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Imunidades e Isenções Aula 2
Imunidades e Isenções Aula 2
TRIBUTÁRIAS NA
CONSTITUIÇÃO E NO STF
Aula 2
Imunidades Tributárias
Previstas nas Limitações
Constitucionais ao Poder
de Tributar - Parte 1
3. Conclusões. . ......................................................................... 19
Referências bibliográficas......................................................20
AULA 2 IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS PREVISTAS NAS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR - PARTE 1
Introdução
Olá, seja bem-vindo à nossa segunda aula do Curso “Imunidades e Isenções Tributárias na
Constituição e no STF”!
Nesta aula e na próxima, iremos nos aprofundar na Seção II do Sistema Tributário Nacional,
denominada “Das Limitações do Poder de Tributar” (artigos 150 a 152 da Constituição da
República). Na verdade, nosso foco estará direcionado ao art. 150, VI, alíneas “a” a “e”, e §2º a §4º,
do texto constitucional. Nesses dispositivos, encontram-se as chamadas imunidades genéricas,
que dirigem vedações ao poder de tributar de todos os entes políticos, as quais recaem sobre
quaisquer impostos.
(i) recíproca, em que os entes políticos não cobram impostos uns dos outros em
homenagem ao princípio federativo;
(ii) sobre templos com vistas a tutelar a liberdade religiosa, a despeito de o princípio da
laicidade excluir a possibilidade de subvenção estatal aos cultos religiosos;
(iii) quanto a pessoas jurídicas de direito privado que prestam atividades de interesse
público listadas na alínea “c” do inciso VI do art. 150 da Constituição, notadamente partidos
políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores, instituições de educação
e de assistência social sem fins lucrativos;
Ainda sobre a sistemática do curso, é bom registrar que a base constitucional de nossas
normas tributárias é dividida em seis partes, ou seções. Na primeira, há os princípios gerais do
sistema tributário do Brasil, estabelecidas as espécies dos tributos e as matérias sujeitas à reserva
de lei complementar. Em seguida, como já posto, encontram-se as limitações ao poder de tributar.
Nas seções III a V, há a delimitação exaustiva das bases tributáveis atribuídas a cada um dos entes
federativos – União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Por fim, a seção VI é mais próxima do direito financeiro pela via do federalismo fiscal,
pois delimita a repartição das receitas tributárias. Quanto à última parte, por solidariedade
federativa, o sistema tributário conjuga duas espécies de financiamento dos governos locais
pelos entes centrais: o critério da fonte (tributos de competência própria) ou a divisão pelo
produto (participação na distribuição da arrecadação do ente federado maior), sendo esta direta
(arts. 157 e 158 da Constituição da República) ou intermediada por fundos financeiros, como,
por exemplo, os Fundos de Participação dos Estados e dos Municípios, postos no art. 159 do
Texto Constitucional. Para além de um exercício acadêmico, essas categorias jurídicas revelam-
se fundamentais para a resolução de controvérsias da constituição político-federativa, como se
depreende de diversos julgados do Tribunal Pleno do STF. Vejam: ADI 875, de relatoria do Ministro
Gilmar Mendes, j. 24.2.2010; RE 705.423, de relatoria do Ministro Edson Fachin, j. 23.11.2016; e
ACO 758, de relatoria do Ministro Marco Aurélio, j. 19.12.2016.
1. Imunidade recíproca
Imunidades e Isenções Tributárias na Constituição e no STF
A imunidade tributária recíproca entre os entes federados encontra-se preconizada no art. 150,
“a”, e §2º e §3º, do Texto Constitucional, segundo o qual é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros.
Ademais, a exoneração se estende “às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes”.
Por outro lado, encontram-se fora do alcance da norma imunizante o patrimônio, a renda
e os serviços relativos à exploração de atividade econômica equiparável a empreendimentos
privados ou em que haja contrapartida pecuniária do usuário, por expressa dicção do §3° do art.
150 da Constituição da República.
a?
Como visto na Aula 1, a primeira ordem constitucional republicana foi muito influenciada
pela Constituição dos Estados Unidos de 1787. Por esta se tratar de diploma sintético, não
há previsão expressa de imunidade tributária entre os entes federados, contudo não custou
à Suprema Corte americana muito tempo para extrair do princípio federativo essa vedação
tributária. Trata-se do célebre caso “McCulloch v. Maryland”, de 1819, em que o Estado de
Maryland visava tributar todas as notas emitidas por instituições bancárias externas ao
ente estadual, o que, à época, abarcava somente a sucursal de Baltimore da instituição
financeira pública e federal “Segundo Banco dos Estados Unidos da América”, cujo gerente
era o Sr. James McCulloch. Na oportunidade, a Suprema Corte, em julgado sob a lavra do
Chief Justice John Marshall, desenvolveu tanto a Teoria dos Poderes Implícitos (usada pelo
STF, por exemplo, para concluir pela constitucionalidade dos poderes investigatórios do
Ministério Público) quanto a máxima “O Poder de tributar envolve o poder de destruir”,
citada até hoje pelos Ministros do STF.
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AULA 2 – IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS PREVISTAS NAS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR - PARTE 1
Em julgado recentíssimo, a Primeira Turma do STF foi mais categórica ao afirmar que “A
imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição Federal – extensiva às
autarquias e fundações públicas –, tem aplicabilidade restrita a impostos, não se estendendo, em
consequência, a outras espécies tributárias, a exemplo das contribuições sociais” (RE-AgR-AgR
831.381, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 9.3.2018).
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AULA 2 – IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS PREVISTAS NAS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR - PARTE 1
Do mesmo modo, em caso que tratava de imposto de renda sobre rendimentos auferidos
de aplicação financeira de fundos de investimento, na ADI 1.758, de relatoria do Ministro Carlos
Velloso, o Plenário do STF compreendeu ser inviável a tributação em todas as hipóteses de
imunidades genéricas.
Decerto, a expressão “uns dos outros” refere-se ao caput do art. 150, em que os
destinatários da norma são os entes federativos, entendidos como a Administração Pública
direta nos três níveis do federalismo brasileiro. Nesses casos, a jurisprudência assente é de que
não se indaga a finalidade pública do patrimônio, renda ou serviço público, uma vez que ela é
pressuposta.
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AULA 2 – IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS PREVISTAS NAS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR - PARTE 1
do STF e, por evidente, o dia a dia de quem trabalha com direito tributário, não é mesmo?
Em relação aos entes autárquicos, a Constituição da República exige que essas pessoas
sejam criadas mediante lei, regendo-se, quanto a tudo, pelas normas de direito público, o que
possui reflexos tributários, principalmente a imunidade tributária do patrimônio, rendas e
serviços, desde que atinentes às finalidades essenciais ou delas decorrentes.
Por exemplo, o Banco Central do Brasil é uma autarquia, com personalidade e patrimônio
próprios, cujas atribuições estão dispostas nos arts. 9° e 10 da Lei 4.595/1964. Logo, é fácil
identificar que suas atribuições principais são a emissão de papel-moeda, o controle do crédito
e dos capitais estrangeiros e a fiscalização das instituições financeiras. Assim, toda atividade
que ultrapassa as finalidades legalmente definidas está, em um primeiro olhar, submetida à
tributação equiparável aos particulares.
Em regra, essa distinção não gera maiores divergências. Vale o registro de que as Turmas
da Corte, por força da Súmula 279 do STF, negam sistematicamente seguimento a recursos
extraordinários, ante a impossibilidade de reexame do quadro fático em sede recursal, quando
os acórdãos dos Tribunais de origem se pronunciam sobre o fato de o patrimônio, a renda ou os
serviços estarem, ou não, vinculados às finalidades essenciais da Administração Pública (RE-AgR
871.039, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, j. 22.9.2015; e ARE-AgR 919.179, Rel. Min. Rosa
Weber, Primeira Turma, j. 24.11.2015).
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Por outro lado, há precedentes em que o Tribunal Pleno do STF privilegiou a substância em
detrimento da forma, desconsiderando lei estadual que imputava a condição de autarquia a
banco regional, retificando a natureza jurídica deste para empresa de direito privado. Confira
excerto da ementa da ACO 503, de relatoria do Ministro Moreira Alves, j. 25.10.2001:
Outra construção jurisprudencial digna de nota diz respeito aos conselhos profissionais – os
quais são considerados pelo STF como “autarquias profissionais” – e à Ordem dos Advogados do
Brasil – considerada “entidade sui generis” com assento constitucional. Nesse sentido, é pacífico
que todos eles estejam acolhidos pela imunidade tributária recíproca (RE-AgR 938.594, Rel. Min.
Dias Toffoli, Segunda Turma, j. 25.11.2016; e RE-AgR 732.619, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma,
j. 28.6.2016).
Embora o tema da repercussão geral ainda penda de solução, haja vista que não foi
possível realizar o julgamento conjunto dos feitos ou colocar a demanda desprovida de RG como
caso líder, pois as espécies de modalidades pretendidas eram diversas (recíproca e pessoas
privadas de interesse público), é importante notar que o Tribunal, por unanimidade, considerou
que as caixas de assistência encontram-se abarcadas pela norma imunizante prevista no art. 150,
IV, “a”, da Constituição, porque seria impossível conceder tratamento tributário distinto a órgãos
da OAB, de acordo com as finalidades que lhe são atribuídas por lei, conforme se depreende do
RE 405.267, de relatoria do Ministro Edson Fachin.
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fundan
ro
Ap
do
Sobre as Caixas de Assistência da OAB, recomendo a leitura de post
bastante elucidativo do site “Dizer o Direito” sobre a questão.
oa t
ssu n
o
Com esse fecho, trabalhamos com profundidade o §2º do art. 150 do Texto Constitucional,
certo?
Agora, só nos resta enfrentar o subsequente §3º, o qual veda a atribuição de imunidade
tributária a estatais que explorem atividades econômicas. Então, a pergunta pertinente é se
empresas públicas e sociedades de economia mista são destinatárias de imunidade recíproca.
É o caso da Petrobras S/A, por ser sociedade de economia mista voltada à exploração
econômica, ainda que, por vezes, de atividade monopolística, cuja finalidade é o aumento
patrimonial com distribuição de lucros aos seus acionistas (RE-AgR 285.716, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, Segunda Turma, j. 2.3.2010; e RE-AgR 286.287, Rel. Min. Teori Zavascki, Segunda Turma,
j. 14.5.2013).
Por outro lado, em casos nos quais as estatais prestam serviços públicos, é possível
estender a elas a norma imunizante. O raciocínio jurídico gira em torno do instituto da
descentralização administrativa, pois por intermédio dela não é viável modificar o regime jurídico,
assim como a prestação pública deve ser exatamente idêntica, independentemente da pessoa
jurídica. Logo, em regra, empresa estatal prestadora de serviço público age como extensão da
pessoa política, por isso faz jus à imunidade recíproca.
Ante essas razões, o Tribunal Pleno do STF assentou, por maioria, no Tema 115 da
sistemática da repercussão geral, aplicar-se a imunidade tributária recíproca às sociedades de
economia mista que prestam serviços de saúde exclusivamente pelo SUS.
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Do mesmo modo, no Tema 412, por proposta do então Ministro-Presidente Cezar Peluso,
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Essa linha jurisprudencial pode ser encontrada em julgados do STF em via recursal ou
em ações cíveis originárias, em relação a setores econômicos de atuação típica do Estado, como
saneamento e tratamento de água (ACO-AgR 2.730, Rel. Min. Edson Fachin, j. 24.3.2017; ACO-AgR-
segundo 2.243, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 17.3.2016).
Inicialmente, no âmbito da ACO 765, de relatoria do Ministro Marco Aurélio e com acórdão
redigido pelo Ministro Menezes Direito, o STF enquadrou a ECT como empresa pública prestadora
de serviço público, logo imune, por força da alínea “a” do inciso VI do art. 150 da Constituição da
República.
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Quanta informação, não é mesmo? Vamos recapitular o que vimos até aqui?
Imunidade Exceções/
tributária Regra particularidades/
recíproca controvérsias
Fundamento
- Pacto Federativo (cláusula pétrea). - Livre-iniciativa e concorrência.
constitucional
Mudando de foco quanto ao art. 150, §3º, da Constituição, a expressão “em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário” também desperta
questionamentos e pronunciamentos judiciais. Em uma visão tradicional, os serviços públicos não
poderiam ser arcados por preços ou tarifas de usuários, mas sim por impostos ou taxas de serviço
público, em razão da compulsoriedade da cobrança, conforme entendimento sedimentado na
Súmula 545 do STF.
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fundan
Ap ro Entenda o debate doutrinário sobre os serviços públicos propriamente
do
estatais, essenciais ao interesse público e não essenciais. A partir dessa
divisão, foi possível superar a correlação necessária entre serviço público
oa t e a contraprestação mediante a espécie tributária taxa.
ssu n
o
Atualmente, boa parte dos serviços públicos prestados por entes descentralizados é
custeada, pelo menos parcialmente, diretamente pelos usuários dos serviços a partir de preços
públicos. Nesse sentido, passou-se a indagar até que ponto o recolhimento de recursos não
representa capacidade contributiva e não se incorreria em proibição veiculada pela expressão
acima transcrita.
Essa pergunta recebeu resposta negativa por parte do STF, que compreendeu, em diversas
ocasiões, que o recebimento de contraprestação na forma de tarifa não afasta, por si só e não
havendo intuito lucrativo, o regime da imunidade tributária recíproca, seja em relação a autarquias
(RE-AgR 399.307, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 16.3.2010; RE-AgR 741.938, Rel. Min. Dias Toffoli,
j. 5.8.2014), seja em relação a sociedades de economia mista e empresas públicas (ARE-AgR
816.120, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 12.8.2014 ; e RE-AgR 897.104, Rel. Min. Roberto Barroso,
j. 27.10.2017).
Em outra seara, é importante ficar atento quanto à composição acionária das sociedades
de economia mista, pois ainda se encontra pendente de desfecho o Tema 508 da sistemática da
repercussão geral, no qual se discute a aplicação da imunidade tributária recíproca a sociedades
de economia mista com ações negociadas em bolsa de valores.
Por fim, resta abordar a sujeição passiva indireta, especialmente nos casos de
responsabilidade tributária. Ou seja, casos em que o ente político não pratica o fato gerador do
tributo, contudo termina por responder pela obrigação tributária.
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Após a fixação dessa orientação, a Fazenda Nacional passou a alegar que a RFFSA, por
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ser empresa estatal prestadora de serviço público exclusivo, já deveria ter sido contemplada
pela imunidade recíproca ao tempo do surgimento das cobranças das obrigações tributárias.
No entanto, o STF entendeu que essa discussão não teria estatura constitucional e rejeitou a
repercussão geral da questão no Tema 909.
Por outro lado, no âmbito do Tema 884 da sistemática da repercussão geral, o STF
compreendeu pela imunidade dos imóveis integrados ao Programa de Arrendamento Residencial,
política pública de habitação criada e mantida pela União, logo não são sujeitos a IPTU, ainda
que sejam de propriedade fiduciária da Caixa Econômica Federal – empresa pública que explora
atividade bancária.
2. Imunidade religiosa
Antes de tudo, é importante dizer que a ordem constitucional vigente trouxe parâmetros
para o relacionamento entre Estado e religião, de modo que a interpretação da imunidade
religiosa não deve afastar-se do sistema constitucional. A propósito, a liberdade de crença é um
direito individual (art. 5º, VI, da CFRB/88), cujo corolário é o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
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Por outro lado, também possui estatura constitucional, nos termos do art. 19, I, da CF, o
princípio da laicidade, sendo vedado ao Poder Público nos três níveis da Federação:
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Nesse campo, no ARE-AgR 800.395, de relatoria do Ministro Roberto Barroso, o STF decidiu
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que é dever do Fisco provar que a atividade desenvolvida por entidade religiosa a que se busca
tributar não se encontra no escopo das finalidades essenciais do templo. Afinal, presume-se que
toda ação do sujeito imune é voltada à promoção da fé, sendo assim, o desvio, se houver, deve ser
provado por quem alega e a quem interessa, no caso a Administração Tributária.
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Imunidade Exceções/
tributária Regra particularidades/
religiosa controvérsias
- Lojas de maçonaria;
3. Conclusões
Chegamos ao final desta aula! Avançamos sobre a temática das imunidades tributárias
genéricas com previsão no art. 150, VI, da Constituição da República. Até o momento,
conversamos acerca das imunidades recíproca e de templos de qualquer culto. Quanto à
primeira, cuja finalidade é a proteção do pacto federativo, tratamos de todos os temas de
repercussão geral atualmente disponíveis, julgados ou pendentes de julgamento, assim como as
diretrizes jurisprudenciais mais relevantes levadas a efeito no STF sob a vigência da Constituição
da República.
Na próxima aula, estudaremos o restante das imunidades genéricas postas nas “Limitações
Constitucionais do Poder de Tributar”. Ou seja, dialogaremos sobre a imunidade tributária
incidente sobre partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores,
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos; livros, jornais, periódicos e
o papel destinado à sua impressão; e fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no
Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que
os contenham.
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Referências bibliográficas
CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 30 ed. São Paulo:
Malheiros, 2015.
COSTA, Regina Helena. Imunidades Tributárias: teoria e análise da jurisprudência do STF. 3 ed.
São Paulo: Malheiros, 2015.
TORRES, Heleno Taveira. Art. 150, VI, b. In: CANOTILHO, J. J. Gomes et al. Comentários à
Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013.
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