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LÍNGUA PORTUGUESA — Exercícios

1) Reconheça e classifique os apostos presentes nos períodos abaixo.

a) Ontem, segunda-feira, passei o dia inteiro com dor de cabeça.

b) Aprecio todos os tipos de música: MPB, rock, blues, chorinho, samba etc.

c) Dona Aída servia ao patrão, pai de Marina, uma menina muito levada.

d) A rua Augusta está muito distante do rio São Francisco.

e) A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que
vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.

f) A vida humana é composta de muitas coisas: amor, trabalho, ação, diversão.

g) Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país
melhor.

h) Seus olhos, dois grandes holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.

i) O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e de temática profunda.

j) Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores brasileiros: aquele, na poesia; este,
na prosa.

k) Mariana correu durante uma hora ao sol quente, sinal de que tem bom preparo físico.

l) O Congresso Nacional brasileiro possui duas Casas: a Câmara dos Deputados e o Senado
Federal.

m) Acabo de ler o romance A Moreninha, romance de autoria do escritor brasileiro Joaquim


Manuel de Macedo.

n) Camilo Castelo Branco, escritor português, nasceu na cidade de Lisboa em 1825.

o) O mês de fevereiro é o mais curto do calendário. O nome fevereiro vem do latim februarius,
que é inspirado em Fébruo, deus da morte e da purificação, pela mitologia etrusca.

2) “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / de um povo heroico o brado retumbante / E o sol


da liberdade em raios fúlgidos / Brilhou no céu da Pátria neste instante.”

Tendo como referência a estrofe acima, julgue C ou E os itens que seguem.

a) O sujeito da forma verbal “Ouviram” está indeterminado.


b) O termo “do Ipiranga” funciona sintaticamente como adjunto adverbial de lugar.
c) O termo “de um povo heroico” funciona sintaticamente como adjunto adnominal.
d) Há equivalência sintática entre os termos “da Pátria” e “da liberdade”.
e) Funciona como termo circunstancial da oração a expressão “no céu da Pátria”.
f) Há equivalência sintática entre os adjetivos “plácidas” e “fúlgidos”.
3) Assinale a opção em que o termo sublinhado não exerce a função sintática de complemento
nominal.

a) Mariana tem ciúme de sua irmã Tatiana.


b) Precisamos ter respeito por todos.
c) O professor reprovou o aluno de propósito.
d) Ainda não estamos cientes das mudanças que a diretoria informou.
e) Fazer um curso superior é essencial para meu desenvolvimento intelectual.

4) “Uma dor intensa atingiu o paciente moribundo.”

Julgue C ou E os itens abaixo, com base no período acima.

a) Os adjetivos “intensa” e “moribundo” exercem idêntica função sintática: adjunto adnominal.

b) O termo “o paciente moribundo”, por expressar sentido passivo, exerce a função sintática de
objeto indireto, equivalendo ao pronome átono -lhe: Uma dor intensa atingiu-lhe.

c) A forma verbal “atingiu” encontra-se flexionada na 3.ª pessoa do singular para concordar com
o núcleo do sujeito simples “Uma dor”.

d) O adjetivo “intensa” comporta a seguinte classificação: restritivo, relacional e biforme.

e) O predicado desse período classifica-se verbo-nominal.

5) Assinale a opção em que o termo sublinhado não exerce a função de complemento nominal.

a) Camila tem orgulho da mãe.


b) Os alunos ainda não procederam à leitura do texto.
c) A secretária do curso ainda não autorizou a instalação dos armários.
d) Joaquim é perito em línguas indígenas.
e) Há no departamento em que eu leciono pessoas sem compromisso algum com o trabalho.

6) Assinale a opção em que a análise do termo grifado está incorreta.

a) Tenha-me consideração, João! → complemento nominal


b) Marta admira-me a serenidade. → adjunto adnominal
c) Viajar não me seria conveniente neste momento. → objeto indireto
d) O funcionário do aeroporto atendeu-me prontamente. → objeto indireto
e) Seus pais são-lhe extremamente úteis, Antônio! → complemento nominal

7) Julgue C ou E as frases abaixo, quanto à correção gramatical, com base na norma-padrão


da língua portuguesa.

a) Não consigo entender por que Antônio ainda não comprou o carro com que tanto sonha.

b) Estava extremamente poluído o rio por que navegávamos.

c) Aquelas senhoras falavam línguas afins com o romeno.

d) O carro foi ao encontro do muro. Por isso, nada que se aproveitasse sobrou.

e) Ultimamente, a situação econômico-financeira do Brasil está russa.

f) Madalena, em vez de chorar, sorria. A vida é bela!


g) Pedi ao meu filho para que ele fosse ao supermercado e comprasse limão, em vez de laranja,
para eu fazer uma refrescante limonada.

h) Aos chefes e aos diretores cabem a decisão de conceder recesso aos funcionários.

i) Eu gostaria de compreender o porquê de tanta rebeldia de certas crianças.

j) Eu e meu professor de filosofia temos pensamentos afins.

k) Daqui uma hora, começa o festival de dança para que fomos convidados.

l) Já passava da hora da sala de aula ser limpa. A sujeira imperava no recinto.

Leia o texto que segue.

1 O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade vertiginosa e, se os empregos


diminuem, isso não quer dizer que o trabalho também.
Só que ele está mudando de cara. Como também está mudando o perfil de quem
acaba de sair da universidade, da mesma forma que as exigências da sociedade e — por
5 que não? — do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo.
Tudo indica que mais de 70% do trabalho no futuro vão requerer a combinação de
uma sólida educação geral com conhecimentos específicos; um coquetel capaz de fornecer
às pessoas compreensão dos processos, capacidade de transferir conhecimentos, prontidão
para antecipar e resolver problemas, condições para aprender continuamente,
10 conhecimento de línguas, habilidade para tratar com pessoas e trabalhar em equipe.
Revista do Provão, n.º 4, 1999, p. 13 (com adaptações).

8) CESPE / ANALISTA JUDICIÁRIO (TST) — Com base no texto acima, julgue C ou E os itens
subsequentes.

a) A opção pelo emprego das formas verbais “tem mudado” (L.1) e “está mudando” (L.3) indica
que a argumentação do texto mostra as mudanças do “trabalho” como durativas, estendidas
no tempo.

b) A conjunção “se” (L.1) introduz uma condição para que o trabalho diminua.

c) A interpretação coerente das ideias do texto permite associar “ele” (L.3) tanto com “trabalho”
(L.2) quanto com “mundo do trabalho” (L.1). Ambiguidades dessa natureza devem ser
evitadas na redação de textos oficiais.

d) Respeitaria as regras de pontuação e de redação de documentos oficiais a inserção da


expressão “por que não?” (L.4-5) no corpo de um ofício, tanto entre vírgulas quanto entre
travessões, como aparece no texto.

e) O emprego da flexão de plural em “vão” (L.6) respeita as regras de concordância com o termo
“mais de 70% do trabalho” (L.6).

f) Da organização das ideias do último parágrafo do texto, é correto que se interprete “coquetel”
(L.7) como “conhecimentos específicos” (L.7).

g) Com base na organização sintático-semântica do texto, o pronome “Tudo” (L.6), que foi
empregado anaforicamente, exerce função sintática de aposto resumitivo em relação às ideias
desenvolvidas no segundo parágrafo.
h) O substantivo “combinação” (L.6) teve seu sentido expandido, sintática e semanticamente,
pelos complementos nominais “de uma sólida educação geral com conhecimentos
específicos” (L.6-7).

i) No segmento “cada vez mais globalizado e competitivo” (L.5), a palavra “mais” está
empregada como advérbio, ligado a adjetivo restritivo, e exerce a função sintática de adjunto
adverbial de intensidade; em “mais de 70% do trabalho” (L.6), a palavra “mais” foi empregada
como pronome indefinido.

j) Nos segmentos “compreensão dos processos” (L.8) e “conhecimento de línguas” (L.10), os


termos sublinhados encontram-se em relação de equivalência sintática.

k) Em “um coquetel capaz de fornecer às pessoas compreensão dos processos” (L.7-8) e


“capacidade de transferir conhecimentos” (L.8), a primeira oração sublinhada tem valor
substantivo; a segunda oração sublinhada tem valor adjetivo.

Leia o texto que segue.

1 Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais marcante do
que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificação,
nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o
trabalho nada mais é do que puro desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a
5 produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a tão forte rotinização,
apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho de forma que já não há nada
que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos
em comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar.
Nossa capacidade de trabalho, a potência humana de transformação e
10 emancipação de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar pão.
Capacidade, potência, criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário.
Tornou-se o instrumento de alienação no sentido clássico da palavra: o ato de entregar ao
outro o que é nosso, nosso tempo de vida.
Emir Sader. Trabalhemos menos, trabalhemos todos.
In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptações)

9) CESPE / ANALISTA JUDICIÁRIO (TST) — Julgue C ou E os seguintes itens a respeito das


ideias e da organização do texto acima.

a) No primeiro período do texto, o pronome “nada” integra, como auxiliar da ênfase, uma
expressão comparativa; mas, no terceiro período, o mesmo pronome perde o sentido
comparativo pela presença do “não”.

b) A retirada da preposição presente em “de transformar” (L.2) violaria as regras de gramática da


língua portuguesa, já que essa expressão complementa o substantivo “capacidade” (L.2).

c) O texto, que é predominantemente dissertativo-argumentativo, organiza-se em torno de duas


ideias opostas de trabalho: o trabalho como “puro desgaste da vida” (L.4) e o trabalho como
capacidade de “transformação e emancipação de todos” (L.9-10).

d) A ausência do sinal indicativo de crase em “a tão forte” (L.5) indica que nesse trecho não foi
empregado artigo feminino, mas apenas preposição.

e) As substituições de “Preferimos” (L.7) por Prefere e de “temos” (L.7) por tem preservam a
correção gramatical do texto, mas enfraquecem a argumentação de que é a maioria de nós
“homens” (L.3) que prefere “comer, dormir, descansar, acasalar” (L.8).
f) Na linha 12, o termo “o instrumento de alienação” foi empregado como uma contingência
gramatical.

g) Subentende-se, pela argumentação do texto, que “seu contrário” (L.11) corresponde a


contrário do capital.

h) A organização das ideias do último período do texto mostra que a informação apresentada
depois do sinal de dois pontos constitui uma definição de “alienação” (L.12).

i) Nos segmentos “nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar” (L.1-2) e “o
trabalho nada mais é do que puro desgaste da vida” (L.3-4), todos os termos sublinhados
podem ser retirados das orações em que se encontram, sem que isso prejudique a correção
gramatical do texto.

j) De acordo com a organização sintática do texto, a expressão “a grande maioria” (L.7) foi
empregada como aposto.

k) A substituição do termo “Ainda assim” (L.3) por Inobstante isso mantém os sentidos do texto
e respeita as regras da gramática padrão da língua portuguesa.

l) A oração “o que temos em comum com os outros animais” (L.7-8) classifica-se como
subordinada substantiva objetiva direta e completa a forma verbal “fazer” (L.7).

m) Em “nos desagrade” (L.7), o pronome átono, porque empregado em próclise, funciona como
objeto indireto da forma verbal “desagrade”.

n) Na linha 2, o termo “segundo” introduz termo gramatical de natureza circunstancial.

o) No primeiro parágrafo, foram desenvolvidas as noções de contraste e de comparação.

10) Julgue C ou E as construções abaixo, considerando a regência dos verbos preferir e gostar,
com base na norma-padrão da língua portuguesa.

a) O livre-arbítrio confere ao homem o direito de preferir o bem ou o mal.


b) João preferia morrer do que ser traidor do seu povo.
c) À vida prefere a honra.
d) Homens gostam os prazeres da vida, como se nada mais tivessem a fazer.
e) No meu entender, o teatro prefere ao cinema.
f) Muitas pessoas preferem mais a música de câmara à sinfônica.
g) Há homens que preferem as loiras as morenas.
h) Gosto mais de morenas do que de loiras.
i) Ele preferiu pintar a ser médico.
j) Maria prefere ficar em casa do que ir a um espetáculo de dança.
k) Depois de se gostarem quase cinco anos, casaram-se ontem, afinal.

11) “É obrigação de todo comerciante emitir e entregar ao consumidor a nota fiscal.”

Com base na estrutura acima, julgue C ou E os itens seguintes.

a) Há um período, constituído de três orações, em que a forma verbal de ligação “É” tem como
sujeito duas orações reduzidas de infinitivo.

b) A expressão “de todo comerciante” exerce função sintática de adjunto adnominal em relação
ao substantivo “obrigação”.
c) Os termos “ao consumidor” e “a nota fiscal” servem de complemento — o primeiro, indireto; o
segundo, direto —, ao mesmo tempo, às formas verbais “emitir” e “entregar”.

d) Na expressão “a nota fiscal”, a ausência do acento indicativo de crase decorre do fato de que
foi empregado apenas o artigo definido feminino “a”.

e) O período pode ser parafraseado, mantendo-se a correção gramatical e a coerência, da forma


que segue: Qualquer comerciante é obrigado a emitir e a entregar ao consumidor a nota
fiscal.

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