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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

1ª Edição: agosto/2011

Transcrição e Copidesque:

Nicibel Silva

Revisão:

Adriana Santos

Capa e Diagramação:

Junio Amaro
Introdução

Deus sempre cumpre as suas promessas. Cada pro-


pósito do Senhor para a nossa vida, Ele cumprirá nos
mínimos detalhes. Ele nunca se retrata ou altera as suas
promessas, pois em tudo na nossa vida, Deus tem ape-
nas uma resposta. Deus não tem um plano B, Ele tem
apenas o plano A. Na ótica de Deus não existe isso: se
um plano falhar, Ele usará o outro, o nosso Senhor tem
um único plano. No livro de 2 Reis vemos como Deus
cumpre cada um dos seus propósitos na vida daqueles
que o buscam, daqueles que reconhecem a soberania

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de Deus sobre suas vidas, sabendo que Ele tem muito
mais a nos oferecer, pois Ele “[...] é poderoso para fazer
infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou
pensamos, conforme o seu poder que opera em nós.”
(Efésios 3.20.) Diante das perdas que vivenciamos em
nossa vida, Deus é o nosso refúgio, somente a Ele de-
vemos clamar pela vitória, pela restituição daquilo que
perdemos. Imediatamente clamemos pelo socorro do
Senhor, e ao nos prostarmos diante dele, um milagre
ocorrerá. Vejamos o que está escrito no livro de 2 Reis,
capítulo 6, a partir do verso 2:
“Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis que o
lugar que habitamos contigo é estreito demais para nós.
Vamos, pois, até o Jordão, tomemos de lá, cada um de
nós uma viga, e construamos um lugar em que habite-
mos. Respondeu ele: ide. Disse um: Serve-te de ires com
os teus servos. Ele tornou: Eu irei. E foi com eles. Chegados
ao Jordão, cortaram madeira. Sucedeu que, enquanto um
deles derribava um tronco, o machado caiu na água; ele
gritou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado.
Perguntou o homem de Deus: Onde caiu? Mostrou-lhe
ele o lugar. Então, Eliseu cortou um pau, e lançou-o ali, e
fez flutuar o ferro, e disse: Levanta-o. Estendeu ele a mão e
o tomou.” (2 Reis 6.2-7.)

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A Palavra de Deus é tremenda. O assunto desta
passagem bíblica é tão atual e necessário porque nos
apresenta com clareza o propósito de Deus, os recursos
divinos, para que tenhamos uma vida vitoriosa, uma
vida frutífera, para que possamos alargar as fronteiras.
Precisamos ter esse entendimento de que Deus tem
muito mais “que o lugar em que habitamos é estreito
demais. Vamos, pois, até o Jordão, tomemos de lá, cada
um de nós uma viga, e construamos um lugar em que
habitemos.” Deus tem mais, há muito mais. Não seja
acomodado, é preciso avançar, prossiga para o alvo.
Querido(a), o rio de Deus, a unção do Espírito San-
to de Deus, jorra num volume tão abundante na nossa
direção, rumo a cada pessoa que tem vivenciado, tal-
vez, um período de sequidão espiritual, sem resultados
positivos para aqueles que estão olhando para as suas
perdas sem esperança, para aqueles que precisam
compreender o milagre de Deus em suas vidas. Nesta
mensagem você aprenderá que precisa mergulhar no
rio de Deus para recuperar o machado perdido, para
obter a restituição desta ferramenta do Espírito Santo e
alargar as suas fronteiras, avançar. O machado foi per-
dido no fundo do rio, Eliseu cortou um pau, o lançou
ali e fez o machado flutuar. Há dois mil anos um ma-

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deiro foi cortado, e dele foi feito uma cruz e somente a
cruz, como um ímã, pode atrair aquilo que está perdi-
do no fundo do Jordão. Existe um hino que nos leva a
contemplar o Calvário, a ver a resposta de Deus para o
nosso coração. Jamais se esqueça de que Deus tem so-
mente um plano, somente uma resposta, apenas uma
maneira de fazer com que aquilo que foi perdido, pos-
sa flutuar e flutue bem perto de você, que basta você
estender as mãos e tomá-lo de volta. Leiamos a letra
deste hino intitulado “Madeiro Lavrado”:
“Cortaram um madeiro, fizeram uma cruz, para o meu
Salvador. Madeiro lavrado, com pregos cravados, pesada
ficou Ele carregou a cruz, no caminho caiu. Mas Deus deu-
lhe graça, morrendo na cruz por mim e por ti. Foi feita
assim, a cruz do Salvador. Madeiro lavrado, com pregos
cravados, pesada ficou. Perante Pilatos, Jesus foi levado
como um malfeitor. Chegando a ele, olhando ao Mestre
assim perguntou. És o Rei dos judeus, disse Jesus na ver-
dade Eu Sou . O Meu Reino é eterno, não é deste mundo,
daqui Eu não Sou. Chegando ao Calvário, pregaram na
cruz o meu Salvador. A coroa de espinhos, com a fronte
sangrando ao Pai suplicou.Transpassado de dor ficou, o
meu Salvador. As três horas da tarde inclinou a cabeça e
ali expirou” (Catarino Varjão).

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“Pai, esta é tua bendita Palavra, que de um modo
tão maravilhoso, tu possas ministrar no coração de
cada leitor, que eles possam ouvir a tua voz, e possam
experimentar todo o teu favor. Que a unção do Senhor
seja realidade sobre cada coração. Conceda-lhes graça,
sabedoria e revelação da tua Palavra. Aqueles que es-
tão lendo este livro, nos presídios, nos hospitais, onde
quer que estejam em todo mundo, que o Senhor mi-
nistre em suas vidas, nesta hora. Que a tua Palavra, a
tua bênção não esteja circunscrita a esta obra, mas que
cada um receba mais e mais do Senhor, em o nome de
Jesus, amém!”

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Em busca do
propósito de
Deus

“Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis


que o lugar em que habitamos contigo é estreito de-
mais para nós.” (Verso 1.) Algo que todos nós precisa-
mos ter é uma visão de crescimento. Deus não precisa
de muitas coisas para que sua obra seja realizada. Ele
precisa apenas da consagração da vida do homem a
Deus, o resto Ele sempre faz. Neste relato bíblico, en-
contramos poucas coisas, e todas elas naturais. Nada

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de excepcional foi utilizado, ao contrário, era tudo tão
simples. Deus usou apenas isto: Alguns discípulos dos
profetas, um rio, um machado, um homem impossibi-
litado de trabalhar, alguns troncos feridos pelas panca-
das, mas não derrubados, um homem de Deus e um
pedaço de pau. É tão interessante a forma como Deus
age, de maneira milagrosa este fato nos mostra a que-
bra da lei da gravidade. Um machado, um instrumento
pesado, caiu no rio e afundou. Mas Deus usou a vida
de Eliseu, um homem de Deus, que jogou um peda-
ço de pau, não um pedaço de madeira nobre, mas um
pedaço de pau simples, cortado no mato, exatamente
no lugar onde o machado afundou. E no momento em
que Eliseu jogou o pedaço de pau sobre as águas, o
machado flutuou. Sem qualquer esforço humano, por
um milagre do próprio Deus, ele fez aquele machado
flutuar. Um homem trabalhava com o machado, cor-
tando as árvores, quando este caiu na água. Ele ficou
atônito por causa do acontecimento. Correu para a
margem do rio e recuperou aquela ferramenta de tra-
balho tão importante, que era o sentido da sua própria
vida. Aquele moço estava impossibilitado de trabalhar,
mas ao recuperar o machado, poderia assim ajudar
seus companheiros. Como é rica e poderosa a Palavra

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de Deus, podemos identificar que esses discípulos dos
profetas representam a figura da Igreja. Nós somos os
discípulos dos profetas, somos a Igreja do Senhor, os
discípulos de Jesus Cristo. As Escrituras descrevem que
os discípulos dos profetas estavam empenhados numa
obra de crescimento. Eles queriam alargar o lugar em
que habitavam, porque diziam: “Eis que o lugar em que
habitamos contigo é estreito demais para nós.” Todos
estavam ali no Jordão, equipados com seus machados,
cada um preso em seu referido cabo, com o propósi-
to de alargar o espaço em que viviam. Eles estavam
reunidos e unidos em busca de um propósito. Naque-
la época não existia a facilidade que temos hoje para
encontrar madeira. O lugar que encontrariam madeira
era o rio Jordão. A Palavra diz que “O justo florescerá
como árvore junto aos ribeiros de águas.” Aquele gru-
po, aqueles discípulos estavam à beira do rio Jordão,
cheios de alegria, com seus machados, cortando as ár-
vores, preparando as vigas, mas de repente, aconteceu
uma situação e aquela alegria, aquele buliço de tanta
felicidade chegou ao fim. Ouve-se um grito lastimoso:
“Perdi meu machado.” Para nós isso não significa nada,
pois pensamos: “É fácil, basta comprar numa loja de
ferramentas.” Entretanto, naquela época, conseguir um

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machado não era fácil. Talvez fosse mais fácil ter uma
espada, punhais, facas, mas o machado era um instru-
mento caro e difícil de ser encontrado. O moço gritou:
“Perdi meu machado.” E todos correram para o local
de onde ouviram o grito. Encontraram o companheiro
junto ao Jordão, onde as águas corriam rapidamente.
O Jordão não era um rio tão largo (tem profundida-
de média de 1 a 3 metros e largura de 30 metros - Wi-
kipédia). Segundo o dicionário bíblico “o rio Jordão se
caracteriza por sua profundidade abaixo da superfície
geral da região que atravessa, por sua rápida descida
e força da corrente em muitos sítios, e por sua gran-
de sinuosidade. Nasce nas montanhas da Síria e corre
pelo lago Merom e pelo mar da galileia, desaguando
por fim, no mar morto, depois de um percurso de qua-
se 320 Km.” As águas deste rio são frias e escuras, e o
machado foi perdido nestas águas. Podemos imaginar
aquele moço olhando para o local onde caíra o macha-
do, desolado, pois era emprestado. Nos momentos de
dificuldades, situações tão difíceis, muitas vezes as pes-
soas dizem: “E agora, qual o caminho a tomar?” Mas a
direção certa do Senhor nos é revelada por meio da Pa-
lavra de Deus. Quando não sabemos para onde ir, onde
procurar ajuda, Deus tem a solução. É hora de procurar

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um homem de Deus. Essa foi a atitude do moço que
procurou por Eliseu e a solução foi imediata. O moço
procurou ajuda imediatamente após o acontecido. Ele
não esperou um dia, dois, três ou meses, porque espe-
rar o tempo passar não vai fazer com que o problema
seja solucionado, o tempo só vai fazer o machado ficar
mais enferrujado. Quando você perceber que perdeu
aquilo que estava em suas mãos, não espere o tempo
passar. Existem pessoas que dizem: “O tempo resolve
tudo”, o tempo não vai resolver querido, isso é artima-
nha de satanás. No instante em que o moço perdeu o
machado, ele gritou: “Eu perdi.” Ele gritou tão alto para
que todos ouvissem. E deve ser assim conosco tam-
bém. Não tenha vergonha de contar que você perdeu,
grite bem alto, e peça ajuda. Algo que nós precisamos
entender é que somos Igreja, somos uma família. E
no momento da dificuldade, de situações, de perdas
não dê tempo ao tempo, imediatamente, grite e você
verá o que Deus pode fazer na sua vida. No texto de
2 Reis 6.1-7, há uma analogia aos discípulos dos pro-
fetas que representam para nós a figura da Igreja e a
pessoa de Eliseu como a presença do Senhor Jesus, por
causa das atitudes, do interesse em socorrer, havia um
relacionamento de ajuda entre eles, e todos ali foram

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abençoados como grupo, mas também abençoados
individualmente. Nós, de modo idêntico, somos aben-
çoados como Igreja, como corpo vivo de Cristo e como
membros deste corpo também. Os discípulos dos
profetas trabalhavam para assumirem um ministério
profético. E é assim que devemos viver, com a visão de
que cada membro da igreja deve ser um ministro, cada
casa deve ser uma igreja. Somos sacerdotes e precisa-
mos ter essa compreensão de que somos uma nação
sacerdotal, povo de Deus, assim como aqueles moços
eram, nós somos também.

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A visão de
crescimento

Os discípulos dos profetas disseram a Eliseu: “Eis


que o lugar em que habitamos contigo é estreito de-
mais para nós.” Precisamos ter essa visão de crescimen-
to. Eles queriam expandir o local das reuniões, não
apenas o local geográfico, mas também dizer nesse
ato que o lugar em que habitavam era estreito demais.
“O que nós temos é estreito demais, pequeno demais.
Sabemos que existe muito mais.” No coração dos discí-
pulos havia um desejo de expansão da obra. Eles não
estavam satisfeitos com as limitações impostas pelo

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espaço, ao contrário, eles sabiam que podiam ter mais.
Na Lagoinha nós temos esta mesma visão, olhamos
para as paredes do nosso templo e alguns dizem que
é grande demais, mas nós dizemos que é pequeno de-
mais. Ao contemplarmos a cidade de Belo Horizonte, a
sua imensidão, temos um desafio, alcançar essa cidade
para o Senhor Jesus. Dentro de cada um de nós precisa
existir essa insatisfação e o desejo de crescer e dizer-
mos sempre: “É estreito demais, pode ser mais.” Preci-
samos ter essa visão de crescimento, de expansão, de
progresso, não somente para a nossa cidade, mas para
cada área da nossa vida. “Buscai, pois, em primeiro lu-
gar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.” (Mateus 6.33.) Uma pessoa que
não sonha, que não almeja coisas maiores, dificilmente
atinge um grau de crescimento. Dentro de você pre-
cisa haver um inconformismo consigo mesmo. Somos
agradecidos, mas não satisfeitos, porque sabemos que
tem muito mais. As pessoas que param de sonhar,
perdem o ânimo de correr para o alvo sabendo que
cada dia pode ser o melhor dia de suas vidas. Buscar
não simplesmente quantidade, mas buscar a qualida-
de de uma forma tão intensa a cada dia. Deve existir
em seu coração essa vontade de alçar voos mais altos,

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em seu peito precisa pulsar esse sentimento: “É estrei-
to demais.” Às vezes você pode olhar para o seu casa-
mento e dizer que está vivendo um período tão bom,
que você e sua esposa estão vivendo, há tantos meses,
em lua de mel, no entanto, você não pode descansar,
porque Deus pode mais. A Palavra diz que Deus pode
fazer infinitamente mais além de tudo que pedimos ou
pensamos. Quando colocamos o nosso projeto dian-
te de Deus, Ele diz: “Eu posso mais.” E aqueles moços
começaram a mergulhar num sonho. E assim temos
que caminhar, sem deixar de sonhar, de ter expectati-
vas. Não podemos nos acomodar, pois a nossa fé não
é uma coisa rotineira, cada dia é melhor do que outro.
Os nossos sonhos se tornam realidade nas mãos do Se-
nhor. Somos agradecidos por tudo o que temos, mas
sabemos que Deus tem muito mais.
Então, os discípulos dos profetas estavam com Eli-
seu, um símbolo da presença de Deus, e eles poderiam
dizer: “Está muito bom, vamos ficar aqui.” No entanto
eles diziam: “É estreito demais”. Somos nós que esta-
belecemos o limite. Se você tem um emprego que sa-
tisfaz o seu alvo profissional, glória a Deus, mas saiba
que existe mais, você pode ir mais além. Deus não se
alegra com inativos. No reino de Deus não há planos

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de aposentadoria. Na nossa sociedade existem planos
de aposentadoria, mas aos olhos do Senhor é só mais
uma oportunidade para que a pessoa se dedique ain-
da mais a obra, aos propósitos do Senhor. Para Deus, o
aposentado está na linha de frente. É a chance de colo-
car as mãos no arado e experimentar ainda mais do Se-
nhor. É a oportunidade de alargar as fronteiras e mer-
gulhar ainda mais na Palavra de Deus. Se você já é um
Gideão da oração e ora uma hora por dia, duas vezes
por mês, disponha de mais tempo para orar. Se você já
jejua, jejue mais, o que você já tem, busque mais, pois
há mais do Senhor para sua vida. Muitas vezes olha-
mos a cidade e vemos tanta violência, tanta miséria,
morte, tantas situações e perguntamos: “Senhor, por
que tem acontecido tantas coisas?” A resposta para es-
ses questionamentos é: “Não temos alargado as fron-
teiras para alcançar essas pessoas”. Amado(a), Deus
poderia levar você para uma igreja cômoda, onde não
houvesse visão de crescimento, onde você recebesse
exclusivamente em tempo integral todo cuidado e
atenção. Seria tão maravilhoso, e confesso que gostaria
demais disso, mas estamos na linha de frente o dia in-
teiro. Cada um de nós é um ministro, somos sacerdotes
e precisamos viver essa realidade de que o mundo cla-

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ma por mais de Deus, é nossa responsabilidade, é nos-
sa missão pregar o evangelho até os confins da terra.
No verso 2 está escrito: “Vamos, pois, até ao Jordão,
tomemos da lá, cada um de nós uma viga, e construa-
mos um lugar em que habitemos. Respondeu ele: Ide.”
Jesus quando subiu aos céus disse: “Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” Eliseu disse: “ide”,
a mesma palavra que Jesus disse aos seus discípulos
antes de subir aos céus. Temos que ter a compreensão
em nosso coração de que se alguém morrer sem Je-
sus, ela estará eternamente perdida. A Bíblia diz que o
inferno não foi feito para os homens (Mateus 25.41), o
inferno foi preparado para o diabo e seus anjos. Entre-
tanto, pessoas estão indo para o inferno. Por quê? Por-
que se elas não conhecerem Jesus como Senhor e Sal-
vador de suas vidas estarão perdidas. Eu não sei como
muitos conseguem dormir sabendo que a pessoa que
dorme ao lado, na mesma cama, ou no quarto ao lado
ainda não é de Jesus. Ou você que trabalha ao lado da
mesa de alguém que ainda não conhece a Jesus. O
“ide” é para todos. Jesus disse: “Ide e fazei discípulos.” O
nosso objetivo não deve ser buscar o crescimento pelo
simples crescimento. Queremos e devemos sempre

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buscar cumprir aquilo que o Senhor tem determinado.
Ele disse: “Ide.” Mas como devemos cumprir o ide do
Senhor? No verso 2 está escrito: “Vamos até o Jordão,
tomemos de lá cada um de nós.” O chamado para ir ao
Jordão, não foi para um ou outro, não foi para os mais
capazes, eles disseram “vamos até o Jordão, tomemos
de lá cada um de nós.” (Grifo meu) Cada um de nós, to-
dos, é unidade no crescimento.

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Tenha
grandes
sonhos

Willian Carrie, o homem que Deus usou para inau-


gurar o movimento missionário mundial, disse a se-
guinte frase: “Tente grandes coisas para Deus e espere
grandes coisas de Deus.” Você só verá grandes coisas
se tentar fazer grandes coisas. É melhor errar tentando,
se arrepender por ter feito, do que se arrepender por
não ter feito. Melhor se arrepender de ter falado de Je-
sus para o patrão, e ser demitido por isso, do que saber

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que ele morreu sem conhecer Jesus e você se recusou
a falar do evangelho para ele. Quando oramos por ma-
nifestações grandiosas de Deus, recebemos respostas
grandiosas dele. As Escrituras dizem: “Alarga o espaço
da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e
não impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas
estacas.”(Isaías 54.2.) Alarga aqui não é somente no
sentido físico, mas alargar, estender no conhecimento
de Deus. Certa feita li uma frase que marcou muito a
minha vida. A frase dizia assim: “Tente algo tão grande
que esteja destinado a fracassar, a não ser que Deus
intervenha.” Estamos tentando ver a cidade de Belo
Horizonte aos pés do Senhor. Isso é algo muito grande.
Aquilo que parece impossível para nós é possível para
Deus. Quando você diz: “Eu e minha casa serviremos
ao Senhor”, ou “Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e
a sua casa”, é algo grandioso, pois abrange, sua espo-
sa, filhos, netos, genros, noras, sogra, sogro, avô, avó,
48 primos de primeiro grau, 485 primos de segundo
grau, e você diz que isto é grande demais, mas queri-
do, “tente algo que esteja destinado a fracassar, a não
ser que Deus intervenha.” Deus quer que tenhamos
sonhos grandes. Existe uma canção que diz assim: “Eu
tenho sonhos grandes demais, meu Deus os torna

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reais. Você vai ver, Ele tem todo poder.” Quando você
tem sonhos grandes e busca a glória de Deus, tenha
certeza da intervenção do Senhor, porque Ele jamais
envergonhará você. Se o seu sonho busca a glória de
Deus, quando aquilo que você quer realizar é para a
honra e glória de dele, Ele tem o poder para torná-lo
real. Quem sabe você tem uma lojinha num espaço de
3/4, e sonha em ter a maior rede de supermercados
do Brasil. Querido, não é proibido sonhar se você tiver
a motivação correta. Para que você quer ter a maior
rede de supermercados do Brasil? Para que as pessoas
possam ver a bênção de Deus na vida de alguém que
teme ao Senhor. Para investir no reino de Deus. Nada
que temos é de fato nosso, tudo é emprestado. Deve-
mos honrar a Deus com tudo o que podemos usufruir
aqui na terra. Entretanto, as pessoas querem posses e
por conta disso têm dificuldade de compreenderem
que tudo é emprestado. Podemos contemplar o sol, a
lua, a praia, as flores sem ter a posse delas, mas muitas
pessoas querem ter, tomar posse das coisas, e por isso,
muitas vezes não há um fluir, o amor pelas coisas deste
mundo as impedem de avançar, de subirem mais alto
e alcançarem o que Deus tem, verdadeiramente, para
a vida delas.

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Deus criou o homem, o colocou no jardim do Éden,
e deu a ele autoridade sobre todas as coisas. O Senhor
fez o homem para dominar e não para ser dominado.
Mas muitas vezes somos dominados por pensamentos
ilícitos, por sentimentos mesquinhos, pela violência e
por tantas coisas que não agradam o coração do nosso
Deus. Devemos ser dominados somente pelo Senhor
que tem nos dado os seus próprios sonhos. Por isso
temos que viver para Ele e não para as coisas deste
mundo. Somente Ele é o Deus todo poderoso que nos
leva sempre para o caminho da fé. Querido, o Senhor
quer o melhor para sua vida, que você amplie seus ne-
gócios, que sua família seja próspera, que você tenha
uma vida bonita, que seus relacionamentos sejam am-
pliados, que você tenha saúde, alegria na sua vida. Je-
sus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância.” (João 10.10.) E quando Jesus derramou
sua vida na cruz do Calvário Ele nos deu esse presente
tão maravilhoso, Ele morreu para que tivéssemos vida,
a vida de Deus em nós. No entanto, muitas vezes, você
vive choramingando, murmurando. Para com isso, se
alegre no Senhor, você tem a vida de Deus. Reconheça
essa verdade, jogue o fardo por terra e caminhe livre.
Avance mesmo que o lugar em que você habita seja

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estreito, saiba que você pode ter mais, alargue as fron-
teiras e alcance tudo aquilo que Deus tem preparado
para você. É verdade que a compreensão que nós te-
mos de Deus é muito estreita, contudo podemos e de-
vemos buscar mais intimidade com o Senhor, crescer
no conhecimento do Senhor.
Agora vamos à leitura do verso 5: “Sucedeu que,
enquanto um deles derribava um tronco, o machado
caiu na água; ele gritou e disse: Ai! Meu senhor! Por-
que era emprestado.” Situações, circunstâncias podem
acontecer, não é um programa em que tudo está pre-
visto num cronograma. O pecado não é programado,
é um acidente, pode suceder, uma perda pode acon-
tecer. E aquele discípulo perdeu a parte principal do
seu equipamento, a mais importante para atingir o
objetivo. Ele perdeu o machado e apenas o cabo ficou
em suas mãos, o ferro se soltou. Muitas vezes, diante da
perda, dizemos assim: “Ainda bem que o cabo ficou em
minhas mãos, eu não perdi tudo.” Acreditamos que po-
demos cortar o tronco com o cabo do machado, que
podemos fazer o trabalho sozinhos, sem a ajuda de
Deus. Mas sem o machado não é possível cortar a ár-
vore. As Escrituras dizem: “Sem mim nada podeis fazer.”
(João 15.5.) Não é o projeto de Deus que você fique

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batendo com o cabo do machado tentando cortar o
tronco, porque assim não conseguirá cortar sequer um
galho da árvore. O plano de Deus é que haja restituição
do machado perdido. Na caminhada cristã, alguns têm
perdido o fervor espiritual. Aquele irmão que sentava
ao seu lado nos cultos, uma bênção, perdeu o primeiro
amor, perdeu o interesse pelas coisas de Deus. Deixou
de ler a Bíblia, não tem mais uma vida de oração, de
consagração, de santidade. Perdeu...
Algo que vale a pena ressaltar é que a perda é um
processo. Ela não acontece de uma vez, de imediato.
Pode ser que o moço, quando bateu o machado no
tronco da árvore, sentiu o tremor no cabo, percebeu
que o cabo não estava completamente preso, mas
mesmo assim decidiu continuar A cada machadada
sentia que o machado se soltava do cabo, e continuou.
Querido leitor, quando você começar a perceber sinais
da perda na sua vida, pare para consertar. A febre não
é uma doença, ela é o sintoma da doença. A febre é
apenas um aviso que alguma coisa em seu corpo não
está bem. É um alarme que é acionado para que você
pare e busque a solução. Porém, se você não parar, as
consequências virão. Quem sabe você frequentava a
igreja todos os domingos, mas de repente começou a

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ir domingo sim, domingo não, era dizimista fiel, havia
bênção e prosperidade na sua vida, mas começou a
negligenciar, os sinais apareceram, mas você deixou o
tempo passar e as consequências surgiram. O salário já
não dava para pagar tudo que devia, o tempo foi pas-
sando, e você dizendo que tudo iria melhorar, mas de
repente o machado soltou do cabo. Quando a pessoa
perde a unção, a alegria de ser crente, a alegria de es-
tar em comunhão com os irmãos, de estar na Célula,
perde-se o coração. Jesus já não é mais o centro nas
atividades diárias. É tão triste ver que muitas pessoas
perdem sem saber que perderam. Na Bíblia encontra-
mos a história de Sansão, um homem que nasceu para
ser vencedor, para ser guerreiro de Deus, que tinha
o sonho de Deus na sua vida. Ele sonhava derrotar o
exército inimigo. Sansão tinha a unção de Deus sobre
sua vida. Com as próprias mãos ele rasgou um leão ao
meio. Mas este homem brincou com o pecado e pou-
co a pouco foi perdendo a unção que Deus derramou
sobre ele (Juízes 13; 14; 15; 16). No capítulo 16, verso
20, está escrito: “E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti,
Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse con-
sigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me
livrarei; porque ele não sabia ainda que já o Senhor se

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tinha retirado dele.” Sansão não sabia que a unção do
Senhor já não estava sobre ele. Precisamos entender
que somos apenas o cabo do machado; o machado é
que corta, que faz, podemos dizer que ele é o Senhor
na nossa vida. “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem
permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15.5.) O final
da história de vida de Sansão foi triste, isto porque ele
não permaneceu em Deus.

30
Considerações
finais

Em 2 Reis, capítulo 6, verso 5, o moço gritou: “Ai,


meu Senhor! Era emprestado.” Tudo na nossa vida é
emprestado. Quando uma pessoa morre, por mais rica
que ela seja, não pode levar nada consigo. Seja a casa,
os carros, as jóias, roupas, enfim, nada, porque tudo é
emprestado. Precisamos viver essa realidade em nos-
sas vidas. Entenda isso, na vida tudo é emprestado. Em
2 Reis 6.6: “Perguntou o homem de Deus: Onde caiu?
Mostrou-lhe ele o lugar. Então, Eliseu cortou um pau,
lançou-o ali, e fez flutuar o ferro.” Ele perguntou onde

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caiu, ele não perguntou por que caiu. Há uma diferen-
ça tremenda entre perguntar onde caiu e por que caiu.
Não fomos chamados para dar explicações para Deus,
Ele conhece todas as coisas. No Jardim do Éden quan-
do o homem pecou, Deus perguntou: “Onde estás?”
(Gênesis 3.9.) Deus não perguntou: “Por que você está
assim?” Mas o homem respondeu: “A mulher que me
deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” (Gê-
nesis 3.12.) Deus não pediu explicações para Adão, Ele
perguntou apenas: “Onde estás?” Eliseu faz a mesma
pergunta ao moço: “Onde caiu?” Precisamos confessar
o local onde caímos. O primeiro passo para reavermos
o que perdemos é chegar diante de Deus e mostrar
onde perdemos a unção, onde perdemos a alegria da
fé, onde perdemos o relacionamento com o Senhor.
Quem sabe foi num ato de desonestidade, ou naque-
la palavra dura dita à esposa, ou aquele tratamento
insensível com o filho, ou quem sabe é o coração en-
durecido pela ausência de santidade, o desvio da Pa-
lavra de Deus. Não procure explicações para Deus, não
fomos chamados para explicar a Deus porque caiu,
fomos chamados para mostrar a Deus onde caiu. O
moço mostrou a Eliseu onde caiu o machado. “Então,
Eliseu cortou um pau, e lançou-o ali, e fez flutuar o

32
ferro.” Desde que o homem pecou no Jardim do Éden
há dois mil anos, em todo o Velho Testamento, Deus
cortava o pau, a madeira para fazer a cruz. A cruz que
seu Filho unigênito carregaria levando sobre Ele toda a
nossa iniquidade, todos os nossos pecados. Diz o texto
que Eliseu cortou o pau, e o lançou onde o machado
caiu e fez flutuar o ferro. Jesus disse: “E eu, quando for
levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” (João
12.32.) “Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os
sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não
vim chamar justos, e sim pecadores.” (Marcos 2.17.)
Deus está disposto a realizar um milagre no seu co-
ração, restituir a paz no seu casamento, alcançar sua
família, realizar e trazer a alegria no seu lar, trazer esta-
bilidade financeira. Ele quer fazer um milagre da cura
física e espiritual na sua vida. Mas o madeiro já foi cor-
tado e o nosso Deus já fez tudo o que era necessário,
assim como diz João 3.16: “Porque Deus amou o mun-
do de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha
a vida eterna.” Ao homem basta apenas dar um passo,
estender as mãos e receber o milagre da salvação, da
restituição. O verso 7 diz: “E disse: levanta-o. Estendeu
ele a mão e o tomou.” Somente o Senhor pode fazer o

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machado flutuar, e cabe ao homem estender a mão e
tomá-lo. Aquilo que Deus tem que fazer o homem não
faz e aquilo que homem deve fazer, Deus não faz. Deus
faz um milagre. Mas para o moço apanhar o machado,
ele precisava ajoelhar-se. É no altar de Deus, é de joe-
lhos que vamos conseguir reaver tudo o que foi perdi-
do. O Rei dos reis faz flutuar, e o que você precisa fazer é
tomar o que já está flutuando diante de você. É preciso
abaixar para apanhar o machado, pois o altar é o me-
lhor lugar para receber a restituição das coisas perdi-
das, no altar de Deus e de joelhos. Essa ação, quebra a
nossa cerviz, nos torna mais humildes e tão diferentes.
Um pastor e evangelista chamado Billy Grahan há
mais de 50 anos tem servido ao Senhor de coração in-
teiro. Billy Grahan está velhinho, os cabelos estão bran-
cos, seu rosto marcado pelas rugas, mas ele continua
servindo a Deus. Ele tem um coração apaixonado por
Jesus. Billy Grahan certa vez estava em um programa e
fizeram a seguinte pergunta para ele: “O senhor é um
homem conhecido no mundo inteiro, especialmente
admirado e respeitado. Qual é a razão do seu sucesso?”
Com simplicidade ele respondeu em tom positivo: “Os
três pontos básicos que considero como os mais im-
portantes na vida de um filho de Deus, procurei obser-

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vá-los com seriedade até hoje. Eu fui fiel ao meu Deus,
fiel a minha família e fiel ao chamado de Deus para mi-
nha vida.” Houve aquele silêncio quando Billy Grahan
acabou de falar, este homem conquistou o respeito do
mundo inteiro respeita. Ele andou pela terra, pregando
a Palavra de Deus, e pode dizer: “Combati o bom com-
bate, completei a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo 4.7.)
Se na sua caminhada com Cristo, você tem percebi-
do que perdeu, é tempo de recuperar. Talvez você se-
quer arriscou a perder, mas tem levado uma vida me-
díocre, limitada, uma vida estreita, com fronteiras tão
pequenas. É hora de alargar as suas fronteiras é tempo
de avançar. Os discípulos dos profetas disseram: “Eis
que o lugar que habitamos contigo é estreito demais.”
É pequeno demais. O que temos somos agradecidos,
mas não satisfeitos porque temos mais, sabemos que
há mais. A nossa vida é marcada pelos recomeços, ago-
ra é o tempo, é a hora de você abrir o seu coração e
dizer ao Senhor: “Eu quero ir mais além.” Tenha sonhos
grandes, assuma a posição de vencedor e caminhe
com fé, na certeza que possui um Deus que ama você.
Se o seu machado caiu na água, não dê explicações
para Deus, Ele conhece todas as coisas. “Pois, se o nosso
coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o

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nosso coração e conhece todas as coisas.” (1 João 3.20.)
Aponte onde você perdeu, e onde colocarmos a cruz
um milagre acontecerá. A restauração será completa,
absoluta. Creia nisso!

Deus abençoe!

Márcio Valadão

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JESUS TE
AMA E QUER
VOCÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano


maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou
o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-
nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

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2º PASSO: O Homem é pecador e está
separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-
recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus,


para o conflito do homem. “Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida;
ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em


nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-
beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos
de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“
(Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-
sus como Senhor e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-
vo. Porque com o coração se crê para justiça
e com a boca se confessa a respeito da salva-
ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a


Cristo em seu coração? Faça essa oração

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de decisão em voz alta: “Senhor Jesus eu pre-
ciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar
longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu
coração e te recebo como meu único Salvador
e Senhor. Te agradeço porque me aceita assim
como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo
estar sempre dentro dos teus planos para mi-
nha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-


lica próxima à sua casa.
Nós estamos reunidos na Igreja Batista da
Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro
São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.
Nossa igreja está pronta para lhe acom-
panhar neste momento tão importante da
sua vida.
Nossos principais cultos são realizados
aos domingos, nos horários de 10h, 15h e
18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Gerência de Comunicação

Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP: 31110-440 - Belo Horizonte - MG

www.lagoinha.com

Twitter: @Lagoinha_com

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