Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MUCURI
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
Diamantina
2018
Sumário
1.1. DO EMPREENDIMENTO ............................................................................................ 3
1.2. DO EMPREENDEDOR ................................................................................................. 3
1.3. DA EMPRESA ................................................................................................................ 3
2. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 3
3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ........................................................................ 4
3.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSO ........................................................................................ 4
3.2. MEIO SOCIOECONÔMICO....................................................................................... 5
3.3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS .................................................................................... 7
3.3.1. GEOMORFOLOGIA .................................................................................................. 7
3.3.2. PEDOLOGIA ............................................................................................................... 7
3.3.3. HIDROGRAFIA ........................................................................................................ 8
3.3.4. CLIMA .......................................................................................................................... 8
3.4. ASPECTOS BIOGEOGRÁFICOS ............................................................................... 8
3.4.1. FLORA.......................................................................................................................... 8
3.4.2. FAUNA.......................................................................................................................... 9
4. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO ......................................................................... 9
4.1. RELAÇÕES VOLUMÉTRICAS E EQUAÇÃO VOLUMÉTRICA ......................... 9
4.2. MÉTODO DE AMOSTRAGEM E INTENSIDADE AMOSTRAL ........................ 10
4.3. PROCESSO DE AMOSTRAGEM ............................................................................. 10
4.4. DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVA DO PROCESSO DE AMOSTRAGEM .......... 11
4.5. ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................. 11
4.6. ESTIMATIVA DA MÉDIA VOLUMÉTRICA POR UNIDADE AMOSTRAL
POR EM m³/há ..................................................................................................................... 12
4.7. RESULTADOS POR ESTRATO ................................................................................ 13
5. INFRAESTRUTURA BÁSICA DO EMPREENDIMENTO....................................... 15
5.1. DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ....................................................................... 15
5.2. RESERVA LEGAL ...................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 22
2
1. INFORMAÇÕES GERAIS
1.1. DO EMPREENDIMENTO
1.2. DO EMPREENDEDOR
1.3. DA EMPRESA
2. APRESENTAÇÃO
Este projeto tem como objetivo a realização e apresentação deste plano de trabalho com
características detalhadas da área com finalidade de realizar Inventário Florestal pré-corte, que
será realizado na Fazenda Batalha, com área total de 950,02 hectares de propriedade do José
Eugênio Barreto da Silva, localizada nos município de Grão Mogol, Estado de Minas Gerais. O
valor total da área a ser explorada é de 650,9 hectares.
O intuito é discorrer sobre a melhor metodologia para realização do inventário pré-corte,
como: Relações volumétricas utilizadas, métodos de amostragem, intensidade amostral,
estimativa de volume, entre outros parâmetros que serão abordados.
3
3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Para chegada à fazenda Batalha, saindo do centro de Grao Mogol, siga na direção norte
na R. Reginaldo Oliveira em direção a R. Lauro Fróes, vire à direita na R. Antônio Benquerer,
vire à esquerda na Praça Leontina Figueiredo/ R. Cândido Fróes, vire à direita na R. Artur
Campos, vire à esquerda na R. Dep. Pedro Laborne, vire à direita na R. Santa Rita, continue para
R. Vila Nova, continue em frente, vire à esquerda na BR-251.
Figura 01: Rota de acesso da cidade de Grão Mongol para Fazenda Batalha.
4
3.2. MEIO SOCIOECONÔMICO
A origem do seu povoamento de Grão Mongol está ligada à mineração, iniciado no final
do século XVIII. No ano de 1839 era conhecida como Arraial da Serra de Grão Mogol, e, com a
descoberta de minerais preciosos, passou a atrair estrangeiros de toda parte (portugueses,
franceses, alemães entre outros) em busca dos seus diamantes. Inicialmente, a extração era feita
de forma clandestina, mas posteriormente, com a notoriedade que a área adquiriu, a Coroa
Portuguesa enviou um representante para administrar a exploração de jazidas e comercialização
dos seus produtos.
De 1840, o arraial evoluiu para Vila Provincial, e, no mesmo ano, foi transformado em
distrito. No ano de 1858, Grão Mogol recebeu a categoria de cidade. O lugar se destacou como
grande centro comercial de minerais preciosos do Norte de Minas até o ano de 1960, quando
houve a decadência da exploração de diamantes. No mesmo período, houve a criação dos
municípios de Itacambira, Botumirim e Cristália, áreas que antes pertenciam a este município.
O declínio das operações comerciais envolvendo diamantes levou a população residente a
migrar para centros urbanos maiores, como Montes Claros e São Paulo, acarretando numa
diminuição da população total do município (PMGM, 2009).
Grão Mogol marca um importante marco histórico mundial, porque foi o primeiro local
onde se lavrou diamantes pelo desmonte de uma rocha - a Pedra Rica – fato ocorrido por volta
do ano 1827. No entanto, com o fim da exploração do diamante na região, Grão Mogol entra em
declínio de sua população, do comércio e também da fama que tinha. Chaves, Benitez e Andrade
(2009) destacam então a necessidade de encontrar uma nova forma de rendimento para a
população, que seria em primeira instância o turismo nas antigas áreas diamantíferas.
Embora o turismo fosse uma atividade econômica importante para a região de Grão
Mogol, o município não desenvolveu muito, inclusive, Aires (2006) afirma que o município de
Grão Mogol compreende uma das áreas consideradas de maior carência de investimentos do
Estado de Minas Gerais. Nesse sentido, visando proporcionar desenvolvimento à região, criaram
o projeto da Usina Hidrelétrica de Irapé no ano de 2006. Porém esse projeto não foi aproveitado
pela população de Grão Mogol conforme estabelecido pelo projeto (ZUCARELLI, 2015).
Atualmente economia de Grão Mogol em Minas Gerais, possui como principais setores
econômicos a Agropecuária e a Indústria. O PIB de Grão Mogol referente ao ano de 2014 é de
R$ R$ 377.597.000,00 e o PIB per Capita de R$ 23.994,19. Os dados socioeconômicos relativos
ao município de Grão Mogol foram obtidos a partir de pesquisa ao site do IBGE, censo 2.000
(IBGE, 2000).
5
A população registrada neste censo foi de 5.583 pessoas residentes na área. Desse total,
2.595 habitantes (46,48%) aglomeram-se na sede municipal e 2.988 habitantes (53,52%) residem
na zona rural. A densidade demográfica e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDH) do município são respectivamente de 6,64 hab/km2 e de 0,647 (PNUD, 2000).
O sistema educacional restringe-se aos cursos de 1º e 2º graus, com 18 estabelecimentos
de ensino fundamental e um de ensino médio, o que demonstra a sua fragilidade e impele o
deslocamento da população para outros municípios à procura de cursos técnicos ou mesmo de
nível superior. Hoje a grande maioria da população desloca-se para Montes Claros, cidade mais
próxima e onde se desenvolve o melhor ensino da região. O município é desprovido de meios
culturais e de lazer (IBGE, 2000). A maioria da população encontra-se na faixa etária acima de
10 anos. A taxa de alfabetização para esta faixa é de 74,90% (IBGE, 2000). A rede geral de
abastecimento de água atende a 58,80% dos domicílios, enquanto 5,84% são providos por poço
ou nascentes na propriedade e 35,36% possuem outra forma de abastecimento de água (IBGE,
2000).
O município possui rede de esgotamento sanitário que atende somente a 0,25% dos
domicílios. Os dados do censo do IBGE demonstram que 50,93% dos domicílios têm fossa
séptica e 48,82% não têm instalação sanitária. Pequena parcela do lixo gerado é coletada pelo
serviço de limpeza (14,89%), enquanto 85,11% é queimado ou jogado em terreno baldio ou
logradouro ou ainda nas drenagens.
Na agricultura há produção de café (20,0ha), banana (30,0ha), laranja (20,0ha) e manga
(1,0ha). Os produtos referentes à cana-de-açúcar, mandioca, feijão e milho são de subsistência. A
pecuária inclui efetivos de galináceos, bovinos, suínos e eqüinos. O reflorestamento é uma das
atividades principais do município, sendo o eucalipto o mais cultivado, notadamente para
produção de carvão vegetal, sendo o maior responsável pela geração de empregos e de divisas
(IBGE, 2000).
O rendimento da população, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e a taxa de
escolaridade aumentaram considerando os anos de 2000 e 2010, porém a renda per capita
aumentou apenas 92 reais não sendo considerado um aumento um elevado nível de dependência,
que necessita de investimentos e atração para um público jovem, para que haja um
desenvolvimento do município como um todo.
6
3.3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
3.3.1. GEOMORFOLOGIA
3.3.2. PEDOLOGIA
7
3.3.3. HIDROGRAFIA
De acordo com (FONSECA, 2010), os grandes rios que cortam a região são: o rio
Extrema, mais ao centro, o rio Ventania, posição centro-leste, sendo que os dois cursos hídricos
mencionados estão grosseiramente paralelos; rio Jequitinhonha, a sudeste; e o rio Itacambiruçu,
no extremo sul do município. Os rios Itacambiruçu e o Jequitinhonha marcam a fronteira entre os
municípios de Grão Mogol, Berilo, Cristária, Botumirim e Itambira.
Outro rio importante é o Vacaria, que está posicionado ao norte do município, e tem
como comportamento parecido o do rio Itacambiruçu, onde que o primeiro serve de fronteira
entre Grão Mogol e o município de Riacho dos Machados. Esses flúmenes, mesmo arranjados
numa ambiência bastante seca, caracteriza se pela sua perenidade, estando na bacia hidrográfica
do rio Jequitinhonha. A sua drenagem confere um padrão de forma dendrítica e com
predominância das direções principalmente em nordeste/sudeste e leste/oeste do município.
3.3.4. CLIMA
3.4.1. FLORA
Segundo (FONSECA, 2010), a vegetação constitui-se de caatinga, assim como campo
rupestre nas áreas de afloramento rochoso mesclados aos litossolos da direção centrooeste. E de
acordo com (AB’SÁBER, 2005), Os campos de cerrado, são chamados de cerrados, onde são
conjunto de arboretas da mesma composição que os cerradões, sendo que, não escondem os
solos visivelmente pobres que lhe servem como suporte ecológico.
8
3.4.2. FAUNA
4. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO
em que:
V = Volume com, sem casca, em m³;
DAP = Diâmetro a 1,30 m do solo, em cm;
Ht = Altura total, comercial, em m;
Ln= Logaritmo natural;
Ɛ = Erro aleatório.
9
4.2. MÉTODO DE AMOSTRAGEM E INTENSIDADE AMOSTRAL
Eucalipto 554,13 41
Pinus 96,77 7
Total 650,9 48
Após este procedimento e de posse da localização das unidades amostrais foi realizada a
coleta de dados, ou seja, a demarcação e mensuração das referidas unidades. Os trabalhos de
dendrometria foram executados por uma equipe de campo composta por 8 pessoas para anotação
e mensuração.
No presente inventário, as unidades amostrais foram distribuídas pela área, buscando
captar todas as variações possíveis do povoamento. O processo de amostragem em parcelas
constitui a grande maioria dos Inventários Florestais. Por meio deste observa-se apenas uma
parte da população e obtém-se uma estimativa dos seus parâmetros, a qual traz consigo um erro
de amostragem, com a precisão desejada.
10
4.4. DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVA DO PROCESSO DE AMOSTRAGEM
Calculou-se ainda a média dos DAPs, da área seccional, a média das alturas estimadas, a área
basal e o Volume com casca.
11
4.6. ESTIMATIVA DA MÉDIA VOLUMÉTRICA POR UNIDADE AMOSTRAL POR
EM m³/há
12
Continuação
Unidade Volume médio da unidade amostral m³/ha
amostral Eucalipto Pinus
36 255,6874
37 193,4289
38 186,8106
39 226,9881
40 202,5718
41 262,7459
Tabela 03: Resultados do volume total, variância (Sj), desvio-padrão (Sj²) e volume médio (Ῡj)
por estrato.
Estrato Volume total (m³) Sj Sj ² Ῡj
Eucalipto 116765,5 3,40753 11,6113 17,0682
Pinus 41736,4 7,95304 63,2509 34,9349
Tabela 04: Resultados do volume da população, erro padrão da média, coeficiente de variação,
erro de amostragem (%), intervalo de confiança superior (IC), intervalo de confiança inferior
(IC) e o valor de t Student.
Erro de
Erro padrão Coeficiente IC (+) IC (-)
Volume amostragem t
da média de variação (m³/parc) (m³/parc)
população (%)
20,73578 18,76230
0,58807 20,7017829 4,99638939 1,67793
158501,91 155 342
13
4.8. VOLUME POR TALHÃO
Tabela 05: Volume por talhão por m³
Talhão Volume por Talhão Volume por
Eucalipto talhão (m³) Pinus talhão (m³)
36 5680,9742 68 21012,6846
37 6898,9278 75 20723,7170
38 8576,2481
39 8563,6050
52 8942,8985
53 6856,7841
54 2973,2398
55 3036,4554
56 10146,1019
65 8411,8876
66 9151,5099
67 10866,7596
72 6384,7744
73 8220,1336
74 12055,2126
14
5. INFRAESTRUTURA BÁSICA DO EMPREENDIMENTO
15
Figura 02: Mapa Fazenda Batalha
De acordo com a Lei 12.651/2012, todo imóvel rural deve-se manter uma área com uma
respectiva cobertura de vegetação nativa, sendo que vai está a título de Reserva Legal. Ela trata-
se de uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, e tem por função
assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a
conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da
biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Sua
dimensão mínima em termos percentuais relativos à área do imóvel é dependente de sua
localização.
16
6. PLANO FINANCEIRO
A empresa InForest irá prestar consultoria a fazenda Batalha situada no município de
Grão Mogol, no estado de Minas Gerais, totalizando uma área de 950,02 ha para exercer o
inventário. O custo do inventário florestal está associado ao tempo de serviço, dimensão da área,
mão de obra e infraestrutura. Abaixo segue a tabela com a análise financeira dos custos
referentes a mão de obra.
17
Tabela 09: Custo de alimentação
Alimentação
Número de Custo unitário do Custo Unitário do Custo da
Atividade
Colaboradores Lanche Almoço Alimentação
5 7 10 85
5 7 10 85
5 7 10 85
5 7 10 85
5 7 10 85
Custo total da
425
alimentação
18
Tabela 12: Outros custos
Outros
Quantidade Custo
Atividade Total
(Horas) unitário
Processamento de
40 62,5 2500
dados
Total Outros 2500
O valor total a ser cobrado do cliente para a prestação do serviço foi de R$ 20.000,00, de
forma que cobre todos os gastos e a empresa InForest ainda tenha lucro líquido de R$5.315,29
pela prestação do serviço.
19
7. COORDENADAS GEOGRÁFICAS DAS PARCELAS
Tabela 06: coordenadas geográficas das parcelas de cada talhão
Talhão Parcela Xcoord Ycoord
36 19 740990,92 8198600,73
36 7 740946,72 8198716,72
37 13 740794,04 8198204,77
37 10 740946,72 8198056,03
38 8 740618,71 8197716,36
38 14 740794,04 8197714,57
38 3 740952,34 8197625,56
39 6 740269,85 8196979,27
39 17 740309,21 8196905,91
39 17 740577,56 8197172,48
39 19 740763,63 8197158,17
39 24 740631,24 8197043,67
52 10 741608,06 8198635,93
52 24 741672,47 8198478,49
53 3 741472,09 8198120,68
53 5 741629,53 8198124,26
53 8 741812,01 8198120,68
54 15 741339,70 8197648,37
54 16 741472,09 8197634,06
55 14 742075,01 8197426,53
55 16 742096,47 8197312,03
55 24 741840,64 8197283,40
56 3 741532,92 8197129,55
56 4 741636,69 8197136,70
56 17 741865,69 8196986,42
65 7 742795,99 8198567,95
65 8 742974,90 8198389,04
66 4 742763,79 8198052,70
66 13 743014,26 8197939,99
66 23 742756,64 8197859,48
67 17 742575,94 8197573,23
67 8 742788,40 8197477,70
68 2 742520,48 8197025,78
68 11 742652,87 8196925,59
68 12 742778,10 8196907,70
68 14 742892,60 8196920,23
72 1 743565,29 8198632,35
72 17 743545,61 8198455,24
Continua
20
Continuação
Talhão Parcela Xcoord Ycoord
72 18 743658,32 8198467,76
72 22 743572,45 8198335,37
73 5 743561,71 8198013,34
73 10 743720,94 8197970,40
74 3 743525,93 8197460,52
74 8 743745,98 8197462,31
74 19 743719,15 8197315,61
75 7 743509,83 8196957,80
75 8 743663,69 8196959,59
75 10 743749,56 8196918,44
21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IEF, Instituto Estadual de Florestas. Parque Estadual de Grão Mogol. Disponível em:
http://www.ief.mg.gov.br/areas-protegidas/202?task=view Acessado em: 04/08/2018.
22