02 Capítulo Caminhos possíveis para física quântica 03 Capítulo O nascimento da física quântica 04 Capítulo Dualidade onda-partícula onda partícula 05 Capítulo Considerações finais 06 Bibliografia Referência e inspirações 01 Apresentação Apresentaçã Quem é o PHDaFísica & Matemática Salve meus amigos e amigas, eu sou o professor Paulo Henrique de Souza, Souza fundador do PHDaFísica & Matemática e te apresento o ebook FÍSICA QUÂNTICA: UMA REALIDADE OCULTA que agora você tem a sua disposição. disposição Falando um pouco de mim, sou licenciado em física, mestre em ensino de física e DOUTOR EM ENSINO DE FÍSICA pela UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO e licenciatura em matemática pela Centro Universitário Claretiano. Tenho experiência como professor de FÍSICA e MATEMÁTICA em todos os níveis de ensino,, além de ter atuado como professor na disciplina de HISTÓRIA E FILOSOFIA DA FÍSICA, FÍSICA, na forma presencial e a distância, em algumas instituições privadas deste país. Como acredito que FÍSICA É CULTURA,, vertente herdada do meu professor e amigo João Zanetic da Universidade de São Paulo, entrego a você mais do que um ebook, ENTREGO UMA OPORTUNIDADE de iniciar seus estudos da ciência mais antiga e fundamental que é a física. Com este ebook você tem ao seu alcance um conhecimento que só é encontrado nos grandes cursos de pós graduação em física do Brasil. Brasil Assim, com este conhecimento, você não será enganado ou ludibriado pelo charlatanismo crescente em nossa sociedade, entenderá um dos grandes fundamentos da física. Você tem em suas mãos um aperitivo com reflexões sobre a física quântica, em especial sobre dois conceitos fundamentais para o conhecimento quântico que são os conceitos de onda e partícula.
Aqui você vai compreender como o conhecimento humano desenvolveu
seu entendimento da im imaterialidade destes dois conceit eitos que estão na formação e construção da física quântica. Entende-se que estes conceitos nos ajudam a pensar na FÍSICA COMO CULTURA.
Deixo aqui o meu currículo e dados para contato
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http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4751163T1 Minha TESE de DOUTORADO https://teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-03122014- 115014/pt-br.php Minha DISSERTAÇÃO de MESTRADO https://teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-13062011- 154332/pt-br.php
Agora vamos ao e-book. Bons estudos e
aproveite a oportunidade! 02 Capítulo Caminhos possíveis para física quântica COMO sabemos e estudamos nos livros didáticos, a física quântica nasceu com a postulação feita por Max Planck em dezembro de 1900, de que os "osciladores" de corpos térmicos teriam valores discretos de energia, múltiplos inteiros de uma grandeza associada a frequência (hf, em que h é a constante de Planck e f a frequência). O caminho trilhado até a descoberta passou pelos importantes trabalhos teóricos de Kirchhoff, Boltzrman, Wien e Rayleigh, e experimentais de Stefan, Paschen, Lummer e Rubens, entre outros. Mas o que teria acontecido se algum desses físicos não tivesse se tornado cientista? Será que a física quântica teria nascido da mesma maneira? Fazendo um trabalho imaginativo em um cenário de ficção científica, em certa data, por exemplo, em janeiro de 1800, digamos que existam cem réplicas exatas da Terra em nosso universo e cada uma delas orbite em torno de um sistema solar semelhante ao nosso. No entanto, cada uma é muito peculiar, ou seja, com uma organização social diferente, valores éticos distintos entre si, além de uma história da ciência muito específica para cada mundo. Não necessariamente os cientistas seriam os mesmos, ou seja, alguns poderiam ter se tornado músicos e outros políticos ou esportistas. Nesses diferentes cenários, será que a física quântica teria surgido da mesma maneira? Ou melhor, será que em todos estes mundos a física quântica seria construída?
Um grande problema seria estimar qual a porcentagem teria
seguido um caminho ou outro, alias, com o conhecimento que temos hoje, quais seria essas possibilidades? Evidentemente, se considerarmos a existência destas diferentes Terras em diferentes datas, os caminhos podem ser cada vez maiores.
Voltando ao nosso cenário real e conhecido, podemos
identificar pelo menos quatro grandes campos de estudo que estavam ao redor do mundo quântico. São eles: o da radiação térmica, o dos efeitos ópticos, o da espectroscopia e o dos calores específicos dos sólidos. O que estamos dizendo é que qualquer um destes caminhos poderiam nos conduzir para a física quântica.
Outra possibilidade é o campo da teoria cinética dos gases, algo
considerado por pesquisadores como Neville Mott. A quantização poderia ser deduzida a partir da observação experimental de que qualquer energia transferida para uma molécula monoatômica aumenta apenas sua energia cinética e não a energia dos graus de liberdade internos ( movimento espacial das componentes moleculares). Portanto é possível pensar em pacotes de energia associados ao estado de excitação dos elétrons, ou seja, quantização. No entanto, a interpretação dos resultados destes experimentos não era unanime. Um caminho teórico seria a partir da analogia da mecânica newtoniana com a óptica geométrica, ou seja, se a mecânica newtoniana está para óptica geométrica, qual mecânica estaria para a óptica ondulatória. Neste sentido seria possível deduzir a dualidade onda-partícula. Em seu segundo artigo sobre mecânica quântica. Edwin Schorondiger derivou a equação da mecânica ondulatória a partir da teoria de Hamilton, fato indicativo de que este caminho era promissor.
Ainda é possível especular um caminho através de uma
hipótese lançada pelo químico Kekulé sobre uma espécie de oscilação envolvendo ligações simples e duplas entre átomos de carbono no anel de benzeno, sendo que estas ligações deveriam ser tratadas como idênticas. No entanto, com o conceito de "ressonância" introduzido por Werner Heisenberg para descrever os estados eletrônicos do átomo de hélio, foi aplicado por Linus Pauling para o benzeno. Apesar do mesomerismo exprimir um aspecto qualitativo do principio quântico da superposição, ao que parece não seria possível levar a uma determinação de algum parâmetro quântico, de forma ser um caminho contrafactual que deve ser descartado.
Por fim, seria possível até pensar no caminho da matemática,
ainda que muito especulativo e improvável, a teoria clássica possibilita apenas um estado de dígitos por vez, ou seja, pensando em binários ou se esta no "0" ou no "1". Mas entre eles existem diferentes estados, em que, como muito esforço e intuição poderiam deduzir a superposição quântica. 03 Capítulo O nascimento da física quântica Na segunda metade da década de 1920, ocorreram grandes transformações na física que culminaram na formulação da mecânica quântica. Max Planck, em 1900, logrou explicar, por meio de uma hipótese que a ele próprio repugnava, o espectro de radiação do corpo negro. Um “corpo negro”, que não deve ser confundido com buraco negro, poder ser definido a partir de um pequeno orifício aberto em um corpo oco. Esse orifício aparecerá negro para corpos em temperaturas usuais, daí o nome corpo negro. No entanto, à medida que a temperatura se eleva, o orifício se torna vermelho, depois amarelo e, finalmente, branco (neste ponto, ou mesmo antes, o material se funde; fenômeno do mesmo tipo pode ser observado aquecendo-se um pedaço de metal). A cada temperatura corresponde uma coloração da luz emitida, que resulta da mistura de radiações luminosas de diferentes freqüências; cada uma destas contribui na mistura em uma determinada proporção, fornecendo uma determinada parcela de energia à energia total irradiada pelo orifício. Essas proporções podem ser medidas experimentalmente. A figura abaixo mostra o gráfico de uma grandeza proporcional à energia irradiada em função do comprimento de onda. Cálculos los dessa grandeza a partir das teorias clássicas, como o eletromagnetismo, mecânicas clássica e estatística, fornecem resultados em completo desacordo com os dados empíricos, como se vê no gráfico (curva de Rayleigh-Jeans Rayleigh Jeans), exceto na região de altos comprimentos de onda (ou baixas freqüências). Essa discrepância constituiu um problema grave para a física do final do século passado. Depois de várias tentativas fracassadas de obter os resultados experimentais corretos através s de manipulações nas teorias clássicas, Planck percebeu que com a simples introdução da hipótese de que os osciladores eletrônicos, responsáveis pela emissão da radiação eletromagnética (luz), só podem vibrar com determinados valores de energia podia obter obte previsões teóricas em perfeito acordo com a experiência. A princípio tal hipótese não parecia ser fisicamente admissível, dada a sua incompatibilidade com um ponto básico das teorias da época. A quantização da energia de oscilação dos elétrons conflita com o caráter contínuo da energia, conforme sempre se aceitou, e com boas razões, inclusive de ordem experimental. Essa hipótese acabou sendo provisoriamente tolerada pelos físicos, pois era a única de que se dispunha para dar conta dos fatos, apesar de causar uma desestruturação das bases da física. Prosseguiu-se, porém, imaginando que a quantização ocorreria apenas nos osciladores eletrônicos atômicos, mas não na energia irradiada, que, segundo o eletromagnetismo, se propaga na forma de ondas eletromagnéticas. No entanto, em 1905, Einstein propôs, no segundo dos três artigos que publicou naquele mesmo ano (do primeiro já falamos; o terceiro artigo deu ao público a teoria da relatividade especial), que a quantização deveria ser estendida à energia eletromagnética livre. Essa ideia de Einstein, talvez ainda mais inaceitável que a de Planck, surgiu no contexto de suas investigações de um fenômeno descoberto por Hertz em 1887, o chamado efeito fotoelétrico. Tal efeito consiste no favorecimento da emissão de raios catódicos (elétrons) propiciado pela incidência de luz sobre o cátodo. Um esquema simplificado do aparelho para a observação do efeito é o seguinte: Até o trabalho de Einstein, esse fenômeno não despertou muito a atenção dos físicos. Supunha-se que a energia transferida pelas ondas eletromagnéticas de luz aos elétrons do cátodo provocava o seu desprendimento, para que se movessem na direção do ânodo, formando-se assim uma corrente elétrica através do circuito. Ao propor que a energia eletromagnética da luz era quantizada, ou seja, que se propagava em “pedaços”, ou “quanta” (posteriormente batizados com o nome de fótons), Einstein previu que se fossem realizados experimentos para a medição de certos parâmetros do efeito fotoelétrico, os resultados mostrariam que sua hipótese, e somente ela, forneceria as previsões corretas. Essas inusitadas previsões eram: 1) que a energia cinética dos elétrons independeria da intensidade da luz; 2) que existiria uma freqüência de corte da luz incidente, abaixo da qual o efeito cessa, não importando quão intensa seja a luz; 3) que os elétrons seriam ejetados imediatamente, não importando quão baixa seja a intensidade da luz. Ora, essas três previsões contrariam de modo frontal as previsões clássicas, que partem do pressuposto de que a luz é uma onda eletromagnética, e que portanto a energia que transporta se distribui continuamente pelo espaço. Para perplexidade geral, medições cuidadosas realizadas em 1914 pelo grande experimentalista americano Robert Millikan confirmaram as previsões de Einstein. Foi por este trabalho e pela determinação da razão carga/massa do elétron que Millikan ganhou o Prêmio Nobel, em 1923; e foi por haver explicado (antecipadamente!) as observações de Millikan que Einstein ganhou o seu, em 1921 Uma importante confirmação independente da hipótese do quantum de luz surgiu em 1923, com a detecção, pelo físico americano Arthur Compton, de um fenômeno que ficou conhecido como efeito Compton. Em seu experimento Compton bombardeou um alvo de grafite com raios-X de uma dada freqüência. Medindo a freqüência da radiação espalhada pelo alvo, verificou que surgia, ao lado da esperada radiação com a freqüência da radiação incidente, outra com freqüência menor. Em termos da teoria ondulatória da radiação eletromagnética (e tinha-se como certo que os raios-X eram uma radiação desse tipo, já que se haviam observado difração e interferência de raios-X), a existência da radiação “anômala” detectada era completamente inexplicável. Se se assume, porém, que os raios-X também são quantizados, ou seja, consistem de “partículas”, o efeito pode ser explicado em termos simples. Ao colidir com os elétrons do grafite, tais partículas transferem-lhes parte de sua energia, sendo pois refletidas com menos energia do que tinham antes. Essa perda de energia pode ser calculada pelas leis da mecânica relativista de Einstein. Usando então a relação entre energia e freqüência proposta por Planck e Einstein, ou seja, E = hf (onde h é a chamada constante de Planck), pode-se calcular o quanto essa perda de energia significa em termos de diminuição de freqüência. O valor obtido concorda perfeitamente com os dados experimentais. Por esse trabalho, que forneceu esmagadora evidência à natureza corpuscular da radiação eletromagnética, Compton recebeu o Prêmio Nobel em 1927. A Figura 3 esquematiza o efeito Compton e sua explicação em termos do quantum de radiação.
Narramos acima, em termos brevíssimos, a história da teoria
atômica, e vimos como a hipótese de que a matéria dita “ponderável” é composta de corpúsculos de algum tipo se tornou aceita pela comunidade científica no início de nosso século. Sua incorporação à teoria química de Dalton e à mecânica estatística, seu uso por Einstein na explicação do movimento browniano, e a confirmação empírica das equações que obteve, as investigações experimentais de J. J. Thomson, Rutherford e colaboradores, e finalmente o sucesso do modelo atômico de Bohr na previsão de fenômenos importantes, praticamente eliminavam as dúvidas de que a matéria ponderável seria descontínua, constituída de pequenos “pedaços”. No entanto, como também já mencionamos, a teoria quântica velha de Bohr, que representava o refinamento máximo alcançado pela teoria atômica, era insatisfatória do ponto de vista de sua consistência e de seus fundamentos, além de sofrer sérias limitações em sua capacidade de previsão quantitativa. Do ponto de vista mecânico, o que havia de mais estranho era a quantização das energias, e, portanto, das órbitas, dos elétrons. Isso nos leva a pergunta: Por que motivo os elétrons não podiam orbitar senão a determinadas distâncias do núcleo? 04 Capítulo Dualidade onda-partícula No entanto, a teoria quântica velha de Bohr, que responde a pergunta deixada no capítulo anterior, representava o refinamento máximo alcançado pela teoria atômica, era insatisfatória do ponto de vista de sua consistência e de seus fundamentos, além de sofrer sérias limitações em sua capacidade de previsão quantitativa. Do ponto de vista mecânico, o que havia de mais estranho era a quantização das energias, e, portanto, das órbitas dos elétrons. Por que motivo os elétrons não podiam orbitar senão a determinadas distâncias do núcleo? Intrigado com essa questão, o jovem nobre francês Louis de Broglie imaginou o seguinte: na física, os únicos fenômenos que exibem uma quantização desse tipo são determinados fenômenos ondulatórios. (O ar nos tubos de um órgão e as cordas de um piano, por exemplo, só vibram em determinadas frequências). Também, se os trabalhos de Planck, Einstein e Compton haviam mostrado que a radiação eletromagnética, que é uma onda, às vezes se comporta como se fosse composta de partículas, por uma questão estética (simetria) talvez devamos esperar que os átomos, elétrons e outros entes tidos como partículas, às vezes se comportem como ondas. Motivado por tais ideias, Louis de Broglie resolveu, arriscadamente, desenvolver essas ideias em sua tese de doutorado. Sua proposta era a de que a cada partícula (elétron, átomo, etc.) estaria associada uma “onda de matéria” que ditaria parcialmente o seu comportamento. Essa onda teria uma frequência determinada pela energia da partícula através da mesma equação que Einstein usara para determinar a energia do fóton a partir de sua frequência, ou seja, E = hf. Naturalmente, a proposta causou estranheza, e o orientador do aspirante a cientista, Paul Langevin, resolveu, por prudência, fazer o trabalho de seu pupilo passar pelo crivo de Einstein, antes da defesa de tese. Para a salvação Louis de Broglie, o cientista apoiou entusiasticamente sua ideia, que, enfatizamos, não estava apoiada em nenhuma evidência. A confirmação experimental da idéia de de Broglie tem uma história interessante. Respondendo a um membro da banca examinadora, na Sorbonne, de Broglie disse que sua idéia poderia ser verificada projetando-se um feixe de elétrons sobre um cristal: efeitos de difração e interferência seriam observados, como se tratasse de uma onda. Ninguém acreditou; mas em todo o caso o trabalho contava com o apoio de Einstein... Através do próprio Einstein, a estranha idéia chegou, via Max Born, a James Franck, chefe do departamento de física experimental de Götingen. Franck percebeu que a experiência sugerida por de Broglie de fato já havia sido realizada um ou dois anos antes por Clinton Davisson e Charles Kunsman, nos Estados Unidos. Mas os resultados foram interpretados de outro modo, visto que ninguém ousava sequer imaginar que pudesse ocorrer difração de elétrons. Após a incorporação da idéia de de Broglie na teoria quântica completa, desenvolvida em 1925 e 1926 por Heisenberg e Schrödinger, ela passou a ser levada a sério, e Davisson repetiu suas experiências, com um novo assistente, Lester Germer, desta vez com o objetivo específico de investigar a existência das tais “ondas de elétrons”. Paralelamente, experimentos semelhantes foram levados a cabo em Cambridge, Inglaterra, por George Thomson, filho do famoso J. J. Thomson, e por seu assistente Alexander Reid. Os resultados dessas experiências confirmaram de modo inequívoco o comportamento ondulatório dos elétrons, e Davisson e G. Thomson dividiram o Prêmio Nobel de 1937. É cômico observar que J. J. Thomson recebeu o Prêmio em 1906 por haver mostrado que o elétron é uma partícula, e que seu filho mereceu a mesma condecoração trinta e um anos mais tarde por haver mostrado que o elétron é uma onda! Conforme já dissemos, esses desenvolvimentos no estudo da estrutura da matéria geraram um impasse análogo ao que entravou as investigações sobre a natureza da luz. Aqui também a totalidade dos fenômenos só pode ser explicada pelo uso de ambas as concepções, a de partícula e a de onda, claramente incompatíveis. Os experimentos de Davisson e Thomson são fisicamente equivalentes à experiência de difração e interferência de ondas que atravessam dois orifícios próximos abertos em um anteparo (ver Fig. 4 das notas “Características conceituais básicas da física clássica”). Isso ocorre tanto com a luz como com elétrons, nêutrons, etc., indicando que tais entidades comportam-se, pelo menos nesta situação experimental, como ondas. Não é possível explicar efeitos desse tipo sem recorrer a ondas. O que é misterioso é que em outras situações essas mesmas entidades comportam-se como partículas. Se, por exemplo, colocarmos detetores de “coisas” quânticas em cada um dos orifícios do aparelho de interferência, verificaremos que a “coisa” sempre é registrada por um ou por outro, mas nunca por ambos, como seria o caso se ela fosse uma onda. Porém nesse experimento modificado evidentemente não é mais possível observar o fenômeno de interferência, já que as “coisas” são absorvidas pelos detetores. 05 Capítulo Considerações finais Quando o homem logrou mais amplos progressos na investigação dos constituintes básicos do mundo, reconheceu que os conceitos de que tradicionalmente se serviu para representar a realidade mostraram-se inadequados. As coisas que formam o mundo não podem ser descritas nem como corpúsculos nem como ondas, embora sempre se comportem ora como estas, ora como aqueles, dependendo da situação. Não há uma ontologia visualizável que permita unificar essa descrição. Pode-se agora perguntar como, diante de uma situação tão paradoxal, pôde a física assistir à criação da mecânica quântica, a mais abrangente, profunda e precisa teoria científica de todos os tempos. Essa teoria é responsável por praticamente todo o progresso tecnológico de nossa era, dos transistores aos chips, dos raios laser aos reatores nucleares, dos supercondutores à engenharia genética. Nossa admiração aumenta quando observamos que a mecânica quântica foi desenvolvida de modo independente e quase simultâneo por duas pessoas, o alemão Werner Heisenberg e o austríaco Erwin Schrödinger (e em um certo sentido também pelo inglês Paul Dirac). Embora diferindo muito em sua estrutura e em seus conceitos básicos, verificou-se depois que as teorias formuladas por esses físicos são na verdade equivalentes. 06 Bibliografia As Nossas referências e inspirações ASSIS, A.K.T. Mecânica relacional. Campinas: Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp, 1998. ASSIS, A.K.T. Uma nova física. São Paulo, Perspectiva, 1999. BACHELARD, G. A experiência do espaço na física contemporânea. Tradução. E. S. Abreu. Rio de Janeiro, Contraponto, 2010a. CASTELLANI, Elena &l Leonardo. Feynman: a lâmpada do nano. Scientific American Brasil, Duetto, São Paulo, 2008. COVENEY, P & HIGHFIELD, R. A flecha do tempo. São Paulo. Siciliano. 1993. DAVIES, P. O enigma do tempo. A revolução iniciada por Einstein. Tradução Ivo Korytowski. Rio de Janeiro, Ediouro, 2000. EINSTEIN, A. A teoria da Relatividade Especial e Geral. Rio de Janeiro, Contraponto, 1999. EINSTEIN, A. Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento. 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