Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
261
de fazer ligações mais profícuas entre linguagem, saber e poder -, e não apenas
enquanto consumidores de produtos tecnológicos.
A premissa mais geral que nos orienta é a de que a mediação tecnológica não é
fato novo na cultura e seus efeitos são bidirecionais, ou seja, a tecnologia modela as
práticas e as comunidades de usuários, mas também é modelada por elas (Bijker, 1995;
Pool, 1999). O estudos de tecnologias convencionais da escrita, como as que fizeram a
história do livro e da leitura (Chartier, 1992), bem como dos gêneros textuais
(Bazerman, 1988), já demonstraram isso no campo específico dos estudos da
linguagem. Sendo assim, em última análise, o desafio que se coloca hoje para
professores e formadores de professores é o da ação crítica, certamente, mas como
afirma Lemke (2006, p. 14), toda crítica é antes de mais nada “criação, autoria,
produção” em contexto de análise: “Precisamos ajudar os alunos a ver como poderiam
criar multimídia diferente da que é vendida para eles, ou que lhes é oferecida ‘de
graça’“. E, conforme pretendemos mostrar, esse é um desafio já bastante presente na
escola, mesmo sendo desconsiderado pela grande maioria dos agentes institucionais.
Nas seções a seguir, apresentamos inicialmente uma caracterização do que
estamos compreendendo por letramentos multi-hipermidiáticos e, em seguida,
focalizamos as relações entre esses letramentos e o convencional grafocêntrico,
principal objeto da formação em Letras e do ensino de Língua Portuguesa na escola. Na
última parte do trabalho, discutimos as necessidades criadas por esses novos
letramentos no contexto escolar, ou seja, no contexto de atuação dos forma(n)dos em
Letras. Apoiamo-nos nos estudos sobre multiletramentos (New London Group, 1996;
Cope e Kalantzis, 2000); sobre letramentos digitais e ensino (Lemke 2000; 2006;
Lankshear e Knobel 2006; 2008; entre outros); sobre língua, linguagem e mediação
tecnológica (Manovich, 2001; Signorini e Cavalcanti, 2010) e sobre inovação no ensino
de língua (Signorini, 2007).
262
computacionais. O que significa dizer que além de plurais, essas práticas são
contextualmente variáveis, envolvem a mídia eletrônica e as chamadas novas
tecnologias de informação e comunicação (as TIC), as quais dão à hipermidia um
caráter híbrido, interativo, não linear e metamórfico: linguagens multimidiáticas em
arquiteturas hipertextuais. Na contemporaneidade, são, portanto, práticas em
transformação acelerada, não podendo ser reduzidas a um conjunto específico e acabado
de conteúdos, saberes ou habilidades, nos moldes das práticas escolares estabelecidas.
Os letramentos multi-hipermidiáticos integram o conjunto maior dos
multiletramentos, termo cunhado em meados dos anos 1990 por um grupo de estudiosos
dos letramentos1 para “descrever” traços de uma nova ordem cultural, institucional e
global emergente e suas implicações para a “pedagogia do letramento”. Em seu
“manifesto programático”, apresentado como um ponto de partida para a discussão 2, o
New London Group (1996), como foi chamado, aponta os seguintes principais traços
identificadores dessa nova ordem emergente:
263
Conforme também apontado pelo New London Group, as TIC deram visibilidade
à multiplicidade e à dinamicidade dos modos de representação e de produção de
sentidos em função de variáveis contextuais locais e culturais mais amplas. Desse
modo, favoreceram o surgimento de novos canais e espaços (multimídia e hipermídia)
susceptíveis de darem voz a minorias e subculturas.
Em sua crítica à pedagogia tradicional do letramento de base linguística, esses
mesmos autores afirmam que essa pedagogia tem sido um projeto “cuidadosamente
restringido” a formalizações linguísticas monolíngues, monoculturais e regradas (1996,
p.61), ao mesmo tempo em que tem ignorado o fato das novas mídias mudarem os
modos de se usar a lingua, comprometendo padrões e habilidades tadicionalmente tidos
como alvos finais do ensino (1996, p. 64).
Na perspectiva desses mesmos autores, uma nova ‘pedagogia do letramento’
deve enfatizar:
E essa noção de “pedagogia como design” (1996, p. 73) está fundada na crítica
às noções de acesso e mobilidade que sustentam o modelo pedagógico convencional,
fundado na partilha entre culturas e linguas hegemônicas e deficitárias e na economia da
escassez3. A analogia como o design ou arquitetagem de novas formas e significados dá
ênfase por um lado ao potencial produtivo e inovador dos novos modos de
representação e produção de sentidos a serem contemplados no ensino e, por outro, aos
processos de re-representação e de re-contextualização de recursos socioculturais já
264
existentes, os quais também constituem a inovação. A esse respeito, conforme mostra
Perkel (2008), o “letramento do copiar e colar” em práticas rotineiras de adolescentes
na internet é um exemplo de como a mobilização criativa de recursos já dados pode
levar à produção do novo.
265
conceitualizações e instrumentos analíticos familiares aos estudiosos de objetos de base
grafolinguística, no caso do portal, a analogia aponta para a subversão desse objeto
familiar (a página escrita), na medida em que realça a tridimensionalidade criada com a
interseção de múltiplos espaços ou planos acessíveis através dos pontos de linkagem
que constituem o portal e fazem dele um pórtico de passagem para o chamado
ciberespaço.
Uma conseqüência disso é que categorias de descrição e análise utilizadas para o
estudo dos letramentos de base grafolinguística podem não iluminar aspectos
importantes de um objeto como o portal, assim como de eventos e práticas emergentes
desde o advento da hipermídia. É o que já apontava Marcuschi (1999), por exemplo, ao
tratar da leitura hipermodal (leitura + navegação) e de categorias de análise produzidas
pela Linguística textual, no caso as de coesão e coerência:
266
caso as estruturas hipertextuais (Lemke, 2002; 2006), ao mesmo tempo em que
problematiza e reconfigura o conceito propriamente lingüístico de texto como estrutura
auto-consistente de contornos definidos e recuperáveis através da leitura.
Voltando ao exemplo da passagem da página ao portal, já mencionado, a noção
de interface hipermidiática, enquanto espaço topológico de interação com a máquina ou
a tecnologia, ou de interação social mediada pelo objeto tecnológico (a esse respeito,
ver Signorini e Cavalcanti, 2010) é uma alternativa mais produtiva à de superfície
graficovisual no estudo das ecologias da escrita próprias da hipermídia. Interfaces
hipermidiáticas produzem e regulam ações individuais e coletivas, na medida em que
funcionam como dispositivos de acesso a redes sociotécnicas (Callon, 1998) de
produção e uso de recursos linguísticos e sociosemióticos relevantes do ponto de vista
do letramento hipermidiático. E a escrita de interface é uma escrita outra em relação à
das mídias convencionais: “dividida em dois espaços (tela e memória), a escrita passa a
ser ambivalente: invisível e legível, fugaz e durável...” (Souchier, 2004).
Trata-se, na verdade, como enfatiza Manovich (2001), de uma escrita sujeita aos
efeitos dos processos de transcodificação próprios do computador:
267
irei conhecer e cuja idade, origem e sexo, eu ignoro. A generosidade
delas é um deleite. Tudo o que eu escrevo agora é logo modificado.
Eu não penso sozinho. Mantenho uma conversação global forjada pela
Web. (Anderson, 2010, p. s/n; TRADUÇÃO MINHA)
Mas com a Web veio também a abundância dos fluxos informacionais, verbais,
sonoros e imagéticos (em contaposição à lógica da escassez do modelo grafocêntrico),
associada por um lado à imediatez na produção/consumo da informação e, por outro, à
externalização da memória individual e coletiva.
De fato, são significativos os efeitos dessa associação para a questão da
produção e circulação do conhecimento. Na tradição grafocêntrica, são importantes as
agências de letramento legitimadas, como a escola, a grande mídia e demais instituições
orientadas para a filtragem e distribuição dos recursos de capital simbólico, no sentido
dado a essa expressão por Bourdieu (1989). E são fundamentais nessas agências papéis
como os de professor, tutor, expert, especialista etc. No quadro dos letramentos
hipermidiáticos, porém, a lógica da abundância tornada fluida pela imediatez, associada
à da memória aumentada e distribuída, coloca em xeque tais mecanismos de filtragem e
distribuição de recursos simbólicos. Em primeiro lugar porque impõe a lógica
computacional dos sistemas automáticos de classificação e ranqueamento a partir do
tratamento de bases de dados; e em segundo lugar porque introduz as redes
sociotécnicas como ferramentas de cognição distribuída:
268
disponível igualmente para todos, um expert tornou-se ‘alguém com uma melhor
maneira de interpretar a informação’ “.
E o significado disso para um agente da mídia convencional é assim descrito por
Anderson (2010):
269
Relato no. 1
270
Gilberto entregou sua segunda versão muito orgulhoso. Era o
maior texto que ele já havia produzido. (...) Gilberto parece não se
adaptar bem ao texto linear, mas trabalhar pela lógica da
imagem. O aluno superpõe as cenas da experiência, como numa
sucessão de fotogramas. Ao usar essa estratégia para apresentação
dos resultados, o primeiro parágrafo acaba ficando
demasiadamente repetitivo. Além disso, a falta de sinais de
pontuação leva a uma sentença enorme, que dificulta a leitura.
(...) Apesar da desorganização do texto e de sua construção
incomum, é possível, através da leitura, ter uma idéia geral a respeito
da experiência que foi realizada. (Nascimento, 2009, p. 125-126)
271
não impede que se façam cada vez mais presentes na escola e de forma às vezes
inusitadas para os agentes institucionais. É o que revela o relato no. 2, transcrito a
seguir, de um professor de uma escola pública de periferia, situada numa cidade
próxima à da escola referida no relato anterior.
Relato no. 2
Tudo aconteceu em 2006, ano em que dei aulas para uma turma de 16 alunos (de um
total inicial de 28) no Ensino Médio. A turma era composta em sua maioria por meninas. As
idades variavam muito, já que havia três que vinham do EJA [Educação de Jovens e Adultos],
pois como não havia mais turmas montadas para o noturno (minha escola está perdendo alunos
nesse período), tiveram que ficar na classe regular.
Alguns meses antes de tudo vir à tona, alguns alunos da escola, que não pertenciam
àquela sala de 3º ano, começaram a deixar um endereço eletrônico nas lousas, ao término das
aulas.
Nós não percebemos nada de errado até então. Mas soubemos pelo diretor que algumas
alunas do 2º ano vieram-lhe dizer que havia um blog em que os alunos entravam e postavam
fotos de professores, tiradas sem consentimento, e faziam comentários muito maldosos.
O diretor então chamou alguns alunos do 3º ano para esclarecer algumas coisas. Três
dos quatro alunos que montaram o blog inventaram que tinham que sair em horário de aula para
ir à papelaria, mas, ao que parece, foram apagar o conteúdo do blog. Não apagaram tudo, já que
o diretor conseguiu entrar e imprimir parte de uma série de comentários sobre uma professora
de Biologia que, sem saber, tinha sido fotografada por trás.
Ela então levou o material até a Delegacia e registrou um B.O. contra os pais dos alunos
envolvidos.
Do grupo que montou o blog, as idades não ultrapassavam os 18 anos. Os professores
reclamavam desse grupo específico porque eles ficavam quase o tempo todo ouvindo walk-man
ou MP3. Debruçavam-se uns sobre os outros no fundo da sala e raramente participavam das
discussões. A exceção era uma aluna que participava quando os assuntos tendiam mais para a
questão dos papéis e identidades sexuais.
Durante a reunião do Conselho de Escola, na presença dos pais, os quatro acabaram
confessando. Lembro-me bem de quando uma das mães disse que a partir dali o filho dela seria
perseguido pelos professores por uma “besteira de adolescente”.
Ficou combinado que nenhum deles sofreria punição mais severa, como um expulsão,
por exemplo, o que fez com que a professora de Biologia deixasse o cargo no meio do ano.
(Ruivo, 2010, p. 1)
272
circulação dos conteúdos exibidos, a fazê-los compreender melhor os significados e as
implicações do que estavam produzindo, entre tantas outras coisas.
Com relação ao relato em si, é interessante observar a caracterização dada ao
grupo de alunos que havia montado o blog. Os traços de comportamento considerados
relevantes para caracterizar o grupo são sobretudo o desinteresse pelas atividades de
sala de aula e o uso constante de artefatos tecnológicos portáteis: “eles ficavam quase o
tempo todo ouvindo walk-man ou MP3. Debruçavam-se uns sobre os outros no fundo
da sala e raramente participavam das discussões.”
É interessante observar ainda que embora nesse episódio um só grupo seja
destacado e tenha número reduzido de alunos, em outros relatos do mesmo professor,
sempre são feitas referências a turmas feitas de “grupinhos” de alunos que estão sempre
conversando entre si ou absortos com seus dispositivos nos ouvidos, e que ora parecem
ignorar o que se passa em volta, ora se manifestam pontualmente quando o assunto é de
seu interesse, como no caso da aluna citada no relato acima (“A exceção era uma aluna
que participava quando os assuntos tendiam mais para a questão dos papéis e
identidades sexuais.”)
Embora a questão da ordem sociointeracional em sala de aula escape ao escopo
deste trabalho, a divisão em grupos e a relação de alguns grupos com as novas
tecnologias, como ocorre no episódio da criação do blog, nos parecem sintomáticas de
uma questão mais abrangente e que foi colocada de forma polêmica por Prensky (2005)
como sendo uma questão de descompasso incontornável entre o que procuram (e
necessitam) os jovens e o que oferece a escola contemporânea. Mesmo se o professor
hoje conta com alguns (cada vez menos, segundo o autor) alunos “auto-motivados”, ou
seja, que fazem todas as tarefas e acham interesse no que é ensinado; com muitos alunos
movidos apenas pela nota, ou seja, que aprenderam a fazer o mínimo para se dar bem na
escola porque acreditam que isso pode influir em seu futuro; conta também com um
número cada vez maior de alunos que o ignoram completamente, como os descritos no
relato acima. Como afirma o autor, são alunos que vêem menos interesse no que lhes
oferece a escola que nas inúmeras bugigangas que carregam nos bolsos.
A razão apontada – não só por Prensky (2005), como também pela maioria dos
autores que têm a dinâmica dos jogos (games) como objeto de estudo – é a incapacidade
da escola de envolvê-los de fato, uma vez que eles já demonstraram que quando se
envolvem são capazes de controlar sistemas “dez vezes mais complexos” que qualquer
conteúdo ensinado na escola, sem contar que não apresentam déficit de atenção quando
273
estão jogando, vendo filmes ou surfando na internet. E para Prensky, envolvê-los não é
uma questão de pirotecnia visual ou tecnológica, renovação do “plano de aula” ou
currículo on-line, e sim de idéias:
274
como “nativos”, não constituem um grupo homogêneo sob nenhum aspecto, nem
mesmo o dos graus de familiaridade e proficiência no uso de TIC.
Outra implicação a ser considerada, como também aponta Helsper (2008), é a de
que essa divisa seria constitutiva das relações intergeracionais, uma vez que o
desenvolvimento tecnológico acelerado transformaria sistematicamente nativos em
imigrados ao mesmo tempo em que faria sugir novos nativos numa cadeia interminável.
Nesse cenário, uma escola nos moldes que conhecemos não estaria apenas paralisada,
como no cenário anterior, mas tenderia a desaparecer, conforme de fato prevê Prensky
(2008).
São muitos os trabalhos, sobretudo na área de educação, que se propõem a
examinar criticamente as hipóteses e metáforas de Prensky (a esse respeito, ver
Margaryan e Littlejohn, 2008; Jones et al, 2010; entre outros) e evitar os riscos
apontados por Bayne e Ross (2007), por exemplo: o de colocar o professor em posição
estruturalmente desfavorável frente a um suposto determinismo tecnológico e sobretudo
o de “sobredeterminar nossa futura compreensão das complexas relações entre
professor, aprendiz, tecnologia e educação superior” (2007, p. 5).
Num trabalho mais recente, porém, Prensky (2009) reorienta a discussão inicial,
considerando que num futuro bem próximo todos terão crescido na era digital e que a
dicotomia entre “nativos” e “imigrantes” perderá seu poder explicativo das “diferenças
culturais” entre gerações. Numa entrevista à Revista Época, de 12 de julho de 2010 5,
chega a afirmar que “nos Estados Unidos, quase todas as crianças em idade escolar
cresceram na era digital. Pode ser que em alguns lugares os nativos sejam separados dos
imigrantes por razões sociais.” (2010, p. 50).
E valendo-se das mesmas hipóteses iniciais sobre os impactos neurológicos e
cognitivos dos usos das TIC, bem como da convicção de um ineroxável avanço da
chamada computação ubíqua ou pervasiva, que se tornará tanto mais invisível quanto
mais presente, não só nos objetos como também nos corpos, ele vislumbra uma outra
ordem, não só para as redes sociotécnicas, como também para a produção do
conhecimento:
275
E nessa nova ordem, a sabedoria digital “transcende” a divisa geracional descrita
pela dicotomia entre “nativos” e “imigrantes”, na medida em que o digitalmente sábio,
nos termos do autor, é todo aquele que expande sua capacidade de discernimento,
avaliação e planejamento em qualquer campo (prático, teórico, ético, político) valendo-
se das possibilidades abertas pelas TIC para o acesso a dados de memória e ferramentas
analíticas de alcance muito superior aos que dispõe hoje o homem não “incrementado”
[enhanced] pela associação entre cérebro e “inteligência” de base computacional. Ainda
segundo o autor, o grande desafio do sábio digital é colocar as TIC a serviço de suas
necessidades, ou seja, controlá-las:
276
pedagógicas de letramento crítico. Estamos compreendendo a crítica no sentido
proposto por Lemke (2006, p.13):
4. Considerações finais
Apesar dos aspectos focalizados nas seções anteriores não esgotarem o grande
número de questões que atravessam os debates contemporâneos sobre os novos
letramentos e seus impactos na vida social, cultural e política, bem como nas práticas de
ensino de língua, acreditamos que possam contribuir para chamar a atenção de
formadores e formandos em Letras para a necessidade e o interesse de se aprofundarem
no tema e, sobretudo, participarem da discussão enquanto “fazedores” de futuros
sociais, como sugere o New London Group.
E para que se avalie a urgência das necessidades e das possibilidades criadas por
esses novos letramentos, transcrevemos abaixo o apelo de um internauta num blog
jornalístico bastante frequentado:
Referências bibliográficas
ANDERSON, A. If you don't change the way you think, you risk extinction. Edge, 2010
Disponível em: http://www.edge.org/q2010/q10_print.html Último acesso em
30.10.2010.
277
BAYNE, S. E ROSS, J. (2007) The ‘digital native’ and ‘digital immigrant’: a dangerous
opposition. Annual Conference of the Society for Research into Higher Education
(SRHE), December 2007. Disponível em
http://www.malts.ed.ac.uk/staff/sian/natives_final.pdf. Último acesso em 30.10.2010.
Último acesso em 30.10.2010.
BOURDIEU, P. Social Space and Symbolic Power. Sociological Theory, vol. 7, no. 1,
Spring, 1989, p. 14-25.
COPE, B., e KALANTZIS, M. (eds.) Multiliteracies: Literacy learning and the design
of social futures. Melbourne: Macmillan, 2000.
ENO, B. Idea di esperto. Internazionale n. 831, anno 17, 29 gennaio/4 febbraio 2010.
Disponível em: http://www.edge.org/q2010/q10_print.html. Último acesso em
30.10.2010.
HELSPER, E. (2008) Digital natives and ostrich tactics?: the possible implications of
labelling young people as digital experts. Beyond Current Horizons, Futurelab, Bristol,
UK, December, 2008. Disponível em:
http://www.beyondcurrenthorizons.org.uk/digital-natives-and-ostrich-tactics-the-
possible-implications-of-labelling-young-people-as-digital-experts/ Último acesso em
30.10.2010.
278
LANKSHEAR, C. KNOBEL, M. (orgs.) Digital Literacies: Concepts, Policies and
Practices. Peter Lang. New York, 2008.
MANOVICH, L. The Language of New Media. MIT Press, Cambridge, Mass., 2001.
279
PRENSKY, M. Digital natives, digital immigrants. On the Horizon 9 (5), p. 1-6, 2001a.
Disponível em: http://www.webcitation.org/5eBDYI5Uw Último acesso em
30.10.2010.
------------------ Turning On the Lights. Educational Leadership, vol. 65, no. 6, March
2008, p. 40-45.
------------------ H. sapiens digital: From digital immigrants and digital natives to digital
wisdom. Innovate. Journal of On Line Education, vol. 5, no.3, 2009. Disponível em:
http://www.innovateonline.info/ Último acesso em 30.10.2010.
SOUCHIER, E. Lorsque les écrits de réseaux cristallisent la mémoire des outils, des
médias et des pratiques. Les défis de la publication sur le Web : hyperlectures,
cybertextes et méta-édition, coord. par J.-M. Salaün et Ch. Vandendorpe, Presses de
l’Enssib, Lyon, 2004. Disponível em:
http://www.interdisciplines.org/defispublicationweb Último acesso em 15.10.2009.
280
VASS, E. New technology and habits of mind. Beyond Current Horizons, December
2008. Disponível em http://www.beyondcurrenthorizons.org.uk/new-technology-and-
habits-of-mind/ Último acesso em 30.10.2010.
Este trabalho integra os Projetos “O escolar grafocêntrico e o hipermidiático em práticas letradas
contemporâneas” (CNPq no. 475305/2010-8), “Letramentos hipermidiáticos na escola/letramentos
escolares na hipermídia” (FAPESP no. 10/51597-9) e se reporta a atividades desenvolvidas pelo Grupo
de Pesquisa CNPq “Práticas de escrita e de reflexão sobre a escrita em diferentes mídias”.
1
Esse grupo de pesquisadores educadores reuniu-se entre 1994 e 1996 na Inglaterra, EUA e Austrália e,
ao final dos trabalhos, publicou um documento intitulado A Pedagogy of Multiliteracies: Designing
Social Futures. Seus participantes foram: Courtney Cazden, Harvard University, EUA; Sarah Michaels,
Clark University, EUA; Jim Gee, Clark University,EUA; Norman Fairclough, Lancaster University,
Inglaterra; Gunther Kress, University of London, Inglaterra; Bill Cope, University of Technology,
Austrália; James Cook University of North Queensland, Austrália; Mary Kalantzis, James Cook
University of North Queensland, Austrália; Allan Luke, University of Queensland, Austrália; Carmen
Luke, University of Queensland, Austrália; Martin Nakata, James Cook; University of North Queensland,
Austrália (cf. 1996, p. 60).
2
Nos termos dos autores: “Esperamos que este artigo construa a base para um diálogo aberto com
colegas educadores em todo o mundo; que ele possa lançar idéias para novas possíveis áreas de pesquisa;
e que ele possa ajudar a formular uma experimentação curricular que busque contemplar nosso contexto
educacional em transformação.” (1996, p. 63)
3
“[os] antigos significados de ‘acesso’ e ‘mobilidade’ baseiam modelos pedagógicos que partem da idéia
de que culturas e línguas outras em relação às dominantes representam um déficit.” (1996, p. 72)
4
“o alcance e a natureza da expansão tecnológica, bem como das transformações cognitivas dela
advindas, sobretudo entre adolescentes e jovens adultos não estão nada claros.” (Margaryan e Littlejohn,
2008, p. 2).
5
Também disponível através do site do autor: http://www.marcprensky.com/writing/default.asp Último
acesso em 30.10.2010.
281