Você está na página 1de 4

Home  Assunto  Evangelho 

Bem-aventurados os pobres de espírito


Por Blair Smith
em 17 nov, 2021

Este artigo faz parte da série As bem-aventuranças.

Nossa família visitou recentemente o belo e imponente Field Museum em


Chicago. Seu edifício neoclássico domina a paisagem. Você pode contemplá-
lo de muitos ângulos diferentes, mas existe apenas uma entrada. Você pode
até achar que está perto, mas, dependendo de onde você estiver em relação
à entrada, existe uma boa chance de que você esteja muito longe de entrar e
ver os tesouros ali dentro.
Quer ficar atualizado das nossas novas postagens?
As bem-aventuranças apresentam a bela estrutura do caráter de Cristo. Não
há como conhecer e se apropriar de suas riquezas sem primeiro passar por
sua bênção para aqueles que são pobres de espírito. Se a quarta bem-
NÃO SIM!
aventurança – “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois
serão satisfeitos” – é o centro do edifício, essa bem-aventurança é a entrada.
Devemos entrar vazios para que possamos ser cheios.

Espiritualmente vazio é o que significa ser “pobre de espírito”.


Frequentemente, nos enganamos com a palavra “pobre” porque a associamos
rapidamente com a falta de bens materiais. Mas nas Escrituras, inclusive no
Antigo Testamento, pobre não significa necessariamente pobreza física.
Muitas vezes é um termo técnico para quem percebe que, no fundo, precisa
de Deus para tudo o que é físico e espiritual. Isso é o que Isaías queria dizer
quando proclamou: “O Espírito do Soberano Senhor está sobre mim, porque
o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres” (Is 61.1).

Esse pano de fundo deixa claro que é o Messias quem suprirá as


necessidades dos “pobres”. Simeão disse de Jesus Cristo em Lucas 2.34: “Este
menino está destinado a causar a queda e o soerguimento de muitos…” O
que vem antes do soerguimento? Uma queda, ou seja, morte. O que Jesus
disse? “Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e
não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto” (João 12:24).
Por causa de nossa pobreza espiritual natural, precisamos morrer para nós
mesmos se quisermos ser cheios de Cristo.

Essa bem-aventurança não está promovendo uma falsa humildade, como era
o caso do personagem Uriah Heep de Dickens, que frequentemente dizia
quão “humilde” ele era. Essa humildade chama a atenção para si mesmo e,
portanto, não é humildade de forma alguma, e essa bem-aventurança não
exige a anulação de nossas personalidades. Não precisamos sair deste mundo
ou mudar nossos nomes para nos tornarmos “pobres em espírito”.

Ser pobre de espírito significa que Deus nos dá uma atitude adequada para
com nós mesmos e para com ele. Precisamos nos enxergar como quem
carrega uma dívida de pecado e, consequentemente, como falidos diante de
Deus. Sabendo disso sobre nós mesmos, clamamos por misericórdia ao único
que pode liquidar
Quer ficarnossa dívida
atualizado dasenossas
ser nosso
novassuprimento
postagens? em nossa falência –
clamamos a Deus.

Isso contrasta com muito do que vemos hoje. O espírito da nossa época fala
para nos “expressarmos” e “acreditarmos” em nós mesmos. Estamos
NÃO falando
SIM!
de autossuficiência, autoconfiança e assim por diante. As verdades
contraculturais das Bem-aventuranças dizem: “Esvazie-se para que Deus
possa entrar.” Quando estamos cheios de nós mesmos, perdemos a bênção
da presença de Deus. Se estivermos sempre cheios de nós mesmos, nem
mesmo somos cristãos.

Nunca superamos esta primeira bem-aventurança. É a base sobre a qual


superamos os demais. Se crescemos nisso, crescemos em nosso cristianismo.
Jesus disse às pessoas da igreja de Laodicéia em Apocalipse 3.17-18 que eles
dizem que são ricos, que adquiriram riquezas e que não precisam de nada.
Jesus também disse que eles são “pobres” e, portanto, devem comprar dele
ouro refinado no fogo para que se tornem ricos, ou seja, ricos nele.

A postura fundamental desta bem-aventurança é encontrada no publicano


em Lucas 18.9-14. O fariseu nesta parábola confiava em si mesmo e em suas
obras diante de Deus. Em contraste, o cobrador de impostos disse: “Deus,
tem misericórdia de mim, que sou pecador”. Segue a promessa: “Pois quem se
exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.” Se vamos entrar no
reino dos céus e ficar satisfeitos ali em Cristo, devemos primeiro ser “pobres
em espírito”.

Por: D. Blair Smith. © Ligonier Ministries. Website: ligonier.org. Traduzido com


permissão. Fonte: Blessed Are the Poor in Spirit.

Original: Bem-aventurados os pobres de espírito. © Ministério Fiel. Website:


MinisterioFiel.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Cássio Bozzi. Revisão:
Natã Abner Marcelino.

 As bem-aventuranças Ministério Ligonier

Blair Smith
Blair Smith é professor assistente de teologia sistemática no Reformed Theological
Seminary em Charlotte, N.C.
Quer ficar atualizado das nossas novas postagens?

Receba nossas atualizações por e-mail


NÃO SIM!
Email *

INSCREVA-ME

© 2021 - Voltemos Ao Evangelho é parte do Ministério Fiel - Todos os Direitos Reservados.


Por Alberto Felipe

Quer ficar atualizado das nossas novas postagens?

NÃO SIM!

Você também pode gostar