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Resumo do texto de Krenak, Ailton, “A União das Nações Indígenas”,

publicado na revista Lua Nova, em Junho de 1984.

Victtor Marx Carinhanha

O texto publicado na revista Lua Nova, é um depoimento onde Ailton Krenak


relata sua experiência de trabalho junto à União das Nações Indígenas, a (UNI)
foi uma importante experiência de representação nacional, apesar de não
conseguir se institucionalizar formalmente. O desejo da entidade era afirmar a
existência e o direito de existir dos índios no Brasil, diante de tanta repressão,
assassinatos e invasões nunca houve um tratado entre governo e comunidades
indígenas. O Estado Brasileiro como sempre ignora os direitos dos índios,
dificulta a criação de representações legais indígenas, torna a Funai uma
entidade de representação nacional, muito contestada pelos indígenas e cheia
de denúncias de corrupção.
Após de falar das contribuições da (UNI) como instituição, o ativista relata
sobre as suas funções de coordenador de publicações, onde produzia cartilhas,
boletins, cartazes e o material da (UNI) em geral, e toda a articulação e
atuação com a presença de Mário Juruna no Congresso em 1982, eleito
deputado federal pelo PDT, representando o estado do Rio de Janeiro; essa
representação legitima dos povos indígenas logo incomodou o Estado,
organizou o primeiro encontro de lideranças indígenas do Brasil, criou a
Comissão do Índio, o projeto de lei que propõe a reestruturação da Funai,
esses foram os projetos que quase levou a cassação do seu mandato. Após o
primeiro mandato não consegue a reeleição, continuando sua trajetória como
ativista. De modo geral sua representação foi de grande importância para a
causa indígena, pela primeira vez o Brasil teve um representante indígena
dentro do Congresso.
No final do texto Ailton Krenak alerta para os interesses que estão em jogo, na
presença do capital estrangeiro, as multinacionais, a real presença do
capitalismo. O novo código civil, que em breve seria votado, sua esperança é
que o trabalho organizado permita identificar e atender as necessidades do
povo indígena, que o governo respeite o espaço e a cultura indígena.

Salvador – Bahia

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