam à equidade de gênero. Os
constituir mais outro pronto-atendimento ou princípios e os objetivos da PNAISH devem ser
consulta especializada; 2. garantir recursos esta- debatidos e apoiados não apenas como uma po-
tais suficientes para implementar os panos de ação lítica voltada para homens, mas como da política
da política de forma consistente, bem como para transversal de gênero no contexto das ações em
avaliar os resultados alcançados; 3. investir na saúde. Neste sentido, é importante retomar a dis-
capacitação de gestores e profissionais da assis- cussão sobre a transversalidade e a equidade de
tência de forma que possam reconhecer que as gênero, pois, mais do que se ter mulheres (e ho-
necessidades de saúde dos homens são produzi- mens) contemplados em distintas políticas como
das num contexto de produção prático-simbóli- beneficiários, se faz necessário legitimar enfoques
ca onde se concreta gênero, raça, classe, geração, de gênero em políticas de cunho universal7.
entre outras referências identitárias28,34; 4. refor- As primeiras análises da PNAISH28,32-34 indicam
çar a necessidade da participação social no pro- que um desenho de gênero transversal e equânime
cesso de definição, implementação e avaliação de apenas se esboça, pedindo, portanto, mais investi-
ações da política, reconhecendo que é com e a mento teórico-político e leitura mais reflexiva a
partir do debate entre diferentes grupos sociais partir de bases de pesquisas e debates que vêm to-
que se constitui e se efetiva o controle social das mando corpo no campo da saúde coletiva nos úl-
políticas públicas28; 5. potencializar, a partir das timos anos. Entende-se que a PNAISH não repre-
redes de atenção existentes e prioritárias do MS (a senta, em termos políticos, a luta de movimentos
exemplo, as áreas da saúde da mulher, saúde do sociais por identidade, dado que a história de sua
trabalhador, saúde da população LGBT, progra- constituição não é oriunda da luta por ações afir-
ma de combate à violência, entre outros), aspec- mativas apoiada no movimento pró-direitos hu-
tos relativos à saúde do homem desde uma pers- manos e de cidadania. Entretanto, é pela dinamici-
pectiva de gênero relacional e transversal34. dade e engendramento que esta política pode e deve
relacionar com outras (PNAISM, Política Nacio-
nal de Saúde da População Negra36, Programa Bra-
Considerações finais sil sem Homofobia37, entre outros) que se pode
avançar rumo a uma matriz de gênero transversal
O desafio da equidade de gênero no âmbito das para a saúde. Em outras palavras, é pela e com a
políticas públicas tem sido alvo de debate nacio- relação entre estas políticas, a partir de princípios e
nal e internacional8,12,14. No Brasil, a instituição diretrizes orientadas por gênero, que se produzirá
da política de saúde do homem ocorreu em 200930 alterações nos construtos que (re)produzem desi-
e, ao contrário das políticas de saúde da mulher gualdades de saúde em homens e mulheres.
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