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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E GESTÃO ESTRATÉGICA: UM

ESTUDO DE CASO MÚLTIPLO EM ESCRITÓRIOS DE


ARQUITETURA EM FORTALEZA/CE

Fernanda Silva Moreira1


Virna Fernandes Távora Rocha2
RESUMO
A utilização da Tecnologia da Informação (TI) na Arquitetura e Engenharia Civil (AEC)
teve sua utilização majorada após a disseminação da metodologia Building Information
Modeling (BIM) no meio organizacional. Apesar da TI ser uma prática exigida em
qualquer ambiente da atualidade, algumas organizações ainda recuam quanto à sua
implantação. Nesse contexto, a integração da Tecnologia da Informações a projetos
arquitetônicos pode gerar enormes vantagens em relação à produtividade dos
escritórios de arquitetura, bem como na qualidade do produto final, ao passo que reduz
a probabilidade de erros durante a execução do projeto. Desse modo, o presente artigo
tem por objetivo compreender as dimensões da gestão estratégica de Tecnologia da
Informação em escritórios de projetos arquitetônicos. Para isso foram entrevistados
cinco arquitetos, representantes de escritórios de arquitetura localizados em
Fortaleza/CE. Desse modo foi possível identificar as dimensões da TI estratégica no
nicho mencionado, permitindo identificar que esse setor carece de metodologias que
ajudem as organizações a implementa-la de forma estratégica.

Palavras Chaves: TI. Projetos. Gestão. Softwares. BIM.

1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos, diferentes softwares foram surgindo na Arquitetura e


Engenharia Civil (AEC), modificando profundamente as relações de trabalho nesse
macrossetor, pois viabilizou um maior controle no produto final, majorando a qualidade
do fabrico e reduzindo os custos de produção (MCGRAW HILL CONSTRUCTION,
2012).
Nesse contexto, tem-se a Tecnologia da Informação (TI) como a mola mestre
dessas mudanças, visto que seu cerne de atuação é a melhoria no acesso e qualidade
das informações, apoiando-se em softwares para otimizar processos, impactando no
valor agregado ao produto final (ALBERTIN, ALBERTIN, 2016).
Em função da estreita relação estabelecida entre TI e AEC, surge a necessidade
de analisar tal interação sob a óptica estratégica, pois os ganhos proporcionados ao

1
Graduanda em Engenharia Civil no Centro Universitário Christus, fernanda.silva922@gmail.com
2
Professora da Unichristus, Mestre em Administração e Controladoria (UFC), virnaftr@gmail.com
1
cliente final constituem uma importante vantagem competitiva às empresas desse
setor.
Desse modo, o presente trabalho tem como justificativa a necessidade de
compreensão do papel estratégico da TI na AEC, com foco em escritórios de
arquitetura, pois, como aponta Thomsen (2010), o projeto arquitetônico é o ponto de
partida para as demais atividades, tendo a TI o papel de otimizar esse processo.
Assim, apoiado nos trabalhos de Albertin e Albertin (2016) e McFarlan,
McKenney e Pyburn (1983), os quais propõem modelos de análise das dimensões
estratégicas de TI no ambiente empresarial, bem como as formas de implementa-las
estrategicamente, formulou-se o seguinte questionamento: quais as dimensões da
gestão estratégica de TI nos escritórios de arquitetura?
Nesse diapasão, tem-se como objetivo geral identificar as dimensões de TI
estratégica em escritórios de arquitetura. Como objetivos específicos, o presente
estudo busca identificar as finalidades atribuídas a TI nos escritórios de arquitetura;
indicar os softwares mais adotados pelos escritórios de arquitetura; e identificar o
papel da TI na estratégia dos escritórios de arquitetura
Assim, realizou-se um estudo de caso múltiplo, cuja base para a coleta de dados
foi a realização de entrevistas em quatro escritórios de arquitetura, localizados em
Fortaleza/CE.
Para tal, o estudo foi dividido em cinco seções, incluindo esta introdução. Na
seção dois, explora-se o a revisão de literatura, com enfoque na definição de TI, sua
aplicação em projetos arquitetônicos e a gestão estratégica de TI em escritórios de
arquitetura. Na seção três, apresenta-se o método de pesquisa. Na seção quatro, tem-
se os resultados e discussões, seguindo a estruturação dos objetivos específicos. Por
fim, delineiam-se na seção cinco as considerações finais do trabalho, seguido das
referências.
2. REVISÃO DE LITERATURA
Esta seção apresenta os fundamentos teóricos sobre a TI na arquitetura e
explora os trabalhos de Albertin e Albertin (2016) e McFarlan, McKenney e Pyburn
(1983), que baseiam a pesquisa.
2.1 A aplicação da TI em Projetos Arquitetônicos
O projeto arquitetônico é considerado o início do ciclo de vida de um projeto,
visto que as demais atividades são realizadas visando que sua execução seja
2
fidedigna ao idealizado no projeto executivo e vendido ao cliente final (THOMSEN,
2010).
Assim, a adoção de TI na base de todo o ciclo produtivo permite que o projeto
se desenvolva com três característica fundamentais: redução de custos ao cliente final
em relação ao retrabalho, otimização da tomada de decisões e redução no tempo de
projeto e execução (LIN; CHANG; SU, 2016; MCGRAW HILL CONSTRUCTION, 2012;
ADDOR et al., 2010).
O primeiro aspecto citado é alcançado por meio da visão integrada das diferentes
fases, projetos e informações do empreendimento, viabilizando a percepção de
possíveis erros durante a compatibilização do projeto arquitetônico com os
complementares (LIN; CHANG; SU, 2016; MCGRAW HILL CONSTRUCTION, 2012;
ADDOR et al., 2010).
Nesse contexto, a tecnologia Building Information Modeling (BIM) merece
destaque, visto que é fundamentada na disposição das informações de maneira
dinâmica e interativa, permitindo ao profissional maior domínio sobre o projeto,
utilizando diferentes softwares para que isso ocorra (PADMINI, 2016).
Segundo McGraw Hill Construction (2012), a adoção do BIM reduz em 22% os
custos de produção em função de um planejamento melhor elaborado durante a
concepção do projeto, viabilizado pela melhor disponibilidade de informações.
Já no segundo tópico, a melhoria na tomada de decisões ocorre em função do
aperfeiçoamento da disponibilidade das informações, dando maior suporte a
deliberação escolhida.
Por fim, em relação à redução no tempo de projeto e execução, a relação ocorre
em função dos softwares utilizados, pois eles viabilizam a disposição dos projetos e
informações em uma plataforma única (OLIVEIRA; GODENY; MANZIONE, 2013),
proporcionando que alterações feitas em um dos projetos sejam vistas pela equipe,
reduzindo em 33% do tempo de projeto, como aponta McGraw Hill Construction (2012),
otimizando o trabalho e evitando o retrabalho.
Ademais, vale salientar a estreita relação do BIM com os softwares, pois são
eles os responsáveis por alcançar os princípios da metodologia, ao passo que
estabelece uma ponte entre BIM e TI. Masotti (2014) aponta que o primeiro software
BIM foi o ArchiCAD®, em 1987, da Graphisofth®, e hoje as empresas Bentley e
Autodesk lideram o mercado brasileiro com os softwares Bentley Architecture® e Revit
3
Architecture®, respectivamente, voltados para o projeto arquitetônico, objeto desse
estudo.
Tais programas passaram a substituir gradativamente o software AutoCAD®, da
Autodesk, que segundo Andrade e Ruschel (2009), era o programa mais utilizado no
país para a concepção de projetos de arquitetura. Assim, frente a modernização no
processo de concepção, surge a necessidade de os escritórios de arquitetura
acompanharem tal mudança, pois a recessão econômica enfrentada nos últimos anos
aumentou ainda mais a importância da TI em uma empresa (FERRAZ, 2013).
Desse modo, observa-se que a TI impacta fortemente o modo como os projetos
arquitetônicos são feitos e gerenciados, trazendo economia e aumento da
produtividade para os projetos desenvolvidos, tornando-se indispensável a empresas
e clientes.
2.2 TI Estratégica em Escritório De Arquitetura
A estratégia competitiva de uma organização diz respeito ao modo como a
empresa irá atuar para superar seus concorrentes, buscando obter vantagens
competitivas e destacar-se perante ao cliente final (POPA et al., 2014; PORTER,
2004).
Desse modo, uma estratégia deve levar em consideração os seguintes
aspectos: potencial de substituição do produto/serviço oferecido; e as empresas
concorrentes do mercado, visto que tais aspectos são os responsáveis pela mudança
no ambiente de negócios, e consequentes mudanças estratégicas (MAIA JR.;
QUEIROZ; LOPES, 2016; WALLEY, 2007; PORTER, 2004).
No que cabe à estratégia competitiva de escritórios de arquitetura, o primeiro
ponto abordado possui relação com esses aspectos, pois os serviços oferecidos pelas
empresas dessa área são substitutos muito próximos de outros ofertados por
empresas concorrentes, tendo um escritório que oferecer algum diferencial para que
seu substituto seja selecionado, sendo esta a definição de produto substituto, segundo
Miranda (2009). Assim, o impacto na estratégia é expresso pelo poder de persuasão
da companhia no cliente final, a qual deve contemplar medidas para majorar essa
influência (PORTER, 2004).
Nesse aspecto, a TI torna-se uma importante ferramenta para maximizar essa
influência e, com isso, garantir vantagens competitivas à organização. Isso ocorre
devido a possibilidade de, além de permitir economia durante a execução do
4
empreendimento (vide 1.1), que o projeto arquitetônico seja desenvolvido de forma
mais rápida e eficiente, proporcionar ao cliente ver de forma mais rápida a ideia na
qual ele está investindo. Tal fator é considerado por Barros, Formoso e Fensterseifer
(2002) como um dos fatores decisivos para o cliente quanto à escolha da empresa a
ser contratada, visto que ele deverá depreender um considerável esforço pessoal e
financeiro para adquirir um produto que não poderá usufruir por um longo período de
tempo.
Além disso, vale salientar que a TI, ao viabilizar uma produção rápida e eficiente,
possibilita uma maior rotatividade de projetos dentro da empresa, permitindo que o
escritório expanda sua base de clientes e o aumento no faturamento, pois 80% do
faturamento líquido futuro será advindo de novos clientes (AUTODESK, 2016?).
Mediante o exposto, observa-se que a TI melhora a forma de se obter resultados,
sendo considerada por Rodriguez e Fernandes (2011) e Affeldt e Vanti (2009) como
um importante apoio para os objetivos estratégicos da empresa, tornando-se um
mecanismo de aceleração do alcance da meta estratégica.
Desse modo, tem-se que a implementação estratégica de TI é fundamental para
toda e qualquer organização, em função das inúmeras vantagens obtidas. Para isso,
deve-se estudar a melhor forma de implementa-la, pois, sua efetivação impacta em
diferentes áreas da companhia, como abordam Albertin e Albertin (2016) e McFarlan,
McKenney e Pyburn (1983).
Assim, o tópico subsequente busca explanar o processo de implementação e
os impactos na organização, tendo como foco o modelo de Albertin e Albertin (2016).
2.3 Ambientes da Tecnologia da Informação
A importância da TI em uma organização cresceu gradativamente ao longo dos
anos e hoje é considerada uma ferramenta fundamental para o desempenho da
empresa no mercado, existindo a necessidade de compreender o processo de
implementação estratégica de TI.
Segundo McFarlan, McKenney e Pyburn (1983) o processo de implementação
estratégica de TI possui quatro fases distintas, a serem divididas em:
1. Identificação: consiste em estudar as oportunidades de implementação de
TI e decidir quais são as mais apropriadas para investir.
2. Experimentação e aprendizado: o principal ponto dessa fase é aprender
quais problemas podem surgir com a implementação de novas tecnologias,
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ao passo que busca compreender o suporte que o usuário necessitará, bem
como a dimensão de pessoas que a utilizarão.
3. Controle: nessa fase são considerados os problemas enfrentados em sua
implementação, os benefícios gerados e o capital investido, buscando
desenvolver planos de implementações futuras e utilizar as novas tecnologias
de maneira eficiente.
4. Difusão: a companhia busca ampliar os conhecimentos adquiridos a outras
áreas de empresa, auxiliando futuras implementações de TI.
Em escritórios de arquitetura, o estudo da implementação de TI é fundamental,
pois exige dessas organizações um alto investimento. A Tabela 1 apresenta o
investimento médio necessário para a implementação do BIM em escritórios de
arquitetura.
Tabela 1 – Custos de implementação BIM
Custos (R$
Necessidades
1000,00)
Computador com 6 GB de RAM + 15 GB de HD, placa de vídeo de alta
5
resolução
Bentley (pacote microstation, Bentley Architecture, generative componentes e
13,3
assinatura select)
Revit Architecture (assinatura anual) 1,1
Treinamento* sobre BIM (40h/a) ** 2 mil
Treinamento Revit ou Bentley (40h/a) *** 500 – 1,5 ****
Legenda: * Módulos básico, intermediário e avançado. Valor por pessoa. ** Carga horário dos cursos.
*** O treinamento de BIM envolve a compreensão da metodologia como um todo e os referentes aos
softwares envolvem a parte técnica. ****Valor médio.
Fonte: Lourençon (2011).

Observa-se na Tabela 1 o alto esforço financeiro que a implementação do BIM


exige dos escritórios de arquitetura. De acordo com Padmini (2016) o montante
necessário à sua instauração culmina em cinco razões pelas quais muitas empresas
de AEC não optam pelo BIM: o proprietário não solicita; alto custo de atualização dos
hardwares; alto custo de adquirir os softwares bases da metodologia; alto custo de
treinamento do pessoal; a não demanda de clientes.
Todavia, observa-se que a implantação do BIM é uma tendência mundial, pois
o aumento de produtividade e a da probabilidade reduzida de erros durante a
execução dos projetos são fatores que geram, a longo prazo, retornos financeiros as
organizações (SILVEIRA, 2013; LOURENÇON, 2011). Desse modo, observa-se a
necessidade de se analisar de maneira estratégica a implementação de TI, bem como
as áreas por ela afetada.
6
De acordo com McFarlan, McKenney e Pyburn (1983), a TI possui impacto
diferente em todas as organizações, sendo essa variação função do ambiente interno
da necessidade de cada empresa. Albertin e Albertin (2016), com base na obra dos
autores (1983), expressaram o impacto da TI por meio da Figura 1.
Figura 1 – Ambientes da TI

Fonte: Albertin e Albertin (2016).

Infere-se a partir da Figura 1 que a TI tem um elevado valor estratégico para a


organização, já que auxilia no desenvolvimento de produtos e serviços. No âmbito de
escritórios de projetos arquitetônicos, Mansur (2007) aborda que a adoção de TI
permite adaptabilidade, agilidade e flexibilidade, visto que ela auxilia na atribuição de
padrões e responsabilidades durante a execução de um projeto.
Já no ambiente de Reviravolta, observa-se que o contínuo desenvolvimento das
atividades da organização é essencial para a manutenção do negócio, tendo a TI um
impacto baixo no desenvolvimento delas (ALBERTIN, ALBERTIN, 2016).
No que tange à Fábrica, o funcionamento das atividades de TI tem alto valor
como “[...] suporte para as operações diárias” (ALBERTIN, ALBETIN, 2016, p. 21).
Assim, a manutenção da TI é o requisito fundamental nesse ambiente.
No ambiente Suporte, observa-se o baixo valor da TI à organização, pois as
operações fundamentais ocorrem independentes dessa área (MCFARLAN;
MCKENNEY; PYBURN, 1983).
Mediante o exposto, observa-se o amplo escopo de atuação da TI, bem como
seu alto impacto na estrutura da organização. Desse modo, tem-se justificado a
necessidade de analisar essa área de maneira estratégica.

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3. MÉTODOS
A presente pesquisa teve por finalidade estudar as dimensões da gestão
estratégica de TI em escritórios de arquitetura. Portanto, objetivou-se estudar um
fenômeno em um determinado contexto, adequando-se à classificação de pesquisa
qualitativa (FLICK, 2013). Assim, com base na natureza da presente pesquisa,
apresenta-se o Quadro 1.
Quadro 1 – Características da Pesquisa Qualitativa
Parâmetros Aspectos Qualitativos Na pesquisa
Indicação à prêmios e
Escolha reduzida e
Sujeitos da pesquisa influência na comunidade de
intencional (FLICK, 2013)
arquitetos.
Entrevista semiestruturada
(Apêndice A), com
Aberta e abrangente (FLICK,
Coleta de dados questionamentos divididos de
2013).
acordo com os objetivos
específicos.
Análise de conteúdo,
Análise de dados Interpretativa (FLICK, 2013).
Chizzotti (2006).
Descritiva (VERGARA, Expõe características do
Tipologia
2016). grupo em estudo.
Aplicação no local de
ocorrência do fenômeno,
caracterizando, também, um
Estudo de caso múltiplo. estudo de caso múltiplo, pois
Meios de investigação foram analisadas quatro
(VERGARA, 2016).
empresas.

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de Vergara (2016) e Flick (2013).

Assim, de acordo com o Quadro 1, derivam-se importantes características do


estudo, como os escritórios entrevistados, os quais apresentam os seguintes
aspectos:
Empresa A – Arquiteto A: indicação ao 7º prêmio de gentileza urbana pelo
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) Ceará.
Empresa B – Arquiteto B: Recebeu o Prêmio IAB Ceará 2005 nas categorias
Edificação Pública/Institucional e Intervenção Urbana.
Empresa C – Arquiteto C: Realiza cursos para profissionais da área e recebe
alunos de graduação para a realização de programas de estágio supervisionado.
Empresa D – Arquitetos D e E: Responsável pela idealização e organização
de um dos maiores eventos de arquitetura do país, atingindo escala global.

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As perguntas disponíveis no roteiro de entrevista semiestruturada (Apêndice A)
foram classificadas de acordo com os objetivos específicos desse estudo, conforme
apresentado na Figura 2. Todas as entrevistas realizadas foram gravadas, mediante
autorização do entrevistado, viabilizando a análise de conteúdo com base em Chizzotti
(2006).
Figura 6 – Classificação da Perguntas de Acordo com os objetivos específicos

Finalidades
2 atribuídas a TI: 3, 4, 5, 6, 11.
1 e 8.

Softwares
Ambientes
mais
de TI:
adotado:
9 e 10
7, 12 e 13.

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

Para o desenvolvimento desse método de interpretação, adotam-se palavras


chaves para relacionar a frequência de citação à sua relevância (CHIZZOTTI, 2006).
Assim, após a degravação dos áudios, escolheu-se as seguintes palavras: TI,
softwares, BIM, AutoCAD, Revit, Bentley, Implementação, estratégias, vantagens,
competitividade, concorrência; seguindo a ordem dos objetivos específicos.
Após o desenvolvimento da metodologia aqui descrita, foi possível conceber os
resultados expostos na seção subsequente.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tendo como ponto de partida a degravação dos áudios das entrevistas, o


primeiro aspecto identificado nos escritórios foi a dificuldade dos entrevistados em
definir TI, embora tivessem uma ideia geral da área, não sabiam defini-la dentro de
suas organizações.
Na Empresa B, o Arquiteto B definiu TI como “[...] um conjunto de rede de
computadores, impressoras, telefones, onde tudo é interligado por meio de um
servidor que realiza backups automáticos e periódicos dos arquivos e projetos do

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escritório [...]. Lá está a vida do escritório”. A fala transcrita mostra que apesar da
dificuldade em definir TI, ela desempenha um papel de destaque como ferramenta de
suporte as ações diárias.
Na Empresa C, o Arquiteto C, apesar de apresentar a mesma dificuldade
observada nos demais escritórios, destacou a TI como ferramenta de suporte a gestão
interna no escritório, ressaltando a utilização do software ZeroPaper® para o controle
de fluxo de caixa. O ponto principal ressaltado pelo interveniente foi a otimização das
informações financeiras por meio da plataforma, auxiliando na tomada de decisões.
Na Empresa A, o Arquiteto A definiu a TI como uma ferramenta de suporte para
a execução e criação de projetos, dando ênfase a softwares como Sketchup e
CorelDraw, pois eles permitem uma apresentação dinâmica dos projetos.
Na Empresa D, o Arquiteto E afirmou “[...] não ter um conhecimento muito
profundo sobre o que é TI, principalmente aplicada à escritórios de arquitetura”, já o
Arquiteto D definiu TI como o sistema de “[...] armazenamento de dados,
arquivos e informações, que são compilados e distribuídos nos computadores do
escritório”.
Por meio da fala transcrita, observa-se que apesar da dificuldade em definir TI,
a explicação dada assemelha-se a do Arquiteto B, mostrando uma visão unificada
sobre TI, apesar de carecerem de uma definição mais precisa.
Nesse contexto, a dificuldade em compreender a TI afeta sua utilização
estratégica, pois por não compreendem suas dimensões, não sabem como
transforma-la em vantagens competitivas à organização.
Na Empresa B, a TI não foi considerada pelo Arquiteto B como uma ferramenta
que auxilia a empresa na entrega de um produto final com maior qualidade, não tendo,
portanto, a função de agregar valor ao produto final, mas sim de dar suporte os
processos. Logo, esse escritório considera a TI como essencial para e eficiência
organizacional. Nas demais empresas, observou-se uma divergência, pois a TI é
considerada importante em diversos aspectos da organização, tais como otimização
de processos, melhoria do produto final e aumento da produtividade.
O Arquiteto A apontou que a tecnologia reduzia o retrabalho, pois permitia que
o profissional trabalhasse com mais informações, aumentando o nível de certeza em
relação as decisões tomadas ao longo do projeto. Em relação a organização interna,
a Empresa A está em processo de implementação do Trello, para auxiliar as equipes
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a organizarem a ordem cronológica do projeto executado e, com isso, conseguirem
ter uma visão geral da produtividade em relação ao serviço executado.
O mesmo destaque é dado pelo Arquiteto C, que aponta a importância de
programas que gerem informações de forma automática, possibilitando uma rápida
tomada de decisões.
Na Empresa D, os intervenientes mencionaram que já tentaram implementar o
Trello na gestão interna da organização, mas não houve sucesso, pois ele não se
adequou ao dinamismo da organização. Ao invés disso, outro software se destacou
na empresa, o Asana®, auxiliando na gestão interna e divisão de projetos.
Em relação a execução de projetos, dois pontos foram unânimes: redução do
retrabalho e otimização de decisões. Esses tópicos foram fortemente relacionados a
metodologia BIM e ao Revit
Na Empresa A, o BIM encontra-se em fase de treinamento e implementação.
Apesar disso, o Arquiteto A já mensura ganhos em relação a compatibilização de
projetos complementares e diminuição do retrabalho, que hoje representa uma média
de 20% do tempo total desprendido a um projeto na organização.
Na Empresa C, essa metodologia encontra-se na fase de estudos. Para validar
sua utilização, o escritório adotou a postura de avaliar a utilização do Revit em projetos
já realizados, pois dessa forma seria possível avaliar seu desempenho em um caso
real e compara-lo com a utilização dos softwares já incorporados, como o AutoCAD.
Com isso, o Arquiteto C pontua que esse método de implementação permite ao
escritório avaliar a produtividade que a equipe teria utilizando novos softwares, ao
passo que permite que a empresa se utiliza das versões de testes desses programas,
reduzindo o ônus de sua implementação.
Já na Empresa D, a empresa mostra-se preocupada em dominar a metodologia
como um todo e ressalta que o BIM é uma metodologia de gerenciamento complexa
e que exige da organização um certo nível de maturidade. O Arquiteto D menciona
que para o estudo de implementação do BIM, um dos sócios do escritório ficou
responsável e ele tem a função de estudar e compreender todas as suas dimensões.
Tal preocupação surge porque “[...] muitos escritórios utilizam [o Revit] como um
facilitador e não tem a preocupação de dominar corretamente a ferramenta”.
Já na Empresa B, o interveniente entrevistado afirmou que o escritório “[...]
tentou usar o Revit, mas o processo dele é muito complicado [...]” em função da
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necessidade de a organização possuir um banco de dados bem formulado, por isso a
organização deu preferência a utilização de softwares mais simples, como o
ArchiCAD. Desse modo, a implementação da metodologia BIM e dos softwares que a
compõe não se mostrou ser uma preocupação para a empresa.
O problema abordado pelo Arquiteto B também foi apontado pelos demais
entrevistados, porém os demais reconheceram a necessidade dos escritórios de se
adaptarem a essa metodologia, pois essa é a tendência de mercado.
Nesse contexto, o Arquiteto D destaca a importância dos fornecedores “[...]
saírem na frente e já inserirem seus produtos nessas plataformas, pois se o
profissional tiver que modelar e inserir todas a informações do elemento A da marca
X, e a marca Y possui todo o catálogo modelado, com todas as informações
necessárias, isso permite que o arquiteto utilize mais o seu produto em detrimento de
outro que não tenha nenhuma informação”. Dessa forma, o entrevistado destaca as
vantagens competitivas das organizações que buscam adequar seus produtos e
serviços às novas tendências do mercado.
Analisando a implementação do BIM nas Empresa A, C e D, observa-se que o
processo de instauração dessa nova tecnologia encontra-se em consonância com
método de efetivação estratégia de TI proposto por McFarlan, McKenney e Pyburn
(1983), abordado no tópico 1.4. A Figura 2 mostra esse processo.
Figura 3 – Processo de Implementação Estratégica de TI

Identificação
O software Revit foi o escolhido para iniciar
tendência de incorporação do BIM. esse processo.

Experimentação
Avaliação dos problemas decorrentes da
Busca pelo domínio da ferramenta.
implementação do Revit.

Controle
Análise do capital necessário à Desenvolvimento de planos de
implementação. implementação do Revit.

Difusão
Área em desenvolvimento

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

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As empresas entrevistadas, com exceção da Empresa B, onde não ocorre o
processo de implementação de nenhuma nova tecnologia, encontram-se em fase de
transição entre experimentação e controle.
Na Empresa C, o Arquiteto C mencionou que os custos de implementação da
metodologia é um dos principais pontos analisados pelo escritório em função do alto
valor das licenças dos produtos; enquadrando, portanto, a organização na fase de
controle.
Já na Empresa D, a maior preocupação com a implementação da metodologia
é o domínio completo da ferramenta, buscando maximizar seus ganhos. Analisando
por esse aspecto, a empresa encontra-se na fase de experimentação. Contudo, o
escritório mostra o desenvolvimento de planos para a incorporação do Revit aos seus
processos; logo, a organização encontra-se em fase de transição entre
experimentação e controle.
Na Empresa A, a organização encontra-se na fase treinamento de equipe e
conhecimento da ferramenta, caracterizando-se no estágio de experimentação.
Em relação a fase de difusão, a empresas ainda não se encontram nesse
estágio, pois para difundir o conhecimento, é necessário que a metodologia esteja
consolidada em uma parte da organização.
Ademais, observa-se que os softwares atualmente adotados pelas empresas
para o desenvolvimento de seus projetos são, em geral, os mesmos. A Figura 3
apresenta os principais programas utilizados e a respectiva empresa.
Figura 4 – Empresa e seus respectivos Softwares

Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D


AutoCAD ZwCAD AutoCAD AutoCAD

Sketchup ArchiCAD Sketchup Sketchup

Corel Draw Sketchup Photoshop ArchiCAD

3D Studio CorelDraw Photoshop

Illustraitor
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

Observa-se da Figura 3 que as empresas entrevistadas utilizam, de modo geral,


os mesmos programas. Segundo o Arquiteto A, a empresa utiliza o AutoCAD como

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software principal para execução dos projetos e o Sketchup e o CorelDraw para
representação em 3D e tratamento de imagens, respectivamente.
Já na Empresa B, observa-se que o escritório não utiliza o AutoCAD, mas sim
um produto similar: ZwCAD. Segundo o Arquiteto B, essa escolha ocorreu em função
do alto valor da licença do AutoCAD, tornando-se inviável à organização em função
do número de computadores que o escritório possui (aproximadamente 15
computadores).
Já em relação a não implementação do Revit, o interveniente argumenta que o
software ArchiCAD apresenta funções bem próximas ao primeiro programa citado,
sendo este um dos motivos de escolha da não implementação do BIM ao escritório.
Os demais programas mostrados na Figura 3 são utilizados para tratamento de
imagens e representação 3D.
A Empresa C apresenta os mesmos softwares utilizados pela Empresa A, mas
incorporando o Photoshop ao processo de tratamento de imagens. Segundo o
Arquiteto C, o escritório utiliza-se ainda da rede social Pinterest para auxiliar o cliente
a expressar sua visão, podendo ser considerado uma ferramenta fundamental para a
concepção do projeto.
Tal prática é interpretada pelo Arquiteto D como prejudicial para a concepção
de um projeto singular, pois ele afirma que, em alguns casos, “[...] quando o arquiteto
mostra uma referência ao cliente, ele fica muito preso a imagem de referência e não
a possibilidade de solução [...]”, podendo gerar um produto final que, segundo o
Arquiteto E, assemelha-se a uma “[...] colcha de retalhos”.
Ademais, segundo o Arquiteto C, a empresa encontra-se no processo de estudo
de dois softwares: Ecotec e Flow Designer. Segundo o entrevistado, a utilização
desses programas é fundamental para a qualidade do produto final, pois como “[...]
um projeto arquitetônico só será verdadeiramente avaliado após a utilização efetiva
do espaço, já que somente dessa forma o cliente poderá ver o que lhe causa
desconforto naquele ambiente”, a integração desses programas a fase de concepção
do projeto permite que o arquiteto simule o conforto térmico do projeto e, como isso,
pode realizar melhorias e evitar a probabilidade de reformas futuras relacionas a esse
tópico.
A Empresa D, além dos softwares já mencionados, incorpora o programa
Illustrator ao processo de tratamento de imagens. Segundo os Arquitetos D e E, a
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empresa encontra-se no processo de estudo e implementação de impressão 3D à
confecção dos projetos.
De acordo com o Arquiteto E, a incorporação dessa tecnologia trará ganhos ao
escritório em dois pontos: aprovação mais rápida do cliente para o projeto final e
domínio do projetista sobre o produto final. Em relação ao primeiro ponto, o Arquiteto
D associa esse ganho à importância de se apresentar uma maquete física ao cliente,
pois o fato de o cliente poder ver como o projeto pode ficar, auxilia na compreensão
do projeto e consequente aprovação. Para o interveniente, o tato é um importante
aliado para esse entendimento.
Já no tocante ao segundo ponto, o Arquiteto D aborda que a impressão 3D
poderia ser incorporada ao processo de execução do projeto aprovado, porque
permitiria que o profissional imprimisse detalhes específicos do projeto para visualiza-
los em maior escala. Dessa forma, seria possível compreender como aquela parte
seria executada na obra, reduzindo a possibilidade de falhas e retrabalho,
aumentando, consequentemente, a qualidade do produto final.
Ademais, foi possível identificar o ambiente de TI em cada empresa, conforme
apresentado na Figura4.
Figura 5 – Ambientes de TI nos escritórios

Empresa A

Empresa C
Empresa B Fábrica Estratégico
Empresa D

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

Observa-se na Figura 4 que a Empresa B encontra-se na área Fábrica porque,


segundo o Arquiteto B, a TI representa um mecanismo de suporte as operações
diárias, não sendo um elemento estratégico à organização.
Já a Empresa A se encontra no período de transição entre o ambiente Fábrica
e Estratégico, estando mais situada na primeira área mencionada. Essa relação foi

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estabelecida em função da implementação do BIM, pois o escritório reconhece a
importância estratégica de sua integração à organização, mas a TI ainda é mais
presente como suporte às operações diárias.
No ambiente Estratégico, as Empresas C e D assim foram classificadas porque
passaram a estudar a integração de TI como forma de melhorar a qualidade do
produto final, buscando obter vantagens competitivas em relação as empresas desse
nicho.
Na Empresa C, a TI estratégica foi identificada por meio do estudo dos softwares
Ecotec e Flow Designer. Já no segundo escritório citado, a TI foi utilizada de forma
estratégica na incorporação de impressão 3D ao processo de execução de projetos e
apresentação do produto ao cliente final.
Mediante o exposto, foi possível dimensionar a gestões estratégica de TI em
escritórios de arquitetura, chegando a conclusão mostrada na Figura 5.
Figura 6 – Dimensões da gestão estratégica de TI

Softwares mais
Rede computadores adotados
Softwares
Melhoria nos processos Estratégico
referentes a execução de
projetos AutoCAD Fábrica
Redução do retrabalho Sketshup
Otimização de decisões CorelDraw
Photoshop

Finalidades Ambientes de
atribuídas a TI TI

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).

Desse modo, observa-se que a TI apresenta um grande escopo de atuação e


impacta em todos os níveis da organização. O primeiro quadro apresentado na Figura
5 exemplifica tal assertiva, pois é possível inferir que a TI encontra-se presente no
aspecto operacional e organizacional, atuando como agente de otimização dos
processos.
Assim, ela poderia ser considerada a ferramenta chave para a diferenciação do
escritório no mercado, pois ela poderia subverter a característica de produtos
substitutos atrelados aos serviços desenvolvidos pelo nicho estudado e auxiliando a
empresa a inserir-se no ambiente estratégico de TI.
16
5. CONCLUSÃO
O presente trabalho, motivado pelo questionamento “Quais as dimensões
da gestão estratégica de TI nos escritórios de arquitetura?” foi seccionado em três
pontos (os quais são os objetivos específicos do estudo): identificação das finalidades
atribuídas a TI; softwares mais adotados pelos escritórios de arquitetura; e ambientes
de utilização da TI nas organizações.
Nesse contexto, identificou-se que a finalidade usualmente atribuída a TI
pelos entrevistados foi a de suporte para as ações diárias e destaque perante o cliente
final, viabilizado pela maior qualidade dos projetos executados. Nesse ponto, a TI foi
relacionada por todos os intervenientes como sinônimo da tecnologia BIM.
Exemplificando o impacto da TI nas relações de trabalho. Vale salientar que apenas
um dos quatro entrevistados não está em processo de adaptação para integrar tão
tecnologia ao seu dia a dia, destacando a clara importância da TI para o nicho.
No tangente aos softwares mais adotados, observa-se o amplo uso do
AutoCAD para a produção do projeto executivo, com exceção da Empresa B que usa
o ZwCAD (similar ao primeiro programa citado), diferenciando-se apenas nos
utilizados para tratamento de imagens e apresentação do projeto para o cliente final.
Assim, identifica-se a utilização da TI como ferramenta estratégica, visto que busca
diferenciar a organização de seus concorrentes. Vale destacar que o software Revit,
que dá suporte ao desenvolvimento do BIM, encontra-se no processo de implantação
em todos os escritórios estudados, salvo a Empresa B.
No tocante aos ambientes de TI nas empresas estudadas, observa-se
que duas das quatro empresas estudas já utilizam adotam a TI como parte efetiva de
sua estratégia, uma encontra-se no processo de transição para o nível estratégico e
outra ainda não reconhece a TI como um ativo impactante em sua estratégia. Desse
modo, ratifica-se que a TI é parte fundamental da estratégia dos escritórios de
arquitetura e foi amplamente influenciada pela tecnologia BIM.
Assim, concluiu-se que a tecnologia BIM é uma das maiores marcas da
TI no nicho analisado e que a TI é parte fundamental da estratégia competitiva. Por
isso, propõe-se que sejam desenvolvidas metodologias de avaliação do ambiente
organizacional para viabilizar a efetiva integração da TI a estratégia da organização.
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APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA
1. O que a empresa considera como Tecnologia da Informação?
2. Quais são as tecnologias da informação adotadas pela empresa?
3. A TI é adotada de forma estratégia?
4. Faz parte da sua agenda a concepção de TI na gestão dos projetos?
5. Você considera a TI como fator impactante no desempenho da organização?
6. A organização possui vantagens competitivas em relação a outras empresas
quanto ao uso de TI?
7. Como a empresa gere as informações que proporcionam a base para a tomada
de decisões?
8. A tomada de decisões é otimizada com o uso de TI?
9. Qual a maior vantagem, em relação ao ambiente interno da empresa, em relação
a adoção de TI?
10. Como a empresa conduz o seu canal de comunicação?
11. Como a empresa investe em TI?
12. Quais os softwares utilizados para o desenvolvimento de projetos?
13. Quais os softwares utilizados para a gestão interna da organização?

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