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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E

MUCURI
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

Consultoria Fazenda Batalha

Discentes : Bianca Barbosa Campos


Bruno Henrique Ribeiro Pereira
Diulia Bragança Jonas Honorato
Jayne Évele de Oliveira
Luiz Felipe Amaral Silva
Múcio Ramalho Nepomuceno
Mayra C Meira Silva
Samuel Cordeiro de Oliveira

Diamantina
2018
Sumário
1.1. DO EMPREENDIMENTO ............................................................................................ 3
1.2. DO EMPREENDEDOR ................................................................................................. 3
1.3. DA EMPRESA ................................................................................................................ 3
2. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 3
3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ........................................................................ 4
3.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSO ........................................................................................ 4
3.2. MEIO SOCIOECONÔMICO....................................................................................... 5
3.3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS .................................................................................... 7
3.3.1. GEOMORFOLOGIA .................................................................................................. 7
3.3.2. PEDOLOGIA ............................................................................................................... 7
3.3.3. HIDROGRAFIA ........................................................................................................ 8
3.3.4. CLIMA .......................................................................................................................... 8
3.4. ASPECTOS BIOGEOGRÁFICOS ............................................................................... 8
3.4.1. FLORA.......................................................................................................................... 8
3.4.2. FAUNA.......................................................................................................................... 9
4. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO ......................................................................... 9
4.1. RELAÇÕES VOLUMÉTRICAS E EQUAÇÃO VOLUMÉTRICA ......................... 9
4.2. MÉTODO DE AMOSTRAGEM E INTENSIDADE AMOSTRAL ........................ 10
4.3. PROCESSO DE AMOSTRAGEM ............................................................................. 10
4.4. DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVA DO PROCESSO DE AMOSTRAGEM .......... 11
4.5. ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................. 11
4.6. ESTIMATIVA DA MÉDIA VOLUMÉTRICA POR UNIDADE AMOSTRAL
POR EM m³/há ..................................................................................................................... 12
4.7. RESULTADOS POR ESTRATO ................................................................................ 13
5. INFRAESTRUTURA BÁSICA DO EMPREENDIMENTO....................................... 15
5.1. DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ....................................................................... 15
5.2. RESERVA LEGAL ...................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 22

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.1. DO EMPREENDIMENTO

Razão Social: DominanTree LTDA.


CNPJ: 15.619.241/0001-90
Endereço: Fazenda Batalha – Zona Rural
Grão Mogol/MG - CEP: 39570-000
Comarca: Grão Mongol/MG

1.2. DO EMPREENDEDOR

Proprietário (a): José Eugênio Barreto da Silva


CPF: 163.702.105-44
Propriedade: Fazenda Batalha
Município: Grão Mongol/MG
Área Total da propriedade: 1.033,30 há

1.3. DA EMPRESA

Razão Social: InForest Soluções Ambientais


CNPJ: 10.157.281/0001-30
Endereço: Rua da Liberdade, 34 - Vila Operária
Diamantina/MG - CEP: 39100-000

2. APRESENTAÇÃO

Este projeto tem como objetivo a realização e apresentação deste plano de trabalho com
características detalhadas da área com finalidade de realizar Inventário Florestal pré-corte, que
será realizado na Fazenda Batalha, com área total de 950,02 hectares de propriedade do José
Eugênio Barreto da Silva, localizada nos município de Grão Mogol, Estado de Minas Gerais. O
valor total da área a ser explorada é de 650,9 hectares.
O intuito é discorrer sobre a melhor metodologia para realização do inventário pré-corte,
como: Relações volumétricas utilizadas, métodos de amostragem, intensidade amostral,
estimativa de volume, entre outros parâmetros que serão abordados.

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3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Grão Mogol do Estado de Minas Gerais. Os habitantes se chamam grão-mogolenses. O


município se estende por 3.885,3 km² e contava com 15.026 habitantes no último censo. A
densidade demográfica é de 3,9 habitantes por km² no território do município. Vizinho dos
municípios de Josenópolis, Cristália e José Gonçalves de Minas, Grão Mogol se situa a 64 km a
Sul-Leste de Francisco Sá a maior cidade nos arredores. Situado a 863 metros de altitude, de
Grão Mogol tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 16° 33' 27'' Sul, Longitude: 42°
53' 38'' Oeste.
A vegetação é de cerrado com verões úmidos e longos períodos secos de inverno.
Localizada numa região de transição entre o semiárido e o cerrado, a cidade sofre muito com a
estiagem e a secura do fim de outono até o fim do primeiro mês de primavera.

3.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSO

Para chegada à fazenda Batalha, saindo do centro de Grao Mogol, siga na direção norte
na R. Reginaldo Oliveira em direção a R. Lauro Fróes, vire à direita na R. Antônio Benquerer,
vire à esquerda na Praça Leontina Figueiredo/ R. Cândido Fróes, vire à direita na R. Artur
Campos, vire à esquerda na R. Dep. Pedro Laborne, vire à direita na R. Santa Rita, continue para
R. Vila Nova, continue em frente, vire à esquerda na BR-251.

Figura 01: Rota de acesso da cidade de Grão Mongol para Fazenda Batalha.

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3.2. MEIO SOCIOECONÔMICO

A origem do seu povoamento de Grão Mongol está ligada à mineração, iniciado no final
do século XVIII. No ano de 1839 era conhecida como Arraial da Serra de Grão Mogol, e, com a
descoberta de minerais preciosos, passou a atrair estrangeiros de toda parte (portugueses,
franceses, alemães entre outros) em busca dos seus diamantes. Inicialmente, a extração era feita
de forma clandestina, mas posteriormente, com a notoriedade que a área adquiriu, a Coroa
Portuguesa enviou um representante para administrar a exploração de jazidas e comercialização
dos seus produtos.
De 1840, o arraial evoluiu para Vila Provincial, e, no mesmo ano, foi transformado em
distrito. No ano de 1858, Grão Mogol recebeu a categoria de cidade. O lugar se destacou como
grande centro comercial de minerais preciosos do Norte de Minas até o ano de 1960, quando
houve a decadência da exploração de diamantes. No mesmo período, houve a criação dos
municípios de Itacambira, Botumirim e Cristália, áreas que antes pertenciam a este município.
O declínio das operações comerciais envolvendo diamantes levou a população residente a
migrar para centros urbanos maiores, como Montes Claros e São Paulo, acarretando numa
diminuição da população total do município (PMGM, 2009).
Grão Mogol marca um importante marco histórico mundial, porque foi o primeiro local
onde se lavrou diamantes pelo desmonte de uma rocha - a Pedra Rica – fato ocorrido por volta
do ano 1827. No entanto, com o fim da exploração do diamante na região, Grão Mogol entra em
declínio de sua população, do comércio e também da fama que tinha. Chaves, Benitez e Andrade
(2009) destacam então a necessidade de encontrar uma nova forma de rendimento para a
população, que seria em primeira instância o turismo nas antigas áreas diamantíferas.
Embora o turismo fosse uma atividade econômica importante para a região de Grão
Mogol, o município não desenvolveu muito, inclusive, Aires (2006) afirma que o município de
Grão Mogol compreende uma das áreas consideradas de maior carência de investimentos do
Estado de Minas Gerais. Nesse sentido, visando proporcionar desenvolvimento à região, criaram
o projeto da Usina Hidrelétrica de Irapé no ano de 2006. Porém esse projeto não foi aproveitado
pela população de Grão Mogol conforme estabelecido pelo projeto (ZUCARELLI, 2015).
Atualmente economia de Grão Mogol em Minas Gerais, possui como principais setores
econômicos a Agropecuária e a Indústria. O PIB de Grão Mogol referente ao ano de 2014 é de
R$ R$ 377.597.000,00 e o PIB per Capita de R$ 23.994,19. Os dados socioeconômicos relativos
ao município de Grão Mogol foram obtidos a partir de pesquisa ao site do IBGE, censo 2.000
(IBGE, 2000).

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A população registrada neste censo foi de 5.583 pessoas residentes na área. Desse total,
2.595 habitantes (46,48%) aglomeram-se na sede municipal e 2.988 habitantes (53,52%) residem
na zona rural. A densidade demográfica e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDH) do município são respectivamente de 6,64 hab/km2 e de 0,647 (PNUD, 2000).
O sistema educacional restringe-se aos cursos de 1º e 2º graus, com 18 estabelecimentos
de ensino fundamental e um de ensino médio, o que demonstra a sua fragilidade e impele o
deslocamento da população para outros municípios à procura de cursos técnicos ou mesmo de
nível superior. Hoje a grande maioria da população desloca-se para Montes Claros, cidade mais
próxima e onde se desenvolve o melhor ensino da região. O município é desprovido de meios
culturais e de lazer (IBGE, 2000). A maioria da população encontra-se na faixa etária acima de
10 anos. A taxa de alfabetização para esta faixa é de 74,90% (IBGE, 2000). A rede geral de
abastecimento de água atende a 58,80% dos domicílios, enquanto 5,84% são providos por poço
ou nascentes na propriedade e 35,36% possuem outra forma de abastecimento de água (IBGE,
2000).
O município possui rede de esgotamento sanitário que atende somente a 0,25% dos
domicílios. Os dados do censo do IBGE demonstram que 50,93% dos domicílios têm fossa
séptica e 48,82% não têm instalação sanitária. Pequena parcela do lixo gerado é coletada pelo
serviço de limpeza (14,89%), enquanto 85,11% é queimado ou jogado em terreno baldio ou
logradouro ou ainda nas drenagens.
Na agricultura há produção de café (20,0ha), banana (30,0ha), laranja (20,0ha) e manga
(1,0ha). Os produtos referentes à cana-de-açúcar, mandioca, feijão e milho são de subsistência. A
pecuária inclui efetivos de galináceos, bovinos, suínos e eqüinos. O reflorestamento é uma das
atividades principais do município, sendo o eucalipto o mais cultivado, notadamente para
produção de carvão vegetal, sendo o maior responsável pela geração de empregos e de divisas
(IBGE, 2000).
O rendimento da população, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e a taxa de
escolaridade aumentaram considerando os anos de 2000 e 2010, porém a renda per capita
aumentou apenas 92 reais não sendo considerado um aumento um elevado nível de dependência,
que necessita de investimentos e atração para um público jovem, para que haja um
desenvolvimento do município como um todo.

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3.3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS

3.3.1. GEOMORFOLOGIA

O relevo do local é predominantemente abrupto e montanhoso, em geral, varia entre os


700 e 1000 metros de altitude, onde é cortado por grandes chapadas como a Chapada do Bosque,
que chega a atingir uma altura de cinco mil metros, juntamente com a Chapada do Bosquinho e a
Chapada do Cardoso.

3.3.2. PEDOLOGIA

A pedologia de acordo com dados do GEOMINAS (1996) é encontrada no município de


Grão Mogol alguns tipos de afloramento rochoso como, cambissolo, latossolo vermelho-
amarelo, latossolo vermelho-escuro, litossolo, podzólico vermelho-amarelo e podzólico
vermelho-escuro.
O seu afloramento rochoso possui rochas matrizes, que é percebida a presença de
matérias orgânicas decompostas por intemperismo químico superficial (litossolos), pois estão em
áreas tropicais, e com altitude que pode formar a vegetação dos campos rupestres, e podem
também, explicar os depósitos de minério de ferro neste sítio. Os latossolos são localizados nas
regiões intertropicais com alternância de estações chuvosas e secas, muito intemperizados, onde
acarreta na remoção da sílica. Estes solos apresentam como textura argilosa, e são ácidos e
enriquecidos com ferro e alumina.
Os solos podzólicos são um grupo zonal que possui uma camada orgânica e outra com
mineral lixiviado e descorado. São formados, através da podzolização, que consiste na eluviação
do horizonte A e na concentração de óxido de alumínio, óxido de ferro e matéria orgânica no
horizonte B, iluviado. Os cambissolos é uma classe de solos de textura argilosa que constituí por
um alto teor de alumínio, não hidromórficos, com horizonte B incipiente e adjacente a qualquer
horizonte superficial, segundo (FONSECA, 2005). Em geral, os solos do municípios são muito
pobres.
O terreno em que se encontra Grão Mogol é bastante rico em minérios, e, por causa disso,
por dezenas de anos foi vítima de grande exploração por parte de trabalhadores interessados na
prospecção aluvional de diamantes. Nos dias de hoje, com o declínio da oferta desse minério, e
levando em conta a regeneração e proteção da ambiência local, foi criado o Parque Estadual de
Grão Mogol, área de representativa importância natural.

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3.3.3. HIDROGRAFIA

De acordo com (FONSECA, 2010), os grandes rios que cortam a região são: o rio
Extrema, mais ao centro, o rio Ventania, posição centro-leste, sendo que os dois cursos hídricos
mencionados estão grosseiramente paralelos; rio Jequitinhonha, a sudeste; e o rio Itacambiruçu,
no extremo sul do município. Os rios Itacambiruçu e o Jequitinhonha marcam a fronteira entre os
municípios de Grão Mogol, Berilo, Cristária, Botumirim e Itambira.
Outro rio importante é o Vacaria, que está posicionado ao norte do município, e tem
como comportamento parecido o do rio Itacambiruçu, onde que o primeiro serve de fronteira
entre Grão Mogol e o município de Riacho dos Machados. Esses flúmenes, mesmo arranjados
numa ambiência bastante seca, caracteriza se pela sua perenidade, estando na bacia hidrográfica
do rio Jequitinhonha. A sua drenagem confere um padrão de forma dendrítica e com
predominância das direções principalmente em nordeste/sudeste e leste/oeste do município.

3.3.4. CLIMA

As características climáticas são muito variáveis devido à configuração do relevo, sendo


que abrange climas sub-úmido a semi-árido a fracamente semi-árido. O seu índice médio
pluviométrico é de 1.182 mm, com chuvas concentradas no período de outubro a março, quando
são registrados 80% do total anual precipitado.
A temperatura média é a partir de 21, 5°C, apesar das chuvas se concentrarem em apenas
em um único período, a região da bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha se encontra no
município de Grão Mogol é uma das áreas nas quais ocorrem os mais altos índices
pluviométricos, devido entre outros fatores a sua altitude mais acentuada. Sendo que durante sete
meses (abril a setembro), o total de índice pluviométrico de cada mês é insuficiente para suprir a
demanda d’água necessária para equilibrar a evapotranspiração, o que pode indicar certa
fragilidade e risco para os corpos d’água superficiais e subterrâneos em suprir tal pleito de
acordo com (FONSECA, 2010).
3.4. ASPECTOS BIOGEOGRÁFICOS

3.4.1. FLORA
Segundo (FONSECA, 2010), a vegetação constitui-se de caatinga, assim como campo
rupestre nas áreas de afloramento rochoso mesclados aos litossolos da direção centrooeste. E de
acordo com (AB’SÁBER, 2005), Os campos de cerrado, são chamados de cerrados, onde são
conjunto de arboretas da mesma composição que os cerradões, sendo que, não escondem os
solos visivelmente pobres que lhe servem como suporte ecológico.

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3.4.2. FAUNA

Quanto à fauna, é notada a presença de espécies como, o lobo-guará, a onça parda, a


jaguatirica, o tamanduá bandeira, o tamanduá de colete, o tatu canastra, o macaco sauá, a lontra,
dentre outras, sendo que algumas destas estão ameaçadas de extinção (IEF, 2018). É necessário
atenção a essa problemática, pois extinções estão ocorrendo atualmente centenas de vezes mais
rápido no planeta que em todas as outras épocas, fenômeno conhecido como “taxa de extinção de
fundo” (Terborgh; Van Schaik; Davenport; Rao, 2002).

4. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO

4.1. RELAÇÕES VOLUMÉTRICAS E EQUAÇÃO VOLUMÉTRICA

Na obtenção das equações volumétricas é necessário antes utilizar algum método de


cubagem para determinar o volume das árvores da amostra, além de seus diâmetros e algumas
alturas e assim obter o ajuste das equações volumétricas.
No presente trabalho foi utilizado o método de cubagem de Smalian que segundo Soares,
Neto e Souza (2006) propiciam maior facilidade dos cálculos e a operacionalidade na obtenção
dos dados sendo esta a fim de representar melhor a distribuição da floresta e diminuir os custos
cubando-se menos árvores. Como sugere Soares, Neto e Souza (2006) foram cubadas 6 árvores
por classe de diâmetro. Após a cubagem rigorosa obteve-se as equações volumétricas a partir do
volume de Schumacher e Hall, por suas propriedades estatísticas resultarem quase sempre em
estimativas não tendenciosas (CAMPOS, 2002).

em que:
V = Volume com, sem casca, em m³;
DAP = Diâmetro a 1,30 m do solo, em cm;
Ht = Altura total, comercial, em m;
Ln= Logaritmo natural;
Ɛ = Erro aleatório.

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4.2. MÉTODO DE AMOSTRAGEM E INTENSIDADE AMOSTRAL

O método de amostragem utilizado foi o método da Amostragem Estratificada por se


tratar de uma área com características específicas do material genético. A área total de 950,02
hectares foi dividida em dois estratos, sendo o estrato referente ao Eucalipto de 554,13 hectares e
o estrato referente ao Pinus de 96,77 hectares, e a área plantada de 650,9 hectares, fazendo uma
distribuição das unidades amostrais com área de 810 m² cada uma. Na Tabela 01 estão
apresentadas as áreas dos estratos e o número de parcelas alocadas em cada um.

Tabela 01: Áreas dos estratos e o número de parcelas alocadas.

Estrato Área (ha) Número de parcelas

Eucalipto 554,13 41

Pinus 96,77 7

Total 650,9 48

4.3. PROCESSO DE AMOSTRAGEM

Após este procedimento e de posse da localização das unidades amostrais foi realizada a
coleta de dados, ou seja, a demarcação e mensuração das referidas unidades. Os trabalhos de
dendrometria foram executados por uma equipe de campo composta por 8 pessoas para anotação
e mensuração.
No presente inventário, as unidades amostrais foram distribuídas pela área, buscando
captar todas as variações possíveis do povoamento. O processo de amostragem em parcelas
constitui a grande maioria dos Inventários Florestais. Por meio deste observa-se apenas uma
parte da população e obtém-se uma estimativa dos seus parâmetros, a qual traz consigo um erro
de amostragem, com a precisão desejada.

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4.4. DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVA DO PROCESSO DE AMOSTRAGEM

Foram alocadas 41 parcelas retangulares no estrato referente ao Eucalipto, e 7 parcelas


retangulares no estrato referente ao Pinus, para atender o erro admissível de 5%. E para a coleta
de dados em campo, teve como intuito de cobrir uma área de amostra representativa de toda a
população. Nelas foram coletados dados de altura total e CAP (circunferência à altura do peito).
Na coleta dos dados, foram utilizados aparelhos próprios para Inventário Florestal, para coleta do
CAP a 1,3 m acima do nível do solo utilizou-se uma fita métrica graduada e a partir disso foi
calculado o DAP e para coleta das alturas utilizou-se um clinômetro.
Os dados coletados foram anotados em planilha de campo e posteriormente organizados
em planilha eletrônica do Excel. Para geração do volume e estimadores populacionais foi
utilizado o software Excel, versão 2010.

4.5. ANÁLISE DE DADOS

De posse de todos os valores coletados e estimados foi possível obter o volume


pertencente a cada parcela por estrato utilizando a equação:

Calculou-se ainda a média dos DAPs, da área seccional, a média das alturas estimadas, a área
basal e o Volume com casca.

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4.6. ESTIMATIVA DA MÉDIA VOLUMÉTRICA POR UNIDADE AMOSTRAL POR
EM m³/há

Tabela 02: Volume médio da unidade amostral m³/ha


Unidade Volume médio da unidade amostral m³/ha
amostral Eucalipto Pinus
1 231,5900 530,4517
2 229,0362 548,0443
3 206,7714 357,5181
4 218,2207 349,8767
5 185,8888 298,1583
6 176,5789 498,8134
7 159,4601 436,2015
8 140,9336 530,4517
9 274,1591 548,0443
10 267,1810 357,5181
11 267,4647
12 219,9891
13 157,5536
14 265,1835
15 153,0058
16 183,9563
17 156,1928
18 223,1226
19 254,5524
20 191,6169
21 165,0607
22 212,4994
23 147,5995
24 243,4123
25 245,5533
26 196,7834
27 269,9861
28 135,9594
29 168,7123
30 237,4778
31 233,0804
32 267,8235
33 213,1353
34 155,7463
35 255,9436
Continua

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Continuação
Unidade Volume médio da unidade amostral m³/ha
amostral Eucalipto Pinus
36 255,6874
37 193,4289
38 186,8106
39 226,9881
40 202,5718
41 262,7459

4.7. RESULTADOS POR ESTRATO

Tabela 03: Resultados do volume total, variância (Sj), desvio-padrão (Sj²) e volume médio (Ῡj)
por estrato.
Estrato Volume total (m³) Sj Sj ² Ῡj
Eucalipto 116765,5 3,40753 11,6113 17,0682
Pinus 41736,4 7,95304 63,2509 34,9349

Tabela 04: Resultados do volume da população, erro padrão da média, coeficiente de variação,
erro de amostragem (%), intervalo de confiança superior (IC), intervalo de confiança inferior
(IC) e o valor de t Student.
Erro de
Erro padrão Coeficiente IC (+) IC (-)
Volume amostragem t
da média de variação (m³/parc) (m³/parc)
população (%)
20,73578 18,76230
0,58807 20,7017829 4,99638939 1,67793
158501,91 155 342

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4.8. VOLUME POR TALHÃO
Tabela 05: Volume por talhão por m³
Talhão Volume por Talhão Volume por
Eucalipto talhão (m³) Pinus talhão (m³)
36 5680,9742 68 21012,6846
37 6898,9278 75 20723,7170
38 8576,2481
39 8563,6050
52 8942,8985
53 6856,7841
54 2973,2398
55 3036,4554
56 10146,1019
65 8411,8876
66 9151,5099
67 10866,7596
72 6384,7744
73 8220,1336
74 12055,2126

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5. INFRAESTRUTURA BÁSICA DO EMPREENDIMENTO

Toda parte da infraestrutura básica do empreendimento encontra-se instalada na Fazenda


Juruá, onde há um ponto de apoio ao escritório principal que se localiza no município de
Itamarandiba. A sede da fazenda, que fica na área rural de Itamarandiba é constituída por:
Um escritório (com fossa negra);
 Uma casa de apoio (com fossa negra), para utilização eventual dos funcionários como
alojamento;
 Duas casas de caseiros, apenas uma em uso (com fossas negras);
 Um depósito (inadequado) para armazenamento de agrotóxicos;
 Um viveiro de espera para mudas de eucalipto;
 Um galpão com almoxarifado, sala de óleos e lubrificantes novos, sala de guarda de
equipamentos da brigada de incêndio e área (inadequada) para guarda de óleos usados, peças,
equipamentos e pneus;
 Um galpão com área para soldagem e guarda de veículos e equipamentos;
 Um pátio de máquinas;
 Um galpão de insumos;
 Área para lavagem de veículos (com caixa separadora de água e óleo ineficiente);
 Área para manutenção de veículos;
 Heliporto;
 Caixas d’água das casas;
 Tanque de armazenamento de água que abastece o viveiro e o lava-jato (BORGES
RODRIGUES, 2016).

5.1. DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

De acordo com a figura 02 a Fazenda Batalha possui 96,77 ha de Pinus remanescente,


14,68 ha de Estradas e Aceiros, 213,01 ha de Reserva Legal, 71,43 ha Área de Preservação
Permanente, 554,13 ha de área disponível/outros.

Tabela 06: Uso e ocupação do solo

Eucalipto Pinus APP RL Estrada e outros Total

554,13 ha 96,77 ha 71,43 213,01 14,68 950,02

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Figura 02: Mapa Fazenda Batalha

5.2. RESERVA LEGAL

De acordo com a Lei 12.651/2012, todo imóvel rural deve-se manter uma área com uma
respectiva cobertura de vegetação nativa, sendo que vai está a título de Reserva Legal. Ela trata-
se de uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, e tem por função
assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a
conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da
biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Sua
dimensão mínima em termos percentuais relativos à área do imóvel é dependente de sua
localização.

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6. PLANO FINANCEIRO
A empresa InForest irá prestar consultoria a fazenda Batalha situada no município de
Grão Mogol, no estado de Minas Gerais, totalizando uma área de 950,02 ha para exercer o
inventário. O custo do inventário florestal está associado ao tempo de serviço, dimensão da área,
mão de obra e infraestrutura. Abaixo segue a tabela com a análise financeira dos custos
referentes a mão de obra.

Tabela 07: Custos mão de obra


Mão de Obra
Número Salário Salário
Custo da
Mão de Obra Atividade de Bruto Líquido
remuneração
Colaboradores individual individual
Responsável Emissão de
1 100 100 100
Técnico ART
Ajudante Coleta de dados 4 1600 1600 6400
Dirigir e coleta
Motorista 1 400 400 400
de dados
Custo total da
6900
mão de obra

Para o cálculo total da mão de obra multiplicou-se a diária de 5 colaboradores do


inventário por 5 dias e somou-se ao custo da emissão de ART, gerando um custo total de R$
6900,00. A infraestrutura abrange tudo que será necessário para realização do inventário, sendo
separada em infraestrutura de campo e infraestrutura de escritório.

Para o campo, consideramos o deslocamento, materiais consumíveis, hospedagem e


alimentação. Abaixo segue as tabelas com a análise financeira dos custos de campo.
Tabela 08: Custos de transporte
Transporte (carro alugado ou próprio)
Km Quantidade
Preço da Número de Preço por
Atividade Tipo Categoria por a Rodar Total
diária dias Litro
litro (Km)
Alugado 190 6 11,1 1200 4,94 1674,05
Total 1674,05

17
Tabela 09: Custo de alimentação
Alimentação
Número de Custo unitário do Custo Unitário do Custo da
Atividade
Colaboradores Lanche Almoço Alimentação
5 7 10 85
5 7 10 85
5 7 10 85
5 7 10 85
5 7 10 85
Custo total da
425
alimentação

Tabela 10: Custo de hospedagem


Hospedagem
Quantidade
Número de Custo Unitário Custo das
Atividade total de
Colaboradores da Pernoite diárias
pernoites
5 5 70 1750
Total Hospedagem 1750

Tabela 11: Custo de equipamento


Equipamentos e Materiais

Equipamento Quantidade Custo unitário Total


Bota CA 5 30 150
Caneta 2 1 2
Facão 5 19,1 95,5
Fita crepe 4 4,76 19,04
Fita metrica 1m 10 5 50
Fita metrica 50m 4 30,1 120,4
Garrafa termica 5l 3 29,9 89,7
Aluguel de GPS Garmin 2 100 200
Impressão (Tinta) 1 100 100
Óculos 6 3,22 19,32
Perneira 6 18,6 111,6
Pilhas 12 8,45 101,4
Resma 1 23,9 23,9
Trena 3m 1 24,9 24,9
Trena 5m 1 41,9 41,9
Aluguel clinômetro 1 200 200
Tinta 2 25 50
Pincel 2 3 6
Total Equipamento e
1405,66
Materiais

18
Tabela 12: Outros custos

Outros
Quantidade Custo
Atividade Total
(Horas) unitário
Processamento de
40 62,5 2500
dados
Total Outros 2500

O valor total a ser cobrado do cliente para a prestação do serviço foi de R$ 20.000,00, de
forma que cobre todos os gastos e a empresa InForest ainda tenha lucro líquido de R$5.315,29
pela prestação do serviço.

19
7. COORDENADAS GEOGRÁFICAS DAS PARCELAS
Tabela 06: coordenadas geográficas das parcelas de cada talhão
Talhão Parcela Xcoord Ycoord
36 19 740990,92 8198600,73
36 7 740946,72 8198716,72
37 13 740794,04 8198204,77
37 10 740946,72 8198056,03
38 8 740618,71 8197716,36
38 14 740794,04 8197714,57
38 3 740952,34 8197625,56
39 6 740269,85 8196979,27
39 17 740309,21 8196905,91
39 17 740577,56 8197172,48
39 19 740763,63 8197158,17
39 24 740631,24 8197043,67
52 10 741608,06 8198635,93
52 24 741672,47 8198478,49
53 3 741472,09 8198120,68
53 5 741629,53 8198124,26
53 8 741812,01 8198120,68
54 15 741339,70 8197648,37
54 16 741472,09 8197634,06
55 14 742075,01 8197426,53
55 16 742096,47 8197312,03
55 24 741840,64 8197283,40
56 3 741532,92 8197129,55
56 4 741636,69 8197136,70
56 17 741865,69 8196986,42
65 7 742795,99 8198567,95
65 8 742974,90 8198389,04
66 4 742763,79 8198052,70
66 13 743014,26 8197939,99
66 23 742756,64 8197859,48
67 17 742575,94 8197573,23
67 8 742788,40 8197477,70
68 2 742520,48 8197025,78
68 11 742652,87 8196925,59
68 12 742778,10 8196907,70
68 14 742892,60 8196920,23
72 1 743565,29 8198632,35
72 17 743545,61 8198455,24
Continua

20
Continuação
Talhão Parcela Xcoord Ycoord
72 18 743658,32 8198467,76
72 22 743572,45 8198335,37
73 5 743561,71 8198013,34
73 10 743720,94 8197970,40
74 3 743525,93 8197460,52
74 8 743745,98 8197462,31
74 19 743719,15 8197315,61
75 7 743509,83 8196957,80
75 8 743663,69 8196959,59
75 10 743749,56 8196918,44

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AB’SÁBER, A. Os Domínios de Natureza no Brasil – Potencialidades Paisagísticas. 3ª


edição. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005.

FONSECA. Um Breve diagnóstico ambiental do parque estadual de Grão Mogol (MG) e


seu contexto espacial. Rev.Caminhos de Geografia, v. 11, n. 35 Set/2010.

GEOMINAS, Geoprocessamento de Minas. Dados sobre Minas, 1996. Disponível em:


www.geominas.mg.gov.br Acessado em: 12/04/2009.

IEF, Instituto Estadual de Florestas. Parque Estadual de Grão Mogol. Disponível em:
http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/202?task=view Acessado em: 04/08/2018.

MINAS GERAIS. Decreto Estadual nº 45.834/11, em observância à Lei Complementar 140/11 e


Lei Delegada 180/11 n. 1905, de 12 de ago. de 2013. Resolução conjunta SEMAD/IEF nº 1905,
de 12 de agosto de 2013.. Resolução Conjunta SEMAD/IEF . [S.l.], p. 1-4, ago. 2013.
Disponível em: <http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=29395>. Acesso em:
14 ago. 2018.
SOARES, C.P.B.; PAULA NETO, F.P.; SOUZA, A.L. Dendrometria e Inventário Florestal.1.
ed. Viçosa, MG: Editora UFV, 2006.

TERBORGH, J; VAN SCHAIK, C; DAVENPORT, L; RAO, M (orgs). Tornando os Parques


Eficientes – Estratégias para a Conservação nos Trópicos. Curitiba: UFPR, Fundação O
Boticário, 2002.

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