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Aguida Mahumane
Este Inferno de Amar
ISCED
2020
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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
Aguida Mahumane
Estudos Literarios
ISCED
2020
Este Inferno de Amar
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- "este", pronome demonstrativo sugerindo proximidade; neste caso, remete-nos para o tempo
presente;
- constatação de que o amor é um inferno, uma destruição justificada logo no início pela
contradição de que este sentimento é algo que alenta e consome; o vocabulário está ligado ao
conceito de fogo [destruição] mas também à ideia de que amor é vida;
- podemos considerar três momentos neste poema, correspondendo a cada um deles uma das
três estrofes;
- o sujeito poético questiona-se sobre a origem daquele sentimento e quando irá ele desaparecer
[passado/futuro];
- antítese;
- o passado referenciado no 2º momento aponta para a fase da vida do sujeito poético anterior ao
tê--la conhecido [passado sereno e de paz mas desprovido de vida por não existir amor]; este
passado caracteriza-se por ter sido de incerteza];
- o contacto faz-se pelo olhar, os olhos são a parte do corpo que o seduziram, fascinaram,
hipnotizaram... o que foi possível apenas por se tratar da mulher-fatal;
- neste 3º momento, o sujeito poético confessa que começou a viver quando a conheceu mas,
com ela, chegaram igualmente os sentimentos, o desassossego, a inquietude e tudo o mais que
se deveu ao aparecimento da Mulher e do amor; ainda assim, o sujeito poético prefere o
presente e justifica-se com o início deste "viver";
- este encontro trouxe-lhe a vida e o inferno de amar; o amor é assim gerador de vida mas
manifesta-se pela negativa;
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- formalmente, este poema é constituído por 3 estrofes, de seis versos cada, com rima variada e
nº variado de sílabas, ao gosto romântico, ao correr dos sentimentos e variação de estados de
espírito;
- NOTA: as 2ª e 3ª estrofes possuem características narrativas: narrador autodiegético (narrador
na 1ª pessoa e personagem principal); presença de personagens, eu e ela; referência
espacial, algures; referência temporal caracterizada como indefinida [saliente-se a escolha dos
indefinidos um e outra); existe ação sugerida pelos verbos vivi, dormi, passei, dava...;
- intertextualidade com Camões e Bocage: o amor é vida e inferno MAS: a relação eu/tu afasta-
se do tipo de relação em Camões e Bocage onde o amor não era correspondido ou tinha sido
correspondido no passado;
- o que motiva esta ideia de o amor ser inferno: a intensidade, o exagero da paixão;
- EM JEITO DE CONCLUSÃO:
- consideremos a existência de 2 passados e de 1 presente:
e ele - vivo;.