Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mais uma vez, como nas experiências anteriores (História Medieval II e História
das Religiões I), me vi mergulhado em temas que, no caso do primeiro exemplo,
sempre me fascinaram e, no caso do segundo, nunca haviam sido apresentados de
maneira interessante para mim.
Por que eu já não era mais o mesmo estudante que, anteriormente, carecia de
um pouco de embasamento. Pegar História das Religiões II ao fim do curso me
permitiu fazer ligações que, em outros momentos do curso, poderia não ser capaz ou
simplesmente, ignoraria. Seja por estar com a xícara cheia demais ou por não ter
noção de que poderia trocar a xícara por um balde enorme e aproveitar o processo.
Falamos sobre o cristianismo e toda a sua relação com o mundo e, de fato, com
o Brasil. Em suas várias versões e facções dentro do Brasil e a forma como se
tornaram parte da formação social do Brasil, com suas particularidades, concordâncias
e discrepâncias. Para isso, os textos de Dreher e Elizete da Silva se mostraram
surpreendentes na forma como esquematizaram a pluralidade existente dentro do
movimento protestante (e suas exceções, como Testemunhas de Jeová), do
movimento pentescostal e do neo-pentescostal.
Mas que, diferente do que sempre imaginei, também possuiu seus momentos de
cisma e discordância, sendo, hoje, fruto de decisões que quase expurgaram
determinados ramos de pensamento. O kardecismo, enquanto ramo do espiritismo,
tem o peso do catolicismo, para os cristãos. Uma versão escolhida e seguida, ainda
que tratada, em muitos momentos, como ortodoxia de pensamento em oposição a
Heresia da discordância.
O que posso garantir, ao fim do curso de História das Religiões, é que me sinto
mais certo de que a fé, diferente da religião, é intocável e impossível de ser
mensurada. Ela, a fé, é um conjunto de sentimentos em relação ao imponderável e à
incerteza, tornados lógicos apenas pela força da vontade do indivíduo.
Mas religião... essa é uma definição de regras para organização social daqueles
que saltam (ou não). É a coreografia que se faz ao correr e saltar, aliada com o que se
espera que ocorra, exatamente, para impedir o fim trágico do voo. Pessoas diferentes
podem realizar os mesmo rituais de salto, vestir roupas iguais e proferir as mesmas
palavras...
Isso foi o que aprendi nesse curso de História das Religiões II.