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ITAJUBÁ
Dimensionamento de instalações
hidráulicas de combate a incêndio em
túneis rodoviários.
Itajubá, 2014
Dimensionamento de instalações hidráulicas de
combate a incêndio em túneis rodoviários.
Itajubá/MG
2014
Aos meus amados pais, irmãos e familiares
pelo carinho e contribuição para minha
formação
Aos meus pais por todo o amor, incentivo, por todos os sonhos que
abdicaram para que eu pudesse obter esse título e por me dar a educação da
vida. À vocês meu eterno respeito e gratidão.
A minha namorada Ellen por estar sempre ao meu lado e por fazer meus
dias mais felizes.
Aos meus amigos por estarem do meu lado nos momentos que sempre
precisei e pelos momentos felizes que me proporcionaram.
i
RESUMO
ABSTRACT
Man from its beginnings sought shelter in caves in order to protect themselves.
With the development of new technologies, the use of underground space was
a great improvement over the past decades. The tunnels appeared in Babylon
about 4000 years ago, serving as communication between the royal palace and
the temple. Currently bibliographic contribution in this area is being developed
by irregular topography and countries like Sweden, Japan, Norway, United
States, France, Italy, Spain and Portugal. In Brazil, the use of tunnels is
increasing, being an alternative to solve the problem in the transport sector,
particularly in large cities that have a large occupation of the surface. In 2011
the Fire Department of the State of São Paulo published the Technical
Instruction 35 which sets standards for fire safety in road tunnels. In 2012, the
Brazilian Association of Technical Standards (ABNT) NBR 15661 published
dealing with the subject "Fire Protection in tunnels." Studies of adequate
hydraulic fire fighting facilities in tunnels take into account the size of the tunnel,
vehicle traffic, the demands for each position and sizing of all piping network,
reservoir and pumps. This work has resulted in a machine based on current
standards for the hydraulic design of hydrant systems for road tunnels
worksheet.
Keywords: fire, road, hydraulic tunnel.
iii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1
2. OBJETIVO............................................................................................................................... 2
3. JUSTIFICATIVA DE PESQUISA ......................................................................................... 3
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................. 4
4.1- Histórico ............................................................................................................................... 4
4.2 – Panorama Mundial ........................................................................................................... 4
4.3 – Panorama Nacional .......................................................................................................... 5
4.4 – Importâncias do dimensionamento de sistema de combate a incêndio .................. 7
4.5 – Componentes do sistema de hidrantes. ....................................................................... 8
4.5.2 – Bombas:.......................................................................................................................... 9
4.5.3- Estrutura do sistema de bombas: ................................................................................. 9
I. Válvulas de bloqueio ........................................................................................................ 10
II. Válvulas de controle de fluxo .......................................................................................... 12
III. Válvulas de retenção.................................................................................................... 13
5 – MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................................ 14
5.1 – Verificação da necessidade do sistema de combate a incêndios. ......................... 14
5.3- Definição do traçado das tubulações ............................................................................ 14
5.3.1- Número de hidrantes .................................................................................................... 18
5.4- Definição do Material das tubulações .......................................................................... 18
5.5- Definição da vazão do sistema e reserva de incêndio. .............................................. 19
5.6- Perdas de carga no sistema ........................................................................................... 22
5.6.1 – Metodologia para determinação das perdas de carga. ......................................... 23
5.6.2 – Comprimento equivalente .......................................................................................... 25
5.7- Definição das bombas. .................................................................................................... 32
6 – RESULTADOS ................................................................................................................... 34
7 – CONCLUSÕES .................................................................................................................. 41
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 42
iv
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1
2. OBJETIVO
2
3. JUSTIFICATIVA DE PESQUISA
3
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1- Histórico
4
Tabela 1- Maiores túneis rodoviários do mundo (Souza, 2012)
COMPRIMENTO
CONTINENTE PAÍS TÚNEL (m) INAUGURAÇÃO
Europa Noruega Laerdal 24.510 2000
Ásia China Zhongnanshan 18.040 2008
Europa Suíça San Gottardo 16.918 1980
Europa Áustria Arlberg 13.972 1978
Ásia Taiwan Hsuehshan 12.917 2006
França /
Europa Itália Fréjus 12.895 1980
França /
Europa Itália Mont - Blanc 11.611 1965
5
Tabela 2– Maiores túneis rodoviários urbanos do Brasil (Adaptado de Souza, 2012)
EXTENSÃO
CIDADE TÚNEL INAUGURAÇÃO
(m)
Santa Bárbara 1357 1963
Rebouças 2800 1967
Rio de
Janeiro Zuzu Angel 1590 1971
Eng. Raimundo de Paula
2187 1997
Soares
Sebastião Camargo 1170 1995
Jânio Quadros 1900 1994
Ayrton Senna 1950 1995
São Paulo
Maria Maluf 1020 1994
Presidente Roosevelt 1120 1971
Daher. E. Cutait 1060 1938
35
40
30 20
17
20 12
8 8
10 3 3 4
1 0 1
0
1900 - 1911 - 1921 - 1931 - 1941 - 1951 - 1961 - 1971 - 1981- 1991 - 2000 - 2011-
1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
Décadas
6
Com a distribuição da Figura 1, percebe-se um aumento significativo na
construção de túneis rodoviários no Brasil nas últimas décadas, sendo que na
presente década somente o estado de São Paulo sozinho já conseguirá
superar as décadas de maior construção da história do país.
7
A Tabela 3 apresenta alguns dos incêndios mais fatais ocorridos em
túneis rodoviários no mundo, demonstrando que a discussão sobre as normas
de dimensionamento de sistemas de combate a incêndio em túneis rodoviários
na Europa é um tema de interesse de diversos países do continente.
8
4.5.2 – Bombas:
Fonte: meritocomervial.com.br
Acessórios e conexões.
9
4.5.4 - Válvulas:
I. Válvulas de bloqueio
Válvula de gaveta
10
Figura 3 – Válvula de gaveta.
Fonte: redebras.com.br
Fonte: redebras.com.br
11
II. Válvulas de controle de fluxo
Válvula de globo
Fonte: multisegonline.com.br
12
Válvula de borboleta
Fonte: multisegonline.com.br
13
5 – MATERIAIS E MÉTODOS
14
Figura 7 – Esquema de nível da saída do hidrante.
Fonte:
Fonte: static.habitissimo.com.br
15
sistemas devem ser providos de dispositivos de recalque, em sua fachada
principal, do mesmo diâmetro da tubulação principal, instalado entre 0,6 m e
1,5m do piso, com engate compatível ao utilizado pelo Corpo de Bombeiros.
16
Figura 10 – Planta do traçado da tubulação do sistema.
17
5.3.1- Número de hidrantes
18
Aço galvanizado, com ou sem costura;
PVC rígido;
Ocupação /
Grupo Uso Divisão Descrição Tipificação
Túnel rodoferroviário,
destinado a transporte de
M-1 Túnel
passageiros ou cargas
diversas.
Edificação destinada a
produção, manipulação,
Tanques ou
armazenamento e
M-2 Parques de
distribuição de líquidos ou
Tanques
gases combustíveis e
inflamáveis.
Central telefônica, centros
Central de de comunicação, centrais
M-3 comunicação e de transmissão ou de
energia distribuição de energia e
M Especial assemelhados.
Propriedade
Locais em construção ou
M-4 em
demolição e assemelhados.
transformação
Propriedade destinada a
processamento, reciclagem
Processamento
M-5 ou armazenamento de
de lixo
material recusado /
descartado.
Floresta, reserva ecológica,
M-6 Terra selvagem parque florestal e
assemelhados.
Área aberta destinada a
Pátio de
M-7 armazenamento de
containers
containers.
19
O volume da reserva de incêndio mínima está relacionado à divisão que
se enquadra a ocupação e a área da mesma, podendo ser obtido através da
Tabela 5 que relaciona a área do túnel com a sua reserva de incêndio
necessária e o tipo de sistema de combate à incêndio.
Área das
edificações e M-1
áreas de risco
Tipo 4
Até 2500 m²
RI 28 m³
Acima de 2500 Tipo 4
até 5000 m² RI 32 m³
Acima de 5000 Tipo 4
até 10000 m² RI 48 m³
Acima de Tipo 4
10000 até
20000 m² RI 64 m³
Acima de Tipo 4
20000 até
50000 m² RI 96 m³
Acima de Tipo 4
50000 m² RI 120 m³
20
Tabela 6 – Tipos de sistema (Fonte: IT 22 / 2011).
Mangueiras Vazão
mínima no Pressão mínima
Número
hidrante na válvula do
Tipo Diâmetro Comprimento de
Esguicho mais hidrante mais
(mm) (m) saídas
regulável desfavorável desfavorável
(DN) (l/min) (mca)
1 25 25 30 1 100 80
2 40 40 30 1 150 30
3 40 40 30 1 200 40
40 40 65
30 1 300
4 65 65 30
65 65 30 2 600 60
5
(1)
Onde:
21
A vazão para sistemas de tipo 3, é obtida através da Tabela 7.
Tabela 7 – Tipo de sistema e sua respectiva vazão (Adaptado da NBR 13.714 / 2000).
Número de
Sistema Tipo Vazão (l / min)
saídas
Hidrantes 3 2 900
Logo:
22
De acordo com Porto (2006) a presença de acessórios ocasiona uma
modificação de módulo ou direção da velocidade média, e consequentemente
de pressão, localmente. Isso se reflete em um acréscimo de turbulência que
produz perdas de carga que devem ser agregadas às perdas distribuídas para
obterem-se assim as perdas totais do sistema. As perdas ocasionadas por
acessórios são denominadas de Perdas Localizadas.
(2)
(3)
Onde:
23
Tabela 8 - Valores do coeficiente C. (Fonte: Brentano, 2011).
Fator "C"
10 20
Tipo de tubo Novas anos anos
Ferro fundido ou dúctil, sem revestimento interno. 100 - -
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento de
cimento. 140 120 105
Ferro fundido ou dúctil, com revestimento de asfalto. 140 - -
Ferro fundido, com revestimento de epóxi. 140 130 120
Aço preto (para sistemas de canalização seca). 100 - -
Aço preto (para sistemas de canalização molhada). 120 - -
Aço galvanizado. 120 100 -
Cobre ou aço inox. 150 135 130
CPVC, polietileno, fibra de vidro com epóxi. 150 135 130
Mangueiras de incêndio (Hidrantes ou mangotinhos). 140 - -
(4)
Sendo:
24
5.6.2 – Comprimento equivalente
Acessório Equação
Cotovelo 90° Le = 0,189+30,53D
25
A Tabela 10 apresenta o comprimento equivalente de cada peça
metálica segundo seu diâmetro utilizando as fórmulas apresentadas
anteriormente na Tabela 9.
26
Figura 11 – Mangueira de incêndio.
Fonte: apiexe.com.br
27
5.6.4- Perda de carga nos esguichos
Fonte: bucka.com.br
Fonte: bucka.com.br
28
I. Perda de carga em esguicho tipo jato sólido (tronco cônico).
(5)
Onde:
(6)
Onde:
Q é a vazão em m³/s;
29
Com isso é possível calcular a perda de carga através da equação 7:
(7)
Onde:
Q é a vazão em m³/s;
30
II. Perda de carga em esguicho tipo jato regulável.
√ (8)
Onde:
(9)
Onde:
(10)
Onde:
32
∆h é a soma das perdas de carga no sistema (rede, mangueira e
esguicho);
(11)
Onde:
33
6 – RESULTADOS
34
Figura 16 – Fluxograma de caracterização dos sistemas.
35
Aplicação do procedimento (Estudo de caso).
Vazão do sistema (l /
Comprimento Reserva de incêndio (m³) min)
do túnel (m) NBR 13741 IT 22 NBR 13741 IT 22
500 27 48 900 600
750 27 64 900 600
1000 27 64 900 600
1500 27 96 900 600
36
Percebe – se através da Tabela 13 que a reserva de incêndio para a
NBR 13741 / 2000 é sempre fixa, ao contrário da IT 22 / 2011 que é variável
devido considerar no dimensionamento a área do túnel. As vazões do sistema
também se diferem entre as normas, isso se deve as considerações de cada
norma.
Planilha eletrônica
Comprimento do túnel (m) 150 Comprimento do túnel (m) 350 Comprimento do túnel (m) 750
Não é necessário sistema de hidrantes. É necessário sistema de hidrantes. É necessário sistema de hidrantes.
A tubulação pode permanecer seca,
A porém com controle de C
abastecimento em ambas as
extremidades do túnel. Nesse caso
não há reservatório e casa de
bombas.
B
Figura 18 – Indicação ou não da necessidade de sistema de hidrantes.
37
Se após a inserção do comprimento do túnel houver a indicação “C”
exemplificada na Figura 18, a planilha automaticamente libera um campo para
inserção da área do túnel, em metros quadrados, para a caracterização do
sistema de acordo com a IT 22 / 2011. Para a NBR 13.714 já haverá a
caracterização, pois a norma considera somente a extensão do túnel. A Figura
19 exemplifica esse passo.
Figura 19– Caracterização do sistema a ser utilizado de acordo com a norma adotada.
38
Dados
Vazão mínima no hidrante mais desfavorável "Q" (l/min). 300
Cota do Reservatório "R" (m) 842
Cota do hidrante mais desfavorável "Hd" (m) 849
Altura geométrica "Hgeom" (m) 7
Comprimentos Equivalentes
Na tubulação da
rede Ø= 150 (mm)
Comprimento da rede de hidrantes 1232 (m)
Te Passagem Direta 20 (un) 66,04 (m)
Curva 90° 3 (un) 7,59 (m)
Entrada de Borda 0 (un) 0,00 (m)
Entrada de Borda 0 (un) 0,00 (m)
Entrada de Borda 0 (un) 0,00 (m)
Entrada de Borda 0 (un) 0,00 (m)
Entrada de Borda 0 (un) 0,00 (m)
Entrada de Borda 0 (un) 0,00 (m)
39
Os demais trechos (descida do hidrante, entre os dois hidrantes e
reservatório – rede) devem ser também caracterizados de acordo com o
traçado do sistema. Após essa caracterização, deve – se inserir na planilha a
perda de carga no requinte que o fabricante forneceu e o comprimento da
mangueira a ser utilizada para o cálculo das perdas de carga na mesma. A
Figura 22 exemplifica esse passo.
Perda de Carga
Requinte 3,00 (m.c.a)
Jato Sólido x Neblina 2 x
1/2"
40
7 – CONCLUSÕES
41
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42