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O Parecer Psicológico, uma análise crítica do Processo nº 394.

13/2015 1 a luz da
Psicologia Jurídica e suas aplicações práticas, de Maria Adelaide de F. Caires2.

Radamézio Eduardo Velasques de Abreu3

Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar criticamente, à luz da contribuição da Psicologia
Jurídica para o caso concreto do Processo Penal, e a argumentação jurídica utilizada na decisão judicial
que condenou um réu com base, entre outros, num suposto “Laudo Psicossocial”. O problema surgiu a
partir da constatação da ausência de laudo do Profissional da Psicologia em (des)favor do acusado, em
face dos princípios que regem a Psicologia Forense. Com efeito, pretende-se demostrar o quão substancial
a palavra da vítima e as provas testemunhais foram para a sentença, contrapondo à luz da Psicologia
Jurídica no processo in caso e suas aplicações práticas.

Palavras Chaves: Parecer Psicológico, Estrupo de Vulnerável, Psicologia Forense.

O presente artigo visa analisar não só a sentença proferida mas todo o Processo
n° 394.13/2015 do Poder Judiciário do Estado do Amazonas, à luz do Psicologia
Jurídica no Processo e suas aplicações práticas.

Na referida sentença, o magistrado condena o réu em Ação Penal de


Procedimento Ordinário proposta pelo Ministério Público do Estado do Amazonas, sob
a acusação de Estupro de Vulnerável, utilizando em sua sentença, entre as provas
colhidas por oitiva de testemunhas, exame de conjunção anal, realizado 03 meses após o
ocorrido, e faz menção de Laudo Psicossocial (não localizado no autos), afirmando:

“das provas testemunhais produzidas durante a instrução processual, por


testemunhas do delito estando em consonância com depoimento da vítima,
tanto em sede de inquérito policial, quanto em juízo, que em crimes dessa
natureza, normalmente cometido às escondidas, “a palavra da vítima tem
um peso fundamental para elucidar a verdade”” (grifei).

Ora, se a palavra da vítima tem peso fundamental e suficiente para se condenar


alguém, Para que serve um Parecer Psicossosial? e Como a Psicologia Forense pode
contribuir para refutar acusações, ou contribuir para elucidar a veracidade dos fatos? Se
evitar-se-ia uma condenação com a contribuição do Psicologia Forense, seria possível
asseverar, no decurso do processo em epigrafe, que tudo não passou de grande engodo?

A partir dessas hipóteses, foram estabelecidos os objetivos deste artigo:


Constituem-se eles em: Conhecer os aspectos trazidos por Caires (Caires, 2003) quanto
ao histórico da Medicina Legal, Psiquiatria e Psicologia Jurídica e do Direito Penal,
Conhecer esses aspectos como prática Pericial, Relacionar a característica destes com o

1
Processo da Comarca de Tapauá/AM – Ação Penal em que o réu I.S.Q, foi condenado sob a acusação
de estupro de Vulnerável, cuja denúncia foi encaminhada pelo Centro de Referência Especializado em
Assistência Social – CREAS do Município de Tapauá,
2
Artigo apresentado como requisito integral das Notas das Avaliações Parciais (Ap1 e Ap2) da Disciplina
de Psicologia Geral e Jurídica do Curso de Direito da Escola de Direito da Universidade do Estado do
Amazonas (UEA), ministrada pelo professor Adelson Silva dos Santos.
3
Acadêmico de Direito da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Contato: reva.dir@uea.edu.br
caso concreto em Estudo e por fim Analisar se a fundamentação realizada pelo juiz não
ficou carente de outros laudos periciais, na sentença do Processo nº 394.13/2015.

Para possibilitar o estudo buscou-se o método indutivo, pois da análise da


Sentença específica, buscou-se os preceitos defendidos pela Psicologia Jurídica, num
estudo da obra de Maria Adelaide de Freitas Caires (2003). Isso se deu por meio de
pesquisa bibliográfica e documental com base numa abordagem jurídico-exploratória, já
que se realizou numa análise preliminar acerca do tema, que culminou na escolha da
obra mencionada. Além da realização de uma pequena pesquisa de Campo, com
aplicação de Questionários, cuja universo se concentrou no Município de Tapauá e
amostra foi o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS/Tapauá) e Centro de
Referência Especializada em Assistência Social (CREAS/Tapauá).

Pesquisas na Área da Medicina Legal e Psicologia Forense pelo IMESC4

Após receber um convite, em meados da década de 1980, para integrar a


Unidade de Psicologia do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo
(Imesc), a Psicóloga Clínica e Forense, Maria Adelaide de Freitas Caires, e nele atuar
por determinado período, verificou a existência em destaque apenas de testes
psicológicos empregados na prática psicológica pericial, e a mesma realidade asseverou
ocorrer num “passeio pela literatura” disponível à época.

Caires (2003, p. 24), observou que na década de 90 (novena) as publicações


científicas ocorriam paulatinamente a nível forense, porém foram ganhando espaço nas
academias, pois já se observava que entre as dissertações de mestrados, monografias e
teses de doutorado, estavam se avolumando. O que pressupõe destaque do trabalho e
sua eficiência quiçá segurança para o meio jurídico, posto que a academia reflete o que
a sociedade moderna vivencia.

Com experiências no psicodiagnóstico foram observados por Maria Adelaide


(2003, p. 27) que os atendimentos que ela fazia vinham cobertos de dissimilitude pois
os “pacientes” não eram a ela direcionados por “vontade própria ou de seus familiares”
[...] mas sim “à sua revelia e dos seus”. E todos esses casos não eram a ela
encaminhados para serem tratados sob a ótica dos “profissionais da saúde mental” [...]
“mas por profissionais aplicadores da Lei” que deveriam verificar a existência de
“fatores relacionados a aspectos psicopatológicos primários ou secundários a
comprometimentos neurológicos diversos, ou apenas este”.

Convém preliminarmente destacar que nesta pesquisa, fazendo a leitura e


releitura do Processo nº 394.13/2015, acusado e/ou vítima não foram encaminhados,
posteriormente a denúncia crime, para serem avaliados pela Psicologia Forense, a fim
de estudar o perfil da personalidade de ambos, averiguar o caráter, ou certificar-se da
existência de aspectos psicopatalógicos, como evidenciado nas diversas funções do
trabalho realizado pelo Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo.

Lembrado o prefácio do “brilhante tratado” do Prof. Altavila proferido “pelo


sociólogo jurista, renovador do Direito Penal Italiano, Enrico Ferri” e pinçado por
4
Imesc é uma Autarquia Estadual fundada na década de 70, com o Objetivo de realizar perícias médicas
e promover pesquisas na área da Medicina Legal e Psicologia Forense.
Caires (2003 p. 33), é posto novamente em voga, visto que há época já contava com 43
anos, mas a inquietude deste pensamento continuava a ser atual para Maria Adelaide, e
por isso completava o bojo do seu trabalho:

“Este livro do Prof. Altavila corresponde, por isso, não só ao


desenvolvimento teórico deste ramos da psicologia, mas também às
exigências práticas da administração da justiça penal, a qual, embora sentindo
a necessidade de se orientar por dados científicos, se conserva ainda, a este
respeito, nas névoas da intuição empírica e fragmentária e, por isso mesmo,
continua exposto às mais arbitrárias oscilações. E isso deve-se também, ao
facto de, no ensino universitário do direito e do processo penal, da sociologia
criminal e da medicina legal, a psicologia judiciária estar completamente
esquecida ou ser incompletamente estudada. (FERRI, 1925 apud
ALTAVILLA apud CAIRES, P. 33, sic)

Depreende-se, com base no estudos desta pesquisa, que de fato a psicologia


jurídica ainda continua esquecida, pois não constam nos autos a presença do
profissional desta área tecendo seus comentários em Pareceres que possam deslindar
aspectos do comportamento dos envolvidos quer seja no polo passivo/ativo, direta e
indiretamente.

Para complementar e suscitar a evidente utilização de condutas que podem ser


levadas num processo quando acionado o Judiciário numa denúncia crime, Napoleão
Teixeira apud Caires (2003, p. 33) diz tratar “psicanaliticamente” de “temas
nevrálgicos em forense” ou seja, enfatiza a possibilidade de ocorrer: "testemunho,
confissões falsas, simulação e alguns dos crimes classificados hoje como hediondos,
sem deixar de referir-se a psicopatologia do agente”. Ele menciona os “motivos e
mecanismos inconsciente do sujeito infrator” que são auxiliares para conduzir os jovens
médicos que estão iniciando sua jornada nessa área.

Se partirmos do pressuposto que apenas o infrator poderia incorrer em tais


condutas típicas de sua suposta “psicopatologia” e que não há necessidade de se
observar a existência do testemunho e/ou confissões falsas, além do emprego da
simulação e alguns dos crimes classificados hoje como hediondos, in caso - estupro de
vulnervável, Que segurança tem o Juiz ao anunciar uma sentença condenatória, sem
antes verificar pelo profissional da Psicologia, se tudo isso não ocorrera no seu
processo?

Medicina Legal, Psiquiatria Forense, Psicologia Jurídica - breve histórico, e do


Direito Penal.

Entender a natureza humana é o eixo central do que trata a Medicina Legal,


Psiquiatria Forense, Psicologia Jurídica, pois quando levado um processo a ser avaliado
pela esfera do poder judiciário, o que está se buscando são os pormenores do
comportamento humano que o levaram cometer determinadas condutas.

Caires (2003, p. 35) assevera que pode “resumir essa “natureza” como conjunto
envolvendo: ação/conduta, desejos, necessidades e motivos” acrescenta ainda da
“necessidade prevista no Tratado de Direitos Humanos, nos diversos códigos
processuais e que se estende às diversas áreas do saber humano. Assim, depreende-se
que há uma literatura extensa que deveria se predispor a fazer este estudo, pois fica
caracterizado o quão essencial é a busca desse entendimento da “natureza humana” para
melhor condução do processo judicial face ao direito penal.

O Jurista Amaral Santos (1986) apud Caires (2003, p. 35), constatou que a
prática pericial foi encontrada em todas as instituições judiciárias antigas, sendo os
agrimensores do Antigo Egito os precursores, posteriormente foi identificada pelos
Hebreus, na Grécia Antiga, junto ao povo Romano, até na França no ano de 1973,
quando uma perícia foi realizada para se apurar a falsificação realizada por um
camareiro.

Como pode ser visto a prática pericial é tão antiga quanto mostra os registros
acima, e certamente sua evolução deve ser natural, contudo será que hoje já está num
patamar de excelência ou ainda configura àquele atraso dito pelo Jurista Italiano? “a
psicologia judiciária está completamente esquecida ou ser incompletamente estudada”
(adaptado).

Na Alemanha do século XVI, Pacheco e Silva (1951) apud Caires (2003, p. 37),
cita a escola psiquiátrica alemã e a classifica como “alicerçada exclusivamente na
psicologia”, trazendo a “insânia” sob o ponto de vista religioso como uma “moléstia da
alma” e deixava por conta da igreja a prevenção e o tratamento. Já Ideler acreditava que
a “gênese dos distúrbios mentais” estavam diretamente ligados “a paixões
desenfreadas”.

Sabiamente já foi desvinculado a atuação da igreja em assuntos que a ela não


caberia competência técnica e profissional exclusiva e suficiente para elucidação dos
fatos bem como a escolha da conduta mais assertiva para o tratamento, até mesmo os
exorcismos praticado ao longo dos séculos pelo clero e classificado por “possessão
demoníaca”, em muitos casos a intervenção médica era necessária para o pronto
atendimento do sofrimento e medicação das sequelas que os ditos casos de
esquizofrenia e alucinação causava as “vitimas”, como automutilações, insónias, perda
do apetite.

Paulo Zachia, é reconhecido como “o primeiro médico a exercer legalmente a


função de opinar sobre as condições mentais de indivíduos envolvidos com a Justiça” e
pelo destaque do seu trabalho foi reconhecido como “Pai da Medicina Legal e o
fundador da Psicologia Forense”, Caires (2003, p. 39).

Denotasse deste episódio o quanto foi negligenciado na história do Direto o


ponto de vista dos profissionais que poderiam melhor esclarecer os motivos que
impulsionariam agressores a realizar seus sinistros, ou até classificar como inimputável
(caso assim fosse) frente a sua patologia e não apenas a análise do crime já praticado.

Em solo brasileiro, após superada o que se classificava como mero respirar do


que se publicava lá fora sobre a medicina legal, Nina Rodrigues, lança seu primeiro
trabalho conhecido como “os fundamentos de uma verdadeira escola Médico-Legal
brasileira, (Gomes apud Caires, 2003, p. 41). E daí por diante uma onda crescente de
trabalhos foram realizados nos cursos, surge na academia a disciplina de Medicina
Legal.
Quanto a Psicologia, registros da Grécia Antiga tendem a classificar como uma
parte “integrante da Filosofia que estuda a alma – sua existência, sua natureza, [e,
como parte do seu bojo de estudo, incluía] a percepção, a memória, as paixões etc.”
(FONTOURA apud CAIRES 2003 p. 44).

Posteriormente Caires (2003, p. 44) afirma que outras áreas do conhecimento


foram compondo o emaranhando de conexões que a Psicologia está entrelaçada como a
Física, Biologia e outras ciências, que se interessavam pelos “fenômenos da
consciência”.

Somente no século XIX, que na Universidade de Leipsig, Alemanha, a


Psicologia ganha tatus no “cenário científico” Caires (2003, p. 45), sendo denominada
Psicologia Clássica, pois dela compunha equipamentos capazes de auferir as sensações,
emoções, memória, entre outros, que receberam divisões em métodos: psicofísicos,
psicométrico, e psicofisiológico, cujos estudos priorizavam os fenômenos conscientes,
uma vez que consideravam o “inconsciente” “como um mundo sem vida própria e vazio
e sem representatividade no universo consciente”.

Porém Freud, revolucionou a argumentação da Teoria Clássica quando


apresentou a Psicanálise, e por meio de estudos asseverou que o comportamento
explícito era na “verdade mais regido por pressões de pulsões não conscientes, do que
pelo consciente e preditivo, demonstrou que o universo inconsciente era oculto sim mas
palpitante, dinâmico, responsável e dirigente de grande parte da nossa vida psíquica
consciente”.

Não fosse então essa grande descoberta de Sigmund Freud, quantas pessoas
ainda não estariam crentes que apenas a ponta do “iceberg” existe e tudo aquilo não é
visto a “olhos nus” seria ainda tido por não existente e portanto um concepção
incompleta da natureza humana, que até hoje ainda é um mistério para ciência,
desvendar o comportamento completo de alguém, descobrir o real motivo por traz de
suas intenções. Sem falar dos equipamentos hoje disponíveis como detectores de
mentiras. Mas serão absolutamente seguros, ou a mente humana é capaz de também
enganá-la?

Outro ponto delicado pra se tratar é a diferença entre os profissionais da


Psicologia, Psiquiatria, e até dos neurologistas, pois estes últimos podem praticamente
desempenhar funções que já deveriam estar restritas ao primeiro tais como: prática
psicoterápica e psicanalítica, além dos testes de personalidade que são realizados
utilizando um pré-nome como se coubessem ao médico quando na verdade deveria estar
restrito ao Psicólogo; pois embora já se tenham mais de 50 anos da promulgação da Lei
4.112/1962, ainda há uma tênue divisão científica entre estas ciências, levando os
Psicólogos a buscar sua identidade profissional, integrando autonomia profissional e
territorialidade no Brasil, é o que definiu Caires (2003, p. 47).

Embora a Lei tenha trazido segurança jurídica para atuação do profissional, sua
inserção no campo do Direito ou da Justiça foi muito tímido, limites dessa relação
foram estabelecidos pelo Código de Ética Profissional, mas somente em 1985 que
ocorreram os primeiros concursos para psicólogos judiciários sendo destinados a
preencher vagas na Varas da Família e Sucessões e a da Infância e Juventude.
Caso estes profissionais da Psicologia estivessem integralmente em todos os
município onde há julgamento dos supostos casos infracionais e/ou criminosos, eles
certamente estariam ofertando ao contexto jurídico seus conhecimentos contribuindo no
campo do Direito com a Psicometria e Psicanálise ao Judiciário, pois como apresentado
por Caires (2003, p. 49) estes trabalhos “marcaram época trazendo motivos
subjetivos/inconscientes que pudessem estar em jogo no momento de um ato
delinquencial, a sua contribuição foi preciosa”; não galgando mais sucesso e amplitude
em larga escala nacional pois esbarrou nas “críticas” e na falta de “metodologia
específica voltada para essa área”.

Preliminarmente convém destacar que O Direito penal recebeu esta


denominação de forma equivocada, pois assim como ele se refere aos crimes, a
Psiquiatria Forense não tem como meta tratar pacientes devendo assim ser
Psicopatologia Forense; contudo esses termos resistiram a crítica por serem assim
mundialmente consagrados, assim asseverou Caires, (2003, p. 54).

Na história da humanidade depreende-se que o “Direito Penal é um fenômeno


histórico e cultural” parte da sua constante evolução, sendo classificados inicialmente
Duas em Fases Primitiva, logo que os homens se unira, para formar a sociedade e
preservar suas vidas, depois surgia o subsistema a “família”, ambas impuserem
represálias, mas sob o aspecto religioso. Podendo culminar na expulsão ou até mesmo a
morte dos transgressores, seguindo esta decisão do líder religioso para o Rei, foi no
reino de Hamurab da Babilônia que se estabeleceu um código que “discriminava as
condutas civis e penais”. Assim “em nome do ofendido a aplicação da pena saiu da
esfera privada (Vingaça das Famílias) para uma entidade pública (vingança Pública)”
(Caires, 2003, p. 55.
Com o passar o tempo e nas diferentes civilizações foram estabelecidos diferente
códigos, dos mais conhecidos e que são referências citam-se como Terceira e Quarta
Fase o Direito Romano e o Direito Canônico, seguidos por muitos países, contudo
pouco eficazes pois embora tivessem o viés de excluir a pena de morte e salvar a alma,
o corpo do apenado era muito maltratado, estes acabavam por morrer esquecidos nas
masmorras por doença ou fome, conforme registra Caires, 2003 p. 56.

Assim foram sucedidos por movimentos filosóficos denominado Iluminismo,


que marcou o Direito com uma Quinta Fase; fixou-se como oposição à arbitrariedade do
absolutismo, privilegiando o respeito à liberdade de opinião e de pensamento. Segundo
o Prof. Manãs apud Caires (2003, p. 57) relata que este período permitiu-se
compartilhar o poder com a burguesia, que apesar de não possuir influência política
“detinha o poder econômico por meio do capital”.

Após esses períodos ainda ocorreu a Sexta Fase – Século XIX marcados pela
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1875, ficando consagrada as
garantias constitucionais; seguido pela Sétima Fase – Escola Clássica e Escola Positiva,
iniciada pelo Racionalismo de Kant, até culminar na Oitava Fase – Direito Penal
Moderno que hoje é estabelecido pelo Princípio da Legalidade que “em última
instância, garante o freio punitivo, onde toda ação punitiva precisa ter uma norma
preestabelecida. (Caires, 2003, p. 61 e 63).

Mediante todos os pressupostos e evoluções que o Direito Penal percorreu,


pode-se dizer que foi atingido o ápice para as relações que compreendem a natureza do
homem e como fazê-lo compreender que deve conviver de forma harmônica com seus
iguais, evitando injustiças e a mera vontade de um monarca, religioso ou a interpretação
do que os “deuses” querem para aquele que não conseguiu se manter na mesma faixa de
pensamento dos demais.

Portanto, fazer menção a um código penal seria hoje o mesmo que dizer: está se
analisando a conduta de um crime que porventura alguém praticou e se há correlação.

Psicologia Forense ou Jurídica?

Convencionou chamar de Psicologia Forense e/ou Jurídica os serviços prestados


pelos profissionais da Psicologia para a Justiça em processos pertinentes aos órgão das
do Poder Judiciário, quer seja nas Varas da Família, da Infância e Juventude, ou em
Sucessões dos Foros Regionais, e nos Tribunais de Justiça dos Estados que tendo ou não
este profissional requisitado seus serviços.

Camargo Braga apud Silva (2003 p.8) fala que o Termo “forense” diz respeito
aos tribunais e à Justiça, e é também denominado aos serviços prestados de forma
jurisdicional, podendo receber a nomenclatura de livraria forense, ambiente forense
entre outros.

Neste aspecto vemos que o judiciário não atua mais tão somente nos papeis de
verificar o que diz a acusação e/ou a defesa, em que figuram em polos distintos, vítima e
réu, ou mesmo dois atores interessados num mesmo objeto (como na disputa da guarda
de um menor pelos pais). Agora o Juiz tem mais um agente neutro, responsável pela
análise do comportamento daquele(s) agente(s) ou reclamante(s), que dependendo do
processo poder ser acusado de crime, ou quem melhor tem o perfil para receber a guarda
definitiva dos filhos, embora não se tenha ainda visto quem seria objeto de estudo pelo
profissional da psicologia, fica entendido que o serviço prestado pela Psicologia poderia
abranger ambos os lados, e diversos tipos de casos e conflitos.

Silva (2003, p. 8) afirma que “a Psicologia Forense foi considerada,


inicialmente, um ramo da Psicologia dedicada ao estudo do comportamento criminal
do ser humano, estendendo-se à observação do comprimento da pena imposta ao
infrator”. E por conseguinte foram surgindo Escolas que melhor estruturaram essa
atividade e a pesquisa recebendo as distintas “Escola Personalística, Escola Genética-
Evolutiva, Escola Tipológica, Escola Patológica” entre outros.

Assim pode-se suscitar que Estado tem o dever de acompanhar a saúde mental
do apenado, devendo ser avaliado rotineiramente, providenciado o profissional da área
psicológica laudos, perícias, testes psicológicos, entre outros que julgar necessário,
promovendo a manutenção do seu equilíbrio e o não comprometimento majorado de sua
personalidade, seja esta pena perdurada nas dependências dos Sistemas Penitenciários
ou no momento em que este estiver cumprindo prisão domiciliar.

Necessário se fez, pela recorrente chamada dos Psicólogos para emissão de


Pareceres que pudessem “dirimir controvérsias no campo da psique”, em processos
judiciais necessários para o entendimento dos “conflitos emocionais e
comportamentais” que foram se tornando “instrumentos indispensáveis para que o Juiz
possa aplicar a Justiça”. Silva (2003, p. 9).
Evidenciando esta necessidade, notório e indispensável como se mencionou, que
todo e qualquer processo fosse contemplado pelo parecer do Profissional da Psicologia,
averiguando todos os envolvidos, não só o “eventual criminoso”. Pois quando pode-se
afirmar como verdade absoluta o que se dizem nos Tribunais? Quando poderão as
testemunhas depor sem estarem envoltas em vinganças pessoais que não representam
por completo a realidade dos fatos que lá as conduziram?

Em sua obra Silva (2003, p. 8), assevera que “diversos autores desenvolveram
escolas psicológicas, com o Intuito de estabelecer concepções e uma descrição
compreensiva da correlação entre fatos e leis da vida mental”. Esta vida por outro lado
marcado de emoções e reflexos negativos dos erros e acertos aliados a uma cobrança da
sociedade é o que mais “perturba” a vida das pessoas quando alguém pressupõe
compreender tudo que perpassa a vida de um grupo social principalmente quando este é
acometido por algo tido como crime.

Silva (2003, p. 9) menciona que “a complexidade das necessidades humanas e


dos princípios psicológicos5, que não são resolvidas num âmbito familiar ou social e
que acabam chegando aos balcões da Justiça, se tornou tão grande que são sempre
requeridas para se saber quem está ou não divergente com a cominação legal e a quem
caberá o mérito, ou será vitorioso no conflito, todavia esta ação sempre acaba chegando
a um árbitro que quase nunca é elegido fora do âmbito judicial, trazendo para a Justiça
as mais distintas áreas de análise em separado distribuídos nas Varas da Famílias,
Justiça do Trabalho, Varas Cíveis, entre outros.

Por esta razão que o campo “de estudo da Psicologia Forense deixa de
permanecer restrita aos foros e tribunais, e vai buscar as informações necessárias à
compreensão do comportamento humano”. Pois assim como o comportamento é divido
entre emoções, conflitos de sentimentos e interesses recorrentes, Não se pode ter um
único entendimento para ser aplicado a todo e qualquer caso.

Análise e Discussão dos Resultados

Todavia mesmo, com essa preliminar atuação e alcance de cargos na esfera


pública, a territorialidade do profissional de psicologia ainda carecia de mais firmeza e
certo grau de consistência. Sabe-se inclusive que muitos Fóruns de Justiça dos Interiores
do Estado do Amazonas, não possuem peritos da Psicologia, o Poder Judiciário
requisita constantemente aos servidores dos Centros de Referência em Assistência
Social, exigindo destes que elaborem Pareceres que irão corroborar com a peça judicial,
o que se parece mais com desvio de função combinado com desvio de finalidade, pois o
Executivo Municipal deixa de atender sua demanda para se submeter a vontade do Juízo
sob pena de desobediência criminal.

Este entendimento pode ser confirmado com a pesquisa realizada no Município


de Tapauá, conforme questionário aplicado, em anexo, com perguntas fechadas,
direcionado as 02 (duas) Coordenadoras do Centro de Referência em Assistência Social
5
A Psicologia é conceituada como a ciência do indivíduo. A palavra “atividade”, empregada aqui no
sentido lato, inclui não somente atividades motoras, como andar o falar, mas também atividades
cognitivas ou mentais (aquisição de conhecimento), como ouvir, ver, pensar, lembrar e imaginar, e ainda
atividades emocionais como rir e chorar, sentir raiva ou tristeza. (Woodworth e Marquis, Psicologia,
1977).
(CRAS) e do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e aos
seus técnicos: 02 (dois) Psicólogo, 02 (duas) Assistente Social, 01 Secretário
(Tecnólogo em Gestão Pública) e 01 (um) Orientador Social No total foram 08
questionários respondidos a esta pesquisa.

A Coordenadora do CREAS, com mais tempo de atuação que todos os


entrevistados, mais de 11 anos e sempre nesta função, foi categórica em afirmar que
praticamente o Fórum de Tapauá e Delegacia de Polícia não possuem servidores da área
da Psicologia ou do Serviço Social, e que todas as demandas que o Fórum de Justiça ou
a Delegacia necessita é atendido pelo CREAS e CRAS, vendo esta carência de
profissionais como algo que usualmente o Poder Judiciário/Secretaria de Segurança
Pública não pretende preencher com servidores próprios, pois vem fazendo uso
indiscriminado do efetivo que a Prefeitura Municipal de Tapauá dispõe.

Mesmo os mais novos contratados pela Prefeitura Municipal de Tapauá, em


média 1 (um) ano e 6 (seis) meses, ao serem questionados quanto ao atendimento de
demandas pontuais para o Fórum de Justiça ou Delegacia, todos foram uníssonos em
afirmar que sempre são requisitados para atender aos pedidos de Pareceres, Laudos
Psicosociais, num prazo sempre exíguo e ainda sob a pena de responderem um processo
de crime por desobediência em caso de não atendimento.

Foi perguntado aos profissionais se eles já haviam atendido a demanda de


instituições externas, que diz respeito a Psicologia Forense, e todos foram unânimes em
responder que sim.

Gráfico 01 – Atendimento a Psicologia Forense


Você já atendeu demanda da Psicologia Forense?
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Sim Não
Fonte: Radamézio Eduardo (o autor)

Na próxima pergunta, foi questionado que Instituição requisitou os serviço de


Psicologia Forense, sendo respondido por 6 (seis) servidores que sempre atendem
apenas ao Fórum de Justiça, mas outros três entrevistados disseram também atender a
Delegacia de Polícia do Município de Tapauá.

Gráfico 02 – Instituições que requisitam Laudos/Perícias.


Instituições Requisitantes da Psicologia Forense, por profissional.
120
100
80
60
40
20
0
Ass Social Psicologo Orientador Coordenador Gestor

Delegacia Fórum de Justiça


Fonte: Radamézio Eduardo (o autor)
Na questão de número 3.3, perguntou-se aos profissionais do CRAS e CREAS quanto a
demanda atendida externamente, se ela atrapalhava o atendimento interno, sendo respondido por
todos que sim, pois deixavam de cumprir com a programação semanal, e que muitas levavam
tempo para recompensar o agendamento das rotinas que haviam sido elegidas previamente,
causando sobrecarga de trabalho e descontentamento por parte dos clientes (usuários externos).
Além de prejudicar o alcance de metas estabelecidas.

3.3 - O Atendimento externo prejudica a rotina do CREAS/CRAS?


120%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Atendimento Externo

Sim Não
Fonte: Radamézio Eduardo (o autor)

Por fim, foi questionado aos colaboradores do CREAS e CRAS se eles


acreditam que o Parecer da Psicologia, Neurologia, Psiquiatria, Serviço Social, poderia
interferir na decisão do Magistrado ao julgar processos, todos também foram unânimes
em dizer que sim. Corroborando que o perfil da deste profissionais, no mínimo o
Psicólogo e o Assistente Social devem compor o quadro de pessoal das Varas da
Comarcas dos Municípios. Uma vez que esta demanda não existindo deixaria o
processo carente de parecer do profissional competente.

Considerações Finais

Durante a pesquisa Bibliográfica, verificou-se como a Psicologia Forese pondera


as atitudes do indivíduo que se vê envolvido num processo judicial, que a teoria aponta
conduta quase sempre disfarçada durante a avaliação dos Profissionais da área, pois o
réu nunca está numa condição de paciente voluntário para que lhe sejam examinado de
forma mais tranquila e segura. Conforme visto Caires em suas observações, que a seguir
rememorasse:
[...] os atendimentos vinham cobertos de dissimilitude pois os “pacientes”
não eram direcionados por “vontade própria ou de seus familiares” [...] mas
sim “à sua revelia e dos seus”. E todos esses casos não eram a ela
encaminhados para serem tratados sob a ótica dos “profissionais da saúde
mental” [...] “mas por profissionais aplicadores da Lei” que deveriam
verificar a existência de “fatores relacionados a aspectos psicopatológicos
primários ou secundários a comprometimentos neurológicos diversos, ou
apenas este”. (adaptado)

Contudo, constatasse que no processo estudado pelo presente artigo não houve o
pedido formal para análise psicossocial do acusado, após denuncia tampouco das
testemunhas que o acusava, podendo evidenciar a existência de engodo sem a mínima
investigação mais apurada do caso, levando o Magistrado a expedir uma sentença no
Processo n° 394.13/2015 sem fazer uso dos subsídios que a Psicologia Jurídica
geralmente contribui para os Processos levados ao Judiciário.

Observasse nas folhas 04 do Processo n° 394.13/2015, que a denúncia crime de


possível caso de Estupro de Vulnerável partiu do Centro de Referência em Assistência
Social, alegando que o caso do menor encaminhado pela Unidade Básica de Saúde
(UBS) “com o passar dos atendimentos constatou-se que trata-se de um possível caso de
abuso sexual” (grifei).

Assim, como fazer o deslinde do que é possível para o que é fantasioso? O


Centro de Referência em Assistência Social (CREAS) encaminha uma denúncia
mediante ofício da Coordenadora daquela Instintuição mas nos autos não se encontra o
Parecer Técnico do Profissional da Psicologia que dizem ter “atendido” ao menor.

Da mesma forma não se vê o pedido da Justiça requerendo ao CRAS ou CREAS


que emita um Laudo Psicossocial das partes, réu, requerentes, testemunhas, pois
segundo Caires, uma parte poderia estar envoltos em testemunhos falsos e/ou simulação
de crimes, como trazido novamente para reflexão:

Napoleão Teixeira apud Caires (2003, p. 33) diz tratar “psicanaliticamente”


de “temas nevrálgicos em forense” ou seja, enfatiza a possibilidade de
ocorrer: "testemunho, confissões falsas, simulação e alguns dos crimes
classificados hoje como hediondos, sem deixar de referir-se a psicopatologia
do agente”. Ele menciona os “motivos e mecanismos inconsciente do sujeito
infrator” que são auxiliares para conduzir os jovens médicos que estão
iniciando sua jornada nessa área.

O único documento técnico encontrado nos autos, trata de um Exame de


Conjunção carnal, expedido há mais de 03 meses do suposto ocorrido, cujo conteúdo
comprobatório das afirmações foram pautadas apenas no depoimento da dita vítima, e
no mesmo Exame, os profissionais, médico e enfermeira, afirmam que houve conjunção
carnal apenas por coação psicológica e vantagem financeira, sendo relato do acusador,
todavia como não suscitar se o caso não poderia ser uma confissão falsa.

O profissional da Psicologia, fls. 05 e 06, que atendeu a criança no CREAS em


25/08/2015, oriunda da Unidade Básica de Saúde, divergiu do médico da Unidade
Básica de Saúde, em seu encaminhamento, de 18/08/2015, as fls. 96, abaixo transcrito:

“Menor apresenta comportamento desajustado, impulsividade, agressividade.


Agride lançando objetos em casa, destrói objetos. Intuito de destruição. Pai
deixo álcool há três anos, mas bebeu junto a infância do filho,
principalmente. (Dr. A. J. C.G).

já o Psicólogo do CREAS, em seu depoimento as fls. 05 e 06, prestado na Delegacia,


afirma que: “ao realizar o primeiro pode observa que o mesmo estava muito
introspectivo, não confirmando o que o médico Dr. Alessandro lhe havia relatado”.

É obvio e notório que o caso está recheado de confissões falsas, simulação do


crime classificado hoje como hediondo, defendido por Napoleão Teixeira, pois como o
pode o médico basear seu parecer técnico apenas pela avaliação dentro de um
consultório, se a agressividade do menor era na casa dele?
Mais grave ainda, o médico Expedir um opinativo segundo o que lhe foi
relatado, pois como se lê no seu encaminhamento a agressividade do menor era em casa,
portanto o médico não viu essa atitude, apenas ouviu de alguém, o mais correto seria ele
se posicionar dizendo: “segundo relatos” e daí diligenciar até a casa do menor, ou como
feito solicitar a equipe da Assistência Social a fazer esta visita, pois não poderia
taxativamente afirmar algo que não verificou in loco.

Assim, o início de tudo poderia ser apenas hipóteses infundadas, comportamento


simulados. O suposto “estupro de vulnerável” possivelmente poderia esconder uma rede
complexa dos reais motivos que estariam levando as supostas “vítimas” a imputar um
crime que não existia ao réu, mas na verdade poderia ser o início ardiloso de um plano
vingança muito bem planejada e arquitetada, fruto de um desentendimento que ocorre
entre famílias, vizinhos, membros de uma instituição religiosa, ou entre colegas de
trabalho que arquitetam a derrocada de um excelente gerente apenas por estar sendo
correto e exigente com os seus pares.

Necessário e urgente se faz que a Lei promulgada para contratar profissionais da


Psicologia seja efetivada e sua eficácia garantida, no interior do Estado do Amazonas,
abrangendo todos os municípios, inclusive de Tapauá, trazendo para o Judiciário
técnicos da Psicologia efetivos, que ofereceram segurança jurídica aos processos,
atuando em ambos ao polos do processo.

O que não se deve mais admitir é uma continua requisição aos profissionais de
outros órgãos (executivo Municipal) prestem serviço aos Fórum de Justiça (Judiciário)
se não pertencem àquela esfera de poder, não possuindo assim o tino correspondente ao
trato jurídico, e mais importante saber que seu opinativo mal traçado irá comprometer
pelo resto da vida alguém cujo destino foi levado as garras da prisão. Conforme se relê:

Necessário se fez, pela recorrente chamada dos Psicólogos para emissão de


Pareceres que pudessem “dirimir controvérsias no campo da psique”, em
processos judiciais necessários para o entendimento dos “conflitos
emocionais e comportamentais” que foram se tornando “instrumentos
indispensáveis para que o Juiz possa aplicar a Justiça”. Silva (2003, p. 9).

Assim, para que a segurança jurídica nos processos judiciais aconteça, ofertada
pela incorporação do profissional da Psicologia Forense, e tenha real e definitiva
inserção no campo do Direito ou da Justiça, não permitindo que ela seja mais
meramente instrutória ou tímida, como ocorrida em 1985 com os primeiros concursos
para psicólogos judiciários destinados apenas as Varas da Família e Sucessões e a da
Infância e Juventude; todos os Fóruns e Comarcas de Direito do Brasil, devem ter em
seu quadro efetivo o profissional da Psicologia, em quantitativo suficiente para garantir
minimante que os processos, sentenças sejam mais justas e próximas da realidade com
que ocorrera verdadeiramente os fatos.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

CAIRES, Maria Adelaide de Freitas. Psicologia Jurídica: implicações conceituais, e


aplicações Práticas. 1ª Edição, São Paulo: Vetor, 2003.

SILVA, Denize Maria Perissine da. Psicologia Jurídica no Processo Civil brasileiro: a
interface da psicologia com direitos questões de família e infância. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2003.
APÊNDICE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS


ESCOLA SUPERIOR DE DIREITO

Pesquisa realizada para compor Artigo a ser apresentado na Disciplina


Psicologia Geral e Jurídica do Curso de Direito

Questionário Aplicado aos Profissionais que requerem ou atendem Demanda Judicial da


Psicologia Jurídica no Município de Tapauá/AM

Iniciais do Entrevistado: __________________________ Sexo_____________ Idade:___________

Instituição que Pertence: ___________________________________________________________

Profissão/Cargo (Função): __________________________________________________________

1. Tempo de Profissão: ( ) anos ( ) meses Tempo de atuação no Município: ( ) anos ( ) meses

2. Neste período você já requisitou/atendeu serviços para/da Psicologia Forense: ( ) sim ( ) não

3. Já requisitou/atendeu serviços de Psicoterapia, Reeducação Psicossocial, Laudos, Perícias, Exames de


Cessação de Periculosidade, para compor perfil dos agentes dos polos passivos ou ativos num processo
judicial, ou de um apenado pela Justiça? ( ) sim ( ) não

3.1 - A que Instituição requisitou? ( ) CREAS ( ) CRAS ( ) Hospital Ana Tereza Ponciano
3.1.1( ) ao Próprio Poder Judiciário: ( ) Tapauá ( ) Comarca mais Próxima

3.2 - Se foi requisitado para atender os serviços supra, quem requisitou? ( ) Fórum ( ) Delegacia

3.3 - Caso não sendo profissional do Poder Judiciário, o serviço requisitado prejudica a demanda
das atividades da Instituição que você pertence? ( ) sim ( ) não

4 - Poderia especificar com que frequência atende ou requisita? ( ) vezes ao ano ( ) vezes ao mês
( ) vezes por semana

5 - Caso seja o requisitante que Profissional lhe atende?


( ) Médico Clínico Geral ( ) Psiquiatra ( ) Psicólogo ( ) Neurologista ( ) Assistente Social

5.1 - Caso seja o requisitante, existem esses profissionais no quadro de pessoal da sua Instituição?
( ) sim ( ) não

6 - Você acredita que o Parecer da Psicologia, Neurologia, Psiquiatria, Serviço Social poderia
interferir na decisão do Magistrado ao julgar os processos? ( ) sim ( ) não ( ) Depende

Muito obrigado por sua colaboração!

As respostas serão mantidas em sigilo e serão apresentadas de forma tabulada no Artigo supra ao
Professor desta Disciplina apenas para fins acadêmicos!

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