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1. Introdução
O tema do meu estágio / PSTFC é “Projecto, Medições e Melhoria de
Terras”, e decorreu nas instalações da EDP Distribuição (EDIS) da ARN –
Minho1 desde 1 de Março de 2005, sensivelmente.
Durante todo este período, foi-me permitido também ter contacto com o
ambiente de uma empresa envolvida directa e profundamente nestas
questões, ter conhecimento das dificuldades no terreno, dos aspectos
orçamentais, dos aspectos logísticos e das subtilezas intrínsecas a este
assunto.
Cedo percebi que o assunto das terras é vasto. Incorpora, além disso, uma
larga panóplia de conceitos e conhecimentos sendo, até por isso, um tema
bastante actual, quer em termos de tecnologia, quer no aspecto das
ferramentas de suporte (sofware e hardware).
1
EDIS – EDP distribuição, área de rede Norte (Minho)
Para mim foi evidente que apostar na profundidade, por si só, poderia não ser
a solução, porque, por exemplo, não existe a garantia real que a resistividade
do solo baixe efectivamente com a profundidade. O solo, tipicamente, é
estratificado, mas nada garante que (resistividade) vá diminuir à medida que
aumentamos o comprimento do nosso eléctrodo, poderá ocorrer exactamente
o contrário.
Rx
RE RE
Rtotal = Rx + RE
8.l
RE = * ln( ) 1
2. .l d
2
Este gráfico foi desenhado pelo S.P.T. , uma aplicação que desenvolvi durante o meu estágio. Mais á
frente neste relatório vou-me debruçar sobre ela e explica-la com todo o detalhe.
Deve-se ter presente a morfologia típica dos solos, que são estratificados,
implicando uma variação de mais com a profundidade, mas também
horizontalmente, o que muitas vezes é esquecido na prática. A morfologia
típica do terreno deve influenciar a escolha do tipo de eléctrodo a utilizar.
1
1
2 2
3 3
4 4
REa REb = R4
Com 4 << 1.
Seria mais indicado optar neste caso por um eléctrodo horizontal, de forma a
potenciar o baixo valor de 4 característico dessa camada.
Todas as fórmulas postuladas em normas internacionais (no IEEE std 80, por
exemplo) que vou usar na minha abordagem ao problema das terras, são
sempre o pior caso, um majorante e reflectem uma perspectiva mais qualitativa
do que exacta, porque, objectivamente, a precisão é impossível de ser
encontrada. O que se pretende é uma orientação, uma abordagem que vá no
sentido da optimização, de uma forma que seja prática e que vá de encontro
às condicionantes económicas.
2. Objectivos
Fig. 5 - Execução de um furo artesiano em Marinhas (Esposende) para em eléctrodo tipo vareta, o
comprimento final do furo foi de 50 m .
Sendo assim, torna-se claro que se deverá avançar para o terreno com uma
ideia clara e concreta do que se tem de fazer e como fazer, porque, como mais
tarde verifiquei, no terreno as coisas podem tornar-se complicadas com a
maior das facilidades.
Logo, é necessário o acompanhante da obra (do lado da EDIS) ter uma clara e
cristalina noção do que se deve fazer, e isto só é possível, a meu ver, se forem
reunidas as seguintes condições:
Mais à frente no meu trabalho irei seguir este fluxograma, incorporando outros
aspectos a considerar numa empreitada de estabelecimento de um circuito de
terra, mas o meu ponto de partida será este.
Medição da resistividade do
terreno, pelo menos para 5 niveis
de profundidade e 2 ou 4
localizações .
EXECUÇÃO ACOMPANHAMENTO
É muito mais indicado saber antes se, por exemplo, se baixa mais RE fazendo
isto ou aquilo ou optando por este ou aquele eléctrodo ou esta ou aquela
disposição.
Cedo percebi que seria esta abordagem correcta para o enquadramento que a
EDIS Viana do Castelo e o seu staff humano me oferecia.
2.2 O S.P.T.
Depois de uma conversa que tive com um técnico da EDIS, que me confessou
que lhes faltava uma ferramenta de cálculo, tive a ideia de desenvolver uma
pequena aplicação informática, o SPT (Software para Projecto de Terras),
onde se pudesse fazer uma avaliação do tipo de eléctrodo a utilizar,
comparação entre eléctrodos, tendo como base as condições do terreno e o
valor aproximado de RE em cada caso.
Fig. 6 - O SPT
Sendo assim, defini então os meus objectivos para o meu estágio aqui na
EDIS de Viana do Castelo.
Os objectivos passam ainda pela identificação do “state of the art ' no que diz
respeito a aparelhagem de medida, software de apoio ou tecnologia disponível
na actualidade.