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Conversas com Filósofos Brasileiros
Oswaldo Porchat: “Essa perspectiva de adesão ao cotidiano, de valorização do
humano em contraposição ao filosófico, foi talvez o mote central de todas as minhas
incursões no domínio filosófico. O ceticismo é para mim a valorização, contra os dogmas, do
saber dos atos comuns”.
No ano seguinte à defesa do doutoramento, em março de 1968, você
profere a aula inaugural do Departamento de Filosofia da USP, em que
se afasta das posições estruturalistas de Guéroult e Goldschmidt, que
são facilmente reconhecíveis na redação de seu doutoramento, então
recém-defendido. Essa virada foi vivamente descrita em seu texto “Pre-
fácio a uma Filosofia”, de 1975, nos seguintes termos: “Desesperando
da filosofia e de seus problemas, renunciei a buscar-lhes soluções. Aba-
tido por um profundo desencanto, o temor me possuiu de que os dis-
cursos da filosofia não mais fossem que prodigiosos e sublimes jogos de
palavras. Um brinquedo dos filósofos com as palavras, do Logos com os
filósofos. O feitiço que me prendera se quebrava, desfazia-se uma
antiga servidão. E tomei, então, o partido do silêncio”. A impressão que
se tem é a d e que essa guinada existencial e teórica ocorreu num
período muito curto. Foi mesmo assim?
Não creio que tenha sido tão curto. Quando comecei a lecionar na Filosofia, em 1961,
eu era um estruturalista de carteirinha, e assim fiquei até 1967,1968. Eu nunca quis ser
historiador da filosofia, mas, porque pesava sobre mim a herança estruturalista, eu
entendia que a única maneira de fazer filosofia corretamente era fazer história da
filosofia. Portanto, eu pretendia estar fazendo filosofia, e não história da filosofia. Na
perspectiva estruturalista de Guéroult e Goldschmidt, não cabia mais o enveredar por
um caminho filosófico original; o importante era conhecer as estruturas do pensamento
filosófico, e o conhecimento das estruturas não pode ser conseguido senão pelo estudo
das obras dos filósofos e pela descoberta das lógicas internas que as estruturam. E fácil
ver que essa visão da filosofia pode conduzir a um ceticismo. Porque você deixa de
acreditar na possibilidade de construir uma filosofia original e fica preocupado
unicamente com o conhecimento das estruturas do pensamento filosófico, isto é, com
fazer história da filosofia — como se não houvesse mais condição de pensar
filosoficamente. Não sei se Goldschmidt tirava essas conseqüências da sua postura
histórico-filosófica, mas foram as que eu tirei.
Num sentido muito particular, sou estruturalista até hoje: penso que o método
estruturalista é o melhor método para uma primeira leitura de um pensador, para se
descobrir a lógica interna das razões, a estrutura da obra. Trata-se tão somente de um
instrumento de trabalho, um instrumento para pensar. Enquanto naquela época isso
para mim era tudo, hoje é apenas uma etapa, porque depois disso vem o diálogo pessoal
com o filósofo: tendo-se aprendido (supostamente) a sua filosofia, interage-se com ela,
toma-se posição em relação a ela, endossando-a — total ou parcialmente — ou não a
endossando. Enfim, não se está obrigado a ser um historiador. Pode-se ser um filósofo
por conta própria, ainda que, é claro, buscando na história da filosofia um alimento
precioso, como parte do desenvolvimento e da exposição de seu próprio pensamento.
Com relação à idéia de que não valia a pena tentar uma solução pessoal para os
problemas filosóficos, de que essa solução, além de não ser desejável do ponto de vista
de uma sólida posição estruturalista, seria apenas uma solução a mais sem qualquer
importância maior, eu comecei a tirar essas primeiras conclusões céticas quando travei
conhecimento com os textos dos céticos gregos, sobre os quais dei
Por que você decidiu se transferir da USP para a Unicamp em 1975 ? Naquele
momento eu não tinha ainda adotado uma posição cética. Eu tinha sempre gostado
muito de filosofia da ciência, de epistemologia, de lógica, como já disse, e na USP eu
formei um projeto de criar um centro dedicado aos estudos de teoria do conhecimento,
epistemologia, lógica e filosofia da ciência. A burocracia da USP, no entanto, fez com
que esse projeto ficasse extremamente atrasado: ele foi aprovado no Departamento,
mas depois se passaram anos de trâmites burocráticos até ele chegar ao Conselho
Universitário. Ocorreu, nesse meio tempo, que um amigo meu, o Rogério Cerqueira
Leite, que era algo como pró-reitor da Unicamp, e que várias vezes me tinha convidado
para ir trabalhar lá, disse que havia boas chances de o projeto ser aprovado pela
Unicamp, onde não havia um Conselho Universitário totalmente estruturado, onde
quem mandava realmente era o reitor, Zeferino Vaz. Então ele marcou uma entrevista
para mim com o Zeferino, pedindo que eu levasse um pequeno texto sobre o meu
projeto.
Bem, a entrevista ocorreu, se não me engano, no dia 9 ou 10 de setembro de
1975, e nesse projeto eu me propunha a criar um Centro de Lógica, Epistemologia e
História da Ciência na Unicamp, criar cursos de pós-graduação nessa área, fazer
seminários interdisciplinares, fazer colóquios e congressos, nacionais e internacionais,
e criar três revistas — uma de filosofia propriamente dita, uma de filosofia e história da
ciência e uma de lógica. Para minha surpresa, o Zeferino Vaz se entusiasmou pelo
projeto e me perguntou, nessa primeira entrevista, quantos professores eu pretendia
levar para a Unicamp, para que a gente começasse no mês seguinte — o que
obviamente eu não esperava. Eu citei então alguns nomes de professores da USP —
Luiz Henrique Lopes dos Santos, Carlos Alberto Ribeiro de Moura, Andréa Loparic,
todos jovens doutorandos —, e citei o nome de alguns professores argentinos, cujos
currículos estavam comigo porque eu tinha sido chefe de departamento na USP e eles
almejavam ter uma vaga na universidade brasileira. Depois que eu dei os nomes, o
Zeferino disse: “Então, vamos nomeá-los”. Ao que respondí: “Mas os argentinos nem
sabem que a Unicamp existe!”. E ele disse: “Então você vai à Argentina e fala com eles,
porque nós temos pressa”. Acontece que eu não podia ir à Argentina imediatamente, e
ocorreu uma coisa interessante de que pouca gente sabe: como o Zeferino tinha
problemas de datas com relação ao orçamento e precisava nomear os professores até o
fim de setembro, ele me disse o seguinte: “Olha, é muito mais fácil para mim demitir
do que nomear. Para demitir, basta a minha vontade. Para nomear, preciso ter verbas,
ter orçamento, respeitar datas. Então vou nomear todo mundo e, se eles não puderem
vir, demito” [risos]. Assim ele fez, e quinze dias depois eu estava na Argentina
convidando os professores, que eram Carlos Alberto Lungarzo e o Ezequiel de Olaso.
Eles pediram três dias para pensar, ao final dos três dias disseram que aceitavam, e eu
disse que eles já estavam nomeados.
O fato é que dias depois nós desembarcávamos como pára-quedistas na Unicamp.
Fomos nomeados para o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, para o
Departamento de Ciências Sociais, pois não havia ainda um departamento de filoso-
Como você avalia hoje a experiência do CLE ? E u tenho impressão que o CLE
teve um papel bastante importante, graças aos colóquios e congressos que organizou.
Várias vezes eu tenho sido gratificado, ao par- ticipar de reuniões de filosofia em
diversos pontos do Brasil, pela lembrança, que publicamente colegas de outras
universidades trazem à tona, do significado que o CLE teve no congraçamento entre os
profissionais de filosofia das diferentes universidades brasileiras. Antes dele não havia
colóquios de filosofia. Os professores do Rio não conheciam os de São Paulo; os de São
Paulo não conheciam os do Rio Grande do Sul; os do Rio Grande do Sul não conheciam
os de Minas Gerais; e assim por diante. Como o CLE organizou, em alguns anos, trinta e
cinco colóquios e congressos, nós tivemos a possibilidade de convidar professores do
país inteiro, fora uns setenta do exterior. Com isso, ele tornou-se um lugar de reunião,
de encontro.
Como você avalia as críticas que Paulo Arantes dirigiu a você no livro
Um departamento francês de Ultramar?
O Paulo Arantes se dedica a uma estranha tarefa. Ele foi um dos melhores alunos que
tivemos no Departamento, é um sujeito brilhante, tem conhecimentos filosóficos
enormes, é de uma inteligência profunda. Enfim, ele tem tudo que se pode elogiar num
intelectual. Mas tem uma relação muito estranha com a filosofia, porque pretende,
insistente e sinceramente, não estar fazendo filosofia nos seus trabalhos. Eu concordo
com ele, acredito também que ele não está fazendo filosofia. O que ele faz é uma
extremamente inteligente interpretação não-filosófica das filosofias. Mas é difícil situar
essa interpretação. Afinal, que tipo de interpretação é ela? Não é uma interpretação
sociológica; não é uma interpretação antropológica. Talvez se pudesse dizer que é uma
forma muito particular de sociologia do conhecimento, mas não creio que essa
descrição caiba ao Paulo. O que ele procura é explicar cada
O que é o neopirronismo?
O neopirronismo é uma expressão, talvez pedante, que inventei para designar minha
posição. É claro que o ceticismo grego pirrônico é uma postura filosófica da- tada,
situada num certo contexto — o helenístico —, tendo inclusive muito em comum com
o estoicismo, o epicurismo e as demais expressões do pensamento de então. Como toda
filosofia, o ceticismo surge numa certa época, respondendo a problemas culturais dessa
época, os quais podem ser estudados e explicados — como eu disse há pouco, não tenho
nenhuma objeção a esse tipo de estudo. Mas é verdade, também, que certas tramas
fundamentais do pensamento, das várias filosofias, podem ser preservadas ou
reatualizadas. Nós temos hoje um neo-aristotelismo, um neoplatonismo, um neo-
estoicimo, um neo-hegelianismo, um neokantismo etc.
Embora muito do que Kant, Hegel, Platão e Aristóteles disseram esteja datado,
corresponda às perspectivas da época, muito também pode ser utilizado atualmen- te, e
utilizado de maneira bastante profícua. Ora, o mesmo se pode dizer do ceti- cismo:
muito do pirronismo recende a helenismo, mas muito pode, mantendo-se uma certa
coerência e mantendo-se uma certa fidelidade, ser repensado, rearticulado e
reutilizado. O que me tenho proposto a fazer com o pirronismo é o que, mutatis
mutandis, os pensadores neo-hegelianos, neomarxistas ou neokantianos fizeram: trata-
se de aggiornare uma filosofia no mundo moderno, uma vez que todas as grandes
filosofias do passado têm ainda muito a nos dizer. O ser capaz de extrair delas isso que
elas podem nos dizer hoje é o que importa fazer. Ao me chamar de neopirrônico, quero
simplesmente realçar o fato de que o que proponho é mostrar como certos traços
importantes do pirronismo grego podem ser utilizados para pensar adequadamente os
problemas filosóficos do mundo contemporâneo.
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grande maioria, são propostas que desbravam os caminhos do cotidiano, da vida, do
mundo, e que não mais comungam de uma crença no poder divino, numa razão
absoluta, como foi talvez o sonho do racionalismo clássico. Portanto, o sentido em que
o mundo contemporâneo é cético, para mim, é completamente diferente do sentido em
que o é para Gellner.
Passemos a Rorty, finalmente. Ele me parece demasiado radical na sua pers-
pectiva para poder dizer-se um cético. Se o ceticismo abandona o pensamento dog-
mático e o critica, em nenhum momento ele pretende ter podido demonstrar a fal-
sidade do dogmatismo. O cético, na posição que toma, é obrigado a considerar essas
questões como questões em aberto: justamente porque não acredita que possamos, pelo
nosso discurso, estabelecer verdades decisivas, ele entende que não podemos
demonstrar a falsidade do discurso especulativo. Rorty também acha que não podemos
fazê-lo, mas valoriza de tal maneira a contingência e a precariedade que ele vê, nas
diferentes manifestações filosóficas, instaurações de discursos novos, vocabulários
novos que se propõem. Tem-se a substituição de um vocabulário pelo outro, de uma
manifestação do pensamento por outra, no devir histórico. Nós estamos mergulhados
nessa contingência, e nós podemos, aqui e agora, submetidos que es- tamos à influência
de nossa época, adotar uma certa visão das coisas, ainda que a sabendo precária e
contingente como qualquer outra. Por um lado, Rorty se aproxima assim do ceticismo,
já que este, reconhecendo o primado da vida comum, tende obviamente a reconhecer a
precariedade e a contingência de seu próprio discurso. Por outro lado, o ceticismo não
se pretende capaz de explicar as transformações do pensamento humano, não se
pretende capaz de fornecer uma matriz que permita entender esse devir ou essa
precariedade, sendo por isso bem mais cauteloso que Rorty.
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filosofia, ciência, senso comum etc. Essas divisões rígidas são muito pouco rigorosas e
extremamente sujeitas a desconfiança. O que há é um discurso dos homens sobre o
mundo, e esse discurso pode num certo momento dizer-se discurso do senso comum,
num certo momento dizer-se discurso psicológico, científico, filosófico. Mas são os
homens que estão propondo idéias, que estão alinhando hipóteses, que estão
descrevendo coisas. Não há por que achar que distinções rígidas devam e possam ser
mantidas; não há sequer por que procurá-las. Se eu tentar pensar no que distin gue a
filosofia da ciência, eu diria que, quando o pensamento humano lida com questões que
ele consegue delimitar de uma maneira adequada, tratando-as até certo ponto dentro
de uma esfera limitada, sem precisar a cada momento recorrer a questões externas,
trata-se aí do que costumamos chamar de ciência — é o caso da antropologia, da
economia, da história, da física etc. Quer dizer, o discurso humano às vezes
particulariza mais o seu objeto e trabalha de uma maneira mais concentrada. Outras
vezes ele se aventura a tratar dos assuntos sob um prisma mais geral, sob um prisma
mais amplo, e aí nós diriamos que ele é mais filosófico. Quando estudamos as relações
entre linguagem e pensamento, entre pensamento e mundo, nos vemos diante de
questões tão amplas que não podem ser reduzidas a um capítulo da psicologia ou da
lingüística, por exemplo. Enfim, filosofia e ciência são nomes, nomes que podem ser
aplicados, e de que eu também me sirvo, quando estamos apenas querendo lembrar o
modo e a área de atuação do nosso pensamento. Não se trata, a meu ver, de distinções
entre compartimentos estanques.
Desde Hegel, no século XIX, trava-se um debate sobre o fim da arte, sobre
um possível desaparecimento do fenômeno estético em nossa socieda-
de. Como você se posiciona em relação a esse debate?
Eu devo confessar a minha enorme ignorância dos problemas estéticos em geral e dos
problemas de teoria da arte. Esta é uma das maiores lacunas em minha formação. Mas,
embora me sinta incapaz de responder a essa pergunta, eu diria que não acredito no fim
da arte, e ousaria afirmar que uma postura cética diante do mundo parece favorecer a
atitude estética. Afinal, a arte foi muitas vezes menosprezada na epistemologia
tradicional, porque não seria um instrumento adequado de conhecimento das coisas.
Na medida, porém, em que a noção de conhecimento das coisas se revela uma noção
problemática, complexa, extremamente discutível; na medida em que se deve valorizar
o que aparece, e a tentativa de lidar bem com ele, eu vejo aí um espaço aberto para uma
valorização da atividade artística e da manifestação artística. Pois ela não é, enquanto
manifestação do homem, inferior à ciência, à filosofia ou a qualquer outra coisa. Aos
olhos de um pirrônico, portanto, preconceitos epistemológicos contra a arte se tornam
ridículos.
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com força tenaz e que a eles não renunciei. Continuo a ansiar pela
Verdade, tenho a paixão da Humanidade, acredito firmemente na Rea-
lidade das coisas e nos eventos da experiência cotidiana e tenho uma
consciência brutal da finitude de nossa razão. Reconhecendo a gênese
dessa minha postura, nem por isso me sinto obrigado a abandoná-la.
Nenhum argumento jamais encontrei que me persuadisse a fazê-lo”.
Esses valores nascidos primariamente com a fé são importantes para
você até hoje?
São. Mas farei uma pequena ressalva quanto à expressão “realidade”: é claro que
acredito na realidade das coisas, mas não no sentido metafísico de que talvez eu me
servisse então. De qualquer maneira, a minha iniciação à vivência de certos valores se
fez através da religião. Esse foi um aspecto positivo: sobretudo na época em que eu
fazia parte da Juventude Universitária Católica, havia uma insistência bastante grande
na Justiça, e no reconhecimento da situação absurdamente injusta da maioria das
pessoas de nossa sociedade; havia uma insistência bastante grande no amor ao próximo,
entendido não como uma atitude contemplativa, mas como querer trabalhar para
mudar o status quo, para que a situação deles melhorasse. Tudo isso são coisas
importantes, que eram valorizadas na experiência religiosa que tive.
E o tema moral é um tema que hoje me interessa especialmente. Eu acredito que,
ao suspender o juízo sobre os dogmatismos morais, o cético continua no mundo, e não
tem nenhuma razão para abandonar valores que antes cultuava. Ele pode se perguntar,
uma vez percebido o fato de que, em sua experiência moral dogmática, foi inculcado
nele, por exemplo, o não se conformar com a miséria, se há alguma razão, a partir do
momento em que ele não é mais um crente, para abandonar isso, para mudar o seu
íntimo, a sua personalidade. Essa preocupação com os outros é obviamente uma das
manifestações naturais do estar humano no mundo, quer dizer, aqui e ali as próprias
situações objetivas desenvolvem em alguns o desejo de transformação, de mudar, de
arrebentar com o status quo. Por que eu precisaria de valores absolutos, de verdades
atemporais, de conhecimento da realidade em si, para preservar aquela preocupação?
Se ela está em mim, se fui formado assim, se não a associo mais a crenças dogmáticas,
não há qualquer motivo para eu querer livrar-me dela, querer despir-me dela.
Há progresso na história?
Para terminar, uma pergunta um pouco mais jocosa. Será que há tanta
diferença assim entre Tales caindo no poço porque olhava os astros e
Pirro caindo no buraco e sendo abandonado lá por seus discípulos
imperturbáveis?
Isso sobre Pirro é intriga da oposição! |risos] É claro que se sabe muito pouco sobre a
vida de Pirro, há apenas umas historietas sobre ele, de Diógenes Laércio. Mas já na
antiguidade alguns pensadores céticos se queixavam dessas historietas, diziam
Principais publicações:
1981 A Filosofia e a Visão Comum do Mundo (co-autor) (São Paulo: Brasiliense); 1993
Vida Comum e Ceticismo (São Paulo: Brasiliense);
1995 “Verdade, ceticismo e realismo”, Discurso, n° 25;
1999 “Discurso aos estudantes de filosofia da USP sobre pesquisa em filosofia”,
Dissenso, n° 2.
2001 A noção aristotélica de ciência (doutorado defendido em 1967; no prelo).