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Economia
UFCD: Comércio e Moeda
Horas
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OBJETIVOS DA AÇÃ O
MÉ TODOS DE AVALIAÇÃ O
Os formandos vão ser avaliados através de testes na plataforma.
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1. Comércio – noçã o e tipos
Ao longo do nosso dia-a-dia necessitamos de um conjunto, mais ou menos alargado, de bens e
serviços para podermos satisfazer as nossas necessidades. Mas não basta que esses bens sejam
produzidos, é necessário que cheguem juntos dos consumidores, de forma cómoda e em
quantidades adequadas às suas necessidades.
De fato, se tivéssemos de adquirir cada bem de que necessitamos junto de cada um dos
produtores, a nossa vida seria impossível. Por outro lado, o produtor teria muita dificuldade em
escoar a sua produção. Assim, é importante que exista um conjunto de atividades que estabeleça
a ligação entre a produção e o consumo. Este conjunto de atividades é designado de
Distribuição.
O comércio constitui uma das atividades que compõem a distribuição, correspondendo apenas à
fase em que se estabelece a troca de bens. Assim, é habitual distinguirem-se dois tipos de
comércio:
Grossista, que contacta diretamente o produtor e reúne, por vezes, produções que se
encontram dispersas.
Retalhista, que adquire os produtos junto do grossista, oferecendo-os aos consumidores
nos locais e nas quantidades de que eles necessitam.
É o comércio retalhista que contacta diretamente o consumidor final, por essa razão temos
tendência a associar a atividade do comércio apenas à função retalhista. No entanto, a atividade
grossista é também muito importante para que os produtos cheguem junto dos consumidores.
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Circuitos de distribuição
São etapas percorridas pelos bens ou serviços através de diversos agentes económicos com
diferentes funções, desde o seu lugar de produção até serem colocados à disposição dos
consumidores.
Existem vários circuitos de distribuição que se caracterizam pela sua extensão, ou seja, pelo
número de agentes económicos envolvidos.
Produtor
Consumidor
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Tipos ou formas de comércio
Quando observamos o comércio retalhista, verificamos que existem várias formas de este se
organizar, com o objectivo de conseguir melhores resultados no exercício da sua atividade.
Comércio independente
Este tipo de comércio encontra-se espalhado pelos centros habitacionais, junto dos
consumidores ou em pequenos centros urbanos.
Comércio integrado
Este tipo de comércio, devido á sua grande dimensão, reúne as funções de grossista e
retalhista, explorando cadeias de pontos de venda, identificadas pela mesma insígnia,
e aplicando políticas comuns de gestão. Tal é o caso das redes de supermercados
Pingo Doce, Worten, etc.
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menos. Apresentam uma variedde de produtos mais reduzida, vendendo em
geral em livre serviço, com o objectivo de reduzir custos e oferecer preços mais baixos. São
exemplos deste tipo de comercio as cadeias Minipreço, Lidl, etc
As grandes superfícies generalistas são lojas de grande dimensão, oferecendo uma
grande variedade de bens, sobretudo alimentares e de higiene. Em termos da sua dimensão, em
Portugal, considera-se uma grande superfície quando a sua área é igual ou superior a 2000
metros quadrados. São exemplos desta forma de comércio os hipermercados, como o
Continente, o Jumbo, etc.
As grandes superfícies especcializadas são lojas de grande dimensão, tal como as
anteriores, mais dirigidas para uma mesma gama de produtos, bastante especializada. São
exemplos desta forma de comércio „Toys’R’Us“ na área dos brinquedos, o Ikea na área da
decoração, o Aki na área de bricolage e a Fnac na área dos livros e da música.
O franchising, reunindo empresas que, embora se mantenham jurídica e
financeiramnte independentes uma das outras, estão ligadas por contrato à empresa-mãe – o
franqueador – aplicando políticas de gestão comuns. Existem várias empresas nesta situação, das
quais a Benetton, e o McDonald’s são exemplos.
Comércio Associado
De forma geral, estas associações de comerciantes têm como grande objectivo efetuar
compras em conjunto e obter preços mais baixos devido ao grande volume de
compras, o que não conseguiriam se atuassem isoladamente. Por outro lado,
usufruindo de serviços comuns, podem desenvolver operações promocionais de
maior escala, conhecer melhor os mercados e gerir mais racionalmente os stocks, o
que também isoladamente se tornaria mais difícil.
Métodos de venda
Até agora considerámos que no contacto com o consumidor existia sempre como base o ponto
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de venda, local físico onde consumidor e comerciante se encontram. No
entanto, nem sempre tal situação acontece, estabelecendo-se o contacto entre o consumidor, o
produtor e o produto de uma outra forma. Dos vários métodos de venda existentes destacam-se
os seguintes:
Venda á distância é uma técnica de venda em que os produtos são apresentados aos
consumidores através de vários meios de comunicação, como a televisão ou por
catálogo, respondendo os consumidores por meios idênticos, seja telefonando seja
por envio de cupões pelos correios. Neste tipo de venda, também chamada de venda
sem loja , não existe o contacto direto entre o vendedor e o comprador.
Venda automática este tipo de venda utiliza equipamentos automáticos instalados em
locais públicos e de grande circulação, como estações de comboio, metro, hospitais
ou fábricas. Hoje encontramos uma grande variedade de produtos oferecidos desta
forma , desde bilhetes de comboio ou de cinema até sanduiches, tabaco, bebidas,
chocolates, etc. Na grande maioria a forma de pagamento utilizada é o dinheiro, no
entanto, já é possível encontrar pagamento através de cartões de débito ou de crédito.
Venda direta ou ao domicílio, que exige o contacto direto entre o vendedor e o
consumidor; no entanto, este contacto não é feito no ponto de venda, mas na casa do
cliente ou no emprego, sendo por esta razão é também habitualmente designado por
venda porta-a-porta.
Cibervenda ou venda através da Internet. Esta modalidade corresponde à forma mais
recente de venda e tem vindo a crescer nos últimos tempos, facilitada pelo aumento
do uso de computadores, consistindo na venda/aquisição de bens ou serviços através
da Internet. O número de lojas e centros comerciais virtuais tem vindo a crescer nos
últimos anos, quer em Portugal quer um pouco por todo o mundo, comercializando
os mais diversos tipos de bens e serviços, que vão desde livros, CD’s, vestuário,
bilhetes de avião, férias, etc.
Trata-se agora de uma Troca Indireta funcionando esse intermediário como moeda, a moeda-
mercadoria, que constitui a forma mais rudimentar da moeda.
Todos este inconvenientes vieram a ser ultrapassados com a introdução dos metais preciosos
como moeda, principalmente o ouro e a prata. A moeda passou assim à forma metálica, que
ainda hoje utilizamos.
O usos da moeda metálica divulgou-se rapidamente na maioria das sociedades, pois representava
claras vantagens:
Fácil divisível e pequenas partes
Grande durabilidade
Fácil de transportar
Difícil de falsificar, devido ao seu elevado valor mesmo em pequenos pedaços
Aceite por todos
Baixa procura não monetária
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Como é um metal precioso, é rara e escassa
Inicialmente, sendo a moeda em ouro ou prata, o valor da moeda correspondia ao seu peso em
metal precioso, por essa razão as lojas dispunham de uma balança para pesar a moeda e assim se
efetuar a transação. Era a fase da Moeda Pesada. Como este método não era de fato muito
prático,
devido ao esforço de pesagem e aos erros que eventualmente podiam ocorrer, passou-se a outra
forma, a moeda contada. A moeda assumia agora a forma de pequenos discos redondos, com
pesos determinados, bastando contar os discos para determinar a quantidade de ouro ou prata
desejada.
Agora, era necessário garantir a sua autenticidade e o seu peso, o que levou as autoridades, o rei,
o senhor feudal ou o imperador a inscrever em cada umas das faces da moeda o seu escudo, a
sua cara ou o seu selo, de forma a dar confiança às pessoas sobre a sua autenticidade e valor. A
moeda passou a ser cunhada.
No fim da Idade média, as trocas intensificaram-se, sobretudo entre regiões, obrigando os
mercadores a transportar consigo elevadas quantias em moedas de ouro e prata, o que, devido á
insegurança, se tornava perigoso. Para resolver esta questão, para além da própria necessidade
da troca da sua moeda pela utilizada noutra região os comerciantes depositavam as suas moedas
num cambista de uma cidade, recebendo em troca um certificado de depósito ou uma letra de
câmbio com a inscrição do valor ai depositado. Era assim mais pratico e seguro.
Dada a comodidade que apresentavam, estes certificados passaram a ser aceites como meio de
pagamento, pois representavam o ouro que estava depositado. A moeda passou a ter suporte em
papel, sendo designada por moeda papel, que representava ouro depositado e podia ser
convertida em ouro.
Rapidamente os banqueiros perceberam que poderia emitir mais “papel” do que o ouro que
tinham depositado, pois seria improvável que todos os depositantes reclamassem o seu ouro em
simultâneo.
Para evitar situações de abuso e regular a situação, o Estado passou a intervir, chamando a si a
exclusividade de toda a emissão de moeda, decretando a obrigatoriedade de aceitação da moeda
papel, tornando o seu curso forçado, sem que fosse possível trocarem-na por ouro, ou seja,
tornando-a inconvertível. A moeda passou assim a circular com base na confiança ou fé que as
pessoas nela depositava, ; era por isso uma moeda fiduciária.
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Passando apenas o Estado a poder emitir papel moeda, os bancos continuam a aceitar os
depósitos dos seus clientes, não em ouro mas em notas de banco, dando ordens ao seu banco,
através de cheques, para movimentar a sua conta. Surge assim um novo instrumento bancário –
a moeda escritural.
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Papel moeda, notas de banco, utilizadas principalmente para pagamento
de valor mais elevado;
Moeda escritural, constituída poe depósitos previamente efetuados nos bancos e que
pode ser movimentada, através de cheque, cartões de débito e de crédito.
Zona Euro é o espaço comum europeu onde circula a esma moeda – o Euro
Numa primeira fase, em 1999, foram onze os países fundadores. Um ano mais tarde juntou-se a
este grupo um novo país,- a Grécia, passando assim a Zona Euro a ser composta por doze países.
Depois, em 2007 a Eslovénia adotou o Euro.
Os países que compõem esta zona são: Portugal, Espanha, França, Alemanha, Áustria, Itália,
Finlândia, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Irlanda, Grécia e Eslovénia.
Para fazer parte da zona Euro, os países têm de cumprir um conjunto de critérios, estabelecidos
no Tratado de Maastricht – os critérios de convergência nominais.
De fora da zona euro ficaram os restantes catorze países que em 2007 faziam parte da União
Europeia. Alguns destes países não pretenderam aderir ao euro: é o caso do Reino Unido, da
Dinamarca e da Suécia. Os restantes países, que correspondem à última vaga de alargamento,
encontram-se em situações diferentes para reunir as condições exigidas pelos critérios de
convergência nominais.
Os critérios de convergência, cujo objetivo era o de assegurar uma certa homogeneização entre
as economias dos diversos estados-membros. Daí que tenha considerado necessário o
cumprimento dos cinco critérios a seguir enumerados:
Estabilidade dos preços – a taxa de inflação não deve ultrapassar em mais de 1,5% a
média dos três Estados que apresentem os melhores resultados em matéria de
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estabilidade de preços;
Taxas de juro a longo prazo – não devem superar em mais de 2% as verificadas nos
mesmos estados-membros;
Défice orçamental – a relação entre o défice público e o produto interno bruto não deve
ultrapassar os 3%;
Dívida pública – a relação entre a dívida pública e o PIB não seve ultrapassar os 60%;
Estabilidade cambial – as taxas de câmbio deverão manter-se dentro da margem de
flutuação autorizada durante os dois anos anteriores à entrada da UEM.
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4. O preço de um bem – noçã o e componentes
A moeda expressa o valor de troca dos bens e serviços, ou seja, a moeda é a unidade do valor de
troca dos bens, pois funciona como o equivalente geral das trocas. É pois em moeda que se fixa
o preço dos bens e serviços. Para adquirir um bem é necessário despender uma quantidade de
moeda em troca.
Importa, no entanto, realçar que a moeda expressa o valor de troca de um bem e não o seu valor
de uso.
Valor de uso de um bem corresponde ao conjunto de caraterísticas próprias desse bem e que
conduz à sua escolha, dependendo de outros fatores subjetivos, que variam de acordo com o
contexto social em que a escolha se efetua.
O valor de troca exprime-se por uma relação de troca que, relativamente a cada bem, expressa a
quantidade de outros bens que lhe são equivalentes.
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opera nu, mercado em que existem muitas mais, podendo o comprador
escolher aquela que oferece um preço mais baixo.
Inflação é a subida generalizada e sustentada do nível médio do preço dos bens e dos
serviços.
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ou três dígitos. Os impactos desta subida são tao mais graves quanto os
valores que atinge, pois é diferente estarmos na presença de uma taxa de 11% e de
300%.
Hiperinflação, quando os preços sobem descontroladamente, atingindo valores muito
elevados, da ordem dos quatro ou mais dígitos.
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I(ano b/ano) = (preço do cabaz no ano b)/ ( preço do cabaz no ano a) *100
O IPC e a taxa de inflação são utilizados frequentemente para dar a conhecer a evolução,
aumento ou diminuição do que correntemente se designa por custo de vida.
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