Você está na página 1de 386

CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings

Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2


em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Modelos de Parto no Distrito Federal: Perspectivas das Mulheres e


dos Profissionais de Saúde
_________________

Brito, Amanda Oliveira de; Carneiro, Rosamaria Giatti


Universidade de Brasília — mandinhatb_5@hotmail.com
_________________

Introdução: o parto, ao mesmo tempo em que é um evento individual e familiar, também é um


evento social, moldado pelos costumes e valores de uma determinada época e local. Várias
transformações ao longo da história do Brasil contribuíram para que o ato de parir, um processo
não meramente fisiológico, mas espiritualizado e enriquecido por práticas informais de cura,
assistido por parteiras no domicílio que utilizavam apenas as mãos para manobras e diagnóstico,
se tornasse, hoje, um processo patológico, hospitalizado e passível de uma série de intervenções
e, também, para que a cesárea fosse considerada padrão de nascimento. Cresce uma preocupação
social perante esse fenômeno da medicalização do parto, onde estudos indicam ser mais prejudicial
do que benéfico à saúde materna e neonatal, e um movimento em prol da humanização da
assistência ao parto e nascimento. Objetivo: Estudar quais os sentidos atribuídos aos modelos de
parto do Distrito Federal e problematizar os fatores que influenciam a escolha por um determinado
modelo pelas mulheres e profissionais de saúde envolvidos com assistência ao parto. de igual
modo, procurou-se verificar o binômio expectativa/satisfação da mulher e perspectivas acerca da
humanização. Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa de campo de cunho qualitativo, com a
utilização de entrevistas semi-estruturadas e observação participante do cotidiano de um hospital e
de grupos de preparo para o parto. Resultados: As percepções das mulheres sobre os modelos de
parto estão imbricadas à satisfação com o parto realizado e, quando primíparas, aos valores e
representações socialmente construídos. o medo da dor, o despreparo da mulher para o parto, o
receio quanto ao tratamento dos profissionais e o desejo de controlar o momento do parto foram
algum dos motivos para as mulheres desejarem ou recorrerem a uma cesariana e, quando não, a
algum tipo de procedimento interventivo para auxiliar no momento do parto. Já as percepções dos
profissionais de saúde sobre os modelos de parto possuem relação com a sua formação, o local
onde prestam assistência e sua percepção acerca da humanização. Profissionais, com formação
biomédica e que trabalham em hospitais, não julgam negativamente a atuação intervencionista do
médico e sugerem que um parto humanizado independe do tipo de parto e está relacionado a
questões mais amplas, como o direito de escolha da mulher sobre o parto e a preparação
psicológica para esse momento. Conclusão: Compreender o que tem levado a ascensão das taxas
de cesariana no Brasil, além do uso rotineiro de procedimentos interventivos, não é um processo
simples, tendo em vista a diversidade dos sujeitos envolvidos na cena do parto. o enfrentamento da
medicalização do parto pressupõe trabalhar com esses atores e nos fatores o conceito da
humanização da assistência: a interpretação do parto como uma experiência humana e redefinição
das relações humanas na assistência.
_________________

Brito, Amanda Oliveira de; Carneiro, Rosamaria Giatti. Modelos de Parto no Distrito Federal: Perspectivas das Mulheres
e dos Profissionais de Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10847

_________________
384
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Relação Médico-Paciente e o Impacto das Palavras nas Emoções, na


Saúde e no Bem Estar dos Pacientes
_________________

Colares, Francisca Luciana Almeida; Leite, Álvaro Jorge Madeiro; Neves Filho, Almir de
Castro; Leite, Vivian Martins dos Santos; Jorge, Iago Farias
Universidade Federal do Ceará — luciana_colares@hotmail.com
_________________

Introdução: Alguns aspectos da comunicação médico-paciente claramente influenciam o


comportamento e bem-estar dos pacientes. a fala é o aspecto principal em cuidados médicos e é
instrumento fundamental pelo qual a relação médico-paciente é pautada e através da qual objetivos
terapêuticos são atingidos. Médicos são bilíngues, utilizam a língua nativa diária e são fluentes na
linguagem médica. o uso da linguagem médica em consultas é fonte de problemas para os
pacientes enquanto a linguagem diária promove melhor entendimento. Mais que explicar a
complexidade de uma situação, médicos podem usar palavras que geram ansiedade, medo ou
desesperança. como resultado, pacientes têm dificuldade de tomar decisões inteligentes e de se
tornarem agentes do cuidado. Tais emoções também podem agravar sintomas e afetar o processo
de cura. o estudo desse aspecto da relação médico-paciente e a conscientização de alunos de
medicina para sua importância são necessários para desenvolvimento do atendimento humanizado
e satisfatório. Objetivos: Identificar quais as maneiras que médicos utilizam pra se comunicar com
pacientes que são mais eficientes e contribuem para o fortalecimento da relação médico-paciente.
Destacar possíveis palavras que são memorizadas pelos pacientes por terem sido palavras que
suscitaram emoções boas ou ruins. Fazer alunos de medicina atentarem para a importância do uso
das palavras corretas para uma relação médico-paciente bem estabelecida. Métodos: Trata-se de
uma pesquisa do tipo exploratória-qualitativa que está sendo desenvolvida em um agrupamento
hospitalar universitário, abrangendo três grupos de pacientes, internados em enfermaria, recebendo
atendimento ambulatorial e mulheres em puerpério imediato. Os dados estão sendo coletados
através de entrevista estruturada, gravada, transcrita e analisada. a coleta dá-se após o
consentimento livre e esclarecido do paciente. Resultados: Desde o início da pesquisa até o
presente momento, foi identificado como aspecto negativo da comunicação verbal o fato dos
médicos dizerem o que o paciente tem com 'palavras enfeitadas' sem sequer olha-lo direito,
destacando o mal uso da linguagem médica, causando distanciamento e desinformação. como
aspecto positivo foi destacada a preocupação com a dimensão sentimental do paciente, como
quando um médico falou para a paciente: ‘Não se preocupe. a gente tá aqui para ajudar. Se você
quiser desabafar, pode contar comigo que a gente conversa’. Conclusões: a comunicação verbal
é um aspecto da relação médico-paciente que vem sendo estudada e valorizada por pesquisadores.
Concomitantemente, deve ser mais abordada nas faculdades de medicina, tendo em vista o impacto
das palavras nas emoções, saúde e bem estar dos pacientes. Conhecer as palavras que são bem
acolhidas, e as que não o são, facilita a formação de um profissional mais humano e mais apto para
prestar atendimento de boa qualidade.
_________________

Colares, Francisca Luciana Almeida; Leite, Álvaro Jorge Madeiro; Neves Filho, Almir de Castro; Leite, Vivian Martins dos
Santos; Jorge, Iago Farias. Relação Médico-Paciente e o Impacto das Palavras nas Emoções, na Saúde e no Bem
Estar dos Pacientes. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10849

_________________
386
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Terapia Comunitária como Instrumento de Humanização e


Cuidado no Sistema Único de Saúde
_________________

Tovar, Juliana Eller; Almeida, Jose Jonathas A. de; Sousa, Elaine Freitas de; Santos,
Nivea Adriana de Santana; Rocha, Silmara Alves Moreira; Cavalcante, Juliana Brito;
Santos, Monick Forte
Escola de Saúde Publica do Estado do Ceara ESP-CE — pazpelavida@yahoo.com.br
_________________

A terapia comunitária é um tipo de tecnologia de cuidado que surgiu em 1987 na comunidade do


Pirambu, em fortaleza ceará. Sendo uma ferramenta que abre um grande espaço de
acolhimento, constituindo um ambiente de escuta, entendimento, reflexão e troca de experiência
e vivencia de saberes que fortalece o vinculo dos profissionais com a comunidade e meio social
fortalecendo o processo de humanização. Buscando respostas, soluções e apoio para os
problemas encontrados no meio pessoal junto com a comunidade sendo um instrumento que ao
mesmo tempo desenvolver o processo de cuidado faz o processo de humanização dentro do
senário do sistema único de saúde, fazendo com que esse processo se espalhou por todo o
Brasil. Hoje existe mais de 7 mil terapeutas comunitários que desenvolver uma assistência e
cuidados a um grande número de pessoas. o objetivo deste trabalho é mostrar a importância e
resultados que a terapia comunitária traz no processo de humanização profissional e cuidado,
como também relatar e fortalecer o seu uso. a metodologia desta pesquisa é do tipo exploratória,
de caráter bibliográfico realizada no período de Janeiro de 2014 através de acervos disponíveis
em bibliotecas, artigos científicos (scielo, 4shared) e bancos de dados da internet, sendo feito
uma triagem dos textos publicados entre 2009 a 2014. Os textos foram analisados e adequados
ao tema proposto mediante leituras sucessivas e fichamentos dos materiais selecionados para
extrair reflexões sobre a temática em pauta. a terapia comunica intriga os participantes a interagir
e descobri no grupo a importância do envolvimento do outro na resolução dos problemas,
desenvolvendo o poder de cada participante de forma humanizada para enfrentar suas
dificuldades e agir no processo de cuidado. Respeitando os seu valores, crenças,
potencializando as suas esperanças, resgatando a autonomia dos profissionais e comunidade a
través da humanização que é gerada consequentemente, fazendo valer toda a cultura local e
ocasionando um processo de mudança assistencial humanizado com benefícios associado da
terapia comunitária no processo de cuidado. Dispondo um resultado satisfatório a quem faz uso
e conduz reduzindo custos aos gestores e uso de medicação, melhorando a qualidade de vida
dos usuários e profissionais de saúde. Sabe-se que a terapia comunitária consegue gera
resultados importantes e desencadear o processo de humanização no processo de cuidado,
melhorando a qualidade de vida do usuário e profissionais no sistema único de saúde a baixo
custo em decorrência de um trabalho diferenciado, sendo importante o seu fortalecimento e
ampliação desta atividade.
_________________

Tovar, Juliana Eller; Almeida, Jose Jonathas A. de; Sousa, Elaine Freitas de; Santos, Nivea Adriana de Santana;
Rocha, Silmara Alves Moreira; Cavalcante, Juliana Brito; Santos, Monick Forte. Terapia Comunitária como
Instrumento de Humanização e Cuidado no Sistema Único de Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10855

_________________
387
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Dança Circular Sagrada em um Processo de Humanização do


Cuidado Á Saúde
_________________

Mendes, Maria Ignês de Araújo; Abath, Guilherme


Secretaria de Saúde - Prefeitura da Cidade do Recife — ignesaraujo@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÂO o aumento na expectativa de vida da população se dá, entre outras coisas, pelo
desenvolvimento na área de saúde. a sociedade moderna nos dá pouca oportunidade de
pensarmos na qualidade de nossas vidas. com o passar dos tempos, o movimento físico do homem,
em sua rotina diária, sofreu modificações e as necessidades básicas foram acrescidas de outras,
de acordo com o contexto sociocultural. Deixou de ser uma necessidade espontânea e passou a
ser mais condicionada pelo desenvolvimento da tecnologia, diminuindo gradativamente a
necessidade de movimentação e esforço físico. Outra questão diz respeito às relações humanas
que se tornaram pouco valorizadas. Nessa perspectiva, encontramos a Dança Circular Sagrada,
como uma atividade de movimento corporal que se constitui como elemento facilitador para a saúde
física e emocional dos praticantes e ainda estimula a integração e a convivência prazerosa em
grupo. Considerando estas afirmativas, o trabalho em questão é tentar sensibilizar os Gestores
Públicos para a adoção da Dança Circular Sagrada, em Unidades de Saúde Pública. OBJETIVOS
Sensibilizar Gestores de Unidades da Rede Pública, para a compreensão e adoção da Dança
Circular Sagrada como prática sanitária; Promover acolhimento mais humanizado aos usuários do
serviço e equipes de saúde; Estimular a formação de multiplicadores na Dança Circular Sagrada.
METODOLOGIA a proposta é a de experimentar uma vivência que resulte na adoção da Dança
Circular Sagrada como instrumento terapêutico auxiliar, contribuindo na política de humanização
em saúde. Este projeto de intervenção comporta um plano de ação a ser desenvolvido seguindo
algumas etapas. em um primeiro momento, apresentação do Projeto aos Gestores, objetivando
sensibiliza-los. em outro momento, acontecerá a apresentação da Dança Circular Sagrada e sua
vivência em quatro oficinas: música, ritmo, gestos e movimentos do corpo, destinados aos
profissionais de Unidade de Saúde Pública. RESULTADOS ESPERADOS Esperasse como
resultado o apoio dos gestores ao projeto, com a apreensão da Dança Circular Sagrada, como
prática válida, eficaz e eficiente, compatível com o que se espera de uma atividade assistencial
integrativa e complementar. Estímulo à expansão e implantação da Dança Circular Sagrada em
Unidades Públicas. Formação de multiplicadores na Dança Circular Sagrada. Promoção de mais
dignidade e respeito na assistência aos usuários e condições de trabalho aos profissionais, pela
criação de ambientes mais harmônicos.os. Fortalecimento da relação entre equipe de saúde,
usuários e gestores. CONCLUSÃO como síntese final, teremos o fortalecimento do conhecimento
teórico em relação ao papel e a força da música e do movimento, salientando a expressão corporal
como libertadora de tensões e promotora do equilíbrio físico e emocional, como também o
fortalecimento na formação dos profissionais na medida em que a vivência permite a reflexão acerca
da universalidade, integralidade, equidade e controle social.
_________________

Mendes, Maria Ignês de Araújo; Abath, Guilherme. A Dança Circular Sagrada em um Processo de Humanização do
Cuidado Á Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10856

_________________
388
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Desafios Enfrentados no Manejo da Tuberculose Pulmonar em


Unidade de Saúde da Família: um Relato de Experiência
_________________

Fernandes, Marcelo Henrique Ferreira; Cavalcanti, Luiz Rafael Pereira;


Carvalho, David Ramos de
Universidade Federal de Pernambuco — fernandeshfmarcelo@gmail.com
_________________

Introdução: a tuberculose pulmonar é uma doença infectocontagiosa de transmissão por via aérea
que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), infecta cerca 02 bilhões de pessoas ao
redor do mundo. É a principal causa de morte por doença infecciosa em adultos nos países em
desenvolvimento, representando um grave problema de saúde pública, devido, principalmente, a
não aderência ao tratamento, ao diagnóstico tardio e subdiagnóstico e ao não controle de contatos,
o que faz com que a população continue susceptível à infecção, estigmatizando-a como uma
doença negligenciada. Objetivos: Descrever a experiência, como internos da graduação do curso
de Medicina, em uma Unidade de Saúde da Família (USF) na elaboração de um projeto de rastreio
de sintomáticos respiratórios de uma determinada comunidade. Segundo o Ministério da Saúde,
espera-se que 1% da população seja sintomática respiratória e que, destes, 4% sejam bacilíferos.
Tem-se o intuito de avaliar este espaço amostral de pacientes com algum sintoma respiratório e
classificá-lo, quando possível. Métodos: Traçou-se um mapa de pacientes que constavam com
algum sintoma respiratório relevante e, a partir dos pontos mais densamente habitados por estes,
começou-se uma busca ativa por mais, possíveis, sintomáticos respiratórios, visitando casa a casa
e conscientizando a população sobre as manifestações iniciais e a importância de procurar o posto
de saúde para a pesquisa por via de baciloscopia de escarro. na unidade de saúde, foram realizadas
palestras na sala de espera acerca do tema, elaborou-se o "Dia da Tosse" e os pacientes foram
encorajados a trazer seus familiares e conhecidos com alguma suspeita para a triagem.
Resultados: Percebe-se que tanto os pacientes portadores do bacilo de Koch, quanto os que
possuíam algum sintoma pertinente eram subnotificados, diminuindo a cobertura que a USF poderia
realizar. em relação aos que eram notificados, notamos algumas falhas no preenchimento e
atualização dos registros, prejudicando o seguimento e prevenção dos pacientes. Notamos,
contudo, um aumento do número de pessoas que procuraram o posto visando esclarecer dúvidas
acerca de seus sintomas respiratórios, seja para realizar a baciloscopia ou apenas adquirir mais
conhecimento sobre o tema. Conclusões: Diversos problemas influenciam o diagnóstico, o
tratamento e o seguimento dos pacientes portadores e seus contatos: desde problemas como a
notificação, o armazenamento e a atualização de dados até o relativo desinteresse da população
em procurar a USF quando frente a sinais e sintomas, neste caso, respiratórios. Concluí-se que a
busca ativa por tais pacientes, a educação dos moradores sobre a doença e seus sinais de alerta e
a conscientização dos profissionais de saúde acerca de um correto registro das informações são
pontos fundamentais para uma melhor cobertura do posto no que diz respeito à estratificação e ao
tratamento de pacientes potencialmente infectados.
_________________

Fernandes, Marcelo Henrique Ferreira; Cavalcanti, Luiz Rafael Pereira; Carvalho, David Ramos de. Desafios
Enfrentados no Manejo da Tuberculose Pulmonar em Unidade de Saúde da Família: um Relato de Experiência.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10846

_________________
383
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Percepção dos Pais Acerca do Ambiente Obstétrico no Momento


do Parto
_________________

Paiva, Pâmela Campêlo; Landim, Fátima Luna Pinheiro; Souza, Vera Lúcia Nogueira
de; Gomes, Francisca Leonice Camelo; Rimes, Thalita Soares; Tambor, Bruna
Caroline Rodrigues
Universidade de Fortaleza — enfapamelapaiva@hotmail.com
_________________

Percebe-se que rotineiramente, os parceiros aparecem para deixar as suas mulheres na


maternidade, e depois somente para visitá-las. Poucos manifestam interesse em participarem
do nascimento dos filhos. a discussão acerca da presença do pai durante o trabalho de parto
já não é recente e busca romper com uma visão superada de que “sala de parto não é para
homens comuns”; tema que ganha cada vez mais espaço de debate tanto no meio profissional
e social, quanto nas publicações científicas sobre o assunto. Esse estudo objetiva conhecer
a percepção dos pais acerca do ambiente obstétrico no momento do parto. Trata-se de
pesquisa do tipo exploratório-descritiva, de natureza qualitativa. a pesquisa foi desenvol00vida
em um Hospital Maternidade de caráter filantrópico conveniado com o Sistema Único de
Saúde (SUS), possuindo também convênios privados. Os informantes do estudo serão
companheiros que estiverem presentes durante a admissão da gestante em trabalho de parto,
com idade acima de 18 anos. Os dados foram coletados nos meses de julho e agosto do ano
de 2013. a técnica adotada foi a entrevista semi-estruturada. o parto é um evento que envolve
muitas expectativas, anseios, duvidas, enfim um misto de sentimentos, que faz surgir a
incerteza do pai quanto ao sucesso desse momento tão importante. Nesse contexto
destacamos tais falas: “Posso ser estranho no parto. [...] Não gosto de hospital, o cheiro me
incomoda. Vou achar esquisito, prefiro ver a criança depois que ela já tiver saído.” (S3). “Pra
ver, pra ver assim o bebe nascendo, sei lá, deve ser difícil assim pra mim. Não sei se
aguentaria/, pois sou um pouco nervoso assim, entendeu?” (S5). “[...] ela pode ficar muito
nervosa, olhando pra ela, aí pode complicar ainda mais [...]”(S6). “Eu não posso ver sangue
que eu fico com uma coisa ruim sabe, é muito ruim mesmo. Meu medo é da reação.” (S9).
“Quero assistir! Só não iria se eu tivesse trabalhando.”(S4)Cansado, porque eu passei o dia
todo trabalhando, eu acho que não vou acompanhar por causa disso. (S11). Diante do exposto
foi possível identificar uma resistência dos pais frente ao ambiente obstétrico e ao parto em
si, alguns levantam a questão do não poder abandonar o trabalho, nota-se diante das falas
que o homem ainda prioriza o trabalho em detrimento a atenção a mulher nesse processo de
parturição. Desta forma é necessário que políticas sejam criadas e que os pais possam ser
incentivados, sensibilizados e beneficiados com o processo de parturição de suas esposas.
_________________

Paiva, Pâmela Campêlo; Landim, Fátima Luna Pinheiro; Souza, Vera Lúcia Nogueira de; Gomes, Francisca
Leonice Camelo; Rimes, Thalita Soares; Tambor, Bruna Caroline Rodrigues. Percepção dos Pais Acerca do
Ambiente Obstétrico no Momento do Parto. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10848

_________________
385
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização no Tratamento Penal de Menores em Conflito


com a Lei Acometidos de Transtornos Mentais
_________________

Chaves, Anna Cecília Santos


Universidade de São Paulo — acschaves@yahoo.com.br
_________________

Menores de 18 anos são, por definição legal, inimputáveis, ou seja, submetem-se a um


tratamento jurídico-penal especial, consubstanciado no Estatuto da Criança e do
Adolescente. Ocorre que, para menores acometidos de transtornos mentais, o mencionado
diploma legal não prevê resposta penal similar à medida de segurança, que destina-se a
maiores de 18 anos considerados semi-inimputáveis ou inimputáveis. a lei limita-se a
prever apenas a possibilidade de requisição de tratamento médico, psicológico ou
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial. Não há, no entanto, formalmente
instituídas, instituições apartada daquelas nas quais são cumpridas as medidas sócio-
educativas, em sua espécie internação, na qual um menor em conflito com a lei, mas
acometido de um transtorno psiquiátrico diretamente relacionado a sua conduta, poderia
valer-se de tratamento médico, psiquiátrico e/ou psicológico adequados à sua condição.
Essa lacuna, não apenas legal, mas também e principalmente, estrutural, é conflitante com
a atual política nacional que rege os sistemas de saúde, cujo princípio estruturante é a
humanização dos serviços de saúde, não apenas para seus beneficiários, como também
para seus gestores e funcionários. Neste trabalho serão destacadas experiências que se
propuseram a fornecer uma resposta a essa questão central, como a Unidade Experimental
de Saúde, no Estado de São Paulo, verificando-se, de maneira objetiva, o contexto de sua
criação e sua finalidade, o número exato de internos, o diagnóstico psiquiátrico que ensejou
a internação dos mesmos na referida unidade, os delitos por eles cometidos e sua situação
jurídica em face de seu diagnóstico, de sua periculosidade (na acepção pericial do termo)
e das disposições legais vigentes. Desse modo, será verificado se e como menores
poderiam se beneficiar de um tratamento adequado à sua específica situação de saúde,
tecendo-se uma proposta com aptidão a suprimir a falha do sistema penal hodiernamente
vigente.
_________________

Chaves, Anna Cecília Santos. Humanização no Tratamento Penal de Menores em Conflito com a Lei
Acometidos de Transtornos Mentais. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10837

_________________
379
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanizando a Prática Segura da Vacinação na Atenção Básica: um


Projeto de Intervenção em Vigilância em Saúde
_________________

Pereira, Letícia Gabrielly Medeiros; Lino, Iven Giovana Trindade; Machado, Diego da Silva;
Mendonça, Margarete Kcnoh; Corona, Arminda R. de P. Del; Gamarra, Angeliza dos Santos;
Luz, Ananda de Mello
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul — lgmde19@gmail.com
_________________

Introdução: a segurança do paciente, de acordo com a Portaria Nº 529 de 1 de abril de 2013, significa a
redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. Frente
a isso foi possível visualizar uma rede de frios incorreta, a qual poderia ocasionar danos aos pacientes,
pois as vacinas precisam estar armazenadas em temperaturas de 2° a 8° C como preconizadas pelo
Ministério da Saúde. Além disso, o medo, a insegurança e a tensão das crianças e seus responsáveis
precisavam ser reduzidos. Objetivos: Desenvolver uma intervenção capaz de diminuir o medo, a
insegurança e tensão das crianças menores de 2 anos e mães/acompanhantes frente a vacinação; Tornar
a sala de vacinas um ambiente acolhedor e mais humanizado; Proporcionar uma imagem agradável por
meio de uma decoração que atendesse as normas estabelecidas pelo Programa Nacional de
Humanização (PNI); Realizar atendimento rico em atenção e orientações; Elaborar folder acessível e de
fácil entendimento; Proporcionar uma rede de frios adequada. Metodologia: 3 momentos: 1ºmomento -
Observação da tensão do acompanhante e das crianças à espera da vacina; levantamento de opiniões
dos técnicos de enfermagem da sala de imunização e o enfermeiro responsável pela sala sobre as
possíveis intervenções; 2º momento – cobrança de solicitações de conserto da rede de frios, elaboração
e apresentação do projeto às professoras do módulo; 3º momento - implementação da decoração do
ambiente da imunização com temas infantis; elaboração de folder que abordavam os temas: por que
vacinar?, Quando vacinar? Quais vacinas devem ser tomadas?, Eventos adversos esperados e não
esperados. 4° momento- diálogo e entrega de folder para as mães das crianças ou acompanhantes na
sala de espera da imunização da Unidade Básica de Saúde da Família Dra Jeanne Elizabeth Wanderley
Tobaru - Jardim Botafogo. Resultados: Foi observado durante a execução das orientações, o interesse
das mães, a busca por respostas à outras duvidas e questões que permeiam as vacinas. Também foi
reconhecida pelos acompanhantes e profissionais a colaboração da decoração em diminuir a tensão do
público alvo. Quanto à rede de frios, não houve resposta frente às solicitações de conserto do ar
condicionado e das caixas térmicas enviadas pela gerencia da unidade para a prefeitura. Referências:
MINISTÉRIO da SAÚDE. Gabinete do Ministro. Portaria nº 529, de 1° de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html> Acesso em:20/01/2014.
Descritores: Vacina; Humanização; Vigilância em Saúde; Eventos Adversos.
_________________

Pereira, Letícia Gabrielly Medeiros; Lino, Iven Giovana Trindade; Machado, Diego da Silva; Mendonça, Margarete Kcnoh;
Corona, Arminda R. de P. Del; Gamarra, Angeliza dos Santos; Luz, Ananda de Mello. Humanizando a Prática Segura da
Vacinação na Atenção Básica: um Projeto de Intervenção em Vigilância em Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10839

_________________
380
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Risoterapia, Besterologia e Clown Visitador: Compreendendo


Abordagens Clownescas Humanizadoras da Saúde
_________________

Medeiros, Jessica Farias Dantas


Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará — fariasjessicad@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO Devido ao seu caráter humanizador, terapêutico e profilático, o clown e sua essência
cômica ganharam destaque e reconhecimento na rotina hospitalar de diversos países. Três de suas
abordagens contribuem para a ascensão da linguagem clownesca nesse espaço: a Risoterapia,
Besterologia e Clown Visitador. Elas, muitas vezes, são confundidas entre si, mesmo sendo distintas
em suas aplicações técnicas. Mas quais são suas verdadeiras divergências, já que todas fazem
parte da busca dessa humanização na saúde? que relevância essa interface entre seus conceitos
pode gerar para os grupos que as pesquisam? a fim de responder essas perguntas, este artigo
surgiu, almejando também dialogar sobre seus objetivos. OBJETIVOS Analisar três abordagens
clownescas em hospitais, apontando suas divergências para aprofundar a discussão do tema e
esclarecer possíveis equívocos que venham a surgir, a fim de contribuir para um maior
entendimento dessa arte e sua multiplicidade de aplicação, no processo de humanização hospitalar.
MÉTODOS Adotamos como metodologia o estudo bibliográfico, com um extenso referencial teórico,
do qual destacamos: a Terapia do Amor (2002), de Patch Adams; Boas Misturas – a ética da alegria
no contexto hospitalar (2003), de Morgana Masetti; e o clown visitador: comicidade, arte e lazer para
crianças hospitalizadas (2011), de Ana Elvira Wuo. Obras de fundamental importância para os
levantamentos discorridos e reorganizados durante o desenvolvimento e análise dos conteúdos.
RESULTADOS Risoterapia, Besterologia e Clown Visitador se destacam como linhas de pesquisa
e trabalhos voluntários que encontraram na linguagem circense a base artística para alcançar os
seus anseios. a primeira, fomentada pelo médico norte-americano Patch Adams, acredita no caráter
terapêutico do riso, visando à aproximação, através do palhaço, entre médico e paciente, criando-
se um ambiente de assistência hospitalar baseado no bom humor. Já o caráter não terapêutico
tanto da Besterologia, desenvolvida por Wellington Nogueira, como do Clown Visitador, de Ana
Elvira Wuo, acabam por instaurar nos hospitais brasileiros a técnica de atores clowns em prol do
bem estar, de momentos prazerosos e da alegria numa rotina tão estressante para pacientes,
família e equipe médica. CONCLUSÕES Percebe-se que as três principais abordagens de
palhaçaria por nós estudadas utilizam a mesma figura, a do clown, no trato com as pessoas
circundantes do espaço hospitalar, mas entendem a sua função de modo distinto, enquanto a
Risoterapia reconhece a possibilidade de cura a partir do riso, a Besterologia e o Clown Visitador
investem na força do encontro e no riso como resgate da vitalidade presente, definindo os fins
terapêuticos como consequência. Acreditamos que nossa pesquisa ajudará estudos posteriores
sobre clown no ambiente hospitalar, no sentido de oferecer uma visão mais homogênea sobre as
abordagens e evitando que se construam imagens inequívocas da figura e função do palhaço.
_________________

Medeiros, Jessica Farias Dantas. Risoterapia, Besterologia e Clown Visitador: Compreendendo Abordagens
Clownescas Humanizadoras da Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10841

_________________
381
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Voz do Usuário: a Importância de Sua Participação na


Construção do Sistema Único Saúde
_________________

Machado, Diego da Silva; Pere, Letícia Gabrielly Medeiros; Pereira, Francyelle de


Mello; Lino, Iven Giovanna Trindade; Luz, Ananda de Mello; Souza, Rodrigo
Domingos de; Mendonça, Margarete Knoch
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul — diegomachadoenf2015@gmail.com
_________________

Introdução: a coleta de opiniões sobre a satisfação dos usuários, na saúde, desperta


interesse e é um importante gerador de informações fidedignas para o planejamento dos
cuidados, e qualidade dos serviços oferecidos, auxiliando no aprimoramento dos mesmos.
Esta experiência visa atender a necessidade da atenção básica de aproximar o usuário
com as equipes das unidades de saúde. Este trabalho foi desenvolvido durante o curso de
enfermagem. Objetivos: Avaliar a qualidade dos serviços oferecidos pela equipe
multiprofissional na unidade básica de saúde da família (UBSF), a fim de fortalecer o
acolhimento e a participação ativa dos usuários na construção de SUS; avaliar a relação
entre as respostas e o nível socioeconômico/escolaridade dos sujeitos. Metodologia: 1°
momento: Foi elaborado um questionário semi-estruturado, com questões de múltipla
escolha referente ao atendimento prestado aos usuários: duração da consulta,
periodicidade das visitas domiciliares, relação profissional de saúde-usuário, qualidade no
atendimento nos vários setores na unidade, relação gestor-usuário, escolaridade e renda
familiar e um espaço para sugestões e críticas. Os funcionários da recepção foram
orientados quanto ao preenchimento e deposito na urna. 2° momento: As informações
coletadas foram transcritas em um quadro, repassado ao gerente da unidade, que
juntamente com equipe multiprofissional, elaborou proposta a fim de solucionar os
problemas levantados. Resultados: Verificou-se que o nível de escolaridade é
predominantemente nível fundamental incompleto e a renda familiar mensal média fica em
torno de um salário mínimo. Observou-se um elevado grau de satisfação dos usuários da
UBSF estudada, quanto a: duração da consultas dos profissionais de nível superior,
periodicidade das visitas domiciliares, relação profissional de saúde-usuários, acolhimento
e humanização, qualidade no atendimento nos vários setores da unidade, relação gestor-
usuário. Indica a existência de uma associação entre a escolaridade e nível sócio
econômico e o grau de satisfação em relação ao serviço de saúde. Conclusão: a
experiência foi exitosa, pois mostrou a ótica do usuário, além de ter um impacto positivo
quanto a aproximação entre o profissional de saúde e o usuário, o estabelecimento de
vínculos e o reconhecimento do usuário como protagonista da atenção e do cuidado a
saúde. Porém, despertou também o interesse em pesquisar outras formas de auscultar a
voz do usuário buscando outras dimensões das condições de vida e de adoecimento, como
aspectos individuais e emocionais.
_________________

Machado, Diego da Silva; Pere, Letícia Gabrielly Medeiros; Pereira, Francyelle de Mello; Lino, Iven Giovanna
Trindade; Luz, Ananda de Mello; Souza, Rodrigo Domingos de; Mendonça, Margarete Knoch. A Voz do
Usuário: a Importância de Sua Participação na Construção do Sistema Único Saúde.. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10842

_________________
382
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Desafio do Idoso no Contexto Familiar na


Contemporaneidade
_________________

Conceição, Sandra Maria da Penha; Souza, Rosana; Freitas, Marlene Gomes; Silva,
Suely Aquino Rodrigues
Uniban-Anhanguera — sandramariaenf@ig.com.br
_________________

Introdução: o acelerado ritmo de envelhecimento no Brasil cria novos desafios para a


sociedade brasileira contemporânea. o envelhecimento ocorre num cenário de profundas
transformações sociais, urbanas, industriais e familiares. a família encontra grandes
dificuldades para o desempenho das funções tradicionais a ela atribuídas cuidar dos mais
velhos. a família é uma importante instituição na construção de valores morais, éticos e
espirituais, sendo responsável pela formação de padrões de comportamento. o núcleo
familiar por si só não dispõe do básico para promover a integração social e o
desenvolvimento de seus membros.Objetivo: Averiguar, através de resgate bibliográfico,
itens contemporâneo referente ao desafio do idoso no convívio de idosos familiar, bem
como, a partir dos dados obtidos, sugerir cuidados e atividades que possam auxiliar no
cuidado e manutenção da integração do idoso ao meio familiar, social e cultural.
Metodologia: Este estudo consiste em uma pesquisa de revisão literária, do tipo
levantamento bibliográfico, com abordagem qualitativa. Considerações finais: É
necessária a sua inclusão em programas que permitam ao idoso condições básicas de
inserção social e cidadania para que ela possa cumprir o papel que lhe é social e
legalmente atribuído incluindo o desafio do convívio na família.
_________________

Conceição, Sandra Maria da Penha; Souza, Rosana; Freitas, Marlene Gomes; Silva, Suely Aquino Rodrigues.
O Desafio do Idoso no Contexto Familiar na Contemporaneidade. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10834

_________________
377
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Gestão no Sistema Único de Saúde (SUS) como Estratégia


de Melhoria na Qualidade do Serviço Prestado à Sociedade
_________________

Almeida, Jose Jonathas Albuqueque de; Sousa, Elaine Freitas de; Tovar, Juliana
Eller; Rocha, Silmara Alves Moreira; Cavalcante, Juliana Brito; Santos, Monick
Forte; Silva, Zenaide Nunes da
— pazpelavida@yahoo.com.br
_________________

O sistema único de saúde (SUS) é uma grande rede que assiste à população brasileira,
com prestação de serviços básicos e avançados, envolvendo profissionais de diferentes
áreas, recursos financeiros, equipamentos, métodos funcionais, necessitando assim, de
um processo de gestão que venha realizar um gerenciamento com sinergia para garantir a
execução e fortalecimento dos serviços oferecidos e prestados para a sociedade. É visto
que uma boa gestão é um meio estratégico na melhoria da qualidade dos serviços
oferecidos pelos gestores quando desenvolvido de forma correta com compromisso e
seriedade. o objetivo deste trabalho é apresentar a relevância de uma boa gestão e meio
que dispõem de forma estratégica para melhoria da qualidade do serviço. a metodologia
desta pesquisa é do tipo exploratório conservativa de caráter bibliográfico, realizada a partir
de livros e artigos científicos. o processo de gestão adequada constitui-se uma avaliação
positiva com relação a uma gestão satisfatória que atenda as legislações e a necessidade
existente na sociedade para um atendimento de qualidade, refletirá em bons resultados
para a gestão, com o aumento da motivação e de compromisso dos envolvidos no
processo, melhoria no serviço prestado à população, conseguindo alcançar as metas,
analisar e reconhecer os problemas encontrados por meio de um diagnóstico situacional,
propondo medidas e ações que combatam de forma efetiva e impactante as raízes e focos
principais que colocam a administração e gestão em risco, além de conseguir organizar
orçamentos dentro dos recursos disponíveis, reduzindo as despesas, dentre outros fatores
necessários para o êxito na administração pública. um processo de gestão eficiente é um
meio estratégico para lidar com os problemas encontrados no dia a dia do serviço,
buscando converter as dificuldades e problemas em uma capacidade de aptidão para
melhoria da qualidade e satisfação do serviço. uma gestão adequada consegue ser uma
ferramenta fundamental para dispor soluções e medidas que não deixará abalar pelos
problemas e dificuldades encontradas em seu meio.
_________________

Almeida, Jose Jonathas Albuqueque de; Sousa, Elaine Freitas de; Tovar, Juliana Eller; Rocha, Silmara Alves
Moreira; Cavalcante, Juliana Brito; Santos, Monick Forte; Silva, Zenaide Nunes da. A Gestão no Sistema
Único de Saúde (Sus) como Estratégia de Melhoria na Qualidade do Serviço Prestado À Sociedade.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10835

_________________
378
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Cliente, a Família e a Uti: a Partilha de Informação no Processo de


Humanização
_________________

Felipe, Adriana Olimpia Barbosa; Alves, Samira Paulinne Lopes; Macedo, Flávia Ribeiro Martins;
Santos, Sérgio Valverde Marques; Carvalho, Ana Maria Pimenta; Costa, Andreia Cristina Barbosa
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto — adrianaofelipe@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o processo de hospitalização é considerado um evento estressante, para o cliente como para seus
familiares, que tem suas vidas desestabilizadas. o convívio com a incerteza e o desconhecido geram ansiedade e
medo, principalmente quando o processo de internação ocorre na unidade de terapia intensiva, onde são internados
clientes graves que necessitam de assistência ininterrupta por uma equipe diversificada de profissionais de saúde. por
isso, é necessário acolhe-los, orientá-lo sobre as rotinas do setor, estabelecer uma comunicação afetiva e respeitosa,
contemplando o reconhecimento da individualidade do cliente e de sua família como seres humanos. Objetivo: Verificar
a percepção de pacientes e familiares pós alta de uma unidade de tratamento intensivo, se as relações da assistência
humanizada foram imperativas e prevalentes neste processo. Método: o estudo é de cunho descritivo, com abordagem
quantitativa. Foi submetido ao comitê de Ética da Universidade José do Rosário Vellano, com parecer favorável nº
405.480. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas com os sujeitos, após concordância em participar do estudo.
As entrevistas ocorram de maneira individualizada contando com a presença apenas do sujeito ou do familiar.
Resultados: Constatou que 53% dos clientes eram do sexo masculino, com faixa etária entre 20 e 82 anos, 94% eram
brancos e 82% eram casados. Verificou-se que 82% relataram ter sido bem tratado pela equipe de enfermagem, 76%
tiveram oportunidade de conversar com algum membro da equipe sobre o seu tratamento, não ter sentindo
desrespeitado, que era atendido prontamente pela equipe de enfermagem e que 47% mencionaram que no momento
dos procedimentos era avisado com antecedência sobre o que iriam fazer. Todos os clientes descreveram que o
ambiente da UTI não permitiu o relaxamento, e 65% mencionaram que o ambiente é barulhento e 35% descrevem ser
agitado. Quanto aos resultados sobre os familiares, o estudo encontrou que 65% eram do sexo feminino e com faixa
etária entre 20 e 72 anos e 70% eram casadas. Quanto a percepção do atendimento recebido a visão dos familiares
difere onde, relataram que o que mais o incomodou durante a internação do seu familiar na UTI na maioria foi visita
insuficiente (100%), 41% também mencionam que seu familiar relatou sentir dor durante a internação na UTI, porém
foi solicitado atendimento devido à dor e atendido em sua maioria com efeito satisfatório. em relação ao tratamento de
enfermagem obteve qualidade, informações, educação e atenção todos disseram que si. ao questiona-lo qual a nota
daria ao atendimento e funcionamento da UTI? (0 a 10), a maioria deu a nota 8. Conclusão: a comunicação e um ponto
positivo que permeia a interação enfermeiro cliente e que pode se tornar terapêutico. Os cuidadores devem promover
a assistência visando o bem estar dos doentes quanto dos familiares. Devem perceber a importância do
relacionamento, da presença, da comunicação, da disponibilidade, de forma efetiva e com qualidade. a enfermagem
pode e deve propor meios para garantir uma assistência de excelência, envolvendo a humanização como rotina do seu
cuidar. o cuidar é apoiado, fundamentalmente, na disponibilidade da equipe de enfermagem para unir razão e
sensibilidade, subjetividade e objetividade.
_________________

Palavras-chave: Humanização da assistência hospitalar, Relações Profissional Paciente, Unidades de Terapia


Intensiva, Comunicação em Saúde.
_________________

Felipe, Adriana Olimpia Barbosa; Alves, Samira Paulinne Lopes; Macedo, Flávia Ribeiro Martins; Santos, Sérgio Valverde
Marques; Carvalho, Ana Maria Pimenta; Costa, Andreia Cristina Barbosa. O Cliente, a Família e a Uti: a Partilha de Informação no
Processo de Humanização. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10832

_________________
375
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ações Interdisciplinares e a Contribuição para a Formação do Olhar


Holístico do Profissional de Saúde
_________________

Gaião, Bárbara Katiene Magno; Barbosa, Débora Rakel Pegado; Monteiro, Rosana Juliet
Silva; Oliveira, Aline Santos de; Galindo, Elizabete M. de V.;
Nóbrega, Keise Bastos Gomes da
Universidade Federal de Pernambuco — barbaragaiao@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: proporcionar ao estudante a oportunidade de participar, ainda na graduação, de


programas e/ou projetos interdisciplinares é fundamental para alimentar no mesmo um caráter
empático e holístico sobre o sujeito. como tais programas, o PET-Saúde (Programa de Educação
pelo Trabalho para a Saúde) tem como fio condutor a integração ensino-serviço-comunidade, por
meios de ações desenvolvidas na atenção primária à saúde e favorece ao estudante o contato com
os serviços de saúde, com o território e com os usuários, enfatizando desta forma a prevenção e
promoção de saúde que objetivam a qualidade de vida e cidadania dos usuários. Os grupos PET-
Saúde são compostos por diversos estudantes da área da saúde, proporcionando a aprendizagem
compartilhada e troca de saberes entre suas especificidades. OBJETIVO: este trabalho objetiva
enfatizar as ações interdisciplinares no âmbito da saúde, por meio das ações do PET-Saúde, como
fator contribuinte para a formação do olhar holístico do profissional de saúde. METODOLOGIA:
trata-se de um relato de experiência baseado nas ações do PET-Saúde, programa regulamentado
pelo PRO-SAÚDE III do Ministério da Saúde. As ações foram desenvolvidas em uma unidade de
saúde da família do distrito IV do município do Recife, no período de novembro de 2012 a janeiro
de 2014.RESULTADOS: a formação de um profissional mais humanizado inicia-se a partir da
primeira ação realizada pelo grupo PET, o conhecimento do território de abrangência da unidade
de saúde da família, por meio desta o estudante, com o auxílio do preceptor, incorpora-se na
realidade em que o usuário esta inserido. Os serviços de saúde da unidade, como o acolhimento,
as visitas domiciliares, a construção de projetos terapêuticos singulares e a participação nos grupos
também contribuem de uma forma singular para a qualificação desses futuros profissionais. Sendo
assim essas contribuições favorecem a construção de um profissional mais humanizado que
apresentará peculiaridades para trabalhar com equipes e atuar nos diversos níveis de complexidade
dos serviços de saúde e dos sujeitos.CONCLUSÕES: o PET-Saúde não é um programa que
contempla a todos os estudantes universitários da área da saúde, porém tais estudantes atuam
neste como aluno-monitor e desta forma proporcionam a multiplicação dos conhecimentos
adquiridos por meio destas experiências aos demais estudantes. Todavia faz-se necessário a
implantação de projetos de extensão interdisciplinares nas universidades com o intuito de
proporcionar experiências interdisciplinares a uma maior parte desse grupo acadêmico,
contribuindo assim para a formação de profissionais capacitados para atuar em quaisquer níveis de
atenção, considerando as singularidades, desejos e o contexto em que o usuário está inserido.
_________________

Gaião, Bárbara Katiene Magno; Barbosa, Débora Rakel Pegado; Monteiro, Rosana Juliet Silva; Oliveira, Aline Santos
de; Galindo, Elizabete M. de V.; Nóbrega, Keise Bastos Gomes da. Ações Interdisciplinares e a Contribuição para a
Formação do Olhar Holístico do Profissional de Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10833

_________________
376
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Argumentos de Humanização na Internação Compulsória em


Dependência Química: a Favor e Contra
_________________

Almeida, Jéssica Pascoal Santos


Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Grupo de Pesquisa em Bioética, Direito e Medicina
(Gbdm/USP), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. — jessicapascoal@hotmail.com
_________________

Introdução a lei nº. 10.216/01 – conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica e que instituiu um
modelo de assistência baseado em práticas de humanização do atendimento em saúde mental –
prevê a possibilidade de internações psiquiátricas compulsórias (IPCs). Tais internações ocorrem
quando não há nem o consentimento do indivíduo nem a autorização da família ou de outro
responsável legal, mas uma determinação judicial. Não obstante, as IPCs são bastante debatidas,
especialmente nos casos de dependência química. em qualquer nível encontram-se argumentos de
humanização a favor ou contra a internação compulsória de dependentes de drogas. Objetivos
Identificar e discutir os argumentos de humanização que justificam ou questionam a internação
compulsória de dependentes químicos no Brasil. Métodos Revisão bibliográfica realizada com base
em artigos disponíveis na biblioteca do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), maior
acervo da América Latina neste seguimento, e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), plataforma
que conjuga as principais bases de dados da literatura sobre as Ciências da Saúde, tais como
LILACS, IBECS, MEDLINE, SciELO, entre outras. Levantamento obtido utilizando-se os termos:
internação e drogas. Artigos filtrados e analisados conforme abordagem sobre internação
compulsória em dependência química. Resultados: a despeito da distinção técnica existente entre
internação involuntária e internação compulsória, verifica-se na literatura o uso e a referência dos
termos de forma indistinta e o emprego de tais expressões como se sinônimas fossem, o que
dificulta, por consequência, a identificação exata da internação defendida ou questionada. Nota-se,
também, que existem argumentos construídos com base em informações confusas e até mesmo
inconsistentes ou incompletas. Encontrou-se nos textos jurídicos argumentos sem nenhuma
evidência concreta indicada. em um dos textos houve o reconhecimento do antagonismo existente
nas internações compulsórias, qual seja, de que, na prática a IPC é uma forma de punição dos
dependentes químicos e, simultaneamente, um meio de acesso aos serviços de saúde.
Conclusões As IPCs são utilizadas pelo Estado e estão amparadas pela lei, que determina que
qualquer internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado e
com indicação dos motivos da medida. no entanto, existem situações em que um suposto risco
social parece extrapolar a esfera da saúde e da lei, e, por meio de uma ordem judicial, o sistema de
saúde é intimado a controlar o risco via internação. a reflexão ética acerca dos casos de internação
compulsória de dependentes químicos se apresenta como a forma mais adequada de se analisar
os conflitos de valores existentes em tais circunstâncias, permitindo, ainda, a identificação dos
argumentos de humanização mais seguros e eticamente defensáveis.
_________________

Almeida, Jéssica Pascoal Santos. Argumentos de Humanização na Internação Compulsória em Dependência Química:
a Favor e Contra. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10825

_________________
371
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Influência da Obesidade Mórbida na Qualidade de Vida dos


Indivíduos
_________________

Barros, Lívia Moreira; Moreira, Rosa Aparecida Nogueira; Frota, Natasha Marques; Araújo,
Thiago Moura de; Caetano, Joselany Áfio
Universidade Federal do Ceará — livia.moreirab@hotmail.com
_________________

Introdução: Diante da epidemia mundial da obesidade em todas as faixas etárias, a cirurgia


bariátrica surge como um tratamento e uma possibilidade de se obter uma vida mais longa e
saudável com mais qualidade, além de proporcionar novas perspectivas de vida para o indivíduo
obeso. Após a cirurgia, há a minimização de problemas de ordem psicossocial e física e um aumento
da auto-imagem e do bem-estar físico e psicológico que se traduzem na aquisição e participação
no convívio social. Objetivo: Avaliar a Qualidade de Vida (QV) dos pacientes com obesidade
mórbida do Programa de Obesidade do Estado do Ceará que são candidatos à realização da
cirurgia bariátrica. Métodos: Estudo transversal realizado no período de fevereiro a junho de 2012
em um hospital referência em cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado do
Ceará. a amostra foi composta por 64 pacientes que estão na lista de espera para realizar a cirurgia
bariátrica. a coleta de dados foi feita com o questionário de Qualidade de Vida de Moorehead-Ardelt
II (QoL-II). o QoL-II contém seis domínios que avaliam subjetivamente a QV do paciente: auto-
estima; atividade física; relações sociais; satisfação no trabalho; prazer relacionado à sexualidade
e comportamento alimentar. Os dados foram tabulados no Excel e exportados para o software
estatístico SPSS. Os dados relativos às variáveis sociodemográficas foram tratados a partir das
frequências absolutas e relativas. para avaliar a normalidade das médias das pontuações dos
domínios do QoL-II entre os pacientes, utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk.
o nível de significância adotado foi de 5% e o intervalo de confiança de 95%. o projeto foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CEP538/2011). Resultados: Observou-se que
houve um predomínio do sexo feminino em que a frequência de mulheres foi de 87,5% (56). a média
de idade foi de 35,47 ± 9,51 anos e uma variância que abrange de 20 a 57 anos. o Índice de Massa
Corporal (IMC) mínimo foi de 36,1 kg/m2 e o máximo de 68,3 kg/m2, sendo a média de 46,4 ± 7,09
kg/m2. a maioria dos indivíduos do período do pré-operatório, 57,8% (37), classificaram sua
qualidade de vida como mínima e apenas 10,9% (7) a consideraram como muito boa e 25% (16)
como boa (p < 0,001). a média da pontuação total do questionário de qualidade de vida foi de 0,794
± 1,13 e os domínios que tiveram a menor média foram: a atividade física (-0,420 ± 0,35), o interesse
sexual (0,062 ± 0,37) e o comportamento alimentar (0,144 ± 0,32). Conclusão: Diante dos
resultados identificados, podemos observar que a obesidade influencia de modo negativo na
qualidade de vida dos indivíduos e os domínios mais afetados estavam relacionados à alimentação,
ao sedentarismo e à sexualidade, sendo, atualmente, a cirurgia bariátrica o tratamento que esses
pacientes mais buscam para conseguir uma perda de peso eficaz e duradoura com, consequente,
melhora na qualidade de vida.
_________________

Barros, Lívia Moreira; Moreira, Rosa Aparecida Nogueira; Frota, Natasha Marques; Araújo, Thiago Moura de; Caetano,
Joselany Áfio. Influência da Obesidade Mórbida na Qualidade de Vida dos Indivíduos. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10826

_________________
372
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Os Cinco Sentidos: a Importância da Percepção Corporal na


Vida de Insulinodependentes
_________________

Ostolin, Thatiane Lopes Valentim Di Paschoale; Cockell, Fernanda Flávia


Universidade Federal de São Paulo Campus Baixada Santista — thati.ostolin@gmail.com
_________________

Introdução: o grupo operativo Doce Saúde, formado em Outubro de 2011 e desenvolvido


em parceria universidade e serviço, tem como intuito a promoção da saúde e prevenção
de doenças voltadas à comunidade local de insulinodependentes, assim como a
abordagem integral dos participantes, a ampliação do que se entende por processo saúde-
doença-cuidado e a educação popular em saúde, rompendo com os fazeres e saberes
tradicionais do modelo biomédico vigente. Mensalmente, são realizadas atividades com
cerca de 40 pessoas/mês, sendo que em dois encontros a proposta foi refletir sobre a
importância dos cinco sentidos e sua inter-relação no cotidiano de um portador de diabetes
mellitus. Objetivos: As atividades visaram contribuir para a valorização do saber popular e
do diálogo, fortalecendo a cada dia o vínculo estabelecido. no caso específico das oficinas
sobre os sentidos corporais, observar a discussão e a experimentação pelo grupo das
maneiras pelas quais sentem e percebem o mundo e a realidade à sua volta, contribuindo
para os cuidados integrais dos usuários, ampliando as noções de autocuidado e a
importância de atentar aos sinais tanto físicos quanto emocionais, assim como suas inter-
relações, provenientes do próprio corpo no dia-a-dia. e proporcionar maior autonomia aos
sujeitos na busca por uma melhor qualidade de vida e na procura precoce do serviço de
saúde. Métodos: As atividades consistiram na abordagem contextualizada e isolada de
cada um dos sentidos, na qual houve a divisão dos participantes em grupos a fim de
otimizar a reflexão e o diálogo pertinentes a cada um. Foram utilizados objetos de texturas
e formatos variados, temperos variados, estímulos sonoros cotidianos, imagens e frutas,
com as quais foi feito o preparo de uma salada de frutas. Além da observação deste
elementos, foi atribuída uma memória afetiva e um significado tanto individual quanto
coletivo durante a atividade. ao término de cada etapa, foi feita uma roda de conversa para
concluir a atividade. Resultados: a contribuição e colaboração entre serviço e universidade
tem se mostrado eficaz, sendo observado a cada atividade o aumento à adesão ao Doce
Saúde. Inicialmente, os insulinodepentes apenas frequentavam a unidade para retirar o
insumo. Atualmente, o grupo tem crescido e as temáticas abordadas têm sido escolhidas
de acordo com a demanda obtida no encontro precendente ou solicitada pelo serviço.
Conclusão: a iniciativa é relevante para os extensionistas, estagiários e agentes
comunitárias, permitindo a participação ativa nas trocas de experiências e na formação do
diálogo com a comunidade, proporcionando maior empoderamento dos sujeitos através de
vivências, dinâmicas e do uso de ferramentas educativas, assim como promovendo uma
maior interação e identificação entre eles enquanto grupo.
_________________

Ostolin, Thatiane Lopes Valentim Di Paschoale; Cockell, Fernanda Flávia. Os Cinco Sentidos: a Importância
da Percepção Corporal na Vida de Insulinodependentes. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10827

_________________
373
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Importância de Redes de Ajuda no Desenvolvimento de Projetos


de Humanização e Qualidade de Vida para Colaboradores
_________________

Zimmermann, Jussara Siqueira de Oliveira; Lamana, Adorinda Gabriel


Instituto da Criança - HCFMUSP — jussara.oliveira@hc.fm.usp.br
_________________

INTRODUÇÃO a qualidade de vida no trabalho faz com que o colaborador se sinta bem em seu
ambiente laboral, essa sensação de bem estar reflete positivamente em sua saúde física e mental,
que está diretamente relacionada à produtividade e qualidade do trabalho prestado. Investir em
projetos de caráter humanizador para funcionários pode trazer vantagens às instituições, reduzindo
o índice de absenteísmo e melhorando os relacionamentos interpessoais, no entanto, a falta de
recursos financeiros se mostra como empecilho para que algumas empresas desenvolvam projetos
de qualidade de vida no trabalho. OBJETIVO Criar uma rede de apoio para o desenvolvimento de
programas e projetos que possam ser desenvolvidos sem investimentos financeiros diretos, tendo
como foco principal a humanização e a qualidade de vida para os colaboradores de uma instituição
hospitalar pediátrica terciária. METODOLOGIA As etapas para a ampliação e consolidação dos
Programas de Humanização e Qualidade de Vida no Trabalho realizados em uma instituição de
saúde foram as seguintes: (1) conhecer o contexto institucional, buscando informações sobre o
perfil dos colaboradores e necessidades relacionadas à qualidade de vida laboral. Essas
informações poderão ser embasadas em análises de pesquisas de clima organizacional, perfis
epidemiológicos institucionais, relatos em ouvidorias internas, rodas de conversas, entre outros; (2)
pesquisar e analisar as iniciativas de empresas de referência no mercado que possam atender as
demandas institucionais levantadas inicialmente; (3) buscar apoio de grupos de voluntários e
associações que desenvolvam projetos socioculturais que possam ser implantados na instituição
de forma gratuita; (4) divulgar e implantar projetos buscando o apoio da equipe de gestores na
divulgação e incentivo de participação dos membros da equipe; (5) avaliar e analisar o impacto das
iniciativas a satisfação dos participantes. RESULTADOS Entre março de 2011 e dezembro de 2013
foram implantados 34 programas de humanização e qualidade de vida para colaboradores sem que
houvesse investimento financeiro de custeio desses projetos pela instituição. Entre esses, podemos
destacar os seguintes projetos desenvolvidos gratuitamente nas dependências do hospital: Mãos
que Cuidam – desenvolvido inicialmente no Hospital Emílio Ribas, conta com massoterapeutas que
atendem os colaboradores durante a jornada de trabalho; Semeadores de Livros – distribuição de
livros doados por uma empresa de incentivo à cultura; Yoga – aulas ministradas por uma voluntária,
nas dependências da Instituição; Oficina de Meditação – ministrada por voluntários durante o horário
de almoço. CONCLUSÃO a rede de ajuda no desenvolvimento de projetos sem investimentos
financeiros se mostrou fundamental na experiência vivenciada na instituição. Fica clara a
necessidade de ampliação de projetos que possam contar com voluntários e apoiadores no
desenvolvimento de novas atividades para os colaboradores do hospital.
_________________

Zimmermann, Jussara Siqueira de Oliveira; Lamana, Adorinda Gabriel. A Importância de Redes de Ajuda no
Desenvolvimento de Projetos de Humanização e Qualidade de Vida para Colaboradores. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10829

_________________
374
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Clínica Ampliada e a Reabilitação: Ressignificando a


Intervenção
_________________

Petrokas, Rejane Cristina; Morais, Camila Aparecida de; Pinheiro, Andressa


Moreira; Sousa, Mariza Regina Tavares de; Nunes, Letícia Ferro Carapeto;
Ragassi, Renata
Oss Santa Marcelina — rejokas@yahoo.com.br
_________________

e a Humanização em Saúde na prática desenvolvida no contexto da reabilitação, tendo em


vista a linha de cuidado e os projetos terapêuticos singulares de usuários na rede de
serviços do território. METODOLOGIA: o estudo de atualização baseia-se na reflexão
acerca dos manuais e cartilhas publicados pelo Ministério da Saúde e a organização e
desenvolvimento de ações na prática cotidiano, desenvolvida de forma interdisciplinar na
instituição referida. RESULTADOS e CONCLUSÕES: a humanização no atendimento
passa pelo exercício do diálogo e autonomia nas relações entre os profissionais sejam
esses administrativos, gestores e técnicos, pois é necessário o esforço de somar as forças
de resiliência, de superação de cada sujeito para oferecer uma assistência mais potente.
Assim, é possível aos profissionais explorar o potencial dos usuários atendidos, que implica
no esforço pessoal de cada profissional em assumir uma atitude ética e de cuidado que
sempre seja somada a novas forças, também extra-equipe, como os profissionais dos
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e de outras instituições, tanto nas reuniões
quanto nos contatos telefônicos, em vista da troca de informações e necessidade da escuta
das angústias e em vista da abordagem e da resolutividade ou assistência em
problemáticas muitas vezes tão complexas e multifatoriais. por exemplo, a abordagem de
uma paciente com sintomas de síndrome do túnel do carpo, pode ser pensada também na
capacitação para mudança de função de trabalho e a discussão acerca do projeto de vida,
e evitar o raciocínio simplista de abordagem de exercícios e orientações quanto à condição
física. Tal forma de atuação pretende estar embasada nas diretrizes do Sistema Único de
Saúde e apoiados na Clínica Ampliada.
_________________

Petrokas, Rejane Cristina; Morais, Camila Aparecida de; Pinheiro, Andressa Moreira; Sousa, Mariza Regina
Tavares de; Nunes, Letícia Ferro Carapeto; Ragassi, Renata. A Clínica Ampliada e a Reabilitação:
Ressignificando a Intervenção. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10819

_________________
368
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas Obstétricas Humanizadas X Resultados Perinatais


_________________

Amaral, Ana Carolina Bhering Alves do; Machado, Ana Carolina Barbosa; Aluani,
Erminda P.; Trindade, Ivani Cristina; Carvalho, Otávio; Souza, Pâmela
Hospital Geral de Itapevi — super.enf.cpn@hgi.org.br
_________________

O nascimento de um filho é um dos eventos mais importantes na vida de uma família, de


uma rede social e, particularmente, de uma mulher. Práticas associadas, recomendadas e
adotadas ao processo de nascimento são importantes para a saúde e para o bem estar da
mulher e do recém-nascido. Assim sendo, faz-se necessário uma compreensão dos
diferentes elementos envolvidos nestas práticas, que conduzam, dentre outros aspectos,
ao entendimento dos componentes envolvidos na gênese do atual saber hegemônico em
obstetrícia, para que a partir do conhecimento do velho se possa criar as condições para o
surgimento do novo. As origens e razões pelas quais determinados procedimentos e
rotinas vêm sendo mantidos, sem que se tenha estabelecido o grau de segurança para a
mulher ou para o bebê, ou mesmo se trariam mais benefícios do que prejuízos à saúde
dos usuários, é uma questão que ainda permanece sem resposta em determinadas
instituições. Algumas “verdades” como a segurança do parto normal, associado a
“epidemia de cesarianas” no Brasil e ao uso rotineiro de episiotomia e de ocitócitos expõe
mulheres às chamadas “cascatas de intervenções” , aumentando a morbi-mortalidade
perinatal. Acreditando nas práticas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde,
desenvolvemos este trabalho com o objetivo de apresentar os resultados perinatais obtidos
com a adotação das paráticas humanizadas ofericidas ao processo de nascimento em um
Hospital Geral localizado na Rota dos Bandeirantes no ano de 2013. o Hospital em
destaque apresentou indicadores obstétricos e neonatais favoráveis, evidenciados pelos
índices de asfixia neonatal abaixo do aceitável, pelo uso criterioso de episiotomia e
amniotomia precoce pela equipe de enfermeiras obstetras responsáveis pela assistência
ao parto, pela ausência do comprometimento do assoalho pélvico após o parto normal,
pela taxa nula de tocotraumatismo materno e baixa frequência no uso de ocitócito e
ocorrência de tocotraumatismo fetal. a interpretação destes achados nos levam a concluir
que as evidências corroboraram com as recomendações e práticas recomendadas pela
Organização Mundial de Saúde para a realização do parto com segurança, envolveram
mudanças de paradigmas e culturas da equipe, nos levaram a acreditar incondicionalmente
que o parto seguro é aqui.
_________________

Amaral, Ana Carolina Bhering Alves do; Machado, Ana Carolina Barbosa; Aluani, Erminda P.; Trindade, Ivani
Cristina; Carvalho, Otávio; Souza, Pâmela. Práticas Obstétricas Humanizadas X Resultados Perinatais. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10821

_________________
369
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Perfil dos Idosos em um Projeto de Convivência e Lazer na


Periferia de Fortaleza-CE
_________________

Pamplona, Ysabely de Aguiar Pontes; Mendes, Raquel Silveira; Peixoto, Gabrielle


da Silva; Viana, Paulo Átila da Silva; Martins, Lourdes Conceição
Unisantos — ysabelypontes@hotmail.com
_________________

Introdução: no Brasil, a expectativa de vida aumentou no último meio século,


proporcionando uma explosão demográfica de idosos no país. Concomitantemente, houve
um aumento na prevalência de doenças crônico-degenerativas, uma vez que o próprio
processo do envelhecimento é fator de risco para morbidades. Objetivo: Descrever o perfil
de idosos cadastrados em um projeto de convivência e lazer na periferia de Fortaleza/CE.
Metodologia: Estudo descritivo, transversal e com abordagem quantitativa, que descreve
o perfil epidemiológico e socioeconômico de idosos cadastrados em um projeto de
convivência e lazer localizado no bairro Canindezinho na cidade de Fortaleza-CE-Brasil.
Foram entrevistados 24 idosos de agosto a outubro de 2013, para isso utilizou-se de um
instrumento modificado do padrão original Brazil Old Age Schedule – BOAS. Os dados
encontrados foram processados e analisados mediante a utilização de estatística
descritiva. Resultados e Discussão: Os resultados revelaram que 87,5% são do gênero
feminino; 89% são aposentados; 83,3% possuem baixo poder aquisitivo; 58,3 têm baixo
nível de escolaridade; 75% têm renda mensal entre um a dois salários mínimos; 79% tem
uma percepção positiva da sua saúde geral; 91,7% apresentam algum tipo de doença e
fazem uso de medicamento diariamente. Além disso, todos os entrevistados apresentaram
alto grau de autonomia e independência. Conclusão: o conhecimento das características
dos idosos é fundamental para o estabelecimento de políticas públicas de promoção à
saúde, favorecendo o cuidado integral, individualizado e preventivo. Além disso, pode
haver variações nas ações de enfrentamento, quando a população encontra-se em
situação social distinta.
_________________

Pamplona, Ysabely de Aguiar Pontes; Mendes, Raquel Silveira; Peixoto, Gabrielle da Silva; Viana, Paulo Átila
da Silva; Martins, Lourdes Conceição. Perfil dos Idosos em um Projeto de Convivência e Lazer na Periferia de
Fortaleza-Ce. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10824

_________________
370
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Aleitamento Materno na Estratégia Saúde da Família (Esf):


Percepções de Enfermeiros para uma Prática Humanizada
_________________

Araújo, Thiago Moura de; Silva, Roberta Alves da; Costa, Ana Cristina P. de J.;
Vieira, Neiva Francenely da C.; Araújo, Marcio Flavio M. de
Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) —
thiagomouraenf@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o aleitamento materno é reconhecido em todo o mundo como uma das


principais estratégias para a promoção da saúde da criança, entretanto os índices ainda
estão abaixo do esperado, tal situação pode ser justificado pelo surgimento de dificuldades
no período de aleitamento. Objetivos: o presente estudo objetivou analisar a percepção
de enfermeiros da ESF sobre a prática do aleitamento materno para uma prática
humanizada. Método: Estudo qualitativo, realizado em sete Unidades Básicas de Saúde
do município de Imperatriz – MA, com nove enfermeiros, entre julho e setembro de 2013.
Aplicou-se entrevista semi-estruturada, contemplando variáveis sociodemográficos, de
conhecimento e da assistência de enfermagem oferecida no aleitamento materno. o estudo
teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão
conforme protocolo nº 000530/2011-40. Resultados: Os principais resultados
evidenciaram que os enfermeiros possuem conhecimento a respeito do aleitamento
materno, embora as atualizações fornecidas pelos gestores sobre a temática sejam
insuficientes, costumam abordar a temática do aleitamento tanto no pré-natal como nas
consultas puerperais, no entanto, não há sistematização da assistência à lactante que
apresenta dificuldades para o aleitamento materno. em relação às percepções dos
enfermeiros sobre aleitamento materno, verifica-se a predominância do conceito de
Aleitamento Materno Exclusivo e a sua importância para a saúde da criança e construção
do binômio mãe-bebê como prática humanizada. Os enfermeiros participantes referiram
informações distintas a respeito da realização de capacitação na temática aleitamento
materno, onde foi possível observar que alguns referiram não possuir capacitação
contínua, e outra parcela dos investigados relatou frequência em capacitações na temática.
Conclusão: o estudo conclui que os enfermeiros procuram intervir ao perceberem que a
lactante decide interromper o processo de amamentação mediante alguma dificuldade
vivenciada. Todavia a assistência de enfermagem destinada a estas dificuldades é
realizada de forma não sistematizada, sem contemplar a prevenção e a elaboração de um
plano de cuidados individualizado.
_________________

Araújo, Thiago Moura de; Silva, Roberta Alves da; Costa, Ana Cristina P. de J.; Vieira, Neiva Francenely da
C.; Araújo, Marcio Flavio M. de. Aleitamento Materno na Estratégia Saúde da Família (Esf): Percepções de
Enfermeiros para uma Prática Humanizada. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10817

_________________
366
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Processo de Humanização como Ferramenta para Melhoria


da Qualidade do Serviço
_________________

Almeida, Jose Jonathas Albuqueque de; Sousa, Elaine Freitas de; Tovar, Juliana
Eller; Rocha, Silmara Alves Moreira; Cavalcante, Juliana Brito; Santos, Monick
Forte; Silva, Zenaide Nunes da
Escola de Saude Publica do Estado do Ceara — pazpelavida@yahoo.com.br
_________________

É notório que o ambiente de trabalho é complexo e compõe diferentes aspectos distintos,


trazendo para o ser humano certas realizações profissionais e conquistas a partir do
trabalho exercido. Porém, sabe-se ainda que, o ambiente de trabalho junto com os serviços
prestados gera com muita frequência nos profissionais envolvidos neste processo, o
sentimento de individualidade, concorrência, enfado, desgaste emocional e emotivo,
cansaço, desmotivação e desvalorização do mesmo, em decorrência de uma rotina
cotidiana e enfadonha por se tornar rotineira. o objetivo deste trabalho é demonstrar a
dimensão e relevância do processo de humanização na melhoria da qualidade do serviço
e fortalecimento de sua utilização no ambiente de trabalho. Metodologia desta pesquisa é
do tipo exploratório conservativa de caráter bibliográfico, realizada em livros, artigos
científicos que dispõem de dados e informações comprovadas mediante pesquisa. a
valorização do profissional, partindo da valorização de características subjetivas, que
envolvem o processo de humanização pode produzir uma melhoria de qualidade no
ambiente de trabalho e serviço diretamente prestado, através do reconhecimento dos
diferentes sujeitos, com suas particularidades, autonomia e protagonismo coletivamente e
individualmente, mapeamento e interação dos fatores encontrados no serviço de trabalho,
segurança do trabalhador e a disposição do mesmo na excursão e realização de suas
atividades, fortalecimento do trabalho em equipe e maior vínculo institucional de forma ágil
e resolutiva. o processo de humanização é uma ferramenta fundamental que serve para
criar condições melhores e humanas para os trabalhadores e serviços, fortalecendo e
estabelecendo vínculos e valorização dos diferentes sujeitos e elementos, refletindo na
melhoria da qualidade do serviço diretamente e indiretamente quando desenvolvido. de
acordo com os resultados das pesquisas realizadas sobre o assunto, o processo de
humanização deve existir no interior das instituições e serviços para que seja possível
atingir os índices satisfatórios de dimensões distintas e empenho de um serviço com
qualidade, eficiência e eficácia.
_________________

Almeida, Jose Jonathas Albuqueque de; Sousa, Elaine Freitas de; Tovar, Juliana Eller; Rocha, Silmara Alves
Moreira; Cavalcante, Juliana Brito; Santos, Monick Forte; Silva, Zenaide Nunes da. O Processo de
Humanização como Ferramenta para Melhoria da Qualidade do Serviço. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10818

_________________
367
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização na Gestão um Serviço Odontológico: Acolhimento com


Avaliações de Risco e Necessidade de Tratamento
_________________

Martino, Luiz Vicente Souza


Serviço Social do Comércio - Sesc — lvsmartino@ig.com.br
_________________

Introdução: um dos valores que norteiam a humanização em saúde é a indissociabilidade entre


atenção e gestão. Modelos de atenção, gestão e relações de acesso aos serviços podem ser
modificados por dispositivos tecno-assistenciais, tais como o acolhimento. o acesso é um dos
problemas dos serviços de saúde e evidencia particularidades sobre desigualdades sociais em sua
utilização. a saúde bucal traduz bem tais características. Investigações de aspectos biológicos
ligados ao risco individual orientam a organização da demanda assistencial e ações coletivas.
Nessa linha, avaliações de risco conjugadas com o acolhimento são úteis ferramentas na
identificação de doenças bucais e na busca da equidade na atenção em saúde. Objetivo: Este
trabalho objetiva descrever a maneira como um Serviço Odontológico (SO) pertencente a uma
Unidade Operacional (UO) de uma Organização Paraestatal que tem por finalidade proporcionar
cultura, lazer e bem-estar a um público-alvo específico trabalhou a demanda por seus serviços entre
os anos de 2011 e 2013. Método: o SO composto de 4 consultórios odontológicos, 12 Dentistas, 4
Auxiliares de Saúde Bucal e 2 Recepcionistas foi inaugurado em novembro de 2011 e em dezembro
do mesmo ano, dezembro de 2012 e agosto de 2013 abriu inscrições para realização de tratamento
odontológico, fundamentando seu discurso junto ao público-alvo em duas prerrogativas, prestação
de assistência odontológica a todos que comparecessem a UO para buscá-la nos dias de inscrição
e priorização de atendimento àqueles que se encontrassem em piores condições nas avaliações de
risco e necessidade de tratamento odontológico, realizadas com critérios previamente estabelecidos
para cárie dentária, doença periodontal e necessidade de prótese dentária, durante os processos
de inscrição. Complementando o processo de acolhimento, realizaram-se bate-papos explicativos
sobre os serviços prestados pelo SO e a maneira como as inscrições foram planejadas com o intuito
de efetivar o acolhimento ao público. Resultados: As inscrições realizadas em 2011 receberam
1.116 pessoas, as de 2012 contaram com 831 pleiteantes a tratamento e as de 2013 terminaram
com 816 pessoas. nas inscrições de 2012 e 2013 houve um percentual acima de 90% de pessoas
que não haviam realizado tratamento no SO em anos anteriores, ou seja, o SO atendeu mais de
2.500 pessoas desde sua inauguração. Conclusões: Inscrições baseadas no acolhimento com
avaliações de risco e necessidade de tratamento configuraram-se como intervenção decisiva na
organização e efetivação da promoção de saúde, pois se fizeram a partir da análise,
problematização e proposição da própria equipe que foi sujeito de seu processo de trabalho. Além
disso, houve a organização do acesso dos usuários ao SO, mudando a forma burocrática de entrada
por filas e ordem de chegada que normalmente ocorre em serviços similares e a humanização das
relações entre profissionais e usuários no que se refere à forma de escuta de problemas e
demandas.
_________________

Martino, Luiz Vicente Souza. Humanização na Gestão um Serviço Odontológico: Acolhimento com Avaliações de Risco
e Necessidade de Tratamento. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde
[= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10811

_________________
364
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Caracterização de Pacientes Internados em Clínica Médica Segundo


o Grau de Dependência do Cuidado de Enfermagem
_________________

Moraes, Aluana; Barbosa, Halana Batista; Campos, Terezinha; Nicola, Anair Lazzari
Universidade Estadual do Oeste do Paraná — aluanamoraes@hotmail.com
_________________

Introdução: o processo de transição demográfica, vivenciado no país, traz um aumento progressivo


e acentuado de sua população idosa, e, este processo é responsável por mudanças socioculturais,
bem como, no perfil de saúde. Desse modo, a hospitalização dessa população tem despertado a
preocupação de gestores e profissionais de saúde, devido ao tempo de internação, aos possíveis
riscos e complicações, aos custos e também a carga de trabalho da enfermagem que demanda
essa assistência. Objetivo: Analisar as características dos pacientes em tratamento clínico em uma
unidade de clínica médica de um hospital universitário no Paraná. Metodologia: Trata-se de uma
pesquisa descritiva, retrospectiva e documental com abordagem quantitativa. para a coleta de
dados foi utilizado os registros no prontuário eletrônico, no período correspondente a 01 de março
a 31 de agosto de 2013. As variáveis avaliadas foram sexo, idade, tempo de permanência, nível de
complexidade assistencial e o diagnóstico médico. para análise do nível de complexidade
assistencial utilizou-se o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) proposto por Fugulin.
Resultados: Foram avaliados 244 pacientes, sendo 58,2% do sexo masculino. Quanto à idade
6,2% eram menores de 18 anos, 54,9% apresentavam idade entre 18 e 59 anos e 38,9%
apresentavam idade acima de 60 anos. em relação ao tempo de permanência predominaram os
pacientes maiores de 60 anos, que permaneceram em média 16,65 dias internados. Quanto ao
nível de complexidade assistencial, 45,3% dos pacientes necessitavam de cuidados semi-
intensivos. Nessa categoria os pacientes são graves e recuperáveis, sujeitos à instabilidade de
funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. com
relação aos diagnósticos médicos, predominaram os relacionados a doenças respiratórias
(19,67%), doenças gastrointestinais (15,98%) e doenças do sistema cardiovascular (13,11%).
Conclusão: Os resultados evidenciaram que a população idosa se apresenta como a segunda
maior categoria internada e foram os pacientes que permaneceram internados por mais tempo. Os
diagnósticos mais prevalentes foram os relacionados às doenças crônicas que mais acometem os
idosos, apresentam fatores de risco comuns e demandam por assistência continuada dos serviços
de saúde. no que tange ao nível de complexidade assistencial, predominaram os pacientes que
necessitavam de cuidados semi-intensivos. Cabe ressaltar o propósito do SCP como um valioso
indicador, pois gera informação sobre as condições clínicas do paciente auxiliando no planejamento
da assistência de enfermagem é um instrumento que subsidia a melhoria da qualidade assistencial
ofertada, pois se mostra capaz de prever as necessidades de cuidado individualizado do paciente,
facilitando o gerenciamento do cuidado e garante assim a segurança na assistência prestada.
_________________

Moraes, Aluana; Barbosa, Halana Batista; Campos, Terezinha; Nicola, Anair Lazzari. Caracterização de Pacientes
Internados em Clínica Médica Segundo o Grau de Dependência do Cuidado de Enfermagem. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10816

_________________
365
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Caminhos e Momentos da Criação da Câmara de Política de


Humanização da Assistência Hospitalar: a Humanização e a
Humanidade nas Práticas, Rotinas e Ações Desenvolvidas em um
Hospital Público
_________________

Gonçalves, Edson Luis; Castro, Maria Eduarda Oliveira


Universidade Federal de Uberlandia — edsonluispedagogo@gmail.com
_________________

A sociedade passa por mudanças, culturais, políticas, econômicas e sociais. em 2000, nova equipe tem o
desafio de administrar a Universidade, a grande expectativa assumida em carta programa: “promover o
atendimento humanizado e universal aos que buscam atendimento hospitalar”. em janeiro de 2001, assumiu
a administração hospitalar, um grupo que, compartilha do mesmo projeto, reafirmou a necessidade de ações
de humanização na assistência prestada. Debates definiram os caminhos. Ações em curso, mudanças
administrativas e de enfoque, a principal; a Criação da Câmara de Política de Humanização da Assistência
Hospitalar, aplicando a Política Nacional de Humanização (PNH), do Ministério da Saúde, objetivando um
SUS humanizado. As ações de humanização da assistência hospitalar têm gerado iniciativas de várias
equipes no complexo hospitalar. Sem diretrizes da PNH, muitas frentes de trabalho foram apoiadas,
exclusivamente, pelas próprias equipes. Desde então, iniciou-se o debate da institucionalização do projeto de
humanização. Ação concreta foi a criação do Setor de Humanização, junto à Divisão de Apoio ao Usuário de
Saúde do SUS. em outubro de 2001, tem inicio as atividades. Realizou-se uma reunião histórica amplamente
divulgada no hospital, para apresentarem as sugestões. Cento e cinquenta pessoas debateram questões de
humanização abordando atividades já desenvolvidas pelas equipes de trabalho ou entidades de voluntários
vinculadas à área da saúde. das sugestões apresentadas, elegeram 13 prioridades: “Comemoração de datas
de nossa cultura; Atenção aos pacientes fora de possibilidades terapêuticas; Acolhimento; Preparação para
cirurgia; Humanização do parto; Comemoração de aniversários dos servidores; Apoio Religioso e Espiritual;
Riso no Hospital; Acompanhamento de Pacientes com Necessidades Especiais; Apresentação Musical;
Cuidando do Cuidador; Reestruturação e Adequação da Área Física; Risco à Integridade Física e Mental do
Trabalhador. Constitui-se uma comissão de trabalho, eleito um coordenador, para discutir os
encaminhamentos”. Surgindo o debate. Quais as finalidades do grupo? Grupos já existentes? Quem teve a
primeira idéia? Autoria do projeto? a definição das prioridades e linhas de ações definiu e respondeu aos
questionamentos em torno da Humanização no hospital público. a Humanização é uma das prioridades na
área da Saúde, devendo nortear qualquer atividade que envolva usuários e profissionais da Saúde. a
possibilidade de promover atendimentos humanizados ao valorizar o trabalho dos profissionais terá apoio
com a Educação Permanente, garantindo o protagonismo dos mesmos dentro dos princípios da PNH.
Contudo, sabemos que são complexas as realidades dos serviços de saúde em relação a esse tema, mesmo
em condições adversas, as sementes desses ideais (transformadas em políticas) nascem, crescem e
frutificam. a experiência na prática demonstra que humanização e humanidade, abordada na teoria, na
verdade continua entre as ações das pessoas.
_________________

Gonçalves, Edson Luis; Castro, Maria Eduarda Oliveira. Caminhos e Momentos da Criação da Câmara de Política de
Humanização da Assistência Hospitalar: a Humanização e a Humanidade nas Práticas, Rotinas e Ações Desenvolvidas
em um Hospital Público. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10808

_________________
361
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Regionalização do Cuidado em Saúde Mental: Humanização da


Assistência na Perspectiva do Serviço de Saúde em Rede
_________________

Cabral, Mariana Pompílio Gomes; Jorge, Maria Salete Bessa; Maia Neto, José Pereira;
Costa, Juliana Pessoa; Aragão, Patrícia Frota; Caminha, Emília C. Carvalho Rocha
Universidade Estadual do Ceará — mari.pompilio@gmail.com
_________________

Introdução: a Política Nacional de Humanização preconiza, como um dos princípios básicos, o


serviço assistencial à saúde em rede com alta conectividade, de modo cooperativo e solidário, em
conformidade com as diretrizes do SUS. Isso pressupõe a articulação e a transversalidade do
cuidado integral ao usuário do serviço de saúde nos três principais pontos da rede: atenção primária,
especializada e terciária. em relação à atenção especializada da rede de assistência à saúde
mental, tem-se a necessidade de construir uma assistência que privilegie serviços de atenção
psicossocial, com base nas dimensões comunitárias, territoriais e na aproximação ética, social e
solidária entre profissionais e usuários, em busca de articular os vários dispositivos da região de
saúde. Objetivo: Compreender o processo de regionalização em saúde na perspectiva da
humanização do cuidado ao usuário de saúde mental. Metodologia: o estudo faz parte de uma
pesquisa ampla denominada “Organização da rede regional de saúde e sua interface com a saúde
mental no estado do ceará: dimensão política, econômica, social, organizacional, tecnológica e
simbólica”, com financiamento do CNPq/MS. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, crítica e
reflexiva, realizada com trabalhadores da ESF e do CAPS, bem como usuários em tratamento nos
municípios de Fortaleza e Eusébio. para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semi-estruturada
e a análise dos dados seguiu a orientação da Análise de Conteúdo. o estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Resultados: do
processo de regionalização, destaca-se a importância da atenção primária no cuidado aos usuários
de saúde mental, reconhecendo – os em seus territórios e em suas condições biopsicossociais e,
só a partir disso, propor promoção e prevenção de saúde, além de encaminhamentos desses
usuários ao Caps ou outros serviços da rede social de apoio. para os profissionais, a assistência
regionalizada permite que as equipes de saúde conheçam a realidade do usuário em seu cotidiano
comunitário, sendo esta, uma condição fundamental para planejar, encaminhar ou resolver a
situação demandadas naquele serviço. Já os usuários consideram que o acesso está ampliado. Se
antes eles só conheciam o hospital mental em forma de emergência agora percebem que saúde
mental está imbricada à saúde básica e secundária. Conclusão: Aponta-se, como égide da
temática, a importância do serviço de saúde em rede como fomentador e facilitador de um cuidado
embasado no conhecimento das dimensões sócio-espaciais e antropológicas dos usuários, se
aproximando de uma assistência humanizada e se distanciando, cada vez mais, do modelo de
assistência à saúde mental isolada, excludente de direito, desumana e violenta, muito demarcada
na história da saúde mental.
_________________

Cabral, Mariana Pompílio Gomes; Jorge, Maria Salete Bessa; Maia Neto, José Pereira; Costa, Juliana Pessoa; Aragão,
Patrícia Frota; Caminha, Emília C. Carvalho Rocha. Regionalização do Cuidado em Saúde Mental: Humanização da
Assistência na Perspectiva do Serviço de Saúde em Rede. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10809

_________________
362
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Formação em Fisioterapia no Estado da Bahia-:Análise dos Aspectos


Éticos e Humanísticos dos Projetos Pedagógicos dos Cursos
_________________

Sady, Cleber Murilo Pinheiro; Santos, Fabiane Costa


Universidade Federal da Bahia-Instituto de Humanidades Artes e Ciencias Professor Milton Santos-Eisu-Ihac —
ptsport@uol.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: a compreensão da trajetória percorrida pela área de Fisioterapia é essencial na


identificação e elaboração de propostas a serem incorporadas nos projetos pedagógicos dos
cursos(PPCs) para a formação e preparação adequada do profissional para o mercado de trabalho. ao
longo de 42 anos de formação em Fisioterapia na Bahia, a profissão apresentou diversas etapas, cada
qual com sua particularidade e contextualização com o desenvolvimento das profissões de saúde. em
cada período da história, a formação em Fisioterapia na Bahia passou por diferentes modelos
educacionais, porém sempre adstrito ao modelo biomédico com um forte vínculo com a reabilitação .
Os currículos e conteúdos programáticos direcionavam principalmente para o atendimento às pessoas
com alguma deficiência física. As mudanças dos currículos e dos PPCs de Fisioterapia a partir da
publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) apontam para a necessidade de
transformação do perfil dos trabalhadores em saúde com base nos pressupostos do sistema único de
saúde (SUS) e no conceito ampliado de saúde. Aspectos éticos e humanísticos devem estar presentes
nos PPCs objetivando preparar os trabalhadores da área para fazer frente aos desafios da atenção
aos usuários do SUS. OBJETIVOS: o objetivo desse estudo foi analisar os PPCs dos cursos de
Fisioterapia na Bahia, comparando universidades públicas e privadas. MÉTODOS: Trata-se de um
estudo descritivo de corte transversal realizado entre os meses de agosto a dezembro de 2013. Foi
feita análise documental utilizando como referência os PPCs de duas universidades públicas e duas
privadas, onde foram buscadas as expressões: ética, ética profissional, bioética, humanização e
formação humanista. Foram também analisados através da investigação os aspectos: Objetivo do
Curso e Perfil do Egresso: na analise dos PPCs, as expressões ética e ética profissional foram
encontradas em todos os cursos. Já a expressão humanização foi encontrada somente nas
universidades públicas. a expressão formação humanista não foi encontrada em nenhum dos projetos
avaliados. As expressões encontradas no entanto, não foram suficientes para demonstrar a dimensão
exata que cada proposta contida nos PPCs nos aponta quanto a um caminho para a formação de
profissionais com formação ética e humanista, aptos a atenderem as novas demandas dos serviços
de saúde, com foco no SUS e a mudanças nas práticas do cuidado em saúde. CONCLUSÃO: o estudo
permitiu analisar como os termos formação ética e humanista se inserem nos PPCs e como as
universidades estão tentando adequar os seus currículos às DCNs. Aspectos como formação ética e
humanista ainda são tratados de forma incipiente, principalmente nas universidades privadas. Além de
estarem presentes nos textos dos PPCs é necessário que tais expressões estejam contextualizadas
com os cenários de práticas, demonstrando como serão trabalhadas principalmente em relação aos
equipamentos públicos de saúde.
_________________

Sady, Cleber Murilo Pinheiro; Santos, Fabiane Costa. Formação em Fisioterapia no Estado da Bahia-:Análise dos Aspectos
Éticos e Humanísticos dos Projetos Pedagógicos dos Cursos. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10810

_________________
363
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanidades Médicas: para Quem e para Quê?


_________________

Cavalcante, Lígia Menezes; Leite, Álvaro Jorge Madeiro; Neves Filho, Almir de Castro;
Sidrim, Pedro Randal Pompeu; Silva, Luziane Santiago
Universidade Federal do Ceará — ligiammcc@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a medicina é uma profissão que possui componentes científicos e humanísticos. Essa
natureza dual permite considera-la como ciência e arte, e ao longo da história pode-se perceber
que esses dois componentes em alguns momentos desenvolvem-se de forma integrada e em outros
de forma a dar destaque a um componente específico. nos últimos anos, as humanidades médicas
vem ganhando cada vez mais destaque nos currículos acadêmicos das escolas médicas como uma
forma de superar o modelo biomédico reducionista que por muito tempo predominou no
desenvolvimento da medicina. As humanidades médicas permitem integrar recursos das ciências
humanas ao ensino da medicina a fim de ampliar a compreensão sobre o ser humano, seu
sofrimento e seus sentimentos. Objetivos: Identificar o que os estudantes de medicina, professores
e profissionais médicos buscam no estudo das humanidades médicas. Relacionar o ensino-
aprendizagem de humanidades médicas com a relação médico-paciente e a prática médica.
Entender como as humanidades médicas podem melhorar a qualidade do atendimento médico e
tornar-se um meio de humanização da medicina. Métodos: a pesquisa desenvolvida foi do tipo
exploratória-qualitativa e foi realizada durante um evento sobre humanidades médicas. Os dados
foram coletados por intermédio de entrevista estruturada após o consentimento do entrevistado. As
entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas. Foi possível entrevistar estudantes de
medicina, médicos, profissionais da área da saúde, professores universitários e palestrantes do
evento. Resultados: Foram destacados pelos entrevistados alguns motivos que os instigam a
procurar as humanidades médicas, como: ampliar a compreensão sobre as relações humanas,
compartilhar experiências e vivências da prática médica, preservar a sensibilidade que vai se
perdendo ao longo do tempo, ter um momento de reflexão e insight sobre a própria profissão e a
prática médica, integrar o saber científico com o saber humanístico, promover uma formação
integral e desenvolver um olhar mais humanizado acerca do processo saúde-doença. Muitos alunos
salientaram a carência das humanidades médicas no currículo acadêmico e evidenciaram a posição
subordinada que o tema tem em relação ao conteúdo científico entre os estudantes, professores e
profissionais médicos. Os entrevistados também relataram a importância do tema para o
aprimoramento da relação médico-paciente, já que permite desenvolver a empatia e a compaixão.
Conclusões: Integrar a formação científico a formação humana é um desafio. As humanidades
médicas permitem a imersão de conteúdo humanístico na formação do profissional médico,
respeitando a experiência de cada um e propiciando uma independência na preservação da
sensibilidade. Profissionais que tiveram a oportunidade de ter contato com as humanidades médicas
proporcionam um atendimento mais consciente e humanizado, beneficiando não somente a si
próprios, mas também os pacientes.
_________________

Cavalcante, Lígia Menezes; Leite, Álvaro Jorge Madeiro; Neves Filho, Almir de Castro; Sidrim, Pedro Randal Pompeu;
Silva, Luziane Santiago. Humanidades Médicas: para Quem e para Quê?. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10804

_________________
357
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Interação Entre Enfermeiro e Família do Recém- Nascido em


Terapia Intensiva: Humanização do Cuidado
_________________

Dias, Mariana Barbosa


Universidade Federal do Piauí — marianadias@hotmail.com
_________________

Introdução: a assistência prestada em unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) é


predominantemente guiada pela supervalorização da patologia e de procedimentos técnicos em
detrimento dos aspectos subjetivos que envolvem o bebê e sua família. Além da competência
técnica, o enfermeiro em UTIN deve possuir sensibilidade acurada para envolver o binômio
recém-nascido/ família em um cuidado holístico, onde suas necessidades são consideradas no
planejamento da assistência. Objetivo: Analisar a interação entre o Enfermeiro e a família do
RN em tratamento intensivo sob a ótica da Teoria de Paterson e Zderard; discutir a opinião do
Enfermeiro quanto à interação desse profissional com a família do RN em tratamento intensivo
e descrever como o cuidado integrado entre Enfermeiro e família do RN pode contribuir para o
tratamento intensivo. Metodologia: Pesquisa qualitativa, a coleta de dados foi realizada através
de uma entrevista semi-estruturada. Participaram desse estudo sete enfermeiras atuantes na
UTIN de uma Maternidade de referência.Para análise dos dados utilizou-se a análise de
conteúdo de Minayo. Resultados: a análise temática das unidades de sentido possibilitou a
emersão de três categorias: assistência de enfermagem ao recém- nascido em terapia intensiva;
a interação entre enfermeiro e família do RN em terapia intensiva; cuidado integrado entre
enfermeiro e família do RN em terapia intensiva. a maioria das enfermeiras verbalizou o interesse
numa relação mais próxima, mais completa com os pais, entretanto, a rígida rotina de trabalho
muitas vezes impossibilita essa interação.Conclusão: Conclui-se que a equipe de enfermagem
demonstrou a importância de cuidar além da doença, respeitando a criança como ser humano.
Desta forma, para que se alcance o cuidado dialógico proposto na Teoria Humanística de
Paterson e Zderad a família deve ser vista além da ótica dos cuidados com o bebê e suas
dificuldades de diferentes ordens devem ser assistenciadas para que assim a enfermagem possa
significar o cuidado humanizado.
_________________

Palavras-chave: humanização da assistência; criança hospitalizada; Enfermagem Neonatal.


_________________

Dias, Mariana Barbosa. Interação Entre Enfermeiro e Família do Recém- Nascido em Terapia Intensiva:
Humanização do Cuidado. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10806

_________________
359
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Ensino da Comunicação no Internato e Residência Médica: Relato de


Experiência em Serviço de Atenção Primária à Saúde
_________________

Bivanco-Lima, Danielle; Moura, Juliana de Carvalho; Kiso, Karina de Moraes; Sizilio, Alexandre;
Vannucchi, Ana Maria Cortez; Santos, Verena Castellani Vitos; Carneiro Junior, Nivaldo
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Sp — danielle.bivanco@gmail.com
_________________

Introdução: o ensino de competências de comunicação para alunos de graduação de medicina é


recomendada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina. nas
Diretrizes para o Ensino na Atenção Primária à Saúde na Graduação em Medicina discute-se a
necessidade de construir competências para realização da abordagem centrada na pessoa, de encontro
com os objetivos da Política Nacional de Humanização, que enfatiza a valorização das dimensões
subjetivas e sociais dos sujeitos no cuidado à saúde, com vistas ao seu empoderamento e autonomia.
Objetivos: Descrever a incorporação do ensino de competências de comunicação centradas no
paciente e as estratégias pedagógicas utilizadas, utilizando os conceitos da Medicina Centrada no
Paciente em estágio curricular do internato e da residência em clínica médica de instituição de ensino
no município de São Paulo, no contexto da Atenção Primária à Saúde. Métodos: a partir de 2012, a
partir de discussão entre participantes da disciplina de internato em Atenção Primária, foram
incorporadas quatro horas mensais de treinamento em Medicina Centrada no Paciente (MCP) no estágio
mensal dos estudantes do quinto ano da graduação médica. a partir do segundo semestre de 2013,
foram incorporadas oito horas mensais de treinamento em competências de comunicação no estágio
mensal de Atenção Primária dos residentes de clínica médica (do primeiro e segundo anos). Resultados
e discussão: a experiência do ensino das competências de comunicação centradas no paciente junto
aos internos inclui a utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem compostas por: a)
atividades de simulação de atendimentos com pacientes previamente estruturados e discussão da
experiência; b) uso de ficha de entrevista médica estruturada nos conceitos da MCP na assistência aos
usuários do serviço de Atenção Primária; c) discussão de casos individualmente com enfoque na
interação entre alunos e pacientes, utilizando a estratégia do preceptor-minuto. Os residentes participam
de discussões e do ambulatório de comunicação no qual são avaliados a partir de observação direta
das consultas individuais (após o consentimento dos pacientes). Os preceptores utilizam instrumentos
estruturados e validados (Calgary-Cambridge e o consenso de Kalamazoo) para a observação e para
as discussões problematizando a experiência, com devolutiva em grupo. Todos participantes avaliaram
a experiência de forma positiva, tanto pela oportunidade de avaliar um aspecto pouco discutido na
graduação e especialização, evidenciando a indissociabilidade da comunicação com os demais
aspectos do cuidado integral ao usuário. Conclusões: a incorporação do ensino de competências de
comunicação na graduação de medicina e na residência médica é central na humanização do cuidado
à saúde e pode ser incorporada a rotina de ensino e dos campos de estágios, através da capacitação
dos preceptores e da utilização de metodologias ativas.
_________________

Bivanco-Lima, Danielle; Moura, Juliana de Carvalho; Kiso, Karina de Moraes; Sizilio, Alexandre; Vannucchi, Ana Maria
Cortez; Santos, Verena Castellani Vitos; Carneiro Junior, Nivaldo. O Ensino da Comunicação no Internato e Residência
Médica: Relato de Experiência em Serviço de Atenção Primária À Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10807

_________________
360
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização e Acolhimento em Saúde Mental: Percepção dos


Usuários.
_________________

Cabral, Mariana Pompílio Gomes; Maia Neto, José Pereira; Costa, Juliana Pessoa; Jorge,
Maria Salete Bessa; Caminha, Emília C. Carvalho Rocha; Paula, Milena Lima de
Universidade Estadual do Ceará — mari.pompilio@gmail.com
_________________

Introdução: o acolhimento, visto como paradigma em saúde coletiva, deve ter início na recepção do
serviço e em todo o processo de tratamento, incluindo a relação dos trabalhadores com os usuários.
Deste modo, acolhimento implica no processo de responsabilização, na intervenção resolutiva e a
humanização do atendimento, através da escuta qualificada dos problemas de saúde dos usuários.
Sendo assim, humanizar na atenção à saúde é compreender cada pessoa em sua singularidade, tendo
necessidades específicas, levando em conta seus valores e vivências como únicos, evitando quaisquer
formas de discriminação negativa, de perda da autonomia, preservando a dignidade do ser humano. a
humanização no serviço de saúde possibilita uma transformação cultural da gestão e das práticas
desenvolvida nos estabelecimentos de saúde, assumindo uma postura ética entre os trabalhadores e
o respeito ao usuário. Todavia, na rede básica de saúde o modo de assistência da equipe nem sempre
favorece a integralidade, devido as várias dificuldades de tais equipes em desenvolver um trabalho
mais coeso, que privilegie uma atenção psicossocial, afastando-se do modelo biomédico e na
fragmentação dos saberes. Objetivo: Compreender e analisar a percepção dos usuários sobre
humanização no acolhimento em saúde mental. Metodologia: Trata-se de um estudo que faz parte de
uma pesquisa ampla denominada “Organização da rede regional de saúde e sua interface com a saúde
mental no estado do ceará: dimensão política, econômica, social, organizacional, tecnológica e
simbólica”, com financiamento do CNPq/MS. É uma pesquisa qualitativa realizada com trabalhadores
da ESF e do CAPS, bem como usuários em tratamento e seus familiares nos municípios de Fortaleza
e Eusébio. para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada e a análise dos dados seguiu
a orientação da Análise de Conteúdo. o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)
da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Resultados: na percepção dos usuários, o acolhimento
humanizado pode ser alcançado por meio de um atendimento acolhedor, mediante responsabilização
das equipes, com atitudes éticas e flexíveis. Considera-se que o serviço de saúde apresenta falta de
profissionais preparados para a realização do acolhimento. Outro aspecto destacado pelos usuários é
que o profissional de saúde não só compreenda exclusivamente a cura de doenças, mas também o
alívio ou minimização do sofrimento, promoção e manutenção da saúde. Conclusão: Ressalta-se, por
fim, que para garantir um atendimento humanizado é necessário uma equipe qualificada e capacitada,
uma quantidade suficiente de profissionais, estrutura física adequada e comprometimento com a
atenção integral da saúde dos cidadãos.
_________________

Cabral, Mariana Pompílio Gomes; Maia Neto, José Pereira; Costa, Juliana Pessoa; Jorge, Maria Salete Bessa; Caminha,
Emília C. Carvalho Rocha; Paula, Milena Lima de. Humanização e Acolhimento em Saúde Mental: Percepção dos
Usuários.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10805

_________________
358
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

“Roda de Histórias na Radioterapia”


_________________

Tonaki, Juliana Ono; Rodriguez, Lórgio Henrique Diaz; Cândido, Marcelo; Souza, Alcidio
Silva de; Pereira, Vânia
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo — julianatonaki@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a radioterapia é um dos tratamentos disponíveis para o câncer, com indicação a partir
de uma avaliação médica específica. o tratamento radioterápico é diário podendo ser de até 38 dias,
com intuito curativo ou paliativo. Freqüentemente surgem efeitos colaterais, que contribuem para
queda de funcionalidade e de qualidade de vida do paciente. Embora a aplicação da radiação seja
breve, o tempo de espera muitas vezes pode ser longo. a idéia de implantação da “Roda de
Histórias” surgiu a partir da experiência de “Contação de Histórias”, uma parceria entre setores de
Hospitalidade e Psicologia, voltados ao atendimento individual de pacientes em unidade de
internação. por meio da percepção de benefícios no processo terapêutico dos pacientes
contemplados com esta ação, iniciou-se o processo de elaboração de um programa voltado aos
usuários do ambulatório de radioterapia. Este trabalho teve início no primeiro semestre de 2011
sendo realizado no setor de radioterapia em um Hospital oncológico e de alta complexidade. Nesta
atividade, participam 2 concierges (hospitalidade) e uma psicóloga. Objetivo: o trabalho utiliza a
música e a contação de histórias como sensibilizadores para estimular a expressão de emoções e
sentimentos com intuito de promover melhor adaptação à fase do tratamento oncológico e possível
elaboração do momento vivenciado. Metodologia: As atividades foram realizadas na recepção,
livre da intensidade do fluxo, permitindo uma maior privacidade aos participantes. para o estudo
piloto, participaram 223 pessoas selecionadas aleatoriamente por meio de convite individual. Os
grupos foram constituídos de no máximo 12 participantes, com duração aproximada de 40 minutos,
porém aberto à livre circulação uma vez que respeita a prioridade do procedimento a ser realizado.
no início do grupo, foram preenchidos formulários com dados de identificação e no final da vivência,
a equipe articuladora distribui formulário de pesquisa de satisfação sem obrigatoriedade de
preenchimento. Resultado: Obtivemos 82% de respondentes da pesquisa de satisfação sendo que
18% precisaram se ausentar antes do término da vivência. o grau de satisfação referido foi de 78%,
19% consideraram a proposta boa, e 2% regular e 1% se isentou de opinar. Os principais
sentimentos mencionados foram: paz, acolhimento, amor e esperança. Os usuários demonstraram
gostar da oportunidade de participar da roda para partilhar, ouvir e serem ouvidos, fazer amizades
e ter esse acolhimento da equipe interdisciplinar. com estes dados, foi-se instituído a atividade como
uma ação rotineira no ambulatório. Conclusão: Considerou-se que esta ação criou um canal de
comunicação informal e direto entre os usuários e os colaboradores. a música e a história
contribuíram para a sensibilização e expressão de sentimentos, com possibilidade de reflexão sobre
os mesmos, podendo auxiliar nas relações estabelecidas entre o indivíduo e o mundo que o cerca,
criando um elo humanizado entre instituição e usuários.
_________________

Tonaki, Juliana Ono; Rodriguez, Lórgio Henrique Diaz; Cândido, Marcelo; Souza, Alcidio Silva de; Pereira, Vânia. “Roda
de Histórias na Radioterapia”. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10798

_________________
353
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Como Medir o Valor da Relação Médico-Paciente? Experiência


com um Instrumento de Medida da Percepção de Pacientes do
Comportamento Comunicativo do Médico
_________________

Valle, Estevao Alves; Assunção, Fernando Cézar Menezes; Camargo Neto, Geraldo
Barcellos
+ 60 Saúde — ESTEVAO@MAIS60SAUDE.COM.BR
_________________

Introdução: Problemas relacionados à comunicação médico-paciente são comuns,


mesmo em países onde a qualidade dos serviços médicos é supostamente superior à do
Brasil. a comportamento comunicativo durante o atendimento médico tem sido relacionado
com diversos desfechos em saúde, positivos e negativos. Aprimorar o processo
comunicativo, através da percepção dos pacientes, proporciona amplas possibilidades de
mudanças e inovações, no ensino e na prática assistencial. Objetivos: Apresentar
resultados da aplicação do Questionário do Comportamento Comunicativo do Médico
(QCCM), escala validada no Brasil, componente do Projeto de Humanização do
Atendimento ao Idoso Portador de Doença Renal, em Betim, Minas Gerais. Método: Estudo
transversal em amostra de 55 indivíduos, com 60 ou mais anos de idade. o questionário foi
aplicado em janeiro de 2014, imediatamente após as consultas, por profissional não
vinculado ao atendimento. As percepções dos pacientes sobre o comportamento
comunicativo dos médicos foi avaliada segundo as médias das respostas para cada
dimensão do questionário. Resultados: Os indivíduos parecem conceber, primeiramente,
que os médicos são compreensíveis e amigáveis. em segundo lugar, demonstram apoio
não-verbal. Quanto à escala “Encorajamento e elogio”, ela apresenta como média a
resposta “frequentemente” (M =3,88) e, na escala “Controle”, a resposta “às vezes” (M
=3,46). Conclusões: Os entrevistados no estudo parecem dizer: “na relação com esses
médicos, percebemos que são compreensíveis e amigáveis e demonstram apoio não-
verbal por meio de seus comportamentos. Eles também nos encorajam com certa
frequência a nos expressarmos durante o processo de tratamento, mas somente às vezes
abrem mão do controle exercido na construção das opções terapêuticas”. Através do
QCCM, será possível utilizá-la como um parâmetro objetivo da eficácia comunicativa do
médico em relação aos desfechos de saúde. Permite também a auto-avaliação do médico
e entender pontos de melhoria na humanização dos atendimentos.
_________________

Valle, Estevao Alves; Assunção, Fernando Cézar Menezes; Camargo Neto, Geraldo Barcellos. Como Medir o
Valor da Relação Médico-Paciente? Experiência com um Instrumento de Medida da Percepção de Pacientes
do Comportamento Comunicativo do Médico. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10800

_________________
354
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Avaliação de Aspectos Socio-Afetivos de Idosos


Institucionalizados a Partir de Oficinas de Bem Estar
_________________

Barros, Lívia Moreira; Gomes, Caliny da Silva; Araújo, Thiago Moura de


Universidade Federal do Ceará — livia.moreirab@hotmail.com
_________________

Introdução: o processo de envelhecimento é uma fase que irá transparecer necessidades


aumentadas de cuidado para a manutenção ou obtenção da saúde do sujeito. a precisão
destes cuidados poderá ser imprescindível para dar o suporte emocional, físico e
psicológico necessário ao idoso. Objetivos: foi objetivo do estudo analisar as relações
afetivas de idosos institucionalizados com seus familiares como influência para sua
qualidade de vida. a pesquisa foi realizada com 14 idosos institucionalizados de ambos os
sexos do município de Imperatriz-MA, utilizando como técnica o grupo focal, no qual foram
realizadas duas oficinas tendo como título “Retrato da minha família e Programa Legal”. As
falas dos idosos foram gravadas e transcritas com codinomes de pássaros. o estudo teve
aprovação do comitê de ética com nº do parecer 082/12 da Universidade Federal do
Maranhão. Resultados: a maioria dos sujeitos possuíam idade entre 69 e 81 anos, sendo
seis do sexo feminino e oito do sexo masculino, tendo o tempo de internação entre 3 e 14
anos, dos quais grande parte faz uso de medicamentos. Os resultados, a partir das falas,
mostraram sentimentos de ansiedade, depressão, desesperança, solidão e abandono nos
idosos, no qual esses fatores refletem na sua qualidade de vida. Durante esta oficina pôde-
se observar através da fala e da expressão facial que os idosos não estavam plenamente
satisfeitos com sua atual condição, principalmente quando se referem à família. a omissão
da família para com o idoso, contribuí significativamente para o afastamento familiar e foi
percebida nas falas. Durante a oficina observou-se que os idosos, sentiam a falta da vida
profissional e social, pois a instituição não oferece atividades laborativas, deixando os
idosos com muito tempo ocioso, prejudicando o envelhecimento sadio. Conclusão: Os
idosos que participaram do presente estudo apresentam um bom relacionamento com os
cuidadores e sentem necessidade de atividades de autocuidado com a uma maior
interação com familiares. Assim, o asilamento influencia consideravelmente na saúde desta
população, principalmente pela condição de abandono e afastamento familiar.
_________________

Barros, Lívia Moreira; Gomes, Caliny da Silva; Araújo, Thiago Moura de. Avaliação de Aspectos Socio-
Afetivos de Idosos Institucionalizados a Partir de Oficinas de Bem Estar. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10802

_________________
355
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Permanecer Sus: Contribuindo para a Humanização nos


Serviços de Saúde
_________________

Torreão, Priscila Alves; Barros, Talia Karen Santos; Teles, Priscyla Santana
Ferreira; Martins, Gabriela Flores; Figueredo, Wilton N.; Veras, Renata Meira
Universidade Federal da Bahia — pry-alves@hotmail.com
_________________

Introdução: o Permanecer SUS consiste em um programa de ensino-aprendizagem


proposto pela SESAB cujo objetivo é melhorar o atendimento nas emergências dos
hospitais públicos de Salvador através da humanização proposta pela Política Nacional de
Humanização (PNH). o programa permite que os estudantes de saúde realizem atividades
de acolhimento nas unidades de emergências, maternidades e centros de referências do
SUS na cidade de Salvador através de um estágio não obrigatório, tendo como foco
principal desenvolver a prática do acolhimento nas unidades, constituindo-se como uma
atividade de extensão. Objetivos: o presente trabalho tem como objetivo analisar como o
programa Permanecer SUS vem contribuindo para a humanização do atendimento nos
serviços de emergências, maternidades e centros de referências que integram o sistema
único de saúde na cidade de Salvador/BA. Métodos: Análise com abordagem qualitativa
e caráter descritivo com obtenção de dados através de entrevistas semiestruturadas
realizadas com um grupo focal de estudantes de saúde que participaram do programa
permanecer SUS. Resultados: Pode-se perceber através da analise de entrevistas feitas
com estudantes participantes do programa, usuários e profissionais de saúde, que o
programa promove através do acolhimento utilizando-se da escuta qualificada, um
atendimento mais humanizado aos usuários que procuram esses serviços de saúde.
Conclusão: Conclui-se que o programa permanecer SUS pode ser entendido como uma
ferramenta de humanização nos serviços de saúde, tanto pelo modo de acolher os
usuários, como a transmissão dessas práticas para os profissionais dessas unidades,
promovendo assim um atendimento mais humanizado em toda a unidade e não apenas na
porta de entrada do serviço de saúde.
_________________

Torreão, Priscila Alves; Barros, Talia Karen Santos; Teles, Priscyla Santana Ferreira; Martins, Gabriela
Flores; Figueredo, Wilton N.; Veras, Renata Meira. Permanecer Sus: Contribuindo para a Humanização nos
Serviços de Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10803

_________________
356
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Implantação da Mini Rede em Incubadora: Relato de Caso


_________________

Nisivoccia, Patricia; Bova, Rosangela


Hospital Geral de Pedreira — patricia.silva@pedreira.org.br
_________________

Introdução: Cuidado humanizado e seguro é a filosofia da assistência em um hospital


público da zona sul de São Paulo com número médio de 270 partos por mês, referência
em gestação de alto risco e com elevado número de nascimento de prematuro. o
desenvolvimento do recém nascido de alto risco fora da vida uterina se inicia em geral
dentro de uma unidade de terapia intensiva. para isso é importante a utilização de métodos
de humanização como a mini rede, que tem a característica de minimizar o impacto do
nascimento prematuro e reproduzir características do ambiente uterino, aquecendo o
recém-nascido poupando energia para ganho de peso, diminuir o stress e melhorar os
parâmetros vitais para auxilio na estabilidade clinica e alta precoce. a técnica consiste na
confecção em tecido macio, com temas infantis de uma rede semelhante a do adulto, onde
permanece fixa na incubadora onde o recém-nascido é acomodado mesmo sob ventilação
mecânica, onde o critério de inclusão no protocolo é a estabilidade clinica. Objetivos:
Relatar experiência exitosa na implantação da mini rede na incubadora relacionada à
melhora clinica do recém nascido. Métodos: Esse estudo consistiu em um relato de
experiência da implantação da mini rede na incubadora na unidade de terapia intensiva
neonatal. Resultados: o estudo objetivou avaliar os efeitos da implantação do novo
protocolo de mini rede, minimizando o impacto do nascimento prematuro, redução da dor,
melhora no padrão de sono, redução do stress evidenciado com a expressão facial
relaxada, ofertando uma assistência humanizada. Conclusões: Analisando
retrospectivamente a escala de NIPS e os parâmetros vitais antes e após a implantação
da mini rede em incubadora, verificamos que com o novo protocolo a escala de dor e
parâmetros vitais apresentou acentuada melhora nos seus valores, evidenciando ausência
de dor e respectivamente satisfação dos pais ao observarem a expressão fácil de
tranquilidade e bem estar. Assim podemos dizer que o protocolo implantado auxiliou no
ganho ponderal, pois fornece o calor necessário e limites para seu desenvolvimento.
_________________

Nisivoccia, Patricia; Bova, Rosangela. Implantação da Mini Rede em Incubadora: Relato de Caso. In: Anais
do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10797

_________________
352
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Recrutas da Alegria: Experiência em Humanização e


Promoção de Saúde
_________________

Moraes, Ana Caroline Gomes; Souza, Jean Paulo Veronese de; Uhtra, Jardélli
Pires; Morrudo, Eduarda de Quadros; Susin, Lulie Rosane Odeh; Cost, Marilice
Magroski Gomes da
Universidade Federal do Rio Grande — aninhagmed@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO o Programa de extensão Recrutas da Alegria (RA) foi criado em 2011 por
estudantes do curso de Medicina começou como um projeto para a semana da acolhida
dos calouros do curso de Medicina, com uma intervenção pontual de estudantes no
Hospital Universitário (HU) e, desde então, evoluiu para um programa que desenvolve um
trabalho contínuo de atuação dividido principalmente em dois eixos: RA em Formação e
RA em ação. no eixo RA em Formação são realizadas oficinas quinzenais de formação e
reflexão dos extensionistas que visam o amparo da prática no hospital e surgem da
compreensão das dificuldades que esta atividade impõe. Já o RA em ação compreende
atividades semanais realizadas todos os sábados durante o período letivo e nas datas
comemorativas no HU. Nessas atividades os extensionistas caracterizam-se como clowns
e realizam atividades lúdicas, proporcionando amparo e alívio das ansiedades geradas nos
pacientes pelo ambiente hospitalar. OBJETIVOS o Programa Recrutas da Alegria visa a
promoção da saúde física e mental das pacientes internados no Pronto Atendimento, leitos
da Enfermaria Pediátrica do Hospital Universitário e de outro hospital na mesma cidade
além das crianças abrigadas em orfanatos, e idosos que vivem no Asilo do município, ao
mesmo tempo em que busca formação de profissionais mais humanos e capazes de refletir
criticamente sobre o meio em que estão inseridos, preparados para lidar não só de forma
técnica, mas também de forma acolhedora, abrangendo o ser humano de forma integral. o
programa trabalha a interdisciplinaridade entre musicistas, médicos, enfermeiros,
psicólogos e artistas circenses, contribuindo dessa forma para a formação de profissionais
comunicativos e capacitados para trabalhar em equipe. MÉTODOS Atualmente o
Programa desenvolve visitas semanais ao HU e algumas intervenções pontuais em outros
locais como na enfermaria pediátrica do outro hospital na mesma cidade, em orfanatos, e
no Asilo do município, além de oficinas de preparação e encontros quinzenais com a
participação de acadêmicos dos cursos de Medicina e Enfermagem. As intervenções
semanais são realizadas por um grupo com aproximadamente sete alunos caracterizados
como clowns, sendo que dentre estes estão um coordenador do programa, um relator e
um músico. Durante as intervenções são realizadas atividades lúdicas e musicais. Após
cada intervenção é feita uma relatoria que pretende avaliar as dificuldades e demandas do
grupo. Os coordenadores e relatores se reúnem semanalmente para avaliar o projeto e
desenvolver atividades que serão realizadas nas oficinas quinzenais com todos os
participantes do grupo. Há também reuniões da coordenadoria com os psicólogos que
apoiam o projeto visando debater as necessidades e desafios encontrados durante as
intervenções e oficinas. RESULTADOS e DISCUSSÃO a interação entre o aluno de
medicina e enfermagem com a pessoa hospitalizada contém uma rigidez disciplinar que
exige que o estudante adote uma postura cordial, mas direta e direcionada às queixas dos
pacientes, que resulta numa despersonalização do mesmo. a figura do clown promove uma
quebra desse paradigma. na arte clownesca, da renovação cômica do conhecimento, sem

_________________
346
limites, atravessando o outro lado do espelho, a outra margem do rio, virando o outro lado
da moeda, encontrando o coração forte daqueles que dedicam suas vidas a criar
personagens cômicos, que, desde os primórdios, têm como objetivo inverter a ordem pré-
estabelecida, construindo uma “capacidade de parodiar” e de rir de situações humanas
(WUO, 2009). Assim, através do clown os estudantes de medicina e enfermagem,
percebem a realidade da pessoa hospitalizada com outro ponto de vista que considera as
dimensões sociais e subjetivas do paciente. o seguinte relato exemplifica a contribuição do
programa na relação entre o aluno e o paciente: “com o recrutas conseguimos chegar mais
“perto” dos pacientes, conhecê-los e ajuda-los em todos os sábados que o recrutas se faz
presente nas intervenções. Cada sábado que passa conseguimos nos “soltar” mais, nos
dedicar mais(...)”.O próximo relato também aborda a essa relação: “A principal mudança
do RA é saber olhar nos olhos do paciente, mais do que o toque (o qual também considero
essencial) o olhar conforta de uma maneira indescritível”. Outro relato mostra a mudança
na percepção do estudante sobre a realidade do paciente: “O RA permitiu ampliar minha
visão sobre o doente e a compreensão de que o sofrimento físico acompanha o sofrimento
mental intenso, necessitando esse último de auxílio e compreensão, por mais sutil que
sejam”. Além disso, o programa aborda durante suas oficinas quinzenais a experiência com
a doença e as fases do luto, o próximo relato trata desse assunto: “(...) conseguimos
enxergar como o paciente encara sua doença, e de que maneira isso afeta sua vida, e
dessa forma, nós profissionais da saúde, conseguimos entender de que maneira agir em
determinadas situações, como por exemplo, quando um paciente não é receptivo conosco,
ou de difícil adesão a um tratamento, fato que pode refletir um problema pessoal. Isso com
certeza acrescenta muito na nossa formação profissional e pessoal”. o programa contribui
para a formação do profissional de saúde humanista e preparado para trabalhar com outros
profissionais buscando o bem estar do paciente e isso se evidencia na reflexão do
extensionista: “Acredito que o Recrutas é uma oportunidade de se valorizar o trabalho dos
diversos trabalhadores da área da saúde e permite a observação dos pacientes e do
contexto da internação de forma mais completa, que não apenas as manifestações da
doença que os acometem”. Outro relato também aborda esse aspecto do programa: “O RA
aproxima áreas que tinham que andar juntas como, medicina, enfermagem e psicologia,
juntando as nossas sabedorias conseguimos lidar bem melhor com as situações, tanto
cotidianas quanto nas intervenções que os recrutas da alegria realizam. e no caso das
artes cênicas, que é essencial nas intervenções, acaba acrescentando conhecimento e
habilidades para a nossa vida como um todo”. CONCLUSÕES o programa Recrutas da
Alegria segue os objetivos preconizados pelo Programa Nacional de Extensão
Universitária, contribuindo na formação de um profissional de saúde humanista, que saiba
refletir sobre o contexto social em que está inserido e que saiba se comunicar e trabalhar
em equipe. Além disso, o aluno que participa do projeto tem a oportunidade de aprofundar
seus conhecimentos sobre as dimensões sociais e subjetivas da pessoa hospitalizada, e
dessa forma fortalecer o vínculo com o paciente.
_________________

Moraes, Ana Caroline Gomes; Souza, Jean Paulo Veronese de; Uhtra, Jardélli Pires; Morrudo, Eduarda de
Quadros; Susin, Lulie Rosane Odeh; Cost, Marilice Magroski Gomes da. Recrutas da Alegria: Experiência em
Humanização e Promoção de Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10790

_________________
347
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Integralidade e Humanização em Contextos Educativos: a


Experiência do Curso de Graduação em Saúde Coletiva para a
Promoção da Saúde nas Escolas
_________________

Parreira, Clélia Maria de Sousa Ferreira; Escalda, Patrícia Maria Fonseca; Rodovalho,
Giovanna Brunelli
Universidade de Brasília - Faculdade de Ceilândia — cleliaparreira@unb.br
_________________

Introdução: Existem diversas questões que afetam fortemente a saúde de crianças em idade escolar
e que estão relacionadas à intensificação da violência, da exclusão, da marginalização, da intolerância
e da discriminação – quer seja por razões étnicas, religiosas ou de gênero – sobretudo quando
direcionadas a grupos vulneráveis. Fomentar a cultura de paz e práticas solidárias em ambientes
escolares passa a ser, então, uma ação efetiva de promoção da saúde que traz contribuições para a
garantia dos direitos humanos e para a humanização nas relações interpessoais. Fomentar o exercício
da tolerância e a prática do diálogo em contextos e ambientes formativos não é uma responsabilidade
exclusiva do setor educacional. a inserção dessa temática na formação de novos profissionais de saúde
tem sido buscada cada vez mais nas instituições de ensino superior por ser considerada uma forma
estratégica de tratar aspectos relacionados ao princípio da integralidade em saúde e à humanização
do cuidado, e que tem se mostrado capaz de ampliar o olhar de estudantes de graduação sobre
condicionantes e determinantes sociais da saúde de grande expressão em tempos atuais,
especialmente aqueles relacionados ao fenômeno da violência e suas implicações para o
comprometimento do bem-estar e da qualidade de vida de crianças e adolescentes. Objetivos: Levar
estudantes de graduação da área de saúde a se apropriarem do conceito de integralidade e de
humanização em saúde por meio do desenvolvimento de propostas de ação educativa direcionadas a
estudantes de escolas públicas – urbanas e rurais - integrantes do Programa Saúde na Escola. a
experiência pretende possibilitar o desvelamento das realidades e das condições de vida dos escolares,
sobretudo no que diz respeito à interface entre violência e saúde e às possibilidades de problematizar
e discutir, no contexto da formação acadêmica, as transformações necessárias ao alcance da
humanização do cuidado e da atenção à saúde. Métodos: a experiência tem sido desenvolvida
semestralmente, desde 2011, no âmbito de uma disciplina obrigatória do curso de graduação em saúde
coletiva cuja natureza, predominantemente prática, tem favorecido a construção de uma abordagem
problematizadora e o uso de métodos ativos de ensino-aprendizagem. Os graduandos se tornam
responsáveis pelo desenvolvimento de conteúdos e proposição de dinâmicas mais apropriadas aos
perfis dos escolares. Resultados: Os resultados têm sido referidos pelos estudantes e pela própria
coordenação do Programa Saúde na Escola (PSE) local como uma ação potente para apropriação dos
conceitos de integralidade e humanização em saúde e para o fortalecimento da parceria entre a
universidade e as redes de ensino e de saúde. Conclusões: a experiência tem possibilitado aos
estudantes de graduação uma compreensão acerca da complexidade da saúde e da singularidade do
cuidado em saúde, e se constituído um mecanismo de avaliação das ações de educação em saúde
realizadas no contexto escolar.
_________________

Parreira, Clélia Maria de Sousa Ferreira; Escalda, Patrícia Maria Fonseca; Rodovalho, Giovanna Brunelli.
Integralidade e Humanização em Contextos Educativos: a Experiência do Curso de Graduação em Saúde
Coletiva para a Promoção da Saúde nas Escolas. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10795

_________________
350
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Lúdico como Ferramenta para o Cuidado Humanizado com


Pacientes Oncológicos Pediátricos Hospitalizados
_________________

Andrade, Maisa Alves; Fontes, Mírzia Lisboa; Araujo, Jamilly Santos; Almeida, Thaynara
Fontes; Oliveira, Patricia Gois de; Kameo, Simone Yuriko
Universidade Federal de Sergipe — maisinhaalves@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: o diagnóstico do câncer é visto como uma doença incurável, que está ligada
diretamente à morte, despertando assim sentimentos de medo, angústia e insegurança. Associada
às dificuldades que a própria doença traz, as condições de hospitalização podem afetar a totalidade
da criança de forma que o seu desenvolvimento físico, emocional e intelectual fiquem
comprometidos. Percebe-se que muitas dessas crianças misturam realidade e fantasia durante a
hospitalização e é aí que se identifica a importância da humanização do profissional de saúde,
tornando-se um educador e utilizando recursos lúdicos para esclarecimento dos procedimentos.
OBJETIVOS: Conhecer de que forma as atividades lúdicas contribuem para o cuidado humanizado
às crianças hospitalizadas, através de revisão da literatura. MÉTODOS: Trata-se de um estudo do
tipo revisão de literatura. a busca foi realizada por meio da consulta dos periódicos disponíveis nos
principais banco de dados. Foram selecionados os artigos que, em seus títulos, mencionassem a
palavra “lúdico”, “brinquedoteca” ou “brincar em oncologia”. Os artigos obtidos foram submetidos a
releituras, com a finalidade de realizar uma análise interpretativa direcionada pelo objetivo
estabelecido previamente e, assim, os conteúdos encontrados foram agrupados em seus aspectos
históricos e conceituais. RESULTADOS: Os estudos mostram que através de jogos e brincadeiras
a criança vai desenvolvendo o senso de responsabilidade, hábito de participar, observar, fazer,
criar, relatar, imaginar e ir à busca de algo, pois o brincar é uma das atividades fundamentais para
o desenvolvimento da identidade e autonomia da criança. o lúdico oferece oportunidades para a
criança desenvolver habilidades, construir conhecimentos e socialização. no hospital a
brinquedoteca contribui para quebra das características deste ambiente, voltado para diagnosticar
e intervir no combate à doença. Nela a criança não se percebe como o doente a ser tratado, mas
sim inserida em um ambiente alegre e descontraído, onde ela pode e até deve “fazer de conta” que
é, sente ou tem que gostaria de ser, sentir ou ter no momento. CONCLUSÃO: Observou-se que o
impacto causado pela brinquedoteca nos serviços pediátricos são favoráveis, inclusive quanto ao
tempo de permanência, fazendo-os reagir melhor ao tratamento instituído, ajudando a amenizar
traumas que podem surgir com a internação e aliviam consideravelmente a saudade de casa e da
escola. para a criança hospitalizada, a brinquedoteca desenvolve o papel de terapia lúdica e permite
aumentar as chances de sobrevida com qualidade. a sala de recreação também permite aos
profissionais de saúde a qualificação em humanização, quanto à forma de cuidar. Os resultados
evidenciam o valor do lúdico enquanto estratégia redutora de danos com desenvolvimento das
potencialidades e solidificação das relações sociais além de fomentar o cuidado humanizado dentro
das instituições hospitalares.
_________________

Andrade, Maisa Alves; Fontes, Mírzia Lisboa; Araujo, Jamilly Santos; Almeida, Thaynara Fontes; Oliveira, Patricia Gois
de; Kameo, Simone Yuriko. O Lúdico como Ferramenta para o Cuidado Humanizado com Pacientes Oncológicos
Pediátricos Hospitalizados. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10796

_________________
351
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Oficina Terapêutica de Criatividade em Unidade de Internação –


uma Experiência em Hospital Oncológico
_________________

Pinto, Stela Duarte; Simões, Mariana Meloni Mathias; Britto, Mariana G. Dafonseca de
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo — stela.duarte@icesp.org.br
_________________

Introdução: a Oficina Terapêutica de Criatividade em hospital oncológico visa promover a


possibilidade de expressão e elaboração de sentimentos e emoções suscitados pelo processo de
adoecimento, por meio de recursos artísticos diversos, buscando acessar e trabalhar conteúdos
psíquicos. Pode ser considerada uma ação humanizada, à medida que propicia um espaço aberto
à reflexão e estimula o paciente a ser um agente transformador frente ao seu processo de
enfermidade; além de ser um grupo de suporte e apoio, com cunho terapêutico, pois proporciona a
oportunidade de partilhar experiências, à medida que é composta por pessoas vivendo situações
semelhantes. Pode ser excelente recurso terapêutico coadjuvante para lidar com pessoas que
vivem situações de crise, promover coesão e apoio, elevar a autoestima e autoconfiança dos
pacientes. Objetivo: Fortalecer rede de apoio, visando à diminuição do impacto da hospitalização
e tratamento, na busca de promoção de qualidade de vida; permitir a reflexão sobre si mesmo, para
uma possível reorganização interna e reconstrução da realidade; auxiliar na diminuição do impacto
das repercussões e mudanças advindas do adoecimento e tratamento, por meio do fortalecimento
de recursos de enfrentamento. Método: São utilizadas atividades semi dirigidas, tendo como foco
fortalecer os recursos de enfrentamento frente à vivência do adoecer e hospitalização. como
recursos artísticos, são disponibilizados materiais áudio visuais e gráficos. Esta atividade é realizada
semanalmente, em unidades de internação, de um hospital oncológico público, sob a coordenação
de um psicólogo. É possível que 10 pacientes participem do grupo, após serem avaliados e
liberados pela equipe de enfermagem; o grupo tem duração de uma hora. É aplicada a escala visual
analógica (EVA), antes e depois da atividade, com a finalidade de avaliar o bem estar do paciente
quanto à efetividade da proposta. Resultados: a Oficina Terapêutica de Criatividade iniciou-se em
abril de 2013, e, desde então, atendeu a 49 pacientes. Destes, 48 sentiram-se satisfeitos e ajudados
após o grupo, diminuindo seu grau de desconforto emocional. Apenas um participante referiu que
seu desconforto emocional era zero (0) no início e no fim do grupo, portanto, a oficina não modificou
seu bem estar. Quatorze pacientes relataram que a Oficina Terapêutica de Criatividade ajudou
através da possibilidade de serem ouvidos e de ouvir a experiência do outro. Conclusão: Pode-se
considerar que esta atividade com recursos artísticos propicia um aumento da sensação de bem
estar, favorecendo a troca de experiências entre os pacientes e a expressão de sentimentos
relacionados ao adoecer. Desta forma tem sido importante a prática desta atividade, contribuindo
para um trabalho mais humanizado, no qual o paciente é percebido e respeitado em sua totalidade.
_________________

Pinto, Stela Duarte; Simões, Mariana Meloni Mathias; Britto, Mariana G. Dafonseca de. Oficina Terapêutica de
Criatividade em Unidade de Internação – uma Experiência em Hospital Oncológico. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10793

_________________
348
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo Saúde em um Caps III: Discussão Sobre Hiv e Aids.


Relato de Experiência
_________________

Oliveira, Aline Santos de; Monteiro, Rosana Juliet Silva; Gaião, Bárbara Katiene Magno;
Santos, Débora Danielle Andrade; Barros, Romina Mª Guimaraes de
Universidade Federal de Pernambuco — alinesantoso@hotmail.com
_________________

Introdução: o CAPS III transtorno mental é um serviço especializado no tratamento de pessoas


com transtornos mentais severos e persistentes, e busca trabalhar com a Equipe de Saúde da
Família local, com uma característica humanizada e qualificada. Conta com uma equipe
multiprofissional e oferece atividades como: acolhimento; atendimento individual; grupos diversos;
atenção domiciliar; tratamento medicamentoso, etc. Dentre essas o grupo tem um potencial
terapêutico, e objetiva possibilitar a expressão e gratificação de ansiedade. Enquanto espaço, ele
facilita o aprendizado e as mudanças de comportamento e enquanto caixa de ressonância pode
funcionar ampliando as possibilidades de intervenção. Portanto os profissionais do CAPS na
realização dos grupos mostram os diferentes olhares e saberes e a prática da interdisciplinaridade
são aspectos fundamentais que propiciam o enriquecimento terapêutico do grupo. Objetivo: relatar
uma experiência vivenciada em um campo de estágio, na saúde mental, através de um grupo e
discutir a importância desse na área de saúde. Metodologia: Foi realizado um relato de experiência
de um grupo com a proposta de educação em saúde realizado em um CAPS III transtorno mental,
de Recife, com seus usuários, no dia 21 de Janeiro de 2014, com duração de aproximadamente 2
horas. Resultados: o grupo saúde tinha como tema HIV e AIDS, sugerido pelos usuários, a
coordenação foi de duas estagiárias de Terapia Ocupacional, supervisionadas por uma Terapeuta
Ocupacional e uma Enfermeira. o grupo foi mediado por uma atividade e os usuários respondiam
sim ou não após uma afirmação sobre o tema. Todas as afirmações incitaram o envolvimento dos
participantes que trouxeram experiências vivenciadas, trocaram saberes e discutiram o tema de
forma reflexiva. Se teve o cuidado de ser discutido a partir do que eles conheciam da patologia,
dando espaço ao conhecimento popular e ao saber intrínseco. Os esclarecimentos eram realizados
de acordo com a especialidade de cada profissional, sendo tirada duvidas sobre prevenção,
tratamento, definição da doença, etc. Assim como foi instigada a possibilidade dos usuários serem
multiplicadores das informações discutidas e também sobre a quebra dos preconceitos sobre o
tema. Apesar de algumas dificuldades como o espaço não acomodar adequadamente, ser um grupo
aberto, o grupo mostrou-se satisfeito e interessado e solicitou mais do mesmo tipo com outros temas
que sugeriram. Conclusão: Portanto se percebe a importância de um grupo dentro de um serviço
de saúde, que tenha a capacidade de promover a autoexpressão; possibilitar capacidade de
escolha; trabalhar a capacidade de tolerância; fornecer informações sobre doença; utilizando-se de
experiências compartilhadas. Assim como se observa a importância da interdisciplinaridade e
humanização dos profissionais, pois cada profissional trás o seu ponto de vista, o seu
conhecimento, a sua particularidade para o grupo, oferecendo diversos saberes aos indivíduos.
_________________

Oliveira, Aline Santos de; Monteiro, Rosana Juliet Silva; Gaião, Bárbara Katiene Magno; Santos, Débora Danielle
Andrade; Barros, Romina Mª Guimaraes de. Grupo Saúde em um Caps Iii: Discussão Sobre Hiv e Aids. um Relato de
Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10794

_________________
349
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atuação Interdisciplinar no Preparo do Paciente para a


Cirurgia Oncológica
_________________

Rangel, Priscila de Souza; Santos, Daniela Vivas dos; Baia, Wania Regina Mollo;
Andrade, Paulo Antonio da Silva; Silva, Rafael Thimótheo da
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Icesp — priscila.souza@icesp.org.br
_________________

Introdução: o Ministério da Saúde, em 2000, regulamentou o Programa Nacional de


Humanização, que teve como objetivo o aprimoramento das relações entre
hospital/comunidade, visando melhorar a qualidade e a eficácia dos serviços de saúde e
promover uma cultura humanizada de atendimento. em relação ao tratamento oncológico
a humanização é parte integrante do cuidado, pois o diagnóstico traz consigo, incertezas,
medos, angústia e sofrimento, sendo a cirurgia ainda a principal opção terapêutica com
finalidade curativa em pacientes portadores de tumores sólidos e em alguns tratamentos
paliativos, podendo decorrer em mutilações com alto impacto na qualidade de vida do
paciente. Assim, o paciente precisa estar bem preparado para o tratamento, evitando a
suspensão da cirurgia por comorbidades descompensadas (desnutrição, HAS ou DM) ou
ainda ausência de recursos sociais para continuar com as etapas do tratamento em âmbito
domiciliar. Visando atender e preparar o paciente com indicação cirúrgica adotamos em
nosso serviço o modelo de atendimento psicoeducativo em grupo. Objetivos: Acolher o
paciente; oferecer informações específicas sobre a cirurgia indicada; identificar riscos
biopsicossociais que possam comprometer a adesão e o tratamento. Se necessário é
realizado atendimento individual específico. Materiais e Métodos: o atendimento é
organizado em grupos de pacientes com procedimentos cirúrgicos semelhantes:
Mastologia, gastroenterologia, urologia; cabeça e pescoço e ginecologia. a atividade
contempla informações referentes aos cuidados pré e pós-cirurgia, apresentação de vídeo
contendo informações básicas do período pré e trans-operatório. É aplicado questionário
de avaliação de risco nutricional e social (ausência de cuidador e/ou rede de apoio para
reabilitação no domicilio), enfermagem (duvidas, uso de marcapasso, anticoagulantes,
diálise e cuidados no domicilio). a equipe é composta por enfermeiro, psicólogo,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista e assistente social e tal composição pode variar
de acordo com as características de cada grupo, sendo obrigatória a presença do
enfermeiro e psicólogo. ao término do grupo é analisado o instrumento aplicado ao paciente
e avalia-se a indicação de abordagem individual, caso não haja, o paciente é considerado
apto para a cirurgia. Se identificado alguma necessidade específica o paciente é avaliado
individualmente. Resultados: em 2013 a adesão aos grupos foi de 86%; adesão a cirurgia:
98% (enquanto a adesão dos pacientes que não participaram do projeto foi de 89%)
Intervenções individuais 8% do total. Considerações finais: Os resultados do projeto
mostram que o grupo psicoeducativo pré-cirúrgico foi um fator contributivo para a adesão
a cirurgia, favorece o acolhimento e identificação precoce dos pacientes de risco.
_________________

Rangel, Priscila de Souza; Santos, Daniela Vivas dos; Baia, Wania Regina Mollo; Andrade, Paulo Antonio da
Silva; Silva, Rafael Thimótheo da. Atuação Interdisciplinar no Preparo do Paciente para a Cirurgia
Oncológica. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10789

_________________
345
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atenção Humanizada ao Profissional da Saúde – Relato de


Experiência
_________________

Oliveira, Patricia Gois de; Andrade, Maisa Alves; Almeida, Thaynara Fontes;
Fontes, Mírzia Lisboa; Menezes, Andreia Freire; Araujo, Jamilly Santos
Universidade Tiradentes — mlf_mlf@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: Os Trabalhadores são expostos a algum tipo de estresse em seus


ambientes de trabalho. Isso os possibilitam alguma alteração de desempenho no
trabalho, que geralmente constitui na piora e no adoecimento dos profissionais. Quando
se fala de humanização a primeira pessoa lembrada é o paciente, entretanto o ministério
da saúde em seu programa nacional de humanização da assistência hospitalar
(PNHAH) traz que, deve-se unir a técnica e o conhecimento cientifico respeitando a
singularidade de cada paciente e profissional, aceitando os limites de cada situação, ou
seja, deve-se respeitar o todo e não apenas o usuário. OBJETIVO: Relatar a experiência
vivida com profissionais da saúde a fim de diminuir o estresse no ambiente de trabalho.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido durante uma
atividade com profissionais da saúde no dia do servidor público em uma instituição de
ensino Federal de Sergipe no município de Lagarto. Cerca de 30 profissionais
participaram da atividade proposta. As atividades desenvolvidas no stand da
enfermagem foram a avaliação do nível de estresse dos servidores e a massoterapia.
RESULTADOS: Após uma palestra sobre a saúde do trabalhador, os profissionais foram
encaminhados para um espaço que continham vários stands cada um com temas e
ações diferentes. no stand da enfermagem os profissionais responderam a um
questionário que através da sua pontuação foram avaliados quanto ao seu nível de
estresse, em seguida, receberam orientação de uma massoterapeuta sobre algumas
atividades que podem ser realizadas no ambiente de trabalho para torná-lo mais
agradável como por exemplo: a utilização de músicas de relaxamento, sentar de formar
mais correta e realizar troca de massagens com outros colegas do trabalho. Após
algumas orientações, a massoterapeuta juntamente com alguns alunos do curso de
enfermagem demonstraram técnicas de massagem que pudessem ser utilizadas no
ambiente de trabalho entre colegas. com isso, os trabalhadores puderam praticar entre
si. CONCLUSÃO: Estratégias adequadas para tornar o trabalho um ambiente mais
tranquilo e menos estressante favorecem a melhora do fornecimento da atenção aos
pacientes e a prevenção de doenças ocupacionais. Desse modo, percebe-se que se faz
necessário o desenvolvimento de estratégias favoráveis às condições do trabalhador.
_________________

Oliveira, Patricia Gois de; Andrade, Maisa Alves; Almeida, Thaynara Fontes; Fontes, Mírzia Lisboa;
Menezes, Andreia Freire; Araujo, Jamilly Santos. Atenção Humanizada ao Profissional da Saúde – Relato
de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10784

_________________
341
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa de Cuidados Especiais ao Óbito


_________________

Siqueira, Meire do Caemo; Cotrim, Ana Moreira; Noia, Ruth Vivaldo; Rodriguez,
Lórgio Henrique Dias; Afonso, Carmem Andréa
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo — meiresique@bol.com.br
_________________

Introdução a morte representa, em nossa cultura, uma dor emocional intensa, um sofrimento
que geralmente causa descontrole emocional diante da separação e significado de derrota
frente à doença. a família, geralmente, cultiva o sentimento de esperança durante todo o
tratamento, sentindo-se revoltada e indignada por não aceitar a evolução e o processo de
finitude de seu ente querido, abalando internamente a estrutura familiar. o Programa surgiu
frente à necessidade dos familiares e pacientes descompensados emocionalmente, sem
conseguir manter o controle emocional e, portanto, sem condições psíquicas para receberem
as orientações formais; além da demanda de casos graves que geram um fluxo intenso de
perdas e lutos vividos na Instituição. Entretanto, para que o programa possa cumprir-se em
sua plenitude, contamos com a equipe multiprofissional: equipe médica, de enfermagem e o
serviço social. Juntos com o Serviço de Psicologia Hospitalar, oferecemos aos pacientes e
familiares, acolhimento, segurança e conforto em um momento de desorganização emocional
e psicológica. Objetivos Proporcionar suporte emocional, afetivo e psíquico em situações de
crise, frente ao fechamento do ciclo da doença, minimizando manifestações psíquicas e
comportamentais que possam mobilizar dificuldades durante o processo de luto, tais como:
ansiedade, angústia, insegurança, negação, hostilidade, desamparo, estresse psico-orgânico,
medos reais e fantasmáticos, entre outras. Auxiliar familiares e oferecer suporte para
elaboração do luto antecipatório, garantindo informações seguras durante o processo de
adoecimento, esclarecendo dúvidas e fornecendo informações atuais sobre a doença, para
que pacientes e familiares possam se organizar social e emocionalmente. É realizado
atendimento individual ou em grupo com a equipe multi do aviso de grave ao óbito,
promovendo suporte psicológico e orientações formais sobre sepultamento, translado do
corpo, documentação e outras dúvidas por meio do Serviço Social. Métodos Através do
atendimento psicológico imediato e eficiente da psicoterapia breve, em modelo de ligação,
oferecemos suporte emocional e orientação psicológica aos pacientes e familiares, visando
minimizar o sofrimento psíquico causado pelo processo de adoecimento, tratamento e
terminalidade. Contando com a equipe multiprofissional, promovemos humanização e
excelência nos atendimentos em pré e pós-óbitos, favorecendo a relação: equipe de saúde
paciente família instituição. Resultados: em 2013 ocorreram 2.286 óbitos na Instituição, com
média mensal de 190 óbitos, nesses, 3.561 atendimentos foram realizados pela equipe de
psicologia, em certos casos a família foi acolhida mais de uma vez no Programa de Cuidados
Especiais ao Óbito. Conclusão: o Programa propõe garantir tratamento humanizado,
acolhimento e apoio aos familiares e pacientes em todo o processo de finitude, minimizando
em todos os aspectos a dor da “partida”.
_________________

Siqueira, Meire do Caemo; Cotrim, Ana Moreira; Noia, Ruth Vivaldo; Rodriguez, Lórgio Henrique Dias; Afonso,
Carmem Andréa. Programa de Cuidados Especiais ao Óbito. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10785

_________________
342
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Acolhimento como Prática Humanizada no Caps: Relato de


Experiência
_________________

Monteiro, Rosana Juliet Silva; Gaião, Barbara Katiene Magno; Oliveira, Aline Santos de;
Câmara, Sarah Buarque; Santos, Débora Danielle A. dos; Barro, Romina Maria Guimarães
de; Rosas, Marina Araújo
Universidade Federal de Pernambuco — juliet.monteiro@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: o acolhimento é estimado como uma das diretrizes de maior relevância na política
de humanização do Sistema Único de Saúde (SUS). Compreendido como uma postura de receber,
escutar e tratar de forma qualificada e humanizada o usuário e suas demandas, é considerado um
instrumento importante na construção de vínculo, além de assegurar, nos serviços de saúde, acesso
com responsabilização e resolutividade. Os princípios ligados ao acolhimento podem inclusive
contribuir para produção de saúde no campo de saúde mental. Nesse sentido, o Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS), serviço destinado ao cuidado de pessoas com transtornos mentais graves e
severos, também se inclui na proposta de desenvolver ações humanizadas e acolher os indivíduos
de forma a promover um ambiente terapêutico e acolhedor que possa melhorar a qualidade da
assistência, favorecendo a relação do usuário/trabalhador e ampliando a intervenção. OBJETIVO:
relatar uma experiência vivenciada no estágio na área de saúde mental e discutir a importância do
acolhimento como prática humanizada nesse campo. METODOLOGIA: trata-se de um relato de
experiência de práticas de acolhimento (ações no território- resgate) realizadas por estagiária de
Terapia Ocupacional e Profissionais de saúde do CAPS III (transtorno, adulto) do distrito sanitário
V do município de Recife que aconteceram uma vez por semana no período de dezembro de 2013
a janeiro de 2014. RESULTADOS: a forma de acolhimento do CAPS nas ações do território
favoreceu a construção de uma relação de confiança no primeiro contato entre o profissional e o
usuário, permitindo uma intervenção terapêutica eficiente e voltada para a singularidade do
sujeito/família/comunidade. Essa postura diferenciada contribuiu positivamente na inclusão dos
indivíduos que foram assistidos por essas ações no serviço, estreitando o vínculo entre profissional
e usuário e promoveu uma maior apropriação dos sujeitos que se encontravam em sofrimento
psíquico da sua condição de saúde, favorecendo consideravelmente a adesão dos mesmos ao
tratamento. Se os serviços de saúde mental qualificarem e humanizarem o atendimento,
construindo em equipe, uma assistência centrada no usuário em sofrimento psíquico, o ato de
acolher irá se consolidar também em um ato importante de cuidado. e assim, sentindo-se cuidado,
o usuário terá mais condições de se responsabilizar e protagonizar toda sua trajetória de tratamento.
CONCLUSÃO: o acolhimento apresentou-se nas ações territoriais do CAPS como um propulsor de
um modelo de atenção à saúde centrada no atendimento integral do sujeito possibilitando a
experiência de relações mais humanizadas entre usuários e trabalhadores. Além disso, ressalta-se
que executar essas concepções de acolhimento requer, impreterivelmente, uma atitude de
mudança por parte das equipes no seu fazer em saúde, implicando em produzir novas práticas.
_________________

Monteiro, Rosana Juliet Silva; Gaião, Barbara Katiene Magno; Oliveira, Aline Santos de; Câmara, Sarah Buarque;
Santos, Débora Danielle A. dos; Barro, Romina Maria Guimarães de; Rosas, Marina Araújo. Acolhimento como Prática
Humanizada no Caps: Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10786

_________________
343
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Implantação da Preleção como Acolhimento da Equipe: Relato


de Caso
_________________

Nisivoccia, Patricia; Bova, Rosangela


Hospital Geral de Pedreira — patricia.silva@pedreira.org.br
_________________

Introdução: a unidade de terapia intensiva neonatal é um ambiente que proporciona stress


pelo alto grau de complexidade técnica e gravidade dos pacientes, acometendo tanto a
equipe multiprofissional envolvida e os pais dos recém nascidos internados. a equipe
depara freqüentemente com situações que necessitam de controle emocional. no âmbito
hospitalar a equipe multiprofissional cuida do paciente, dos pertences do paciente, da
alimentação, da família, dos documentos, das roupas, da temperatura do ambiente, do
exame a ser feito e assim por diante. São vários os momentos enquanto exercermos o
cuidar que nos vemos obrigados a enfrentar situações estressantes e que mexem com os
nossos sentimentos, no setor de terapia intensiva neonatal a equipe convive com a perda
freqüente. para resolver o conflito de maneira positiva desenvolvemos uma metodologia
naquele setor que proporcionasse um momento diário de reflexão, discussão de casos,
leitura motivacional e acolhimento diante de situações pessoais que interferem no
desempenho da equipe proporcionando um ambiente agradável para equipe, paciente e
familiar. Objetivos: Relatar experiência exitosa na implantação do acolhimento diário da
equipe multiprofissional através de preleção, bem como analisar a viabilidade operacional
e seus benefícios. Métodos: Esse estudo consistiu em um relato de experiência da
implantação da preleção motivacional em uma unidade de terapia intensiva neonatal de
um hospital escola secundário, sendo que o setor foi escolhido aleatoriamente. o
acolhimento agregado a preleção foi feito após o recebimento do plantão, onde a equipe
em forma em forma de circulo se reuniu durante 15 minutos para alinhar metas do dia,
rever pendências anteriores, partilhar experiências ou angustias pessoais e realizar leitura
e reflexação de texto motivacional. Resultados: Durante e após a implantação diária do
acolhimento no inicio do plantão, houve relatos positivos da equipe enfermagem, médica,
fisioterapia, fonoaudióloga e nutrição com melhora substancial na assistência prestada,
traduzido em números através dos indicadores de absenteísmo, turnover, elogios dos pais
e na redução dos indicadores assistências de qualidade. Conclusões: Evidenciamos que
a experiência foi exitosa com melhora na interação entre o grupo, interesse em
compartilhar as experiências, melhora no clima e trabalho em equipe, redução do
absenteísmo e turnover e comunicação eficaz. com resultado concluímos que o
acolhimento apresenta benefícios na humanização da equipe e supera as dificuldades
impostas pela implantação, sendo uma ferramenta eficaz e sem custo.
_________________

Nisivoccia, Patricia; Bova, Rosangela. Implantação da Preleção como Acolhimento da Equipe: Relato de
Caso. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10787

_________________
344
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Demandas Psicológicas de Pacientes Pediátricos em Quimioterapia


Sequencial
_________________

Azevedo, Priscilla Caroliny Reis de; Lage, Ana Maria Vieira; Maia, Anice Holanda Nunes;
Damasceno, Brenna Paula; Shioga, Júlia Evangelista Mota; Lima, Maria Juliana Vieira
Universidade Federal do Ceará — priscilla_caroliny@hotmail.com
_________________

Introdução: a Quimioterapia é o recurso mais utilizado no combate ao câncer infanto-juvenil. no


entanto, se configura como um processo ambivalente, pois ao mesmo tempo em que possibilita a
cura, por outro lado representa sofrimento, haja vista seus efeitos colaterais. Estudos a respeito
dessa fase demonstram que a rotina do tratamento quimioterápico altera rapidamente a vida
cotidiana dos pacientes e de seus acompanhantes, trazendo consigo fatores ansiogênicos, como:
internação intermitente, afastamento dos amigos e da escola, procedimentos invasivos, restrição
alimentar, alopécia, dentre outros. Aspectos que podem gerar sérias consequências psicológicas
envolvendo fantasias em torno da terapêutica, da doença e de si mesmo, que podem ocasionar
prejuízos ao tratamento ou o abandono do mesmo. Objetivos: Caracterizar as demandas
psicológicas que surgem em pacientes durante as sessões de quimioterapia seqüencial em um
centro de tratamento do câncer infanto-juvenil. Metodologia: Foi realizado um estudo exploratório
transversal descritivo, com abordagem qualitativa, a partir dos registros de intervenção psicológica,
no setor supracitado, durante nove meses situados entre o período de maio 2012 a abril 2013.
Empregou-se estatística descritiva para os dados quantitativos do perfil sócio-assistencial e análise
de conteúdo temática para os dados qualitativos dos registros das intervenções. Resultados:
Foram realizados 230 atendimentos e verificou-se que 58,4% dos pacientes são do sexo masculino
entre 11 e 18 anos (35,1%) e 66,1% são procedentes do interior do estado. no que se refere à
demanda dos pacientes, constatou-se que 82% consistiram em estabelecer contato e/ou realizar
atividades lúdicas e apenas 18% representaram demanda por atendimento psicológico. Além disso,
foi averiguado que 80,3% das intervenções se configuraram como acolhimento e 19,7% como
alguma das seguintes intervenções: psicoterapia de apoio, psicoeducação, interconsulta e
intervenção lúdica. Conclusões: a unidade de Quimioterapia Sequencial caracteriza-se como um
ambiente estressor, consequentemente, os pacientes sentem-se mais ansiosos devido aos fatores
citados acima e, principalmente à ociosidade. Essa situação pode justificar a predominância da
demanda por estabelecimento de contato e/ou intervenção lúdica, constatada no estudo. Os
resultados suscitam discussão a respeito de uma postura mais humanizada e menos patologizante
dos profissionais que convivem com esses pacientes, uma vez que, diferente do que pode-se
imaginar diante do ambiente aversivo da unidade referida, os pacientes apresentaram, em sua
maioria, estabilidade emocional, justificando a predominância do acolhimento sobre os outros tipos
de intervenção, uma vez que através do acolhimento pode-se mediar estratégias de enfrentamento
e adaptação do paciente ao câncer e a essa fase do tratamento, além de fortalecer o vínculo entre
o paciente e o profissional do serviço, o que pode ampliar a rede de apoio do sujeito.
_________________

Azevedo, Priscilla Caroliny Reis de; Lage, Ana Maria Vieira; Maia, Anice Holanda Nunes; Damasceno, Brenna Paula;
Shioga, Júlia Evangelista Mota; Lima, Maria Juliana Vieira. Demandas Psicológicas de Pacientes Pediátricos em
Quimioterapia Sequencial.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10778

_________________
338
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Formação Ético-Humanística do Estudante de Medicina


como Estratégia para a Prevenção de Erros Médicos
_________________

Rodrigues, Fillipe Ferreira; Duarte, Josiane Aparecida; Oliveira, Bruna Miclos de;
Gonçalves, Suziane Soares; Dantas, Letícia Lopes; Paz, Fabrício Nunes da; Dias,
Danilo Borges
Universidade Católica de Brasília — fillipefrod@gmail.com
_________________

Introd:Quando se diz respeito à formação médica de qualidade, não se pode deixar de levar em
consideração a temática da formação humanística em saúde.O atual modelo de educação
médica, muitas vezes focado em métodos que se limitam às ferramentas de desenvolvimento
científico e tecnológico, não atende às atuais expectativas e demandas da assistência em
saúde.Sendo assim, ganha propriedade o argumento que valoriza a importância da formação do
caráter ético e humanístico dos profissionais, afim de atenuar os possíveis erros médicos, bem
como otimizar a atenção em saúde nos seus mais diversos níveis.Objet:Expor a temática do erro
médico e discutir sobre os benefícios da prática médica em comunidade para a formação ética e
humanística do futuro profissional de saúde.Métod: o presente trabalho foi confeccionado com
base em pesquisa bibliográfica e relatos de experiências vividas por estudantes de medicina
durante trabalhos de extensão universitária.Result: Diz o artigo 29 do Código de Ética Médica:“é
vedado ao médico praticar atos profissionais danosos ao paciente, que possam ser
caracterizados como imperícia, imprudência ou negligência.”Grande parte dos erros médicos são
causados por negligência,as quais são falhas que não residem na falta de conhecimento
científico, mas sim, na falta de ética ou incapacidade de se estabelecer um diálogo adequado
entre médico e paciente. Porém,deve-se destacar que tal habilidade é desenvolvida a partir de
práticas e experiências que nem sempre são oferecidas durante a graduação.O trabalho de
extensão universitária,aqui referido,objetiva promover educação em saúde a uma comunidade
carente situada em zona periférica de Brasília.A mesma possui características peculiares,
sobretudo por ter se constituído como fruto da discriminação,no passado,de portadores de HIV
e seus familiares. a atividade tornou-se importante fonte de aprendizado e experiência para os
voluntários, sobretudo no que diz respeito à construção do caráter ético e humanístico
médico.Primeiro por permitir o desenvolvimento de valores como solidariedade e
acolhimento.Em seguida,por permitir o amadurecimento e desenvolvimento do diálogo com o
paciente,além de possibilitar a compreensãode seu contexto de inserção social.Trata-se de uma
estratégia que estimula a autonomia dos acadêmicos eo respeito à diversidade cultural e
moral,elementos fundamentais para a formação do caráter,indispensáveis ao desenvolvimento
de habilidades de controle da vida e à manipulação do semelhante como atributo central da
prática médica.Concl:Estas experiências resultam na qualificação da relação médico-paciente,
por meio do amadurecimento de parâmetros humanitários, de solidariedade e de cidadania.O
constante contato com o paciente é fundamental para fazer surgir e amadurecer o conceito de
ética tornando possível a formação integral do profissional de saúde, consolidando seu
comprometimento com a prática médica,o que o fará,consequentemente,menos sujeitos ao
problema do erro médico.
_________________

Rodrigues, Fillipe Ferreira; Duarte, Josiane Aparecida; Oliveira, Bruna Miclos de; Gonçalves, Suziane
Soares; Dantas, Letícia Lopes; Paz, Fabrício Nunes da; Dias, Danilo Borges. A Formação Ético-
Humanística do Estudante de Medicina como Estratégia para a Prevenção de Erros Médicos. In: Anais
do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10780

_________________
339
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Estudo Etnográfico dos Usuários do Sus como Ação de


Fortalecimento da Humanização em Saúde em um Município Mineiro
_________________

Passos, Renato Augusto; Nunes, Sylvia da Silveira


Universidade Federal de Itajuba — renatoapassos@hotmail.com
_________________

1. Introdução a Constituição Federal de 1988 garante a todo cidadão brasileiro o direito à saúde. o
conceito de saúde, porém, vem ao longo do tempo recebendo diversas denominações. para Cruz
(2011) a saúde, a doença e o cuidado são fenômenos sociais, sendo influenciados pelo tempo,
locais e culturas, permitindo afirmar que a organização e as ações de saúde juntamente com as
redes de apoio social, precisam de planejamento e gestão voltados à necessidade de cada
comunidade em particular. por isso, através do reconhecimento do modo de vida de seus usuários,
suas relações com o sistema e com os profissionais da área, torna-se possível propor estratégias
que facilitem a discussão e a troca de saberes entre as partes e permitam a implantação da Política
Nacional de Humanização (PNH). 2. Objetivos: - Conhecer as concepções e o cotidiano de saúde
dos usuários do SUS afim de identificar estratégias que facilitem a implantação da PNH no serviços
do município em estudo. 3. Métodos: o levantamento de dados foi realizado por meio dos seguintes
instrumentos: a) pesquisa etnográfica, b) entrevista aberta e gravada, c) observação participante
nas unidades de saúde e análise documental (ANGROSINO, 2009). o diário de campo foi utilizado
como forma de registro da observação participante. o presente projeto encontra-se em andamento.
4. Resultados o município estudado possui menos de três mil habitantes, zona rural extensa, duas
unidades básicas de saúde no centro da cidade, sem hospital. Percebe-se a precariedade de redes
de comunicação entre os sujeitos e dificuldade de acesso dos profissionais em cursos de educação
permanente ligados a PNH. Percebe-se grande demanda de práticas assistenciais curativas como
“garantia” da saúde populacional. 5. Conclusões: como afirma Magnani (2002), a etnografia não
se caracteriza pela busca incessante por detalhes, mas pela atenção que lhes é dada, em certo
momento, quando uma nova configuração dos fragmentos num todo aponta a pista para uma nova
forma de entendimento. Nota-se, desta forma, a importância do fortalecimento das ações de
humanização para que a inclusão dos diferentes sujeitos envolvidos no sistema permita o
planejamento, a implantação e a avaliação das maneiras de promover saúde. 6. Referências
ANGROSINO, Michael. Etnografia e observação participante. Porto Alegre: Artmed, 2009. 138 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Política Nacional de Promoção da Saúde. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 56 p. CRUZ,
Marly Marques. Concepção de saúde-doença e o cuidado em saúde. In: Gondim R, Grabois V,
Mendes Junior WV, organizadores. Qualificação dos Gestores do SUS. 2. ed. Rio de Janeiro:
Fiocruz/ENSP/EAD. 2011, pp. 21-33. MAGNANI, José Guilherme Cantor. de perto e de dentro:
notas para uma etnografia urbana. Rev. bras. Ci. Soc. 2002, vol.17, n.49, pp. 11-29.
_________________

Passos, Renato Augusto; Nunes, Sylvia da Silveira. Estudo Etnográfico dos Usuários do Sus como Ação de
Fortalecimento da Humanização em Saúde em um Município Mineiro. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10781

_________________
340
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Utilização de Metodologias Ativas na Formação de


Profissionais Humanizados
_________________

Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade, Maisa Alves; Almeida, Thaynara Fontes; Araujo,
Jamilly Santos; Barreiro, Maria Socorro Claudino; Oliveira, Patricia Gois de
Universidade Federal de Sergipe — mlf_mlf@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: Desde a divulgação das Diretrizes Curriculares de Enfermagem os cursos


de graduação têm missão de formar enfermeiros generalistas, críticos, reflexivos e
humanistas, o que requer esforços das instituições formadoras na busca de estratégias
que viabilizem desenvolvimento dessas habilidades. o novo método de ensino ABP
(Aprendizagem Baseada em Problemas) surge como um inovador processo de formação
acadêmica no qual abrange a concepção de saúde como um eixo integrador, levando ao
desenvolvimento de uma visão mais humanista do paciente/cliente pelos futuros
profissionais de saúde, focados nas necessidades e problemas de saúde do individuo
como um todo e não apenas de forma fragmentada (focado na doença). OBJETIVO:
Relatar a vivência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal de Sergipe/
Campus de Lagarto nas situações de ensino-aprendizado proposta pela subunidade
Práticas de Ensino na Comunidade (PEC) para sua formação profissional humanizada.
METODOLOGIA: Este trabalho caracteriza-se como um relato de experiência de discentes
de enfermagem durante as atividades de PEC, baseada nas metodologias ativas.
Participaram desse relato 39 discentes de enfermagem. RESULTADOS: As aulas de PEC
são baseadas no Arco de Marguerez, onde os alunos observam a realidade, identifica
problemas, teoriza as hipóteses de solução e em seguida aplica as intervenções na
realidade. As atividades práticas são realizadas em Unidades Básicas de Saúde, escolas,
comunidade e até mesmo no domicilio. Durante as atividades práticas, os alunos têm a
oportunidade de fazer-aprender o cuidado de forma sensível, com um contato mais próximo
do paciente, valorizando a dimensão ética e humana do cuidar. para os acadêmicos a
humanização na assistência se inicia desde o contato inicial do paciente e de sua família
com o serviço de saúde, até a realização de procedimentos ou intervenções que buscam
a melhoria da qualidade de vida do usuário. CONCLUSÃO: a utilização de metodologias
ativas contribui para a formação mais humanizada do profissional de saúde, pois promove
um olhar mais critico e qualificado de reconhecimento do paciente como ser humano único
e que necessita de cuidados individuais. e é no contexto da prática também que os alunos
se desenvolvem enquanto pessoas, o que os torna mais fortalecidos para enfrentar a
complexidade da vida profissional.
_________________

Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade, Maisa Alves; Almeida, Thaynara Fontes; Araujo, Jamilly Santos; Barreiro,
Maria Socorro Claudino; Oliveira, Patricia Gois de. Utilização de Metodologias Ativas na Formação de
Profissionais Humanizados. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10777

_________________
337
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Saúde, Atenção Básica e Humanização: Práticas Humanizadas no


Cotidiano de Trabalho de Agentes Comunitários de Saúde
_________________

Cunha, Larissa Santana; Nobre, Maria Teresa Lisboa


Universidade Federal de Sergipe — larissasc89@outlook.com
_________________

Introdução: a partir da pesquisa intitulada “Saúde, Meio Ambiente e Cidadania: análise dos
processos de adoecimento, produção de saúde, e práticas de resistência em contextos de
degradação ambiental”, realizada no decorrer dos anos de 2011 e 2012, o estudo se destina a
descrever qualitativamente o cotidiano de trabalho de agentes comunitários de saúde (ACS),
funcionários de determinada Unidade Básica de Saúde (UBS). o presente trabalho é desenvolvido
sob diferente ótica, isto é, apesar de ter surgido por meio da pesquisa científica citada, aqui ele
muda de foco, adquire nova roupagem, e difere a direção de seu olhar, o dirigindo para nova
perspectiva: Quais as relações existentes entre o trabalho de agentes comunitários e humanização?
de quais formas possíveis conseguimos captar as diretrizes da Política Nacional de Humanização
(PNH) neste cotidiano, por sua vez árduo e por que não encantador? a fim de investigar tais
questionamentos e fazer refletir sobre tamanhas inquietudes, faço uso da pesquisa em questão,
pois a mesma teve como inserção de campo e para, além disso, também seu desenvolvimento,
pautados no acompanhamento das atividades diárias desses profissionais. a relevância da
investigação consiste na necessidade que temos de pensar, e analisar as maneiras pelas quais a
humanização, e como chave-mestra a PNH, age no dia-a-dia dos profissionais da saúde. Objetivos:
o trabalho se destina a apresentar descrição e análise das possíveis relações existentes entre
atenção primária (por meio do trabalho de ACS) e humanização, nos fazendo refletir sobre a
efetividade e educação centrada na PNH, e seus valiosos preceitos. Pretende investigar as formas
pelas quais conseguimos reconhecer humanização nas práticas cotidianas, e nos locais onde a
produção de saúde acontece, entendendo saúde não apenas enquanto ausência doença, ou
apenas a partir da perspectiva biológica e orgânica. Metodologia: para o desenvolvimento da
pesquisa foi utilizado o método etnográfico, baseado na inserção no campo, e acompanhado de
diários de campo semanais, assim como também supervisões acadêmicas. As idas ao campo eram
realizadas duas vezes por semana, onde acompanhávamos o trabalho dos agentes, assim como
reuniões do Conselho Local de Saúde da localidade em questão, e demais atividades pontuais da
UBS. Resultados: Conclui-se que a relação e o vínculo que se estabelece entre os agentes
comunitários e a população atendida serve de grande exemplo quando falamos em humanização,
e em concretização de uma política de humanização. Todavia, também pôde ser observada a
carência de estudo sobre a PNH e suas inúmeras possibilidades e alcances oferecido pelo Estado,
e por órgãos públicos. Conclusão: Os agentes comunitários de saúde parecem compreender a
essência da humanização a partir de suas próprias vivências, e do vínculo surgido e preservado de
forma natural com a população que os mesmos atendem.
_________________

Cunha, Larissa Santana; Nobre, Maria Teresa Lisboa. Saúde, Atenção Básica e Humanização: Práticas Humanizadas
no Cotidiano de Trabalho de Agentes Comunitários de Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10771

_________________
332
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Dados Preliminares dos Aspectos de Condicionamento Físico


de Indivíduos com Transtorno Mental Grave do Estudo
“Neurocognição - Relacionamento- Condicionamento (NRC)”
_________________

Cruz, Michele Santos da; Takeda, Osvaldo Hakio; Mattos, Karen M Gines; Alves,
Ana Laura A.; Sant, Renato Del; Xavier Neto, Mauro; Scanavino, Marco de Tubino
Instituto de Psiquiatria, HCFMUSP — chele1213@gmail.com
_________________

Introdução: Os dados sobre intervenções específicas para as pessoas com transtorno


mental grave (TMG) são muito limitados na América Latina. Normalmente pacientes com
TMG apresentam consequências negativas sobre o condicionamento físico. o estudo
“Neurocognição - Relacionamento- Condicionamento (NRC)” é um estudo de intervenção
em hospital-dia para pacientes com TMG. Objetivo: Analisar a condição física dos
pacientes com transtorno mental grave. Descrever o perfil dos pacientes em relação ao
índice de massa corporal (IMC) e à relação cintura/quadril (RCQ). Métodos: Apresentamos
os dados preliminares de avaliação de base dos primeiros 12 pacientes, que apresentavam
uma transtorno mental crônico e comprometimento funcional extenso, mas não tinham um
diagnóstico de transtorno mental orgânico. Todos passaram em entrevista psiquiátrica
diagnóstica padronizada e avaliação antropométrica. Resultados: Dez (83,3%) homens e
duas (16,7%) das mulheres foram incluídas no estudo. a idade média foi de 35,58 (DP =
12,00) e a média de anos de estudo foi de 14,33 (DP = 4,38). Oito (67%) indivíduos
preencheram os critérios para esquizofrenia, quatro (33,3%) para transtornos de humor.
Seis (50 %) dos pacientes apresentaram sobrepeso e cinco (41,7%) obesidade. Quatro
(33,3%) apresentaram baixo ou moderado e oito (66,7 %) apresentaram risco
cardiovascular elevado ou superior com base na relação cintura-quadril. Conclusões: a
amostra apresentou indícios de precário condicionamento físico. Os resultados confirmam
a relevância do estudo NRC.
_________________

Cruz, Michele Santos da; Takeda, Osvaldo Hakio; Mattos, Karen M Gines; Alves, Ana Laura A.; Sant, Renato
Del; Xavier Neto, Mauro; Scanavino, Marco de Tubino. Dados Preliminares dos Aspectos de
Condicionamento Físico de Indivíduos com Transtorno Mental Grave do Estudo “Neurocognição -
Relacionamento- Condicionamento (Nrc)”. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10775

_________________
336
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Programa de Educação Pelo Trabalho para a Saúde -Pet-Saúde e


Humanização: Caminhos para uma Formação Interdisciplinar no
Âmbito da Saúde Materna
_________________

Barakat, Roberta Duarte Maia


Universidade de Fortaleza - Unifor — robertadumaia@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: Os atuais cenários do processo ensino-aprendizagem contemplam práticas


interdisciplinares e a adoção de metodologias ativas, objetivando a qualidade nas futuras gerações
de profissionais de saúde em diferentes áreas. o Programa de Educação pelo Trabalho para a
Saúde (PET-Saúde) configura-se como uma estratégia que possibilita essa integração, revelando-
se uma ferramenta eficaz de fomento à humanização. Isso possibilita maior contato com a realidade
do SUS e estimula o aprendizado multiprofissional para uma prática mais humanista e reflexiva.
OBJETIVOS: Relatar atividades do processo de ensino-aprendizagem da preceptoria do PET-
Saúde como potencial qualificador no aprendizado interdisciplinar e humanizado do cuidado no
âmbito da Saúde Materna. MÉTODOS: Relato de Experiência em um ano de atuação dos monitores
do PET-Saúde, dos cursos de enfermagem, medicina, odontologia, educação física, farmácia,
nutrição, fisioterapia e fonoaudiologia no atendimento às gestantes e puérperas em uma Unidade
Básica de Saúde. Os monitores e sua preceptora, uma assistente social, realizaram atividades de:
Orientação e acompanhamento às consultas de pré-natal e puericultura; Participação ativa na
elaboração, mobilização e condução de oficinas para gestantes; Participação ativa em visitas
domiciliares às puérperas; Participação ativa em oficinas de aleitamento materno para gestantes e
puérperas; Realização de educação em saúde nas salas de espera com temáticas direcionadas à
humanização e acolhimento às gestantes; Orientação e acompanhamento às gestantes em visitas
realizadas à maternidade referenciada pelo território. RESULTADOS: Os monitores referem
incorporar com êxito a práxis do olhar humanizado no fazer profissional, o que sedimenta a melhoria
do aprendizado e a evolução das ações interdisciplinares, inclusive o fortalecimento do vínculo
alunos-usuárias. o exercício das ações interdisciplinares nas atividades de prevenção e educação
em saúde favorecem o aprendizado e a capacidade de lidar com os diferentes olhares, seja na
conscientização ou na compreensão de que todos contribuem para o saber. Sob o olhar da
preceptora, observou-se maior habilidade na conceituação de processos das metodologias-ativas,
ampliando a visão da importância grandiosa do trabalho humanizado e multidisciplinar.
CONCLUSÕES: o envolvimento e a integração de potenciais humanos participando ativamente na
proposta de conhecer a realidade mediante a prática humanística são gratificantes, ao passo que
se percebe a identificação dos alunos com a promoção do cuidado do fazer profissional.
Percebemos que estas ações inferem positivamente no processo formativo profissional e pessoal,
além de promover a integração ensino-serviço-comunidade, e consequentemente resultando na
promoção da qualidade dos serviços de saúde.
_________________

Barakat, Roberta Duarte Maia. O Programa de Educação Pelo Trabalho para a Saúde -Pet-Saúde e Humanização:
Caminhos para uma Formação Interdisciplinar no Âmbito da Saúde Materna. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10772

_________________
333
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Psicoeducação em Oncologia Pediátrica: Avaliação de um Álbum


Seriado no Contexto da Sala de Espera de Exames Invasivos
_________________

Azevedo, Priscilla Caroliny Reis de; Maia, Anice Holanda Nunes; Damasceno, Brenna Paula;
Shioga, Júlia Evangelista Mota; Lima, Maria Juliana Vieira; Gomes, Rebeca Carolinne Castro
Universidade Federal do Ceará — priscilla_caroliny@hotmail.com
_________________

Introdução: na Sala de Espera de Procedimentos Invasivos de um centro de tratamento do câncer


infanto-juvenil, as intervenções psicológicas têm o objetivo de prestar assistência a pacientes que
serão submetidos a exames invasivos, tais como: Biópsia Óssea, Mielograma e Punção Lombar; assim
como aos seus acompanhantes. em sua maioria, a díade apresenta sinais claros de ansiedade e medo
devido às situações que permeiam a realização e o resultado dos procedimentos. Tal fato se deve, em
parte, pelo desconhecimento sobre o que se passa no centro cirúrgico. Assim, a realização dos exames
é carregada de fantasias e medos que geram grande ansiedade e dificultam a realização dos
procedimentos. por esses motivos, decidiu-se construir um álbum seriado lúdico que mostra
diretamente, por meio de fotografias reais editadas, todo o ambiente do centro cirúrgico e as
características particulares de cada exame. Dessa maneira, as díades têm a oportunidade de
abandonar as explicações mágicas e egocêntricas e pode compreender a doença de uma forma mais
lógica. Objetivos: Identificar dados sócio demográficos e assistenciais dos sujeitos envolvidos;
verificar e comparar o conhecimento dos sujeitos da pesquisa acerca dos exames, bem como
conhecer/analisar o estado emocional desses frente aos exames, antes e depois da apresentação do
álbum seriado. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e prospectivo, com
metodologia qualitativa. o estudo teve início em Julho 2013 com previsão de término em Junho 2014.
a coleta de dados foi realizada de 01 de setembro a 30 de novembro de 2013, tendo como público-
alvo pacientes, a partir de sete anos de idade, de ambos os sexos, em fase diagnóstica ou em
tratamento do câncer e acompanhantes acima de 18 anos que consentiram livre e esclarecidamente
com tal colaboração. Resultados: Foram coletados 45 protocolos, durante o período citado, e
verificou-se em relação aos dados sociodemográficos que 86% dos pacientes eram adolescentes, 72%
com ensino fundamental incompleto e 86% estavam realizando o exame para controle da doença, ou
seja, já o tinham realizado mais de uma vez. no que se refere aos acompanhantes, 87% eram mães e
adultas, e 35% tinham ensino médio completo, além disso, constatou-se que em 52% dessa
população, o paciente já havia realizado o exame anteriormente. a análise qualitativa encontra-se em
andamento. Conclusões: Considera-se, através dos dados iniciais, que o álbum se mostrou como um
importante recurso de mediação entre a equipe de Psicologia e os pacientes, e configurou-se como
um instrumento para a realização de intervenções psicoeducativas que podem ajudar no conhecimento
sobre a doença, no ajustamento emocional, na criação de estratégias de enfrentamento, na
colaboração e adesão ao tratamento e, principalmente, na melhoria da qualidade de vida do paciente,
que se sente mais autônomo, implicado e participante desse processo.
_________________

Azevedo, Priscilla Caroliny Reis de; Maia, Anice Holanda Nunes; Damasceno, Brenna Paula; Shioga, Júlia Evangelista
Mota; Lima, Maria Juliana Vieira; Gomes, Rebeca Carolinne Castro. Psicoeducação em Oncologia Pediátrica: Avaliação de
um Álbum Seriado no Contexto da Sala de Espera de Exames Invasivos.. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10773

_________________
334
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Diante da Dor de Frida: Reflexões Sobre a Relação Médico-


Paciente e a Humanização da Medicina
_________________

Duarte, Josiane Aparecida; Oliveira, Bruna Miclos de; Vianna, Lucy Gomes; Bezerra,
Armando José China
Universidade Católica de Brasília — josianeduartemed@gmail.com
_________________

Introdução:Já dizia William Osler: “Os estudos humanísticos são os hormônios que catalisam o
pensamento e humanizam a prática médica.”Novas demandas sociais têm chegado aos
consultórios médicos (violência, alcoolismo, depressão, etc.) e exigem dos profissionais
habilidades que vão além dos conhecimentos técnico-científicos. Dessa forma, a formação do
médico exige atributos que ampliem sua atuação de modo a capacitá-lo a uma compreensão
mais ampla do paciente e de suas demandas, o que vai se expressar nas atitudes, posturas e
condutas adotadas nessa relação. Nessa perspectiva, moldar-se-á uma profunda dimensão de
solidariedade que possibilite entender o paciente como um sujeito que sofre e precisa ser
acolhido. a aquisição de habilidades biomédicas deve, pois, ser equivalente à formação
humanitária e ética do profissional que terá, como missão, cuidar do sofrimento
humano.Objetivo: Tendo como referência o atual panorama de humanização da saúde, propõe-
se aqui pensar, por meio de algumas obras marcantes da biografia de Frida Kahlo, o sofrimento
e o papel do médico na história de vida dos seus pacientes.Metodologia:o presente trabalho foi
construído a partir de uma análise relacionando o estudo de revisão bibliográfica feito da vida e
obra de Frida Kahlo e da relação médico paciente. Resultados:Frida Kahlo nasceu em 1907 na
cidade de Coyoacán, México. a dor, o sofrimento e, principalmente, o inconformismo nunca
estiveram tão presentes quanto na história de Frida, que se tornou um grande exemplo de
superação. Kahlo lutara pela vida, que, para ela, era mais importante do que qualquer dor e
sofrer.Sendo protagonista de uma série de enfermidades, acidentes, lesões e operações, o que
protegia Frida eram o amor e a arte. Dr. Farill também foi uma personalidade que teve importante
participação no processo de recuperação de Frida. Ele é exemplo de uma relação médico-
paciente que ilustra e incorpora todas as premissas da humanização. Trata-se de um cuidado
baseado na confiança e no respeito, condição fundamental ao sucesso da atenção médica dada
àquele ser fragilizado e carente. Além disso, é possível enxergar nessa relação mútua
admiração, o que a torna mais afetiva e acolhedora. por ser a medicina ciência e arte, a
sensibilidade de quem a pratica é indispensável à relação terapêutica.Dessa forma, a formação
do médico exige atributos que ampliem sua atuação de modo a capacitá-lo a uma compreensão
mais ampla do paciente e de suas demandas, o que vai se expressar nas atitudes, posturas e
condutas adotadas nessa relação. Conclusão: Nem mesmo os grandes deuses da mitologia
estavam livres da dor. a história de Frida é marcada por dificuldades, erros e incoerências, mas
também por força, coragem determinação e amor à sua arte. Conhecê-la contribui
significativamente no processo de humanização e sensibilização do profissional de saúde, visto
que o desafio deste é conviver diariamente com o sofrimento e com a dor.
_________________

Duarte, Josiane Aparecida; Oliveira, Bruna Miclos de; Vianna, Lucy Gomes; Bezerra, Armando José China. Diante
da Dor de Frida: Reflexões Sobre a Relação Médico-Paciente e a Humanização da Medicina. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10774

_________________
335
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização do Serviço: Encontros, Diálogos e Pactuações


Através da Educação Permanente em Saúde
_________________

Leão, Luciana Melo de Souza


Hospital das Clínicas - Ufpe — lucianasouzaleao@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a Educação Permanente em Saúde pode ser compreendida como uma ferramenta
valiosa para favorecer o diálogo e a formação entre os pares no processo de trabalho e,
conseqüentemente, potencializar arranjos e estratégias capazes de humanizar e melhorar a
atenção ofertada nos serviços de saúde. Objetivo: Refletir sobre as possibilidades e os desafios
das propostas da Educação Permanente em Saúde em um serviço especializado, oferecido por
uma instituição pública de alta complexidade. Método: Análise e reflexão das ações
desenvolvidas junto à equipe de profissionais, a partir da participação no curso de Educação
Permanente em Saúde, oferecido pela Escola Nacional de Saúde Pública, nas modalidades à
distância e presencial, no período de janeiro a setembro de 2013. Resultados: Considerando
que os encontros periódicos entre os profissionais podem ser momentos estratégicos para dar
unidade a uma equipe e às respectivas ações ofertadas, um grande obstáculo no respectivo
serviço era a não instituição de um momento comum para que os profissionais pudessem
partilhar questões operacionais e as relacionadas à formação. Porém, antes mesmo do período
do curso, o grupo começou a se reunir semanalmente por cobrança e imposição da gestão da
instituição. Sendo assim, havia um cenário, minimamente, possível para estabelecer trocas,
conversas e pactuações a fim de humanizar o serviço prestado. por outro lado, os desafios se
fizeram presentes ao nos depararmos com uma equipe bastante heterogênea que se traduzia
entre os mais antigos e os mais novos na instituição; entre aqueles mais comprometidos e
aqueles que carregavam suas condutas robotizadas e naturalizadas com grande resistência para
qualquer mudança ou inovação; entre os que expressavam alguma preocupação com coletivo e
aqueles em que as questões particulares eram a principal motivação para o respectivo
comparecimento etc. ao longo do processo, a própria legitimidade dos encontros foi questionada,
movimento alternado, entretanto, com momentos de maior porosidade e ressonância das ideias
e propostas construídas pelo grupo, dentre as quais podemos destacar: 1) a necessidade de
estruturação da sede dos encontros; 2) o agendamento e execução da pintura das salas do
serviço e de sua parte externa; 3) retomada da utilização de um dos banheiros para uso dos
profissionais; 4) a distribuição das salas de acordo com os horários dos atendimentos de cada
colega; 5) encaminhamentos de casos entre os colegas no momento da reunião; 6) criação de
uma grade de debates e discussão de casos pensados para a última reunião de cada mês etc.
Considerações finais: Certamente a EPS pode ser considerada uma ferramenta possibilitadora
de resignificação e humanização do modo de levar o cotidiano dos serviços ao propor mudanças
calcadas na perspectiva dos espaços laborais como ‘organizações vivas’ e, portanto, passíveis
de reajustes e revisões por parte de seus integrantes.
________________

Leão, Luciana Melo de Souza. Humanização do Serviço: Encontros, Diálogos e Pactuações Através da Educação
Permanente em Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10770

_________________
331
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Recursos da História Oral em Narrativas Sobre o Hiv/Aids


_________________

Alves, Milene; Paes, Pedro Pinheiro; Almeida Jr., Wilson N.


Universidade Federal de São Paulo/Unifesp — milene.alves@ymail.com
_________________

INTRODUÇÃO: Histórias de pessoas que vivem com HIV/aids, emergem segredos e


individualidades. para ecoar esses significados, o pesquisador pode se apoiar nos recursos
da história oral (HO). Essa abordagem dispõe de procedimentos diferenciados, e estão
além da transposição do oral para o escrito. Meihy & Holanda (2010, p. 157-158) sustentam
a tese da transcriação, onde o texto construído a partir desta metodologia, apresentará as
singularidades da fala. Conferindo uma forma diferente, a HO é apropriada para tratar
temas de relevância social e as subjetividades inerentes às experiências de vida,
garantindo o anonimato e uma narrativa de alcance público. OBJETIVOS: Compreender a
partir das narrativas de pessoas que vivem com HIV/aids, como acontece a adaptação e o
ajustamento social diante das adversidades da doença. METODOLOGIA: Historia oral de
vida aplicada a saúde, através da entrevista colaborativa, que é estruturada com
fundamentos elementares: explicitação do tema, objetivo do projeto, poucas perguntas de
corte, sem roteiro pré determinado. As falas são gravadas, transcritas, transcriadas,
posteriormente devolvida aos entrevistados/ colaboradores como texto. Colaboram com
esse trabalho 2 homens, com idades entre 38 e 56 anos, que concordaram em assinar uma
carta de cessão. RESULTADOS: Temas emergiram das falas, num primeiro plano
perpassam pela resiliência e ressignificam os sentidos (FRANKL, 2008) foi a escolha pela
vida: ...”o corpo é meu, é nele que habito”. a adesão ao tratamento medicamentoso: ... “o
vírus é um intruso”. Importância de espaços para praticar de atividade física sem sofrer
preconceitos; mobilização e ativismo. a resiliência como conceito tem sido discutida nas
últimas décadas do século XX, especialmente na área da saúde, caracteriza o
enfrentamento de situações que a priori podem ser compreendidas como aniquiladoras,
mas que servirão de principal fator na mudança de atitude frente à própria vida (ARAUJO,
2011). CONCLUSÕES: As narrativas orais oferecem muitas leituras e abordagens,
recuperam particularidades dos envolvidos, desvelando a memória coletiva. ao narrar sua
história o colaborador, narra as histórias de outros, isso é parte do contexto histórico e não
pode ser deixado de fora. o efeito dessas falas transformam aquele que narra e também
aquele que escuta. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, C.A. MELLO, M. Ap.
RIOS, A.M.G.(2011) Resiliência: Teoria e práticas de pesquisa em psicologia. Ithaka Book:
São Paulo, 222 p. Frankl, V.E (1991). Psicoterapia e sentido da vida. Campinas: Papirus.
Meihy, J. C. B. & Holanda, F. (2010). História Oral: como fazer, como pensar. (2ª. ed) São
Paulo: Contexto.
_________________

Alves, Milene; Paes, Pedro Pinheiro; Almeida Jr., Wilson N.. Recursos da História Oral em Narrativas Sobre o
Hiv/Aids. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10755

_________________
326
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atividade Terapêutica Assistida por Animais - Visita de Animais de


Estimação
_________________

Lima, Luciana de Souza; Rocha, Regina Celia; Rodriguez, Lorgio Henrique Diaz; Melendes,
Barbara Renata da S.
Icesp — luciana.lima@icesp.org.br
_________________

INTRODUÇÃO: a vivência do diagnóstico oncológico e seu tratamento implica no aparecimento de


numerosos e importantes estressores físicos e psicológicos. o impacto do tratamento na qualidade
de vida do paciente e de seus familiares é um fenômeno que tem sido estudado com pesquisas
enfocando as diversas estratégias de enfrentamento utilizadas, bem como a prevenção de sintomas
e efeitos colaterais do processo que comprometem tanto a qualidade de vida como a adesão ao
tratamento. a assistência prestada ao paciente e seus familiares devem ter como objetivos: a
assistência integral, biopsicossociocultural aos usuários, como preconiza a OMS; estimular
comportamento resiliente e encorajar recursos de enfrentamento e comportamentos adaptativos
diante da vivência da doença e hospitalização a pacientes, familiares e equipes de saúde; promover
identificação e aprendizagem auxiliando o paciente, seus familiares e as equipes de saúde a lidar
com os fatores inerentes à situação de doença e hospitalização; favorecer prática humanizada e
interprofissional em saúde; promover humanização e excelência no atendimento. a Atividade
Terapêutica Assistida por Animais vem de encontro à necessidade de práticas humanizadas, que
se utiliza do animal como parte integrante do tratamento psicológico do paciente, sendo proposto
entretenimento, oportunidade de motivação e afeto, a fim de melhorar a qualidade de vida mesmo
na hospitalização. o animal pode ser um canal para o bem-estar do paciente, pelo vínculo forte
desta relação. Proporcionando a oportunidade de vê-lo mesmo que seja pela última vez pode
melhorar o estado de ânimo, pois sua auto-estima também melhora, sendo que os ressentimentos
e angústias são canalizados de uma forma positiva. OBJETIVO: Proporcionar ao paciente internado
a oportunidade de visitação, recreação e distração por meio de contato com seus próprios animais
de estimação, a fim de entreter, motivar e melhorar a qualidade de vida destes, mesmo na
hospitalização. Pode-se modificar a percepção da situação em que o paciente está vivendo tirando
a atenção da dor e do sofrimento para outro estado de percepção, a do contato com o animal; a
distração que eles proporcionam tem efeito reparador e renovador. MÉTODO: a Visita de Animal de
Estimação ocorre em um Hospital Oncológico, é coordenada pela Equipe de Psicologia Hospitalar,
com uma profissional com Especialização em A/TAA (Atividade/ Terapia Assistida por Animais),
com a participação da equipe multiprofissional, Segurança, Bombeiros e Zeladoria. São estipulados
alguns critérios para a participação de pacientes bem como dos animais de estimação.
RESULTADOS: Desde o início dessa ação, em 01/07/11, foram realizadas 8 visitas, com 8
pacientes, 45 familiares, envolvendo mais de 100 profissionais. CONCLUSÃO: Foi possível
observar melhora da dor, a tristeza e o medo. o animal pode trazer alívio e preencher o vazio que a
limitação de atividades e perda da autonomia impõe ao paciente na hospitalização.
_________________

Lima, Luciana de Souza; Rocha, Regina Celia; Rodriguez, Lorgio Henrique Diaz; Melendes, Barbara Renata da S..
Atividade Terapêutica Assistida por Animais - Visita de Animais de Estimação. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10762

_________________
328
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Sentimentos Vividos Pelo Paciente Cirúrgico no Pré-Operatório e


a Humanização da Assistência
_________________

Costa, Andréia Cristina Barbosa; Barbosa, Adriana Olímpio; Macedo, Felipe Flávia
Ribeiro Martins; Silveira, Renata Cristina C. P.; Monteiro, Lidiane Aparecida; Santos,
Patricia da Costa Silva
Universidade de São Paulo — andreiacbc1@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a cirurgia pode causar alterações estruturais e funcionais no cliente podendo ocasionar
danos emocionais e psicossociais, interferindo no estilo de vida, além de desenvolver estresse pelo medo
do desconhecido o que pode resultar em um quadro de insegurança, desespero e ansiedade
(PASCHOAL; GATTO, 2006; MEDINA e BACKES, 2002). À medida que o ato cirúrgico se aproxima, os
níveis de ansiedade e inquietações aumentam por isso o atendimento necessita ser individualizado e
humanizado (MEDINA; BACKES, 2002). Durante esse período o paciente desenvolve sentimentos tidos
como negativos para a cirurgia, e é importante que ele consiga expressar esses sentimentos. ao oferecer
um atendimento individualizado e humanizado, o profissional da saúde é capaz de detectar esses
sentimentos e interagir com eles, estabelecendo uma relação de empatia, centrando o cuidado no cliente
(BACKES et al., 2007). OBJETIVOS: Verificar a humanização da assistência prestada ao cliente no
período perioperatório identificando a satisfação quanto à assistencia oferecida e os fatores geradores
de sentimentos negativos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, transversal. a
amostra foi constituída por cem pacientes cirúrgicos de um hospital X localizado no sul de Minas Gerais,
com idade acima de 18 anos, ambos os sexos, e submetidos a um procedimento cirúrgico eletivo. a
coleta dos dados se deu por meio da aplicação de um questionário adaptado com questões abertas e
fechadas. o trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: dos cem pacientes
entrevistados, 68% apresentaram sentimentos de medo no período pré-operatório, sendo que, 47,1%
apresentaram medo da anestesia, 44,1% apresentaram medo de possíveis danos causados pela
cirurgia, com o mesmo percentual de 44,1% o medo da morte. Já no momento em que entraram no
centro cirúrgico, 47% relataram sentir-se calmo/tranquilo, enquanto que 41% sentiram-se ansiosos.
Quando questionados quanto à existência de queixas em relação ao atendimento, 83% dos entrevistados
alegaram não existir nenhuma queixa, e 17% relataram queixas quanto ao atendimento durante a
hospitalização. dos 17 pacientes que apresentaram queixa referente ao atendimento, 41,1% queixaram-
se do tratamento da equipe médica, 35,3% queixaram-se do atendimento da recepção, e 29%
apresentaram queixas relacionadas ao tratamento da equipe de enfermagem. CONCLUSÕES: Conclui-
se que os principais fatores geradores de sentimentos no período perioperatório são: o medo da
anestesia, o medo da morte e dos possíveis danos causados pela cirurgia. Apesar de a maioria dos
entrevistados classificarem a assistência prestada como boa, os dados mostraram que há necessidade
de melhoria das ações e de atitudes voltadas à humanização do cliente durante a hospitalização, uma
vez que ainda existem queixas referentes ao tratamento em relação ao atendimento das equipes médica,
de enfermagem e recepção.
_________________

Costa, Andréia Cristina Barbosa; Barbosa, Adriana Olímpio; Macedo, Felipe Flávia Ribeiro Martins; Silveira,
Renata Cristina C. P.; Monteiro, Lidiane Aparecida; Santos, Patricia da Costa Silva. Sentimentos Vividos Pelo
Paciente Cirúrgico no Pré-Operatório e a Humanização da Assistência. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10764

_________________
329
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas de Humanização em Saúde: uma Experiência com Idosos


Acometidos de Vestibulopatias
_________________

Aprile, Maria Rita; Schulteisz, Thaís S. de Vincenzo; Bilotta, Fernanda Aprile; Kuns,
Elisabete
Universidade Bandeirante Anhanguera — ritaaprile@hotmail.com
_________________

Introdução: o conceito de humanização em saúde está sujeito a valores e princípios que regem
políticas públicas, práticas de diferentes categorias profissionais, inúmeras modalidades e
protocolos de atenção e prevenção à saúde. Apesar dessa diversidade, consolida-se o pressuposto
que a humanização das relações em saúde em oposição ao comportamento cartesiano, que
distancia os profissionais e pacientes, constitui uma condição que interfere diretamente nos
processos de tratamento e de minimização do sofrimento. Objetivo: Investigar as contribuiçõs para
a qualidade de vida e inclusão social de idosos em tratamento de vestibulopatias, a partir da
convivência com seus pares, em oficinas temáticas, orientadas por princípios de humanização em
saúde. Método: Estudo exploratório e descritivo com 62 vestibulopatas, de ambos gêneros, idade
entre 60 e 84 anos e diferentes escolaridades, que assinaram termo de consentimento livre e
esclarecido. Os dados foram obtidos por meio de questionário de qualidade de vida e registros de
observação em oficinas direcionadas à interação social, estimulação da memória, uso de
medicamentos, aposentadoria, atividade física e alimentação. Os idosos foram distribuídos em 4
grupos que participaram de 4 oficinas com duração de 3 horas cada. ao todo, foram realizadas 16
oficinas e 48 horas de observação. Resultados: dos distúrbios vestibulares, a tontura foi a queixa
predominante (60%). Houve prevalência de idosos entre 65 e 69 anos (32%); gênero feminino (80%)
e ensino fundamental completo (67,7%); 79% eram aposentados e, desses, 18% continuavam a
trabalhar; 18% exerciam trabalho improdutivo; 22% trabalho voluntário; 24% desempenhavam
atividades na família; 19% buscavam trabalho remunerado e 11% consideravam as vestibulopatias
impeditivas ao trabalho. As caminhadas constituíam a atividade física predominante (60%) e, assistir
televisão, o lazer principal (90%); 95% não tinham alimentação balanceada; 34% desenvolviam
atividades que exigiam memória e concentração; 60% liam jornais, livros e revistas; 69%
participavam de cursos e palestras e 58% de grupos religiosos; 72% faziam planos de vida; 77%
não consideravam a morte uma realidade próxima e 30% usavam antidepressivos. nas Oficinas, os
idosos compartilharam: experiências pessoais (tentativa de suicídio, rejeição familiar, depressão
etc.) e sentimentos (abandono, inutilidade, não pertencimento social); estabeleceram vínculos de
amizades; fortaleceram a autoestima e resgataram o seu papel social, além de se comprometerem
com o tratamento em curso e com as práticas de autocuidado (alimentação, higiene, uso adequado
de medicamentos etc.). Conclusões: Apoiados em princípios de humanização em saúde, os
comportamentos interativos proporcionados pelas Oficinas permitiram a esses idosos estabelecer
relações afetivas e solidárias com repercussões no desenvolvimento de: autoestima, sentimento de
pertencimento social, tratamento das vestibulopatias, bem estar e qualidade de vida
_________________

Aprile, Maria Rita; Schulteisz, Thaís S. de Vincenzo; Bilotta, Fernanda Aprile; Kuns, Elisabete. Práticas de Humanização
em Saúde: uma Experiência com Idosos Acometidos de Vestibulopatias. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10769

_________________
330
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Experiência do Serviço de Apoio Psicossocial como


Estratégia de Humanização dos Processos Periciais
_________________

Lima, Maria Juliana Vieira; Nogueira, Carla Valéria; Guimarães, Maria Vanessa da
Silva; Colares, Maria Carmelita Sampaio; Cavalcante, Egina Serra; Moares, Sâmia
Bessa de; Carvalho, Júlia Maria de O.
Universidade Federal do Ceará — mjulianavlima@hotmail.com
_________________

A Perícia Médica tem como função, dentre outras, avaliar o estado de saúde e a
capacidade do servidor para o trabalho. Pesquisa realizada na instituição pericial revela
que os transtornos mentais e comportamentais entre os servidores públicos estaduais tem
sido a principal causa de afastamentos do trabalho. Considerando como premissa, que os
atos periciais devem alinhar-se aos paradigmas pactuados entre a administração pública e
sociedade, com foco na humanização, na área da saúde e do cuidado ao servidor, na
vigilância em saúde ambiental no trabalho e no controle e prevenção das violências e
acidentes de trabalho; foi criado o Serviço de Apoio Psicossocial da Perícia Médica.
Objetiva-se, neste trabalho, apresentar a experiência da atuação da equipe psicossocial
na humanização dos processos periciais, ultrapassando o objetivo primordial da Perícia em
avaliar e tornando-a também um setor de assistência e cuidado ao trabalhador. o Serviço
existe desde 2008 e é formado por profissionais e estagiários de Psicologia, Serviço Social
e Fisioterapia. Desenvolvem-se atendimentos e avaliações com os servidores que se
encontram em licença por apresentar transtorno mental e, após adesão destes ao serviço,
é traçado um plano individual, mantendo um diálogo com as instituições e profissionais de
apoio; realizando-se também visitas domiciliares e ao local de trabalho e; ofertando-se um
grupo aberto, de carácter psicoeducativo e de apoio, aos servidores que desejem trabalhar
questões referentes à saúde ocupacional. Além das atividades de assistência e avaliação,
são realizados grupos de estudo e capacitações com os profissionais e estagiários da
equipe para o aprimoramento e planejamento das ações. a atuação do Serviço tem
favorecido ações de assistência integral ao servidor, combatendo intervenções pontuais,
fragmentadas e desarticuladas que desconsideram outras esferas da vida dos
trabalhadores e avaliam apenas aspectos patológicos e limitantes. como indicativos das
intervenções da equipe, observam-se aumento do número de processos de readaptação
das funções laborais, permanência de vínculos sociais no trabalho e sensibilização da
gestão pública para uma adaptação e convivência com as particularidades do portador de
transtorno mental. Os resultados geram impacto positivo e suscitam questões sobre a
necessidade de humanização dos processos periciais e dos modelos de gestão pública.
_________________

Lima, Maria Juliana Vieira; Nogueira, Carla Valéria; Guimarães, Maria Vanessa da Silva; Colares, Maria
Carmelita Sampaio; Cavalcante, Egina Serra; Moares, Sâmia Bessa de; Carvalho, Júlia Maria de O.. A
Experiência do Serviço de Apoio Psicossocial como Estratégia de Humanização dos Processos Periciais.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10747

_________________
322
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Repercussões da Experiência como Palhaço de Hospital em


Profissionais da Saúde Recém-Formados - Relato de
Experiências
_________________

Martins, Mauro Fantini Nogueira; Arnaut, Amanda de Moura; Cillo, Bianca


Bongiorno de; Chaves, Guilherme Souza
Centro Universitário São Camilo — maurofantini@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: em 2010 foi iniciado o projeto de extensão Narizes de Plantão em um


centro universitário particular da cidade de São Paulo. Nesse projeto, graduandos da área
da saúde de variados cursos (Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição
e Psicologia) treinam intensamente a linguagem teatral do clown e a utilizam em visitas
periódicas a hospitais. a linguagem do clown aborda constantemente habilidades de
improvisação, brincadeira, espontaneidade e sinceridade e demanda do estudante reflexão
e treino a respeito de sua escuta, do seu trabalho em equipe e do seu olhar para colegas
e pacientes. É possível que tal treinamento influencie a prática profissional do aluno no
mercado de trabalho. OBJETIVOS: verificar se os conceitos artísticos e relacionais
treinados durante a participação no projeto de extensão Narizes de Plantão influenciam a
prática profissional em saúde de ex-alunos formados e empregados. MÉTODOS: Dez ex-
participantes dos Narizes de Plantão, com diferentes formações, foram entrevistados sobre
as possíveis influências da linguagem do clown em suas atividades profissionais. As
respostas foram coletadas e analisadas individual e conjuntamente, em busca de temáticas
similares. RESULTADOS: Duas fisioterapeutas ex-participantes dos Narizes de Plantão
relataram utilizar abordagens lúdicas improvisadas para ganhar a confiança de pacientes
e a participação deles em exercícios monótonos de reabilitação física. uma médica contou
que após deixar a faculdade, entrou em uma Organização Não-Governamental de
palhaços em hospital e criou um blog, onde publica suas histórias de médica-palhaça ou
palhaça-médica. uma terapeuta ocupacional disse que uma característica marcante do
palhaço utilizada diariamente em seu trabalho é a de comemorar as pequenas vitórias.
Segundo ela, isso dá mais confiança a pacientes e familiares para seguir um tratamento.
CONCLUSÕES: para alguns profissionais, passar por uma atividade artística durante a
graduação gerou influências positivas em suas práticas de atendimento. É possível,
portanto, que ferramentas relacionais da linguagem do clown sejam incorporadas ao
cotidiano do profissional de saúde.
_________________

Martins, Mauro Fantini Nogueira; Arnaut, Amanda de Moura; Cillo, Bianca Bongiorno de; Chaves, Guilherme
Souza. Repercussões da Experiência como Palhaço de Hospital em Profissionais da Saúde Recém-
Formados - Relato de Experiências. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10761

_________________
327
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo Psicoeducativo de Radioterapia: Relato de Experiência


_________________

Santos, Vivian Teodoro dos; Duarte, Estela de Castro; Jorge, Laís Navarro; Oliveira, Janaína
Novaes de; Tonaki, Juliana Ono; Oliveira, Cinthia Greicim de
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) — vivianteodoro@bol.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: a radioterapia é pouco conhecida por grande parte dos pacientes que iniciam esse
tratamento, o que pode potencializar sentimentos de medo do desconhecido, desesperança, solidão e
incerteza. Estes sentimentos foram constatados nas primeiras consultas de revisão semanal no setor
de radioterapia. Frente a essa problemática e à dificuldade de compreensão por parte de alguns
pacientes, observou-se a necessidade de realização de um grupo de orientação que atendesse a estas
necessidades. o grupo esclarece a rotina do tratamento e oferece de forma humanizada um convívio de
iguais onde descobrem que durante o tratamento poderão contar com os profissionais envolvidos no
seu cuidado. OBJETIVO: Relatar como acontece o acolhimento dos usuários na radioterapia, que visa
amenizar as ansiedades, incertezas e angústias e auxiliar na relação entre usuário e equipe
multidisciplinar. MÉTODO: para formação do grupo de orientação, selecionaram-se aleatoriamente os
pacientes que apresentavam lesões nas regiões de próstata, cabeça e pescoço e trato gastrointestinal.
o convite para participação realizou-se por meio de contato telefônico. Após a confirmação de presença,
os temas foram planejados de forma expositiva e participativa, por meio de álbum seriado com
explicações do tratamento, fotos de acessórios e equipamentos utilizados, além de apresentar as
equipes de apoio e multidisciplinar. o grupo dispunha-se em roda, oferecia aos participantes o direito de
exposição de dúvidas e, ao final, solicitou-se o preenchimento da pesquisa de satisfação.
RESULTADOS: de acordo com dados referentes a seis grupos realizados (1º. semestre de 2011),
observou-se que, dos pacientes selecionados, 50% confirmaram a presença; desses, 24%
compareceram. Dentre os motivos para as faltas e não confirmações de presença surgiram: falta de
interesse, dificuldade financeira, falta de transporte, telefone de contato errado, paciente residente em
outra cidade/estado, tentativa de contato sem sucesso, óbito e paciente transferido para o Núcleo
Avançado de Cuidados Especiais. em relação à pesquisa de satisfação, verificou-se que 77% dos
participantes acharam ótimo participar da atividade, 22% bom e 1% regular. Alguns sentimentos também
foram mencionados pelos pacientes, como bem estar, segurança e experiência. Vale destacar o
comentário de um paciente: “A concomitância da psicologia e enfermagem contribuíram à competência
médica científica do Instituto do câncer, vocês estão de parabéns”. CONCLUSÃO: Evidenciou-se a
importância do grupo de apoio e acolhida, onde o paciente vivencia vários sentimentos, os quais poderão
impedi-lo de realizar um tratamento e, muitas vezes, o levam a desistir por falta de orientação adequada.
o grupo de orientação proporcionou a facilitação da adesão dos pacientes ao tratamento radioterápico
e a participação no grupo propiciou aos pacientes certa estabilidade emocional frente ao tratamento e
manejo das complicações, por melhor compreensão das orientações.
_________________

Santos, Vivian Teodoro dos; Duarte, Estela de Castro; Jorge, Laís Navarro; Oliveira, Janaína Novaes de; Tonaki, Juliana
Ono; Oliveira, Cinthia Greicim de. Grupo Psicoeducativo de Radioterapia: Relato de Experiência. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10754

_________________
325
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Acompanhamento Terapêutico no Centro Cirúrgico


_________________

Pinto, Stela Duarte; Cotrim, Ana Moreira; Rodrigues, Karine Cândido; D`Afonseca,
Mariana Gonçalves
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo — stela.duarte@icesp.org.br
_________________

Introdução: o Centro Cirúrgico (CC) pode ser considerado um ambiente estressante, que
pode ser percebido pelo paciente como uma ameaça real ou imaginária. Isto irá depender
da vivência de experiências anteriores, características de personalidade e do tipo de
informação obtida em relação ao procedimento cirúrgico. Existem pacientes com indicação
cirúrgica que desistem ou adiam a cirurgia devido à falta de informação, fantasias e
sentimentos, como medo e ansiedade. Estudos mostram que a informação e a intervenção
psicológica podem diminuir o grau de ansiedade e auxiliar o paciente no processo de
enfrentamento de sua doença e dos medos associados à cirurgia, embora alguns ainda
assim, permaneçam com altos níveis de ansiedade e requeiram suporte até o momento da
cirurgia. Devido a estes fatores e visando uma prática humanizada, para atender a
demanda singular de cada paciente, o Serviço de Psicologia Hospitalar de um hospital
oncológico público percebeu a necessidade da criação de um programa de
acompanhamento aos pacientes no CC. Objetivo: Acompanhar pacientes com câncer no
período pré-operatório, desde a ida ao centro cirúrgico até o momento da anestesia; atuar
diante de quadros psico-reativos; orientar e fornecer suporte terapêutico ao paciente frente
à cirurgia, minimizando o nível de ansiedade durante o período pré-operatório mediato e
imediato. Método: Os pacientes, após serem admitidos na unidade de internação são
avaliados pela equipe de psicologia. Nesta triagem inicial, são avaliados: nível de
ansiedade, sofrimento psíquico, grau de conhecimento da cirurgia, mecanismos de defesa,
recursos de enfrentamento, postura frente à doença e hospitalização, além de
manifestações psíquicas e comportamentais. Após esta avaliação, verifica-se a
necessidade de acompanhamento ao CC e o desejo, por parte do paciente, de ser
acompanhado pelo psicólogo. Resultado: o programa “Acompanhamento Terapêutico no
CC”, iniciou-se em outubro de 2009 e foram acompanhados até dezembro de 2013, 102
pacientes. Os que receberam este suporte mostraram-se menos ansiosos e mais seguros
para a realização do procedimento. Conclusão: o acompanhamento terapêutico no CC
pode ser uma estratégia para reduzir a ansiedade, o medo e suas repercussões em
pacientes com câncer; além de contribuir para uma compreensão mais ampla sobre o
processo, fortalecendo recursos de enfrentamento diante da intervenção cirúrgica, sendo
um programa voltado para a humanização, uma vez que contribui para uma atenção
integral do paciente.
_________________

Pinto, Stela Duarte; Cotrim, Ana Moreira; Rodrigues, Karine Cândido; D`Afonseca, Mariana Gonçalves.
Acompanhamento Terapêutico no Centro Cirúrgico. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10744

_________________
321
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Processo de Trabalho em Enfermagem e Os Recursos


Humanos: a Humanização em Construção
_________________

Guedes, Giovanna Carolina; Nicola, Anair Lazari; Moraes, Aluana; Rodrigues, Daisy
Cristina; Cavalheiri, Jolana Cristina
Universidade Estadual do Oeste do Paraná — giocguedes@hotmail.com
_________________

Introdução: o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) foi


instituído pelo Ministério da Saúde no ano de 2001. Teve como principal objetivo melhorar
as relações entre os profissionais da saúde e usuários, bem como dos profissionais entre
si e do hospital com a comunidade. o programa foi elaborado a partir das referências dos
usuários, que se queixavam sobre a deficiência no atendimento hospitalar (BRASIL, 2001).
para a implantação do PNHAH foram criados Grupos de Trabalho de Humanização
Hospitalar. Esses grupos seriam os elementos agregadores e difusores do conceito de
humanização, contemplando os conceitos subjetivos e éticos, bem como as propostas do
programa. no seu processo de trabalho, o enfermeiro tem como foco principal o
desenvolvimento do cuidado e o gerenciamento de enfermagem e para atender as
constantes transformações nas organizações de saúde, busca utilizar modelos gerenciais
capazes de assegurar aos usuários uma assistência integral por meio da humanização.
Objetivo: Realizar um relato de experiência sobre a humanização e o gerenciamento em
enfermagem para a alta hospitalar. Método: Esta pesquisa consistiu em um relato de
experiência que descreve aspectos vivenciados pelas residentes de enfermagem em
gerenciamento de enfermagem em clinica médica e cirúrgica. o relato de experiência é
uma ferramenta de pesquisa que tem por objetivo realizar uma reflexão sobre uma ação
ou uma situação identificada. Resultados: Durante o período que permanecemos nas
unidades foi possível evidenciar que os profissionais compreendem o processo de
humanização para a assistência. no entanto quando observada a sua prática durante a
assistência foi identificado que não existe o numero necessário de profissionais para
realizar o cuidado humanizado, tornando a assistência fragmentada. Essas ações são
decorrentes de inúmeros fatores, entre eles, o modelo gerencial, a cultura institucional,
ausência de dimensionamento adequado dos profissionais e a sobrecarga de trabalho que
acaba gerando absenteísmo entre os profissionais de saúde. Ficou evidenciado que a
instituições de saúde precisam aprimorar seu ambiente de trabalho, a fim que o mesmo
torne-se favorável e adequado para que os enfermeiros realizem uma assistência
humanizada. Conclusão: a instituição deve ser provedora dos meios para que os
profissionais possam realizar a assistência de acordo com os pressupostos da
humanização. a falta de infraestrutura e o déficit de profissionais são fatores que
influenciam diretamente na assistência. Portanto, faz-se necessário ressaltar, que os
pressupostos da humanização não sejam vistos de modo isolado por uma categoria
profissional, mas articulada com as dimensões políticas e administrativas das instituições.
_________________

Guedes, Giovanna Carolina; Nicola, Anair Lazari; Moraes, Aluana; Rodrigues, Daisy Cristina; Cavalheiri,
Jolana Cristina. O Processo de Trabalho em Enfermagem e Os Recursos Humanos: a Humanização em
Construção. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10748

_________________
323
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Senso de Time Entre Os Responsáveis Pelo Desenvolvimento dos


Funcionários em um Hospital Público
_________________

Santos, Mariana Wiezel dos; Santiago, Alessandra; Silva, Gisele Deise dos Santos; Pedroso,
Tatiana Domingues; Brito, Walkiria Carvalho de; Rodrigues, Mari Del Carmen Otero; Ambrogi,
Ana Maria Fernandes
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP —
mariana.wiezel@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: Fundamentado na premissa da gestão da instituição de equilibrar os fatores racionais e sócio-


emocionais, alinhando estas forças rumo a “Visão e Objetivos Compartilhados”, iniciou-se o projeto para qualificar
e padronizar o atendimento prestado aos clientes, desde a porta de entrada de um hospital terciário de grande porte.
no primeiro encontro das 12 unidades que compõe o complexo para alinhar práticas e conceitos sobre qualidade de
atendimento, observou-se sentimentos como a ansiedade e o receio em compartilhar experiências e cooperar com
aprendizados. Segundo Freitas (2000), as pessoas se reúnem em grupo para realizar um projeto comum, e, nesse
processo, atuam dois mecanismos psicológicos: a identificação e a idealização do grupo e do projeto. Pichon-Rivière
(1998) define três momentos que caracterizam qualquer grupo humano: 1º) afiliação e identificação - se transformam
em pertença, quando há maior integração do indivíduo ao grupo; 2º) cooperação - se traduz na contribuição do
indivíduo para a tarefa grupal e; 3º) pertinência - consiste em centrar-se no grupo e na tarefa. Portanto, foi
importantíssimo criar sinergia entre as equipes responsáveis por desenvolver o projeto para que o cliente
percebesse o mesmo padrão de excelência e qualidade nas 12 unidades, mesmo com especificidades tão
diferentes. Objetivos: Estimular a integração e a cooperação das unidades, de forma a estabelecer o senso de time.
Proporcionar ambiente e momentos que permitam a criação do sentimento de pertença a uma mesma corporação.
Método: em set/2012 ocorreu um workshop proporcionando espaço de reflexão e discussão para alinhar práticas e
conceitos sobre a busca da excelência no atendimento. Estiveram presentes 45 colaboradores das áreas de
Treinamento, Humanização e Líderes de recepção, além do superintendente e chefe de gabinete. a partir de 2013
o programa obteve apoio do eixo temático com foco no paciente que era composto por diretores, coordenadores e
líderes. E, em 15/04/2013, sucedeu o lançamento do guia de interação e relacionamento com o cliente e do
programa de treinamento. Os temas do treinamento foram desenvolvidos pelos membros das equipes destas
unidades, que além de ministrarem as aulas, sediavam as turmas e recebiam colaboradores das outras. de set/2012
a dez/2013, aconteceram 16 reuniões com todas as unidades e outras com grupos específicos para acompanhar
constantemente ações, interesses, conflitos e necessidades. Resultados: o programa envolveu 43 instrutores para
ministrar 110 aulas, resultando mais de 544 horas dedicadas ao ensino. Participaram 55 profissionais na aplicação
de um instrumento de avaliação da eficácia do treinamento. a interdependência entre as equipes para treinar os
colaboradores de suas unidades forçou a integração e favoreceu a formação de relações interpessoais, facilitando
a realização das tarefas e contribuindo para a identificação, o sentimento de pertença, a cooperação e a
solidariedade. ao concluir o programa e analisar os resultados obtidos, o envolvimento destes profissionais culminou
no comprometimento em continuar e ir além: desenvolver a liderança e criar uma identidade visual, a começar pela
padronização do uniforme. Conclusão: Os membros de um grupo precisam compartilhar sentimentos comuns, que
variam em intensidade e se revelam convergentes se existe a sincronia de valores e interesses. Schein (1993)
destaca que a persistência de normas e valores de uma organização pode criar uma cultura total, única e forte.
_________________

Santos, Mariana Wiezel dos; Santiago, Alessandra; Silva, Gisele Deise dos Santos; Pedroso, Tatiana Domingues; Brito,
Walkiria Carvalho de; Rodrigues, Mari Del Carmen Otero; Ambrogi, Ana Maria Fernandes. O Senso de Time Entre Os
Responsáveis Pelo Desenvolvimento dos Funcionários em um Hospital Público. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10753

_________________
324
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Aqui Você É Bem Cuidado: Experiência de


Corresponsabilização Entre Usuários, Trabalhadores e
Gestores Pelo Processo Produção da Saúde
_________________

Silva, Marcio Azevedo da; Mangueira, Albania Araújo; Carvalho, Fabiana Regina;
Lourenço, Rita Gomes
Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias - SMSDC —
humanizasus.sms@duquedecaxias.rj.gov.br
_________________

Introdução: o Ministério da Saúde tem reafirmado o HumanizaSUS como política


transversal às diferentes ações e instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS),
englobando os diferentes níveis e dimensões da atenção e da gestão. o programa Aqui
você é bem cuidado pretende provocar inovações nas práticas gerenciais e de produção
de saúde, propondo aos diferentes coletivos/sujeitos implicados nestas práticas o desafio
de superar limites e experimentar novas formas de organização dos serviços e novos
modos de produção e circulação de poder. Entendendo o município como o nível mais
periférico do sistema de saúde este programa busca consolidar redes, vínculos e a
corresponsabilização entre usuários, trabalhadores e gestores para a garantia de atenção
integral, resolutiva e humanizada. Objetivos: contagiar por humanidades a rede municipal
de saúde; fortalecer as iniciativas existentes e fomentar a implementação de outras;
fortalecer a gestão participativa, o trabalho em rede e o controle social. Métodos: uso do
apoio institucional como estratégia para a elaboração de projetos cogeridos sob a ótica do
cuidado humanizado. para tanto, nos utilizamos da comunidade ampliada de pesquisa
como uma ferramenta metodológica de cooperação entre saberes científicos e da
experiência, operando uma dialética entre “teoria e prática”, que possibilita a produção de
conhecimento e ações de mudança assumidas pelos indivíduos que vivenciam os
problemas no seu cotidiano. Resultados: o programa Aqui você é bem cuidado vem
afetando os gestores do SUS, como provedores das condições para o cuidado; os
trabalhadores, como responsáveis pelo cuidado em ato; e os usuários, promovendo o
empoderamento e o controle social. a experiência do apoio institucional mostra-se positiva
para o fortalecimento do vínculo entre a gestão, a assessoria técnica de humanização e os
serviços de saúde, aumentando o grau de responsabilização pela gestão do cuidado
humanizado. Conclusão: a humanização da gestão e da atenção à saúde ainda é um
desafio a ser superado. Ser bem cuidado é uma demanda social que a nosso ver só será
atendida plenamente com a real implicação dos sujeitos envolvidos na produção da saúde.
Empregar métodos de fomento à responsabilização e participação mostra-se como
estratégia potente para a construção do SUS que dá certo.
_________________

Silva, Marcio Azevedo da; Mangueira, Albania Araújo; Carvalho, Fabiana Regina; Lourenço, Rita Gomes.
Aqui Você É Bem Cuidado: Experiência de Corresponsabilização Entre Usuários, Trabalhadores e Gestores
Pelo Processo Produção da Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10730

_________________
315
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Luta Contra a Desesperança: a Experiência de Gestantes


com Hiv
_________________

Matos, Ana Paula Keller de; Oliveira, Fernanda Ferreira D.; Wernet, Monika
Universidade Federal de São Carlos — anakeller@gmail.com
_________________

Introdução: a descoberta do vírus da imunodeficiência humana (HIV) durante a gestação


conduz a mulher a vivenciar o preconceito, a discriminação, a possibilidade de infectar o
filho, promovendo com isso uma ponderação existencial. Nesse contexto, vivência uma
assistência obstétrica que, nem sempre, associa-se aos preceitos de humanização. o
atendimento aos portadores do HIV ainda está imerso em julgamentos e condutas que não
ultrapassam os limites da teoria. uma assistência humanizada envolve o atendimento com
respeito da individualidade e promoção dos direitos humanos dessas mulheres que vivem
uma situação de sofrimento intenso. Nesse sentido, a vivência destas remete à experiência
da esperança. a esperança é um processo multidimensional e dinâmico, focado na
possibilidade de se alcançar o que é desejado. Incorpora o alicerce e a força para existir,
sendo acionada nos momentos de dificuldades. Dessa forma, o convívio com o HIV durante
a gestação conecta-se à experiência da esperança, por isso o presente estudo elencou a
esperança como seu componente. Objetivo: Explorar e descrever experiências de
esperança durante a gestação na mulher que descobre sua soropositividade para o HIV no
pré-natal. Métodos: Este estudo selecionou, como referencial teórico, o Interacionismo
Simbólico e teve a pesquisa de narrativas como referencial metodológico. a estratégia de
coleta de dados adotada foi a entrevista semiestruturada associada ao genograma e
ecomapa de esperança. Integraram o estudo sete mulheres gestantes que descobriram
sua soropositividade para o HIV no pré-natal. Resultados: Estão apresentados e
organizados a partir das seguintes unidades temáticas: “revisão da vida”; “ser mãe”, “cuidar
de si”, “entrega à intervenção divina”, “interações sociais e esperança”. o fenômeno central
identificado foi “A luta contra a desesperança”. Conclusão: a tendência à desesperança
faz-se fortemente presente no cotidiano gestacional dessas mulheres e existem interações
que são promotoras da esperança e outras restritoras. Dentes estas o atendimento
humanizado é uma ferramenta que pode promover a esperança. a mulher procura valorizar
aquelas relações promotoras de esperança para poder alcançar o que estabeleceu como
meta para este período: contribuir com a soronegatividade do filho gestado.
_________________

Matos, Ana Paula Keller de; Oliveira, Fernanda Ferreira D.; Wernet, Monika. A Luta Contra a Desesperança:
a Experiência de Gestantes com Hiv. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10741

_________________
320
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Implantação de Brinquedoteca Hospitalar em Clínica Médica


_________________

Linhares, Daniela Ribeiro


Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - HU-USP, São Paulo, Sp —
linhares75@hotmail.com
_________________

A hospitalização pode causar, em muitos indivíduos, mal-estar mental em contraposição à


busca pela saúde, por isso, mesmo com a melhora da patologia, estes podem sentir-se
deprimidos e desrespeitados devido a sua impotência neste momento, acarretando
traumas e angústias que desequilibram sua relação com o meio. Acredita-se que a
realização de atividades lúdicas/recreativas, durante a hospitalização, pode contribuir,
efetivamente, para amenizar o estado ocioso mediante práticas educativas que estimulem
a criatividade, a socialização, o interesse pela leitura e pela música, entre outras. Este
estudo foi realizado na unidade de Clínica Médica (CM) de um hospital em São Paulo, com
atendimento geral, nível secundário, com os objetivos de verificar se os pacientes
internados expressam a necessidade de realizar atividades lúdico-recreativas e identificar
quais atividades consideram possíveis de serem realizadas durante a internação. a coleta
de dados foi realizada por meio de aplicação de formulário junto a 32 pacientes internados
na CM. Os resultados evidenciaram que 31 participantes consideram importante a
existência de um espaço ou momento com atividades recreativas. Foram citadas 148
atividades recreativas, sendo: ouvir música; usar papel e caneta para escrita de cartas,
registro pessoal em diário e palavras cruzadas; realizar pinturas; participar de jogos como
baralho dominó, quebra-cabeças, damas, xadrez, futebol, bilhar e comunitários
estratégicos, leitura de livros; realizar trabalhos manuais como crochet, tricot, costura,
culinária, fuxico e bordado. o estudo mostrou aos profissionais de saúde e educação que
precisam ampliar suas ações, principalmente aquelas voltadas ao acolhimento do
indivíduo, e reconhecer que, ao proporcionar a realização de atividades recreativas, estão
favorecendo aos pacientes benefícios, dentre eles, o resgate da alegria. como resultado
prático, este trabalho motivou a elaboração de um projeto que viabilizasse a implantação
de uma brinquedoteca para adultos com o suporte dos grupo de voluntários vinculado ao
hospital. a criação de um local apropriado para os pacientes internados na CM realizarem
atividades lúdicos-recreativas, desde julho de 2007 até os dias atuais, permitiu a
visibilidade da equipe ao ser brincante, independente de sua idade, além do investimento
em novas tecnologias, como a instalação de computadores e wi-fi para a melhor
conectividade do sujeito neste período em que a interface social é tão importante para sua
recuperação.
_________________

Linhares, Daniela Ribeiro. Implantação de Brinquedoteca Hospitalar em Clínica Médica. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10738

_________________
317
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo Terapêutico em Sala de Espera: “Programa Tsurus e As


Dobraduras da Vida”
_________________

Moreira, Samantha; Matosinho, Nívea Passos Maehara; Peeters, Irene da Silva


Icesp - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo — samantha.moreira@icesp.org.br
_________________

Introdução: o diagnóstico de câncer e as mudanças decorrentes do adoecer e do


tratamento podem despertar sentimentos de vulnerabilidade e insegurança nos pacientes
e cuidadores. Frente ao tratamento quimioterápico geralmente surgirem preocupações
referentes aos efeitos colaterais, dúvidas, fantasias e necessidade de adaptações. o
cuidado psicológico durante a quimioterapia torna-se fundamental na mobilização de
recursos de enfrentamento, sendo a intervenção em grupo e a arteterapia importantes
ferramentas. Objetivo: Relatar a experiência do programa e refletir sobre os possíveis
benefícios terapêuticos do recurso do origami em grupos de sala de espera. Método: Trata-
se de um grupo terapêutico aberto, coordenado por psicólogos, com frequência semanal,
voltado principalmente aos acompanhantes de pacientes em tratamento quimioterápico. o
convite é realizado na sala de espera do Setor de Quimioterapia. Podem participar homens,
mulheres e crianças, sem restrições de idade. As atividades são semi-estruturadas: conta-
se a história e a lenda que envolve o origami tsuru. em seguida, é ensinado como fazer a
dobradura onde cada participante produz o seu próprio origami. Também é proporcionado
um espaço de reflexão, discussão, atribuição de significados e acolhimento de conteúdos
emocionais despertados a partir da atividade. Resultados: Desde o início do Programa,
em 2009, participaram 46 pacientes e 1.995 acompanhantes. a maioria dos
acompanhantes são mulheres e familiares de pacientes, refletindo o perfil dos cuidadores
dos pacientes no hospital. a escolha do origami tsuru mostra-se favorecedor da expressão
de sentimentos associados ao processo de adoecimento, pelo seu simbolismo e
significado. o processo de transformação do papel, através das dobras, possibilita a
reflexão sobre as mudanças e transformações na vida a partir da experiência da doença.
Além disso, a lenda do tsuru incentiva o despertar de sonhos, fé e esperança. o grupo
possibilita a troca de experiências, evidenciando a importância e necessidade de uma rede
de apoio durante o momento vivenciado. a partir da atividade pode-se observar
manifestações psíquicas e comportamentais de ansiedade, angústia, medo, fantasias,
culpa, impotência, frustração, insegurança, bem como resiliência e esperança. Conclusão:
o recurso artístico do origami em sala de espera surge como estratégia criativa e
humanizadora na amenização do sofrimento frente ao adoecer. Esta intervenção parece
favorecer o fortalecimento de recursos de enfrentamento dos participantes, possibilitando
a expressão e elaboração de aspectos afetivos. Também estabelece um vínculo com o
Serviço de Psicologia através do acolhimento e suporte psicológico aos usuários do
Programa.
_________________

Moreira, Samantha; Matosinho, Nívea Passos Maehara; Peeters, Irene da Silva. Grupo Terapêutico em Sala
de Espera: “Programa Tsurus e As Dobraduras da Vida”. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10740

_________________
319
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo Acolhida Ambulatorial


_________________

Andrade, Paulo Antonio da Silva; Rodriguez, Lorgio Henrique Diaz; Souza, Jane
Lopes de
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo - Icesp — paulo.andrade@icesp.org.br
_________________

Introdução: o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar lançado em


2001 pelo Ministério da Saúde teve como objetivo “Valorizar a dimensão humana e
subjetiva, presente em todo ato de assistência à saúde...” ao enfatizar a complexa
dimensão da pessoa humana, o Ministério da Saúde resgata a noção de que o tratamento
é, primordialmente, o modo pelo qual nos sentimos tratados, recebidos, orientados e,
portanto, requer hospitalidade e um encontro solícito em que compareça o desvelo e a
preocupação com o outro. Objetivo: Oferecer grupos de recepção e acolhimento aos
novos pacientes e seus acompanhantes que diariamente nos procuram para iniciar seu
tratamento oncológico e buscar minimizar medos, ansiedades e mitos a respeito do câncer
e sua terapêutica, além de informar sobre o funcionamento do hospital. Método:
Atualmente é composto por aproximadamente 60 funcionários da área assistencial:
psicologia, nutrição, enfermagem, farmácia, assistência social e reabilitação. Os grupos
são realizados de 2ª a 6ª feira, das 8 às 9h e das 13h às 14h em nível ambulatorial. Após
a medição de sinais realizada pela equipe de enfermagem, os novos pacientes são
dirigidos a uma sala onde encontrão um profissional da assistência que apresenta os
objetivos do encontro: que todos possam conhecer o lugar onde estão chegando, as
pessoas que deles irão cuidar, assim como podem perguntar e tirar suas duvidas sobre as
principais modalidades de combate ao câncer. a consulta medica só acontece depois do
grupo. em seguida, pacientes e acompanhantes são convidados a se apresentarem
brevemente da maneira que desejarem. um conjunto de slides especialmente preparados
por cada uma das áreas envolvidas é utilizado como roteiro para apresentar sucintamente
os principais tipos de tratamento oncológico disponíveis, recursos diagnósticos, direitos,
serviços, profissionais e orientações gerais sobre como acessá-los. ao final, é entregue
uma pasta contendo um folheto com mais algumas informações e telefones úteis aos
pacientes. na sequencia todos são direcionados aos consultórios médicos. Resultado: o
programa Grupo Acolhida Ambulatorial já recebeu desde o inicio, mais de 20.000
participantes, entre pacientes e acompanhantes e ao término de cada grupo, todos
agradecem fortemente o acolhimento, demonstrando redução importante do medo e
ansiedade inicial em relação ao tratamento e primeira consulta médica, assim como
orientados sobre as rotinas do hospital. Conclusão: a atividade de acolhimento e recepção
em grupo de novos pacientes tem demonstrado ser eficiente em valorizar o contato
humano entre profissionais e usuários do nosso serviço hospitalar e adequar expectativas,
reduzir medos e desfazer os mitos associados ao câncer e seu tratamento.
_________________

Andrade, Paulo Antonio da Silva; Rodriguez, Lorgio Henrique Diaz; Souza, Jane Lopes de. Grupo Acolhida
Ambulatorial. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10739

_________________
318
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Uma Proposta e Formação em Humanização para Medicos Residentes


_________________

Ribeiro, Manoel Carlos Sampaio de Almeida; Bivanco, Danielle; Moura, Juliana; Affonso,
Fernanda de Carvalho; Pinto, Antonio Carlos G. S.; Cuginotti, Aloisio; Irano, Rosangela
FCMSCSP — mcrmacal@gmail.com
_________________

Introdução: a PNH tem como objetivo humanizar as práticas de saúde e de gestão em saúde em todos
os níveis do Sistema Único de Saúde, em busca da valorização do usuário, dos trabalhadores, e dos
gestores com gestão participativa, com objetivo de buscar a excelência no cuidado ao usuário. a PNH
propõe o uso da Clínica Ampliada como forma de ampliar a compreensão do processo saúde-doença, a
valorizar da dimensão subjetiva e social do adoecimento de cada indivíduo e promover um trabalho em
equipe. por outro lado, a OMS recomenda que os médicos sejam treinados em competências de
comunicação pois, com isso, há melhora da construção da anamnese, melhora acurácia de diagnóstico,
reduzindo consumo de recursos, com maior satisfação de pacientes e dos próprios médicos. a Residência
Médica é uma modalidade de formação médica realizada após o término da graduação, em hospitais
credenciados, baseada no ensino e treinamento em serviço, isto é, no exercício da prática médica.
Através dela, busca-se complementar a formação médica e a especialização. no entanto, muito pouca
atenção tem sido dada a formação em humanização nesta etapa tão central da formação médica quer
nas diretrizes e ações da PNH, quer seja no desenvolvimento das competências de comunicação.
Objetivo: Discutir as bases de um programa de formação em humanização para médico residentes
Metodologia: Foi constituída uma equipe com profissionais com dois perfis: profissionais com grande
experiência em desenvolvimento de ações de PNH e gestão hospitalar e professores de medicina com
experiência no ensino de medicina centrada no paciente, medicina narrativa e comunicação. Através da
conversa destes dois olhares se construíram os objetivos do curso de formação As estratégicas
pedagógicas levaram em consideração o excesso de atividades dos residentes, a experiência e vivencias
dos mesmos e uso de metodologias ativas. Resultados: o curso concebido tem como alvo o médico
residente de primeiro ano, com duração de 36 horas (18 encontros de 2 horas), com os seguintes
objetivos: 1. Sensibilizar médicos residentes sobre a importância e o impacto de um cuidado humanizado
aos pacientes 2. Construir e aprimorar competências de comunicação de médicos residentes 3.
Instrumentalizar médicos residentes de Oncologia Clínica para utilização da clínica ampliada e o projeto
terapêutico singular no cuidado aos seus usuários/ pacientes. o conteúdo se organiza a partir de três
eixos temáticos: (1) Estratégias de Efetivação da Clínica Ampliada – abordagens de comunicação e
Medicina Centrada no Paciente; (2) Construção de Projeto Terapêutico Singular e o Trabalho
Interprofissional; (3) Valorização do trabalho do médico residente – auto-cuidado. do ponto de vista de
estratégias pedagógicas, o curso utilizará aulas expositivas dialogadas, simulações de atendimento,
discussão de casos e construção de narrativas (textos escritos em primeira pessoa sobre os atendimentos
realizados). Conclusão: Espera-se que este curso desenvolva competências comunicacionais, mude
atitudes e possibilite reflexão sobre processo de trabalho do médico residente.
_________________

Ribeiro, Manoel Carlos Sampaio de Almeida; Bivanco, Danielle; Moura, Juliana; Affonso, Fernanda de Carvalho; Pinto, Antonio
Carlos G. S.; Cuginotti, Aloisio; Irano, Rosangela. Uma Proposta e Formação em Humanização para Medicos Residentes. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10729

_________________
314
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Cuidando do Cuidador: Reflexões Sobre o Processo de


Trabalho e Repercussões do Cuidado na Saúde dos Agentes
Comunitários de Saúde
_________________

Gaião, Bárbara Katiene Magno; Lima Filho, Ivo de Andrade; Maciel, Plínia M. de
Santana; Sobel, Juliana Figueredo
Universidade Federal de Pernambuco — barbaragaiao@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a estratégia de saúde da família (ESF) configura-se como porta de entrada do


sistema único de saúde, composta por uma equipe de médico, enfermeiro, auxiliares de
enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS), o funcionamento da mesma demanda
dessas equipes práticas fundamentadas no viés da assistência integral, entendida por ações de
prevenção e promoção de saúde que objetivam a qualidade de vida e cidadania do usuário. no
entanto, a operacionalização das ações são obstadas pela falta de insumos, elevadas demandas
e problemas na psicodinâmica do trabalho que desta forma precarizam o cenário de trabalho
atual, comprometem a qualidade da assistência prestada, além de vulnerabilizar o bem-estar
biopsicossocial destes profissionais. Neste cenário da ESF os ACS são responsáveis pela
mediação entre os comunitários e equipe de saúde, justificada pelo ato de morar e atuar na
mesma comunidade. Porém essa íntima relação poderá repercutir no desempenho ocupacional
dos mesmos à medida que o envolvimento pessoal e o desgaste emocional se intensificam,
expondo assim a necessidade de cuidado a estes profissionais. OBJETIVO: este trabalho
objetiva refletir sobre as repercussões do processo de trabalho no comprometimento da saúde
dos ACS e relatar as ações de empoderamento sobre este cuidado. METODOLOGIA: trata-se
de um estudo tipo pesquisa-ação realizado com 13 ACS de uma Unidade de Saúde da Família
do distrito sanitário IV do município do Recife. Os encontros foram desenhados com base no
modelo de grupo operativo, e envolviam a escuta qualificada e acolhedora dos participantes e
um olhar terapêutico diante da mesma. Coordenado por um Terapeuta Ocupacional e estudantes
desta mesma categoria profissional, os grupos eram realizados semanalmente com duração de
uma hora e meia no período de maio de 2011 a dezembro de 2013. RESULTADOS: a ausência
do distanciamento entre o papel ocupacional do ACS e o papel de morador da mesma
comunidade, a distorção deste papel ocupacional para além das demandas que lhe são
preconizadas e a precarização do trabalho foram os principais questionamentos abordados
durante os grupos. Estas implicações confluem de forma significativa para surgimento de
comprometimentos físicos, psicológicos e sociais no desempenho ocupacional destes
profissionais. Desta forma os agentes foram estimulados a refletirem sobre possíveis
resolutividades, diante da troca de saberes e experiências dos mesmos. Também foram
direcionados a incorporarem práticas integrativas, de autocuidado, e de lazer nas suas atividades
cotidianas para assim proporcionar a continuidade deste cuidado, prevenindo os sintomas de
adoecimento físico e mental e promovendo saúde. CONCLUSÕES: Diante do exposto observa-
se a necessidade de investimento nas ações de cuidado ao cuidador, tendo em vista o bem-
estar biopsicossocial do mesmo e a repercussão deste cuidado na qualidade da assistência
oferecida aos usuários dos serviços de saúde.
_________________

Gaião, Bárbara Katiene Magno; Lima Filho, Ivo de Andrade; Maciel, Plínia M. de Santana; Sobel, Juliana
Figueredo. Cuidando do Cuidador: Reflexões Sobre o Processo de Trabalho e Repercussões do Cuidado
na Saúde dos Agentes Comunitários de Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10733

_________________
316
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Consultório na Rua: uma Nova Forma de Cuidado em Saúde


_________________

Bernardes, Isabela Alves; Antunes, Fyamma Mussato; Silva, Juliane de Oliveira;


Castro, Maria Eduarda de Oliveira; Campos, Siméia Rodrigues
Universidade Federal de Uberlândia — isabelaabernardes@hotmail.com
_________________

Introdução As políticas de Redução de Danos foram regulamentadas pelo Ministério da


Saúde através das Portarias nºs 122 e 123 de 25/01/2011, alterando ligeiramente o foco
de um projeto já existente: o Consultório de Rua, objetivando realizar a redução de danos
do uso de álcool e outras drogas se tornou Consultório na Rua, enfatizando pessoas em
situação de rua. o Consultório na Rua é um projeto vinculado a uma instituição de atenção
psicossocial da cidade de Uberlândia/MG, no qual os profissionais vão até os usuários,
transformando a lógica do atendimento em saúde. nas áreas destinadas a receber este
trabalho, previamente mapeadas, pessoas em situação de rua em situação de risco são
abordados, com o objetivo de apresentar uma oferta de cuidado às pessoas que não
acessam as redes de atendimento de saúde, em uma perspectiva de promoção de saúde.
Objetivo o presente trabalho visa ilustrar o trabalho que é realizado pelo Consultório na
Rua, a partir da perspectiva de um dos membros da equipe multiprofissional do projeto.
Método Os dados foram obtidos através de uma entrevista semiestruturada com uma das
psicólogas que compõem a equipe multiprofissional do projeto em questão. Resultados e
Conclusões: a equipe multiprofissional é composta por psicólogos, técnicos de
enfermagens, educadores físicos, oficineiros e agentes redutores de danos, profissionais
especializados no trabalho de rua. o trabalho realizado com populações vulneráveis se
inicia com a identificação das áreas consideradas de risco. uma vez identificadas, a equipe
do Consultório na Rua se dirige a esses locais, abordando e orientando a população.
Quando há a identificação de alguma demanda da população há encaminhamento para a
instituição de atenção psicossocial ligada ao projeto, mas no geral eles são atendidos no
próprio local com o encaminhar se dando em situações mais emergentes e a decisão de
participar depende do paciente. o consultório na rua tem sua especificidade no âmbito de
tratar o social no social, não se tem contato com o familiar nem com o pessoal de forma
direta. Geralmente é feita a abordagem das pessoas nas ruas, e caso elas requererem de
algum cuidado, dependendo do que se trata e da intensidade, ali mesmo é feito o
tratamento. Outra diferenciação está no que se chama de ‘alta’, ela é feita não para um
individuo ou um grupo em especial, e sim para a área de forma totalizada. a prática,
segundo a entrevistada, é uma prática emergente por ser uma proposta de saúde
inovadora, uma vez que é o serviço que vai atrás do usuário. e essa renovação da prática
se deu e dá porque a sociedade exige. Assim, pode-se perceber que existe um cuidado
amplo com o usuário e esse cuidado vem de encontro com o que as proposta de
humanização visam, em conjunto com as políticas de redução de danos, cuidando de forma
integral do ser humano.
_________________

Bernardes, Isabela Alves; Antunes, Fyamma Mussato; Silva, Juliane de Oliveira; Castro, Maria Eduarda de
Oliveira; Campos, Siméia Rodrigues. Consultório na Rua: uma Nova Forma de Cuidado em Saúde. In: Anais
do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10724

_________________
310
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Mudanças no Paradigma do Jejum Pré- OperatóRio: uma


Revisão de Literatura
_________________

Machado, Natalia Bertolline; Costa, Talita Ribeiro; Azevedo, Oswalcir


Centro Universitário Adventista de São Paulo — nati0227@uol.com.br
_________________

Introdução: no pré-operatório o jejum é indicado para evitar o refluxo do conteúdo gástrico,


prevenindo a aspiração pulmonar e suas consequências. com o objetivo de acelerar a
recuperação pós-operatória e bem estar dos pacientes, ultimamente tem sido
recomendadas regras mais liberais em relação ao jejum, permitindo o uso de líquidos
claros até duas horas antes da cirurgia. Objetivo: Descrever o que os estudos científicos
recentes tem mostrado ser mais apropriado em relação ao jejum pré-operatório quanto a
sua duração e tipo de restrição da ingesta requerida. Método: Neste estudo como
estratégia metodológica adotou-se a revisão narrativa, realizada a partir das bases de
dados Medline, Lilacs e Scielo. Os critérios de inclusão de artigos considerou os que foram
publicados nos anos de 2006 a 2012, que tratassem do jejum para cirurgias eletivas e
cirurgias hospitalares, sendo que de 438 artigos recuperados, apenas 16 foram utilizados
para análise. Resultados: o tempo médio de jejum pré-operatório recomendado nos
estudos considerados neste trabalho, variou de duas a seis horas, o que contribuiu para a
redução das alterações metabólicas e nutricionais, melhorou a desnutrição hospitalar e
diminuiu a resposta metabólica ao trauma cirúrgico. Também mostrou que reduziu o
estresse, náuseas e vômitos, além de melhorar a resistência à insulina, quando ocorreu a
ingestão de uma bebida à base de carboidratos enriquecida com proteínas. Entretanto, os
estudos também mostraram que a adoção das novas condutas não tem sido adotadas
pelas instituições e pelo profissionais mesmo a evidência cientifica apresentando que a
abreviação do jejum é segura. Conclusão: o tempo de jejum instituído para os
procedimentos cirúrgicos influencia diretamente na melhora do paciente. As atuais
recomendações dos protocolos multimodais definidos com base nas descobertas
científicas comprovam que não há riscos aumentados de aspiração, regurgitação e
mortalidade quando ingeridas soluções calóricas ou líquidos claros até duas horas antes
do procedimento cirúrgico. Portanto é necessário que as recomendações de jejum para
cirurgia sejam implementadas pelas equipes multidisciplinares responsáveis pelo cuidado
de pacientes cirúrgicos, a fim de proporcionar o bem-estar do paciente através de práticas
seguras e confortáveis.
_________________

Machado, Natalia Bertolline; Costa, Talita Ribeiro; Azevedo, Oswalcir. Mudanças no Paradigma do Jejum
Pré- OperatóRio: uma Revisão de Literatura. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10725

_________________
311
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Contar, Rememorar e Cuidar: Lembranças Sobre a Comida e o Comer


de um Grupo de Idosos em Santos
_________________

Frutuoso, Maria Fernanda Petroli; Severo, Amanda Beatriz Almeida;


Tavares, Cremilde Martins
Universidade Federal de São Paulo Campus Baixada Santista — fernanda.frutuoso@unifesp.br
_________________

Introdução: a complexidade das práticas alimentares contemporâneas e suas interfaces com o


processo de saúde-adoecimento-cuidado colaboram para um hiato entre discurso e práticas
profissionais que envolvem a comida e o comer na medida em que as condutas hegemônicas
apresentam enfoque predominantemente biológico, muitas vezes, reduzido à orientação de mudança
de hábitos alimentares definidas a partir da relação da dieta com o risco de adoecimento e morte,
distante de fatores culturais e sociais de indivíduos, famílias e grupos. Este contexto traz
peculiaridades para a abordagem nutricional em idosos diante do processo de envelhecimento e seus
impactos biológicos e sociais, entre outros. Diante da atual discussão sobre a humanização em saúde
mostra-se necessário investir na reflexão sobre práticas que favoreçam o estabelecimento de vínculo
ente os vários atores implicados no processo de cuidado em saúde, aperfeiçoando a gestão
compartilhada e aumentando o poder do sujeito que adoece e da população. Objetivo: Este trabalho
teve como objetivo conhecer as memórias alimentares de um grupo de idosas residentes em uma
região de elevada vulnerabilidade em Santos, São Paulo. Metodologia: Foi realizada pesquisa
qualitativa com idosas moradoras de uma região periférica de Santos, SP. a coleta de dados ocorreu
em oficinas culinárias, que incluíam as receitas mais citadas pelas participantes como parte da
memória alimentar, seguidas de grupos focais que visou a conhecer as sensações experimentadas
e as lembranças desencadeadas durante o cozinhar e o comer junto. Resultados: As receitas mais
marcantes foram feijão fradinho com carne seca, cuscuz baiano salgado, bolo de mandioca e tapioca.
a análise sistemática das narrativas mostrou que o cozinhar e o comer estão intimamente
relacionados à identidade, ao gosto e ao grupo social ao qual as idosas pertencem. As falas
evidenciaram uma forma peculiar de produzir, preparar e consumir os alimentos, indicando
disponibilidade de tempo para estas ações. As mulheres referiram que as oficinas constituíram
espaço de escuta e troca de conhecimentos, valorizando o saber popular. Conclusão: a memória
alimentar do grupo aponta para o importante papel feminino na culinária; para a grande influência da
identidade nas escolhas alimentares e para a comida, o cozinhar e o comer serem meios para contar
histórias e ressignificar momentos. As oficinas culinárias e a criação de espaços que permitam o
diálogo sobre a comida e o comer, de forma a valorizar o saber popular, a memória e o gosto
alimentar, foram estratégias de aproximação dos participantes, permitindo uma escuta sensível,
sobre a história de vida, vivências e demandas do grupo, favorecendo a elaboração e execução de
práticas menos culpabilizadoras e mais acolhedoras e co-produzidas, que entendam a comida, o
cozinhar e o comer como narrativa que transmita memória e cultura.
_________________

Frutuoso, Maria Fernanda Petroli; Severo, Amanda Beatriz Almeida; Tavares, Cremilde Martins. Contar, Rememorar e
Cuidar: Lembranças Sobre a Comida e o Comer de um Grupo de Idosos em Santos. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10726

_________________
312
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa de Visita Humanizada em Uti


_________________

Caldeira, Lucilene Martins; Migotto, André Esteves; Fonseca, Thabata Larissa Campos;
Rodriguez, Lórgio Henrique Diaz
Icesp - Instituto do Cancer do Estado de São Paulo — lucilene.caldeira@icesp.org.br
_________________

INTRODUÇÃO As reações de familiares à internação de parentes em UTI são geralmente


interdependentes às características do processo de adoecimento. de fato, a estadia de um paciente
na UTI é uma condição de estresse absoluto para os familiares. Esta condição é vivenciada como
uma crise real pela família. Isto se deve às condições de incerteza e insegurança que vive durante
o processo de internação do paciente, diante de prognósticos difíceis e complexos, que
caracterizam as situações da maior gravidade. Os principais estressores aos familiares são: impacto
emocional da necessidade de transferência para UTI, privação do papel de cuidador,
comportamento do paciente e suas reações, mudança na aparência de seu ente querido e
aparelhos invasivos; sons e ruídos do ambiente; procedimentos de emergência com pacientes no
momento da visita; dificuldade de comunicação da equipe com a família; a compreensão
simplificada do quadro clínico do paciente, dificuldade de entendimento do motivo da internação na
unidade e condutas terapêuticas, muitas vezes invasivas. OBJETIVO Acolher e proporcionar aos
familiares atendimento humanizado e diferenciado em situação de crise. Diminuindo assim,
situações que possam favorecer descompensação emocional. MATERIAL e MÉTODOS: a Visita
Humanizada na UTI ocorre desde Março de 2009, diariamente nos horários de visita (10:00 às
11:00/16:00 às 17:00/20:00 às 21:00), além de exceções em que as visitas são estendidas, de
acordo com avaliação da equipe multiprofissional. nos horários que antecedem as visitas, os
psicólogos de referência (três), recebem os familiares na sala de espera da UTI, realizam
acolhimento, avaliação psicológica e intervenção breve, de apoio e orientação, e preparo
psicológico para a visita. Quando necessário, acompanha-se o visitante beira-leito. ao final do
horário de visitas, realiza-se atendimento, com o objetivo de compreender a percepção do familiar
sobre o momento atual e impacto emocional reativo ao momento vivenciado. Finalizando com
evolução em prontuário eletrônico, documentando o atendimento. RESULTADOS: Desde sua
criação em Março de 2009 até Dezembro de 2013, foram realizados atendimento e
acompanhamentos a 13.127 familiares durante o Programa de Visita Humanizada. CONCLUSÃO
com o Programa Visita Humanizada em UTI observamos e vivenciamos: efetividade na
comunicação, qualidade na relação médico-familia-equipe, proporcionar assistência integral,
biopsicossociocultural e espiritual aos usuários, como preconiza a OMS. Desta forma, é possível
minimizar os quadros de descompensação psicológica, estimular comportamentos resilientes e
fortalecer recursos internos de enfrentamento e comportamentos adaptativos dos cuidadores;
oferecer suporte emocional e orientação aos familiares para lidar com os fatores inerentes à
situação de crise e internação na unidade, e favorecer prática humanizada e interprofissional em
saúde, com atendimento humanizado e de excelência a todos os envolvidos.
_________________

Caldeira, Lucilene Martins; Migotto, André Esteves; Fonseca, Thabata Larissa Campos; Rodriguez, Lórgio Henrique
Diaz. Programa de Visita Humanizada em Uti. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10727

_________________
313
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas de Ensino na Comunidade Fundamentadas na


Aprendizagem Baseada em Problemassob a Óptica de uma
Monitora
_________________

Almeida, Thaynara Fontes; Araujo, Jamilly Santos; Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade,
Maisa Alves; Pinheiro, Frederico Leão
Universidade Federal de Sergipe — thaynarafontes@hotmail.com
_________________

Introdução: a formação de profissionais da saúde requer um ensino de qualidade, que lhe


confira competência na realização de atividades assistenciais, gerenciais, de ensino e
pesquisa. Pensando nisto, uma universidade do interior de Sergipe adotou a filosofia
pedagógica da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). a ABP é uma metodologia
centrada nos alunos onde estes são sujeitos ativos no processo de aprendizagem. Este
estudo é um relato de experiência de uma aluna de enfermagem, monitorada subunidade:
Práticas de Ensino na Comunidade – PEC – do I Ciclo. o foco desta foi ofertar ao aluno uma
nova maneira de ensinar e aprender com o trabalho em equipe multiprofissional que trabalha
de forma interdisciplinar e com humanização. para isso, alunos dos cursos de enfermagem,
medicina, terapia ocupacional, farmácia, fisioterapia, odontologia e fonoaudiologia cursam o I
Ciclo de todas as disciplinas, juntos. Objetivo: Descrever a experiência e o conhecimento
adquirido com a monitoria na PEC I. Metodologia: Baseada no arco de Marguerez, os estudos
foram iniciados com passeio ambiental, discussão de temas entre instrutor, alunos e monitora
como Atenção Primária e Promoção da Saúde, Fundamentos da Atenção Básica à Saúde,
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde, Norma Operacional da Assistência à
Saúde, Histórias da Política de Saúde no Brasil, Planilhas para Planejamento e Programação
Local, Leis 8.080 e 8.142, Cidadania, Participação Popular, Determinantes de Saúde e Pacto
pela Saúde. Partindo das atividades realizadas e descritas anteriormente, planejamos e
executamos ações na comunidade. Resultados: Percebeu-se a importância do trabalho em
equipe baseado nos conhecimentos previamente discutidos, os quais proporcionaram uma
atuação realista e humanizada na comunidade. Conclusões: É imprescindível a utilização da
ABP na formação de profissionais críticos, que trabalhem em equipe multiprofissional e de
forma interdisciplinar, conhecedores do Sistema Único de Saúde e humanizados,
principalmente quando comparados com aqueles formados no método tradicional, para que o
SUS desenvolva-se de forma ideal e consequentemente a população receba uma assistência
humanizada e realista.
_________________

Almeida, Thaynara Fontes; Araujo, Jamilly Santos; Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade, Maisa Alves; Pinheiro,
Frederico Leão. Práticas de Ensino na Comunidade Fundamentadas na Aprendizagem Baseada em
Problemassob a Óptica de uma Monitora. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN
2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10720

_________________
307
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ser Irmão de uma Criança com Asma/Bronquite na


Perspectiva Hermenêutica
_________________

Matos, Ana Paula Keller de; Abreu, Flávia Correa Porto de; Wernet, Monika
Universidade Federal de São Carlos — anakeller@gmail.com
_________________

Introdução: a asma é uma das doenças crônicas mais comuns no mundo, e a mais comum
em crianças. no Brasil, estima-se que a prevalência dela seja por volta de 10%. a literatura
quando traz informações sobre a bronquite, a associa à asma, e muitas vezes bronquite e
asma são usados como termos sinônimos. a asma/bronquite exige demandas de cuidado
que impactam a família, com repercussões a vários de seus membros, inclusive o irmão
da criança doente. Poucas pesquisas tem acessado a perspectiva do irmão da criança com
asma/ bronquite com vistas à compreender a experiência fraterna na voz do próprio irmão,
e no intuito de agregar conhecimento neste sentido, foi desenvolvida esta pesquisa.
Objetivo: Compreender a experiência de irmãos que convivem com crianças com asma
ou bronquite. Método: Pesquisa exploratória, qualitativa, pautada no referencial teórico e
metodológico da hermenêutica filosófica de Gadamer. Oito crianças/adolescentes,
irmãs(ãos) mais velhos de crianças com asma ou bronquite, com idades entre seis e 16
anos, integraram o estudo. a coleta dos dados deu-se por meio de entrevistas abertas
integradas às estratégias de desenho, cartas ou fotografias. Foram seguidas as cinco
etapas propostas por pesquisadores em Glasgow, que adotam a perspectiva gadameriana
como estrutura para analisar dados. Resultados: a compreensão advinda da análise dos
diálogos foi a de que o irmão valoriza a relação fraterna e a sobrepõe às repercussões da
asma/bronquite da criança em sua vida. a irmandade é marcada pela união,
companheirismo, amizade e proteção, onde a simples presença da criança na vida do
irmão é entendida como felicidade. em seu cotidiano, os irmãos exercem ações de
cuidado/proteção à criança doente crônica determinadas pela dinâmica da família. Nesta
situação, contam com escassas fontes de informação sobre a doença da criança, e
anseiam por poder obter mais conhecimento da mesma. Eles assumem responsabilidades
de cuidado à criança como medicar, vigiar, cuidado ambiental e prevenção de riscos de
agudização da doença. Sentem diferenças no tratamento ofertado pelos pais em relação a
ele e ao irmão. e apesar de terem suas próprias demandas, estas não são percebidas e o
enfrentamento das mesmas é realizado de forma solitária, sustentada por um movimento
de ponderar sua situação e encontrar acalento para aquilo que o faz sofrer. Tal processo
permite a ele entender sua vida como “normal”. Conclusão: Os achados ressaltam a
invisibilidade do irmão de crianças com asma/bronquite, o que implica em necessidade de
transformação de práticas profissionais, com vistas ao cuidado integral. Isso demanda
transformações em cenários de ensino, formação e pesquisa. Não há como cuidar de forma
humanizada percorrendo caminhos “retilíneos”, “pré-determinados” e isentos de fusões de
horizontes, sem abertura para o encontro com o outro através do diálogo.
_________________

Matos, Ana Paula Keller de; Abreu, Flávia Correa Porto de; Wernet, Monika. Ser Irmão de uma Criança com
Asma/Bronquite na Perspectiva Hermenêutica.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10721

_________________
308
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Assistência de Enfermagem: História do Cuidado aos


Pacientes Institucionalizados da Hanseníase
_________________

Dias, Mariana Barbosa; Nogueira, Lidya Tolstenko


Universidade Federal do Piauí — marianadias@hotmail.com
_________________

Introdução: a hanseníase, apesar dos significativos avanços para o diagnóstico, controle


e tratamento, ainda é estigmatizada como enfermidade que implica isolamento do doente,
marcado pelo sofrimento, abandono, problemas psicossociais e preconceito. no início dos
anos 20 foi tratada por décadas com severas políticas de isolamento compulsório dos
doentes em Hospitais Colônias. Devido ao preconceito, os próprios pacientes eram
mantenedores dos serviços dentro das colônias, inclusive os de enfermagem. Objetivo:
Conhecer a história dos ex-trabalhadores de enfermagem, que tiveram hanseníase e foram
internados em Hospital Colônia no Piauí e analisar a assistência e o cuidado que exerciam
com os pacientes institucionalizados da colônia. Metodologia: Esta é uma pesquisa
qualitativa, com abordagem histórica, em Hospital Colônia no Piauí com 7 ex-pacientes de
hanseníase. Os dados foram coletados por entrevistas com roteiro semiestruturado, pelo
método da história oral, gravados e transcritos na íntegra, com uso da Análise de Conteúdo.
Utilizou–se a História Oral como método-fonte-técnica e outras fontes documentais, como:
atas, relatórios, prontuários e fotografias. o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da UFPI, 0326.0.045.000-10. Resultados: Foi descrito a definição de duas
categorias: o aprendizado dos trabalhadores de enfermagem no Hospital Colônia e o
cuidado dos trabalhadores de enfermagem e sua prática assistencial. Foi possível, ainda,
desvelar como se caracterizou a Enfermagem laica de um hospital colônia, exercida pelos
próprios pacientes e como se deu a construção dos saberes e fazeres na Enfermagem da
época. Conclusão: Percebe-se que a prática do confinamento compulsório dos enfermos
em instituições asilares contribuiu para solidificação histórica do preconceito em torno da
doença e do doente. Observa-se a necessidade de gestores e profissionais locais da
saúde, sobretudo os enfermeiros, repensarem as estratégias vigentes de reabilitação social
do doente e ex-doente de hanseníase, visando à supressão do estigma focalizado na
imagem e na história de vida desses indivíduos. Descritores: enfermagem, hanseníase,
institucionalização.
_________________

Dias, Mariana Barbosa; Nogueira, Lidya Tolstenko. Assistência de Enfermagem: História do Cuidado aos
Pacientes Institucionalizados da Hanseníase. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10722

_________________
309
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Cuidados Paliativos Numa Visão Humanizada da Assistência de


Enfermagem: Revisão Integrativa
_________________

Silva, Raymara Alves da; Silva, Liniker Scolfild R. da; Fonsêca, Jéssica Ramalho da;
Ramos, Ana Raquel Xavier; Correia, Nathália da Silva; Cordeiro, Eliana Lessa
Agência de Cursos — raymaraalves@yahoo.com.br
_________________

Introdução: São crescentes os indicadores de mortalidade por neoplasias no Brasil, atualmente


perde apenas pelas doenças de causas cardiovasculares. Diante deste contexto, os pacientes que
desenvolvem esse tipo de patologia sem possibilidade de cura, são direcionados aos cuidados
paliativos – especialidade criada com a finalidade de fornecer meios para um novo conceito do
cuidar, que busca não apenas a cura, mas uma assistência digna ao sujeito até o final de sua vida.
Dentro dessa perspectiva, a Organização Mundial de Saúde (OMS) redefiniu cuidados paliativos
como sendo o aprimoramento da qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares que
enfrentam problemas com doenças em fases terminais, tentando proporcionar o alívio do
sofrimento, através da identificação precoce, avaliação correta e o tratamento da dor, e de outros
problemas que venham a surgir no âmbito físico e psicossocial. Objetivo: Formular conhecimento
científico para o desenvolvimento da prática humanizada dos cuidados paliativos frente às
necessidades do paciente, da família e do profissional de saúde. Metodologia: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura científica brasileira, na temática da prática dos cuidados paliativos e
sua correlação com o cuidar da equipe de enfermagem utilizando as técnicas da humanização
preconizadas pelo humanizaSUS. para isto, foi realizado um levantamento bibliográfico no qual
foram revisados 05 (cinco) artigos, dos últimos 05 (cinco) anos, descritos na literatura científica
brasileira, disponíveis na íntegra. para a busca destes artigos foram aplicados os descritores
“cuidados paliativos”; “equipe de enfermagem”; “doente terminal”, e “humanização”, a fim de
encontrar artigos na área da enfermagem, sendo posteriormente analisados e discutidos com foco
no objetivo do estudo. Resultados: Sendo a ação desenvolvida por uma equipe multidisciplinar que
trabalha diretamente com o paciente em fase terminal e cuja relação se estende ao contato contínuo
com a família, os artigos apontaram que muitas vezes a maior dificuldade está no estabelecimento
de uma relação entre o cuidar e sua aproximação com a perda do paciente. Os artigos também
focam que muitos profissionais apresentaram pouco conhecimento no que diz respeito às
estratégias de comunicação para o suporte emocional dos pacientes em cuidados paliativos e suas
famílias. Conclusão: para a perspectiva de um cuidado humanizado o profissional de saúde precisa
usar sua proatividade de forma reflexiva, para que a ação não se torne mecânica. Visto que estando
inserido num momento de iminência do fim da vida do outro, podem surgir comportamentos que
fogem à proposta de um cuidar humanizado. Entretanto, para que haja um feedback positivo na
assistência à saúde, é preciso oferecer acompanhamento constante ao profissional paliativista,
buscando interpretar sua ótica frente aos cuidados prestados ao paciente terminal. Desta forma é
possível contribuir com a integralidade da assistência em saúde.
_________________

Silva, Raymara Alves da; Silva, Liniker Scolfild R. da; Fonsêca, Jéssica Ramalho da; Ramos, Ana Raquel Xavier;
Correia, Nathália da Silva; Cordeiro, Eliana Lessa. Cuidados Paliativos Numa Visão Humanizada da Assistência de
Enfermagem: Revisão Integrativa. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10713

_________________
303
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Papel Humanitário da Enfermagem Frente aos Cuidados


Direcionados aos Portadores da Doença de Alzheimer e Seus
Familiares
_________________

Silva, Raymara Alves da; Silva, Liniker Scolfild R. da; Fonsêca, Jéssica Ramalho da;
Ramos, Ana Raquel Xavier; Correia, Nathália da Silva; Cordeiro, Eliana Lessa
Agência de Cursos — raymaraalves@yahoo.com.br
_________________

Introdução: com o aumento no processo de envelhecimento populacional brasileiro, e


consequentemente no número de idosos, observou-se um crescimento acentuado das doenças
crônico - degenerativas, como a doença de Alzheimer. Este agravo vem sendo responsável por
danos às habilidades físicas e mentais no idoso acarretando assim um déficit na qualidade de
vida desta população e na maioria das vezes dos seus cuidadores. o enfermeiro e sua equipe
podem ser personagens decisivos sobre a avaliação da capacidade funcional deste idoso,
ajudando não só o portador da doença, mas também a família que estará presente. Este
processo muitas vezes torna-se árduo pois ainda existe o desconhecimento dessa patologia e
os estágios que o idoso irá vivenciar. Diante desta temática, o cuidado humanizado da
enfermagem direcionado ao portador de Alzeheimer e seu familiares, vem possibilitando uma
melhoria na inter-relação paciente-família de forma menos desgastante possível. Objetivo:
Descrever a atuação do enfermeiro frente aos cuidados humanizados aos portadores doença
de Alzheimer e seus familiares. Método: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da
literatura científica brasileira, no qual partiu-se da leitura e reflexão das publicações nacionais
dos últimos 03 (três) anos, utilizando os descritores “enfermagem“; “cuidados“; “humanitários“
e “doença senil”, sendo selecionado um total de 06 (seis) artigos, dos últimos 05 (cinco) anos,
disponíveis na íntegra e na língua portuguesa, indexadas na Biblioteca Virtual de Saúde – BVS:
SCIELO e LILACS. Resultados: Os resultados apontaram que o gênero, a idade, a
escolaridade, e o estágio de demência são fatores considerados importantes para avaliação da
regressão múltipla dos idosos em questão. Outro ponto importante é que os idosos em estágios
mais avançados de demência demonstram piores escores de desenvolvimento na sua rotina
de atividades diárias e essenciais, demonstrando claramente a necessidade e compreensão de
quem os assiste. Conclusão: a sistematização da assistência de enfermagem pode identificar
problemas, auxiliar o desenvolvimento de planejamento, priorizar o apoio da família, executar
o plano assistencial. Este estudo fez refletir a prática humanitária da enfermagem, suas
contribuições no restabelecimento e organização de uma nova rotina adaptada ao saber fazer
novo que se apresenta como desafio a cada dia ao portador de Alzheimer e sua família.
_________________

Silva, Raymara Alves da; Silva, Liniker Scolfild R. da; Fonsêca, Jéssica Ramalho da; Ramos, Ana Raquel Xavier;
Correia, Nathália da Silva; Cordeiro, Eliana Lessa. Papel Humanitário da Enfermagem Frente aos Cuidados
Direcionados aos Portadores da Doença de Alzheimer e Seus Familiares. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10714

_________________
304
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Perspectivas da Atuação da Fonoaudiologia com Adolescentes


com Baixa Visão por Meio da Terapia Musical
_________________

Gasparetto, Maria Elisabete Rodrigues Freire; Gouvea, Camila de; Bittencourt,


Zelia Zilda L. C.; Montilha, Rita de Cassia Letto
Universidade Estadual de Campinas — gasparetto@fcm.unicamp.br
_________________

Introdução: o fonoaudiólogo é reconhecido como um dos profissionais da área da saúde


responsável pela assistência integral. Entre as suas atribuições destacam-se a realização
de terapia (habilitação/reabilitação) e o aperfeiçoamento da comunicação humana. a
comunicação é fator imprescindível para o estabelecimento da humanização, assim como
os recursos. Considerando que a pessoa com deficiência visual necessita da comunicação
para a aprendizagem, para o desenvolvimento e para a inclusão educacional e social, tem
se propiciado ao graduando de fonoaudiologia conhecimentos sobre a deficiência visual,
ampliando assim a sua área de atuação. É necessário que o fonoaudiólogo seja corajoso,
ousado, na criação de estratégias de atendimento e do conteúdo no ato de ensinar e
aprender e em relação à reabilitação da pessoa com deficiência visual é necessário buscar
caminhos alternativos e prover recursos especiais. na reabilitação, as atividades
desenvolvidas podem ser expressivas, pedagógicas, lúdicas, de automanutenção e
profissionalizantes, oferecidas de forma grupal por equipe interdisciplinar. Considerando
as diferentes atividades desenvolvidas nos programas de reabilitação, a utilização da
música pode exercer ação psicofisiológica no homem como um todo, levando-o a
experimentar reações de nível sensorial, hormonal, fisicomotor, psicológico e cognitivo,
permitindo ao sujeito expressar suas emoções. Objetivo: Propiciar que o estagiário de
fonoaudiologia promovesse por meio de instrumentos de percussão, a terapia musical com
adolescentes que possuem baixa visão, Métodos: Foi realizada pesquisa qualitativa por
meio da pesquisa-ação e teve como participantes o estagiário da fonoaudiologia e
adolescentes com baixa visão. a coleta de dados foi realizada em 2013. para a construção
dos instrumentos foram utilizados: papelão, miçanga, grãos de feijão, arroz, barbante, meia
de nylon, tampas de garrafa PET, tampas metálicas, lacres de latas de alumínio.
Resultados: o estagiário trabalhou com 02 adolescentes com baixa visão. Foram
construídos 02 instrumentos de percussão: o pau de chuva e o afoxé. Os adolescentes
tocaram os instrumentos construídos e verificaram as diferenças e similaridades no que se
referia ao formato e ao som. na terapia, os adolescentes relataram ter gostado experiência,
principalmente dos momentos de construção e de execução dos instrumentos, pelo fato de
estarem em dupla, poder interagir e conversar. Verificou-se presença de expressão facial,
o que não havia sido observado anteriormente. Conclusão: a comunicação é uma das
necessidades do ser humano. Este estudo é pioneiro e mostra que a atuação e o cuidado
com pessoas que tem a deficiência visual devem ser incentivados no ensino da
fonoaudiologia, pois na maioria dos cursos, essa atuação tem sido muito restrita.
_________________

Gasparetto, Maria Elisabete Rodrigues Freire; Gouvea, Camila de; Bittencourt, Zelia Zilda L. C.; Montilha, Rita
de Cassia Letto. Perspectivas da Atuação da Fonoaudiologia com Adolescentes com Baixa Visão por Meio da
Terapia Musical. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10715

_________________
305
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Implicações da Assistência Humanizada no Atendimento Pré-


Hospitalar: Revisão Integrativa
_________________

Fonsêca, Jéssica Ramalho da; Silva, Raymara Alves da; Ramos, Ana Raquel Xavier; Silva,
Liniker Scofild R. da; Correia, Nathália da Silva; Cordeiro, Eliana Lessa
Universidade de Pernambuco — jessica_ramalho1409@hotmail.com
_________________

Introdução: o número de ocorrências que necessitam de Atendimento Pré-Hospitalar - APH tem


aumentado cada vez mais no Brasil. em Recife, no ano de 2011, o Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência – SAMU 192 teve uma média de 4,1 mil acionamentos/mês, o que representa uma
média 49,2 mil atendimentos/ano. Já em 2013, o referido serviço foi solicitado 116.281 vezes, de
acordo com dados apresentados pelo mesmo. no estado de Santa Catarina, dados revelam um
aumento de 31 mil atendimentos em 2013, quando comparados a 2012. o momento em que há a
necessidade do acionamento de algum serviço de urgência é sempre muito delicado. o desespero,
nervosismo, medo e irritabilidade estão presentes tanto na vítima quanto nos familiares. e isto não
se restringe apenas aos protagonistas do acontecimento; tais sentimentos envolvem, também,
aqueles que presenciaram o episódio e curiosos que se dirigem ao local da ocorrência. Este fato é
muito importante e pode influenciar na qualidade de atendimento à vítima, visto que o profissional
deve lidar com todos estes personagens simultaneamente. Objetivos: Desenvolver conhecimento
científico visando estimular a prática da assistência humanizada no Atendimento Pré-Hospitalar.
Método: Trata-se de uma revisão de literatura referente à prática de atendimento humanizado no
APH e suas implicações na qualidade da assistência prestada. para tanto, houve a revisão e análise
de 05 (cinco) artigos, dos últimos 05 (cinco) anos, descritos na literatura científica brasileira,
disponíveis na íntegra na base de dados do Scielo, além da análise de dados do SAMU de
Recife/PE e Santa Catarina, disponíveis nos sites da Prefeitura do Recife, do SAMU de Santa
Catarina e da imprensa local do Nordeste. Resultados: Diante dos estudos analisados, observou-
se que os itens agilidade, conflito, pré-hospitalar e nervosismo geram uma rede de tensão que
abarca tanto os envolvidos na ocorrência, quanto os profissionais de saúde. nos casos em que o
profissional atuou de maneira humanizada, as vítimas e os demais sujeitos se mostraram mais
calmos e confiantes, o que facilitou bastante o atendimento. por esta questão, faz-se necessário
atuar de maneira humanizada, visando acalmar os indivíduos envolvidos, reconhecer e valorizar
sua singularidade e assim prestar uma assistência de qualidade. Conclusão: Frente a este estudo
infere-se a necessidade de agir de acordo com as políticas de humanização no campo da saúde. É
indispensável que os atores valorizem os sentimentos e crenças de todos aqueles que estão
inseridos no contexto dos atendimentos, enxergando sua individualidade e considerando suas
opiniões. Dessa forma, obtem-se êxito e a integridade do usuário é sempre garantida.
_________________

Fonsêca, Jéssica Ramalho da; Silva, Raymara Alves da; Ramos, Ana Raquel Xavier; Silva, Liniker Scofild R. da;
Correia, Nathália da Silva; Cordeiro, Eliana Lessa. Implicações da Assistência Humanizada no Atendimento Pré-
Hospitalar: Revisão Integrativa. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde
[= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10718

_________________
306
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Cozinha Experimental Sobre Alívio de Sintomas para


Acompanhantes de Pacientes em Quimioterapia de Hospital
Público Oncológico.
_________________

Souza, Jane Lopes de; Souza, Micheline Tereza Pires de; Rosa, Vitor Modesto
Icesp — jane.souza@icesp.org.br
_________________

Introdução: Romper com a tradição clínica e epidemiológica do atendimento hospitalar


proporcionou o desenvolvimento dos processos de saúde/doença/intervenção, pois torna o
paciente, familiares e cuidadores sujeitos concretos desde o diagnóstico até as intervenções,
possibilitando a participação ativa do usuário em contribuição do saber tecnológico. Objetivos:
Capacitar acompanhante, de paciente em quimioterapia, ao manejo de sintomas, do tratamento,
relacionados à alimentação para recuperação e manutenção do estado nutricional e possibilitar
a manutenção do convívio familiar e social do paciente durante a alimentação. Métodos:
Semanalmente às terças-feiras das 11h00 às 12h00 ocorre a atividade. na recepção da
quimioterapia é exposto com antecedência um banner com informações sobre o número vagas,
horário e tema da aula. Psicólogo e nutricionista do setor realizam as inscrições meia hora antes
da aula e conduzem os inscritos até a cozinha experimental. a atividade consiste em aula sobre
aspectos psicológicos da alimentação (psicologia) e aula sobre um sintoma do tratamento
relacionado à alimentação e como manejá-lo (nutrição), e também, é realizada uma preparação
coerente as orientações de manejo que é degustada pelos participantes. Todos recebem material
de apoio (folder) contendo orientações nutricionais sobre o manejo do sintoma abordado e a
receita preparada na aula. Além disso, os participantes preenchem ficha de avaliação da
atividade para registrarem sua opinião e sugestões de novos temas. Resultados: em 2013 foram
atendidos 216 acompanhantes em 41 cozinhas experimentais realizadas, que abordaram os
temas: xerostomia, odinofagia, disgeusia, mucosite, náuseas e vômitos, diarreia e constipação
intestinal. Todos os itens avaliados (tema da aula, palestrante, local da atividade, horário,
duração, utilidade fora do hospital e recursos audiovisuais) pelos participantes receberam mais
de 95% de excelente e bom. Conclusões: a aprovação da atividade reflete a importância do
trabalho realizado, tornando possível a manutenção do paciente no convívio social da
alimentação, passo importante na manutenção de uma boa qualidade de vida.
_________________

Souza, Jane Lopes de; Souza, Micheline Tereza Pires de; Rosa, Vitor Modesto. Cozinha Experimental Sobre Alívio
de Sintomas para Acompanhantes de Pacientes em Quimioterapia de Hospital Público Oncológico.. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10709

_________________
299
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Cozinha Experimental para Orientação de Pacientes em


Preparo para o Tratamento de Radioiodoterapia em Hospital
Público Oncológico.
_________________

Souza, Jane Lopes de; Rosa, Vitor Modesto; Olher, Lívia Dias; Silva, Débora
Mendes da; Simões, Graziele Aparecida
Icesp — jane.souza@icesp.org.br
_________________

Introdução: Atualmente, o tratamento considerado mais adequado ao câncer de tireóide é


a tireoidectomia total seguida de ablação actínica com I-131 (iodo radioativo), procedimento
que obriga o paciente a realizar restrição do consumo de iodo por 15 dias, limitando a
alimentação do paciente. Objetivos: Reforçar o porquê tratamento e como ele funciona;
sanar possíveis dúvidas e angústias; verificar a adesão ao preparo; fornecer receitas de
preparações com baixo teor de iodo e aproximar pacientes, cuidadores e profissionais.
Métodos: Semanalmente às quintas-feiras das 14h00 às 16h00 ocorre a atividade. Os
pacientes são agendados previamente após consulta ambulatorial de enfermagem e
nutrição para orientação do preparo e tratamento. a atividade consiste em preparo de uma
receita com baixo teor de iodo; aula sobre o porquê do tratamento e como ele funciona;
aplicação de questionário de frequência alimentar para verificar adesão as orientações do
preparo; avaliação a receita do dia por meio de degustação da preparação. Todos recebem
material de apoio (folder) contendo receitas com baixo teor de iodo. Além disso, os
participantes preenchem ficha de avaliação da atividade para registrarem sua opinião e
sugestões. Resultados: em 2013 foram atendidos 295 pacientes e acompanhantes em 46
cozinhas experimentais realizadas. Todos os itens avaliados (tema da aula, palestrante,
local da atividade, horário, duração, utilidade fora do hospital e recursos audiovisuais) pelos
participantes receberam mais de 90% de excelente e bom. Conclusões: a aprovação da
atividade reflete a importância do trabalho realizado e indica que os objetivos de orientar
pacientes e familiares da importância do preparo correto, do tratamento e da resolução de
dúvidas que os deixam angustiados estão sendo alcançados.
_________________

Souza, Jane Lopes de; Rosa, Vitor Modesto; Olher, Lívia Dias; Silva, Débora Mendes da; Simões, Graziele
Aparecida. Cozinha Experimental para Orientação de Pacientes em Preparo para o Tratamento de
Radioiodoterapia em Hospital Público Oncológico.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades
& Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10710

_________________
300
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ensaios para Internação Domiciliar nos Dias Atuais.


_________________

Ribeiro, Bárbara Andréa; Zorzi, Cínthia Rozim; Prearo, Antonio Donizetti;


Santos, Roberta da Silva
Centro de Atenção Integral à Saúde — barbaraandrea@uol.com.br
_________________

INTRODUÇÃO a sugestão da internação domiciliar foi utilizada como uma estratégia de proteção e escolha
compartilhada com o paciente e seu familiar, como base para o início do tratamento do Transtorno Mental
e Comportamental devido ao uso de Substâncias Psicoativas em questão. OBJETIVOS - Proporcionar
possibilidade da ressignificação do conceito de sua casa como ambiente protetor; - Implementar uma
alternativa de cuidado junto à família com resgate de valores na dinâmica familiar. METODOLOGIA
Contratamos com a família os atendimentos diários e na modalidade intensiva no CAPS AD. Esta
abordagem foi a mais adequada para as características encontradas no usuário de maconha com
complicação clínica diagnosticada como tromboangeíte obliterante no membro inferior direito, ocasionada
pelo uso em grande quantidade da maconha (skunk e hidropônica) que possui um teor de THC até 20%
acima das outras espécies. o papel de sua genitora foi utilizado como a representação do “cuidador”,
segundo as Diretrizes do Ministério da Saúde no que se refere ao Serviço de Atendimento Domiciliar (1).
no acolhimento inicial foi observada a necessidade do fortalecimento da díade mãe e filho fragilizado pelo
rompimento da confiança e das regras de convivência que a farmacodependência acarreta, necessitando
de um fortalecimento para a evolução e manutenção do tratamento. RESULTADOS Foram evidenciados
os pontos de risco e pontos de proteção tanto para a reaproximação familiar na busca do fortalecimento
dos vínculos da díade, como para a prevenção de recaída do paciente. na terapêutica utilizada foram
ofertados: uso dos medicamentos, atendimentos de referência, oficinas terapêuticas, atendimento
psicoterápico individual, grupos pré-contemplativos, grupo familiar e a disponibilidade da equipe no
atendimento pontual caso houvesse mecanismos ansiogênicos CONCLUSÕES As dificuldades
encontradas estão relacionadas às negações de que a farmacodependência é uma doença (“eu consigo
parar sozinho”, “sou mais forte que a droga”), a crença de que a internação hospitalar tradicional é a única
terapêutica (primeiro objetivo abordado quando no acolhimento) e a estigmatização da dúvida da eficiência
dos equipamentos de saúde alternativos do SUS (“será que as coisas do SUS dão certo?”). Os facilitadores
foram o trabalho em equipe multidisciplinar, a organização do equipamento de saúde, as ofertas das
terapêuticas, o apoio familiar e, acima de tudo, o empenho e a disponibilidade do paciente na manutenção
de seu tratamento como ressignificação de sua vida. REFERÊNCIAS 1- BRASIL. Ministério da Saúde.
Portaria n.963, 27 de maio de 2013. 2- Projeto Terapêutico Institucional do Centro de Atenção Psicossocial
Álcool e Drogas – CAPS/AD do Centro de Atenção Integral à Saúde de Santa Rita do Passa Quatro – SP.
3- GENTIL,V. Uso da Maconha e Psicose. In: BRASIL,M.A.A.; BOTEGA,N.J.; HETEM,L.A.B. (Eds.). PEC:
Programa de Educação Continuada – Título de Especialista em Psiquiatria – Provas 2006-2007 – ABP. Rio
de Janeiro:Guanabara Koogan S.A. p.240 – 252. 4- JUNGERMAN, F.S.; LARANJEIRA, R. et al. Maconha:
qual a amplitude de seus prejuízos?. Revista Brasileira de psiquiatria, 2005; 27 (1): 5 – 6. 5- JUNGERMAN,
F.S.; ZANELATTO, N.A.; Tratamento psicológico do usuário de maconha e seus familiares. São Paulo:
Roca LTDA, 2007. 1a Edição.
_________________

Ribeiro, Bárbara Andréa; Zorzi, Cínthia Rozim; Prearo, Antonio Donizetti; Santos, Roberta da Silva. Ensaios para Internação
Domiciliar nos Dias Atuais.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10711

_________________
301
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização na Formação e no Trabalho em Saúde: uma Análise


Documental
_________________

Medeiros, Lucilene Martorelli Ortiz Petin; Batista, Sylvia Helena


Universidade Federal de São Paulo- Campus Baixada Santista — lu21ortiz@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO:O Sistema Único de Saúde “é um dos maiores sistemas públicos de saúde do


mundo...”. Apresenta como princípios norteadores,a universalidade,a integralidade e a
equidade da atenção à saúde.Alguns autores consideram o princípio da integralidade
fundamental para se pensar a graduação em saúde.Souza JC,et al.(2008),fizeram uma reflexão
sobre os desafios das instituições formadoras no sentido de realizarem uma “mudança de
paradigma no ensino,[...] (para) tornar o aluno um sujeito mais ativo e crítico no seu processo
de aprendizado,para que esse possa,enquanto profissional,mudar a realidade da assistência
no Brasil”.(p. 881).OBJETIVOS: Investigar as concepções de humanização presentes em
artigos publicados no campo da formação em saúde no período de 2000 a 2012, e nos Projetos
Político-Pedagógicos do campus da Universidade e de seus cursos.MÉTODOS:A metodologia
abrangeu duas fases:revisão de literatura e análise documental.A revisão de literatura nos
proporcionou uma familiaridade com os textos produzidos sobre a temática da humanização e
seus autores,encontrados na base de dados SciElo,com os seguintes descritores:
Humanização,Humanismo e Humanização na Formação.Na Análise Documental foram
privilegiados os seguintes documentos PPP do Campus Universitário e dos cursos Psicologia,
Nutrição,Terapia Ocupacional,Fisioterapia, Educação Física e Serviço
Social.RESULTADOS:as concepções de humanização abrangem múltiplas facetas: apontam
para a ética nos relacionamentos,garantia da comunicação com o outro,um conceito que orienta
práticas,mas, também sobre a não preocupação com definições sobre o tema, e,sim,com o que
a humanização produz.Apreendemos que a relação do profissional de saúde e os pacientes,são
imprescindíveis para que a humanização esteja presente no atendimento em saúde. na fig.1
apresentamos a inserção da expressão Humanização:por entre humanismo,formação
humanística,prática humanizada/ humanística e Política Nacional de Humanização e na
2,apresentamos os resultados da expressão Humanização:por entre
ética,cuidar/cuidado,integralidade,comunicação,relação com o paciente, relação
pessoal/relacionamento interpessoal, nos PPPs.CONCLUSÕES:com referência ao processo
de formação,os sentidos da humanização apontam a importância da relação professor-aluno
como relevantes para a formação em saúde.No trabalho espera-se do profissional afetividade,
sensibilidade,escuta qualificada para o acolhimento do usuário,pautando sua atuação em uma
ética nas relações de trabalho.O termo humanização nos remete,também,a Atitude,a um modo
de Entender,de Fazer,de Ser e Conviver com as pessoas.É como o profissional se implica com
as questões de saúde e as formas de resolubilidade das demandas.
_________________

Medeiros, Lucilene Martorelli Ortiz Petin; Batista, Sylvia Helena. Humanização na Formação e no Trabalho em
Saúde: uma Análise Documental. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10712

_________________
302
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Quantificar a Probabilidade de Óbitos, uma Pratica Desumana


Baseada no Apache II
_________________

Silva, Roberto Allan Ribeiro


Faculdade Vale do Gorutuba - Favag — robertocxj@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o Brasil conta com 1,3 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para cada
10.000 habitantes, há um aumento constante na demanda por serviços e sempre haverá
uma demanda por serviços maior que a necessidade, sendo que, o aumento da oferta
sempre acarreta em aumento da demanda, criando-se assim um sistema de difícil
equilíbrio. para contornar tal realidade existe as Centrais de Regulação de Leitos (CRL)
que são norteadas pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mais em essência
são uma forma de racionalizar os recursos disponíveis. um meio de se regular as
admissões nesses setores e a partir dos escores do Acute Physiology and Chronic Health
Evaluation (APACHE II), um índice prognostico que quantifica a probabilidade de óbito dos
pacientes, aqueles com maior chance de morrer são recusado. Objetivos: Analisar os
critérios de admissão de pacientes em UTIs de Minas Gerais e demonstrar o quão
desumano se mostra esta prática baseada no APACHE II. Métodos: Trata-se de um estudo
observacional, prospectivo e quantitativo a ser realizado com pacientes admitidos pela CRL
em UTI-adulto do Norte de Minas. Resultados: Entre os meses de setembro de 2012 e
setembro de 2013 foram admitidos 340 pacientes, destes 229 (67%) vieram do próprio
hospital e 111 (33%) foram admitidos pela central, com uma taxa de óbito de 42%, vale
ressaltar que 25% (37/145) dos óbitos aconteceram com menos de 48 horas de internação.
Os diagnósticos primários encontrados foram distribuídos em distúrbios dos sistema
neurológico, cardiovascular, respiratório gastrointestinal e metabólicos, pacientes com
diagnósticos diferentes dos pré-estabelecidos eram recusados. Todos os pacientes
admitidos pela CRL tiveram escore < 28 pontos, ou seja, não estavam nem muito bem nem
muito mal, mas muitos pacientes nem se quer tiveram a chance de entrar na UTI por terem
sido considerados críticos de mais e morreram sem assistência devida. Conclusão: como
diria Fernando Pessoa, “navegar é preciso; viver não é preciso”, nesse sentido o termo
“preciso” é apropriado na dimensão de “exatidão”, não somente de “necessidade, o poeta
sugere que a arte de navegar é uma ciência; já a vida é imprecisa e cercada de incertezas,
o que enfatiza a impossibilidade de se quantificar por métodos matemáticos as chances de
um paciente ir a óbito. Racionalizar não é a solução, estamos andando na direção errada.
Referencias: 1- Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). III Censo Brasileiro
de UTIs. 2009. [acesso em 14 jan 2014]. Disponível em:
http://www.amib.org.br/CensoAMIB2010.pdf. 2- Dutra, E. C. R, et al. Revista de
Administração Hospitalar e Inovação em Saúde (RAHIS ). Experiência de sucesso na
implantação de leitos de UT- ad no Norte de Minas Gerais, 2011. 3- CALDEIRA, V. M, et
al. Critérios para admissão de pacientes na UTI e Mortalidade. Rev. Assoc Med Bras 2010.
_________________

Silva, Roberto Allan Ribeiro. Quantificar a Probabilidade de Óbitos, uma Pratica Desumana Baseada no
Apache Ii. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10701

_________________
293
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atenção Humanizada em um Grupo de Cuidados Essenciais ao


Paciente Oncológico e Seu Cuidador
_________________

Bueno, Camila da Silva; Silva, Ana Caroline Azevedo; Brito, Christina May Moran de;
Barbosa, Lilian Paula Garrido; Santos, Patricia Cunha
Icesp — camila.bueno@icesp.org.br
_________________

Introdução: Segundo dados da O.M.S., o Brasil apresentou 437 mil novos casos de câncer no
ano de 2012. Apesar das abordagens atuais de tratamento, as sequelas que podem advir do
câncer - como prejuízo nas habilidades motoras, cognitivas e sensoriais - podem comprometer
a independência funcional do indivíduo e requerem intervenções específicas, individualmente
ou em grupo. o atendimento em grupo tem caráter terapêutico e educacional e possibilita a
orientação de pacientes e familiares. ao propiciar acolhimento e escuta, a intervenção é
delineada, visando a aderência efetiva às orientações e manutenção do ganho. Objetivos:
Orientar o paciente e/ou seu cuidador na adequação de suas atividades de vida diária para
promover conforto e melhora da independência funcional. Métodos: o paciente é avaliado no
ambulatório de Fisiatria e encaminhado ao grupo, caso sejam constatados os seguintes
critérios: capacidade funcional reduzida, evolução e prognóstico reservado da doença,
dependência de cuidados e condições socioeconômicas que inviabilizem a participação em um
programa de Reabilitação convencional. Os atendimentos do grupo são realizados por
psicólogo, enfermeiro, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta. São agendados dois encontros,
quinzenalmente e com duração de duas horas cada. no primeiro encontro, os participantes se
apresentam e descrevem o seu entendimento e expectativas quanto ao quadro clinico e sua
dinâmica com o cuidador. a partir de seus relatos, enfocam-se as orientações e estratégias que
viabilizem mudanças ou adaptações a fim de otimizar o cuidado. São fornecidos materiais
informativos que tratam dos temas abordados. no segundo atendimento, verifica-se a
apreensão das orientações discutidas, esclarecendo-se dúvidas e propiciando trocas de
experiências quanto à nova postura adotada. Verifica-se se os objetivos foram atingidos ou se
há indicação para encaminhamento para continuidade do atendimento ou para outros serviços.
Caso a demanda se mantenha, um terceiro encontro é agendado. Resultado: Até o momento,
65 pacientes (26 mulheres e 39 homens), com média de idade de 61 anos e seus cuidadores
foram convocados para o grupo. com relação ao diagnóstico primário, 18,46% apresenta câncer
de próstata; 15,38% de mama; 13,84%, de sistema nervoso central; 10,76%, câncer ósseo;
9,23% de trato gastrointestinal; 4,61% de cabeça e pescoço; 4,61% trato genitourinário; 4,61%
de pulmão; 3,07% de pele; 3,07% ginecológico; 1,53% sem localização especifica. a
assiduidade e o atingimento dos objetivos neste grupo, até o momento, foram de 68%.
Conclusões: o cuidado de reabilitação realizado na forma de grupo de orientação para
pacientes que demandem cuidados essenciais traz benefícios a pacientes e cuidadores, e
constitui estratégia alternativa viável para pacientes com o perfil descrito.
_________________

Bueno, Camila da Silva; Silva, Ana Caroline Azevedo; Brito, Christina May Moran de; Barbosa, Lilian Paula
Garrido; Santos, Patricia Cunha. Atenção Humanizada em um Grupo de Cuidados Essenciais ao Paciente
Oncológico e Seu Cuidador. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10704

_________________
296
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Acesso e Corresponsabilização no Cuidado Humanizado aos


Usuários de Crack
_________________

Maia Neto, José Pereira; Cabral, Mariana Pompílio Gomes; Costa, Juliana Pessoa;
Caminha, Emília C. Carvalho Rocha; Paula, Milena Lima de; Jorge, Maria Salete Bessa
Universidade Estadual do Ceará — maianeto01@hotmail.com
_________________

Introdução - o uso abusivo da substância psicoativa Crack no Brasil, tem se configurado nos últimos
anos como um grave problema social e de saúde. o aumento do consumo e do número de usuários
tem levado a agravos decorrentes da dependência desta substância, havendo maior procura pelos
serviços de tratamento. Os cuidados às pessoas com problemas relacionados às drogas, no
entanto, ainda estão pautados em modelos tradicionais, punitivos e segregadores que dificultam o
acesso humanizado aos serviços de saúde. Compreende-se a existência de um déficit no acesso
universal ao SUS por parte desta população usuária de drogas, devido ao despreparo das equipes
de saúde, especialmente na Estratégia Saúde da Família (ESF) e no acolhimento das demandas
destes usuários no Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS-ad). Objetivo -
Analisar a corresponsabilização do cuidado e o acesso dos usuários de crack às redes de atenção
em saúde do município de Fortaleza. Metodologia - o estudo faz parte de uma pesquisa ampla
denominada “A atenção clínica na produção do cuidado aos usuários de crack – assistência à saúde
e redes sociais de apoio”, com financiamento do CNPq/MS. Trata-se de uma pesquisa qualitativa,
crítica e reflexiva, realizada com trabalhadores da ESF e do CAPS-ad, bem como usuários de crack
em tratamento e seus familiares. para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada e
a análise dos dados seguiu a orientação da Análise de Conteúdo. o estudo foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual do Ceará (UECE) sob protocolo 10724251-
6. Resultados – Observa-se que os serviços do CAPS-ad oferecem aos usuários de crack acesso
ao tratamento/acompanhamento por demanda espontânea. É fato que alguns usuários advêm de
encaminhamentos da ESF, de hospitais psiquiátricos, hospitais gerais, por meio de ordem judicial,
o que é um aspecto importante, já que mostra que os trabalhadores de outros serviços estão
identificando usuários de substâncias psicoativas nos territórios e estão reconhecendo o CAPS-ad
como uma possibilidade de cuidado a estes sujeitos. Tal achado não caracteriza, entretanto, que
haja articulação entre as redes de cuidado, visto que não há trabalhos conjuntos entre as equipes.
Identifica-se que os outros locais de cuidado realizam encaminhamentos para o CAPS-ad como
tentativa de “desafogamento” de seus serviços, ou como resultado de sentimento de incapacidade
de seus trabalhadores em relação ao cuidado com o usuário de droga, quando o que deveria existir
era um coresponsabilização pelo cuidado em saúde. a precária formação dos profissionais de saúde
na área de álcool, crack e outras drogas é outro aspecto que dificulta intervenções mais eficazes.
Conclusão - Diante disso, emerge a necessidade da existência de cursos que capacitem os
profissionais para prática de saúde mental, promovendo resolubilidade da atenção aos usuários de
crack, ampliando o acesso e desconstruindo o modelo de clínica tradicional.
_________________

Maia Neto, José Pereira; Cabral, Mariana Pompílio Gomes; Costa, Juliana Pessoa; Caminha, Emília C. Carvalho Rocha;
Paula, Milena Lima de; Jorge, Maria Salete Bessa. Acesso e Corresponsabilização no Cuidado Humanizado aos
Usuários de Crack. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10706

_________________
297
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Constituir-Se Terapeuta Ocupacional em Contexto Hospitalar


Pediátrico: Experiências de Residentes Multiprofissionais
_________________

Klein, Taiane Maiara; Franco, Mariana de Paiva; Braga, Cláudia Pellegrini; Galheigo,
Sandra Maria
Programa de Residência Multiprofissional em Promoção da Saúde e Cuidado na Atenção Hospitalar -
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo — taianeklein@gmail.com
_________________

Introdução:O hospital caracteriza-se por modo hegemônico de agir marcado por ações
profissionais procedimento-centradas, onde o sujeito da atenção se vê reduzido a um diagnóstico,
problema, intervenção ou caso. Trata-se de um lugar onde predomina o uso de tecnologias duras e
leve-duras, no qual o saber e o poder são domínios profissionais. a humanização do ambiente
hospitalar implica em modos de resistência e criação para transformar procedimentos em cuidado,
produzindo afetação mútua entre usuário e cuidador. a residência multiprofissional abre uma porta
para a experimentação de novos modos de cuidar de si e dos outros. Objetivos: Refletir sobre o
percurso de formação técnica, ética e política de residentes de terapia ocupacional em saúde da
criança e do adolescente. Métodos: Análise temática dos diários de campo referentes aos
conteúdos das disciplinas, das discussões clínicas e das experiências do cotidiano, apresentados
por terapeutas ocupacionais em programa de residência multiprofissional, realizada em unidades
pediátricas de hospitais de média e alta complexidade na cidade de São Paulo. Resultados:Cinco
unidades temáticas foram identificadas: (1) Aproximações-tensões com o universo hospitalar: o
hospital é um ambiente adverso e dinâmico, em que o afastamento do território e a fragilidade da
articulação da rede têm que ser constantemente tensionados. (2) Construção da valise teórico-
metodológica: a atuação hospitalar demanda uma formação teórico-prática que problematize
instituídos e que possibilite uma atuação nos princípios da humanização, da ética e integralidade
do cuidado. (3) Constituir-se cuidador em contextos hospitalares: dificuldades em compor com a
dureza do hospital, porém, operar pela singularização permite o fazer humanizado. o suporte
teórico, supervisão e aprendizagem prática permitem constituir um modo próprio de ser terapeuta
ocupacional em contexto hospitalar pediátrico, pautado na humanização e na ética do cuidado. (4)
o cuidado de si: a relação de cuidado e a aproximação com situações de sofrimento exigem um
novo corpo, e cuidado de si do terapeuta. (5) Construindo a autonomia e o lugar profissional:
Conquistar o lugar da Terapia Ocupacional na equipe multiprofissional mistura-se com a construção
da autonomia do residente no serviço. Há relevância no contato com pares multiprofissionais para
a obtenção da autonomia e do reconhecimento do papel do residente. (6) a multi e a
interprofissionalidade como horizonte: um desafio que amadurece em propostas de integração e
ações coletivas entre profissionais, mas que não acontecem por limites do serviço. Conclusões: a
formação técnica, ética e política implica em exercitar a delicadeza do cuidado no cotidiano
hospitalar, em acolher e escutar o outro, seja usuário ou profissional e em construir diálogos e
projetos com os atores envolvidos. a residência possibilita, além do ganho profissional, crescimento
pessoal do residente que se dá pelas afetações que ousa experimentar.
_________________

Klein, Taiane Maiara; Franco, Mariana de Paiva; Braga, Cláudia Pellegrini; Galheigo, Sandra Maria. Constituir-Se
Terapeuta Ocupacional em Contexto Hospitalar Pediátrico: Experiências de Residentes Multiprofissionais. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10708

_________________
298
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto Assistencial Voltado para o Idoso, Amplia a Prática


Humanizada da Instituição
_________________

Oliveira, Maridite Cristovão Gomes de; Lino, Ivanise Regina de Paiva; Reis, Maria
das Dores; Silva, Ana Paula da; Santos, Iolanda Martins; Cardassi, Claudia Eliza
Ricardo
Hospital Geral de Sao Mateus — maridite@uol.com.br
_________________

Introdução Este hospital publico da rede SUS / São Paulo, desenvolveu um projeto piloto
voltado para o idoso, com foco na humanização. Estudadas as necessidades específicas
desta população, foram construídos os dez passos para um Hospital ser “Amigo do Idoso”,
baseadas em três eixos: comunicação, acessibilidade e cuidado. Objetivo Demonstrar as
mudanças na qualidade da assistência ao idoso a partir de uma abordagem ampla, com os
pressupostos da humanização de respeito, autonomia e diálogo. Metodologia Constituiu-
se um Grupo de Trabalho(GT) multidisciplinar para desenvolver as ações que acolhem o
idoso desde sua entrada no serviço, à internação e alta objetivando o resgate da dignidade,
respeito e autonomia do idoso como protagonista de seu cuidado. Três linhas de ação
foram estabelecidas como método de trabalho: a) grupos focais com participação de
profissionais, idosos da comunidade e usuários do serviço; b) sensibilização dos
profissionais da instituição; c) capacitação da equipe multiprofissional; Resultados Os
passos estabelecidos foram: 1 - Escuta qualificada; 2 - Acolhimento preferencial; 3 -
Acessibilidade; 4 – Ações de Humanização; 5 – Equipe de voluntários amigo do idoso e
capacitação para cuidadores; 6 - Sensibilização dos profissionais; 7 - Ações de prevenção
de quedas e violência; 8 - Capacitação da equipe multidisciplinar; 9 - Avaliação
multidimensional do idoso e plano de cuidados; 10 - Cuidados inovadores às condições
crônicas, incluindo a meditação como promoção de saúde. a partir destes parâmetros
houve desdobramento de várias atividades: alta integrada com a rede de serviços de
saúde; visita domiciliar com equipe multidisciplinar, cuidados paliativos e assistência à
finitude. Conclusões: a abordagem de um projeto, voltado para o indivíduo dentro de uma
concepção ampla e humanizadora, permitiu acentuar a diferença do olhar para esta
clientela e promover mudanças na prática dos profissionais envolvidos em seu
atendimento. Ocorreu o resgate da autonomia e da cidadania do idoso, um despertar para
a ressignificação da vida. Verificou-se nesta experiência um novo desabrochar das
pessoas, das equipes e da instituição e maior comprometimento dos profissionais na
assistência ao paciente idoso. Houve uma mudança de atitude e da cultura institucional.
_________________

Oliveira, Maridite Cristovão Gomes de; Lino, Ivanise Regina de Paiva; Reis, Maria das Dores; Silva, Ana
Paula da; Santos, Iolanda Martins; Cardassi, Claudia Eliza Ricardo. Projeto Assistencial Voltado para o Idoso,
Amplia a Prática Humanizada da Instituição.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10702

_________________
294
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo de Monitoramento do Linfedema: Cuidados Pós- Alta de um


Programa de Reabilitação nos Pacientes com Câncer de Mama
_________________

Tavares, Aline Cristina; Velar, Camila Molina; Bueno, Camila da Silva; Bazan, Mellik; Brito,
Christina May Moran de; Toscano, Juliana Lopes
Icesp — aline.tavares@icesp.org.br
_________________

INTRODUÇÃO: o câncer (CA) de mama é a neoplasia mais comum entre mulheres, no mundo e no
Brasil.. Durante o tratamento ou pela própria doença, complicações físicas podem surgir, tais como:
limitação e diminuição de movimentos de ombro e braço, diminuição de força muscular, dor, fibrose da
articulação escapuloumeral e linfedema (15 a 20% dos casos). Após a alta do programa de reabilitação,
a falta de aderência às orientações ou em casos de necessidade de reintervenção cirúrgica e/ou de
radioterapia, essas complicações podem reaparecer ou se agravar. a formação de grupos de orientação
propicia benefícios aos participantes pelo acolhimento, manutenção do cuidado e identificação de
possíveis complicações no período pós- alta. OBJETIVOS: Reforçar cuidados e orientações, avaliar
instalação/progressão do linfedema após a alta de um programa de reabilitação e decidir se a paciente
necessitará retornar para um atendimento individualizado. MÉTODOS: Trata-se de um estudo
observacional em andamento, com pacientes que receberam alta do programa supervisionado de
reabilitação, com o diagnóstico de câncer de mama e linfedema (grau 0 ou latente, grau 1 reversível
espontaneamente, grau 2 irreversível espontaneamente e grau 3 irreversível com fibrose e/ou outras
complicações). Os grupos de orientação constituem 2 encontros no segundo e no terceiro mês após alta
do programa de reabilitação com a participação da fisioterapia, da terapia ocupacional e do psicólogo.
Durante os encontros as pacientes são (i) reorientadas quanto às adequações em suas atividades
cotidianas e a necessidade de adaptações em suas funções; (ii) avaliadas se o linfedema está estável ou
não; (iii) caso o linfedema não esteja estável, é discutida com o fisiatra a necessidade de
reenquadramento em programa de reabilitação. As perdas foram consideradas como não participações
nos encontros em decorrência de faltas, seja por intercorrência clínica, óbito ou recusa. RESULTADOS:
Os resultados parciais incluem 67 pacientes. dos 32 pacientes que apresentavam linfedema subclínico,
houve 7 (22%) perdas, 23 (72%) mantiveram o linfedema estável, e 2 (6%) apresentaram piora e foram
reenquadrados no programa. dos 13 pacientes que apresentavam linfedema grau 1, houve 2 (15%)
perdas, 11 (85%) mantiveram o linfedema estável, e nenhum apresentou piora do quadro. dos 17
pacientes que apresentavam linfedema grau 2, houve 1 (6%) perda, 13 (76%) mantiveram o linfedema
estável, e 3 (18%) apresentaram piora e foram reenquadrados no programa. dos 5 pacientes que
apresentavam linfedema grau 3, 1 (20%) manteve o linfedema estável, e 4 (80%) apresentaram piora e
foram reenquadrados no programa. CONCLUSÃO: o grupo de orientação pós-alta contribui para a
promoção da estabilidade do linfedema, assim como para o reconhecimento de complicações e
necessidade de novas intervenções de reabilitação nessa população.
_________________

Tavares, Aline Cristina; Velar, Camila Molina; Bueno, Camila da Silva; Bazan, Mellik; Brito, Christina May Moran de; Toscano,
Juliana Lopes. Grupo de Monitoramento do Linfedema: Cuidados Pós- Alta de um Programa de Reabilitação nos Pacientes
com Câncer de Mama. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10703

_________________
295
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Dificuldade na Amamentação - um Relato de Experiência


_________________

Almeida, Thaynara Fontes; Araujo, Jamilly Santos; Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade,
Maisa Alves; Mendes, Rosemar Barbosa
Universidade Federal de Sergipe — thaynarafontes@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas


para a Infância (UNICEF) possuem como uma de suas prioridades a nutrição infantil. Estes
órgãos defendem a convicção de que o aleitamento materno até os 6 meses é o melhor
alimento para a criança. Visto que, a amamentação vai muito além do que apenas nutrir
uma criança. Porém, no Brasil, o aleitamento exclusivo não chega a 30% nas crianças com
3 meses de vida e representa 6% em crianças com 6 meses de idade. OBJETIVO:
Observar puérperas que receberam aconselhamento sobre o aleitamento materno durante
o pré-natal, no processo de amamentação. METODOLOGIA: Estudo de método
observacional desenvolvido com parturientes internadas na maternidade do município de
Lagarto-SE, durante o estágio curricular do módulo de obstetrícia, com o propósito de
verificar o processo de amamentação. RESULTADOS/RELATO de EXPERIÊNCIA: As
puérperas, as quais receberam orientação e, portanto são conhecedoras da importância e
da técnica correta de amamentação, demonstraram dificuldade em amamentar. Alguns
fatores comuns a elas foram observados, tais como: primigestas, letargia em conseqüência
de estar em alojamento conjunto e por isto não conseguirem dormir adequadamente, ou
até mesmo em consequência dos efeitos colaterais da anestesia da cesariana, dificuldade
na pega, dor nas mamas e sentimento de desesperança. em paralelo a esta dificuldade,
as mesmas continuaram a ser estimuladas de forma humanizada a amamentar frente às
vantagens para o crescimento da criança e sua recuperação. CONCLUSÕES: a educação
em saúde não é efetiva desde que o indivíduo seja inserido no processo de educação a
partir do estímulo do protagonismo e autonomia do mesmo. Portanto é essencial a
assistência de enfermagem humanizada no pré-natal, no puerpério e no período pós-parto.
_________________

Almeida, Thaynara Fontes; Araujo, Jamilly Santos; Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade, Maisa Alves; Mendes,
Rosemar Barbosa. Dificuldade na Amamentação - um Relato de Experiência. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10698

_________________
290
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Projeto de Extensão como Protagonista da Formação Ético-


Humanística do Profissional de Saúde – Relato de Experiência
_________________

Oliveira, Bruna Miclos de; Duarte, Josiane Aparecida; Rodrigues, Fillipe Ferreira; Dantas,
Letícia Lopes; Gonçalves, Suziane Soares; Dias, Danilo Borges
Universidade Católica de Brasília — bruna.miclos@gmail.com
_________________

Introdução: um dos objetivos da educação do futuro profissional de saúde é dar ênfase a


humanização, isso porque, com o aumento da demanda de serviços e com o excesso de
tecnologias, esse ponto essencial perdeu espaço e muitas vezes é esquecido. Os projetos de
extensão se tornaram maiores dentro das universidades, trazendo mais humanização para a
formação dos profissionais. Dentre eles se encontra um projeto que auxilia uma instituição que
abriga e presta assistência a portadores do vírus HIV e seus familiares. Objetivo: Expor o projeto
que auxilia na superação de dificuldades relacionadas à área de saúde na comunidade e refletir
sobre o aprendizado humanista que transforma o método de realizar o atendimento em saúde.
Métodos: a base para a realização deste trabalho foi um projeto de extensão que teve como
resultado o início de um aprendizado de respeito e acolhimento do desconhecido que só poderia
ser adquirido por meio desta interação. Resultados: a aproximação dos acadêmicos com a
comunidade não foi uma tarefa fácil, por isso foi preciso mostrar que a base do projeto era
justamente o processo de humanização. a interação começou com atividades recreativas com as
crianças, para que, posteriormente, com o apoio da coordenação da comunidade, fosse
estabelecido um esquema de visitas das residências. nas visitas, uma pesquisa era feita procurando
saber o que esperavam deste trabalho, em que se poderia acrescentar àquela sociedade e se eles
participariam de atividades com os acadêmicos. a pesquisa trouxe uma noção um pouco mais
profunda do que a sociedade quer do profissional de saúde, entendendo que a singularidade do
indivíduo é uma exigência para que se possa humanizar na atenção à saúde, fazendo com que
novas possibilidades sejam criadas para cada um. Além disso, trouxe a ética ao trabalho acadêmico
dentro daquela pequena sociedade, procurando mostrar respeito e interesse por sua opinião. uma
abordagem básica de atenção primária foi iniciada de forma conjunta. Desta forma, pequenas
conversas sobre hipertensão, diabetes, métodos contraceptivos, prevenção de doenças eram
discutidos e dúvidas eram tiradas, sempre recomendando a procura dos serviços de saúde.
Conclusão: Percebe-se que a população não é apenas um consumidor de serviços de saúde e que
para satisfazer e prestar um serviço de qualidade existe a necessidade de que o profissional de
saúde entenda que não se pode tomar apenas como referência o diagnóstico, o tratamento, a
etiologia, mas também é indispensável que a ética esteja presente, ou seja, a humanização é a
resposta para que não apenas nos momentos em que se procura a população, mas naqueles em
que eles se dirigem ao serviço de saúde, uma relação de acolhimento do desconhecido seja
realizada, fazendo com que a segurança do paciente no profissional de saúde seja estabelecida.
_________________

Oliveira, Bruna Miclos de; Duarte, Josiane Aparecida; Rodrigues, Fillipe Ferreira; Dantas, Letícia Lopes; Gonçalves,
Suziane Soares; Dias, Danilo Borges. O Projeto de Extensão como Protagonista da Formação Ético-Humanística do
Profissional de Saúde – Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10699

_________________
291
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Acolhimento como Estratégia de Diagnóstico e Intervenções


Oportunas do Sofrimento Psíquico Entre Mulheres no Pré e
Pós-Natal: Propostas de Intervenções em Enfermagem
_________________

Ramos, Ana Raquel Xavier; Silva, Liniker Scolfild R. da; Fonsêca, Jéssica Ramalho
da; Silva, Raymara Alves da; Correia, Nathália da Silva; Cordeiro, Eliana Lessa
Uninter — anaquelxr@hotmail.com
_________________

Introdução: a gestação e o puerpério são momentos da vida que envolvem inúmeras alterações
físicas, hormonais, psíquicas e sociais. Os transtornos mentais acometem frequentemente as
mulheres neste período de vulnerabilidade social e afetiva. Dentre estes agravos, as depressões
pós-parto e as psicoses puerperais são alterações psíquicas dependentes de fatores orgânicos,
familiares, conjugais, sociais, culturais e da personalidade da mulher que, quando presentes,
causam prejuízos ao bem estar psíquico, seja na fase da gestação ou até mesmo no puerpério.
Estes transtornos mentais podem ter implicações negativas na relação mãe-bebê e afetar o
desenvolvimento da criança. a ocorrência dos agravos faz um alerta para a importância da
intervenção de forma humanizada na assistência ao pré-natal e puerpério. Objetivo: Refletir as
técnicas de acolhimento como estratégia de diagnóstico e intervenções oportunas para mulheres
com sofrimento psíquico no pré e pós-natal. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo
reflexivo, no qual busca-se estudar dentre as ações diagnósticas de enfermagem nos serviços de
saúde no pré e pós natal, quanto a saúde mental da população feminina, a amostra será por
conveniência, sendo composta por gestantes e puérperas, maiores de 18 anos, atendidas nos
serviços de pré-natal e de puericultura de um ambulatório/maternidade de referência do estado de
Pernambuco. como critério de exclusão não participarão desta pesquisa, mulheres menores de 18
anos, não gestantes, não puérperas, gestantes com ameaça de abortamento, mulheres portadoras
de algum transtorno mental prévio e mulheres com deficiência auditiva. Instrumentos da pesquisa:
questionário de levantamento de dados socioeconômicos, para análise de fatores biopsicossociais
e o Questionário de Morbidade Psiquiátrica em Adultos – QMPA que é validado no Brasil com ponto
de corte igual ou superior a 07 pontos como critérios de positividade. Resultados: Não há resultados
ainda encontrados, pois a pesquisa encontra-se em fase inicial de aplicação do projeto piloto, uma
vez que será submentida ao comitê de ética e pesquisa, seguindo para a plataforma Brasil.
Conclusão: Tomando como base as diretrizes referentes aos cuidados no pré-natal e puerpério, é
fundamental que o profissional de saúde possa munir-se de meios que garantam uma assistência
humanizada, investigando aquilo que possa influenciar no processo saúde/doença. de posse de
uma avaliação do perfil socioeconômico e através da aplicação do QMPA feito com cada gestante
e puérpera, será possível identificar a presença de sofrimento psíquico nestas mulheres, que não
raras vezes passam despercebidos, numa perspectiva futura de estar ajudando a melhorar a
assistência à mulher. Consequentemente, o diagnóstico de adoecimento mental se tornará mais
rápido, e quando necessário, a cliente será encaminhada para um atendimento mais específico,
proporcionando assim uma gravidez mais segura para mãe e concepto.
_________________

Ramos, Ana Raquel Xavier; Silva, Liniker Scolfild R. da; Fonsêca, Jéssica Ramalho da; Silva, Raymara Alves
da; Correia, Nathália da Silva; Cordeiro, Eliana Lessa. O Acolhimento como Estratégia de Diagnóstico e
Intervenções Oportunas do Sofrimento Psíquico Entre Mulheres no Pré e Pós-Natal: Propostas de
Intervenções em Enfermagem. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10700

_________________
292
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Transformação das Relações Institucionais a Partir


Constituição de um Grupo de Encontro Entre Profissionais
de Diferentes Áreas do Cuidado e Cuidadores de Bebês
Prematuros
_________________

Braga, Cláudia Pellegrini; Augusto, Paula; Giorgetti, Marília; Klein, Taiane


FMUSP — claudia.pellegrini.braga@gmail.com
_________________

Introdução a promoção do cuidado aos bebês prematuros hospitalizados e cuidadores, na


perspectiva da integralidade e da humanização, exige uma qualidade de relação que ultrapasse
as barreiras da atenção centrada em procedimentos e da aplicação de saberes técnicos
normatizados. É preciso investir em dispositivos que promovam acolhimento, processos
vinculares e escuta ao sofrimento e às necessidades. Assim, como proposta de atenção, criou-
se um grupo de encontro entre profissionais e cuidadores de bebês prematuros. Objetivos
Apresentar cenas-acontecimentos deste grupo, investigando as potencialidades para a produção
de um cuidado integral e humanizado e as problemáticas e desafios desta experiência. Método
a partir de um relato de experiência, serão apresentadas quatro cenas-acontecimentos do grupo,
desenvolvido desde agosto de 2013. a análise e a discussão serão desenvolvidas em diálogo
com a perspectiva da integralidade e humanização do cuidado. Resultados o grupo tem
frequência semanal e, pela rotatividade das hospitalizações, os encontros e seu formato são
acordados semanalmente, adquirindo diferentes caraterísticas. Já teve como objetivo ser um
espaço para resolução de dúvidas e problemas, compreensão de técnicas e procedimentos
realizados, ampliação do cuidado de si, e troca de experiências. Primeira cena-acontecimento: a
fisioterapia apresenta aos cuidadores formas de estimulação dos neonatos, visando o
desenvolvimento infantil e o fortalecimento do vínculo entre cuidador e bebê. Segunda cena-
acontecimento: a fonoaudiologia dialoga com os cuidadores sobre a importância da
amamentação e ordenha - uma das principais demandas dos frequentadores do grupo. Terceira
cena-acontecimento: a terapia ocupacional realiza encontro focado no cuidado de si dos
cuidadores dos bebês prematuros, realizando abordagens corporais. Quarta cena-
acontecimento: agencia-se com uma das cuidadoras seu protagonismo na condução do
encontro, apresentando sua experiência de ser mãe e as dificuldades enfrentadas no impacto e
no processo de hospitalização. Conclusões: a realização do grupo pôde provocar importantes
transformações das relações, garantindo um espaço de escuta das demandas, desejos e
sofrimentos dos cuidadores de bebês prematuros e proporcionando um espaço de trocas para
os profissionais. Investiu-se na composição de diferentes tecnologias – leves, leve-duras e duras
- para a construção do cuidado integral à saúde, e, nesse percurso, os profissionais também
puderam entrar em contato com o sofrimento desses cuidadores e afinar seus modos de cuidado,
transformando-se. como dificuldades, percebe-se que, por vezes, os profissionais assumem uma
postura de ensino-aprendizagem na relação com os cuidadores. Ainda assim, é sensível a
mudança no cotidiano e nas relações entre usuário-usuário, usuário-profissional e profissional-
profissional, construindo outras conectividades que ampliam a potência de cuidado e de vida de
todos os envolvidos.
_________________

Braga, Cláudia Pellegrini; Augusto, Paula; Giorgetti, Marília; Klein, Taiane. A Transformação das Relações
Institucionais a Partir Constituição de um Grupo de Encontro Entre Profissionais de Diferentes Áreas do
Cuidado e Cuidadores de Bebês Prematuros. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades
& Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10693

_________________
286
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Residência Médica na Uti: um Estudo Sobre o “Velho”, a


“Velhice” e o “Envelhecimento”
_________________

Dias, Maria Angélica Ferreira; Watanabe, Helena Akemi Wada; Paúl, Constança
Universidade de São Paulo / Universidade do Porto — mariaangelicadias@uol.com.br
_________________

Introdução: o ritmo intenso do envelhecimento populacional no Brasil tem levado a


questionamentos sobre o impacto das mudanças demográficas na área da saúde, e à
preocupação quanto ao preparo dos profissionais para lidarem com essa nova realidade.
Os avanços representados pelos princípios do Sistema Único de Saúde, a criação do
Estatuto do Idoso e a preocupação com os direitos humanos tornam urgentes reflexões
sobre o que se coloca como desafio no atendimento médico à população idosa em UTI.
Objetivos: compreender quais os sentidos que médicos que atuam em UTI, no contexto
de residência médica, atribuem a velho/velhice/envelhecimento e suas relações com as
práticas de assistência prestada aos pacientes idosos. Método: realizamos uma pesquisa
qualitativa que envolveu a observação participante de 24 reuniões de equipes que atuam
em duas Unidades de Terapia Intensiva de um hospital escola da cidade de São Paulo, e
de 12 entrevistas individuais com médicos que compõem estas equipes e/ou estão
implicados nesse contexto de residência médica. Os resultados foram analisados sob a
ótica Construcionista, por meio da Análise do Discurso. Resultados: os resultados
apontam para a existência de uma polissemia relacionada à velhice, incluindo sentidos que
podem produzir práticas idadistas quando não há uma postura reflexiva dos profissionais
a respeito do tema, ou quando conflitos decorrentes da complexidade que envolve o
atendimento hospitalar em diferentes contextos institucionais e econômicos se impõem aos
profissionais, dificultando o diálogo entre os envolvidos mais diretamente na situação de
internação (nomeadamente profissionais da saúde, pacientes, familiares, cuidadores,
gestores). Conclusões: essa nova realidade demográfica deve ser discutida na formação
profissional, envolvendo as novas e diferentes demandas da população idosa. Relacioná-
las ao respeito ao direito humano à vida e à dignidade, e aos sentidos atribuídos aos
profissionais à essa fase da vida, aos velhos e ao processo de envelhecimento, bem como
à forma como esses sentidos são produzidos e os seus contextos de produção, pode
contribuir para que práticas de exclusão não se (re)produzam.
_________________

Dias, Maria Angélica Ferreira; Watanabe, Helena Akemi Wada; Paúl, Constança. Residência Médica na Uti:
um Estudo Sobre o “Velho”, a “Velhice” e o “Envelhecimento”. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10694

_________________
287
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Ensino da Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares: por


uma Formação Técnica, Ética, Humanista e Crítica
_________________

Braga, Cláudia Pellegrini; Galheigo, Sandra Maria


FMUSP — claudia.pellegrini.braga@gmail.com
_________________

Introdução na formação em terapia ocupacional em contextos hospitalares, faz-se presente o


desafio de desconstruir para o estudante a centralidade do ‘hospital das especialidades’, cujo foco
hegemônico é a prática centrada em procedimentos, e recolocar a atenção partir do lugar da
produção do cuidado em saúde na perspectiva usuário-centrada, na configuração proposta pelas
políticas de saúde. Nessa linha, é preciso possibilitar ao estudante o exercício da leitura das
necessidades dos usuários e a apropriação e uso crítico de ferramentas tecnológicas variadas –
leves, leves-duras e duras –, que deem conta da complexidade do cuidado. a experimentação da
prática profissional, orientada pela perspectiva da integralidade e humanização, implica na in-
corporação de uma sabedoria prática, que acontece no ato de produção das relações e da
comunicação estudante-supervisor-usuário. Objetivos Apresentar e refletir sobre o ensino teórico-
prático da terapia ocupacional em contextos hospitalares oferecido com vistas a uma formação
técnica, ética, humanista e crítica. Métodos Trata-se de relato de experiência, a partir das
anotações, experiências e reflexões da supervisora e da docente acerca do ensino teórico-prático
da terapia ocupacional em contextos hospitalares. Resultados As atividades práticas foram
desenvolvidas em uma enfermaria pediátrica com a população infanto-juvenil e seus
familiares/cuidadores. Pela presença implicada do supervisor em sua relação com o estudante, foi
possível que o estudante experimentasse e compreendesse que a produção do cuidado acontece
nas micro relações entre usuários e terapeuta, usuários e equipe, profissionais das equipes, e nas
diferentes ambiências que compõem o cotidiano do serviço. por meio da práxis e da criação de
vínculos os estudantes exercitaram as facetas do cuidado, acolhendo as demandas, necessidades,
sofrimentos e desejos dos usuários, sustentando as relações, e produzindo projetos terapêuticos e
de vida. a experiência de cuidado permitiu aos estudantes o desenvolvimento de uma sabedoria
prática, que acontece em resposta aos encontros-acontecimento entre estudantes-supervisor-
usuários. As atividades de supervisão garantiram um suporte reflexivo a essa experiência da prática.
Nessas, exercitava-se a crítica das cenas vividas e das estratégias utilizadas, formulavam-se
questionamentos e refletia-se sobre as potencialidades e limites da produção de cuidado em um
cenário ainda hoje marcado pelas perspectivas biomédica e especialista. Pela práxis crítica,
buscava-se, coletivamente, alternativas práticas para situações vistas como produtoras de violência
ou fragilidade para os usuários do serviço. Conclusões Percebe-se que, a partir de uma educação
teórico-prática orientada para a práxis e a ética do cuidado e de uma perspectiva crítica em terapia
ocupacional, é possível oferecer uma formação profissional em contextos hospitalares voltada para
a produção de um cuidado integral e humanizado.
_________________

Braga, Cláudia Pellegrini; Galheigo, Sandra Maria. O Ensino da Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares: por
uma Formação Técnica, Ética, Humanista e Crítica.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-
7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10695

_________________
288
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Relato de Experiência: Atendimento Fonoaudiológico À


Pacientes Submetidos À Laringectomia Total. a Humanização
e Reinserção Social do Pré ao Pós-Cirúrgico.
_________________

Brito, Christina May Moran de; Senise, Angela Teixeira; Patti, Giuliane de Loreto;
Uchiyama, Luciana; Murano, Maria Helena; Gallinucci, Regina
Icesp — christina.brito@icesp.org.br
_________________

Introdução: na cirurgia de Laringectomia Total (LT) retira-se a laringe para tratar tumores
de laringe ou hipofaringe, levando a incapacidade de produzir voz pela fonte glótica e ao
desvio definitivo da respiração por um traqueostoma. a atuação fonoaudiológica com estes
pacientes é fundamental desde o período que antecede a cirurgia até o pós-operatório. a
reabilitação fonoaudiológica em grupo, foi uma escolha desta equipe com o intuito de
favorecer a interação e a troca de experiências entre os pacientes, facilitar o enfrentamento
das dificuldades e a promover a saúde e melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Objetivo: Descrever a atuação fonoaudiológica com pacientes submetidos à
Laringectomia Total (LT) em um hospital oncológico de grande porte, visando sua
reinserção na comunidade. Metodologia: Estudo descritivo da atuação fonoaudiológica
hospitalar com pacientes submetidos a LT, do período pré-operatório até a reabilitação em
grupo. Resultados: a abordagem fonoaudiológica com o paciente LT inicia-se no pré-
operatório, com orientação, em grupo e em conjunto com equipe multiprofissional, e
atendimento individualizado fonoaudiológico, com foco no cuidado e reabilitação da
deglutição e voz. no período de internação, no pós-operatório imediato, reforçam-se as
orientações prévias e são introduzidos métodos de comunicação alternativa à fala,
enquanto o paciente não está apto a iniciar a voz esofágica. Após a alta hospitalar, o
paciente é atendido no ambulatório médico de pós-operatório imediato. no mesmo dia,
pode realizar avaliação fonoaudiológica ambulatorial e tão logo haja liberação médica, é
introduzida a dieta oral e o paciente é direcionado ao grupo para reabilitação. Principais
temas abordados: • Comunicação: o Informações e treino das formas de comunicação
alaríngea: voz esofágica, eletrolaringe e prótese traqueoesofágica. o Troca de estratégias
entre participantes do grupo no treino de voz alaríngea. • Motivação em compartilhar:
dificuldades; progressos; e estratégias. • Perda ou redução do olfato e do paladar: o
Adaptações no alimento. o Treino da técnica de pressão negativa intraoral. • Aceitação do
esquema corporal: o Abordagem pelos cuidados e proteção ao traqueostoma. o Troca de
informação sobre produtos e recursos tecnológicos. Conclusão: Observa-se que a
intervenção fonoaudiológica ampla a pacientes submetidos à LT é uma experiência que
favorece o acolhimento na fase pré e pós-operatória, a reintegração social e a adaptação
a novos meios de comunicação.
_________________

Brito, Christina May Moran de; Senise, Angela Teixeira; Patti, Giuliane de Loreto; Uchiyama, Luciana;
Murano, Maria Helena; Gallinucci, Regina. Relato de Experiência: Atendimento Fonoaudiológico À Pacientes
Submetidos À Laringectomia Total. a Humanização e Reinserção Social do Pré ao Pós-Cirúrgico.. In: Anais
do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10697

_________________
289
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Educação Permanente em Saúde: Produzindo Sentidos e


Qualificando a Gerência dos Centros de Especialidades
Odontológicas Estaduais em Sergipe.
_________________

Couto, Graziane Ribeiro; Barbosa, Aldenísia A. Albuquerque; Cabral, Marlos Cesar


Bomfim; Cerqueira, Rosiane Azevedo da S.; Iung, Andreia Maria Borges; Travassos,
Daniele de Araújo
Funesa - Fundação Estadual de Saúde de Sergipe — graziane.funesa@gmail.com
_________________

O presente trabalho tem o desiderato de mencionar um projeto de intervenção que foi


apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para conclusão do
Curso de Especialização em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde uma proposta de
Educação Permanente para qualificar e humanizar as ações de gestão dos CEOs estaduais
em Sergipe, produzindo novos significados ao processo de trabalho das equipes e ao arranjo
organizacional do modelo de atenção secundária à saúde bucal. o público-alvo deste projeto
são cirurgiões dentistas que atuam no cargo de gerente dos CEOs de Boquim, Laranjeiras,
Propriá, São Cristóvão, Tobias Barreto e em breve no CEO recém-implantado de Nossa
Senhora da Glória, municípios que sediam tais unidades com o processo de regionalização no
cenário do estado de Sergipe. para tanto, será implantado o processo de Educação
Permanente em Saúde, com a utilização de metodologias ativas de aprendizagem, visando
incorporar novas ferramentas pedagógicas e operacionais e fortalecer o trabalho desenvolvido
pelos gerentes. Os CEOs estaduais de Sergipe compõem uma rede de serviços especializados
em saúde bucal, ofertados complementarmente às ações executadas no âmbito da atenção
básica de diversos municípios sergipanos, atendendo aos pressupostos de qualidade,
humanização, eficiência e resolutividade, e obedecendo aos preceitos do Sistema Único de
Saúde. Pretende-se, portanto, contribuir para a consolidação da rede especializada em saúde
bucal no estado de Sergipe, em consonância com o padrão de eficiência e resolutividade
deferido pela Política Nacional e Estadual de Saúde Bucal.
_________________

Couto, Graziane Ribeiro; Barbosa, Aldenísia A. Albuquerque; Cabral, Marlos Cesar Bomfim; Cerqueira, Rosiane
Azevedo da S.; Iung, Andreia Maria Borges; Travassos, Daniele de Araújo. Educação Permanente em Saúde:
Produzindo Sentidos e Qualificando a Gerência dos Centros de Especialidades Odontológicas Estaduais em
Sergipe.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10684

_________________
282
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Politica de Humanização: Encontro “Humanizar É Preciso”


como Instrumento de Gestão
_________________

Oliveira, Maridite Cristovão Gomes de; Ferreira, Vania de Carvalho;


Grunemberg, Roseli Sybilla; Campos, Adriana Alves; Xavier, Verimar Felix;
Santos, Deise Ribeiro dos; Cunha, Miriam Silva da
Hospital Geral Sao Mateus — maridite@uol.com.br
_________________

Introdução Tendo como diretriz a política de humanização, este hospital público realizou em 18
de outubro de 2003 um encontro para lançamento do programa de humanização e divulgação
do manifesto contendo as suas definições. a partir deste ato foi constituído o Comitê de
Humanização com profissionais do hospital, técnico e administrativo, de formação
multidisciplinar. Se estabeleceu a realização anual de uma atividade para cultivar esta iniciativa,
celebrar as diversas datas comemorativas relativas a ela, identificar as conquistas alcançadas e
para motivação da equipe. Esta atividade ficou denominada como Encontro “Humanizar é
Preciso”. Este encontro ocorre há dez anos na instituição e se caracteriza por ser um espaço de
sensibilização e reflexão sobre a dimensão humana na pratica das ações de saúde e na melhoria
da qualidade da assistência e, no reconhecimento de pacientes e profissionais como sujeitos no
processo saúde doença. Se constitui também, em momento privilegiado para divulgação e
sensibilização dos novos projetos prioritários na instituição. Objetivo Apresentar o Encontro
“Humanizar é Preciso” como instrumento de gestão na medida em que possibilita o início de
discussões sobre projetos e contribui para a mudança da cultura institucional. Metodologia o
encontro “Humanizar é Preciso” é realizado anualmente e seu período é variável, de 15 a 30
dias. no encontro é apresentado um projeto e criado espaços de discussão com temática
pertinente ao tema em questão. É nesse encontro também que o comitê propicia atividades/rodas
de conversa em que os profissionais se sentem acolhidos e reconhecidos como partícipes das
ações do hospital. Resultados Durante essa década de Humanizar é Preciso pode se observar
que os profissionais do hospital reconhecem o encontro como oportunidade de crescimento
profissional e pessoal. Os gestores entendem que o lançamento de projeto nesse momento leva
à maior sensibilização dos envolvidos e conseqüente adesão, contribuindo para o êxito da
implantação. Participam anualmente de 800 a 1500 pessoas. Relação dos encontros:
“Humanizar é preciso!” 2004- 1º Encontro – Campanha do Abraço e Lançamento da Logomarca
2005- 2º Encontro – Campanha “Faça à diferença” 2006- 3º Encontro - Discussão sobre Cultura
de Paz / Mediação de Conflitos, e Terapia Comunitária 2007- 4º Encontro – Reflexão sobre
Bioética e Humanização 2008- 5º Encontro - Introduzida a discussão sobre Tanatologia 2009- 6º
Encontro – Comunicação e Humanização 2010- 7º Encontro – Saúde e Espiritualidade 2011- 8º
Encontro – Diversos Olhares, Diversos Cuidados 2012- 9º Encontro – As Dimensões do Cuidado
2013- 10º Encontro – Cuidados Paliativos, Ampliando Olhares Conclusão: o Encontro
Humanizar é Preciso tornou-se um recurso importante para o gestor na aproximação e
valorização de sua equipe. Contribui de forma impactante na mudança de cultura, obtenção de
resultados e sucesso nos programas e projetos da política de humanização prioritários para a
instituição.
_________________

Oliveira, Maridite Cristovão Gomes de; Ferreira, Vania de Carvalho; Grunemberg, Roseli Sybilla; Campos,
Adriana Alves; Xavier, Verimar Felix; Santos, Deise Ribeiro dos; Cunha, Miriam Silva da. Politica de
Humanização: Encontro “Humanizar É Preciso” como Instrumento de Gestão. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10686

_________________
283
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Procedimentos Terapêuticos de Enfermagem no Contexto da Dor: a


Percepção de Pacientes
_________________

Silveira, Rosemary Silva da; Silveira, Nara Beatriz; Lunardi, Valéria Lerch; Fernandes,
Geani Farias Machado; Saioron, Isabela; Gonçalves, Naiane Glaciele da C.
Universidade Federal do Rio Grande — anacarol@mikrus.com.br
_________________

Introdução: a dor interfere diretamente no estado físico e psicossocial dos indivíduos, prejudicando
sua qualidade de vida. Constitui-se numa das principais causas de sofrimento dos pacientes, e no
motivo do grande número de internações hospitalares, estando ligada intimamente ao cuidado, o
que requer ser avaliada de forma minuciosa em suas diferentes dimensões pelos trabalhadores de
enfermagem. Objetivou-se conhecer a percepção dos pacientes acerca dos procedimentos
terapêuticos utilizados pelos trabalhadores da enfermagem para o alívio da dor. Metodologia: trata-
se de uma pesquisa qualitativa. para a coleta de dados obteve-se a aprovação do Comitê de Ética
em Pesquisa na Área da Saúde e utilizou-se a técnica de entrevista semi estruturada. Participaram
do estudo trinta e oito pacientes internados em um Hospital Universitário do extremo Sul do Brasil.
o processo de análise dos dados foi realizado através da técnica de Análise Textual Discursiva,
composta de quatro focos: desmontagem dos textos, estabelecimento de relações, captando o novo
emergente e um processo auto organizado. Resultados: Emergiram três categorias: o significado
e a limitação da dor expresso pelos pacientes, procedimentos terapêuticos praticados pela equipe
de enfermagem para aliviar a dor e a utilização de instrumentos para avaliação da dor. ao buscar
evidenciar o significado da experiência de dor no discurso dos pacientes, foi possível constatar que
os pacientes compreendem a dor como uma dimensão total, que ultrapassa o limite de uma
condição física de doença, estendendo-se para as dimensões psicológicas e sociais. Os sujeitos
relacionam ainda a experiência de dor com sofrimento, impotência, sensação de mal estar,
principalmente, quando associada a um diagnóstico indefinido, que pode produzir medo de uma
incapacidade permanente, da morte, de não poder sustentar a família, ocasionando incertezas e
desejos de suicídio. uma minoria dos pacientes referiu que além da medicação, os trabalhadores
costumam realizar outros procedimentos terapêuticos para aliviar sua dor, como massagens,
aplicação de óleos, de compressas, de bolsas de calor e frio. no que se refere à utilização de
métodos para avaliação da intensidade da dor, a maioria dos entrevistados relatou não existir
avaliação por parte da equipe de enfermagem. em poucos discursos, é referido o uso de
investigação em forma de perguntas quanto à intensidade da dor e sua localização. Conclusões:
Considera-se necessário implementar a utilização de escalas para avaliação da dor e de protocolos
para sistematizar as ações da enfermagem. a não-existência de protocolo de avaliação da dor na
instituição pode dificultar uma assistência direcionada e individualizada ao paciente com dor.
Compreende-se que é necessário envolver a participação de outros trabalhadores, não só da
enfermagem, mas da equipe multiprofissional, pois a dor envolve a todos, inclusive os familiares.
_________________

Silveira, Rosemary Silva da; Silveira, Nara Beatriz; Lunardi, Valéria Lerch; Fernandes, Geani Farias Machado; Saioron,
Isabela; Gonçalves, Naiane Glaciele da C.. Procedimentos Terapêuticos de Enfermagem no Contexto da Dor: a
Percepção de Pacientes. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10687

_________________
284
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Internalizar a Voz do Cidadão e Transforma-la em Informação


Estratégica na Gestão de Serviços de Saúde Hospitalar
_________________

Lemos, Claudia Regina Haponczuk de


Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo — claudia.lemos@incor.usp.br
_________________

Introdução o sistema de ouvidoria na área da saúde no Brasil tem por alicerce os pilares do Sistema
Único de Saúde, cujos princípios de Universalidade, Eqüidade e Integralidade e as diretrizes de
Descentralização, Hierarquização, Regionalização e Participação Social são incorporados no
direcionamento de suas ações. a consolidação da Ouvidoria de um Complexo Hospitalar
Universitário, localizado na cidade de São Paulo/Br, foi definida em seu Regimento Interno (2006)
levando-se em consideração: a responsabilidade social e ética da instituição; as diretrizes gerais
para a administração; a visão de futuro e pensamento estratégico; a necessidade de aprendizado
organizacional e, a importância da relação com os clientes. Objetivos Compartilhar um modelo de
Ouvidoria considerado pioneiro em hospital público, que tem sua gênese em 1988, através da
edição de uma Norma de Serviço instruindo que queixas por escrito fossem acolhidas pelo Serviço
de Relações Públicas. em 1994 suas atribuições foram estabelecidas com a finalidade de
assessorar o corpo diretivo na recepção, tramitação e encaminhamento das manifestações dos
usuários. a Lei no. 10.294, de Defesa do Usuário do Serviço Público, de 1999, formalmente institui
a figura do Ouvidor. Métodos o padrão de trabalho é estruturado e instrumentalizado por um
sistema informatizado que classifica as manifestações em: Manifestante (acompanhante,
funcionário, pacientes e outros);Provedor (Convênios, particulares e SUS);Canal de Comunicação
(carta, e-mail, fax, telefone, site, pessoalmente e outros);Categoria (Competência de outro órgão,
Infra-estrutura, Recursos Humanos, Procedimentos Operacionais e Legislação);Origem
(Ambulatório, Internação e Emergência);Categoria (Denúncia, Elogio, Reclamações, Sugestão,
Solicitação de Informações e Expressões Livres); Status (Em análise, Atendida, Não Atendida,
Inconsistente e Encaminhada para outro órgão). É prerrogativa da Ouvidoria que todos os
manifestantes recebam formalmente uma devolutiva. Resultados – São acolhidas anualmente em
torno de 16.000 manifestações, sendo que aproximadamente 62% referem-se a queixas, 21%
solicitação de informações, 13% elogios e 10% sugestões. o Ouvidor integra os Comitês Gestores
dos institutos e os indicadores de Ouvidoria são apresentados e discutidos no Conselho Diretor da
Superintendência, Produz Relatórios Gerenciais tanto para as lideranças locais como para gestores
governamentais. Conclusões: a Ouvidoria municia a instituição com informações e avaliações
procedentes diretamente de nossos clientes, traduzindo as necessidades e expectativas deste, com
potencial para revisão e melhoria dos processos de atendimento da instituição e estabelecimento
de políticas públicas de saúde. Zela pela imagem institucional na medida em que se constitui em
canal de comunicação dos usuários com a Instituição, garantindo o direito do cidadão de
participação e controle social.
_________________

Lemos, Claudia Regina Haponczuk de. Internalizar a Voz do Cidadão e Transforma-La em Informação Estratégica na
Gestão de Serviços de Saúde Hospitalar.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10690

_________________
285
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Cuidados Paliativos como Prática Humanizadora em um Hospital


Público
_________________

Silva, Ana Paula da; Lino, Ivanise Regina de Paiva; Novelo, Elizabeth C. Martinez; Bessa,
Tânia Regina Melhado; Rocha, Juraci Aparecida; Oliveira, Maridite C. Gomes de
Hospital Geral de Sao Mateus — hsm-apsilva@saude.sp.gov.br
_________________

Introdução Os hospitais públicos de porta aberta vêm recebendo um número cada vez maior de
pacientes com indicação de cuidados paliativos. o uso deste serviço é muito restrito e não consegue
absorver a demanda. Está é uma realidade cruel e desumana para com estas pessoas que
necessitam deste tipo de assistência. Objetivo Estabelecer no hospital geral, assistência em
cuidados paliativos, com foco na comunicação e humanização no cuidar. Desenvolver um conjunto
de ações interdisciplinares visando minimizar o sofrimento do paciente e de seus familiares,
proporcionando-lhe conforto e aceitação da doença, oferecendo-lhe recursos necessários para que
consiga desfrutar do tempo de sua vida de maneira digna e menos dolorosa. Metodologia Este
trabalho foi realizado em três etapas. Primeira Etapa: - Criação do grupo de trabalho multidisciplinar
com formação e experiência na área para desenvolvimento do plano de ação. Segunda Etapa:
a)Sistematização de conceitos e estudos dos referenciais teóricos b) Realização de pesquisa para
identificar o conhecimento dos profissionais e a possibilidade de implantação de cuidados paliativos
na instituição. c) Definição dos critérios de inclusão em cuidados paliativos e identificação da equipe
de referencia d) Elaboração do protocolo de atendimento com fluxograma e) Cronograma de
discussão do protocolo com equipe multiprofissional Terceira Etapa: - Disseminação para a
instituição deste novo olhar para a assistência, com a realização de palestras e material de
divulgação como banners, faixas e folders. Resultados Foram realizados reuniões com equipe
multidisciplinar totalizando 7 encontros (diretores, supervisores, médicos, enfermeiros, assistentes
sociais, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e farmacêuticos). - Encontros com capelania,
corpo de voluntariado e comunidade. - 09 oficinas de sensibilização para todos os profissionais do
hospital totalizando até o momento 420 participantes. - Encontro anual de humanização com o tema
de cuidados paliativos com a realização de 07 palestras de profissionais membros de diversos
Serviços Especializados em Cuidados Paliativos do Município de São Paulo. - Confecção do guia
de orientação para uso de medicamentos em cuidados paliativos. (Serviço de farmácia, Diretoria
médica e de Enfermagem). Conclusão Esta iniciativa tem provocado mudanças no olhar e na
postura dos profissionais que desenvolveram uma percepção e uma escuta mais refinada para as
necessidades desses pacientes, solicitando a opinião da equipe de cuidados paliativos para sugerir
procedimentos diferenciados nesta área. a pratica de cuidados paliativos tem mostrado a
importância e as possibilidades de um atendimento humanizado que preste cuidados de forma a
atender o paciente e seus familiares integralmente, proporcionando dignidade e maior qualidade de
vida
_________________

Silva, Ana Paula da; Lino, Ivanise Regina de Paiva; Novelo, Elizabeth C. Martinez; Bessa, Tânia Regina Melhado;
Rocha, Juraci Aparecida; Oliveira, Maridite C. Gomes de. Cuidados Paliativos como Prática Humanizadora em um
Hospital Público. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10683

_________________
281
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Utilização da Entrevista da Narrativa do Adoecimento Mcgill-Mini


na Abordagem de Pacientes Poliqueixosos por Alunos do Internato
Rotatório de Medicina de Família e Comunidade (Mfc)
_________________

Rocha, Hélio Antonio; Souza, Alicia Navarro Dias de


Universidade Federal do Rio de Janeiro — hearoch@gmail.com
_________________

Introdução: Pacientes que apresentam sintomas somáticos que não podem ser bem explicados
pelos diagnósticos médicos constituem de um quarto a metade da demanda de atendimento por
serviços de saúde no cenário da atenção primária e secundária. São necessários recursos a fim de
qualificar a escuta e o acolhimento a estes pacientes, a fim de melhorar a abordagem a esta
clientela. Objetivos: Avaliar que contribuições a utilização de uma entrevista que busca colher a
narrativa de adoecimento do paciente pode trazer à formação do aluno que passa pelo internato de
MFC. Avaliar se os internos conseguem dar ao paciente o lugar de expert da sua narrativa de
adoecimento. Métodos: no período de um ano, trezes alunos do internato rotatório em MFC foram
capacitados a aplicar a Entrevista McGill-MINI. Cada um participou da entrevista de dois a três
pacientes poliqueixosos. Foram registradas dezessete entrevistas. Todas elas foram gravadas em
áudio e transcritas. o material foi submetido à análise de conteúdo. Resultados: a utilização da
Entrevista McGill-MINI contribuiu para uma experiência de inclusão da perspectiva do paciente no
atendimento realizado pelo aluno do internato. Dar ao paciente o lugar de expert no relato de sua
experiência sobre seu problema de saúde foi um desafio. Houve uma tendência dos internos
tentarem introduzir nas entrevistas, questões da anamnese convencional a fim de esclarecer os
sintomas descritos pelos pacientes. Os dados sugerem que a Entrevista McGill-MINI pode contribuir
a compreensão dos determinantes psicossociais da doença, assim como para uma relação médico-
paciente mais dialógica, onde haja um compartilhamento de saberes que tenha implicação na
construção de um plano terapêutico conjunto. a compreensão da experiência de adoecimento,
permitida pela realização da entrevista, trouxe informações adicionais à anamnese tradicional com
implicações na construção do raciocínio clínico e na elaboração de um plano terapêutico para além
da prescrição de medicamentos. com as informações colhidas, os alunos puderam indicar a
participação em atividades grupais realizadas na ESF e na comunidade, assim como psicoterapia
e articulação entre ESF e a rede de saúde mental. Esse tipo de proposta envolve a incorporação
da integralidade e da intersetorialidade no raciocínio clínico. Mesmo quando os internos não
conseguiram elaborar um plano terapêutico específico para o caso, eles puderam abordar,
conversar melhor com os pacientes. Esta experiência possibilitou que os alunos expusessem
críticas ao ensino médico centrado na doença e no estudo das especialidades. Conclusão: a
incorporação desta entrevista no atendimento aos pacientes poliqueixosos pôde proporcionar um
atendimento mais humanizado, centrado na pessoa, fortalecendo a construção do vínculo
terapêutico entre estudante e paciente.
_________________

Rocha, Hélio Antonio; Souza, Alicia Navarro Dias de. A Utilização da Entrevista da Narrativa do Adoecimento Mcgill-Mini
na Abordagem de Pacientes Poliqueixosos por Alunos do Internato Rotatório de Medicina de Família e Comunidade
(Mfc). In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10671

_________________
278
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Valores Éticos que Norteiam As Ações dos Trabalhadores da Saúde


de uma Unidade de Terapia Intensiva
_________________

Silveira, Rosemary Silva da; Martins, Cleusa Rios; Lunardi, Valéria Lerch; Ávila, Liziani
Iturriet; Gonçalves, Naiane Glaciele da C.; Saioron, Isabela
Universidade Federal do Rio Grande — anacarol@mikrus.com.br
_________________

Introdução: a convicção de que falta ética ou de que é necessário resgatar valores éticos em
nossas práticas, pode revelar uma insatisfação com o comportamento estabelecido pelos
trabalhadores da saúde. Apesar de cada ser possuir sua construção de subjetividade, seus
valores, crenças e ideais, os trabalhadores de saúde podem comprometer sua construção de
sujeito autônomo e ético no ambiente de trabalho ao deparar-se com situações desfavoráveis,
conflituosas, de desrespeito, de desvalorização, de não interação entre profissionais e usuários.
Tais vivências podem influenciar o comportamento dos trabalhadores da saúde e, sobremaneira,
interferir no processo de (des)construção para o exercício da autonomia e da ética. Objetivo:
analisar os valores éticos que norteiam as ações dos trabalhadores da saúde de uma Unidade
de Terapia Intensiva (UTI). Metodologia: Realizou-se uma pesquisa qualitativa, com 40
trabalhadores da saúde de uma UTI de um Hospital do sul do país. Inspirada na Etnoenfermagem
de Leininger, desenvolveram-se quatro fases de observação; uma fase de entrevista e quatro
fases de análise. Resultados e Discussões: Os trabalhadores destacaram a necessidade de
pautar seu fazer em valores como a confiança, a harmonia, a amizade, o diálogo e o respeito,
possibilitando a busca de objetivos comuns, com possíveis repercussões para a efetivação do
cuidado. o diálogo foi compreendido como uma dimensão ética do fazer, pois possibilita relações
interpessoais favoráveis, construindo-se nas diferenças, podendo assim, influenciar o processo
de legitimação de valores. o processo de cuidar envolve vontades, interesses, valores,
oportunidades de fazê-lo acontecer consciente ou inconscientemente, pois do mesmo modo que
os trabalhadores valorizam e compromete-se com o cuidado ao usuário, em outros momentos,
parecem realizá-lo de maneira mecânica, necessitando do controle de quem possui autoridade.
Conclusão: Considera-se que, o trabalhador precisa se reconhecer como um sujeito ético
direcionando suas ações e a continuidade do cuidado a partir de valores como compaixão,
confiança, compromisso, respeito, honestidade. para tanto, é preciso existir a possibilidade de o
trabalhador envolver-se, sensibilizar-se, comprometer-se, participar das decisões, o que requer
respeito, estímulo e abertura de espaços no contexto de trabalho. a interiorização de valores
morais nas ações dos trabalhadores da saúde possibilita o desenvolvimento de relações
saudáveis entre si, o que é fundamental num contexto como o da UTI, que necessita da
aproximação dos trabalhadores, do envolvimento, do diálogo, da tomada de decisões conjuntas,
do respeito às diversidades, da busca de consenso, de modo a proporcionar um cuidado mais
seguro e significativo.
_________________

Silveira, Rosemary Silva da; Martins, Cleusa Rios; Lunardi, Valéria Lerch; Ávila, Liziani Iturriet; Gonçalves, Naiane
Glaciele da C.; Saioron, Isabela. Valores Éticos que Norteiam As Ações dos Trabalhadores da Saúde de uma
Unidade de Terapia Intensiva. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10680

_________________
279
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Relato de Experiência: Mudar para Melhor Acolher na Ubs Santo


Abraço
_________________

Bezerra, Patricia Melo


SPDM — patriciamelob@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO/OBJETIVOS “Hoje não temos acolhimento”, assim informava a equipe da recepção


nos dias que o médico não estava presente na UBS Santo Abraço localizada na cidade Azul. Já quando
o médico estava presente o acolhimento se dava apenas até às nove da manhã, assim os usuários
deveriam chegar até as 07h15min. Quem eram estes usuários cadastrados e atendidos nesses
primeiros horários matutinos? Qual era a prática acolhedora da equipe de saúde? Então como
qualificar um acolhimento que cuide das demandas e das necessidades de saúde dos usuários? Este
trabalho tem por finalidade descrever as reflexões e ações da equipe de saúde em Atenção Básica
sobre como mudou a prática de acolher na UBS Santo Abraço. Esta transformação objetivava ofertar
um serviço com qualidade, equitativo e humanizado. Foram dados nomes fictícios para as instituições
e para a cidade citada. METODOLOGIA o caminho para alcançar o objetivo desse trabalho foi realizar
uma análise crítica da descrição da transformação do acolher na UBS Santo Abraço, a luz de conceitos
e práticas de acolhimento instituídos na literatura. RESULTADOS o acolhimento era realizado pela
equipe de saúde da UBS como um atendimento não agendado, pontual, rápido do profissional médico
e delimitado a um período do dia, situação que resultava um descomprometimento com o vínculo da
assistência longitudinal ao usuário. Tal situação provocava uma exaustão da equipe de saúde e uma
dificuldade de avaliar e realizar mudanças. e agora como transpor esta situação? em reuniões gerais
foram discutidos e acordados os conceitos e exemplos de práticas de acolhimento. Utilizando o
conceito escrito por pesquisadores como Ferreira (1988), Merhy (2005) e do documento-base da
política de humanização brasileira (2008) procuraram reconstruir a pratica ato de acolher. Também
considerando o acolhimento como o encontro construtivo com quem escuta e enxergar o outro, não
apenas a doença, e sim, o ser humano subjetivo na sua integralidade físico, psíquico e social para
promoção e produção de saúde sendo o resultado o vínculo para o cuidado de usuários por
profissionais de saúde comprometidos. Ademais, o acolher percorre a trajetória do usuário dentro dos
serviços e na orientação à rede de assistência saúde. Dessa maneira são atitudes e posturas de uma
equipe multidisciplinar capacitada quanto a um atendimento humanizado. Nesse sentido, procuram
praticar os conceitos reconstruídos; reelaborar e monitorar o fluxo de acolhimento; capacitar os
profissionais quanto as atribuições e funções dos membros das equipes e quanto aos programas e às
campanhas vigentes; realizado estudo da demanda espontâneas (descobrindo quem eram os
usuários) e uma reformulação contínua das agendas dos profissionais considerando as demandas dos
usuários e aspectos epidemiológicos. CONCLUSÕES a prática de acolhimento na UBS Santo Abraço
foi transformada por estratégias de gestão do cuidado ao usuário, pois foram traçando novos arranjos
organizacionais facilitando o acesso a assistência integral. Foram incorporados, as práticas, os
conceitos de acolher por todos, reduzindo a exaustão dos profissionais e melhorando a satisfação dos
mesmos com o cuidado ofertado.
_________________

Bezerra, Patricia Melo. Relato de Experiência: Mudar para Melhor Acolher na Ubs Santo Abraço. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10682

_________________
280
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto Cuidar e Ser Cuidado


_________________

Cavalcante, Luciana Suelly Barros; Cedotti, Walmir; Dias, Marcia Cossermeli Cana B.;
Saporetti, Luis Alberto; Rodriguez, Maria Del Carmen O.; Eiroz, Rosangela; Maia,
Fernando L.
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP — luciana.cavslcante@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: o processo de reestruturação e reforma de um hospital do município de São Paulo


despertava dúvidas e angustias nos profissionais, as quais exerciam impacto no cotidiano de
trabalho. Neste cenário, identificou-se uma demanda de intervenção, a qual originou a
elaboração de um projeto de apoio aos profissionais e preparação dos mesmos para o momento
de transição. Objetivos: o projeto caracterizou-se pela atenção aos profissionais do hospital,
com objetivos de fornecer apoio psicossocial aos funcionários para o enfrentamento das
mudanças previstas, promover melhorias na qualidade da assistência prestada, dissolver
dúvidas referentes ao projeto para reforma e proporcionar efetiva comunicação entre as
lideranças e os colaboradores. Método: o projeto foi desenvolvido baseando-se em três frentes
de atuação, a saber: 1) Grupos Operativos com colaboradores, coordenados por psicanalista
clínico contratado pelo hospital, compostos por 20 funcionários, sendo três encontros
programados para cada grupo; 2) Grupos Operativos com as lideranças do hospital, a fim de
formá-las para conduzir suas equipes durante a transição; 3) Oficinas Assistenciais específicas
para profissionais de enfermagem, que consistiram em quatro workshops que abordavam a
construção do cuidar a partir da interface existente entre o autocuidado, o cuidar e o ser cuidado.
Buscando uma comunicação clara com os colaboradores, boletins informativos divulgavam
informações sobre o andamento das negociações e processos relativos à reforma. Após os
grupos e oficinas, os participantes eram convidados a preencher avaliações que mediam o
impacto da intervenção através de critérios quantificáveis de satisfação e espaço para
comentários livres a respeito da atividade, os quais foram elencados em categorias. Resultados:
do total de 174 colaboradores, 156 (90%) compareceram a pelo menos um encontro e 110 (63%)
participaram dos três encontros previstos. dos 156 colaboradores que participaram de um
encontro, 109 (70%) responderam à avaliação. Destes, 54,1% considerou Muito Importante ter
participado dos grupos e 63,9% Indicaria com Certeza os grupos para os colegas. Os
comentários registrados abrangiam temas relativos à “Momentos de reflexão”, “Trabalhar o lado
humano”, “Entender melhor o colega”, “Relacionamento entre chefia e funcionário”, “Ética”,
“Comunicação”, “Elogios ao conteúdo/palestrante”, “Manifestação de interesse em outros
encontros”. do total de 63 profissionais da enfermagem, 59 participaram das oficinas
assistenciais. de 57 avaliações preenchidas, 73,7% considerou a Oficina Muito Importante e
78,9% Indicaria com Certeza a oficina para colegas de trabalho. Conclusões: Transpondo o
objetivo de preparo para mudanças, o projeto Cuidar e Ser Cuidado funcionou como importante
dispositivo de resgate de valores e de promoção da cultura de humanização no hospital.
_________________

Cavalcante, Luciana Suelly Barros; Cedotti, Walmir; Dias, Marcia Cossermeli Cana B.; Saporetti, Luis Alberto;
Rodriguez, Maria Del Carmen O.; Eiroz, Rosangela; Maia, Fernando L.. Projeto Cuidar e Ser Cuidado. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10668

_________________
276
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Cinesioritmoterapia: Exploração das Possibilidades de


Movimento, Som e Ritmo para Promoção da Consciência
Corporal, Interação Social e Autonomia na Saúde Mental.
_________________

Nascimento, Maria Helena Ferreira do; Ueno, Neusa Hetsuko Kaneko; Nishimori,
Yukiko; Guimarães, Maria Helena; Ribeiro, Eni; Takeda, Osvaldo Hakio
Hospital Dia do IPqHCFMUSP — helena_nascimento2004@ig.com
_________________

Introdução: Observando prejuízos decorrentes de enfermidades mentais como lentificação


motora, falta de motivação, marchas dificultadas, falas em baixo tom, olhar sem foco, isolamento,
falta de iniciativa, pensou-se em elaborar uma atividade que envolvesse o movimento e ritmo
corporal. a partir dessa constatação, reflexões, estudos e parceria com uma renomada
profissional de dança, que utiliza o movimento como forma terapêutica foi criada a
Cinesioritmoterapia. Essa abordagem terapêutica se utiliza da exploração corporal voltada ao
autoconhecimento, estimulação do movimento criativo e a espontaneidade do corpo, envolvendo
a união de várias técnicas corporais visando a integração do movimento, ritmo, dança e sons.
Objetivo: Oferecer um espaço de vivência e percepção corporal, com o uso de estruturas
corporais pouco estimuladas. Proporcionar integração social, física e mental . Desenvolver nos
pacientes o reconhecimento de cada estrutura do próprio corpo. Método: As atividades são
conduzidas por terapeutas corporais, realizadas semanalmente por um período de 1 hora. o
grupo atendido é formado por pacientes adultos com transtornos mentais graves vinculados a
instituição pública de saúde mental. a metodologia utiliza os movimentos corporais para explorar
formas expressivas de trabalhar a respiração, uma vez que alguns sintomas são manifestados
por meio de movimentos respiratórios. Durante as atividades são utilizados recursos como
flexibilidade, coordenação, ritmo, equilíbrio, espaço e sons, para promover interação e
socialização. Tal técnica tem como base os princípios desenvolvidos no método de Rudolf Laban,
Wilhelm Reich e Alexander Lowen. Resultado: o trabalho vem sendo desenvolvido há 1 ano e
meio, observa-se alterações comportamentais, emocionais e físicas: melhora da consciência
corporal e espacial, mímica e expressões mais adequadas, interação social, melhora
psicomotora e iniciativa. a alegria e o entusiasmo em participar dos grupos conduzem para a
descoberta do “eu posso”. Conclusão: o ritmo e o movimento como ferramentas terapêuticas
apresentam resultados benéficos para a saúde física e mental para essa população de pacientes.
Os benefícios observados estão em constante evolução, a cada atividade os pacientes tem a
oportunidade de se desenvolver de forma nova e particular. com o aumento da auto-estima,
autonomia pessoal, e consciência corporal, ocorre um desbloqueio de sentimentos e
pensamentos oprimidos e recorrentes, de modo que a capacidade de conduzir suas atividades
da vida diária, passa a se fazer de maneira humanizada e acolhida, aliviando as sensações de
medo e insegurança na relação com o outro, anteriormente impensadas. a mente e o corpo são
únicos e atingem o progresso a partir da expansão da consciência, que deixa aflorar o potencial
de cada indivíduo, fazendo emergir a análise de sua história de vida. É a partir dai que o trabalho
corporal passa a ter, de fato, sentido no contexto terapêutico.
_________________

Nascimento, Maria Helena Ferreira do; Ueno, Neusa Hetsuko Kaneko; Nishimori, Yukiko; Guimarães,
Maria Helena; Ribeiro, Eni; Takeda, Osvaldo Hakio. Cinesioritmoterapia: Exploração das Possibilidades
de Movimento, Som e Ritmo para Promoção da Consciência Corporal, Interação Social e Autonomia na
Saúde Mental.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10669

_________________
277
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa Voce Melhor


_________________

Springer, Maria Celia Scóz; Oyakaua, Daidi; Bertolacini, Yaimi Hitomi; Fontes, Alice
Fumie Aita
Instituto de Psiquiatria do HC — mcs.springer@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO a incessante busca por melhor qualidade de vida, bem estar das pessoas
por um lado e a procura por melhoria contínua de produtividade pelas instituições, tem
atuado no sentido de eliminar ou mitigar situações de estresse no ambiente de trabalho.
Mudanças cada vez mais rápidas, ambientes competitivos, são causas de estresse das
pessoas que se manifestam das mais variadas formas, tais como dores musculares,
insônia, irritabilidade dentre muitas outras. a massoterapia utiliza técnicas milenares, sendo
eficaz na prevenção e recuperação da saúde, conforme a OMS . Nesse sentido, as
massagens corporativas shiatsu-express, quick-massage, reflexologia e reset(atm) quando
aplicadas no ambiente de trabalho são excelentes para a prevenção de doenças
ocupacionais. OBJETIVO Nosso objetivo é melhorar a qualidade de vida no trabalho dos
profissionais da saúde, bem-estar, aumento da produtividade, melhora das relações
interpessoais, redução de absenteísmo devido a dores musculares e estresse. MÉTODO
o PROGRAMA Você Melhor objetiva contribuir nesse processo, conciliando os interesses
dos profissionais, utilizando um conjunto de técnicas e ações distribuídas nas seguintes
fases: ● Fase 1: Terapia Corporal (massoterapia) – 3 projetos piloto realizados ● Fase 2:
Terapia Corporal + Caminhada/Alongamento -- projeto-piloto (inicio 07/02/14) ● Fase 3:
Terapia Corporal + Caminhada/Alongamento + Ginástica Funcional. Foram aplicadas as
seguintes técnicas de massoterapia: shiatsu-express e reset (ATM) em 53 profissionais da
área da saúde. Os atendimentos foram realizados no próprio ambiente de trabalho, para
diminuir a interferência nas atividades diárias. Cada técnica foi aplicada durante 6
semanas. no 1º atendimento foi preenchido uma ficha de Anamnese com suas principais
queixas. Durante o período do projeto os profissionais receberam as técnicas uma vez por
semana e a cada atendimento foi realizado um feedback das queixas apresentadas e
avaliadas como melhor, igual ou pior, totalizando 6 atendimentos sequenciais.
RESULTADOS Resultados atingidos: Alivio das dores musculares Redução dos sintomas
de estresse Maior sensação de bem estar e conforto Melhoria do sistema digestivo
Melhoria do humor, disposição física e mental CONCLUSÃO Esses Projetos-Pilotos foram
realizados no período de setembro de 2013 a janeiro de 2014 em setores diferentes,
totalizando atendimentos em 53 profissionais da área da saúde. Obtivemos 87% de
melhora dos sintomas nos Pilotos nº 1 e 2 e 81% de melhora dos sintomas no Piloto nº 3.
por esta razão já está previsto para início de fevereiro a implantação da Fase 02 do
PROGRAMA VOCÊ MELHOR e assim atingirmos cada vez mais uma melhor qualidade de
vida no trabalho para os profissionais da saúde.
_________________

Springer, Maria Celia Scóz; Oyakaua, Daidi; Bertolacini, Yaimi Hitomi; Fontes, Alice Fumie Aita. Programa
Voce Melhor. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10660

_________________
270
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Paciente que Requer Cuidados Paliativos: Percepção de Enfermeiras


_________________

Gonçalves, Naiane Glaciele da Costa; Silveira, Rosemary Silva da; Holz, Jaqueline; Lunardi,
Valéria Lerch; Silveira, Ana Caroline Silva da; Saioron, Isabela; Gonçalves, Naiane Glaciele
da C.
Universidade Federal do Rio Grande — naianeglaciele@gmail.com
_________________

Introdução: a origem dos Cuidados Paliativos está no Movimento Hóspice, criado por Cecily
Saunders e colaboradores, responsáveis pela disseminação em nível mundial dessa filosofia do
cuidar. Objetivo: conhecer a percepção de enfermeiras de uma Unidade de Clínica Médica (UCM)
sobre os cuidados paliativos. Metodologia: Pesquisa qualitativa desenvolvida com oito enfermeiras
de uma UCM, de um hospital público federal, no sul do país. Utilizou-se a entrevista semi-
estruturada e a análise textual discursiva, desenvolvida em quatro focos: “Desmontagem dos
textos”, “Estabelecimento de relações”, “Captando o novo emergente”, “um processo auto
organizado”. Resultados: Emergiram duas categorias: percepções de enfermeiras acerca dos
cuidados paliativos e o modo como as enfermeiras exercem seu fazer diante da impossibilidade de
cura. Discussões: em relação às percepções das enfermeiras acerca dos cuidados paliativos pode-
se perceber que há opiniões distintas, parecendo não existir clareza acerca de seu significado.
Algumas enfermeiras explicitaram sua compreensão sobre cuidado paliativo como a possibilidade
de realizar um cuidado ético, respeitando a integridade e dignidade dos pacientes. o discurso dos
sujeitos demonstra a insuficiência de conhecimento acerca da temática cuidados paliativos nos
processos formativos dos estudantes durante a graduação e nas atividades de educação
permanente dos profissionais, refletindo a falta de clareza desta filosofia de cuidado. no que se
refere ao modo como os enfermeiros exercem seu fazer diante da impossibilidade de cura,
destacaram que além de promover o alívio da dor é necessário comprometer-se emocionalmente
com os pacientes, respeitando sua vulnerabilidade. para o enfrentamento do sofrimento dos
pacientes e de si próprios diante da dor e da impossibilidade de cura, os enfermeiros criam
mecanismos de defesa pessoal, os quais lhes permitem enfrentar as dificuldades presentes no dia-
a-dia de trabalho e cuidar do próximo sem se abalar. Pode-se perceber, a partir dos relatos dessas
enfermeiras, que a experiência adquirida com o tempo, a maturidade pessoal e o enfrentamento do
dia-a-dia no trabalho geram sentimentos de superação nas ações de cuidado, e que o sentimento
que aflora é de respeito. É fundamental compartilhar vivências e experiências no contexto
profissional dos trabalhadores entre si, com pacientes e familiares, produzindo maturidade para
enfrentar o dia-a-dia no trabalho diante dos cuidados paliativos. Conclusões: Percebeu-se que
existe uma dificuldade em desempenhar os cuidados paliativos devido à carência de conhecimento
do tema por parte dos trabalhadores envolvidos no cuidado e à estrutura institucional, que não é
direcionada para cuidados paliativos. Encontrar alternativas que estimulem discussões acerca dos
cuidados paliativos poderá colaborar para suprir as dificuldades diante de pacientes que requerem
cuidados paliativos.
_________________

Gonçalves, Naiane Glaciele da Costa; Silveira, Rosemary Silva da; Holz, Jaqueline; Lunardi, Valéria Lerch; Silveira, Ana
Caroline Silva da; Saioron, Isabela; Gonçalves, Naiane Glaciele da C.. Paciente que Requer Cuidados Paliativos:
Percepção de Enfermeiras. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10666

_________________
274
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Qualidade do Cuidado: Estratégias Construídas com Trabalhadores


da Enfermagem
_________________

Gonçalves, Naiane Glaciele da C.; Duarte, Cibeli da Rosa; Silveira, Rosemary Silva da;
Lunardi, Valéria Lerch; Saioron, Isabela; Fernandes, Geani Farias Machado
Universidade Federal do Rio Grande — naianeglaciele@gmail.com
_________________

Introdução: no compromisso com o cuidado do usuário é imprescindível o diálogo e a existência


de espaços para que cada trabalhador possa envolver-se, sensibilizar-se, participar das decisões,
o que requer respeito e estímulo à criticidade, à problematização e ao exercício de sua autonomia
no ambiente de trabalho. Objetivo: Construir estratégias coletivas que contribuam para o
fortalecimento do compromisso dos trabalhadores da enfermagem com o cuidado ao usuário.
Metodologia: Pesquisa qualitativa, fundamentada em Freire. Participaram 24 trabalhadores de
enfermagem de uma Unidade de Clínica Médica (UCM) de um Hospital Universitário (HU) do
extremo sul do país. a coleta de dados foi desenvolvida em 11 encontros, buscando articular o
diálogo e a problematização para que os trabalhadores direcionassem um olhar para si e para a
realidade, compartilhando experiências com vista a sua transformação. Obteve-se a aprovação do
Comitê de Ética. Utilizou-se a análise textual discursiva, a qual foi desenvolvida em quatro focos:
“Desmontagem dos textos”, “Estabelecimento de relações”, “Captando o novo emergente”, “Um
processo auto organizado”. Emergiram duas categorias: Promovendo o fortalecimento das relações
interpessoais dos trabalhadores para o compromisso com o cuidado e a organização do trabalho
como expressão do compromisso com o cuidado. Resultados: para a problematização dos
trabalhadores de enfermagem, utilizaram-se algumas dinâmicas visando sensibilizá-los por meio da
aproximação entre si, da valorização, do respeito, da necessidade de compreensão do outro para
que cada um como parte do coletivo pudesse refletir acerca de sua importância e construir
estratégias a fim de organizar e planejar o trabalho. Evidenciaram que é importante realizar críticas
construtivas, elogiar, motivar a equipe a comprometer-se com a qualidade do cuidado ao usuário.
Enfatizaram a importância de o enfermeiro exercer a supervisão e controle sobre as atividades da
equipe, como uma ação necessária para assegurar a realização do cuidado. uma das estratégias
para organizar o fazer dos trabalhadores consistiu da elaboração de um folder educativo para os
usuários e da possibilidade de utilizar-se do diálogo como uma dimensão ética do fazer. Conclusão:
Foi possível intensificar e valorizar o trabalho em equipe, fortalecendo as relações interpessoais e
a abertura de espaços para o diálogo e a reflexão, possibilitando a tomada de consciência dos
trabalhadores frente à necessidade de propor estratégias para modificar o contexto de trabalho. o
respeito pelo fazer do outro, o fortalecimento dos laços de confiança e de amizade resgatados
durante os momentos de sensibilização possibilitou amenizar os conflitos existentes e o
estabelecimento de relações interpessoais mais favoráveis, os quais são fundamentais para
fortalecer o compromisso com a qualidade do cuidado ao usuário.
_________________

Gonçalves, Naiane Glaciele da C.; Duarte, Cibeli da Rosa; Silveira, Rosemary Silva da; Lunardi, Valéria Lerch; Saioron,
Isabela; Fernandes, Geani Farias Machado. Qualidade do Cuidado: Estratégias Construídas com Trabalhadores da
Enfermagem. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10667

_________________
275
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa de Acolhimento a Pacientes/Cuidadores com


Indicação de Transplante de Medula
_________________

Silva, Analuci; Xavier, Alessandra; Santos, Renata Murer; Musqueira, Priscila;


Amigo Filho, Jose Ulysses
Hospital das Clinicas FMUSP — analucis@yahoo.com.br
_________________

Introdução o transplante de medula óssea, atualmente denominado como transplante de


células tronco hematopoética (TCTH) é uma alternativa que vem se mostrando eficaz no
tratamento de diversos tipos de neoplasias e doenças hematológicas. no entanto requer
dos pacientes alterações em sua rotina que inclui além de vários procedimentos, muitas
vezes dolorosos, mudanças físicas, isolamento e a necessidade de que um cuidador o
acompanhe no tratamento. Observamos que os pacientes demonstram preocupações com
suas próprias questões e também com as alterações provocadas na vida do cuidador.
Estes fatores podem contribuir para aumento da ansiedade, estresse e reações
depressivas. Objetivo: Auxiliar o paciente/cuidador a organizar e planejar questões
pessoais antes do tcth. Metodologia: Após equipe médica constatar indicação para o
TCTH, o paciente e cuidador são encaminhados para o programa de acolhimento pré-
transplante onde a equipe multiprofissional (enfermagem, psicóloga, nutrição, serviço
social) fará levantamento individual das necessidades apresentadas e em conjunto buscam
as possíveis soluções. Posteriormente participam de grupo de orientação onde equipe
multiprofissional abordam as etapas do transplante, permitindo expressão de expectativas
e esclarecendo dúvidas. Resultados: Os pacientes/cuidadores que tem participado do
programa, conseguem organizar questões importantes antes do inicio do tratamento, como
local para hospedagem; quem poderá acompanhá-lo e se haverá necessidade de troca de
acompanhantes; questões relacionadas ao trabalho; esclarecem dúvidas quanto ao
tratamento contribuindo para a diminuição de reações de ansiedade e estresse.
Conclusão: Este programa tem se mostrado importante suporte de apoio ao
paciente/cuidador que consegue organizar questões pessoais e assim poder focar atenção
no tratamento.
_________________

Silva, Analuci; Xavier, Alessandra; Santos, Renata Murer; Musqueira, Priscila; Amigo Filho, Jose Ulysses.
Programa de Acolhimento a Pacientes/Cuidadores com Indicação de Transplante de Medula. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10663

_________________
272
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto Acompanhando o Acompanhante


_________________

Araujo, Karina Albino do Nascimento; Nunes, Lorena Massi


Associacao Congregacao de Santa Catarina — projetosocial@hec.org.br
_________________

Este projeto visa acompanhar os acompanhantes e familiares dos pacientes a fim de contribuir com a rotina dos
mesmos e melhorar a qualidade de sua permanência no Hospital. OBJETIVOS ESPECIFICOS: Prestar
atendimento psíquico e social aos acompanhantes e familiares; orientar os mesmos quanto aos cuidados
importantes com o enfermo e, seus direitos e deveres; promover palestras e oficinas sobre temas diversos; criar
espaço de conversa para acolher suas dúvidas, dificuldades e sofrimentos; reduzir conflito entre família e Usuário
e Instituição; debater a questão do que é ser Acompanhante. Metodologia utilizada neste projeto são realizadas
reuniões com grupos de acompanhante para atingir os objetivos acima com a participação direta da equipe da
equipe multidisciplinar (Assistentes Sociais, Psicólogos, Enfermeiros, Serviço de atendimento o usuário. Todas
as demandas apresentadas pelo grupo de acompanhante serão identificadas e na medida do possível serão
encaminhadas aos setores e/ou profissional competente, e tentaremos dar resolutividade às questões
apresentadas pelo grupo de Acompanhante. Utilizaremos recursos audiovisuais, dinâmicas de grupo com o
objetivo de amenizar as dificuldades que é ter alguém internado em hospital, muitas das vezes por um longo
período. RESULTADOS ESPERADOS: Melhoria do atendimento prestado ao acompanhante e paciente
internado; Melhoria da comunicação entre hospital e o acompanhante/ paciente; Diminuição do índice de
reclamações por parte dos acompanhantes/ pacientes; Contribuir para a garantia dos direitos e deveres dos
Acompanhantes. Concluímos que segundo a Política Nacional de Humanização o acompanhante “é o
representante da rede social da pessoa internada que a acompanha durante toda a sua permanência nos
ambientes de assistência a saúde”. e em consonância ao Código de Ética do Serviço Social, no artigo 5º, a
prática educacional contribui para a mudança, ampliação e percepção ampliada da população usuária dos
serviços oferecidos. Partimos do pressuposto de que as pessoas fazem parte de sistemas complexos e
interconectados que abarcam os fatores individuais, familiares e extra familiares, os amigos, a escola, o trabalho
e a comunidade. Nessa concepção ecológica, um membro da família (da rede social) presente configura-se
essencial não só para acompanhar a pessoa internada, mas também para ser orientado no seu papel de cuidador
leigo. na visão ampliada de saúde, cuidar é um conceito abrangente que, para além dos tratamentos biomédicos,
aponta para a criação de um ambiente relacional que permita à pessoa doente ou hospitalizada a descoberta ou
a releitura do sentido e do valor de sua existência para aqueles que a rodeiam e para si mesma. o cuidado gera
segurança e confiança; possibilita que a pessoa reencontre e manifeste a sua vitalidade, favorecendo a eficácia
dos tratamentos. Remeter a pessoa a esse estado é o principal objetivo do cuidar. Daremos destaque a co-
responsabilidade desses familiares pelo cuidado dos pacientes, dentro e fora da Unidade Hospitalar. Desse
modo, acolher e acompanhar o acompanhante/cuidador, é importante por que? para melhor captar os dados do
contexto de vida do doente e do momento existencial por ele vivido, possibilitando um diagnóstico abrangente;
para ajudar na identificação das necessidades do doente e, do acompanhante durante o período em que esta no
Hospital; para incluir, desde o início da internação, a comunidade no processo dos cuidados com a pessoa
doente, aumentando a autonomia desta e de seus cuidadores; para equipe orientar os membros da família quanto
ao seu papel de cuidadores leigos, que podem aprender algumas técnicas para a continuidade do cuidado em
casa. para contribuir com a criação de espírito cooperativo e participativo de forma ativa e responsável entre os
envolvidos no processo de internação, isto é, Colaboradores, Acompanhantes, Familiares e Pacientes do
Hospital Estadual Central. Porque os acompanhantes ficam muito tempo no Hospital e sofrem junto com os
Pacientes. por isso, precisam de um espaço para falar, ser escutado, tirar suas dúvidas e receber
esclarecimentos de todo o contexto do processo de internação Hospitalar.
_________________

Araujo, Karina Albino do Nascimento; Nunes, Lorena Massi. Projeto Acompanhando o Acompanhante. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10664

_________________
273
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Eutanásia: Conflitos e Valores na Sua Regulamentação


_________________

Saioron, Isabela; Saioron, Isabela; Silveira, Ana Caroline Silva da; Leão, Letícia
Trindade; Gonçalves, Naiane Glaciele da C.; Silveira, Rosemary Silva da; Lunardi,
Valéria Lerch
Universidade Federal do Rio Grande — isabelasaioron@gmail.com
_________________

Introdução: a inexistência de critérios para determinar a legalidade e a tomada de decisões


frente à eutanásia pode constituir-se como fonte geradora de conflitos, tanto pelo sofrimento
decorrente desta ação, quanto pela dificuldade de realizar enfrentamentos diante de um dilema
ético. Objetivo: conhecer a percepção dos profissionais e acadêmicos das áreas do direito e da
enfermagem acerca da regulamentação da eutanásia no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma
pesquisa qualitativa, desenvolvida com quatorze sujeitos: dois profissionais do direito, três
profissionais da enfermagem, seis acadêmicos do direito e três da enfermagem de uma
Universidade pública do país. a intenção de realizar esta busca na área do direito se deu pelo
fato destes reunirem conhecimentos relacionados às questões legais. Já, na enfermagem, por
vivenciarem questões relacionadas ao processo de terminalidade da vida e eutanásia e, ainda,
por sua relação direta com o cuidado dos pacientes. Utilizou-se a entrevista como técnica de
coleta de dados e a análise textual discursiva. Emergiram três categorias: Eutanásia: qual o seu
significado?; a legalização da Eutanásia; a decisão frente a prática da Eutanásia. Resultados:
Apesar de existir uma interpretação singular os diferentes sujeitos expressaram ideias
semelhantes e referem-se à eutanásia como abreviatura da vida no intento de atingir o direito de
não sofrer e de morrer suavemente frente a situações intoleráveis de dor. no que se refere a
legalização e regulamentação da Eutanásia, foi possível evidenciar que apesar de não ser
regulamentada no Brasil, essa é uma necessidade premente frente às diferentes questões éticas
que temos vivenciado no ato de prolongar o sofrimento ou instituir medidas fúteis para manter a
vida, pois muitas vezes, a eutanásia é praticada de modo sutil e até mesmo inconsciente. a
regulamentação da prática da eutanásia requer a existência de critérios, pois além da existência
de divergentes opiniões entre os sujeitos, não se pode tomar decisões precipitadas ao abreviar
a vida dos pacientes em situações críticas, sem ao menos discutir esta decisão com outros
profissionais, com o próprio paciente e seus familiares. em relação à tomada de decisões frente
à prática da eutanásia, a maioria dos sujeitos referiu que os pacientes deveriam expressar esta
vontade anteriormente, como acontece em outros países. É preciso ainda, a existência de uma
Comissão Ética nas Instituições de Saúde, formadas por trabalhadores das diversas áreas para
que possam refletir e posicionar-se. Conclusões: Evidenciou-se a necessidade de buscar um
maior aprofundamento e instrumentalização para uma ação moral acerca da prática da eutanásia
como uma questão ética. Essa discussão se torna importante na medida em que se considera o
direito à vida e o respeito à dignidade como elementos essenciais a todos os seres humanos.
_________________

Saioron, Isabela; Saioron, Isabela; Silveira, Ana Caroline Silva da; Leão, Letícia Trindade; Gonçalves, Naiane
Glaciele da C.; Silveira, Rosemary Silva da; Lunardi, Valéria Lerch. Eutanásia: Conflitos e Valores na Sua
Regulamentação. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10662

_________________
271
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atenção Centrada no Usuário como Atributo do Trabalho em Equipe


e Prática Interprofissional Colaborativa na Atenção Básica
_________________

Agreli, Heloise Lima Fernandes; Peduzzi, Marina; Loqueti, Crislaine; Silva, Mariana
Charantola
EEUSP — heloiselima@hotmail.com
_________________

Introdução: As mudanças que ocorrem na concepção de saúde doença, no perfil populacional e


de morbimortalidade e crescente complexidade da rede de serviços, apontam para a necessidade
de mudança na gestão: da prática profissional isolada de cada área, para o trabalho em equipe e
prática interprofissional colaborativa. Nesse contexto se destaca a atenção centrada no usuário
como atributo que pode contribuir para efetivar a transição assinalada e para o fortalecimento da
humanização da atenção à saúde. Objetivos: Analisar a atenção centrada no usuário como atributo
para o trabalho em equipe e prática interprofissional colaborativa. Métodos: Realizou-se revisão de
literatura nas bases de dados Medline, Scopus, CINAHL, Lilacs e Scielo com os descritores
específicos de cada base e o critério de inclusão: artigos que tratassem da prática colaborativa,
trabalho em equipe e assistência centrada no paciente como assuntos principais, no contexto da
Atenção Primária à Saúde. como critério de exclusão: estudos que abordassem as temáticas de
forma isolada, por exemplo, fazendo referência apenas a assistência centrada no paciente ou
somente à prática colaborativa das equipes. Resultados: nas bases de dados nacionais não foi
identificado nenhum registro com os critérios referidos. nas bases de dados internacionais
observou-se que as discussões versam sobre aspectos organizacionais, educacionais e
competências para a prática colaborativa centrada no paciente. Observou-se ausência de consenso
sobre os termos patient centered care e collaborative practice. o termo colaboração demonstrou-se
comumente definido através de 5 conceitos: compartilhamento, parceria, poder, interdependência
e processo. Os autores colocam a questão da participação do paciente nas equipes colaborativas,
porém a forma dessa participação variou, demonstrando ser mais centrada no paciente ou centrada
nas recomendações da equipe. As lacunas identificadas referem-se a escassez de estudos que
incluam a perspectiva dos pacientes nos estudos sobre a prática colaborativa centrada no paciente.
Assim como se verificou a ausência de estudos que sugiram formas para integração dos pacientes
na equipe de saúde, como membro importante na tomada de decisões. a própria literatura
encontrada sugere como assunto de pesquisa a compreensão do lugar que o paciente gostaria de
ter na colaboração interprofissional. Conclusões: Observa-se escassez na literatura nacional de
produções que relacionem a atenção centrada no usuário e a prática interprofissional colaborativa.
a literatura internacional não apresenta consenso sobre os termos, mas há concordância, sobretudo
na literatura canadense e americana acerca da atenção centrada no usuário como atributo para
prática interprofissional colaborativa. São necessários estudos na temática para subsidiar práticas
interprofissionais colaborativas que permitam a atenção humanizada e usuário centrada.
_________________

Agreli, Heloise Lima Fernandes; Peduzzi, Marina; Loqueti, Crislaine; Silva, Mariana Charantola. Atenção Centrada no
Usuário como Atributo do Trabalho em Equipe e Prática Interprofissional Colaborativa na Atenção Básica. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10646

_________________
263
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Pacientes em Sala de Espera de Oncologia Pediátrica: Quem São e o


que Demandam para a Psicologia?
_________________

Shioga, Julia Evangelista Mota; Souza, Bárbara Carvalho de; Alcantara, Tainara
Vasconcelos; Lage, Ana Maria Vieira; Maia, Anice Holanda Nunes
Universidade Federal do Ceará — juliashioga@hotmail.com
_________________

Introdução: o estigma que acompanha o câncer infantil faz com que a sua terapêutica seja fator
causador de sofrimento psicológico. a falta de informações acerca do processo de adoecimento, a
dor causada pelos procedimentos invasivos e pelos efeitos colaterais, a espera, o medo da
anestesia e a ansiedade ante o resultado dos exames são alguns fatores causadores de sofrimento
psicológico que podem dificultar a adesão ao tratamento por parte dos pacientes. em decorrência
disso, a relação dos pacientes com seu tratamento e com o hospital pode se transformar em um
processo angustiante e ansiogênico. por esses motivos, justifica-se a realização do projeto Sala de
Espera em um serviço de oncologia pediátrica de referência no Estado do Ceará, que proporciona
atendimentos psicológicos, por meio de intervenções lúdicas e psicoeducativas, bem como de
escuta psicológica. Objetivos: o presente trabalho visa a analisar o perfil e as demandas
psicológicas de pacientes que realizaram procedimentos invasivos e seus acompanhantes,
buscando também aprimorar as ações de um programa de extensão. Métodos: Realizou-se um
estudo exploratório transversal descritivo, no qual foram analisados registros dos atendimentos
psicológicos do período de 01.09.2011 a 31.08.2012 em sala de espera da unidade de
procedimentos, com dados sociodemográficos e assistenciais fornecidos pelos acompanhantes.
Utilizou-se estatística descritiva com cálculo de frequência relativa e absoluta. Resultados: Foram
realizados 505 atendimentos com o seguinte perfil: 41,58% dos pacientes tem entre 3 a 6 anos de
idade, a maioria é proveniente do interior do Estado (62%). em relação aos exames, 43% realizaram
punção lombar e 28% mielograma. para 63%, a realização dos procedimentos tinha como objetivo
o acompanhamento do tratamento do câncer: 68% com leucemias e 17% com tumores sólidos. 55%
desses pacientes são oriundos do serviço de oncologia. dos acompanhantes, 85,05% são mães
entre 19 e 40 anos (72,48%). 74% cursaram até o Ensino Médio. dos atendimentos, 41,18% foram
intervenções lúdicas: 55,28% individuais e 39,90% com participação do acompanhante. 16,23%
foram escuta psicológica: 62,19% com acompanhantes; 24,39% com acompanhantes/pacientes e
13,41% com pacientes, a maioria com 11 anos ou mais. 3,56% foram intervenções psicoeducativas
e 33,86% envolveram diversas intervenções em um mesmo atendimento. Conclusções: a partir do
estudo, pode-se constatar que os pacientes são predominantemente pré-escolares, em franco
desenvolvimento cognitivo e emocional, com neoplasias linfo-hematopoiéticas, submissos a
procedimentos invasivos. Demandam intervenções lúdicas para redução da ansiedade e
ressignificação de suas experiências. Mães demandam intervenções psicológicas e
psicoeducativas para trabalhar angústias e dúvidas. Adolescentes apresentam demanda similar. Os
resultados permitem ao programa de extensão focalizar intervenções adequadas à idade,
patologias predominantes, cultura e escolaridade dos usuários.
_________________

Shioga, Julia Evangelista Mota; Souza, Bárbara Carvalho de; Alcantara, Tainara Vasconcelos; Lage, Ana Maria Vieira;
Maia, Anice Holanda Nunes. Pacientes em Sala de Espera de Oncologia Pediátrica: Quem São e o que Demandam
para a Psicologia?. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10656

_________________
267
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Relação Interprofissional Entre Os Profissionais de Saúde


em um Hospital Escola do Sul de Minas Gerais
_________________

Monteiro, Natália Fechus; Silva, Karina Maia da; Pinto, José Henrique Pereira
Faculdade de Medicina de Itajubá — nafechus@hotmail.com
_________________

Introdução: na ciência da saúde, as conquistas se deram por descobertas de agentes


patogênicos, fisiopatologia das doenças, medicamentos e meios diagnósticos cada vez
mais sofisticados, mas a maior conquista - ainda almejada - está relacionada com a ciência
humana. Mais importante que pesquisar a doença do paciente, é estabelecer a saúde em
seu sentido amplo de bem-estar físico, mental e social. a Humanização é a melhor proposta
para garantir ao paciente o que lhe é direito, não só como cliente da saúde, mas como ser
humano. com base nesta proposta é essencial uma interação eficaz entre profissionais de
saúde e o paciente. Objetivos: o objetivo deste trabalho é caracterizar o nível de satisfação
do relacionamento interprofissional entre os profissionais de saúde a fim de apresentar os
princípios de humanização já alcançados e identificar os princípios que ainda se encontram
deficientes. Métodos: a pesquisa qualitativa utilizou técnica de entrevistas
semiestruturadas com base no referencial da análise de conteúdo em sua vertente temática
através do relato dos próprios membros da equipe multiprofissional, escolhidos
aleatoriamente e convidados a participarem da pesquisa. Resultados: Dentre os principais
resultados, observou-se ineficiência da comunicação entre os profissionais, pouca
abrangência da Política Nacional de Humanização junto aos trabalhadores, além de
discórdias entre os profissionais e métodos possíveis para uma melhor interação da equipe
visando benefício ao paciente. Conclusão: Os dados encontrados demonstram a
necessidade de se fomentar o protagonismo desses sujeitos, tornando visível a gestão que
os trabalhadores da saúde fazem do seu próprio processo de trabalho, bem como
aprimorar mecanismos de gestão participativa com a ampliação de uma relação transversal
entre os sujeitos envolvidos no cuidado do doente, numa perspectiva em que todos sejam
corresponsáveis pelos rumos da atenção prestada.
_________________

Monteiro, Natália Fechus; Silva, Karina Maia da; Pinto, José Henrique Pereira. A Relação Interprofissional
Entre Os Profissionais de Saúde em um Hospital Escola do Sul de Minas Gerais. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10658

_________________
268
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização e Alimentação em Instituições de Longa


Permanência para Idosos
_________________

Escaldelai, Fernanda Martins Dias; Freita, Angélica Marques de Pina; Corrêa,


Amanda Caroline Cardoso
Faculdade de Saúde Pública - Universidade de São Paulo — fenanda2@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO As instituições de longa permanência para idosos (ILPI) são instituições


governamentais ou não governamentais, de caráter residencial para domicílio coletivo de
pessoas a partir dos 60 anos, com ou sem suporte familiar. Caracteriza-se como espaço
de viver dos idosos e necessidades básicas, como saúde e alimentação, devem ser
atendidas de forma humanizada. a atenção humanizada consiste em ofertar atendimento
de qualidade, com acolhimento e fomento da autonomia dos sujeitos envolvidos.
OBJETIVO Identificar os aspectos de humanização relacionados à alimentação dos
usuários de duas ILPI da cidade de São Paulo. MÉTODO Pesquisa qualitativa, de caráter
exploratório, baseada na política de humanização. Foram realizadas entrevistas com
nutricionistas de duas ILPI, além de observação dos seus serviços de alimentação. As
entrevistas foram baseadas em um questionário semiestruturado, realizadas com auxílio
de gravador e posteriormente transcritas para análise. RESULTADOS Foram identificados
aspectos de humanização, principalmente, acolhimento por parte dos profissionais
envolvidos e autonomia dos usuários, conforme as regras das ILPI. o acolhimento foi
identificado por meio da escuta das solicitações dos idosos em relação ao cardápio, com
inclusão de preparações conforme suas preferências, hábitos e necessidades quanto à
composição e consistência dos alimentos. a autonomia dos idosos pôde ser identificada
em diferentes situações: no momento das refeições, na participação voluntária em
atividades domésticas, desde que não envolvam riscos a sua saúde e segurança, na
participação voluntária em atividades sócio-recreativas (festa para os aniversariantes do
mês, saída em grupos para restaurantes comerciais) e na livre saída dos idosos para
compra de alimentos com recursos próprios. CONSIDERAÇÕES FINAIS As ações e
atividades relacionadas à alimentação permitem, além da nutrição, a ocupação do tempo,
a socialização entre os idosos e sua integração à comunidade. em geral, os relatos
permitiram identificar que há participação ativa dos idosos nas decisões relacionadas à sua
alimentação, conforme os recursos financeiros de cada ILPI. Essa realidade com aspectos
de humanização têm grande importância e deve ser incentivada, pois as ILPI são os locais
de residência desses idosos.
_________________

Escaldelai, Fernanda Martins Dias; Freita, Angélica Marques de Pina; Corrêa, Amanda Caroline Cardoso.
Humanização e Alimentação em Instituições de Longa Permanência para Idosos. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10659

_________________
269
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Estratégias de Humanização nos Caps: Relato de Experiência de


Residentes Multiprofissionais
_________________

Santos, Karolyne Souza dos; Martinho, Jessica Silva; Carvalho, Jhéssyca Dias de;
Monteiro, Elisangela Carvaló
Universidade Estadual do Pará — karolynesouza09santos@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde do Sistema


Único de Saúde (SUS), que surgiram como estratégia na assistência à Saúde Mental, na
perspectiva da Reforma Psiquiátrica, cujo objetivo consiste em oferecer tratamento especializado a
pessoas em sofrimento psíquico e sua ressocialização. no serviço, os usuários recebem assistência
multiprofissional. o acolhimento é a “porta de entrada”, uma estratégia de humanização, uma
ferramenta de intervenção na qualificação da escuta, de acesso com responsabilização e
resolutividade, além de estabelecer uma relação entre o usuário e família com os profissionais e
serviço, sendo uma das diretrizes de maior relevância da Política Nacional de Humanização (PNH)
do SUS. o Projeto Terapêutico Singular (PTS) é, também, uma estratégia de humanização do SUS,
que consiste em propostas de condutas terapêuticas articuladas entre a equipe interdisciplinar e o
usuário nesse contexto, a fim de proporcionar o acompanhamento clínico e a reinserção social.
OBJETIVO: Relatar experiências vivenciadas pelos Residentes Multiprofissionais em Atenção à
Saúde Mental no que se refere à humanização do cuidado ao portador de transtorno mental, por
meio das estratégias de Acolhimento e PTS. METODOLOGIA: na elaboração deste participaram
residentes das categorias: Psicologia, Terapia Ocupacional, Serviço Social e Enfermagem. o
período da prática se deu nos meses de setembro a novembro de 2013 em um CAPS localizado
em Belém-PA, onde foi possível participar de atividades, como a realização do acolhimento e a
construção de PTS. Enquanto residentes, realizamos acolhimentos nas datas e horários referentes
aos nossos respectivos preceptores de prática. Nesse momento, a conversa foi realizada em
consultório, para a busca de informações atuais e da história pregressa de forma reservada,
favorecendo a formação de vínculo. a partir da escuta buscamos a resolutividade das necessidades.
em outro momento construímos o PTS, que incorpora a noção interdisciplinar. Após avaliação
compartilhada, foram acordados procedimentos terapêuticos junto ao usuário e família.
RESULTADOS: As estratégias de humanização resultaram na sensibilização das famílias e
esclarecimentos de dúvidas acerca do sofrimento psíquico dos usuários, favorecendo o
fortalecimento de vínculo, construção de sua autonomia e adesão ao tratamento. Tivemos
dificuldade com a presença do modelo médico-psiquiátrico, evidenciado pela pouca participação,
integração e valorização da maior parte da equipe nas discussões para a construção do PTS.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os CAPS, conforme os princípios e diretrizes que regem as políticas
de saúde mental e de humanização no SUS devem assumir uma função social que vai além do
fazer meramente técnico do tratar, tendo a pessoa em sofrimento psíquico como um ser integral,
com direito a plena participação e inclusão na comunidade.
_________________

Santos, Karolyne Souza dos; Martinho, Jessica Silva; Carvalho, Jhéssyca Dias de; Monteiro, Elisangela Carvaló.
Estratégias de Humanização nos Caps: Relato de Experiência de Residentes Multiprofissionais. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10651

_________________
265
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Uso de Estratégias Artísticas e Culturais com Colaboradores em


Hospital Público
_________________

Crespo Junior, Joed Lamonica; Oliveira, Fabiane C. Matias de; Moura, Vanessa de
Morais; Kerr, Denise Barbosa Henriques; Sponton, Maria Helena da Cruz
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo — joed.junior@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: o ambiente hospitalar é marcado pela urgência e emergência do diagnóstico,


tratamento, precisão das condutas e valorização do conhecimento técnico-científico. É neste
contexto que a arte e ludicidade têm um papel de integração, uma vez que favorecem a
expressão dos sentimentos e emoções, aspectos por vezes esmaecidos pela ênfase no processo
de busca pela manutenção da saúde. Diante deste cenário foi desenvolvido o projeto “motivar
para ação através da arte” com enfoque nos colaboradores das áreas administrativas de um
hospital público de São Paulo, especializado em tratamento de câncer e referência para o estado
de SP em assistência, ensino e pesquisa. Objetivo: Estimular a interação entre os colaboradores
e favorecer a melhoria da percepção do clima organizacional entre os colaboradores. Método:
Intervenções com arte e cultura, usando as linguagens de música e contação de histórias com a
presença de dois arte educadores, no próprio ambiente de trabalho, ou seja, sem a formação de
grupos específicos para a atividade fora do local de trabalho. As atividades aconteceram no
período de julho a dezembro de 2013. Foram selecionadas 51 áreas que compõem o corpo
administrativo do hospital e contemplando aproximadamente 370 colaboradores. As
intervenções ocorreram duas vezes por semana, com duração de 15 minutos, de forma que ao
final do projeto cada área recebeu em médica 4 intervenções, sendo abordado os temas: trabalho
integrado, confiança e empatia. ao final do projeto foi pesquisada a percepção do gestor, por
meio de uma avaliação que abordava os temas: melhoria no ambiente de trabalho, melhoria nas
atitudes em relação ao trabalho, melhoria no relacionamento entre a equipe, diminuição no
estresse e ansiedade, desenvolvimento interpessoal e motivação. Resultados: o projeto
programou 219 intervenções e ao final foram realizadas 204. dos 30 gestores participantes, 11
responderam a avaliação de reação. a percepção do gestor para a atividade demonstrou:
referente ao aspecto de impacto notou-se - 100% de melhoria no ambiente de trabalho, 80% de
melhoria nas atitudes em relação ao trabalho e 90 % de melhoria no relacionamento entre a
equipe; referente ao aspecto de contribuição no trabalho notou-se - 100% de diminuição no
estresse e ansiedade, 90% de desenvolvimento interpessoal e 90% de motivação. Conclusão:
Foi observado que apesar do caráter lúdico e subjetivo da atividade, a recepção da proposta teve
uma aceitação significativa pelos gestores e boa adesão e participação por parte dos
colaboradores durante as intervenções. Esta experiência demonstrou a importância da inclusão
de estratégias artísticas e culturais nas atividades de capacitação e desenvolvimento, visando
um ambiente acolhedor para os colaboradores.
_________________

Crespo Junior, Joed Lamonica; Oliveira, Fabiane C. Matias de; Moura, Vanessa de Morais; Kerr, Denise Barbosa
Henriques; Sponton, Maria Helena da Cruz. O Uso de Estratégias Artísticas e Culturais com Colaboradores em
Hospital Público. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10654

_________________
266
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Paciente Oncológica Portadora de Ileostomia: Abordagem da


Assistência de Enfermagem
_________________

Veríssimo, Francisco Arlysson da Silva; Lima, Liene Ribeiro de; Melo, Wesley
Soares de; Chaves, Anne Fayma Lopes; Calderon, Carolina Jimenez; Holanda,
Rose-Eloíse; Ferreira, Paulo Jorge de O.
Faculdade Católica Rainha do Sertão — arlysson.ver@hotmail.com
_________________

Introdução: a mulher quando acometida por câncer já carrega em si o sofrimento e uma


série de reações negativas desencadeadas na maioria dos casos, sendo potencializado
esse pesar quando vindo acompanhado com outras patologias. o câncer de ovário e a
confecção de uma estomia íleo-intestinal provocam na mulher alterações não somente no
sistema biológico, mas também afeta emocional e fisicamente o indivíduo, chegando a
prejudicar sua relação social e provocando diversas mudanças em sua perspectiva de vida.
Esses eventos estressores, exigem do indivíduo respostas de enfrentamento que causam
impacto em sua saúde, gerando significativas alterações no seu estilo de vida. Objetivo:
Descrever as ações de enfermagem frente a uma paciente oncológica portadora de
ileostomia. Metodologia: a pesquisa trata-se de um estudo de caso realizado com uma
paciente oncológica portadora de ileostomia, internada em um Hospital de Médio Porte de
referência para a região do Cariri, situada no município de Barbalha/CE, a 577 quilômetros
da capital Fortaleza, Sul do Ceará, Brasil. Os dados foram colhidos através de informações
advindas do prontuário, bem como do relato de familiares. Estes foram analisados e feito
julgamento clínico usando as taxonomias estabelecidas pela North American Nursing
Diagnosis Association e Classification of Nursing Interventions. Foram levados em
consideração para o estudo os aspectos da autonomia, não-maleficência, beneficência e
justiça, bem como obedecido as recomendações da Resolução 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde. Resultados: Os principais diagnósticos de
enfermagem encontrados foram: Distúrbio na imagem corporal; Ansiedade; Risco de
prejuízo para integridade da pele; Potencial para alteração da nutrição. As principais
intervenções implementadas, foram: Encorajar a paciente a verbalizar sentimentos;
Estimular a paciente a realizar as atividades de autocuidado; Conversar sobre os
progressos do paciente e enfatizar quando sua condição melhorar ou se estabilizar;
Conduzir uma avaliação completa da paciente, numa abordagem multidimensional.
Conclusão: Conclui-se que o enfermeiro, quando atua com ações integrais e humanizadas
no exercício profissional, pode adaptar o cliente/paciente a um dado acontecimento,
proporcionando-o melhoras no enfrentamento. Vale salientar que neste processo é
considerado os aspectos pessoais, emocionais, culturais e experiências singulares deste
indivíduo, para que assim favoreça seu processo de saúde a fim de manter um bom estado
físico, psicológico e social.
_________________

Veríssimo, Francisco Arlysson da Silva; Lima, Liene Ribeiro de; Melo, Wesley Soares de; Chaves, Anne
Fayma Lopes; Calderon, Carolina Jimenez; Holanda, Rose-Eloíse; Ferreira, Paulo Jorge de O.. Paciente
Oncológica Portadora de Ileostomia: Abordagem da Assistência de Enfermagem. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10649

_________________
264
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Brincando na Espera
_________________

Cavalcante, Alexandra Santos de Souza; Luzo, Maria Candida de Miranda;


Almeida, Ligia Cortez de; Reis, Valéria Aquilino
Intituto de Ortopedia e Traumatologia - HCFMUSP — alexandra.cavalcante@yahoo.com.br
_________________

Introdução o brincar ajuda a tornar o ambiente hospitalar menos hostil a doença


proporcionando a criança a possibilidade de manter a sua rotina lúdica utilizando um
recurso condizente no controle da ansiedade inerente ao processo de tratamento pelas
visões estranhas à sua volta e medo do desconhecido. o acolhimento a criança no
ambiente hospitalar seja na internação ou na atenção ambulatorial deve considerar os
aspectos clínicos e patológicos da doença e suas limitações, mas sobretudo, considerar o
aspectos saudável resgatando sua autoestima e potencialidades, normalmente latentes
durante o processo de doença e internação. Este projeto é uma extensão da brinquedoteca
que atende crianças com diagnósticos diversos mantido por uma recreacionista no
ambulatório. Objetivo Criar um local de descobertas e estimulação na sala de espera do
ambulatório, onde a criança libera a sua criatividade e imaginação, fazendo com que o
tempo de espera seja menos estressante. o Brincando na Espera é muito importante para
a criança no aguardo da consulta pois diminui o medo e a angustia que habitam o seu
imaginário. Metodologia o Brincando na Espera usa a sala de espera do ambulatório de
especialidades em um espaço delimitado montado em dois dias da semana, segunda-feira
e quinta-feira, dias de pico de atendimento infantil no ambulatório. a área é delimitada por
pedestais de fita retrátil e o espaço é organizado com tapete de EVA, mesas cadeiras
infantis, brinquedos livros, jogos, papel, lápis de cor, tinta. o material utilizado é levado pela
profissional em um carrinho de apoio especialmente utilizado para esse fim. São realizadas
atividades lúdicas e pedagógicas, expressivas e temáticas de acordo como o calendário
de datas comemorativas. a participação é voluntária tanto das crianças quanto dos
acompanhantes e cuidadores e o tempo de permanência de acordo com o tempo de espera
ou a vontade da criança. Resultados: o Brincando na Espera acontece há 7 anos e no ano
de 2013, 1450 crianças foram acolhidas no espaço. a mensuração dos resultados foi feita
pelo depoimento dos acompanhantes e profissionais os quais constataram que as crianças
deixaram de temer a vinda ao hospital e de chorar antes e durante os procedimentos
clínicos. Conclusão Neste ambiente criado para a brincadeira, o ato do brincar passa a
ser visto como um fator primordial no tratamento, pois é capaz de oferecer não só alegria
mas também facilitar a interação do profissional da saúde com a criança no momento do
atendimento, além de acolher a ansiedade e controlar o estresse. o Brincando na Espera
incentiva o brincar, a leitura, a vivencia com outras crianças na situação semelhante e
possibilita levar para casa a sua atividade, assim como o que aprendeu durante a espera
da consulta.
_________________

Cavalcante, Alexandra Santos de Souza; Luzo, Maria Candida de Miranda; Almeida, Ligia Cortez de; Reis,
Valéria Aquilino. Brincando na Espera. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10639

_________________
260
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atividades Lúdicas e Artesanais Voltadas para o Tratamento de


Pacientes Crônicos
_________________

Oliveira, Nathália Carvalho de; Oliveira, Ana Camila Ferreira de; Barata, Jaqueline Marques
Lara
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais — nathalia_oliveira1994@hotmail.com
_________________

Introdução: Humanizar é ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos


com acolhimento, melhoria do ambiente de cuidado e da condição de trabalho do profissional
(BRASIL, 2004). Pensando nisto, a política nacional de humanização vem para garantir a
inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção de saúde e também para
gerar autonomia dos profissionais, de modo que os mesmos sintam-se capazes e responsáveis por
garantir o bem estar do paciente de forma integral. a hospitalização é algo que muda a rotina do
paciente, gerando sentimentos confusos tanto no paciente quanto na família. o manejo dessa
situação requer da equipe e principalmente da enfermagem, uma assistência diferenciada e peculiar
a este processo (AZEVEDO et al, 2008). de acordo com essa definição, o ato de cuidar pressupõe
colocar-se ao lado do sujeito, interessar-se pelo seu desconforto (AZEVEDO et al, 2008). Logo, é
dever do profissional de saúde cuidar de maneira integral, promovendo a cura, seja ela física,
espiritual, biológica ou emocional. Objetivos: Contribuir para melhor adaptação dos pacientes as
novas rotinas, na tentativa de amenizar o processo da hospitalização tornando-o mais humanizado
e promover melhor comunicação entre o paciente e a equipe. Métodos: Trata-se de um projeto
onde serão desenvolvidas atividades lúdicas e artesanais uma vez por semana em três andares de
um hospital público. As atividades serão realizadas em horários combinados com a equipe de
enfermagem do andar. Pensando em promover o entretenimento e trabalhar os sentimentos e
lembranças dos pacientes, desenvolveremos atividades lúdicas e artesanais (ex: bingo, jogo da
memória, jogo da velha, contação de história, leitura de poema e outras formas de artesanato)
promovendo maior interação social e confiança por parte deles, na equipe de saúde, uma vez que
o lúdico propicia a quebra de amarras sociais. Resultados: ao sofrer uma internação hospitalar os
pacientes parecem encontrar-se no momento de suspensão, no “entre”, entre o antes e depois da
internação, entre a espera para realizar um exame e obter seus resultados, entre o tempo para se
recuperar e obter alta. (PIMENTEL 2013). com o projeto esperamos preencher estes momentos de
suspensão com atividades que favoreçam a comunicação, buscando ajudá-los a entender a
situação que está vivendo no momento. Conclusão: As atividades lúdicas e artesanais contribuem
de forma significativa para o desenvolvimento do ser humano, auxiliando não só na aprendizagem,
mas facilitando também o processo de interação social e a construção do pensamento. Visto isso,
concluímos que projetos como esse, são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos
pacientes que necessitam de hospitalização por muito tempo, além de contribuir para o processo
de formação dos futuros profissionais de saúde, envolvidos na implementação destas atividades.
_________________

Oliveira, Nathália Carvalho de; Oliveira, Ana Camila Ferreira de; Barata, Jaqueline Marques Lara. Atividades Lúdicas e
Artesanais Voltadas para o Tratamento de Pacientes Crônicos. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10640

_________________
261
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Análise de Conceito dos Paliativos Oncológicos Numa Perspectiva da


Humanização do Cuidado em Saúde
_________________

Amorim, Rosendo Freitas de; Santos, Loyse Gurgel dos; Landim, Fátima Luna Pinheiro; Frota,
Mirna Albuquerque; Saintrain, Maria Vieira de Lima; As, Zélia Maria de Sousa Araújo; Catrib,
Ana Maria Fontenelle
Universidade de Fortaleza — rosendo@unifor.br
_________________

Introdução: Cuidado paliativo é uma abordagem multidisciplinar que alivia o sofrimento e oferece
melhora na qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença avançada e
terminal, por meio de habilidades e conhecimentos específicos. o cuidado humanizado desses
pacientes intenciona alívio e controle da dor e uma assistência integral. a humanização do cuidado
aborda aspectos que exigem uma atenção dos profissionais de saúde desde os cuidados específicos
da profissão, no caso, a fisioterapia, até a percepção do quadro na sua totalidade, em que estão
presentes a dimensão da existência e a possibilidade da morte. Objetivos: Reconceituar a categoria
cuidados paliativos numa perspectiva da humanização do cuidado em saúde. Metodologia: o estudo
constitui-se numa revisão de literatura, configurando-se numa pesquisa de natureza qualitativa. a
investigação permitiu um processo de reconceituação da categoria cuidados paliativos à luz da
humanização do cuidado em saúde. Nesse sentido, a pesquisa abordou o significados das relações e
ações humanas nos contextos de atuação dos profissionais da saúde, em especial o fisioterapeuta,
algo não mensurável por equações ou fórmulas estatísticas. Investigou-se, portanto, as concepções
de cuidados paliativos construídas pelos nos textos estudados, considerando teorias e concepções,
bem como os valores humanos com destaque para o enfoque dos elementos epistemológicos e
socioculturais. Realizou-se nos meses de março, abril e maio de 2013, levantamento nas bases de
dados Lilacs, PubMed e Scielo, usando os descritores “cuidados paliativos”e “ humanização do
cuidado”. Trata-se de um estudo analítico das concepções de cuidados paliativos de pacientes
oncológicos numa perspectiva da humanização do cuidado. Resultados: Percebeu-se durante a
análise de conceito cuidados paliativos oncológicos o esforço dos especialistas da área em construir
uma elaboração rigorosa dessa categoria. um dos pontos referenciados reside no fato desse
profissional ser capacitado em toda sua vida acadêmica para tratar a dor dos pacientes, de forma a
eliminá-la. Porém, nesses casos de pacientes idosos com quadro de câncer avançados e sem
possibilidade de cura, sofrendo de intensas dores e principalmente, dores que o fisioterapeuta não é
capaz de resolver, os mesmos relatam que não foram treinados para vivenciar essas situações, daí a
sensação de impotência. Conclusões: Constatou-se que apesar da complexidade epistemológica do
conceito de cuidados paliativos, houve um considerável avanço no processo de consolidação teórica
da categoria. Entretanto, a hipótese inicial desse estudo confirmou-se: a incipiente relação entre a
categoria e a de humanização do cuidado. a originalidade do presente estudo residiu em reelaborar o
conceito de cuidados paliativos enriquecido com as contribuições da humanização em saúde, condição
sine qua non para que ele tenha um significado pertinente.
_________________

Amorim, Rosendo Freitas de; Santos, Loyse Gurgel dos; Landim, Fátima Luna Pinheiro; Frota, Mirna Albuquerque;
Saintrain, Maria Vieira de Lima; As, Zélia Maria de Sousa Araújo; Catrib, Ana Maria Fontenelle. Análise de Conceito dos
Paliativos Oncológicos Numa Perspectiva da Humanização do Cuidado em Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10642

_________________
262
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Construindo Juntos: a Importância do Trabalho Interdisciplinar


Numa Abordagem Humanizada.
_________________

Silva, Ana Rita Flores Ribeiro da; Anjos, Paula Santana dos; Matsubara, Fernanda Kanada
Universidade Federal de São Paulo — anaritafrsilva@gmail.com
_________________

Introdução: o modulo de Trabalho em Saúde da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP,


nos mostra que equipes multidisciplinares trabalham de forma mais ampla na atenção ao paciente,
não tratando-o apenas como uma doença e sim verificando suas reais necessidades, mostrando ao
paciente que ele é importante e que realmente estamos ouvindo o que ele diz. e com isso o modulo
nos mostra que o serviço de saúde pode ser diferenciado. Objetivos: Apresentar como se deu o
processo de ensino-aprendizagem da interdisciplinaridade no caso de uma esposa cuidadora
pertencente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na cidade de Santos. Método: Dona A. foi
encaminhada para o atendimento de Trabalho em Saúde, em 2012, pela equipe da UBS do Embaré,
pois começou a apresentar problemas de diabetes. ao mesmo tempo, surgiu a demanda de seu
marido, que desenvolveu Mal de Alzheimer muito rapidamente, desestruturando a rotina do casal
que sempre foi muito ativa. com o passar do tempo ele ficou completamente dependente e os filhos
acabaram se afastamento por não conseguirem ver o pai no estado em que se encontrava, assim
sobrou toda a demanda de cuidados e responsabilidade para a esposa. o projeto terapêutico
singular deste último grupo de alunos, que seguiu o caso no período de setembro de 2013 a janeiro
de 2014 pensou em favorecer a aproximação entre dona A. e seus filhos, de propor momentos de
prazer, relaxamento e sensibilizar Dona A. para a necessidade de autovalorização. Neste processo
Dona A. quis ensinar a equipe a tricotar, a jogar cartas e aprendeu algumas atividades como a
construir um mural de fotos familiares, com este foi possível retomar alguns aspectos e momentos
marcantes de sua história, foi possível ela coordenar as fases da atividade, e com autonomia
conseguia escolher o que queria e o que não queria que fosse feito, principalmente quanto as cores
e as fotos escolhidas por ela, a ação em equipe favoreceu para uma rememoração da família
reunida. a todo o momento a cuidadora demonstrou prazer em poder ensinar o que gosta de fazer
e vontade de aprender coisas novas. Resultados: Desde a primeira visita, dona A. recebeu muito
bem a equipe e de forma carinhosa, entretanto, foi no decorrer das visitas que se sucederam que
os laços de confiança e o vinculo entre nós foi se formando. Era visível sua alegria ao poder nos
receber e fazer alguma atividade proposta, ou que pensávamos em conjunto e, essas ocasiões, se
convertiam em histórias de sua vida. Depois de algumas visitas, dona A. começou a nos oferecer
lanche da tarde, como forma de demonstrar o vinculo criado, nesses momentos, sentávamos na
cozinha e passávamos a tarde inteira conversando. Conclusões: Pode-se perceber a importância
da interdisciplinaridade, pois essa forma humanizada de atuar nos abriu as possibilidades de
intervenção junto ao paciente. Perceber a forma como o vínculo foi criado nos faz acreditar cada
vez mais nessa proposta de atuação.
_________________

Silva, Ana Rita Flores Ribeiro da; Anjos, Paula Santana dos; Matsubara, Fernanda Kanada. Construindo Juntos: a
Importância do Trabalho Interdisciplinar Numa Abordagem Humanizada.. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10635

_________________
257
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização como Ferramenta de Construção de Autonomia


na Adoção de Estilo de Vida Saudável em Grupos de
Trabalhadores
_________________

Fonseca, Isabela Kelley Lazaro; Barata, Jaqueline Marques Lara


Faculdade de Ciências Medicas de Minas Gerais — isabela.kelley@gmail.com
_________________

Introdução: Humanização da assistência em saúde busca dar espaço a voz tanto do


usuário quanto a do profissional de saúde, onde há uma construção de uma rede de diálogo
e de confiabilidade, que tem como resultado a promoção de ações que garantirão os
direitos de ambas as partes através de um posicionamento que respeita as particularidades
de cada indivíduo (Oliveira; COLLET; Viera 2006). nos dias de hoje, tanto o consumo de
cigarro quanto o consumo excessivo de alimentos, são causas de mortes e adoecimentos
evitáveis no Brasil e no mundo. Nesse sentido, quando os usuários vivenciam situações de
exposição a agravos é necessário que os profissionais de saúde saiam de uma conduta
prescritiva e promovam o diálogo, o que pode ter como consequência a redução os índices
de morbimortalidade, pelo fato de exporem suas dificuldades vivenciadas nos processos.
Objetivo: Trata-se se um projeto que visou a implantação de grupos com o enfoque na
reeducação alimentar e na cessação do tabagismo através de estratégias humanizadas,
que buscam a qualidade de vida dos trabalhadores de um hospital público localizado na
cidade de Belo Horizonte. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre
os projetos “Abordagem Humanizada no Processo de Cessação do Tabagismo” e
“Abordagem Humanizada no processo de reeducação alimentar”. Os encontros dos grupos
de cessação de tabagismo e reeducação alimentar aconteceram em seis reuniões
localizadas no auditório do hospital. Cada grupo foi composto por 15 participantes
previamente inscritos, sendo utilizado como forma de abordagem a escuta ativa,
dinâmicas, debates, apresentações de assuntos e informações relevantes para os
participantes do grupos. Resultados: o reflexo da saúde dos trabalhadores influencia na
qualidade do acolhimento e cuidado prestados, seja direta ou indiretamente. Nesse
sentido, foi proposto aos servidores do Hospital os grupos de cessação ao tabagismo e
reeducação alimentar, visando o incentivo à qualidade de vida através de mudanças de
hábitos. Isso traz bons resultados não apenas à instituição, mas a cada ser humano
envolvido em seu próprio processo de recuperação, resgate pela leveza e bem estar,
através da reflexão e reconhecimento das suas potencialidades. Conclusão: a forma de
abordagem humanizada dentro de grupos operativos, colaborou não só com a mudança
de hábitos, mas também com a melhoria da auto estima dos participantes, pois foi mostrado
a cada um deles a sua força e importância dentro do próprio do processo de mudança e
construção de autonomia.
_________________

Fonseca, Isabela Kelley Lazaro; Barata, Jaqueline Marques Lara. Humanização como Ferramenta de
Construção de Autonomia na Adoção de Estilo de Vida Saudável em Grupos de Trabalhadores. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10637

_________________
258
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Roda de Conversa como Estratégia de Apoio À Gestão.


_________________

Kleina, Sirlei Corssetti; Falavinha, Elisabeth D. Altimar


Hospital de Clinicas da UFPR — sirleick@yahoo.com.br
_________________

Neste estudo, pretendeu-se relatar a experiência das Rodas de Conversa realizadas em


um Hospital Universitário da cidade de Curitiba e apresentar a análise dos resultados. a
Política Nacional de Humanização (PNH) tem como Diretriz a Cogestão que trabalha os
relacionamentos e os reconhecimentos necessários para o diálogo e a construção coletiva
na buscando da qualidade nos serviços de saúde. Roda de Conversa (RC) é estratégia de
gestão da PNH, utilizada como método que abre espaço para escuta, diálogo e reflexões,
permitindo a criação de novas estratégias a partir da experiência dos profissionais. Os
desafios da gestão nas instituições de saúde vão além das questões gerenciais ou
técnicas, temos uma questão de relacionamentos entre categorias, serviços e instituições
que interferem e determinam os entraves e possíveis soluções na qualidade do Serviço. o
reconhecimento destas interferências externas e entre as atividades dos profissionais,
demanda uma mudança de atitude. uma proposta considerada de difícil solução que
precisa de investimento em espaços de escuta e diálogos adequados, um desafio a ser
enfrentado pelos profissionais das diversas áreas da saúde. Outro fator importante que
também interfere neste processo é o imediatismo das equipes em solucionar as questões
técnicas, de processos e relacionamentos; a dificuldade de participação; a impossibilidade
de intervenção de trabalhadores e chefias em situações fora de sua governabilidade; e a
limitação de falar dos problemas reais. Cabe aos profissionais da saúde iniciar a quebra
destes paradigmas. o objetivo desta proposta é trabalhar a Cultura Institucional, buscar a
mudança de atitude e desenvolver as equipes e gestores para a o modelo de gestão
participava que visa o consenso e a construção coletiva. o método resulta em melhoria de
fluxos e processos, otimização de recursos, corresponsabilização, motivação das equipes
e fortalecimento da gestão, todos estes fatores refletem positivamente e transversalmente
no atendimento da Instituição. Concluímos que este modelo de gestão apoiado pelo
método da Roda de Conversa possibilita encontrar soluções efetivas para as demandas
técnicas, a partir da reconstrução do relacionamento entre os vários atores envolvidos no
processo.
_________________

Kleina, Sirlei Corssetti; Falavinha, Elisabeth D. Altimar. Roda de Conversa como Estratégia de Apoio À
Gestão.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10638

_________________
259
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Envolvendo a Comunidade na Melhoria da Qualidade e Humanização


dos Cuidados de Saúde: um Princípio de uma Abordagem
_________________

Cala, Ana de Lurdes; Nhatave, Isabel Ana; Cunha, Morais M. Cardoso da


Ministério da Saude — a_cala@yahoo.com.br
_________________

Introdução: Segundo os Planos Estratégicos do Sector Saúde (PESS), 2007-2012 e 2013-2017,


deve-se assegurar a melhoria da qualidade do atendimento aos utentes no Serviço Nacional de
Saúde (SNS). a Estratégia Nacional para a Melhoria da Qualidade e Humanização dos Cuidados
de Saúde, 2011-2013, identifica a melhoria da qualidade e humanização (MQ&H) como resultado
dos esforços conjuntos envolvendo provedores, utentes e comunidade organizados em comités. no
país, o envolvimento e participação comunitária tem longas tradições, e essa experiência foi
partilhada na Conferência Internacional sobre Cuidados de Saúde Primários, de Alma-Ata 1978,
que na sua Declaração Final estabelece que o envolvimento comunitário em Saúde é de primordial
importância e factor chave para o desenvolvimento humano e que as populações têm o dever de
participar em acções que visam melhorar e preservar a sua Saúde. Objectivo: Descrever o processo
e estruturas de envolvimento da comunidade na MQ&H dos cuidados de saúde conduzido pelo
MISAU e factores determinantes da sua participação. Metodologia: o trabalho foi produzido a partir
da revisão bibliográfica no período de Março de 2011 a Dezembro de 2013 utilizando processos de
análise e síntese da informação de documentos estratégicos e artigos publicados e não publicados
sobre Q&H, e apoiado em referências internacional. Foram também tomados em consideração
registos de relatos de pessoas que directa ou indirectamente participaram no processo.
Resultados: Durante os primeiros 2 anos de implementação das Estratégia Nacional de MQ&H, o
MISAU facilitou a criação de 201 comités de Q&H com mais de 2500 membros. Cerca de 60% dos
membros dos comités provincial, distrital e de unidade sanitária (US) é composta por membros da
comunidade e sociedade civil. nos sectores das US existem equipas de Q&H que incluem
representantes das comunidades e que são responsáveis pelos processos transformativos rumo a
MQ&H. São canais de articulação, reuniões de planificação e seguimento das actividades; reuniões
regionais e nacionais de balanço e partilha de experiências; a participação na gestão da opinião
pública e avaliações de desempenho; e em reuniões do governo na comunicação das
necessidades, progressos e advocacia para aumento de recursos. Conclusão: Os Comités de Q&H
têm permitido o estabelecimento de parcerias entre o SNS-comunidade-ONGs proporcionando-lhes
oportunidades de participação ampla e maior compromisso com o processo. Apesar destes
progressos, o sector precisa de melhorar a definição e promoção do cumprimento do papel dos
intervenientes, particularmente dos líderes comunitários; a consciencialização dos trabalhadores de
saúde sobre a importância do contributo da comunidade; a garantia de fundos; a provisão de
incentivos aos líderes comunitários; e a expansão dos comités maximizando as oportunidades de
integração.
_________________

Cala, Ana de Lurdes; Nhatave, Isabel Ana; Cunha, Morais M. Cardoso da. Envolvendo a Comunidade na Melhoria da
Qualidade e Humanização dos Cuidados de Saúde: um Princípio de uma Abordagem. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10634

_________________
256
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas de Cuidado À Saúde Mental Ofertadas Pela Estratégia


Saúde da Família: Perspectiva dos Médicos e Enfermeiros.
_________________

Frateschi, Mara Soares; Cardoso, Carmen Lúcia


Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo —
msfrateschi@hotmail.com
_________________

Introdução: a atual Política Nacional de Saúde Mental brasileira, pautada nos preceitos da Reforma
Psiquiátrica, prevê ações centradas em recursos comunitários e em atendimento extra-hospitalar.
Nesse contexto, a Estratégia Saúde da Família tem se destacado como uma importante alternativa
para a (re) inserção da pessoa em sofrimento mental na sociedade, uma vez que suas equipes
estão inseridas no território, próximo às famílias e comunidades. As políticas de Humanização estão
diretamente relacionadas ao processo de desinstitucionalização da assistência psiquiátrica e
supõem a troca de saberes entre o serviço e a comunidade, o diálogo entre os profissionais e o
desenvolvimento de estratégias de trabalho em equipe. Objetivo: Este trabalho objetiva identificar
e compreender as práticas de cuidado em saúde mental ofertadas por duas Unidades de Saúde da
Família (USF) a partir da perspectivas dos médicos e enfermeiros. Métodos: o trabalho foi realizado
em duas USF. Foram realizadas entrevistas abertas e individuais ao médico e ao enfermeiro de
cada unidade, totalizando quatro entrevistas. As entrevistas foram audiogravadas e transcritas na
íntegra. o material foi submetido à análise seguindo a abordagem qualitativa em e utilizou-se como
ferramenta a Análise de Conteúdo. Resultados: Os resultados foram dispostos em três categorias
que remetem a práticas de cuidado em saúde mental identificadas pelos entrevistados. a categoria
“Acolhimento e Vínculo” aborda as estratégias de cuidado que se pautam no ouvir, estar junto, dar
apoio, que é possibilitado pela proximidade entre serviço e comunidade. Entretanto, estas práticas
ainda estão atreladas a uma perspectiva demasiadamente assistencialista e individual, em que as
queixas são acolhidas no consultório, caso a caso. a categoria “Abordagem multidisciplinar” abarca
as práticas desenvolvidas em conjunto com profissionais de diferentes áreas. Tais ações consistem
no desenvolvimento de algumas atividades grupais e no apoio mútuo entre os profissionais diante
de casos específicos. Embora seja valorizada a troca de saberes entre os profissionais, ainda são
escassas as atividades construídas conjuntamente. a categoria “Medicalização e Encaminhamento”
trata de práticas prioritariamente ancoradas no modelo médico-hegemônico, em que o fazer em
saúde se centra principalmente no profissional médico. Conclusões: Os entrevistados reconhecem
e valorizam as estratégias pautadas na perspectiva biopsicossocial, visando a oferta de um cuidado
mais humanizado, longitudinal e integral. Todavia, observa-se que o cuidado à saúde mental pauta-
se ainda numa lógica centrada na consulta médica, no encaminhamento para especialistas e na
medicalização. Identificar e compreender como são pensadas e executadas as práticas de cuidado
em saúde mental torna-se, portanto, essencial para a consolidação de novas formas de pensar e
fazer saúde, comprometidas com a equidade, a cidadania e o respeito às diferenças.
(Financiamento: FAPESP)
_________________

Frateschi, Mara Soares; Cardoso, Carmen Lúcia. Práticas de Cuidado À Saúde Mental Ofertadas Pela Estratégia Saúde
da Família: Perspectiva dos Médicos e Enfermeiros.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10630

_________________
253
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Micropolítica do Processo de Trabalho: Visita a um Centro de


Saúde da Família
_________________

Ponte, Débora Cardoso Ferreira da; Ruiz, Erasmo Miessa; Costa, Juliana Pessoa;
Maia Neto, José Pereira; Caminha, Emília Cristina C. R.; Silva, Maria Rocineide F.
da; Jorge, Maria Salete Bessa
— debora_ponte@hotmail.com
_________________

Esse relato de experiência nasceu de uma disciplina de Micropolítica do Processo de


Trabalho e Cuidado em Saúde do Mestrado Acadêmico de Saúde Pública da Universidade
Estadual do Ceará. a proposta era uma vivência por meio de uma visitação a um unidade
de saúde para que pudéssemos observar como ocorria a entrada do usuário, assim como
seu permeio entre os serviços ofertados no estabelecimento eleito como campo. Fomos à
Unidade de Saúde Luís Albuquerque Mendes, localizado na Regional IV em Fortaleza, na
perspectiva de observar a micropolítica dos processos de trabalho. a partir disso, foi
elaborado um Fluxograma Analisador de Merhy o que nos permitiu visualizar como ocorria
“o caminhar” do usuário na unidade de saúde elencada. o fluxograma analisador se
constitui num instrumento de análise, que interroga os “para que”, os “que” e os “como” dos
processos de trabalho, e ao mesmo tempo revela a maneira de governá-lo. a idéia de se
operar com instrumentos de natureza analítica apóia-se na proposta de que a construção
de tecnologias que operem com processos auto-analíticos e autogestivos, articuladas às
finalidades dos serviços de saúde, podem ser instrumentos potentes na viabilização do
SUS e na viabilização da Estratégia Saúde da Família. a equipe de visitação procurou,
além de conhecer o território que compreende o Centro de Saúde Luis Albuquerque
Mendes, realizar estudos através dos textos propostos pela disciplina sobre reestruturação
produtiva e assim, fomos capazes de atentar para a estratégia de saúde da família como
ampla detentora de potência, embora algumas vezes essa potência seja capturada por
processos de trabalho mortificados em seu agir, vínculos de trabalho instáveis e estruturas
precárias. Estas questões reverberam diretamente na produção do cuidado ao usuário,
contribuindo com a formação de vínculos frágeis entre estes e os profissionais, ao passo
que legitima e perpetua o modelo assistencial prescritivo. Refletir sobre essas questões é
um passo fundamental para estabelecer rupturas e construir novas possibilidades de
produzir cuidado e autonomia a partir do território em questão. o diálogo entre profissionais
e usuários aponta para a construção de fluxos de cuidado capazes de dar conta da
reestruturação produtiva tão necessária para dar respostas as demandas trazidas
ao/emergidas no serviço, promovendo encontros proativos.
_________________

Ponte, Débora Cardoso Ferreira da; Ruiz, Erasmo Miessa; Costa, Juliana Pessoa; Maia Neto, José Pereira;
Caminha, Emília Cristina C. R.; Silva, Maria Rocineide F. da; Jorge, Maria Salete Bessa. Micropolítica do
Processo de Trabalho: Visita a um Centro de Saúde da Família. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10633

_________________
255
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização das Práticas de Cuidado em Saúde Mental: Perspectiva


dos Usuários Acerca do Cuidado Ofertado por Duas Unidades de Saúde
da Família
_________________

Frateschi, Mara Soares; Cardoso, Carmen Lúcia


Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo —
msfrateschi@hotmail.com
_________________

Introdução: a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem se destacado como uma importante alternativa
para a (re) inserção da pessoa em sofrimento mental na sociedade, em conformidade com os preceitos
da Reforma Psiquiátrica. Neste contexto, as políticas de Humanização estão diretamente relacionadas
ao processo de desinstitucionalização da assistência psiquiátrica, investindo no cuidado de base
territorial e na valorização da pluralidade que compõe as pessoas, as comunidades e as relações.
Assim, torna-se importante reconhecer o usuário como protagonista do sistema de saúde, com
capacidade de se posicionar, avaliando e intervindo, diante do cuidado que recebe. Objetivo:
Identificar e compreender os sentidos atribuídos pelos usuários da ESF às práticas de cuidado em
saúde mental das quais dispõem. Métodos: Foram realizadas entrevistas abertas e individuais a cinco
usuários que recorrem a Unidades de Saúde da Família (USF) com queixas de sofrimento mental. o
trabalho foi realizado em duas USF. As entrevistas foram audiogravadas e transcritas. o material foi
submetido à análise seguindo a abordagem qualitativa e utilizou-se como ferramenta a Análise de
Conteúdo. Resultados: a partir da análise do material, os resultados foram dispostos em quatro
categorias que remetem a diferentes aspectos do cuidado. a categoria “Demanda” aborda os motivos
pelos quais os usuários buscaram o serviço, o que inclui queixas de tristeza, solidão, variação de
humor, sobrecarga de tarefas, conflitos familiares. a categoria “Ações” aborda as alternativas de
cuidado ofertadas pelas USF. As ações citadas foram: consulta médica, atendimento psiquiátrico,
tratamento medicamentoso, psicoterapia e encaminhamento para serviços especializados. a categoria
“Dificuldades” se refere às queixas dos usuários quanto à assistência recebida. As queixas foram:
Necessidade de explorar alternativas não medicamentosas e falta de profissionais qualificados para
uma escuta atenta e transformadora. a categoria “Sugestões” aborda as propostas de melhorias do
cuidado, o que inclui a consolidação de espaços de convivência, maior oferta de profissionais
especializados, maior disponibilidade dos profissionais para ouvir. Conclusões: Os usuários se
posicionaram diante de sua saúde e de suas condições de vida, manifestando-se criticamente sobre a
assistência em saúde mental que recebem. Apesar de identificarem o cuidado recebido como sendo
de ajuda, apontaram para a necessidade de serem consolidados espaços de convivência e troca entre
a comunidade e a equipe, bem como de serem exploradas estratégias que transcendam a lógica
medicamentosa, considerando-se os recursos existentes no território e na rede de apoio de cada
pessoa. As informações dos usuários, por carregarem conteúdos individuais e coletivos, perpassados
por fatores econômicos, sociais, políticos e culturais, constituem peças-chave para a consolidação de
novas formas de pensar e agir em saúde, mais humanas e universais. (Financiamento: FAPESP)
_________________

Frateschi, Mara Soares; Cardoso, Carmen Lúcia. Humanização das Práticas de Cuidado em Saúde Mental: Perspectiva
dos Usuários Acerca do Cuidado Ofertado por Duas Unidades de Saúde da Família.. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10629

_________________
252
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atenção À Primeira Infância na Estratégia de Saúde da Família: a


Experiência do Cuidado Humanizado
_________________

Tardiani, Fernanda Gasparini; Fukui, Marcela Stábile da Silva; Damian, Patrícia Bombicino
Nucleo de Saúde da Família 2 da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP — fer.gasp@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a estratégia de saúde da Família realiza o acompanhamento das pessoas nos


diferentes ciclos de vida, por meio de atenção integral e contínua ao individuo e sua família, atuando
por meio da prevenção e promoção da saúde dentro do contexto social em que estão alocados. a
política nacional de humanização corrobora com essa prática e incentiva a valorização dos sujeitos
envolvidos no processo de cuidado, bem como a reflexão nos modos de se produzir saúde,
lançando mão de ferramentas que potencializam a construção do vínculo, da corresponsabilização
e de um processo de cuidado eficaz. Objetivo: Discutir a atuação da equipe de saúde perante um
caso clínico que evidenciou questões que ultrapassavam a barreira do cuidado biológico e refletir
sobre a percepção cotidiana de que nem sempre a melhor evidência científica produz melhor
resultado e satisfação. Métodos: Trata-se de relato de experiência de cuidado multiprofissional em
Núcleo de Saúde da Família (NSF). Foram realizadas análises do prontuário familiar e individual e
das discussões em reunião de família. a mãe de 31anos teve parto cesárea; filha recém-nascida
(RN) a termo, no nascimento pesava 3220g, estatura de 48,5cm, Apgar 10/10. aos 21 dias de vida
a RN mantinha peso 8% abaixo do de nascimento e não possuía direito ao convênio médico
materno. Resultados: a mãe busca o NSF após orientação da agente comunitária de saúde,
inicialmente com resistência ao serviço por desconhecer sua atuação e, atrelado a isso,
demonstrava grande preocupação com o ganho de peso inadequado da filha e dificuldade em
amamentar. Mãe e filha foram acolhidas, realizou-se orientação sobre aleitamento materno,
enfatizando sua importância e técnica adequada. Sem sucesso, foi utilizada medicação na tentativa
de aumentar a produção de leite e diminuir ansiedade materna bem como a irritabilidade da criança.
a mãe comparecia semanalmente no NSF para avaliação do peso da RN, permitindo estreitamento
do vínculo. Diante da estafa materna, foi introduzido fórmula láctea artificial, no copinho e/ou sob
técnica de relactação, após oferecer seio materno. Mantendo o estresse da mãe, o prejuízo evidente
de sua autoestima, e os entraves que se estava criando na relação mãe-filho, orientou-se aumentar
a quantidade de fórmula já na mamadeira. Dessa forma, obteve-se crescimento e desenvolvimento
adequado de uma criança que estava em risco de subnutrição, com qualidade de vida e
estreitamento dos laços materno-infantil e da família com o NSF. Conclusão: o processo de cuidar
está atrelado a compreender o contexto dos sujeitos envolvidos, lidando muitas vezes com
ambiguidades e incertezas. a humanização deste processo permite que se ultrapasse a barreira da
teoria e evidencia que a satisfação com o cuidado e a aquisição de saúde no seu significado mais
amplo é proporcional à interligação que o profissional consegue exercer entre ciência e arte, ou
seja, entre conhecimento técnico e relação profissional-paciente.
_________________

Tardiani, Fernanda Gasparini; Fukui, Marcela Stábile da Silva; Damian, Patrícia Bombicino. Atenção À Primeira Infância
na Estratégia de Saúde da Família: a Experiência do Cuidado Humanizado. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10614

_________________
245
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Escuta Psicológica de Mães Acompanhantes em Sala de


Espera de Oncologia Pediátrica
_________________

Shioga, Julia Evangelista Mota; Damasceno, Brenna Paula; Azevedo, Priscilla


Caroliny R. de; Alcântara, Tainara Vasconcelos; Lage, Ana Maria Vieira; Maia,
Anice Holanda Nunes
Universidade Federal do Ceará — juliashioga@hotmail.com
_________________

Introdução: Quando o diagnóstico de câncer infantil é comunicado aos pais, provoca a sensação
de subversão da ordem natural da vida e a possibilidade de morte de um ser que está em pleno
desenvolvimento, suscitando nos familiares sentimentos de medo, ansiedade, angústia e
desespero. para garantir o processo de cuidado, faz-se necessário um rearranjo familiar, a fim
de que a criança seja acompanhada por um dos familiares em todas as etapas do tratamento.
nas práticas de cuidados de saúde no contexto familiar, na maioria das vezes, o cuidado é
desempenhado pelas mulheres, e no caso da oncopediatria, as mães. As mães acompanhantes
têm que se adaptar ao novo cotidiano, tendo muitas vezes que se mudar para a metrópole, deixar
o cuidado dos demais filhos com outros familiares e abandonar o emprego e os afazeres
domésticos. a permanência do acompanhante ao lado da criança com câncer o torna um agente
importante no cuidado e no tratamento, uma vez que possibilita à criança uma sensação de
familiaridade e segurança no ambiente hospitalar. Portanto, são realizadas intervenções
psicológicas com o acompanhante, que indiretamente também repercutirão positivamente no
tratamento do paciente. Objetivos: o presente trabalho busca descrever o perfil
sociodemográfico e assistencial e avaliar as demandas por escuta psicológica de mães
acompanhantes cujos filhos realizaram exames invasivos para diagnóstico ou avaliação da
evolução do tratamento do câncer em um serviço de referência em oncologia pediátrica. As
intervenções psicológicas foram realizadas na sala de espera de exames invasivos da instituição.
Métodos: Realizou-se um estudo exploratório transversal descritivo a partir da análise dos
registros das intervenções psicológicas realizadas na sala de espera da referida unidade no
período de 01.09.2011 a 31.08.2012. Resultados: Foram realizados 505 atendimentos. Os
dados sociodemográficos dos acompanhantes revelam que 85,05% são mães entre 19 e 40 anos
(72,48%). 62% são provenientes do interior do Estado e 74% cursaram até o Ensino Médio.
Quanto à demanda dos acompanhantes por escuta psicológica, 62,19% foram realizadas de
forma individualizada e 24,39% com a díade acompanhante/paciente acima de 11 anos.
Conclusões: a mãe acompanhante, diante dos exames invasivos, depara-se com medos e
expectativas acerca do êxito do tratamento e do seu esforço do cuidado materno. Desse modo,
necessitam verbalizar. a fala, nesse contexto, supõe a necessidade premente de organização
psicológica para estar presente nos momentos de tensão, por isso demandam ser escutadas.
Nesse contexto, a psicoterapia breve de apoio se configura como uma estratégia importante para
alívio da ansiedade, além de proporcionar o fortalecimento de recursos psicológicos de
enfrentamento e aceitação da doença. Os resultados permitiram aprimorar as intervenções
psicológicas na sala de espera, tornando-as adequadas às demandas e à escolaridade das
acompanhantes.
_________________

Shioga, Julia Evangelista Mota; Damasceno, Brenna Paula; Azevedo, Priscilla Caroliny R. de; Alcântara,
Tainara Vasconcelos; Lage, Ana Maria Vieira; Maia, Anice Holanda Nunes. Escuta Psicológica de Mães
Acompanhantes em Sala de Espera de Oncologia Pediátrica. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10623

_________________
249
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Qualidade de Vida do Trabalhador da Saúde: Papel do


Gestor no Contexto
_________________

Santiago, Alessandra; Martins, Marcia; Benevides, Ana Lucia; Mezzomo, Augusto Antonio
Instituto Central do Hospital das Clínicas — alessandra.santiago@hc.fm.usp.br
_________________

INTRODUÇÃO: a qualidade de vida do trabalhador da saúde é um dos focos de atuação da rede de


humanização de um hospital público da cidade de São Paulo. Seu quadro de pessoal abrange
aproximadamente 6000 colaboradores. o cotidiano de vida desses colaboradores requer uma atenção dos
gestores tendo em vista não só a situação de estresse vivenciada por eles no ambiente hospitalar, mas
também a sobrecarga emocional e social decorrentes da vida na cidade grande. Analisando este contexto a
rede e humanização planejou um ciclo de palestras para a liderança com espaço para debates e os temas
abordados eram pertinentes e de grande interesse dos colaboradores e liderança. Os temas escolhidos e
desenvolvidos foram: “A Humanização com Foco na Saúde do Trabalhador, Arquitetura Hospitalar e
Ambiência Interferência na Qualidade de Vida”. ”Projeto Cuidando de Quem Cuida” OBJETIVOS:
Conscientizar a liderança sobre a importância da promoção da qualidade de vida do trabalhador da saúde no
seu cotidiano de trabalho no hospital. Estimular a corresponsabilidade da liderança na garantia de um
ambiente seguro e saudável para o desempenho das atividades do trabalhador da saúde..METODO:
Planejamento e realização de ciclo de palestra sobre a qualidade de vida do trabalhador da saúde;Avaliação
do ciclo e análise das críticas e sugestões dos líderes.Elaboração de planos de ação subsidiados pelas
sugestões dos líderes.RESULTADOS:O ciclo de palestra atingiu o objetivo esperado como mostram os dados
da avaliação: Relevância dos temas abordados: 92% dos participantes consideraram excelente e bom;86%
consideram que se aplica à sua realidade;70 % consideraram que houve equilíbrio entre a teoria e
prática.Podemos observar a grande aceitação dos temas escolhidos, os dados apontam resistência da
aplicação na prática. Foram apresentadas 114 sugestões que subsidiarão os planos de ação da rede junto às
lideranças. CONCLUSAO: a maior parte dos programas desenvolvidos em hospitais de treinamento e
capacitação do trabalhador da saúde, está voltada para a parte técnica de sua função e não relacionam com
as condições de trabalho necessárias para um bom desempenho.Nos dias atuais já se observa uma maior
preocupação dos gestores dos hospitais em relação à qualidade de vida do trabalhador e vários programas
preventivos estão sendo desenvolvidos mas por outro lado nem sempre a liderança se compromete ou está
envolvida.A rede de humanização pretende reforçar junto as lideranças a importância do seu envolvimento
para garantia da promoção da saúde e satisfação do trabalhador resultando num melhor desempenho e na
humanização do ambiente hospitalar. a maior parte dos programas desenvolvidos em hospitais de
treinamento e capacitação do trabalhador da saúde, está voltada para a parte técnica de sua função e muitas
vezes Nem sempre os hospitais em seus programas de treinamento e de capacitação abordam sobre as
condições de trabalho necessárias para um bom desempenho do trabalhador em suas funções .Nos dias
atuais já se observa uma maior preocupação dos gestores dos hospitais em relação à saúde do trabalhador
e vários programas preventivos estão sendo desenvolvidos mas por outro lado nem sempre a liderança se
compromete ou é envolvida neste processo.A rede de humanização pretende reforçar junto as lideranças a
importância do seu envolvimento para garantia da promoção da saúde e satisfação do trabalhador resultando
num melhor desempenho e na humanização do ambiente hospitalar.
_________________

Santiago, Alessandra; Martins, Marcia; Benevides, Ana Lucia; Mezzomo, Augusto Antonio. Qualidade de Vida do
Trabalhador da Saúde: Papel do Gestor no Contexto. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10625

_________________
250
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização: Cuidado com a Finitude e o Morrer


_________________

Barroco, Maria de Fatima Candido; Ferraz, Dayse M. de Melo Coelho; Oliveira,


Maridite C. Gomes de; Oliveira, Marli Goulart T.; Muller, Walter
Hospital Geral de Sao Mateus — mfatimabarroco@ig.com.br
_________________

Introdução: a dificuldade dos profissionais da saúde em lidar com o processo da morte e


do morrer ao abordar essa etapa da vida na assistência hospitalar, a demanda de
acolhimento ao cliente e seus familiares nesse momento, levaram a instituição de saúde a
desenvolver um projeto que respondesse a essas necessidades. Objetivo: Desenvolver
um conjunto de ações que dessem suporte aos profissionais de saúde para lidar com o
processo da morte e do morrer nessa etapa da vida para o acolhimento aos familiares.
Método: Criação de Grupo de Trabalho (GT) multidisciplinar, com formação no tema,
realização de pesquisa aplicada aos funcionários da instituição, para avaliar dificuldades
para lidar com o problema, promoção de palestras e oficinas de sensibilização, capacitação
com o Curso RIME (Relaxamento, Imaginação criativa e Espiritualidade) técnica para lidar
com pacientes em terminalidade. Resultados: Desde o início os atendimentos, que eram
realizados em duplas, tiveram os resultados mais que satisfatórios. de um lado os
pacientes que, apesar do momento doloroso, manifestavam primeiro a surpresa pelo apoio
que recebiam e explicitamente agradeciam e tornavam-se mais seguros na forma de
enfrentamento de sua dor. de outro lado, os profissionais também passaram a buscar o
apoio do grupo, antes mesmo de dar a notícia que mais tinham dificuldade. a instituição
vem desenvolvendo este projeto há cinco anos, tendo realizado, aproximadamente, 215
acolhimentos entre assistência aos familiares e aos pacientes, e elaborou um protocolo
para esse atendimento, que pode ser solicitado pelos profissionais das várias clínicas para
assistência pré ou pós finitude, e orientação à família e/ou aplicação da técnica RIME. o
grupo mantêm reunião mensal com os participantes atuantes para trocas de experiências,
suporte emocional, estudos de casos e para realização de cursos visando a formação de
novos integrantes. Conclusões: a experiência mostra que esta iniciativa inovadora é bem
recebida tanto por profissionais técnicos e administrativos como pelas pessoas acolhidas.
Pudemos perceber a importância dessas ações através de posturas profissionais mais
humanas e compreensivas nos momentos difíceis de comunicação seja com os pacientes,
seja com os familiares ou os profissionais que têm buscado apoio do grupo para lhes dar
suporte, orientação e continência para suas necessidades. Também observamos que os
familiares sentem-se apoiados e conseguem elaborar suas perdas de maneira menos
desestabilizadora. Esta iniciativa tem promovido um melhor entendimento do processo de
vida/morte, possibilitando uma assistência humanizada e respeitosa àqueles que
vivenciam este momento doloroso da vida em sua trajetória. “Na verdade, para morrer não
é necessária nenhuma arte, pois é uma coisa espontânea; mas morrer bem é a arte das
artes.” Comenius - “A arte de morrer” – Organizador Franklin Santana, vol. 3,pág. 3
_________________

Barroco, Maria de Fatima Candido; Ferraz, Dayse M. de Melo Coelho; Oliveira, Maridite C. Gomes de;
Oliveira, Marli Goulart T.; Muller, Walter. Humanização: Cuidado com a Finitude e o Morrer. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10628

_________________
251
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Relato de Experiência em uma Unidade Básica de Saúde de


Maceió: a Visão do Usuário Sobre o Direito à Saúde.
_________________

Dantas, Lourena Gonçalves; Santo, Karlla Gabrielly Claudino; Anjos, Samila F.


dos Santos; Oliveira, Paula Pires de; Cardoso, Saulo Batinga; Almeida, Daniel
Ferreira
Universidade Federal de Alagoas (Ufal) — lourena13@hotmail.com
_________________

Introdução a saúde é um direito fundamental de qualquer cidadão que deve ser garantido pelo
Estado, como consta na Constituição Federal de 1988. a organização e o funcionamento da rede
de atenção à saúde não são de conhecimento da maioria dos usuários, fato que se reflete nas
criticas negativas a assistência da unidade básica de saúde. Conhecer este direito fundamental
é essencial para compreensão dos serviços que são ofertados e como eles se articulam na
promoção, prevenção e reabilitação da saúde. Metodologia: o objetivo do resumo é relatar a
experiência dos alunos do curso de medicina de uma liga acadêmica numa unidade básica de
saúde de Maceió, onde foi abordado o tema direito à saúde. a atividade na UBS começou com
o grupo se apresentando e mostrando como seria a dinâmica para que os usuários se sentissem
à vontade em participar, além de deixar o ambiente mais descontraído. a primeira dinâmica foi
baseada no repasse de um objeto, enquanto um membro do grupo ficava de costas. ao comando
de “pare”, a pessoa que ficava com o objeto era a escolhida. na segunda atividade, duas caixas,
uma com 10 figuras sobre hábitos de vida e outra com 10 perguntas sobre direitos à saúde, foram
usadas conforme a indicação aleatória das pessoas. Primeiramente, foi utilizada a caixinha com
as figuras. Nessa atividade, foram associados cartazes, um com o título “hábitos ruins” e outro
com “hábitos bons”. a pessoa foi perguntada sobre o que ela achava da figura e onde ela a colaria
no cartaz. a cada figura colada, os integrantes da liga contribuiriam mostrando a importância da
mudança dos hábitos de vida e incentivando a promoção da saúde. Depois, aconteceu o mesmo
método com a outra caixa. Nessa, o grupo lia as perguntas, escutava a opinião deles e depois
explicava o tema. Resultados Os usuários presentes participaram ativamente das dinâmicas
respondendo as perguntas, expondo suas opiniões e tirando suas dúvidas. Antes de entrar no
tema direito à saúde, a atividade sobre estilo de vida saudável apenas constatou que os usuários
sabiam muito bem dos hábitos ruins e bons. Já abordando o tema, o conceito de saúde era
compreendido pela maioria como o bem-estar geral do indivíduo no âmbito biopsicossocial. em
relação aos serviços ofertados, percebeu-se que eles não sabiam como funciona a unidade
básica de saúde nem quais os seus principais objetivos que são a promoção da saúde e a
prevenção de doenças. Os usuários confundem muito atenção primária com serviços de alta
complexidade, a maioria tem a visão de que apena o especialista resolve o problema. a partir
das respostas que eram dadas, os membros da liga tiravam as dúvidas e esclareciam os
principais direitos do usuário à saúde, mostrando a importância que um líder teria na comunidade
para poder cobrar por melhorias. Conclusões Esclarecer as dúvidas desses pacientes pode
ajudar na conscientização dos problemas enfrentados e, assim, favorecer positivamente no
entendimento de como se organiza e funciona a rede de serviços de saúde, principalmente a
atenção primária.
_________________

Dantas, Lourena Gonçalves; Santo, Karlla Gabrielly Claudino; Anjos, Samila F. dos Santos; Oliveira,
Paula Pires de; Cardoso, Saulo Batinga; Almeida, Daniel Ferreira. Relato de Experiência em uma Unidade
Básica de Saúde de Maceió: a Visão do Usuário Sobre o Direito À Saúde.. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10615

_________________
246
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo de Jornal: Abordagem Terapêutica Sociocultural na


Reabilitação dos Transtornos Mentais
_________________

Lima, Adriane Bacellar Duarte; Sant, Renato Del


Hospital Dia do Ipq-HCFMUSP — adrianebd@uol.com.br
_________________

Introdução: a experiência de adoecimento decorre, muitas vezes, em desinteresse ou


afastamento do mundo externo, acentuando-se as vivências autísticas. com as novas
diretrizes de Atenção à Saúde Mental, modalidades de atendimento vem sendo redefinidas,
voltadas não somente para a remissão sintomatológica, mas levando em consideração o
resgate da cidadania e a reinserção psicossocial do individuo. Nesse sentido, a ênfase na
criação de serviços que privilegiam a interação social tem sido fundamental. o tratamento
passou a incluir abordagens e métodos terapêuticos grupais que estimulam o
desenvolvimento de potencialidades, da autonomia e da subjetividade, procurando reduzir
o impacto que a doença mental traz. o grupo de jornal é uma atividade terapêutica de um
centro de tratamento interdisciplinar para doentes mentais. Objetivos: Ampliar o contato
do paciente com a realidade imediata e cotidiana, bem como trabalhar a organização
interna e estimular cognitivamente o individuo como um ser sociocultural. Métodos: a
atividade é desenvolvida em um espaço aberto de convivência, com duração de uma hora,
coordenada pela psicóloga da equipe interdisciplinar e colaboradoras. Num primeiro
momento, os pacientes escolhem temas de relevância, que aconteceram durante a
semana. a seguir, procura-se no jornal as notícias relacionadas, que são lidas em voz alta
para todos, ampliando o repertório sobre o assunto. Todos são estimulados a participar
verbalmente, buscando uma comunicação colaborativa. a etapa final do grupo destina-se
às matérias a serem escolhidas e escritas pelos pacientes. o prazo de entrega, depende
da capacidade de execução de cada paciente ao longo do mês. Toda semana, discute-se
a evolução do material. Os pacientes têm acesso à internet para as pesquisas individuais
e recebem suporte das psicólogas. Prontas, as matérias são afixadas em um mural.
Resultados: Além do exercício de socialização e incremento cultural, há uma melhora da
iniciativa, motivação, concentração e organização mental. Observa-se que o paciente
adquire autonomia para desenvolver seu trabalho de acordo com suas condições psíquicas
e intelectuais, a partir da ampliação do contato com a realidade imediata e cotidiana. Temos
observado ainda, uma mudança na auto estima dos pacientes, que se apropriam
novamente da sua capacidade de pensar sobre o mundo e se tornam sujeitos de uma ação
produtiva que fica literalmente impressa no ambiente. Conclusões: Promover a reinserção
social, implica no desenvolvimento de novas formas de se comunicar e se expressar,
interagir com o outro, posicionar-se no ambiente, fazendo parte de um universo social, não
mais pela patologia. o grupo de jornal é uma ferramenta legítima no tratamento das
pessoas com transtorno mental.
_________________

Lima, Adriane Bacellar Duarte; Sant, Renato Del. Grupo de Jornal: Abordagem Terapêutica Sociocultural na
Reabilitação dos Transtornos Mentais. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10617

_________________
247
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Papel do Setor da Recepção dos Serviços de Saúde Dentro da


Política de Humanização do SUS
_________________

Vieira, Rebeca Yasmin Ribeiro; Silva, Lunagyla Nunes da; Ribeiro, Ana Carla
Andrade; Abud, Ana Cristina Freire
Universidade Federal de Sergipe — ryasminrv@gmail.com
_________________

Introdução a recepção de um serviço de saúde deve ser tratada de uma forma


diferenciada dos outros serviços, visto que é o primeiro contato do usuário com o
atendimento. no caso de uma unidade de urgência essa necessidade se faz ainda mais
evidente, visto que o usuário que chega possui uma queixa mais imediata que exige uma
maior atenção no primeiro contato. Objetivos Investigar o entendimento dos funcionários
da recepção a respeito das políticas de humanização, bem como compreender a relação
entre o setor da recepção com os outros setores da Unidade. Métodos Observação
passiva da dinâmica do atendimento na recepção durante 8 horas semanais e aplicação
de questionário com 12 perguntas subjetivas com funcionários do setor. Resultados
Evidente falha na comunicação entre a recepção e outros setores da unidade e seus
funcionários compreendem pouco ou quase nada da política de humanização do SUS além
de desempenharem funções que não lhes são devidas, como por exemplo, a classificação
de risco. Conclusões: o setor da recepção é frequentemente deixado de lado e visto com
inferioridade, seus funcionários acabam realizando por conta própria serviços
negligenciados por outros setores, como a classificação de risco, o que também é
influenciado pelo desconhecimento da politica de humanização fazendo com que não
saibam onde se encaixam no serviço o que lhes é devido. Todos esses fatores só
evidenciaram a necessidade de implementação de uma política de formação continuada
dos profissionais de saúde, voltada para humanização e trabalho interprofissional com
vistas ao aperfeiçoamento do atendimento prestado aos usuários do SUS, além de maiores
investimentos na construção coletiva de protocolos para melhor comunicação entre os
profissionais. Destacamos ainda que os profissionais da recepção demandam uma atenção
humanizada para melhor compreensão do seu importante papel e para lidar com os
diversos conflitos da relação saúde-doença, de forma a prestar um serviço mais qualificado
à população, com amplo conhecimento e reflexão acerca dos direitos e deveres, seus e
dos usuários.
_________________

Vieira, Rebeca Yasmin Ribeiro; Silva, Lunagyla Nunes da; Ribeiro, Ana Carla Andrade; Abud, Ana Cristina
Freire. Papel do Setor da Recepção dos Serviços de Saúde Dentro da Política de Humanização do Sus. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10621

_________________
248
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atuação Multiprofissional com Alunos no Eixo Trabalho em Saúde:


Processo de Aprendizagem Pela Prática
_________________

Lemes, Maria Helena Carvalho; Nakabayashi, Alex; Uchoa, Lucia; Aveiro, Mariana
Universidade Federal de São Paulo — mariahelenaclemes@gmail.com
_________________

Introdução: a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) campus Baixada Santista desde o
primeiro ano da graduação oferece a oportunidade dos alunos apreenderem pela prática através
dos seus eixos. o eixo trabalho em saúde no terceiro ano possibilita que os alunos em equipe
multiprofissional sigam um caso indicado pela equipe de um equipamento de saúde, assim a usuária
P. foi encaminhada para atendimento por ser diagnosticada com Transtorno do Pânico e Depressão
após sentir os primeiros sintomas como: taquicardia e mal estar físico. Tais fatores foram
decorrentes da morte de um primo próximo de P., o qual era considerado como um irmão. com isso,
P. Iniciou o tratamento sendo atendida por um psiquiatra e posteriormente por um psicólogo da rede
do SUS. a princípio foram-lhe receitados medicamentos para amenizar as crises que vinha
sofrendo. a equipe de estudantes da a acompanha desde 2011, e foi observado que tanto o TP e a
depressão afetam não só o corpo do sujeito, mas também seus pensamentos, emoções e sua forma
de se relacionar no e com o mundo. Nesse período P. Foi afastada do emprego e também passou
por uma gravidez. Atualmente, seu filho está com um ano de idade e P. Ainda encontra-se afastada
do trabalho sem receber benefício algum, possuindo apenas ajuda financeira da família e das
vendas de bijuterias que ela mesma produz. Objetivos: o principal objetivo do acompanhamento
terapêutico é ampliar a cadeia de cuidado em saúde, centrada no indivíduo, possibilitando seu
acesso a outras redes de apoio. e com isso promover a autonomia do sujeito a fim de fortalecer
suas relações sociais no meio em que vive. Métodos: Além da utilização de medicamentos por P.,
ela também passou pelo atendimento individual com o psicólogo e visitas domiciliares pela equipe
multidisciplinar de estudantes. a equipe foi composta pelas diferentes áreas da saúde como:
psicologia, terapia ocupacional, fisioterapia e educação física. nas visitas eram realizadas ações
para criação de vínculo com a usuária e fortalecimento da autonomia por parte da mesma. Além
disso, os estudantes se reuniam no serviço de Atenção Básica para discussão do caso com intuito
de dar continuidade ao processo, centrando nas reais necessidades do sujeito acompanhado.
Resultados: As ações desenvolveram-se a partir das relações traçadas com P., as quais foram
importantes momentos de escuta por parte dos estudantes para criação e efetivação do vínculo
entre eles e a usuária. Tais encontros possibilitaram a atribuição de significados subjetivos, tanto
por P. como por seus acompanhantes. com isso, as visitas serviram para que P. conseguisse
superar as crises vivenciadas nesta fase de sua vida e atualmente foi nítida sua transformação na
maneira de encarar tal processo. Conclusão: a experiência de traçar coletivamente em equipe um
projeto terapêutico singular fez com que ampliasse a percepção dos estudantes em relação a essa
forma de tratar o sujeito. Além disso, foi muito marcante observar a evolução da usuária durante
todo o processo e vínculo estabelecido com a mesma.
_________________

Lemes, Maria Helena Carvalho; Nakabayashi, Alex; Uchoa, Lucia; Aveiro, Mariana. Atuação Multiprofissional com
Alunos no Eixo Trabalho em Saúde: Processo de Aprendizagem Pela Prática. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10610

_________________
242
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanizar é Dar Voz: a Experiência de um Grupo de Apoio ao


Adolescente com Câncer
_________________

Lima, Maria Juliana Vieira; Shioga, Julia Evangelista Mota; Silva, Emanuelly Mota; Maia,
Anice Holanda Nunes; Lage, Ana Maria Vieira
Universidade Federal do Ceará — mjulianavlima@hotmail.com
_________________

A adolescência é um período que traz mudanças a nível corporal e social. É o período em que
surgem novas possibilidades e escolhas, mudanças hormonais e a descoberta de impulsos sexuais,
sentimentos e novas vivencias em relacionamentos fora do contexto familiar. no entanto, mesmo a
adolescência trazendo o sentimento do novo, o adolescente não está imune de um fator que pode
desencadear mudanças irreversíveis: o câncer. Sendo assim, o tratamento pode modificar a
autoestima e sua forma de lidar com o mundo, além de alterar a rotina e trazer mudanças de sonhos
e investimentos. Pautando-se em uma estratégia de fortelecimento da autonomia dos usuários, em
2013 foi iniciado um grupo de apoio aos adolescentes com câncer, com a participação das equipes
de Psicologia e Terapia Ocupacional de um centro hospitalar de tratamento oncológico infanto-
juvenil. o grupo era aberto e tinha caráter educativo e de apoio emocional. o objetivo do presente
trabalho é relatar a experiência de atuação no grupo, levantando aspectos significativos à temática
e explanando sobre os resultados iniciais dos encontros. a relevância do grupo se deu pela
importância de um olhar diferenciado para o adolescente com câncer, reconhecendo que a doença
não anula as particularidades dessa fase, observando se existem e quais são as mudanças
significativas nesse processo de tratamento, além de prestar apoio ao adolescente com câncer, no
que tange a suas demandas relacionadas ao adoecimento e hospitalização, bem como a demandas
outras relacionadas ao seu modo próprio de ser e estar no mundo. o grupo de Apoio ao Adolescente
com Câncer ocorria semanalmente, pelo período de duas horas no espaço do hospital destinado
aos adolescentes, local de apropriação e identificação pelo público-alvo. a faixa etária de
frequentadores variou de 11 a 17 anos e teve boa aceitação pelos profissionais, familiares e,
principalmente, pelos pacientes. Foram realizados 11 encontros, com participação de, em média, 5
adolescentes por encontro; os temas eram escolhidos por eles e os mais discutidos foram sobre
relações sociais: amizades, família, infância; questões de cunho social: regras, preconceito; e
questões relativas à doença e ao tratamento. Utilizou-se dinâmicas, letras de músicas e outros
recursos que possibilitaram a maior participação dos integrantes e tornaram os encontros mais
interativos. Percebeu-se que o grupo promoveu cooperação entre os membros, além de propiciar
um suporte acerca da hospitalização e do tratamento; formaram-se vínculos entre os participantes
e os mesmos tornaram-se mais solícitos à equipe de saúde. a estratégia do grupo de apoio “deu
voz” aos usuários que tornaram os encontros momentos de debate, trocas e vivências; auxiliando
na adesão ao tratamento, fortalecendo a autonomia dos integrantes e possibilitando o protagonismo
no processo saúde-doença.
_________________

Lima, Maria Juliana Vieira; Shioga, Julia Evangelista Mota; Silva, Emanuelly Mota; Maia, Anice Holanda Nunes; Lage,
Ana Maria Vieira. Humanizar É Dar Voz: a Experiência de um Grupo de Apoio ao Adolescente com Câncer. In: Anais
do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10611

_________________
243
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Dez Anos do Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Residente:


Lições Aprendidas
_________________

Afonso, Denise Herdy; Pedreira, Luanda D. Cruz; Dieguez, Daniela Sobrino; Pimenta,
Daniela T.; Cintra, Sarah Reis; Durante, Luciana R. de O.; Brasil, Cristiana
Hospital Universitário Pedro Ernesto — nappre.cda@gmail.com
_________________

Introdução. em 2004, a Coordenadoria de Desenvolvimento Acadêmico de um Hospital


Universitário cria o Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Residente. Este oferece um espaço de
reflexão, suporte e orientação à Residentes e Programas de Residência (coordenadores e
preceptores). Constituído por profissionais de diferentes áreas, tem por objetivo aprimorar
estratégias que favoreçam a integração dos diferentes atores do cenário de formação visando o
desenvolvimento de práticas integrais em saúde. As ações em 10 anos tiveram impactos
positivos no processo de ensino-aprendizagem. Objetivo. Compartilhar experiência e resultados
do trabalho desenvolvido. Métodos. Revisão do material produzido pelo Núcleo e análise dos
resultados. Resultados. Desde sua criação, são realizados atendimentos clínicos-psicológicos
e pedagógicos que visam reflexão junto ao Residente e/ou Programas dos recursos
internos/emocionais e Institucionais que favoreçam o aproveitamento do processo formativo.
Foram realizados grupos de reflexão com preceptores (foco no processo de ensinagem e
identificação de estratégias de cuidado) e de residentes (foco no processo de aprendizado em
serviço, características e desafios). Orientação e capacitação pedagógica com foco no
aprimoramento dos processos avaliativos, construção do planejamento pedagógico e
desenvolvimento de estratégias didáticas que priorizem metodologias ativas de aprendizagem.
a Ambientação dos residentes iniciada há nove anos tem objetivo de acolher os Residentes em
atividades que favoreçam trabalho multiprofissional, buscando promover integração entre eles,
deles com os atores envolvidos na formação e com a Instituição. o projeto de extensão Educação
na Saúde Mediada pelo Cinema Traz a experiência de aprendizagem potencializada pela
imagem baseia-se no conceito de Educação Permanente, permite o (re)conhecimento de si e do
mundo e favorece criatividade na resolução de problemas. em 2009 o Núcleo organizou o Fórum
Permanente de Residência para preceptores. Abordaram-se conceitos e práticas de preceptoria.
Desses encontros surgiu a demanda por capacitação pedagógica de preceptores. em 2010, teve
início o Curso de Formação Pedagógica para a Prática da Preceptoria que é uma estratégia de
Educação Permanente em Saúde. Desde 2006 participa das reuniões ordinárias da Comissão
Nacional de Residência Médica (COREME) e Comissão Nacional de Residência Multiprofissional
e em Área Profissional da Saúde (COREMU) como um órgão consultivo para questões
psicopedagógicas de Residentes desde 2010. Conclusão. Percebemos que instituir espaços de
reflexão possibilita integração, interdisciplinaridade e avaliação do processo de ensinagem e de
trabalho. Assim, permite o aprendizado permanente em saúde e ativação de processos de
mudança na formação dos profissionais.
_________________

Afonso, Denise Herdy; Pedreira, Luanda D. Cruz; Dieguez, Daniela Sobrino; Pimenta, Daniela T.; Cintra, Sarah Reis;
Durante, Luciana R. de O.; Brasil, Cristiana. Dez Anos do Núcleo de Apoio Psicopedagógico ao Residente: Lições
Aprendidas. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10612

_________________
244
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Desenvolvimento de Ações de Humanização Através um


Planejamento Participativo em Hospital Municipal em São
Paulo
_________________

Ribeiro, Manoel Carlos Sampaio de Almeida; Pint, Antonio Carlos Guimarães S.;
Cuginotti, Aloisio A.; Murakami, Valdemar; Irano, Rosangela; Lima, Sabrina
FCMSCSP — mcrmacal@gmail.com
_________________

Introdução: a PNH é definida como uma política transversal, que perpassa as diferentes ações
e instâncias gestoras do SUS, orientada pela valorização da autonomia dos usuários,
trabalhadores e gestores, pela construção de vínculos solidários e pelo compromisso com a
ambiência, melhoria das condições de trabalho e assistência. Assim a humanização é tida como
uma referência para realização de mudanças para melhoria da qualidade da assistência e para
enfrentamento dos desafios da gestão hospitalar. Objetivo: incrementar as ações de
humanização no hospital através de oficinas de planejamento participativo. Metodologia: como
estratégia de intervenção foi desenvolvida uma capacitação composta por discussões teórico-
práticas, leituras e oficina de planejamento com profissionais de saúde do hospital. em função
das limitações de tempo, optou-se por trabalhar com 3 áreas do hospital: maternidade,
emergência e UTI. Além disso, estrategicamente, escolheu-se como tema norteador da oficina
de planejamento a inserção da rede social e afetiva dos usuários nos espaços assistenciais,
entendendo que a implementação desta diretriz da PNH exige uma série de pré-condições
relacionadas as demais diretrizes. a oficina de planejamento foi realizada com grupos de trabalho
representativos de cada área (45 pessoas), utilizando uma “Matriz SWOT” e Planejamento
Participativo. Resultados: no hospital já existe implantado um GTH no entanto as ações ainda
são incipientes, em fase de transição da gestão. As grandes diretrizes da Política Nacional de
Humanização como, por exemplo, a Visita Aberta, a prática da Clínica Ampliada e até mesmo a
Classificação de Risco ainda não estão totalmente disseminadas no hospital, que carece de um
planejamento mais amplo e envolvente. na área de Obstetrícia as ações de humanização estão
melhor desenvolvidas, contemplando a presença do familiar no momento do parto As questões
referentes à Humanização na UTI e na área da Emergência são muito pontuais e pouco
representativas das necessidades da população assistida. Principais resultados: na UTI: Ter a
equipe multiprofissional completa (EQUIPE TÉCNICA); Reforma da UTI (AMBIÊNCIA); Melhorar
a comunicação com familiares (RELAÇÃO INTERPESSOAL) na MATERNIDADE: Aumentar a
privacidade das parturientes cortinas nos:boxes (AMBIÊNCIA); Elaboração de uma Cartilha do
Usuário (RELAÇÃO INTERPESSOAL); Implantar a manutenção preventiva regular
(EQUIPAMENTOS) na EMERGÊNCIA: Implantar o Grupo de Trabalho de Humanização
(GESTÃO); Reformar o PS para adequar à demanda e melhorar as condições assistenciais ao
doente (AMBIÊNCIA); Realizar Seminário “Acolhimento com Classificação de Risco” e Melhorar
a comunicação equipe técnica e os familiares (COMUNICAÇÃO) Conclusão: Houve uma
importante mobilização no hospital; um plano aplicativo de ações com cronograma foi
desenvolvido deverá ser implementado e avaliado em 4 meses; o GTH está sendo reativado
_________________

Ribeiro, Manoel Carlos Sampaio de Almeida; Pint, Antonio Carlos Guimarães S.; Cuginotti, Aloisio A.;
Murakami, Valdemar; Irano, Rosangela; Lima, Sabrina. Desenvolvimento de Ações de Humanização
Através um Planejamento Participativo em Hospital Municipal em São Paulo. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10607

_________________
239
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Contribuições Psicanalíticas à Clínica Médica na Atenção Primária à


Saúde.
_________________

Furtado, Nathalia Vidigal; Mezan, Renato


Uninove — natyfurt@yahoo.com.br
_________________

Introdução: Diante de uma ampliação da noção de saúde adotada pelos serviços da área e
considerando a Atenção Primária em Saúde (APS) como a grande possibilidade de enfrentamento
dos problemas de saúde da população, faz-se necessário a discussão e articulação com outros
campos de conhecimento que possam contribuir para o trabalho na Saúde e com respostas mais
efetivas neste setor. Objetivos: o presente trabalho tem como objetivo estudar a prática clínica
realizada por profissionais médicos no contexto dos serviços de APS, e pensar algumas possíveis
contribuições ao tema a partir da Psicanálise, visando a uma discussão sobre aspectos sociais e
subjetivos que se fazem presentes nesse campo. Método: Essa articulação foi construída utilizando
a bibliografia da área e o material de entrevistas com dois profissionais médicos e três
usuários/pacientes destes serviços. Resultados: Seguindo as trilhas de Balint, nossa hipótese é de
que haverá sempre no espaço de uma relação como a do médico com o seu paciente, um lugar
para a Psicoterapia, embora alguns contextos tenham um destaque especial. Acreditamos ser esse
o caso dos serviços de APS, pois envolvem problemas com uma complexidade particular e a tarefa
de compreendê-los deve ser perseguida antes de qualquer intervenção. Conclusão: Conclui-se
que esta compreensão será alcançada, apenas, no momento em que a presença do paciente for
considerada de maneira adequada. Essa mudança implica, necessariamente, em se reconhecer,
concomitantemente, a presença da singularidade do profissional médico, sem a qual, nenhuma
mudança é possível. Procuramos primeiro contextualizar a prática clínica na APS, destacando sua
importância no processo de reorientação na lógica dos serviços de saúde, e resgatar o método de
trabalho clínico, considerando as proximidades e divergências no campo da Medicina e da
Psicanálise. na sequência, buscamos refletir sobre a necessidade da dimensão psicoterápica na
prática da clínica médica, a importância das questões transferenciais na relação médico-paciente e
sobre a necessidade de reconhecer a doença como construção particular/subjetiva de um sujeito,
concebendo a clínica como uma prática de cuidado e de construção de sentido diante da
experiência de adoecimento. a partir de um olhar psicanalítico, discutimos sobre o estatuto de corpo
presente na Medicina, assim como o (en) laço social presente na clínica médica, considerando
algumas questões presentes desde a formação médica até a prática clínica.
_________________

Furtado, Nathalia Vidigal; Mezan, Renato. Contribuições Psicanalíticas À Clínica Médica na Atenção Primária À Saúde..
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10606

_________________
238
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Tecendo a Rede de Cuidado: Referência e Contrarreferência


_________________

Burattini, Paula Marques de Freitas; Adolpho, Carolina Vieira Tomanik; Fajardo, Aline;
Silva, Joana Teixeira Ferraz da; Sousa, Ana Paula Geraldo de; Araújo, Fabiane A. Lourenço
de
Universidade Federal de São Paulo — pa_marques@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o programa de Residência Multiprofissional, norteador deste relato, visa ao trabalho


em equipe na perspectiva da integralidade do cuidado e a integração da academia com o serviço.
para viabilizar sua execução foi firmada parceria entre a Universidade, Hospital de Ensino e
Secretaria de Saúde do município. Durante o cotidiano institucional os residentes encontraram
dificuldades de efetivar espaços de discussão intersetorial e entre si, sendo necessário o
desenvolvimento de novas estratégias para a corresponsabilização do cuidado com usuário. em
vista dessas dificuldades, resgatamos a definição de referência e contrarreferência: modelo de
organização que assegure a atenção integral aos usuários por meio de critérios, fluxos, mecanismos
de pactuação e vínculos entre as equipes e a rede intersetorial em seus diferentes níveis de
complexidade, viabilizando encaminhamentos resolutivos. para facilitar a comunicação entre os
serviços foi confeccionado, pelos residentes, um instrumento que contempla dados relevantes,
como identificação, histórico de vida, processo saúde-doença e intervenções no cuidado do usuário.
Objetivo: Relatar a experiência da utilização desse instrumento a fim de operacionalizar e
potencializar o fluxo do trabalho em rede, segundo as perspectivas do SUS. Método: Trata-se de
um relato de experiência que explora aspectos do processo de elaboração e implicações do uso do
instrumento no cotidiano de trabalho dos cenários de práticas do programa. Resultados: Percebeu-
se que o hospital, embora inserido na rede de serviços, encontra dificuldades na articulação com
essa devido a sua estruturação do cuidado. Assim, tentativas de contatar equipamentos para
encaminhar os usuários no pós-alta foram iniciadas. Dada a busca pelos encaminhamentos
corresponsáveis e a dificuldade de comunicação entre os profissionais, foi confeccionado o
instrumento de contrarreferência para facilitar a continuidade no cuidado favorecendo o caminhar
do usuário pela rede de serviços. Antes de se enviar este instrumento para o equipamento, é
realizado contato telefônico para envolver outros profissionais na atenção ao sujeito que teve
modificações em seu processo saúde-doença. Neste contato nos deparamos com estranhamentos
dos profissionais, com posterior entendimento da importância e gratificação, firmando parceria e
corresponsabilização do cuidado. o instrumento permitiu a aproximação dos diferentes serviços,
auxiliando na resolutividade e fluidez na atenção integral ao usuário; e possibilitou novos olhares
dos profissionais acerca do reconhecimento e valorização do cotidiano extra institucional do
indivíduo. Os novos olhares se fazem presentes no momento em que discutimos a quebra dos pré-
conceitos que rodeiam o usuário. É no tecer e costurar a rede de equipamentos que os residentes
puderam vivenciar e conhecer melhor seus serviços, bem como, novos espaços de discussão para
garantir a continuidade do cuidado e atenção ao usuário.
_________________

Burattini, Paula Marques de Freitas; Adolpho, Carolina Vieira Tomanik; Fajardo, Aline; Silva, Joana Teixeira Ferraz da;
Sousa, Ana Paula Geraldo de; Araújo, Fabiane A. Lourenço de. Tecendo a Rede de Cuidado: Referência e
Contrarreferência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10608

_________________
240
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Contribuição do Cão Terapeuta no Ambiente Hospitalar


_________________

Aluani, Erminda P.; Machado, Ana Carolina A.; Trindade, Ivani C.; Hipólito, Priscila
S. Aono; Correia, Emmanoela Camila V. S.
Hospital Geral de Itapevi — dir.assist@hgi.org.br
_________________

Introdução a utilização de animais em ambientes hospitalares ocorre com frequência nos


Estados Unidos e da Europa há várias décadas. no Brasil, o método foi introduzido no final
da década de noventa. a TAA (Terapia assistida por animais) é comprovada cientificamente
pelas suas grandes contribuições e, em nossa unidade, no ano de 2013, foi prática
relevante no controle da dor e nos processos de reabilitação de crianças. Objetivos Os
principais objetivos do projeto são: contribuir na melhoria do quadro clínico dos pacientes,
facilitando seu relacionamento com o ambiente hospitalar e sua doença, a partir do
entretenimento, motivação e bem estar, fundamentada na Atividade Assistida por Animais.
Método Os animais que participam do projeto recebem treinamento especial e passam por
rigorosa avaliação comportamental, onde seu desempenho é reavaliado a cada visita. Sua
saúde é acompanhada por médicos veterinários, mantendo vacinação e vermifugação em
dia, bem como perfeitas condições psicobiológicas para uma boa relação terapêutica. o
projeto é realizado com visitas programadas após avaliação criteriosa do animal, e
consentimento da visita pelos pacientes, de acordo com a avaliação de
gravidade/criticidade de cada um dos casos clínicos. Foram traçados planos de
contingência para que não ocorram acidentes com os animais nas visitas monitoradas. o
projeto foi revisado e validado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. no HGI, o
cão-terapeuta é identificado por meio de um crachá semelhante ao utilizados pelos
colaboradores, e possui uma lista de controle de sua presença no hospital, onde as patas
coloridas representam sua assinatura. a terapia com o cão não promete a cura de doenças,
mas promove benefícios fisiológicos e psicológicos. Resultados Entre os resultados
encontrados após as visitas acontecerem mensalmente nas unidades de pediatria, clínica
médica e cirúrgica foi verificada a diminuição de medicações administradas no período da
visita. As medicações prescritas como administração “se necessário”, da classe
analgésicos, diminuíram 90,47% com a presença do cão-terapeuta, avaliando-se somente
o último semestre (março/2013 – agosto/2013). a unidade pediátrica conta com 34 leitos.
no período de análise, a média de prescrições médicas foi de 21 pacientes/dia, sendo
administrada analgesia somente em duas crianças no período de visita. Outros resultados
mais subjetivos foram observados em todas as unidades visitadas pelo cão. Conclusões:
a presença do cão-terapeuta promove a humanização e harmonização do ambiente,
contribuindo para a recuperação do paciente, resgatando sua autoestima e autoconfiança,
o que possibilita melhorar as condições clínicas sob os aspectos fisiológicos e psicológicos.
um dos objetivos alcançado com o projeto Acãolhimento foi divertir e entreter o paciente,
familiares e equipe multiprofissional inseridos no contexto hospitalar.
_________________

Aluani, Erminda P.; Machado, Ana Carolina A.; Trindade, Ivani C.; Hipólito, Priscila S. Aono; Correia,
Emmanoela Camila V. S.. A Contribuição do Cão Terapeuta no Ambiente Hospitalar. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10609

_________________
241
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Narrando a Vida, Nossas Memórias e Aprendizados – Humanização


no Ensino e na Assistência.
_________________

Mayer, Fernanda Brenneisen; Tempski, Patrícia; Padilha, Roberto de Queiroz; Oliveira,


Marilda Siriani de
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo — fbmayer@usp.br
_________________

Introdução: a tradição de narrar vivências é uma herança cultural que forja a memória social. o
processo de narrar a própria experiência possibilita a pessoa resignificar a sua trajetória e lhe
oferecer novos sentidos, estabelecendo uma relação dialética, entre experiência e a reflexão. o uso
de narrativas como estratégia para o desenvolvimento de uma visão crítica sobre a prática valoriza
a dimensão subjetiva e social intrínsecas nos processos de educação e saúde. Objetivos: Analisar
o sentido do humanizar atribuído por profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da
narração de suas próprias histórias. Métodos: Durante um processo de formação de preceptores
do SUS em dez cidades, foram coletadas 130 narrativas de vivências de humanização ou
desumanização no ensino e na assistência. Essas narrativas foram submetidas a uma análise
qualitativa com categorização, identificação de subcategorias e exemplificação por meio de trechos
das narrativas. Resultados: Participaram do estudo 114 mulheres e 14 homens. a amostra foi
heterogenia com relação à área de formação (enfermagem, fisioterapia, medicina, odontologia,
psicologia e serviço social) e atuação (gestão, assistência e educação na saúde). Emergiram da
análise qualitativa categorias analíticas que foram subdividias em valores e ações associadas à
humanização na saúde. Os valores expressados como inerentes ao ato de humanizar foram:
respeito à cultura do outro e suas singularidades, valoração do sujeito e da equipe de trabalho,
amorosidade pelo outro e pela profissão, ética, profissionalismo, justiça e respeito aos direitos dos
cidadãos e usuários do SUS. Entender os pressupostos da humanização do ensino e da assistência
não significa agir com humanidade, pode tão simplesmente refletir o senso comum construído por
nosso meio social. Neste sentido a humanização precisa ser expressa por mudanças de
comportamento, exteriorizadas por ações que nas narrativas emergiram como: perceber a
necessidade do outro, o contexto histórico e político do cuidado, reconhecer o outro como sujeito,
acolher, demonstrar empatia, cuidar,, compreender e compartilhar. o ouvir, interagir e construir junto
foram ações, ligadas ao núcleo de sentido do diálogo, ações que em conjunto buscam estabelecer
relações horizontalizadas entre os membros da equipe de saúde, entre a equipe e o gestor, entre
preceptor e estudante e entre profissional e paciente. a inclusão foi expressa como aceitação das
diferenças de sexo, cor, etnia, escolaridade, de desenvolvimento e socioeconômicas. Conclusões:
o desafio de pensar a humanização a partir das próprias vivências como profissional da saúde ou
como aquele que adoeceu e necessitou de cuidado, fez com que emergissem das narrativas
núcleos de sentido ligados aos valores e ações necessários à condição de humanizar. em síntese,
eles reafirmam que o cuidar com excelência, resolutivo e digno, o compromisso radical com a
autonomia dos sujeitos e a transformação de realidades representam a valorização do humano, ou
humanização das práticas de ensino e cuidado.
_________________

Mayer, Fernanda Brenneisen; Tempski, Patrícia; Padilha, Roberto de Queiroz; Oliveira, Marilda Siriani de. Narrando a
Vida, Nossas Memórias e Aprendizados – Humanização no Ensino e na Assistência.. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10604

_________________
236
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Atuação dos Residentes Multiprofissionais; Acolhimento,


Articulação em Rede e Trabalho em Equipe.
_________________

Pereira, Alessandra Keyth; Berach, Flávia Rúpolo; Pfuetzenreiter, Nataniele P. B.; Netto,
Maria Carolina; Amorim, Simone Cristina de; Regis, Tatiana Rivas
Universidade Federal de São Paulo — alessandrakeyth@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: o Programa de Residência Multiprofissional sobre o qual relataremos objetiva


articular demandas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) aos equipamentos da rede,
integrando um propósito de aprendizagem e um processo de formação profissional que vai além
dos conhecimentos específicos. a construção desse processo torna-se possível pelo trabalho em
equipe, no qual a lógica é olhar por diferentes perspectivas que devem se integrar, caminhando em
direção a outros modelos de cuidado que colocam em questão a atuação fragmentada na atenção
à saúde, garantindo a aplicação dos princípios e diretrizes do SUS na prática. OBJETIVO:
Caracterizar o processo de trabalho dos residentes no programa de residência multiprofissional.
MÉTODO: Relato de experiência dos residentes das áreas profissionais de educação física,
enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, psicologia, serviço social e terapia ocupacional.
RESULTADOS: Buscou-se um processo de trabalho no qual os projetos terapêuticos formulados
pudessem transcender a lógica biomédica e assim focar no usuário e em suas reais necessidades,
apostando no trabalho interprofissional, na qualificação das práticas de acolhimento e de articulação
com a rede de serviços. para tal finalidade lançou-se mão de estratégias como: a ampliação do
setting terapêutico, proporcionando espaços de escuta em outros ambientes além do leito hospitalar
e dos consultórios nas Unidades Básicas de Saúde; a compilação de dados sobre os serviços
existentes na rede em diversas linhas de cuidado; a participação em discussões de caso com
equipes de diferentes serviços; o reconhecimento dos territórios de atuação; e a criação de
instrumentos que potencializaram os fluxos de referência e contrarreferência. o processo de cuidado
estabelecido facilita a aprendizagem dos envolvidos, na medida em que amplia o olhar do indivíduo
e seu entorno, a partir da troca de saberes entre usuários e profissionais. a organização e
articulação da rede intersetorial do município apresenta entraves na comunicação e compreensão
dos papéis dos serviços de saúde, educação e assistência, dificultando o compartilhamento dos
saberes das diferentes áreas e a corresponsabilização dos profissionais pelo cuidado, demandando
uma disponibilidade em relacionar-se, nem sempre presente entre os profissionais envolvidos.
CONCLUSÃO: a aproximação da equipe com os usuários acontece por meio de uma
interprofissionalidade que, de um lado, realiza o acolhimento disponibilizando um espaço-tempo de
criação de laços e escuta prospectiva e, de outro, o encaminha e aproxima dos equipamentos
sociais e de saúde, além de auxiliá-lo, se necessário, a fortalecer seus vínculos pessoais. para tanto
consideram-se importantes: a criação dos processos de trabalho em equipe, a divisão de tarefas, a
corresponsabilização dos pares e a devolutiva das atividades que estão em curso para o coletivo.
_________________

Pereira, Alessandra Keyth; Berach, Flávia Rúpolo; Pfuetzenreiter, Nataniele P. B.; Netto, Maria Carolina; Amorim,
Simone Cristina de; Regis, Tatiana Rivas. A Atuação dos Residentes Multiprofissionais; Acolhimento, Articulação em
Rede e Trabalho em Equipe.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10605

_________________
237
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Vivência de uma Filha-Cuidadora ao Acompanhar Sua Mãe no


Processo de Fim de Vida e Morte
_________________

Fujisaka, Ana Paula; Kovács, Maria Júlia


Instituto de Psicologia da USP — anafjk@usp.br
_________________

Introdução: com os crescentes avanços científicos e tecnológicos, a expectativa de vida da


população mundial tem aumentado, assim há cada vez mais idosos e as doenças crônicas,
próprias do envelhecimento, têm se feito mais presentes. Além disso, pessoas de quaisquer
faixas etárias têm sobrevivido por mais tempo a doenças graves e/ou acidentes, que antes
eram mais rapidamente letais e, muitas vezes, junto à sobrevida tem se somado os sintomas
incapacitantes. Dessa maneira, as mudanças nos perfis demográficos e epidemiológicos da
população mundial têm aumentado a demanda por cuidados. a maior parte desses cuidados
é realizada por familiares mais próximos, que têm acompanhado por mais tempo seus entes
queridos no fim da vida e no processo de morrer. Esse cuidar/acompanhar na maioria das
vezes gera sofrimento e adoecimentos, que ainda podem ser agravados por muitas dúvidas
e anseios advindos da situação. Partindo desse cenário, o trabalho descrito a seguir foi
realizado a partir da experiência de L., uma mulher de 52 anos, que foi a cuidadora principal
de sua mãe, diagnosticada com câncer de mama em dezembro/2004 e falecida em
março/2010, em decorrência da doença, aos 67 anos. Sua experiência é apresentada a seguir
sob a forma de estudo de caso. Objetivo: compreender a experiência de uma filha-cuidadora,
que cuidou/acompanhou sua mãe em seu processo de fim de vida e morte em decorrência de
um câncer e seus desdobramentos. Método: a escolha do método para este trabalho foi o
fenomenológico. Foram realizadas duas entrevistas individuais abertas com a participante. a
primeira entrevista inicialmente partiu da pergunta: “como foi para você ter vivido a perda de
sua mãe?”, e a segunda entrevista foi uma continuidade do depoimento. Análise: a partir do
discurso de L., foi possível destacar as seguintes unidades de significado: sendo a cuidadora
principal; relacionando-se com a mãe; relacionando-se com os outros familiares;
relacionando-se com os profissionais de saúde; lidando com a ambiguidade dos sentimentos;
vivenciando o luto antes da morte; vivenciando o luto após a morte; lidando com a própria
finitude. Considerações finais: observando as unidades de significado que surgiram no
discurso dessa filha-cuidadora, é possível destacar que quando um paciente com doença em
estágio avançado é tratado/cuidado, faz-se bastante importante englobar nesses cuidados
também sua família. a família, especialmente o cuidador principal, é fortemente afetada pela
doença e seus desdobramentos, podendo também vir a adoecer física e/ou emocionalmente.
o esgotamento e o luto complicado são algumas dessas possibilidades de adoecimento.
Nesse sentido, a boa relação profissional de saúde-paciente-família, ou seja, aquela em que
há acessibilidade e confiança, pode servir como fator protetor ao adoecimento do familiar.
_________________

Fujisaka, Ana Paula; Kovács, Maria Júlia. Vivência de uma Filha-Cuidadora ao Acompanhar Sua Mãe no
Processo de Fim de Vida e Morte. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10598

_________________
232
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas Integrativas e Complementares Aplicadas à Saúde


Mental: uma Prática de Humanização
_________________

Takeda, Osvaldo Hakio; Nascimento, Maria Helena F. do; Kölle, Monika; Yui,
Cristina; Cruz, Michele Santos da; Perissinotti, Elko
Hospital Dia do IPqHCFMUSP — hakiot@hotmail.com
_________________

Introdução: As Práticas integrativas e complementares em saúde têm sido evidenciadas


como importante ferramenta terapêutica na manutenção/recuperação da saúde, bem estar
e qualidade de vida, com positivo e especial impacto no tratamento de pacientes com
transtornos mentais desde os mais leves até os mais graves. Objetivos: Utilizar as práticas
integrativas e complementares como novas possibilidades de cuidado com a visão de
integralidade do paciente, num serviço público de saúde mental. Métodos: As Práticas
Integrativas e Complementares a que referimos integram a grade de atividades
terapêuticas, que são desenvolvidas semanalmente como parte do tratamento destinado
aos pacientes vinculados ao serviço de saúde mental, que são Cinesioritmoterapia; Oficina
de Teatro; Bioenérgética; Kundalini Yoga; Acupuntura; Reiki; TISE (Toque Integrativo
Somato-Emocional) e Grupo Tocar (Técnica oriental de massagem – Shiatsu). o
atendimento é feito aos pacientes de 18 anos ou mais, mediante triagem com equipe
interprofissional composta de psiquiatra, psicólogo, educador físico, assistente social e
terapeuta ocupacional que juntos avaliam o estado psíquico, a necessidade de reabilitação
psicossocial e as condições de frequentar o local, de atendimento sozinho ou com
acompanhante. Os casos que preenchem as indicações de tratamento, ou seja, portadores
de Transtorno Mental Grave que não necessitam de tratamento em ambiente protegido
(internação em enfermaria psiquiátrica), e que apresentam prejuízo afetivo e volitivo que
interfiram na execução de atividades laborais e sociais, são matriculados para tratamento
e alocados para participar das atividades da grade. Resultados: o acompanhamento
sistemático das atividades desenvolvidas permite observar mudanças comportamentais,
físicas e emocionais refletidas em uma maior tranquilidade, diminuição da ansiedade e de
sintomas depressivos, melhora da consciência corporal e, mesmo, de sintomas psicóticos.
a aceitação e adesão às práticas é verificada na assiduidade e no relato da sensação de
bem estar, após participarem das atividades. Conclusões: a prática profissional
interdisciplinar permite uma visão integralizada do paciente, proporcionando cuidados
pautados no acolhimento, empatia, bem querer, proximidade, ou seja, na prática de
humanização. o conhecimento acerca do potencial benefício das práticas integrativas e
complementares, utilizadas com seriedade no tratamento de pacientes com transtornos
mentais graves poderá servir para a elaboração de novas estratégias que ampliem o
cuidado humanizado e o atendimento a essas pessoas, visando a melhoria de sua
qualidade de vida.
_________________

Takeda, Osvaldo Hakio; Nascimento, Maria Helena F. do; Kölle, Monika; Yui, Cristina; Cruz, Michele Santos
da; Perissinotti, Elko. Práticas Integrativas e Complementares Aplicadas À Saúde Mental: uma Prática de
Humanização. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10602

_________________
235
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Candomblé e Sus Num Diálogo para a Construção de um Projeto de


Saúde para o Povo-De-Santo À Luz da Biossegurança.
_________________

Silva, Marcio Azevedo da; Geisler, Adriana


Ipec - Fiocruz — marcio.azevedo@ipec.fiocruz.br
_________________

Introdução: o candomblé, mais que religião, é um espaço de resistência e afirmação da identidade


e cultura afrodescendente. Contudo, este carrega um forte estigma, histórica e socialmente
construído, observado pela discriminação naturalizada nas práticas de intolerância religiosa e
racismo institucional, o que impacta negativamente a saúde do negro e consequentemente do povo-
de-santo. a interface fé-religião-saúde é uma linha tênue e espaço permanente de conflitos e
negociações entre profissionais e praticantes das diversas religiões, o que reflete a precarização do
ensino em saúde, cada vez mais tecnicista e distante da subjetividade humana. Culto brasileiro de
matriz africana, iniciático e essencialmente sacrificial, o candomblé envolve com frequência a
manipulação de lâminas, navalhas e outros perfurocortantes no cotidiano de suas práticas rituais,
figurando como objeto de interesse da biossegurança. Entretanto, o confronto entre a literatura
biomédica e das religiões afrobrasileiras revela uma lacuna de conhecimento tangente a essa
questão. Objetivo: investigar os saberes e práticas dos candomblecistas frente ao risco de
transmissão de doenças infecciosas relacionadas à sua prática religiosa, refletindo sobre o papel e
a atuação do SUS na garantia do direito à saúde desse grupo. Métodos: estudo de abordagem
qualitativa, a partir dos pressupostos da comunidade ampliada de pesquisa (CAP), definida como
uma ferramenta metodológica de cooperação entre saberes científicos e da experiência, operando
uma dialética entre “teoria e prática”, que possibilita a produção de conhecimento e ações de
mudança assumidas pelos indivíduos que vivenciam os problemas no seu cotidiano. Resultados
esperados: ampliar a produção de conhecimento nesta área específica, visando compensar a
lacuna na formação dos profissionais de saúde por meio da educação inicial e permanente. e
subsidiar o processo que indique novas modalidades de atenção à saúde do praticante de religiões
afrobrasileiras, ampliando seu acesso à prevenção de doenças infecciosas. Considerações finais:
Este estudo propõe que candomblecistas definam ações sobre a sua própria saúde, assumindo que
os mesmos estão habilitados para elaborar seu projeto de saúde integral, incluindo questões
relativas à sua prática religiosa. Transitar nesse universo nos impõe desafios éticos e
epistemológicos. Éticos, porque a nós não interessa a classificação ou censura destas práticas
religiosas, já tão aviltadas pelo processo histórico-social que, ainda hoje, as demoniza e
desqualifica. e epistemológicos, uma vez que envolve questões tão subjetivas e complexas quanto
o próprio ser humano e sua relação com o(s) mundo(s). por fim, a CAP como estratégia
metodológica pode colaborar para inventar e propor novas formas para serem experimentadas na
produção de conhecimento, outros modos de ser trabalhador de saúde e afirmar a importância de
se produzir práticas e saberes com os humanos e não apenas sobre eles.
_________________

Silva, Marcio Azevedo da; Geisler, Adriana. Candomblé e Sus Num Diálogo para a Construção de um Projeto de Saúde
para o Povo-De-Santo À Luz da Biossegurança.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-
7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10596

_________________
231
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Comunicação Não Verbal: Gestos que Fazem a Diferença na Relação


Médico-Paciente
_________________

Cavalcante, Lígia Menezes; Leite, Álvaro Jorge Madeiro; Neves Filho, Almir de Castro; Cunha,
Karen Lopes; Simão, Dafne de Albuquerque; Rodrigues Filho, Fco. Crizanto; Maia Filho, João
Tarcísio Alves
Universidade Federal do Ceará — ligiammcc@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a comunicação humana pode ser verbal, quando expressa por escrita e fala, ou não verbal,
quando envolve o comportamento não expresso por palavras, como gestos, silêncio, expressões faciais
e postura corporal. Estudos demonstram que 55% dos sentimentos são expressos através da
comunicação não verbal, 38% pela voz e apenas 7% por palavras. a partir desse dado, pode-se inferir
que a comunicação não verbal é de grande relevância para a relação médico-paciente, podendo fortalecer
ou enfraquecer o vínculo de confiança entre eles e influenciar o sucesso do plano terapêutico e a
satisfação do paciente quanto ao atendimento. a coerência e a complementariedade da comunicação
verbal e não verbal também merecem destaque importante nessa relação, pois o conflito entre as duas
mensagens pode dificultar a comunicação. o estudo da comunicação não verbal e a conscientização e o
estímulo à reflexão de estudantes de medicina para a importância do tema na relação médico-paciente
são necessários para o desenvolvimento de um atendimento mais humanizado e de melhor qualidade.
Objetivos: Identificar que elementos da comunicação não verbal são mais relevantes para o paciente.
Detectar quais gestos específicos que os médicos fazem que provocam um aumento da eficácia da
comunicação médico-paciente e uma melhor qualidade do atendimento. Conscientizar os estudantes de
medicina para a importância da comunicação não verbal na relação médico-paciente. Métodos: a
pesquisa é do tipo exploratória-qualitativa e está sendo realizada em um complexo hospitalar universitário,
contemplando pacientes que estão internados em enfermarias, recebendo atendimento ambulatorial e
mães internadas em puerpério imediato. Os dados estão sendo coletados por intermédio de entrevista
estruturada, após o consentimento do paciente. Resultados: Foram destacados, até o presente
momento, alguns elementos da comunicação não verbal que melhoram a qualidade da consulta, como:
dar atenção ao paciente e aos familiares, fazer o exame físico demonstrando que se importa com o
paciente, saber interagir com o paciente e com os familiares, demonstrar apoio ao paciente diante de
suas angústias e utilizar um tom de voz acolhedor. Atitudes como olhar, conversar e ser educado também
foram salientados e associados a um comportamento que fez diferença para o atendimento. Conclusões:
a comunicação não verbal é um elemento da comunicação que muitas vezes não recebe a devida atenção
e importância pelos médicos e por outros profissionais de saúde. a percepção do paciente sobre o
comportamento e as atitudes do médico é apurada e relevante para a consolidação da confiança no
médico e para o estabelecimento de uma boa relação médico-paciente. Ter consciência desse complexo
processo que é a comunicação humana durante a formação acadêmica auxilia compreender com maior
clareza o ser humano e permite oferecer um atendimento de melhor qualidade.
_________________

Cavalcante, Lígia Menezes; Leite, Álvaro Jorge Madeiro; Neves Filho, Almir de Castro; Cunha, Karen Lopes; Simão, Dafne de
Albuquerque; Rodrigues Filho, Fco. Crizanto; Maia Filho, João Tarcísio Alves. Comunicação Não Verbal: Gestos que Fazem a
Diferença na Relação Médico-Paciente. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde
[= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10599

_________________
233
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Implantação de Projeto de Visita de Animais em Hospital


Infantil de Alta Complexidade- Instituto da Criança
HCFMUSP
_________________

Lara, Jaqueline Aparecida de; Rossi Junior, Alfio; Kudo, Aide Mitie;
Pavani, Simone Aparecida Lima; Lopes, Viviane Aparecida; Berti, Eliana Regina
Coelho; Ichitani, Tatiane
Instituto da Criança do Hospital das Clínicas — jaqueline.lara@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução. a visita de animais no ambiente hospitalar auxilia na melhoria da qualidade


de vida do paciente durante o período de internação. Tendo em vista que a atividade
visita de animais também chamada de Terapia assistida por animais (A/TAA) tem sido
muito utilizada há décadas em instituições reconhecidas nos Estados Unidos, o Instituto
da Criança com apoio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e equipe
multidisciplinar do Instituto da Criança, implantou o projeto Cão Terapeuta em parceria
com uma Organização não Governamental chamada também Cão Terapeuta. Objetivo;
o projeto tem como objetivo fazer com que a criança desvie o foco da doença e possa
ter momentos de descontração, socialização e alegria no durante sua permanência no
hospital. Além de auxiliar no desenvolvimento da autoestima e autoconfiança da criança,
o mesmo também contribuiu significativamente para a melhoria do ambiente de trabalho
nas enfermarias do Instituto. Metodologia: para a implantação do Projeto a
Coordenação de Humanização em parceria com a Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) e equipe multidisciplinar do Instituto da Criança desenvolveu um fluxo
para acompanhar a entrada, permanência e saída dos animais, bem como um fluxo para
autorização médica. Os animais são monitorados pela CCIH no que diz respeito a
estado de saúde do animal, exames parasitológicos a cada três meses e vacinas. As
visitas são realizadas de 15 em 15 dias. Resultados: com o acompanhamento do
projeto podemos perceber os seguintes resultados: • Maior integração e socialização
entre pacientes, acompanhantes e colaboradores. • Afastamento do estado de dor do
paciente. • Melhoria da autoconfiança diante do enfrentamento da doença • Recreação,
diversão e afastamento do isolamento. • Encorajamento das funções da fala • Estímulo
à memória Conclusão: Levando-se em consideração que o Instituto da Criança é um
Hospital de alta complexidade que atende crianças de 0 a 18 anos com doenças
crônicas e raras, algumas crianças tiveram contato com um cachorro pela primeira vez
devido ao longo período de internação. a visita de animais colaborou para a melhoria
das relações e da comunicação entre os usuários e profissionais de saúde.
_________________

Lara, Jaqueline Aparecida de; Rossi Junior, Alfio; Kudo, Aide Mitie; Pavani, Simone Aparecida Lima;
Lopes, Viviane Aparecida; Berti, Eliana Regina Coelho; Ichitani, Tatiane. Implantação de Projeto de Visita
de Animais em Hospital Infantil de Alta Complexidade- Instituto da Criança HCFMUSP. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10600

_________________
234
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Luto em Adultos que Perderam a Mãe na Infância: um Olhar


Fenomenológico
_________________

Fujisaka, Ana Paula; Kovács, Maria Júlia


Instituto de Psicologia da USP — anafjk@usp.br
_________________

Introdução: o processo de luto tem sofrido algumas formas de interdição, principalmente na


sociedade ocidental, sendo valorizadas cada vez mais as atitudes discretas e os
silenciamentos, o que tem acabado por suprimir a expressão do luto. Assim, muitas pessoas
passam a apresentar um comportamento socialmente aceitável, contrariando suas
necessidades psicológicas, ficando prensadas entre o peso do sofrimento e o interdito da
sociedade. a morte da mãe na infância pode ser uma das experiências mais impactantes que
uma criança pode vivenciar, especialmente por haver uma importante dependência física e
emocional do genitor falecido por parte da criança. Dessa forma, pelos valores veiculados na
sociedade ocidental e pela complexidade da experiência da perda da mãe na infância, tem-
se observado dificuldades nessa situação de vivência de luto. Objetivo: compreender a
vivência de luto em adultos pela perda de suas mães na infância e como pode ser
ressignificada em outras fases da vida. Método: o estudo fundamenta-se no método qualitativo
fenomenológico. Os participantes entrevistados voluntariamente foram 3 homens e 3
mulheres, com idades entre 32 e 61 anos, que perderam a mãe por morte quando tinham
entre 5 e 12 anos de idade. e as entrevistas foram individuais abertas, que partiram da
pergunta: “como foi ter vivido a perda de sua mãe?” Análise: revelou que é preciso
compreender a vivência de perda da mãe no início da vida como processo dinâmico, não se
podendo determinar ou prever como a criança que perdeu a mãe se desenvolverá quando
adulta; além disso, mostrou-se importante lidar com a experiência da perda e com a dor para
poder ressignificá-las, enxergando-as de maneiras diferentes, e assim integrá-las à vida; e,
ainda, foi possível perceber que o comportamento de permanecer vinculado à mãe ajudou os
participantes a lidar com a ausência dessa e a redefinir esse relacionamento, integrando-o em
suas vidas. Considerações finais: diante dos 3 aspectos destacados na análise, faz-se
importante apontar que: 1) é preciso cuidado para não rotular ou estigmatizar crianças e
adultos que perderam as mães em idade precoce, pois a perda marca a vida dessas pessoas,
porém não pode ser visto como fato determinante da maneira como irão se desenvolver; 2)
faz-se necessário proporcionar escuta atenta e acolhedora que incentive, sem forçar, as
pessoas a falarem e expressarem seus sentimentos relacionados à perda, dando liberdade
para o fluxo de sentimentos como raiva, culpa, alívio, entre outros que podem não ser
esperados. com essa ajuda, poderão então ressignificar suas vivências e integrá-las às suas
vidas; 3) é importante respeitar e aceitar a nova forma de relacionamento que os filhos têm
com as mães perdidas, visto que neste e em outros trabalhos a continuidade do vínculo tem
sido observada como aspecto importante para o enfrentamento da perda.
_________________

Fujisaka, Ana Paula; Kovács, Maria Júlia. Luto em Adultos que Perderam a Mãe na Infância: um Olhar
Fenomenológico. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10592

_________________
228
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização e Saúde: um Estudo Sobre a Aplicação do


Humanizasus no Hospital de Clínicas da Unicamp
_________________

Gaseta, Carolina; Silva, Hudson Pacífico da


Universidade Estadual de Campinas — carolina.gaseta@gmail.com
_________________

Introdução Priorizar a atenção hospitalar, com ênfase nos hospitais de urgência e universitários, é
um dos macro-objetivos da PNH. por meio do ensino, da pesquisa e da assistência à população
necessitada, os hospitais universitários desempenham papel fundamental no processo de
implementação do SUS. por essa razão, diversos hospitais universitários passaram a desenvolver
ações destinadas a valorizar os diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde
– gestores, trabalhadores e usuários. É o caso do H1, hospital universitário onde atuam 3 mil
profissionais que prestam atendimento exclusivo para cerca de 500 mil pacientes do SUS por ano.
Objetivos Discutir as potencialidades e os limites da implementação da PNH em um hospital
universitário de alta complexidade tecnológica, mediante o mapeamento dos projetos de
humanização implementados e a identificação das principais dificuldades existentes e dos
resultados obtidos. Métodos o estudo realizado é de natureza exploratória e adotou como estratégia
metodológica o estudo de caso. para isso, foram contempladas duas fontes principais: pesquisa
documental e entrevistas em profundidade com informantes-chave do hospital estudado.
Resultados: a constituição do GTH no H1 ocorreu em 1999, antes do lançamento da PNH, em
2003. Atualmente, o hospital desenvolve os seguintes projetos de humanização: a) Ouvidoria: criada
em 2004, atende cerca de 15 pessoas por dia; b) Posso Ajudar?: projeto iniciado em 2006 para
recepcionar e fornecer informações aos pacientes e visitantes na entrada do hospital; c) Janelas
Abertas para o Centro Cirúrgico: iniciou em 2009 e caracteriza-se pela colocação de quadros com
pinturas de janelas que se abrem para imagens da natureza, distribuídas pelo centro cirúrgico do
hospital; d) Visita Aberta: iniciada em 2010, abrange todas as unidades de internação do hospital e
funciona das 8h00 às 20h00, todos os dias da semana; e) Imagem Mágica: criado em 2011, esse
projeto consiste em retratar a realidade do hospital por meio de oficinas de fotografias; f) Oficina de
Pintura: iniciou 2012, busca integrar os profissionais de diferentes áreas do hospital, estimular a
criatividade e promover uma atividade de combate ao estresse. Além desses projetos, o hospital
também desenvolve ações de humanização relacionadas a mecanismos de desospitalização,
atividades musicais e festividades. Principais dificuldades identificadas: longas filas e tempo de
espera para atendimento; grande rotatividade dos profissionais que integram o GTH; e resistências
à implementação do HumanizaSUS. Conclusões É perceptível que a criação de uma política
pública não é suficiente para a garantia de um processo de humanização no ambiente
organizacional. É preciso integrar um exercício rotineiro que se manifeste nas relações sociais entre
gestores, profissionais e usuários. uma das maneiras de vencer este obstáculo é capacitar os atores
envolvidos para ampliar o entendimento da importância das práticas de humanização no SUS.
_________________

Gaseta, Carolina; Silva, Hudson Pacífico da. Humanização e Saúde: um Estudo Sobre a Aplicação do Humanizasus no
Hospital de Clínicas da Unicamp. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10591

_________________
227
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Assistência Humanizada de Enfermagem na Melhora da Qualidade de


Vida de Pacientes Hipertensos- Relato de Experiência.
_________________

Araujo, Jamilly Santos; Almeida, Thaynara Fontes; Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade, Maísa Alves;
Barreiro, Mª do Socorro Claudino
Universidade Federal de Sergipe — jamilly142009@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a hipertensão arterial é definida como uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140
mmHg e uma pressão diastólica maior ou igual a 90 mmHg, em indivíduos que não estão em uso de
medicação anti-hipertensiva. a mesma é tida como um dos grandes problemas de saúde no mundo, visto
que a mesma é considerada fator desencadeante para várias outras doenças, dentre elas as
cardiovasculares. OBJETIVO: Relatar a experiência adquirida em meio a uma atividade curricular ligada
à disciplina de Práticas de Ensino na Comunidade (PEC). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
desenvolvido durante uma atividade curricular da disciplina Práticas de Ensino na Comunidade (PEC). o
estudo teve como foco a prestação de serviços humanizados por parte dos estudantes de enfermagem
da Universidade Federal de Sergipe. o mesmo foi desenvolvido em uma Clinica de Saúde da Família
(UBS) de um Município de Sergipe, bem como na residência de uma das pacientes assistidas.
RESULTADOS: Foi observado que durante uma atividade curricular desenvolvida em uma (UBS) de um
Município do Estado de Sergipe, pacientes portadores de hipertensão encontravam-se ansiosos,
nervosos e um tanto preocupados e ao aborda-los para pergunta-lhes se conheciam algo sobre a sua
doença percebeu-se que os mesmos possuíam poucos conhecimentos. Então, foi prestada a assistência
de enfermagem na qual realizamos aferição da pressão arterial, foi feito o exame físico e por fim e não
menos importante foram dadas orientações de como realizar algumas práticas que melhorariam os sinais
e sintomas causados pela hipertensão arterial, como cuidados com a alimentação, a prática de exercícios
físicos diários dentre outras, que se executadas diariamente trariam melhoras no quadro clínico e
consequentemente implicaria em uma melhora na qualidade de vida desses pacientes. Após algumas
semanas foram realizadas visitas domiciliares, a alguns dos pacientes assistidos e orientados na Unidade
Básica de Saúde, com intuito de verificar se os mesmos tinham adotado alguma das orientações dadas
pelo grupo. Foi observado que os pacientes mostraram melhora no quesito alimentação e alguns já
estavam aderindo a prática de atividades físicas diárias como caminhada. CONCLUSÃO: o trabalho da
Enfermagem é muito amplo e é preciso ir além da administração de medicamentos, troca de curativos. o
enfermeiro tem que ter uma visão critica inovadora e revolucionária. Ele deve ir além da sua prática
tecnicista e ser um promovedor da saúde orientando, aconselhando e prestando uma assistência efetiva,
para que ocorram melhoras na qualidade de vida dos indivíduos. 1-Toledo MM, Rodrigues SC, Chiesa
AM. Educação em saúde no enfretamento da hipertensão arterial: uma nova ótica para um velho
problema. Texto Contexto Enferm, Florianopolis, 2007. Abr-Jun; 16 (2): 233-8 2- Brasil. Ministério da
Saúde. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria
de Atenção à Saúde,– Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 3-Smeltzer SC, Bare BG, Hinkle JL, Cheever
KH. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgico. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 2010.
_________________

Araujo, Jamilly Santos; Almeida, Thaynara Fontes; Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade, Maísa Alves; Barreiro, Mª do Socorro
Claudino. Assistência Humanizada de Enfermagem na Melhora da Qualidade de Vida de Pacientes Hipertensos- Relato de
Experiência.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10595

_________________
230
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Evento Zen: um Evento que Favorece a Humanização, Inclusão


Social e Difusão da Aplicação das Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde Mental
_________________

Takeda, Osvaldo Hakio; Medeiros, Rafaela Sales; Nascimento, Maria Helena F. do; Cruz,
Michele Santos da; Scanavino, Marco de Tubino; Sant, Renato Del
Hospital Dia do IPqHCFMUSP — hakiot@hotmail.com
_________________

Introdução:O Zen é um evento aberto à população que acontece anualmente num serviço de saúde
mental desde 2008 em São Paulo, e consiste no oferecimento de diferentes Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde - PICS (ex. shiatsu, kundalini yoga) que favorecem o restabelecimento
das condições físicas e mentais. de acordo com nosso conhecimento atual, é o primeiro projeto
brasileiro em Saúde Mental, utilizando as PICS que estimula a humanização do ambiente
terapêutico, a partir do envolvimento dos profissionais, da população e dos pacientes no mesmo
ambiente. Objetivos:Difundir o conhecimento da funcionalidade das PICS como modalidades
auxiliares ao tratamento de condições mórbidas mentais à população e aos pacientes; integrar num
ambiente humanizado profissionais da saúde mental, pacientes e a população; oferecer a
oportunidade da vivência de um atendimento por meio de uma ou mais PICS. Métodos:É realizado
anualmente em uma data pré-estabelecida, das 8h às 16h. a coordenação é formada por 2 membros
do serviço, os quais iniciam reuniões preparatórias 8 meses antes do evento. As reuniões são
voltadas para definir processos de captação de recursos, elaboração e distribuição de material de
divulgação, seleção das PICS e das pessoas que auxiliarão na logística do evento enquanto “staff”.
Os recursos captados são destinados ao custeio do material de divulgação, da decoração, lanche
para os terapeutas e membros do “staff”, som, iluminação, camisetas customizadas. ao final do
evento os participantes entregam uma avaliação de opinião em que descrevem suas percepções e
sugestões, as quais são analisadas posteriormente pela Equipe. Resultados:Contamos com 60
terapeutas voluntários, além de profissionais e pacientes do serviço como “staff’. As atividades
foram: Shiatsu; Reflexologia; Reiki; TISE; Quick Massage; Kundalini Yoga e Tai Chi Chuan.
Considerando os seis eventos realizados de 2008 a 2013; contabilizam-se aproximadamente 2.500
atendimentos já realizados. o resultado da pesquisa de opinião aplicada foi de que 100% das
pessoas atendidas referiu elevada satisfação com a participação no Evento. Os pacientes
salientaram o sentimento de valorização ao participarem da organização em situação igualitária
com os profissionais e terapeutas. Conclusões:A promoção de eventos como esse, que por meio
das mais variadas PICS, proporciona benefícios para todos os envolvidos, ao mesmo tempo em
que divulga o papel das mesmas como auxiliares no tratamento de transtornos mentais, combate o
estigma contra a doença mental, humanizando o ambiente terapêutico no qual pacientes,
profissionais e população estão inseridos num contexto terapêutico que fomenta a inclusão social e
promove o desenvolvimento humanístico dos pacientes, profissionais e da população.
_________________

Takeda, Osvaldo Hakio; Medeiros, Rafaela Sales; Nascimento, Maria Helena F. do; Cruz, Michele Santos da;
Scanavino, Marco de Tubino; Sant, Renato Del. Evento Zen: um Evento que Favorece a Humanização, Inclusão Social
e Difusão da Aplicação das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde Mental.. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10593

_________________
229
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Uso do Documentário “Muito Além do Peso” na Humanização do


Atendimento de Pacientes Obesos
_________________

Colares, Francisca Luciana Almeida; Leite, Alvaro Jorge Madeiro; Neves Filho, Almir de
Castro; Aires, Patrícia de Almeida; Machado, Maria Tavares; Castro Alves, Liana Costa;
Lima Filho, Valter Barbalho
Universidade Federal do Ceará — luciana_colares@hotmail.com
_________________

Introdução: Segundo dados do Ministério da Saúde, publicados no site da Sociedade Brasileira de


Endocrinologia e Metabologia em 2011, 48,5% da população brasileira estava acima do peso. Esse
aumento na incidência e prevalência da obesidade entre brasileiros é reflexo de um padrão
alimentar excessivamente calórico e um estilo de vida sedentário. o discurso atual da Medicina
Oficial indica que a obesidade é uma doença. Esse discurso é endossado pelos meios de
comunicação, que divulgam a magreza como padrão de beleza, o que implica em uma tendência
social a discriminar esteticamente os obesos. Outra tendência social é associar o obeso a uma
pessoa que não tem força de vontade, culpando-o pela sua obesidade. Se o obeso, ao procurar
auxílio médico, encontrar um profissional que aceita esse estereótipo, pode ter dificuldades para
aderir ao tratamento e para seguir o plano terapêutico. Objetivos: a atividade objetivou fazer uma
reflexão sobre como os brasileiros estão se alimentando hoje e como os profissionais médicos lidam
com isso. Buscou alertar os estudantes de medicina para a ideia preconcebida vigente na atual
sociedade que a obesidade é culpa do obeso e para a consequência disso na relação médico-
paciente. Além disso, levantar uma discussão sobre a necessidade de um aprendizado de
habilidades de comunicação e de um olhar humanizado para um melhor atendimento do paciente
obeso. Métodos: a atividade deu-se em quatro momentos: o primeiro foi aplicação de um
questionário sobre conhecimento dos hábitos alimentares dos brasileiros; o segundo foi
apresentação do documentário ‘Muito além do peso’; o terceiro foi aplicação de outro questionário
sobre o uso de mídias audiovisuais como instrumento de sensibilização, reflexão e discussão sobre
relação médico-paciente; o quarto foi discussão sobre o paradigma da obesidade e de como é
necessário o uso de habilidades de comunicação e de humanização para um adequado
atendimento desses pacientes. Resultados: Todos os alunos presentes na atividade consideraram
o tema (humanização do atendimento de pacientes obesos) de grande importância para o exercício
de sua profissão. Entre as considerações sobre o uso de mídias audiovisuais como instrumentos
de sensibilização e discussão sobre relação médico-paciente um aluno considerou o seguinte: ‘É
ótimo para reforçar, por outras abordagens, a necessidade de persistência do médico no sentido de
educar o paciente quanto a um estilo de vida saudável’; outro aluno considerou: ‘É uma ideia atrativa
e útil para iniciar uma discussão’. Conclusões: o uso de mídias audiovisuais mostra-se ser um
instrumento de grande eficácia para incentivo da sensibilização de estudantes de medicina.
Também permite usar filmes com temas específicos para estimular debates e para suscitar
reflexões sobre os problemas que podem ser encontrados na prática médica.
_________________

Colares, Francisca Luciana Almeida; Leite, Alvaro Jorge Madeiro; Neves Filho, Almir de Castro; Aires, Patrícia de
Almeida; Machado, Maria Tavares; Castro Alves, Liana Costa; Lima Filho, Valter Barbalho. O Uso do Documentário
“Muito Além do Peso” na Humanização do Atendimento de Pacientes Obesos. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10590

_________________
226
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Encontros Terapêuticos: Tecnologias Populares no


Tratamento do Câncer de Colo de Útero
_________________

Oliveira, Pricilla Emanuelly de; Guimarães, Sílvia Maria Ferreira


Universidade de Braília — pricilla.emanuelly@hotmail.com
_________________

Introdução no Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) do Hospital Universitário de


Brasília (HUB) as pacientes com câncer de colo de útero vivenciam procedimentos terapêuticos
marcados pelo uso de tecnologias como a quimioterapia e a braquiterapia. Diante desse processo,
há uma transformação na maneira como essas mulheres passam a perceber as seus corpos,
elaboram novas formas de vivenciar os procedimentos terapêuticos e se reconstituírem como
sujeitos. Essa dinâmica transformacional está pautada por encontros na sala de espera que acabam
por se tornarem momentos de sociabilidade terapêuticos, o qual será tema deste trabalho.
Objetivos Discutir a compreensão e visão das pacientes com câncer de colo de útero sobre o
processo de adoecimento e os procedimentos terapêuticos disponibilizados no CACON do HUB.
Analisar o discurso das pacientes sobre o câncer e as tecnologias empregadas no tratamento.
Apresentar conclusões sobre o relacionamento médico-paciente e a relação das pacientes com
outros profissionais de saúde envolvidos no tratamento da doença e entre elas. Metodologia: a
metodologia utilizada na pesquisa foi a etnografia, com base em anotações dos principais pontos
comentados pelas pacientes e utilização de um diário de campo para anotações de vários outros
fatos que ocorreram no ambiente de pesquisa, assim como as impressões pessoais da
pesquisadora. a fase de coleta dados foi realizada entre os meses de fevereiro e maio de 2012,
junto a duas pacientes em tratamento no CACON e dois profissionais de saúde. Resultados: do
diagnóstico ao tratamento do câncer de colo de útero, a paciente vai do ataque ao contra-ataque,
adentrando em uma “guerra” onde espera sofrer efeitos desconhecidos e que supõe serem
avassaladores sobre seu corpo, fazendo-o viver rupturas radicais na sua vida. As pacientes se
encontram fragilizadas e ansiosas, sendo que no decorrer do tratamento a condição de fragilidade
se potencializa, demandando atenção especial da equipe multiprofissional. Olhar para as
tecnologias, corpo biológico e cura e, não para a pessoa em sua singularidade, leva a problemas
de adesão ao tratamento, angústia e incompreensão. Diante de tal processo, na sala de espera do
HUB ou salinha como elas se referem, surgem momentos quando são compartilhadas experiências
e maneiras de aliviar o tratamento. Assim, essas mulheres se elevam sobre os estigmas que lhe
são impostos pela sociedade e área médica para lidar com tal enfermidade com autonomia e
controle sobre os procedimentos. Conclusão: o conhecimento de si adquirido a partir das
discussões e conversas realizadas entre as mulheres nas salas de espera do CACON demonstram
a fixação da identidade dessas mulheres portadoras de câncer de colo de útero em função da busca
da cura e do apoio na religião, em amigos e familiares, e umas nas outras por meio de trocas de
experiências.
_________________

Oliveira, Pricilla Emanuelly de; Guimarães, Sílvia Maria Ferreira. Encontros Terapêuticos: Tecnologias Populares no
Tratamento do Câncer de Colo de Útero. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10580

_________________
219
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Voluntariado de Adolescentes na Humanização Hospitalar:


uma Via de Mão Dupla
_________________

Camargo, Mariana Cristina; Luzo, Maria Candida de Miranda


Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo — maricamargo.to@gmail.com
_________________

Introdução o processo de hospitalização ou dedicação a um tratamento gera uma ruptura


na rotina da criança afetando diretamente o seu desenvolvimento. a vivência da rotina
hospitalar, que prioriza o diagnóstico e quadro clínico, pode ser uma experiência
traumatizante, uma vez que a pessoa deixa de ter autonomia sobre sua vida e permanece
desprovida de desejos. Sendo assim, dar à pessoa a oportunidade de ter desejos e fazer
escolhas em alguns momentos pode tornar o ambiente hostil do hospital em uma
experiência positiva. Objetivos a partir da análise deste problema detectou-se a
oportunidade de realização de uma parceria entre o hospital e um colégio particular de São
Paulo, possibilitando a participação da comunidade nos projetos sociais e atividades de
humanização desenvolvidas dentro do hospital e promovendo ações para que os alunos
tenham a oportunidade de compreender melhor o exercício da cidadania, a
responsabilidade social e ambiental. a proximidade entre o colégio e o hospital favoreceu
essa parceria, visto que as duas Instituições possuem diretrizes que possibilitam essa
interação. Métodos a prática iniciou-se pela sensibilização dos alunos participantes e
também de seus pais para que conhecessem as rotinas, os ambientes e os conceitos
básicos e simples de saúde, doença e internação hospitalar. uma vez iniciadas as visitas
os alunos desenvolvem atividades lúdicas semanalmente com os pacientes nos leitos, na
brinquedoteca e na sala de espera pelas consultas ambulatoriais, acompanhados por
professores do colégio e supervisionados pela equipe de profissionais qualificados, que dá
suporte técnico e orienta a atuação dos voluntários. As atividades envolvem visitas aos
pacientes acamados, oficinas de atividades das quais os alunos tenham habilidades,
campanhas de arrecadação de brinquedos e materiais e organização de eventos
comemorativos. em contrapartida a equipe do hospital promove palestras educativas e
ações de saúde no colégio. Resultados Após sete anos de desenvolvimento do
voluntariado é possível observar e colher relatos dos pacientes, acompanhantes e equipe
de saúde de que os pacientes se mostram mais alegres, motivados e receptivos aos
procedimentos, demonstrando ansiedade na espera pela visita dos alunos e estes, por sua
vez referem satisfação ao desenvolver as atividades criando expectativas para o próximo
encontro. Conclusões: a interação favoreceu a identificação, tanto dos pacientes, pela
oportunidade de estar com pessoas da sua faixa etária ou próxima, com os mesmos
interesses, questionamentos, vocabulário, etc., quanto para os alunos que criam empatia
com os pacientes ao entrar em contato com alguém do seu universo que vivencia uma
situação difícil e dolorosa.
_________________

Camargo, Mariana Cristina; Luzo, Maria Candida de Miranda. Voluntariado de Adolescentes na Humanização
Hospitalar: uma Via de Mão Dupla. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10586

_________________
223
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Integração Equipe-Pacientes-Familiares: uma Possibilidade de


Transformação nas Relações Terapêuticas e Humanas
_________________

Figueiredo, Maitá Seixas de; Takeda, Osvaldo Hakio


Instituto de Psiquiatria HCFMUSP — maita.figueiredo@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução o evento aqui apresentado acontece em um serviço semi-intensivo da rede


SUS de saúde mental. Tal serviço atua sob os princípios da Reabilitação Psicossocial,
buscando a ressignificação dos vínculos sociais pelos pacientes que, em geral, apresentam
quadros psiquiátricos graves e prolongados. o trabalho é efetivado por uma equipe
interdisciplinar que atua de forma colaborativa, sob os nortes da atual Política Nacional de
Saúde Mental. Objetivos Ampliar as possibilidades de atuações terapêuticas por meio da
integração horizontalizada entre profissionais, pacientes e familiares. Métodos Três
técnicos da equipe se reuniram 02 meses antes de cada evento para o planejamento e
execução das seguintes etapas: - Definição do sítio sede; - Captação de recursos
materiais; - Pesquisa e reserva de transporte; - Mobilização e envolvimento de pacientes e
familiares; - Distribuição e adequação de tarefas e funções entre todos; - Programação de
atividades para o dia; - Realização do evento durante todo um sábado. É importante
ressaltar que, tanto o sítio quanto parte do transporte e alimentação, foram doações
graciosas de voluntários. Resultados: a atividade aconteceu em dois anos consecutivos
em um sítio no município de Paraibuna, próximo a São Paulo. o local é amplo, com quadra
de vôlei, campo de futebol, piscina, refeitório, tirolesa e alojamentos para descanso e
higiene. Cada um dos eventos contou com a presença de cerca de 100 pessoas,
distribuídas em 02 ônibus. Contrariando as expectativas da equipe, as atividades
aconteceram de forma espontânea e autônoma, sem a necessidade de seguir o programa
pré-estabelecido. Durante os eventos foi observada redução significativa na sintomatologia
dos pacientes. em geral, mantiveram-se menos ansiosos, angustiados e embotados,
predominando um clima de colaboração, comunhão e pertencimento. Percebe-se que
foram momentos de cuidado mútuo, pois os profissionais também mantiveram-se
renovados e motivados nos dias que se seguiram, o que foi integralmente refletido na
qualidade das relações no cotidiano do serviço. Conclusões Os ganhos mencionados
acabam se somando ao tratamento mais hierárquico próprio da dinâmica institucional. Isso
nos faz reiterar a necessidade de repetição de eventos como esse, para que os ganhos
sejam retomados continuamente. por fim, ressaltamos que mudanças paradigmáticas só
serão efetivas nos serviços de saúde mental quando houver, de fato, uma transformação
nas relações cotidianas entre profissionais e pacientes, aproximando o aspecto técnico ao
aspecto humano dos vínculos.
_________________

Figueiredo, Maitá Seixas de; Takeda, Osvaldo Hakio. Integração Equipe-Pacientes-Familiares: uma
Possibilidade de Transformação nas Relações Terapêuticas e Humanas. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10587

_________________
224
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Da Frustração ao Enfrentamento do Cuidado para a Morte por


Técnicos de Enfermagem
_________________

Almeida, Débora Vieira de; Silvia, Lívia Maria Beraldo; Bocchi, Cristina Mangini
Unesp - Botucatu — deboravalmeida@gmail.com
_________________

Introdução: o desenvolvimento das ciências médicas possibilitou a cura de diversas


doenças e o prolongamento da vida, gerando a questão: até quando prolongar a vida de
uma pessoa preservando a sua dignidade? Isso traz à discussão a eutanásia, a distanásia
e a ortotanásia. o Conselho Federal de Medicina (Brasil) publicou resoluções com a
intenção de regulamentar a ortotanásia (Resolução n. 1.805/06) e de proporcionar a
autonomia do paciente sobre o seu processo de morte (Resolução n. 1.995/12).
Considerando que no exercício da enfermagem nas UTIs brasileiras os técnicos são os
que mais contribuem para a execução do planejamento da assistência, sob
responsabilidade do enfermeiro, a escassez de pesquisas explorando a vivência de
técnicos de enfermagem sobre o cuidado para a morte de pacientes no final da vida e por
se tratar de objeto polêmico no campo da Bioética; os objetivos: compreender a
experiência de técnicos de enfermagem sobre o cuidado para a morte de pacientes
terminais na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e configurar um modelo teórico que a
represente. Método: Pesquisa qualitativa, realizada com técnicos de enfermagem de uma
UTI de um Hospital Escola do interior paulista, após esclarecimento, consentimento e
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. a saturação teórica deu-se
mediante análise da 10a entrevista não diretiva, segundo a Teoria Fundamentada nos
Dados. Utilizou-se como referencial teórico o Interacionismo Simbólico. Projeto desta
pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local. Resultados: Categoria
central: da frustração ao enfrentamento do cuidado digno de enfermagem para a finitude:
a aceitação da morte como componente terapêutico e interveniente. Esta emergiu da
comparação dos subprocessos: não se sentindo preparado para o cuidado para a morte,
aceitando a morte como um fenômeno terapêutico, desenvolvendo estratégias de
enfrentamento. Segundo o Interacionismo Simbólico, a frustração do profissional iniciante
em cuidar da pessoa para a morte está relacionada à sua interação e interpretação da
situação, por sentir-se preparado somente para assistir à pessoa para a vida. Conclusão:
Estudo revelou a dificuldade de enfrentar a morte no início da profissão; a criação de
estratégias de enfrentamento individual; aceitação da morte como um fenômeno
terapêutico; defesa da manutenção dos cuidados mínimos e a aceitação da ortotanásia, a
qual atenta para o fato de respeitar o bem estar do individuo garantindo sua dignidade, não
antecipando a morte e nem postergando-a, pois é um processo natural da vida.
_________________

Almeida, Débora Vieira de; Silvia, Lívia Maria Beraldo; Bocchi, Cristina Mangini. Da Frustração ao
Enfrentamento do Cuidado para a Morte por Técnicos de Enfermagem. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10589

_________________
225
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto Tarde Saborosa


_________________

Amadei, Carmelina; Barros, Maria do Socorro S. de; Scaramuzzi, Luciana Pierina; Marcos,
Jacqueline São; Marianetti, Alessandra Martins; Okamoto, Mercia
Centro de Referência da Saúde da Mulher — carmelinaamadei@yahoo.com.br
_________________

Introdução: As doenças crônicas são as principais causas de morte no mundo e o câncer tem se
destacado por seu crescimento em todo o continente. nos casos em que o indivíduo recebe
diagnóstico com a doença em estágio avançado, a Organização Mundial de Saúde descreve um
modelo de atenção à saúde denominado cuidados paliativos, uma abordagem que melhora a
qualidade de vida dos pacientes e familiares frente a problemas associados à doença terminal,
através da prevenção, alívio do sofrimento, identificando, avaliando e tratando a dor e demais
sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Palliare significa amparar, transmitindo a
perspectiva de cuidar e não somente curar. Humanização no atendimento se fundamenta no
respeito e valorização da pessoa humana e constitui um processo que visa a transformação da
cultura institucional, por meio da construção coletiva de compromissos éticos e de métodos para as
ações de atenção à Saúde. Baseado no exposto, a nutrição tem papel essencial nos cuidados ao
paciente oncológico. Dentre outros fatores a alimentação pode envolver afeto e carinho. o paciente
com câncer avançado apresenta alteração metabólica importante podendo levar a anorexia e
caquexia. a alimentação é um dos poucos meios de expressão do paciente, pois nela é transmitida
a sua vontade. Identificar o simbolismo de comer leva a uma maior eficácia da terapêutica.
Objetivos: oferecer satisfação gustativa e resgatar lembranças agradáveis aos pacientes em
cuidados paliativos em prolongado período de internação; traçar estratégias para um tratamento
nutricional adequado seguindo princípios da bioética, promovendo o seu bem estar. Métodos:
elaborar cardápio diferenciado com preparações que tragam lembranças da infância e momentos
especiais. Além do lanche é oferecida uma lembrança com mensagem de incentivo elaborada pelas
nutricionistas, buscando colaborar na evolução favorável da inapetência, desinteresse pelos
alimentos e recusa daqueles de maior preferência. para avaliar a satisfação e sugestão para
próximas preparações é aplicado um questionário pelo nutricionista. Resultados parciais (julho a
novembro de 2013). em relação a análise do consumo da preparação oferecida: 51,02%
consumiram tudo, 16,32% consumiram metade, 22,44% consumiram menos da metade e 10,20%
não consumiram nada. em relação ao sabor da preparação oferecida: 52,27% ótimo, 38,64% bom
e 6,82% regular. em relação ao sentimento de receber uma preparação especial, 90% das pacientes
relataram sentir-se feliz. Dentre as pacientes que sugeriram preparações, 87,50% preferiram
preparações doces e 9,37% preferiram preparações salgadas. Conclusões: Segundo a American
Dietetic Association, a nutrição em pacientes com doença avançada, em cuidados paliativos deve
oferecer: prazer, conforto emocional, auxiliando na diminuição da ansiedade e aumento da auto
estima, além de permitir maior integridade e comunicação com seus familiares.
_________________

Amadei, Carmelina; Barros, Maria do Socorro S. de; Scaramuzzi, Luciana Pierina; Marcos, Jacqueline São; Marianetti,
Alessandra Martins; Okamoto, Mercia. Projeto Tarde Saborosa. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10583

_________________
220
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas Integrativas para Melhoria da Qualidade de Vida no


Trabalho em uma Farmácia Hospitalar
_________________

Castanheira, Maria de Fátima; Takeda, Osvaldo Hakio; Nascim, Maria Helena F. do; Kole,
Monika; Yui, Cristina; Sant, Renato Del; Martins, Marcelo Girotto;
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Univesidade de São Paulo —
m.castanheira@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: em 1990, os distúrbios neuropsiquiátricos respondiam por 10,5% dessas


incapacidades e estavam entre as 20 principais causas no cálculo dos anos de vida perdidos
ajustados por incapacidade (AVAI). Além dos altos custos para os sistemas de saúde e para as
famílias, a assistência em saúde mental gera um ônus de pouca visibilidade: a sobrecarga imposta
aos profissionais responsáveis. Estudos internacionais mostram que o trabalho em saúde mental é
potencialmente um fator de estresse e esgotamento, podendo afetar a qualidade da assistência e,
em casos extremos, inviabilizar a continuidade de serviços. o impacto destes índices é apontado
por Cadilhe et al. (1994), ao reconhecer os transtornos mentais como as doenças que afastam por
mais tempo as pessoas do trabalho. para propiciar sensação de maior harmonia e bem estar no
ambiente de trabalho é utilizada a aplicação de terapias milenares de origem oriental, e outras
desenvolvidas a partir do século passado que atuam no equilíbrio entre o corpo e a mente, em
ambiente acolhedor e especialmente preparado, tais como: Reiki: método de cura natural pelas
mãos para promover o completo equilíbrio energético, prevenção das disfunções e para possibilitar
as condições necessárias a um completo bem estar; Shiatsu: terapia corporal pelo toque manual
ou digital sobre a pele com o objetivo de tratar ou prevenir doenças pela estimulação dos
mecanismos de recuperação naturais do corpo, fortalecer o sistema imunológico, melhorando a
saúde física e emocional; e TISE® (Toque Integrativo Somato Emocional): terapêutica manual e
corporal de facilitação do equilíbrio estrutural, da conscientização e manejo das experiências
traumáticas em favor da integração mente-corpo, desbloqueia estruturas físicas de contenção do
estresse emocional, liberando o fluxo circulatório. Objetivo: Avaliar se apenas com uma aplicação
de práticas integrativas é possível obter maior harmonia e bem estar no ambiente de trabalho.
Método: Aplicação de uma seção de Shiatsu, TISE ou Reiki para cada um dos funcionários da
farmácia de um hospital neuropsiquiátrico de alta complexidade. Resultados: Houve aderência de
82% (18) dos funcionários, sendo que apenas 4% (1) dos funcionários não quis participar. a
percepção individual de melhora logo após a aplicação foi em 56% (10) dos funcionários, sendo que
em 44% (8) foi surpreendente. a percepção individual depois de 7 dias: 89% (16) funcionários ainda
se sentiam melhor. Conclusão: Apesar de cada funcionário ter recebido apenas uma sessão foi
observado maior harmonização e bem estar no ambiente de trabalho, refletindo na qualidade
individual e coletiva.
_________________

Castanheira, Maria de Fátima; Takeda, Osvaldo Hakio; Nascim, Maria Helena F. do; Kole, Monika; Yui, Cristina; Sant,
Renato Del; Martins, Marcelo Girotto;. Práticas Integrativas para Melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho em uma
Farmácia Hospitalar. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10584

_________________
221
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Humanização nas Ações Educativas Realizadas em uma Unidade


Básica de Saúde no Município de Lagarto/ SE
_________________

Araujo, Jamilly Santos; Araujo, Jamilly Santos; Almeida, Thaynara Fontes; Fontes, Mírzia
Lisboa; Andrade, Maísa Alves; Bispo, Maycon Santana; Barreiro, Maria Socorro Claudino
Universidade Federal de Sergipe — jamilly142009@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a educação em saúde surgiu nos Estados Unidos da América no ano de 1909, em que,
baseava-se na transmissão do conhecimento e na domesticação das pessoas, e se fundamentava na
perspectiva de responsabilizar a população pelos seus problemas de saúde. o ministério da saúde, desde a
década de 1980 vem trazendo estes caminhos e tentando mudar os enfoques das ações educativas. Essas
ações passaram a ser vistas como um processo capaz de desenvolver a reflexão e a consciência crítica das
pessoas, principalmente sobre as causas de seus problemas de saúde, devendo ser centrada na
problematização e na leitura das diferentes realidades, valorizando as experiências de indivíduos e grupos
sociais. As atividades educativas são fundamentais para o desenvolvimento humano, visto que, elas além de
prevenir, promovem a saúde. a educação em saúde serve para levar o conhecimento para a sociedade,
deixando-a informada para o cuidado a sua saúde. OBJETIVO: Desenvolver assistência por meio de ações
educativas, integrais e interdisciplinares a usuários de unidade básica do munícipio de Lagarto-SE.
METODOLOGIA: relatar a atividade após consultas de pré-natal, em que foi desenvolvida ação de educação
em saúde para as futuras mães. RESULTADO: Após a consulta de pré-natal os alunos de enfermagem
organizaram uma atividade educativa – palestra dinamizada em que, foi abordada a temática do aleitamento
materno a futuras mães. Antes da palestra foi feita uma apresentação das gestantes e investigado o que elas
entendiam sobre o aleitamento. As mesmas relataram que amamentação é muito importante nos primeiros
seis meses de vida do bebê e que durante esse período não era necessário adicionar outros alimentos.
Também, foram abordadas quanto ao adicionamento de outros líquidos e uma das gestantes disse, que
poderia dar água e chás nos primeiros seis meses e o leite materno. Outras disseram que o leite materno
tinha a quantidade suficiente do que seria necessário para o bebê, pois havia escutado de outras mulheres,
que já haviam amamentado. Após a discussão com as futuras mães, foi iniciada a palestra e pontos como:
importância, amamentação exclusiva, cuidados com a mama, tempo certo para adicionar outros alimentos na
dieta do bebê e composição do leite materno, logo após a apalestra, foi desenvolvida uma dinâmica a qual se
prosseguiu com a realização de perguntas para que as gestantes, com intuito de observar se foi possível
alcançar um feedback positivo. CONSLUSÃO: a atividade educativa torna a assistência mais humanizada,
em virtude de fornecer uma atenção não apenas voltada para o cuidado, mas também na prevenção e
promoção da saúde, contribuindo assim para um melhor desenvolvimento da criança nos seis primeiro meses
de sua vida. 1-BERNARDES, Maria Eliza Mattosinho. Atividade educativa, pensamento e linguagem:
contribuições da psicologia histórico-cultural. Psicol. Esc. Educ., Maringá , v. 15, n. 2, 2011. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572011000200014. Acesso em 18 de janeiro de 2014. 2- NAKANO, Ana
Márcia Spanó; MAMEDE, Marli Villela. a prática do aleitamento materno em um grupo de mulheres brasileiras:
movimento de acomodação e resistência. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online], vol.7, 1999. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11691999000300010. Acesso em 08 de novembro de 2013.
_________________

Araujo, Jamilly Santos; Araujo, Jamilly Santos; Almeida, Thaynara Fontes; Fontes, Mírzia Lisboa; Andrade, Maísa Alves;
Bispo, Maycon Santana; Barreiro, Maria Socorro Claudino. A Humanização nas Ações Educativas Realizadas em uma
Unidade Básica de Saúde no Município de Lagarto/ Se. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-
7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10585

_________________
222
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Importância do Programa Anjos da Enfermagem: Educação


em Saúde e Humanização Através do Lúdico
_________________

Santos, Juliana Gabrielle; Sousa, Arnaldo Derijulie Siqueira de; Oliveira, Lara
Reis de; Silva, Herbert Carvalho; Almeida, Mariana Sobral de; Santos, Thiago
Rodrigues dos; Santos, Yara Mercedes Oliveira
Universidade Tiradentes — jullyana_gr@hotmail.com
_________________

O trabalho voluntário é de suma importância para um estudante, tanto na formação


acadêmica quanto para sua carreira profissional. Este relato de experiência tem como
foco o trabalho voluntário realizado no projeto Anjos da Enfermagem, fundado em 2004,
no Cariri Ceará, pela Enfermeira Jakeline Duarte, que conta com a participação de oito
acadêmicos de Enfermagem presentes em cada um dos dezesseis estados com
núcleos já implantados. em Aracaju - SE o projeto começou a ser vivenciado pelos
escritores desse relato de experiência em 2012, no hospital referência em oncologia
pediátrica. OBJETIVO: Relatar a experiência vivida por acadêmicos voluntários
envolvidos no projeto e expor a importância que o mesmo exerce sobre o voluntariado
e os beneficiados deste, além de mostrar a visão dos acadêmicos sobre as atividades
desenvolvidas pelo projeto. Foram expostas estratégias utilizadas para alcançar a
missão do projeto, sendo esta a humanização da saúde, o fortalecimento das redes de
apoio a criança com câncer e a educação através do lúdico. MÉTODOS: Trata-se de
relato de experiência sobre o envolvimento no projeto, onde foram realizadas pesquisas
bibliográficas entre livros e artigos com intuito de enriquecer as informações fornecidas,
além de contar com relatos de experiência de quatro estudantes de enfermagem,
participantes do projeto em questão, descrevendo a partir de tirocínios o quanto o
projeto é importante para a relação pessoal/profissional/social de um voluntário,
identificando a implicação desse trabalho para a sociedade e as crianças na vida intra-
hospitalar. RESULTADOS: o Projeto Anjos da Enfermagem proporciona ao voluntário a
oportunidade de estar no seu futuro ambiente de trabalho, o hospital, onde se torna
possível o contato direito ou indireto com toda a equipe de saúde, pacientes e
acompanhantes. Participar do projeto durante esse tempo foi de fato uma experiência
positiva e enriquecedora para todos aqueles que fizeram parte. CONCLUSÃO: Foi
notório que o trabalho voluntário dos Anjos da Enfermagem surte efeitos positivos no
tratamento e bem estar do paciente e sua família no âmbito hospitalar, além de
proporcionar ao estudante uma reflexão sobre a humanização em saúde
_________________

Santos, Juliana Gabrielle; Sousa, Arnaldo Derijulie Siqueira de; Oliveira, Lara Reis de; Silva, Herbert
Carvalho; Almeida, Mariana Sobral de; Santos, Thiago Rodrigues dos; Santos, Yara Mercedes Oliveira.
Importância do Programa Anjos da Enfermagem: Educação em Saúde e Humanização Através do Lúdico.
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10579

_________________
218
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização e Saúde Mental: Reflexões Acerca das Práticas


de Cuidado em Residências Terapêuticas, e para Além Deste
Serviço
_________________

Cunha, Larissa Santana; Melo, Liliana da Escóssia


Universidade Federal de Sergipe — larissasc89@outlook.com
_________________

Introdução: a partir da experiência de estágio curricular com duração de 1 ano nos serviços
referentes à atenção psicossocial de determinado município, o trabalho é desenvolvido no sentido
de descrever, e promover uma reflexão sobre práticas de humanização no cuidado ao paciente no
campo da Saúde Mental, mais especificadamente, no modelo de serviço conhecido por Residências
Terapêuticas (RTs). Assim, o presente estudo, baseado em relato de experiências, inicialmente
apresenta breve descrição do funcionamento da rede de atenção psicossocial que fundamenta os
serviços prestados pelo município através dos modelos substitutivos (anti-manicomais): CAPS
(Centro de Atenção Psicossocial) e RTs, além de outros aparelhos, como a Urgência e Emergência
Psiquiátrica, e leitos em Hospitais Gerais. Posteriormente, parto ao apanhado teórico, e por último
descrevo as atividades desenvolvidas, com ênfase nas práticas dos CAPS e das RTs, juntamente
com suas análises e reflexões. Finalizo o estudo com um trecho referente ao exercício de
pensamento sobre a Humanização nas RTs, dentro de tal modelo assistencial, frente aos egressos
de hospitais psiquiátricos e demais moradores, evocando outras questões igualmente pertinentes
dentre do eixo temático de cuidado ao paciente. a relevância do mesmo se apresenta ao passo que
refletimos diretamente sobre as possíveis formas de se reconhecer humanização no vasto e
complexo âmbito da saúde mental. Objetivos: o trabalho tem o intuito de apresentar descrição da
experiência de estágio, onde foi possível acompanhar as atividades desenvolvidas no campo da
saúde mental. com ênfase em captar os fazeres e as reverberações de práticas humanizadas neste
âmbito da saúde, também se destina a fazer eclodir análises e implicações acerca de tais fazeres,
e para além destes, promovendo levantamentos acerca das significações que se tem sobre
humanização em saúde. Metodologia: Referindo-se a um relato de experiência, o trabalho tem
como metodologia a observação participante, tendo sido desenvolvida a partir de idas semanais ao
campo, e com o acompanhamento de supervisão técnica nos serviços, e supervisão acadêmica. o
arcabouço teórico norteador para a inserção no campo se concentrou nos seguintes temas de
estudo e discussão: Reforma Psiquiátrica, Política Nacional de Saúde Mental, Política Nacional de
Humanização (PNH), Sistema Único de Saúde (SUS), Movimento Institucionalista, dentre outros.
Resultados: Convergem para a reflexão de que são inúmeras e variadas as práticas humanizadas
que foram possíveis de serem mais do que vistas, sentidas nos serviços de RTs, como exemplo de
dispositivo de saúde mental. Conclusão: Atenta-se para o perfil de cuidadores que trabalham nas
RTs, e as formas humanizadas que eles tratam e concebem a loucura, tendo ferramentas básicas
de humanização enquanto valiosas artimanhas em momentos de crise e no cotidiano das casas.
_________________

Cunha, Larissa Santana; Melo, Liliana da Escóssia. Humanização e Saúde Mental: Reflexões Acerca das Práticas de
Cuidado em Residências Terapêuticas, e para Além Deste Serviço. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10571

_________________
212
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo Cuidar : Preparando Cuidadores


_________________

Paulin, Tathiane Andreia; Lima, Diego Pereira; Corradi, Maria Luiza Galoro;
Hayashibara, Julie Keiko
Hospital Geral de Carapicuíba — tathiane7@yahoo.com.br
_________________

Na enfermaria de Clínica Médica, do Hospital, existe uma grande complexidade das


patologias que gera nos enfermos uma alta dependência em seus cuidados pessoais,
mas com condições de receber alta hospitalar. Porém, o cuidador apresenta dúvidas e
insegurança para receber o mesmo em sua residência, fazendo com que os índices de
tempo médio de internação e readmissão hospitalar sejam altos. Diante das dificuldades
observadas pela equipe multiprofissional que atua na enfermaria como falta de preparo
dos cuidadores para receber o paciente, altas taxas de morbidades, mortalidade e
readmissão, surgiu o “Grupo Cuidar”. o Grupo proporciona um programa de orientação
aos cuidadores dos pacientes de alta dependência, afim de esclarecer dúvidas, orientar,
amenizar sua insegurança e prepará-lo para o cuidado domiciliar. Objetivo geral o
“Grupo Cuidar” consiste num projeto multidisciplinar cujo objetivo é estabelecer medidas
educativas e de capacitação técnica a leigos (agora denominados “cuidadores”),
possibilitando-os auxiliar e dar assistência aos pacientes ditos “de alta dependência”.
Objetivos específicos Educar os cuidadores, tornando-os aptos a lidarem
domiciliarmente com o paciente de alta dependência. Diminuir o tempo de permanência
hospitalar. Diminuir a taxa de reinternação. Metodologia Semanalmente, o profissionais
de diversar especialidades (Psicologia, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia,
Farmácia e Nutrição) se reúnem com os cuidadores dos paciente de alta dependência
de cuidados para uma aula. Nesse momento são explicados sobre cuidados com
higiene pessoal, alimentação, cuidados com traqueostomia e exercícios, medicações e
aspectos psíquicos do paciente e seu cuidador. Resultados alcançados Melhora da
qualidade de vida dos pacientes Redução do tempo médio de internação Redução do
índice de reinternação hospitalar. Estreitamento do vínculo entre equipe, paciente e
familiar. Considerações finais: o Projeto Grupo Cuidar existe desde o início de 2011.
Nesse período foram capacitados cerca de 200 cuidadores. Anterior à capacitação dos
cuidadores, a média de reinternação dos pacientes até 30 dias da alta era de 3 pacientes
por mês. Observou-se que após o início das aulas a média de reinternação é de um
paciente.
_________________

Paulin, Tathiane Andreia; Lima, Diego Pereira; Corradi, Maria Luiza Galoro; Hayashibara, Julie Keiko.
Grupo Cuidar : Preparando Cuidadores. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10576

_________________
216
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Visita de Irmãos: Promovendo a Vinculação Precoce


_________________

Paulin, Tathiane Andreia; Lima, Diego Pereira


Hospital Geral de Carapicuíba — tathiane7@yahoo.com.br
_________________

Muitos recém-nascidos necessitam de hospitalização devido a sua prematuridade ou à algumas


patologias. Isso faz com que a família tenha que adiar o acolhimento e o momento de conhecer
e receber o bebê em sua casa. Momento esse, que gera expectativas em toda família: pais,
avós, tios e irmãos. para que os familiares conheçam o bebê, existe a visita na Unidade
Neonatal diariamente das 16h às 16h15min. Entretanto, a visita não privilegia os irmãos dos
RNs que ainda são crianças (menores de 12 anos). Muitas vezes, o irmão espera com
ansiedade a chegada do bebê e quando este precisa ficar hospitalizado, além do desejo em
vê-lo, sente falta da mãe que passa algum tempo no hospital. Muitos pais gostariam de trazer
os outros filhos para conhecer o bebê. a espera pela alta do RN pelos irmãos que não os
conhecem pode geram ansiedade nas crianças e nos pais e prejudicar o vínculo entre irmãos.
Dessa maneira, é necessário oferecer uma oportunidade para que os irmãos dos RNs menores
de 12 anos também possam visitá-los no hospital e se vincularem antes da alta hospitalar.
Objetivo geral Permitir que os irmãos (com idade entre 2 e 12 anos) dos recém-nascidos
hospitalizados na Unidade Neonatal os visitem. Objetivos específicos Estimular vínculo entre
irmão e bebê. Diminuir angústia das mães Promover participação de toda família durante
momento de hospitalização do bebê. Metodologia 1ª Etapa: Agendamento da visita a família
que sente o desejo de trazer os irmãos para visitar o RN agenda previamente com a
enfermagem para o dia que desejar trazer os filhos. As visitas acontecem às segundas-feiras
às 10h e às quartas-feiras às 13h30min. 2ª Etapa: Grupo de irmãos com a Psicologia Antes de
irem para a Unidade Neonatal, as crianças participam de um grupo com a psicologia a fim de
verificar se possuem condições para a visita e receberem orientações sobre a unidade. Dessa
forma, se for constatado que a visita não é benéfica para a criança, ela não visita o RN. As
crianças que estiverem em condições para a visita são orientadas referente ao ambiente
neonatal (aparelhos, sondas). Após o contato com a Psicologia, os irmãos podem visitar os
RNs acompanhados por um dos pais e pelo psicólogo. (Quando o número de visitantes for alto,
a enfermagem também pode acompanhar). a duração da visita é de aproximadamente 15 min.
3ª Etapa: Conclusão Após a visita, farão novo contato com a Psicologia para relatarem a
experiência. Resultados alcançados Vinculação precoce entre bebê RN e irmãos Redução da
ansiedade/angústia das mães Participação de toda família durante momento de hospitalização
do bebê Humanização do atendimento oferecido pela instituição. Considerações finais: com
a visita de irmãos, o vínculo familiar tem se constituído de modo mais amplo mais
precocemente. o novo membro da família já é inserido nesta, antes mesmo de ir para casa. a
participação dos irmãos maiores no processo de hospitalização do RN interfere diretamente no
enfrentamento da família deste momento. a visita de irmãos oferece maior acolhimento tanto
dos familiares no ambiente hospitalar, como do RN no ambiente familiar.
_________________

Paulin, Tathiane Andreia; Lima, Diego Pereira. Visita de Irmãos: Promovendo a Vinculação Precoce. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10577

_________________
217
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Pastoral da Saúde: um Exercito de Voluntários a Serviço do


Paciente
_________________

Lima, Diego Pereira; Araújo, Caroline Aparecida S.


Hospital Geral de Carapicuíba — cihumanizacao@hgcarapicuiba.org.br
_________________

Introdução a Pastoral da saúde é o setor responsável pelo recrutamento, organização e


gestão dos voluntários e dos trabalhos desenvolvidos pelos mesmos, atuando em parceria
com o Centro Integrado de Humanização e sendo o grande braço social da instituição.
Objetivos Articular o grupo de voluntários de modo a oferecer ao paciente um período de
internação mais humano e condizente com sua realizado fora do Hospital. Metodo a
Pastoral da Saúde atua de maneira integrada com todos os setores do Hospital, alicerçada
sobre três pilares fundamentais: •Espiritual •Social •Assistencial com cerca de 10 trabalhos
e projetos desenvolvidos por voluntários, a Pastoral da Saúde consegue suprir a demanda
que se faz existente em diversas áreas, como: •Brinquedoteca •Apoio Nutricional na
Hemodiálise •Visitas Religiosas ecumênicas •Grupos de auto cuidado (corte de cabelo,
manicure, penteados...) •Missas e sacramentos •Biblioteca do Bem (disponível a pacientes
e colaboradores) •Projeto Sorrir (grupos lúdicos travestidos de palhaços) •Música no Ar
(grupos de Corais) •Bazar do bem: o Bazar do Bem é um projeto desenvolvido pelo corpo
de voluntários e administrado pela Pastoral da Saúde. Consiste em um ambiente onde os
voluntários recebem doações de roupas, brinquedos e outros objetos, organiza e os
vendem por valores simbólicos de no máximo R$ 2,00. Todo o valor arrecadado com o
Bazar do Bem é revertido em auxilio aos pacientes em situação de vulnerabilidade social
através de cestas básicas, fraldas, kits de higiene, remédios entre outras necessidades. É
reconhecido por toda a comunidade (Colaboradores, pacientes e sociedade) como um
grande e importante projeto social que efetivamente possui resolutividade. Resultados É
latente a percepção da equipe assistencial para com os resultados obtidos com o trabalho
da pastoral da Saúde, os pacientes se mostram mais dispostos, receptíveis ao tratamento.
Além da melhoria na satisfação dos pacientes, notada na inversão do numero de
reclamações e elogios. Antes da Pastoral da saúde, em 2009, houve uma médica mensal
de 87 reclamações e 13 elogios, no ano de 2013 com a Pastoral da Saúde consolidada e
com todos os projetos em andamento houveram 31 reclamações e 90 elogios em média.
Conclusão: a Pastoral da saúde desempenha uma função extraordinária que avança além
da sua principal característica que é o atendimento espiritual, e esse avanço nas atividades
do grupo de voluntários reflete diariamente nos corredores do Hospital e funciona na pratica
como o grande braço de humanização e apoio espiritual e social da instituição.
_________________

Lima, Diego Pereira; Araújo, Caroline Aparecida S.. Pastoral da Saúde: um Exercito de Voluntários a Serviço
do Paciente. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10572

_________________
213
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Psicólogo em uma Equipe do Programa de Saúde da Família:


Desenvolvendo Programa de Promoção de Saúde na
Comunidade (UBS)
_________________

Nunes, Inae de Proença; Antunes, Natália Amaral; Barbar, Ana Elisa Medeiros;
Cardoso, Carmem Lúcia; Souza, Lícia Barcelos de; Francesc, Trude Ribeiro da
Costa
FFCLRP - USP — inae_nunes@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a organização do serviço de saúde na cidade de Ribeirão Preto dispõe de 14


Unidades de Saúde da Família, e carece de Núcleos de Apoio à Saúde da Família com equipes
englobando profissionais de áreas além daquelas previstas na equipe mínima. Entende-se que
a Psicologia pode contribuir na elaboração de planos terapêuticos, assim como favorecer o
diálogo multiprofissional, enriquecendo as possibilidades de atuação da equipe, principalmente
no que se refere as ações para a promoção de saúde mental neste contexto. Objetivo:
Apresentar um programa de inserção de alunos de Psicologia junto à comunidade na Atenção
Básica. Método: Apresentar-se-á as principais ações desenvolvidas por estagiários de Psicologia
da Universidade de São Paulo (Ribeirão Preto) em duas Unidades de Saúde (US) da Atenção
Básica. o estágio baseia-se nos preceitos do SUS, atuando na prevenção da doença e promoção
de saúde, com referencial teórico da saúde coletiva e da psicologia social da saúde. Os trabalhos
são planejados e desenvolvidos a partir de solicitações feitas pela equipe de saúde, e das
observações realizadas pelos estagiários, participando de reuniões de equipe e da rotina de
serviços. Assim se reconhecem necessidades de saúde da comunidade na qual estão inseridos,
especialmente na saúde mental. Resultados: Apontam-se três eixos principais de intervenção:
acompanhamento longitudinal; proposta de horta e jardim comunitário; realização de Grupo
Comunitário de Saúde Mental. o acompanhamento semanal de usuários, a partir da observação
de demandas, se dá através da aproximação e construção do vínculo, através do qual é possível
olhar para a complexidade e oferecer novas possibilidades de compreensão do vivido. Isto
implica em olhar para o usuário construindo-se ações de cuidado junto à pessoa e à equipe,
ampliando possibilidades terapêuticas. Identificou-se na Unidade de Saúde espaço propício para
uma horta comunitária. a atividade foi planejada a partir do interesse de usuários e discutida com
outras pessoas da comunidade e com a equipe, sendo designado um Agente Comunitário de
Saúde para auxiliar na reconstrução do espaço. o desenvolvimento do projeto se deu por meio
da contribuição dos participantes e da comunidade através de conhecimentos sobre o plantio,
além do oferecimento de mudas. o Grupo Comunitário de Saúde Mental, realizado nas Unidades
de Saúde, é uma atividade dedicada ao cuidado da saúde mental e favorecedor do
amadurecimento pessoal, através do exercício de atenção e reflexão sobre o cotidiano,
compartilhando e aprendendo com experiências. o grupo é aberto a todos e se dedica à
valorização do encontro humano e das experiências vividas. Conclusão: a participação dos
estagiários nas Unidades de Saúde potencializou o cuidado em saúde mental na comunidade,
através de atividades de promoção de saúde, prevenção e reabilitação, reestabelecendo a
autonomia e a potência produtiva dos usuários e ampliando a atuação da equipe de saúde.
_________________

Nunes, Inae de Proença; Antunes, Natália Amaral; Barbar, Ana Elisa Medeiros; Cardoso, Carmem Lúcia;
Souza, Lícia Barcelos de; Francesc, Trude Ribeiro da Costa. O Psicólogo em uma Equipe do Programa
de Saúde da Família: Desenvolvendo Programa de Promoção de Saúde na Comunidade (Ubs). In: Anais
do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10573

_________________
214
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Reduto do Humano: Identidade Narrativa e a Humanização da Saúde


_________________

Doppenschmitt, Marcelo Souza Koch Vaz


Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo — marcelokoch@gmail.com
_________________

Introdução: a necessidade de humanização da saúde é amplamente reconhecida desde ao menos


a segunda metade do século XX. por esta razão, recorre-se às humanidades a fim de se promover a
humanização dos profissionais da saúde, notadamente em sua formação. no entanto, as
humanidades são elas mesmas marcadas por um traço anti-humanista em busca de uma objetividade
que lhes faltaria para adquirir o estatuto de ciência, o que deu ensejo ao surgimento de abordagens
para as quais seu objeto de estudo não é o próprio homem, a pessoa, o sujeito humano, mas antes
algo que está por trás dele e, de algum modo, permite-nos explicar o fenômeno humano. Nessa linha,
encontram-se os autores chamados de mestres da suspeita que encetaram abordagens nas quais o
fenômeno humano é algo que precisa ser explicado por outros elementos: a história, a estrutura
linguística, o inconsciente. por outro lado, uma outra abordagem fortaleceu-se nas últimas décadas
tendo por objetivo a recuperação do sujeito humano, este sendo seu objeto principal. Decerto que
não se trata de voltar a uma concepção clássica de sujeito tal como foi concebida no início da
modernidade como em sua versão cartesiana na qual o sujeito é entendido como coisa, objeto. Não
se trata, tampouco, de negar a existência ou relevância da ação do sujeito da perspectiva sociológica,
psicológica ou filosófica. Entre estas duas posições extremas, é possível pensar a identidade pessoal
e moral em uma perspectiva narrativa ─ é possível falar em identidade narrativa ─ como abordagem
fundamental para se pensar a humanização das humanidades e, por conseguinte, do seu papel na
formação dos profissionais de saúde. Objetivos: o presente trabalho tem por objetivo elucidar o que
significa o emprego do termo humanizar no campo das humanidades e suas repercussões na
formação do profissional de saúde. de modo mais específico, pretende-se demonstrar o papel que o
conceito de identidade narrativa joga nesta humanização e sua importância, por exemplo, nas
reflexões a respeito da relação entre médico e paciente. Métodos: para alcançar o propósito do
trabalho, recorreu-se à análise conceitual de textos em uma abordagem ético-filosófica. Resultados:
Algumas abordagens em humanidades que nutrem a suspeita em relação à pessoa humana,
ressaltam aspectos de controle social ─ relações econômicas, de poder, de desejo ─ que presidiriam
as ações humanas. a despeito de sua relevância e utilidade, estas abordagens falham em
compreender a ação do sujeito no reduto do humano: como o sujeito compreende a sim mesmo
enquanto agente moral e como esta compreensão implica o mundo, os outros, a história, a cultura, o
que se apresenta inexoravelmente em uma forma narrativa. Conclusão: a fim de que as
humanidades contribuam efetivamente para a humanização na saúde, não é desprezível que antes
pensemos o significado dessa humanização ou do humanismo nas abordagens dos estudos das
humanidades.
_________________

Doppenschmitt, Marcelo Souza Koch Vaz. Reduto do Humano: Identidade Narrativa e a Humanização da Saúde. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10574

_________________
215
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Articulador de Humanização em Cena: o Diferencial para a


Capilarização das Políticas de Humanização Nacional e
Estadual nos Territórios
_________________

Souza, Rosenéia Braz de


Secretaria de Estado da Saúde - Departamento Regional de Saúde III - Araraquara-SP —
neia.articuladorahumaniza@gmail.com
_________________

Introdução o Núcleo Técnico de Humanização da Secretaria de Estado da Saúde de São


Paulo, através da linha de ação do Apoio Técnico e Formação em Humanização
contemplada na Política Estadual de Humanização publicada em 2012, estabelece a
função de Articuladores de Humanização no Estado de São Paulo. Objetivo Delinear e
sistematizar as cenas vivenciadas por um Articulador de Humanização do Núcleo Técnico
de Humanização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, atuando no
Departamento Regional de Saúde III de Arararaquara. Metodologia Relato da experiência
apontando as considerações e impressões nas experimentações como articulador de
humanização desde o processo seletivo e decisório de se inserir na função, até o trabalho
em si, dentro dos vários cenários possíveis de inserção e composição no território do DRS
III de Araraquara. para tanto, foram utilizados os registros de atividades, as atas e as
sínteses avaliativas construídas pelo articulador no período de agosto de 2012 a agosto de
2013, além da experiência viva compartilhada nos encontros. Desenvolvimento CENA 1 o
despertar pela causa: a inscrição e a seleção. a decisão de me inscrever para o processo
seletivo veio de encontro a minha expectativa de acreditar. Acreditar, mesmo sem o
embasamento teórico necessário, mas com a vivência prática do cuidado, da gestão e de
vida que compõe a minha bagagem. Embora tenham muitas vivências que me fizeram
desacreditar de um “SUS que dá certo”, neste momento, senti que poderia contribuir para
que esta construção fosse possível. Ainda na seleção, que também foi um processo
formativo, com produção de discussões e transmissão de conceitos e saberes, o contato
com ideais e discursos de pessoas que lutam e difundem a humanização como um
processo de mudança e uma política que pode fazer a diferença, me afetou profundamente.
Grande expectativa em decorrência do resultado, que apesar de ser candidata única para
atuar no DRS III de Araraquara, ficava a dúvida: será que realmente tenho este perfil?
Enfim o resultado foi positivo. Muitas dúvidas ocorreram neste início, com especial
relevância para a própria compreensão desta nova função e o modo de atuação. o que
ficou em destaque no processo de formação foi o diferencial da função de articulador,
constituindo-se na flexibilidade e liberdade de percorrer o território e transpor os muros
institucionais. Também destaco a potência do trabalho do articulador de conectar a rede
dentro dos territórios de atuação e a capacidade de capilarização da política de
humanização. o grande desafio, partindo deste primeiro momento é a necessidade de
afetar pessoas e a também tomar alguns cuidados que são essenciais, como os processos
burocráticos, pensar nas estratégias de aproximação, a intensidade do trabalho,
entendendo que quase tudo está contra nós (quem trabalha com a humanização) e a
necessidade de identificar momentos de atuação e recuo, uma vez que estaremos
entrando em contato com várias realidades, a identificação do campo da autonomia, a
necessidade de ter claro o sentido do trabalho e das discussões e também de enxergar o
cenário e não somente os sujeitos, com as variáveis visíveis e invisíveis. CENA 2 o trabalho

_________________
205
para dentro do DRS III: Compreender o território interno do DRS foi o primeiro passo.
Conhecer as pessoas, os diversos centros e suas relações, os espaços instituídos, seu
papel na rede e a relação com os municípios. Foi um importante processo de mudança, de
inserção e de compreensão do meu lugar dentro deste território. Houve vários momentos
de tensão nesta inserção, entendendo que a figura do articulador, por ser nova nos
processos de trabalho da regional tenderia a este enfrentamento. Estas tensões estão
sendo trabalhadas pelos atores envolvidos e a meu ver tem se tornado propulsoras do
próprio trabalho do articulador e da humanização. em parceria com o Centro de
Desenvolvimento e Qualificação para o SUS (CDQ SUS) muito se tem construído e vem
sendo discutido no sentido do desenrolar da política de humanização na ponta e à nível
regional, entendendo a complementação do trabalho por ambas as partes. Dentro desta
linha vários momentos de parcerias foram possíveis á nível regional, como o momento de
acolhimento dos gestores, a oficina de educação permanente e humanização, a retomada
das oficinas dos Grupos de Trabalho em Humanização dos Hospitais, dentre outros
encontros. As Articuladoras de Atenção Básica também se constituíram em importantes
parceiras, principalmente no território dos municípios, onde já tinham certa familiaridade
com os atores e os processos de trabalho, bem como a vivência com o próprio SUS,
contribuindo enormemente nas discussões e trocas. a diretora do DRS, como importante
potência para o trabalho, sempre tem acreditado e apoiado o trabalho da humanização e
do articulador. nas reuniões com a equipe técnica, muitos entendimentos do próprio
funcionamento da regional vêm sendo compreendidos, contribuindo para o trabalho local,
onde várias questões são abordadas e o articulador pode contribuir para o alinhamento
dos discursos e a veiculação da informação e orientação. Houve importantes momentos
de interação com gestores proporcionados pelo CDQ e com parceria da articulação, como
o acolhimento dos gestores que ocorreu em decorrência da mudança de gestão e tinha o
objetivo de integrá-los ao DRS através dos seus vários núcleos e centros. na ocasião o
articulador pode falar dessa nova função e do seu papel na rede; também teve
oportunidade de construir um cordel que contribuiu para a sensibilização e as boas vindas
dos gestores e suas equipes. Esse vínculo vem sendo alimentado nas participações
constantes nos Colegiados de Gestão Regional, que também é um espaço da gestão e
que contribui para suscitar discussões disparadoras e propulsoras do trabalho in loco,
como a apresentação pelos gestores das propostas de intenção do trabalho com as
Políticas de Educação Permanente e Humanização. nos espaços de discussões das redes
de atenção (Cegonha, Psicossocial, Deficiente e Urgência e Emergência) a compreensão
do processo contribui para pensar como integrar essas pessoas nos seus territórios,
constituindo de fato redes fortes, vivas e potentes, que tenham como foco a melhoria nos
processos de atenção e de gestão. o Fórum de Regulação também tem sido um espaço
importante de compreensão da dificuldade de integração do vários pontos da rede e da
gama de interesses envolvidos neste processo, acarretando em resultados muitas vezes
que não atendem as necessidades reais das pessoas. a participação nas oficinas dos
GTHs dos Hospitais produzidas pelo CDQ SUS também tem mostrado como potente
espaço de discussões de atuação e de revisão de processos de trabalho, bem como de
troca de experiências. Outros espaços constituíram-se como importantes para análise de
cenários como desencadeadores de conversas no contato com os municípios, como as
reuniões da Atenção Básica sobre o Programa de melhoria para a qualidade da Atenção
Básica (PMAQ), a Sala de Situação da Atenção Básica, o Comitê Regional de Mortalidade
Materna e Infantil, as oficinas para análise dos Mapas de Saúde e outros. Os espaços
Macrorregionais ou da RRAS XIII vem se construindo como um processo de ampliação do

_________________
206
olhar para este amplo território e se constituem em reuniões da Comissão de Integração
Ensino e Serviço, dos CDQs dos DRS que compõem este território (Araraquara, Barretos,
Franca e Ribeirão Preto), reuniões da Macro onde, além dos CDQs referidos e dos
Articuladores, também fazem parte o Núcleo Técnico de Humanização. CENA 3: com o
NTH – a construção de uma identidade. Desde o processo de formação, o NTH vem
produzindo espaços de conversa mensais, com vários cenários, onde o articulador pode
estabelecer um contato mais próximo, trabalhando suas angústias e dúvidas e conectando-
se as propostas de trabalho para os territórios. a troca com outros articuladores tem se
tornado uma importante ferramenta de produção e análise do trabalho e a constituição com
os CDQ e Apoiadores do Ministério da Saúde vem se construindo vistas ao
desenvolvimento do trabalho e do objetivo comum de todos, que é a humanização da
atenção e da gestão no SUS. Importantes momentos de reflexão e da potência do trabalho
vêm fazendo parte desses encontros, bem como a instrumentalização e direcionamento do
articulador para exercer sua função. CENA 4: nos municípios – conhecendo, produzindo
encontros e reflexões. o trabalho com os municípios vem se constituindo a cada dia, à
medida que o próprio articulador se apodera do conhecimento teórico e prático, dos
processos de trabalho em cada local trabalhado e das possíveis conexões possíveis de
serem construídas. na gestão estadual compõe a rede o Hospital Estadual de Américo
Brasiliense e o Ambulatório de Especialidades Médicas de Américo Brasiliense que são
importantes pontos de referência na rede para os municípios que compõe o DRS III (24 no
total). o Hospital também se constitui como referência no Estado para a Humanização e as
discussões na Comissão de Humanização do mesmo vem sendo importante espaço de
apoio e levantamento da necessidade de articulação com a rede. nos municípios, o foco
inicial do trabalho se concentrou em conhecer o território e as pessoas e apresentar-me
como articuladora, bem como o meu trabalho. Foram visitados Centros de Saúde,
Unidades de Saúde da Família, Centro de Especialidades, Secretarias Municipais de
Saúde, Unidades de Atenção Básica, Hospitais e conversado oportunamente com os vários
atores (gestores e profissionais de saúde) que compõem esta trama. Este trabalho foi em
grande parte realizado conjuntamente com as Articuladoras de Atenção Básica do DRS III.
Num segundo momento, o trabalho vem se produzindo com a promoção e estimulação de
encontros, vistas a integração das pessoas que compõem essa rede, com a intenção de
proporcionar conversas sobre a política de humanização. Vem sendo discutidas questões
como o conceito de humanização, a necessidade de uma política de humanização,
incentivando neste momento uma importante reflexão sobre o SUS e as fragilidades do
sistema, a PNH com os seus princípios, método, diretrizes e dispositivos, a PEH com seu
objetivos e suas linhas de ação, bem como suas apostas, enfatizando aqui a necessidade
de expansão e regionalização da humanização. Muitas conversas vem sendo produzidas
neste caminhar e destaco aqui importantes pontos que foram levantados pelos
participantes como as fragilidades e dificuldades de instituir os princípios e diretrizes do
próprio SUS, a necessidade de integração e do trabalho em rede, a importância do trabalho
em equipe, a necessidade de criação de espaços de conversa, necessidade de
aproximação da gestão com a atenção, o modelo de atenção que vem se produzindo e as
necessidade de mudança, modelos de gestão, a importância da participação social,
acolhimento, acesso e organização do sistema, redes de atenção, ambiência, visita aberta,
direito acompanhante, comunicação, autonomia dos sujeitos e interferência política
dificultando os processos de trabalho. Resultados Alcançados: a inserção deste novo
personagem no território do DRS III vem produzindo um importante processo de
constituição e produção do trabalho com a humanização no sentido de compor com os

_________________
207
diversos centros e núcleos da regional e com o trabalho já construído na regional e nos
municípios. o potencial de romper com os muros institucionais e poder estar na ponta dos
serviços, com as equipes, vem fortalecendo a capilarização da política de humanização
nos municípios. com o incentivo à participação dos diversos atores nos coletivos
produzidos nos municípios amplia-se o debate sobre a necessidade de aumentar o grau
de comunicação na rede, entendendo a falta de transversalidade como um problema em
potencial que dificulta o trabalho e a integração, produzindo vários outros entraves. As
funções do articulador de humanização vêm se produzindo à medida que: conhece os
territórios e as pessoas, as potências e fragilidades reconhecendo necessidades locais e
parceiros para o trabalho; se aproxima das realidades, fazendo ponte com o DRS para
compreensão dessas realidades e construção conjunta de demandas regionais; apoia e
estimula as iniciativas de trabalho com a humanização nos vários cenários; promove a
integração da rede de cuidado através dos seus vários atores; promove a articulação da
política de humanização entre os vários pontos da rede; incentiva a produção coletiva e a
construção de grupalidades; estimula o planejamento de ações, bem como o
monitoramento e a disseminação de resultados positivos. a instrumentalização do
articulador através do contato com produções sobre humanização e o Sistema Único de
Saúde e a participação em eventos que favorecem uma análise crítica dos processos vem
produzindo um refinamento no seu discurso e na abordagem com os municípios,
compreendendo melhor os processos de trabalho e o próprio modo e tempo de oferecer e
trabalhar o apoio. Considerações Finais: com base nestes momentos de conversa e
participações, o trabalho até aqui mostra a importância e necessidade de capilarização da
política de humanização, aproximando-a das pessoas e coletivos implicados no processo
de produção do cuidado e da saúde. Muitos desafios vem se construindo nesta caminhada
como a necessidade de mudanças na forma de fazer gestão e a atenção, a garantia de
sustentabilidade da política de humanização, a co-responsabilização dos sujeitos
entendidos como protagonistas do trabalho e a criação de grupalidades que fomentem
estas discussões e acreditem na política de humanização como necessária para essa
(re)construção. Existe também uma necessidade de pensar e concretizar de fato a inserção
dos usuários nestes momentos de discussão, entendendo sua voz ativa como importante
ferramenta para o planejamento do trabalho, já que sua atuação não ocorre como deveria,
bem como do próprio trabalhador da saúde, atores estes, que estão a margem do processo
decisório. o articulador precisa estar reafirmando a todo o momento no que acredita e a
potência do seu trabalho, tendo em vista que se coloca como importante ativador de
análises de processos de trabalho, que muitas vezes geram enfrentamentos e necessidade
de mudanças e com isso da saída da zona de conforto, a qual dificulta o olhar ampliado e
crítico das situações e produção de sujeitos autônomos e que, no entanto, é um olhar
necessário que leva com a política de humanização, um caminho de possibilidades e de
vislumbramento de um SUS que queremos de fato produzir.
_________________

Souza, Rosenéia Braz de. Articulador de Humanização em Cena: o Diferencial para a Capilarização das
Políticas de Humanização Nacional e Estadual nos Territórios. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10563

_________________
208
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Deconstructing The Notion Of Human Genetic Causation: a


Reflection Necessary To Face The Eugenic Threats That
Emerge From The Rise Of Genetic Technologies
_________________

Dawidowski, Adriana Ruth


Instituto de Desarrollo Económico Y Social (IDES). Universidad Nacional de General Sarmiento.
Buenos Aires. Argentina — adriana.dawidowski@gmail.com
_________________

Introduction: Diagnostic techniques are living an euphoric cycle because of the genetic technologies
applied to predictive diagnosis. Meanwhile anthropological and philosophical analysis understand
these techniques as modern expressions of eugenic modelization of bodies and biologization of
social relationships, and the medical institutions and physicians as intermediaries of this biopolitic.
This could be rooted in the notion of gene that is assumed by this professional collective. Objective:
to identify ideas and notions that can lead to construction of social relationships underpinned on the
genetic of people. Methods: discourse analysis of medical interviews. 5 argentinean physicians from
leading health institutions (3 oncologists (On), 1 endocrinologist (Endcr), and 1 genetic counsellor
(GC) were interviewed during 2012 about their opinions and prescription practices on cancer genetic
test. Results: The On and Endcr opinions are dominated by the preventive logic that is seen as a
rule of higher order. They emphasize the biological heritage, the familial bonds and also the
determination of sibling's life, health and quality of life. On the contrary the GC discourse, because
of the arouse of the disease can be expressed in probabilistic terms, are oriented to enforce patient's
autonomy regarding preventive measures. In spite the On and Endcr mention probabilities, their
discourses are oriented to guarantee the patient's adherence to these measures. As a result genes
are being expressed as sufficient causes of the disease. Conclusion and discusion: The analysis
suggests that the medical concept of gene rests on the idea of causality, concealing the notion of
probability and multicausality of cancer.This fact can be interpreted in the light of the notions of Mario
Bunge of Determination and Causal Determination, in combination with the Theory of
Complementarity from Ingold. This theoretical crossing enable to hypothesize that, as genetics is a
pre-intervention instance respecto to the culture and the environment, medical discourse interprets
it as a Causal Determination (in the sense of efficient cause): the temporal precedence reinforces
the Western tradition to dissociate form and substance, enabling the analogy of the genotype as a
design specification that can be completed with the variable information provided by the
environment. In this way genes are depicted as the main causal factor of human development, letting
aside the multicausality of illness, that can better be viewed from the concept of Probabilistic
Determination. Ingold's thesis of self-assembly, which proposes that from the first moment of
gestation, neurology and anatomy are the results of mutual modeling of biology, psychology and
culture, opens the possibility to figure genes as a previous instance in the human development, but
not its Sufficient Cause. As this theory is scientifically plausible opens the possibility to remove
scientific basis to racist ideologies.
_________________

Dawidowski, Adriana Ruth. Deconstructing The Notion Of Human Genetic Causation: a Reflection Necessary To Face
The Eugenic Threats That Emerge From The Rise Of Genetic Technologies. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10564

_________________
209
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto Sócio-Educativo “Palhacinho Sassá”, Mediando Á


Relação com Pacientes Internados, Ambulatoriais e Os
Colaboradores; na Construção de Brinquedo com Uso de
Material Reciclável.
_________________

Santos, Cleonice Bezerra dos


Instituto Central HCFMUSP — cleonice.bezerra@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução Alinhado a Política Nacional de Humanização, permeando princípios de


fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, estimulando a transdiciplinaridade
e a grupalidade, utilização da informação, da comunicação, da educação permanente e
dos espaços da gestão na construção de autonomia e protagonista de sujeitos e coletivos,
procuramos consolidar estas vertentes envolvendo pacientes internados e ambulatoriais,
colaboradores e gestores no Projeto de Construção do Brinquedo “PALHACINHO SASSÁ”,
com uso de materiais recicláveis. As atividades constituem meio para abordar diferentes
aspectos da hospitalização, como o engajamento dos pacientes nas atividades,
entrosamento entre os mesmos, harmonia das relações no ambiente hospitalar e a
importância do brinquedo de sucata como barato, fácil e transformador da realidade. a
atividade lúdica proporciona benefícios aos pacientes hospitalizados de forma geral. na
terapia ocupacional; o paciente usa a arte e o artesanato como forma de ocupação,
estimulando a criatividade, na terapia recreativa; estimula a comunicação e o entrosamento
através de atividades em grupo com outros pacientes com entretenimento, na terapia
educacional; educa/ reeduca, desperta no reaproveitamento de materiais, na aplicação e
disseminação do aprendizado, permeando as relações interpessoais. Independentemente
do contexto em que pacientes e colaboradores encontram-se no ambiente hospitalar, a
atividade agrega valor e estimula a vivenciar momentos diferenciados, minimizando o
estresse. Objetivo Estimular o aprendizado e novos hábitos, atitudes e comportamentos
que conduzam a mudança por meio da informação. Introduzir a arte terapia, transformando
aquilo que era resto, sem valor, em algo diferente. Possibilitar a construção da consciência
ecológica para este mundo diferente e transformador com ações práticas. Subsidiar por
meio de informação, que lixo pode ser uma fonte importante de recurso financeiro através
da reciclagem. Identificar no processo, os benefícios do descarte correto, através da
reciclagem com o reaproveitamento do material. Estimular o fortalecimento das relações
interpessoais, desenvolvimento cognitivo, psicomotor e social com momentos de prazer.
Integrar por meio da participação na construção de “algo” para ser doado às crianças
internadas e dos ambulatórios em comemoração às festividades do “Dia das Crianças”.
Disseminar o projeto como vitrine para ser desenvolvido em outras instituições.
Metodologia - Desenvolvimento Participam das oficinas, colaboradores e pacientes
internados e ambulatoriais. a divulgação das oficinas aos colaboradores é realizada por
meio de cartaz, pelo Centro de Comunicação Institucional que fixa os cartazes em todos
os murais e relógios de registro da frequência, e o Centro Especializado de Tecnologia da
Informação disponibiliza na Intranet. no caso dos pacientes internados, é realizado o
contato por meio da Divisão de Enfermagem, que informa nas reuniões da liderança, e o
agendamento e planejamento da atividade é realizado em conjunto. Os colaboradores
deixam os brinquedos construídos, são identificados com o nome, e entregues nas
unidades de internação e ambulatórios nas datas comemorativas como “Dia das Crianças

_________________
210
e Natal”, e os pacientes ficam com o brinquedo construído. As atividades com os
colaboradores são realizadas semanalmente, e com os pacientes internados após
agendamento, ambas com duração de 1h e 30 minutos. nas oficinas das unidades de
internação, todo material é preparado e transportado até o local, procuramos não intervir
na rotina da assistência da equipe multiprofissional, em horários de recebimento das
refeições, visitas médica e de familiar. a Assessoria de Imprensa divulga no jornal interno
do instituto. Considerações Finais: a experiência evidenciou integração, momentos de
lazer, ocupação e de satisfação em participar de atividades de construção do brinquedo, a
preocupação em fazer o melhor, redescobrindo o prazer de criar e de se relacionar. a
realização das oficinas configurou-se como atividade educativa, lúdica, valorizando o
trabalho artesanal e das relações interpessoais. Os resultados das oficinas são
legitimados, por meio das manifestações: “Sempre quis aprender a fazer este palhacinho”;
“Consegui ficar sem oxigênio durante toda a realização da oficina”; “Vou fazer para meus
netos”; “Esse eu vou dar especialmente para meu filho...”; “Vou fazer para levar no orfanato
e na creche onde moro”; “Estou me sentindo útil, vocês são maravilhosas voltem mais
vezes... e como fiquei mais calma...”; “Conheci as outras colegas que estão internadas com
o mesmo problema que o meu...”; “Minha mãe queria muito aprender a fazer, eu aprendi e
vou ensiná-la”; “Vou fazer no aniversário do meu filho para dar aos coleguinhas de
presente”; “Como as crianças ficam felizes ao receber este brinquedo”, estou feliz por
aprender e vou ajudar em outros locais”; “Vocês autorizam eu ir à sala onde trabalham e
fazer novamente”; “Estou me sentindo importante, e me sinto melhor”.
_________________

Santos, Cleonice Bezerra dos. Projeto Sócio-Educativo “Palhacinho Sassá”, Mediando Á Relação com
Pacientes Internados, Ambulatoriais e Os Colaboradores; na Construção de Brinquedo com Uso de Material
Reciclável.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10565

_________________
211
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Aleitamento Materno Exclusivo - Avaliação da Assistência de


Enfermagem em Hospital Escola
_________________

Ramos, Lilia Cadoso de; Neri, Kamilla Cardoso L. Paula; Martins, Cleusa Alves
Mepes- Faculdade de Medicina/UFG - Hospital das Clinicas/UFG — liliaraphael@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: o aleitamento materno é uma estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e


nutrição para o recém-nascido, constitui-se a forma mais econômica e eficaz de intervenção na
redução da morbimortalidade infantil. Permite um grande impacto na promoção da saúde integral
do bebê. OBJETIVOS: Caracterizar o conhecimento das puérperas sobre o manejo do
aleitamento materno exclusivo e analisar as orientações dos profissionais de enfermagem quanto
ao aleitamento materno exclusivo. METODOLOGIA:Estudo descritivo, exploratório, de
abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada em
13 nutrizes internadas na maternidade de um hospital escola, em Goiânia, Goiás, durante o mês
de novembro de 2013. o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana e
Animal, sob o protocolo nº455.875, e Resolução 466/12 CNS. RESULTADOS: Utilizou-se análise
de conteúdo segundo Minayo, para tanto elaborou-se quatro categorias temáticas:orientações;
dificuldades na amamentação; benefícios da amamentação e direitos da nutriz. Caracterização
dos sujeitos: constitui-se de três adolescentes, oito até 30 anos e duas acima de 30 anos de
idade. Renda mensal entre R$125,00 e R$467,00. Estado civil, uma casada, cinco união estável
e sete solteiras. a prole variou de um a quatro filhos. Escolaridade: quatro ensino fundamental
incompleto, três ensino médio completo e uma ensino superior incompleto e cinco não
informaram. Os depoimentos revelaram que não apenas a enfermagem orientou, mas também
a fonoaudióloga. Identificou-se que os profissionais de saúde algumas vezes deixaram de
orientar as nutrizes acerca do aleitamento materno exclusivo e suas vantagens para o recém-
nascido e para a mãe. As depoentes relataram dificuldades durante o aleitamento materno,
especialmente à pega e que em alguns momentos recebeu orientação, da equipe de
enfermagem quanto ao manejo. Identificou-se que as nutrizes raramente foram informadas sobre
seus direitos trabalhistas.CONCLUSÃO: a análise dos depoimentos revelou que os profissionais
de enfermagem algumas vezes têm negligenciado seu papel de orientador a respeito das
dificuldades na amamentação às mães que precisam de ajuda, assim a equipe deve intervir
auxiliando as nutrizes a encontrarem maneiras de lidar, sem esforços desnecessários a garantir
o sucesso do aleitamento materno exclusivo. Observou-se que os profissionais de enfermagem
oferecem diversas informações pertinentes ao aleitamento materno, porém as condutas não são
padronizadas. Embora algumas nutrizes tenham afirmado conhecimentos prévios ou adquiridos
durante o período de internação acerca de alguns benefícios do aleitamento materno, este
estudo revela a importância das instituições investir em educação continuada de forma efetiva,
contribuindo com a redução do desmame precoce.
_________________

Ramos, Lilia Cadoso de; Neri, Kamilla Cardoso L. Paula; Martins, Cleusa Alves. Aleitamento Materno Exclusivo -
Avaliação da Assistência de Enfermagem em Hospital Escola. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10554

_________________
199
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

10 Dias de Vivências no Sus e Movimentos Sociais -


Aprendendo o que a Universidade Precisa Aprender: Saúde É
Lutar Contra Tudo o que nos Oprime
_________________

Bizerra e Silva, Sabrina Eduarda; Costa, David William dos Santos


Universidade Federal de Pernambuco — sabrinabizerra@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a participação dos alunos da graduação num projeto de extensão nas


férias se torna um processo de pesquisa a mais para sua formação profissional e humana.
Saindo do modelo hierarquizado para um modelo democrático de ensino-aprendizagem,
os alunos ensinam ao mesmo tempo que aprendem. Assim, o processo de humanização,
que é um continuum, se faz por meio de debates e vivências, com um perfil diferente do
ensino habitual. OBJETIVOS: Inserção em alguns ambientes do SUS, como no Programa
de Saúde da família e Consultório de Rua e em alguns Movimentos Sociais, como nos
trabalhadores que lutam pela reforma agrária, com o objetivo de discutir o que é saúde,
além dos muros da universidade e dos modelos hospitalocêntricos e curativistas colocando
o estudante como agente transformador da realidade. Emponderando-o. MÉTODOS:
Durante 10 dias: discussões sobre um conceito de saúde ampliada, com a presença de
professores convidados ou sob o norteamento dos próprios alunos com os temas:
Determinantes sociais da saúde, Opressões, Introdução ao Capitalismo, Papel social dos
graduandos, Integralidade, Promoção de Saúde e Atenção Primária, Movimentos sociais.
e 5 vivências externas: Estratégia de Saúde da Família, Consultório de Rua, Assentamento
de alguns movimentos sociais, Academia da cidade, Gerência do Serviço de Assistência
Domiciliar (SAD). RESULTADOS: Após cada vivência, aliada às discussões, cada aluno
refletia um novo conceito de humanização na saúde, retornando à tona o que esse termo
significa: dar a dignidade ética as ações da saúde, reconhecendo e sensibilizando-se com
o outro em sua totalidade. Assim, entendendo o "fazer saúde" como algo além da profissão
escolhida e sim, como um combate às diversas formas de desumanização da sociedade,
como as diferenças de classe, opressão de gênero, deficiência na educação,
discriminação, entre outros. CONCLUSÕES: o projeto de vivências durante as férias se
fez necessário por suprir algumas demandas da universidade. Baseando-se num projeto
freireano de educação, cada aluno - para alguns pela primeira vez- tomou a frente de suas
próprias descobertas e aprendizado, fazendo com que um novo sentido do que é
humanizar-se surja, entendendo a sociedade e sua relação com a necessidade de
humanizar humanos e suas ações, e tornando a luta por uma saúde real possível.
_________________

Bizerra e Silva, Sabrina Eduarda; Costa, David William dos Santos. 10 Dias de Vivências no Sus e
Movimentos Sociais - Aprendendo o que a Universidade Precisa Aprender: Saúde É Lutar Contra Tudo o que
nos Oprime. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10562

_________________
204
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Efeitos do Uso do Brinquedo Terapêutico no Comportamento


de Crianças Durante o Tratamento Quimioterápico
_________________

Portela, Odete Teresinha; Santos, Edson Silva dos; Dutra, Larissa Veríssimo;
Carmagnani, Maria Isabel Sampaio; Filipini, Rosângela; Gomes, Gilson Moreira
Hospital São Paulo, Universidade Federal de São Paulo — odete.portela@unifesp.br
_________________

Introdução: o câncer modifica a vida da criança e sua família, resultando sofrimento, por isso, exige
a escolha de estratégias diversas no cuidado. o uso do brinquedo terapêutico (BT) tem sido uma
prática amplamente utilizada e com bons resultados; técnica baseada nos princípios da ludoterapia,
a fim de aliviar ou diminuir a ansiedade da criança que esteja ou não hospitalizada. Ele tem sido
uma excelente estratégia de cuidado humanizado, portanto, aplicável a crianças em tratamentos
invasivos, como a quimioterapia. Objetivo: Verificar os efeitos do BT nas reações adversas e
comportamento em crianças durante seções de quimioterapia (QT). Método: Estudo descritivo,
realizado com 17 crianças de 4 a 10,9 anos, de ambos os sexos, em início de tratamento oncológico
num hospital da Grande São Paulo, no período de janeiro a abril de 2012. Foi aplicada a técnica do
BT ao início do tratamento de QT; seguimento das crianças durante cinco dias de tratamento,
observando-se os efeitos das reações adversas das drogas e seu comportamento. Foi utilizado um
instrumento validado para avaliação do comportamento, o modelo de RIBEIRO; SABATÉS e
RIBEIRO, 2001. Realizado análise descritiva dos dados por meio do Epi-Info, 6.0. Resultados. a
média de idade foi 7,5 anos; predomínio de meninos (64,7%); e maioria com renda baixa. no
processo de hospitalização, 6 (35,3%) tiveram sua primeira experiência e a média foi 3 internações.
As leucemias representaram 76,5% das ocorrências de câncer, seguidas dos Linfomas (11,8%).
Quanto ao tratamento, à via escolhida para a administração das drogas mais utilizada foi à
endovenosa, com 100% dos casos, paralelamente com a via oral, em 88,2%. As drogas mais
utilizadas foram os antimetabólicos e os antibióticos, ambos em 70,6% dos casos. Durante as cinco
sessões de QT, houve diminuição de náusea, vômito, mal estar, adinamia e agitação, após o
primeiro dia. na somatória total dos oito efeitos observados, a redução também foi elevada ( 82,4%
no primeiro dia e 29,4% no terceiro); destaca-se a diminuição da soma do escore de comportamento
(5 para 3). Conclusão. a criança ao receber um diagnóstico de câncer fica exposta a uma situação
estressante que se soma à possibilidade de internação. Ela deve adaptar-se a novos horários,
conviver com pessoas desconhecidas, submeter-se a procedimentos invasivos, permanência
hospitalar prolongada no quarto, enfim, situações que resultam na diminuição do brincar, antes
rotineiras na vida da criança. Esta circunstância interferem no convívio social, no seu
desenvolvimento cognitivo, além de aumentar o nível de dependência pelo cuidador, assim,
acentua-se sua vulnerabilidade. o uso de estratégias de cuidado com a criança, como o brinquedo
terapêutico contribui no tratamento, amenizando o sofrimento e comportamento mais seguro.
PALAVRAS CHAVES - Criança, câncer, brinquedo e Terapia
_________________

Portela, Odete Teresinha; Santos, Edson Silva dos; Dutra, Larissa Veríssimo; Carmagnani, Maria Isabel Sampaio;
Filipini, Rosângela; Gomes, Gilson Moreira. Efeitos do Uso do Brinquedo Terapêutico no Comportamento de Crianças
Durante o Tratamento Quimioterápico. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10559

_________________
202
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Assistência Humanizada ao Paciente Portador de Cirrose


Hepática– Relato de Experiência
_________________

Andrade, Maisa Alves; Fontes, Mírzia Lisboa; Almeida, Thaynara Fontes; Araujo,
Jamilly Santos; Cartaxo, Carla Kalline Alves; Oliveira, Patricia Gois de
Universidade Federal de Sergipe — maisinhaalves@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a Cirrose Hepática é responsável por uma alta taxa de morbimortalidade,


sendo a quinta causa de mortalidade em homens de 20 a 59 anos. Trata-se de uma doença
crônica na qual ocorre substituição difusa da estrutura hepática normal por nódulos de
estrutura anormal, circundados por fibrose. Não existe tratamento capaz de curar a doença,
portanto a meta consiste em reduzir a progressão da mesma e prevenir o desenvolvimento
de possíveis complicações. As mudanças nos hábitos alimentares e a abolição do álcool
são fundamentais. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada durante atividade
curricular no acompanhamento à pacientes com cirrose hepática. METODOLOGIA: Trata-
se de um relato de experiência realizado durante estágio da disciplina Habilidades Clínicas
e Atitudes II. no estudo foram desenvolvidas atividades de humanização a pacientes
portadores de cirrose hepática. a atividade ocorreu no Hospital Regional de Lagarto
localizado no estado de Sergipe. RESULTADOS: em acompanhamento aos pacientes
portadores de cirrose hepática e familiares foram notadas a preocupação com a doença.
Visto que, não possuíam nenhum conhecimento a respeito desta, foi realizada toda a
sistematização da assistência em enfermagem, elaborado um plano de alta e esclarecido
as dúvidas. Além disso, por se tratar de uma doença crônica, clientes e familiares
receberam orientações para o autocuidado, para adesão ao tratamento e na prevenção
dos possíveis agravos da cirrose. Todo o cuidado foi focado na promoção da saúde dos
mesmos a fim de manter estável o quadro de saúde e garantir uma melhor qualidade de
vida. CONCLUSÃO: a participação da equipe de enfermagem no cuidado ao paciente com
cirrose hepática é de fundamental importância principalmente na prevenção e promoção
da saúde, pois esta é uma doença crônica. com isso, pacientes crônicos recebem atenção
para obter melhor qualidade de vida e evitar as complicações da doença.
_________________

Andrade, Maisa Alves; Fontes, Mírzia Lisboa; Almeida, Thaynara Fontes; Araujo, Jamilly Santos; Cartaxo,
Carla Kalline Alves; Oliveira, Patricia Gois de. Assistência Humanizada ao Paciente Portador de Cirrose
Hepática– Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10561

_________________
203
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ensino de Bioética Dentro de um Programa de Residência


Médica em Geriatria – Experiência de Seis Anos de Discussão
de Conflitos Bioéticos
_________________

Hojaij, Naira Hossepian Salles de Lima; Oliveira, Reinaldo Ayer de; Rangel, Luis
Fernando; Cohen, Claudio; Filho, Wilson Jacob
Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo — hohojaij@uol.com.br
_________________

Introdução: o processo de envelhecimento populacional, observado a partir da segunda metade


do século XX em nosso país, trouxe um aumento expressivo das doenças crônico-degenerativas.
o cuidado a esses idosos, em geral portadores de multimorbidade e, por vezes, frágeis do ponto
de vista funcional e/ou próximos da finitude humana, traz ao dia-a-dia do geriatra dúvidas e
conflitos de ordem bioética, que podem influenciar de maneira significativa as tomadas de
decisão clínicas. Objetivo: Diante da necessidade de discussão orientada de questões que
transcendem a prática clínica, iniciamos em 2008 reuniões de discussão de casos clínicos com
demanda bioética, com o objetivo de levar diretrizes e aprendizado em bioética aos residentes
de Geriatria de nosso serviço. Métodos: As reuniões são de periodicidade trimestral, duração de
90 minutos, na qual participam todos os membros do serviço de Geriatria de nosso hospital-
escola, além de convidados do departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social
e do Trabalho de nossa Faculdade de Medicina, ou de estudiosos de outras áreas no assunto.
Os conflitos bioéticos são trazidos pelos residentes de primeiro e segundo anos, a partir de casos
atendidos em todos os estágios dentro do programa de residência médica em Geriatria.
Inicialmente, os aspectos clínicos são extensivamente discutidos, a seguir, após a discussão
ampla de opiniões sobre as demandas bioéticas, baseadas em experiências e norteadas pelo
nosso atual código de Ética Médica e outros códigos de condutas, é sugerida aos médicos
residentes a tomada de decisão que mais se aproxima do bom senso. Resultados: do início de
2008 até o final de 2013, foram realizadas 24 reuniões clínico-bioéticas em nosso serviço. Os
assuntos abordados nesses seis anos de experiência foram: sigilo médico; responsabilidade
médica e institucional; cuidados paliativos em demência avançada; cuidados avançados em
demência ; direito de acesso ao prontuário médico; comunicação da relações médicas e
comunicação de más notícias; finitude; limite de ações médicas; conflitos interdisciplinares;
retirada de medidas de prolongamento de vida em UTI; ordem de não reanimar; relação médico-
paciente; termos de consentimento e de responsabilidade; direitos e deveres do paciente e da
instituição; sedação paliativa em situações não usuais; diretivas antecipadas de vontade;
etarismo ou discriminação ao idoso; alocação de recursos. Conclusões: Diante da crescente
demanda de aspectos bioéticos dentro dos cuidados ao indivíduo idoso, que incluem também os
cuidados no período de proximidade à morte, entendemos que houve um fortalecimento do
aprendizado ético e humanístico dos médicos residentes de Geriatria, através de um modelo de
discussão orientada de aspectos clínicos e bioéticos de casos vivenciados em sua prática
médica.
_________________

Hojaij, Naira Hossepian Salles de Lima; Oliveira, Reinaldo Ayer de; Rangel, Luis Fernando; Cohen,
Claudio; Filho, Wilson Jacob. Ensino de Bioética Dentro de um Programa de Residência Médica em
Geriatria – Experiência de Seis Anos de Discussão de Conflitos Bioéticos.. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10557

_________________
200
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Adolescente: Trabalhando Perdas e a Terminalidade


_________________

Brunetti, Glória; Santos, Sandra; Aires, Elisa


Instituto de Infectologia Emílio Ribas — g.brunetti@terra.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: Enfrentar as diversas perdas que sofremos, tem suas peculariedades e


dificuldades. Quando se trata de adolescentes, esta situação é exarcebada, com diferentes
aspectos sociais e psicológicos, tanto quando o jovem esta no processo de morrer como
quando ele é quem sofre a perda de alguém. Destacaremos o acompanhamento do
adolescente vivendo com HIV/aids, suas necessidades, como melhorar sua adesão ao
tratamento clínico, sua sexualidade e o preconceito, muitas vezes arraigado a esta
patologia. Focaremos a importância da integralidade do atendimento aos jovens e seus
cuidadores e a diferença que o profissional de saúde pode fazer na travessia da infância e
juventude do indivíduo, em especial, nos que sofrem perdas importantes. São caminhos
que valorizam a humanização do atendimento na saúde, integralmente. OBJETIVOS:
Discutir diferentes abordagens terapêuticas para adolescentes em situação de perdas e
em processo de morrer; orientar profissionais de saúde no reconhecimento, acolhimento e
soluções de problemas ligados às diversas perdas e em especial, à morte; ajudar
profissionais de saúde e cuidadores a facilitarem a expressão dos jovens pacientes, para
que eles identifiquem o que sentem, confortem-se e expressem seus sentimentos.
METODOLOGIA: Estudo observacional, onde diversas ferramentas disponíveis foram
usadas: EMOÇÃO: a arte como pintura e teatro, usadas como caminhos de expressão de
seus medos e dúvidas, podendo dar significância a este momento e às vezes, à sua própria
vida; RAZÃO: o saber científico levando à quebra de preconceitos e reforçando a
importância de cada ser conheça seu corpo e suas transformações.Foi oferecido leque de
opções na abordagem de adolescentes e cuidadores que enfrentam difíceis perdas como
a morte, doenças neles próprios, em parentes próximos ou mesmo na não aceitação da
convivência com patologias crônicas. Questionário sócio demográfico e WHO-QOL breve,
estudado perfil dos adolescentes com doença crônica, HIV/AIDS e após, iniciado os
diversos programas. RESULTADOS: percebido intensa melhora de humor e socialização
entre os jovens, melhor interação com a equipe de saúde que inclusive passa a participar
de encontros e comemorações dos jovens. a relação entre jovens, inclusive em sala de
espera ambulatorial, tornou-se mais franca e serviram de apoio mútuo. a adesão clínica
melhorou e se solidificou em alguns pacientes mas outros mantiveram a dificuldade na
adesão medicamentosa. Melhor comunicação entre pessoas da mesma família e
valorização do papel de cada um nesta dinâmica. CONCLUSÃO: mesmo em ambiente
hospitalar e com baixo custo, pode ser desenvolvido programa que melhore a expressão
do paciente , seus cuidadores e da equipe de profissionais de saúde, otimizando os
tratamentos de saúde . com metodologia fácil e criativa pode-se otimizar espaços e
situações de modo a criar ambiente favorável, para o melhor acolhimento e humanização
de todos os envolvidos.
_________________

Brunetti, Glória; Santos, Sandra; Aires, Elisa. O Adolescente: Trabalhando Perdas e a Terminalidade. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10558

_________________
201
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo de Atividade Externa: a Ampliação do Repertório


Sociocultural como Possibilidade Transformadora na
Assistência Psiquiátrica
_________________

Figueiredo, Maitá Seixas de; Oliveira, Lucieide P. da Silva


Instituto de Psiquiatria HCFMUSP — maita.figueiredo@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução a Política Nacional de Saúde Mental propõe modelos assistenciais articulados,


pautados na inserção familiar e social dos sujeitos. Prevê tratamentos dignos e humanizados
que substituam, progressivamente, os modelos asilares preponderantes na história da
psiquiatria. a Atividade Externa acontece em um serviço semi-intensivo que compõe essa rede
de equipamentos assistenciais em psiquiatria. Esse serviço tem como paradigma central a
compreensão biopsicossocial dos sujeitos e o trabalho se efetiva em ambiente propicio à
participação, por meio de atividades grupais, vivências transformadoras e articulação intensiva
entre a equipe. Objetivos o grupo objetiva a realização de atividades culturais e de lazer pela
cidade, no intuito de fortalecer a autonomia, despertar interesses, estimular a iniciativa, o
pragmatismo e ampliar o repertório sociocultural de seus participantes. Métodos a Atividade
Externa acontece semanalmente, coordenada por uma Assistente Social e uma Auxiliar de
Enfermagem. Os pacientes são previamente triados com base na demanda de tratamento e no
vínculo estabelecido. na primeira semana de cada mês há a programação, onde todos trazem
sugestões de locais a serem visitados nas semanas seguintes. com base na viabilidade (custo,
distância, disponibilidade de agendamento) há uma votação e decisão. Esse processo é anotado
pelos pacientes em caderno específico do grupo. nas saídas, tanto as profissionais quanto os
residentes e aprimorandos, não devem usar jalecos ou crachás, no intuito de facilitar a formação
e pertencimento grupal. Sempre são utilizados transportes públicos, o que compõe o exercício
de cidadania proposto. Durante toda a atividade os pacientes são incentivados a conduzir a
comunicação e tomar as decisões necessárias. o mesmo acontece na resolução dos conflitos e
imprevistos. É no momento da próxima programação que as saídas são avaliadas e discutidas
por todos. Tanto o processo do grupo, quanto as percepções singulares de cada paciente, são
compartilhados em reunião de equipe e evoluídos nos prontuários. Resultados: o grupo tem tido
especial importância no processo de pertencimento e apropriação dos espaços comunitários
pelos sujeitos envolvidos. Acompanhamos o desenvolvimento de habilidades e recursos na
interação social mais ampla, o que, por vezes, é refletido positivamente na sintomatologia. o
protagonismo e empenho dos participantes no que se refere ao grupo é outro parâmetro que nos
leva a avaliá-lo positivamente em seus objetivos. Conclusões: a experiência no grupo nos faz
concluir que espaços de tratamento extramuros devam ser partes integrantes das propostas de
Reabilitação Psicossocial. Evitando manejos paternalistas, pensamos que, proporcionar tais
vivências, seja importante na aceitação social de sujeitos historicamente estigmatizados e
discriminados. Dessa forma, a Atividade Externa existe como espaço transformador e
humanizador, não só dos pacientes, mas dos profissionais envolvidos e da sociedade que nos
recebe.
_________________

Figueiredo, Maitá Seixas de; Oliveira, Lucieide P. da Silva. Grupo de Atividade Externa: a Ampliação do
Repertório Sociocultural como Possibilidade Transformadora na Assistência Psiquiátrica. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10549

_________________
197
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Acolhimento e as Diferentes Visões na Estratégia Saúde da


Família
_________________

Pereira, Marcelo Lopes; Reis, Ana Paula Alonso; Ribeiro, João Henrique de Morais;
Pereira, Marina Cortez; Resck, Zélia Marilda Rodrigues
Universidade Federal de Alfenas — marcelo_enfer1@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o acolhimento é uma função que se estende a todos profissionais das


unidades de saúde da família (USF). Consiste em promover uma reorganização dos
serviços de saúde, abrindo as portas destes para a população, proporcionando uma escuta
ativa de seus problemas de saúde, resolvendo os que estão dentro de seu espectro de
ações e referenciando os de maior complexidade. Diante da importância atribuída à prática
do acolhimento, faz-se importante um melhor conhecimento sobre como este é visto pelos
usuários e profissionais das USF, e como ele pode contribuir para que haja o rompimento
do atual modelo de cuidado à saúde. Objetivo: Integrar e discutir o conhecimento
produzido sobre o acolhimento nas Unidades de Saúde da Família. Métodos: Trata-se de
uma revisão integrativa. a busca de artigos foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde –
BVS, resultando em 13 estudos que responderam a seguinte questão norteadora: como o
acolhimento vem sendo praticado e visualizado nas ESF? como critérios de inclusão dos
artigos estabeleceram-se: artigos disponíveis na íntegra; publicados nos últimos seis anos;
nos idiomas português, inglês e espanhol; indexados nas bases de dados mencionadas;
que versassem acerca do acolhimento nas Estratégias de Saúde da Família. a
interpretação e análise dos dados obtidos pela pergunta norteadora aplicou-se o método
de Análise de Conteúdo, que propiciou o agrupamento do conteúdo em categorias
temáticas, a saber: a visão do acolhimento pelo profissional de saúde; o olhar do usuário
sobre o acolhimento e, por fim, o poder de transformar o modelo hegemônico
organizacional. Resultados e discussão: na visão do profissional de saúde, acolhimento
é entendido como triagem humanizada e necessária para promover mudanças no serviço
de saúde. Faz com que os profissionais entendam os reais problemas da população,
possam dar uma maior atenção nos casos necessários e melhorem a dinâmica do
atendimento, partilhando os problemas com os demais profissionais e agilizando o
atendimento. para os usuários, Os usuários relataram que ao realizarem o acolhimento, os
profissionais devem fazer uso do diálogo, da atenção, da paciência e da compreensão.
Reforçaram que com a utilização do acolhimento o atendimento se tornou mais ágil, estes
se sentiram mais valorizados, mais seguros para falar sobre seus problemas e tiveram sua
autoestima aumentada. em relação à transformação do modelo hegemônico, a prática do
acolhimento é um processo imprescindível para a construção do cuidado integral na USF.
Conclusão: o acolhimento é um exercício potencial de reorganizar o atendimento aos
usuários da USF proporcionando uma atenção humanizada, qualificada, livre de danos e
de responsabilização pelas necessidades dos cidadãos.
_________________

Pereira, Marcelo Lopes; Reis, Ana Paula Alonso; Ribeiro, João Henrique de Morais; Pereira, Marina Cortez;
Resck, Zélia Marilda Rodrigues. Acolhimento e As Diferentes Visões na Estratégia Saúde da Família. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10550

_________________
198
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Efeito do Zen Shiatsu na Redução do Nível de Dorsolombalgias


em Profissionais de Enfermagem em Ambiente Hospitalar
_________________

Nicola, Anair Lazzari; Eberhardt, Thaís Dresch; Lopes, Sandra Mara Silvério;
Hofstätter, Lili Marlene; Silva, Edson Antonio Alves da; Boleta-Ceranto, Daniela de
C. F.
Universidade Estadual do Oeste do Paraná — anairln@yahoo.com.br
_________________

Introdução: É impossível humanizar a atenção se não for discutida a dimensão humana e


redução do sofrimento de “quem cuida”. a dorsalgia/lombalgia são os distúrbios osteomusculares
mais prevalentes e incapacitantes entre trabalhadores da enfermagem em ambiente hospitalar.
o Zen shiatsu (técnica de massagem que consiste na aplicação de pressão dos dedos e palma
da mão sobre meridianos do corpo utilizados pela acupuntura e movimentação das articulações)
é apontado na literatura como uma possibilidade terapêutica para a redução da dor. Objetivo:
Analisar o efeito do Zen shiatsu sobre o nível de dorsolombalgias em profissionais de
enfermagem. Métodos: Estudo experimental, longitudinal. a população alvo foi constituída por
trabalhadores de enfermagem de um hospital escola do estado do Paraná que sentiam
dorsolombagia. 103 (23,36%) trabalhadores manifestaram sentir dorsolombalgia. Foram
incluídos no estudo profissionais com idade superior a 18 anos, que sentissem este tipo de dor
de qualquer origem, aguda ou crônica, que não fizessem uso de medicamentos analgésicos e/ou
anti-inflamatórios diariamente. Foram excluídos os que apresentaram lesões na região dorsal,
febre, pós-operatório recente, fraturas recentes na coluna, mulheres no primeiro trimestre de
gestação, consumo de bebidas alcoólicas e refeição recente. Aplicou-se um delineamento
estatístico completamente casualizado para a seleção de 20 voluntários para compor a amostra,
que receberam uma sessão da intervenção em decúbito ventral, com pressão nos Meridianos da
Bexiga e Vaso Governador (nas costas) e ao redor das escápulas, em sequência pré-
determinada. para mensurar os níveis de dor, utilizou-se a escala visual analógica (EVA), na qual
o voluntário preencheu a nota de sua dor nos sete dias antes do tratamento (momento antes),
imediatamente após o tratamento (momento pós-imediato) e sete dias após (momento após),
sendo que zero significa ausência de dor e dez a máxima dor sentida. o estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa institucional (Parecer nº 125/2013) e os indivíduos assinaram um
termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: 17 indivíduos preencheram os critérios
de inclusão e aceitaram participar da pesquisa. a média de dor no momento antes foi de 5,28,
reduzindo para 1,56 no momento pós-imediato e 1,83 no momento após. ao aplicar Teste de
Spearman pareado para comparar as médias dos momentos antes e pós-imediato, obteve-se p-
valor de 1,39 x 10-7; ao comparar as médias dos momentos antes e após, obteve-se p-valor de
1,76 x 10-5. Ou seja, como estes p-valores são < 0,05, aceita-se a hipótese de diferença entre
as médias. Conclusão: Conclui-se que a terapia Zen shiatsu é eficaz na redução dos níveis de
dorsolombalgias quando aplicada em profissionais de enfermagem e este efeito se mantém por
sete dias. As práticas integrativas e complementares podem favorecer o cuidado humanizado
em saúde, também quando aplicadas aos trabalhadores de enfermagem.
_________________

Nicola, Anair Lazzari; Eberhardt, Thaís Dresch; Lopes, Sandra Mara Silvério; Hofstätter, Lili Marlene;
Silva, Edson Antonio Alves da; Boleta-Ceranto, Daniela de C. F.. Efeito do Zen Shiatsu na Redução do
Nível de Dorsolombalgias em Profissionais de Enfermagem em Ambiente Hospitalar. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10547

_________________
195
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Divulgação da Carta Ilustrada Sobre Os Direitos dos Usuários da


Saúde em Rodas de Conversa: Relato de Experiência
_________________

Silva, Elzicléa de Oliveira; Santos, Valci Melo Silva dos; Silva, Ana Clarisse Freire da
Secretaria Municipal de Saúde do Município de Senador Rui Palmeira/Al — elz.oliveira@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO – Levando em consideração o artigo 196 da Constituição de 1988, onde refere


que, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, torna-
se interessante que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) passem a conhecer os
direitos que lhe cabem para que possam reivindicá-los. para isso, o Conselho Nacional de
Saúde (CNS), em 2009 legitimou em carta os Direitos dos Usuários da Saúde, com pilares
em seis princípios, que envolvem direito ao serviço de saúde, ao tratamento adequado, ao
acolhimento e humanização em seu atendimento (BRASIL, 2011), reforçando a ideia de
acessibilidade universal e igualitária em um serviço de qualidade. OBJETIVOS – o presente
trabalho tem o objetivo de relatar uma experiência do Conselho Municipal de Saúde, e dos
profissionais da área de saúde, de um determinado município do interior de Alagoas tendo em
vista a divulgação dos direitos dos usuários através de rodas de conversa, panfletagem e
exposição em banner da versão ilustrada da carta de Direitos dos Usuários da Saúde, nas
Unidades Básicas de Saúde. MÉTODOS – Trata-se de um relato descritivo de uma
experiência do Conselho Municipal de Saúde, e dos profissionais da área de saúde sobre a
divulgação dos direitos dos Usuários da Saúde, a partir de rodas de conversas, panfletagem
e exposição em banner ilustrado sobre a temática, acontecidas durante o ano de 2012. para
isso, foi montado a seguinte estratégia: 1. Confeccionar em banner a carta ilustrada sobre os
direitos dos usuários à saúde; 2. Montar e divulgar um cronograma quinzenal de visitas à
comunidade; 3. Difundir entre as outras Equipes de Saúde a importância do usuário conhecer
seus direitos. RESULTADOS – de acordo com as observações foi constatado que os usuários
da saúde não conheciam seus direitos, devido a uma grande parcela dos mesmos não ser
alfabetizada. Dessa maneira, a carta ilustrada surgiu como uma ferramenta capaz de chamar
a atenção, proporcionando maior acessibilidade aos usuários. CONCLUSÕES – Acreditamos
que a nossa experiência torna-se válida, já que passamos a promover conhecimento à
comunidade que poderá transformar e gerar mais saberes, estabelecendo mais uma opção
de reivindicar uma assistência universal, integral e equânime, a partir do conhecimento
adquirido. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Carta dos direitos dos usuários da
saúde. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. ÍNDICE FUNDAMENTAL de DIREITO.
Constituição Federal 1988. Disponível em: <
http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf196a200.htm>. Acesso em: 23 jan 2013>
_________________

Silva, Elzicléa de Oliveira; Santos, Valci Melo Silva dos; Silva, Ana Clarisse Freire da. Divulgação da Carta
Ilustrada Sobre Os Direitos dos Usuários da Saúde em Rodas de Conversa: Relato de Experiência. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10548

_________________
196
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Formação Acadêmica dos Profissionais de Saúde Numa


Perspectiva da Humanização dos Cuidados Paliativos: uma
Metassíntese
_________________

Amorim, Rosendo Freitas de; Rodrigues, Tathiana Alves Nunes; Frota, Mirna
Albuquerque; Landim, Fátima Luna Pinheiro; Nations, Marilyn Kay; Catrib, Ana
Maria Fontenelle; Lima, Danielle Malta
Universidade de Fortaleza — rosendo@unifor.br
_________________

INTRODUÇÃO a evolução das doenças crônicas degenerativas transpassa o tratamento curativista.


o cuidado paliativo melhora a qualidade de vida dos indivíduos e seus familiares. Os profissionais
priorizam a cura, quando é inalcançável sentem-se impotentes e, podem negligenciar o cuidado.
Pesquisas e reflexões desta natureza são imprescindíveis para o avanço no conhecimento, em uma
sociedade em franco envelhecimento. Este estudo questiona: como se dá a atuação dos
profissionais de saúde junto aos pacientes em cuidados paliativos e como foram formados?
OBJETIVOS Elaborar uma metassíntese com as evidências qualitativas sobre capacitação e
atuação dos profissionais de saúde em cuidados paliativos numa perspectiva da humanização.
METODOLOGIA Realizou-se nos meses de março e abril de 2013, levantamento nas bases de
dados Lilacs, PubMed e Scielo, usando os descritores “profissionais de saúde” e “cuidados
paliativos”. Emergiram 7 artigos que contemplavam a temática escolhida. As evidências qualitativas
foram organizadas em um quadro. Identificaram-se três categorias através da análise temática.
RESULTADOS Sentimentos e Reflexões que emergem a partir do cuidado paliativo Aflora nos
profissionais de saúde inúmeros sentimentos e as suas fragilidades, como sofrimento diante da
perda e do vínculo estabelecido, além do desgaste emocional dos que realizam a assistência à em
cuidados paliativos. Mecanismos de defesa, como os sintomas psicossomáticos, bloqueio das
emoções, distanciamento dos pacientes estão presentes. o paradigma entre Cura e Cuidado: uma
lacuna na formação acadêmica a formação dos profissionais ainda é centrada na visão biomédica.
o despreparo dos profissionais ao lidar com a terminalidade também é apontado. a morte geralmente
não faz parte dos programas de estudo nas universidades, e, quando isso ocorre, acaba sendo de
maneira superficial. Essa lacuna existente, influência diretamente no cuidado desses profissionais,
onde a morte não é vista como possibilidade para o cuidado. Interação entre a tríade: Paciente,
Família e Profissional da Saúde É importante a escuta acolhedora e respeitar a decisão do paciente
em relação ao seu tratamento. a assistência ao paciente terminal exige do profissional da saúde a
responsabilidade de articular relações humanizadoras, bem como se comunicar de forma eficaz,
garantindo o exercício da autonomia do paciente. CONCLUSÃO o cuidado paliativo é um método
de assistência ainda incipiente para os profissionais de saúde, sendo que esses sentem inúmeras
dificuldades ao lidar com a terminalidade. Essa produz um sentimento de impotência frente a essa
situação limite, levando-os a confrontar-se com suas próprias fragilidades. o contato com a finitude
do outro conflita com a formação acadêmica centrada no modelo biomédico, no qual o objetivo
hegemônico do cuidado é a cura da doença.
_________________

Amorim, Rosendo Freitas de; Rodrigues, Tathiana Alves Nunes; Frota, Mirna Albuquerque; Landim, Fátima
Luna Pinheiro; Nations, Marilyn Kay; Catrib, Ana Maria Fontenelle; Lima, Danielle Malta. A Formação
Acadêmica dos Profissionais de Saúde Numa Perspectiva da Humanização dos Cuidados Paliativos: uma
Metassíntese. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10540

_________________
192
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Papel de um Comitê de Bioética na Reafirmação da Prática


Humanizada
_________________

Muller, Walter; Ferraz, Dayse M. de Melo Coelho; Barroco, Maria de Fatima


Candido; Pinto, Ester Oliveira
Hospital Geral de Sao Mateus — w-muller@uol.com.br
_________________

Introdução em 2008, foi instituído neste hospital publico, da rede SUS, na zona leste de
São Paulo, um Comitê de Bioética composto por equipe multidisciplinar de profissionais da
instituição e representantes da comunidade Objetivo uma das funções do comitê é atender
a demanda das equipes multiprofissionais, frente a conflitos éticos e morais. Problema: a
abordagem à questão de gênero e diversidade sexual dentro do âmbito hospitalar motivava
conflitos e divergências afrontando diretamente a humanização da assistência prestada ao
paciente. Metodologia o problema foi apresentado ao Comitê de Bioética, que promoveu
várias discussões e reflexões sobre o tema e os princípios éticos da autonomia, dignidade
e respeito a diversidade. Foram realizados 02(dois) seminários, de caráter sensibilizador e
formativo para a equipe multiprofissional da instituição Resultados Houve mudança na
postura da instituição em relação ao tema da diversidade sexual e sua abordagem. Foram
resgatadas as normatizações legais existentes e uma abertura para busca de ajuda e apoio
na prática assistencial. Foi confeccionada uma carta de recomendação dirigido a diretoria
do hospital para implantação de um protocolo de atendimento para a diversidade sexual e
de gênero, com base na legislação a respeito e nos referenciais bioéticos Se constituiu
uma equipe multiprofissional de referência para os casos de duvidas ou conflitos e um fluxo
de encaminhamento para rede de atenção e proteção existente. Conclusões: o
acolhimento desta demanda pelo Comitê de Bioética resultou no fortalecimento do papel
do mesmo dentro da instituição, reafirmando seu status de referencia para as questões e
dilemas surgidos nas ações de humanização e ampliando o reconhecimento deste espaço
para reflexão e analise dos conflitos que envolvem valores éticos e morais na pratica
assistencial. Referencias: -Decreto 55.588/10 - assegura às pessoas transexuais e
travestis o direito à escolha do nome social pelo qual querem ser chamadas nos órgãos
públicos do Estado de São Paulo -Lei 10.948/01 - importante lei para o segmento de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), já que pune a discriminação
homofóbica em razão da orientação sexual ou identidade de gênero. -Zoboli, Elma Lourdes
Campos Pavone; Barchifontaine, Christian de Paul de. Bioética , Vulnerabilidade e Saúde
- Editora: Idéias & Letras
_________________

Muller, Walter; Ferraz, Dayse M. de Melo Coelho; Barroco, Maria de Fatima Candido; Pinto, Ester Oliveira. O
Papel de um Comitê de Bioética na Reafirmação da Prática Humanizada. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10545

_________________
194
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Humanização como Estratégia de Gestão: Análise do


Permanecer-SUS.
_________________

Barbosa, Caio Almeida; Barros, Talita Karen; Veras, Renata Meira


Ufba — Caio-absf@hotmail.com
_________________

Introdução: a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) visando a humanização


e a melhoria do atendimento nas emergências de grandes hospitais de Salvador propõe a
implantação do Programa PERMANECER SUS a fim de fortalecer a Política Nacional de
Humanização (PNH). o programa permite que os estudantes de saúde realizem atividades
de acolhimento nas unidades de emergências, maternidades e centros de referências do
SUS na cidade de Salvador através de um estágio não-obrigatório constituindo-se como
uma atividade de extensão e possibilitando um diálogo mais aberto com a sociedade.
Sendo assim, o Permancer-SUS torna-se uma importante tecnologia de gestão na
perspectiva dos trabalhadores da saúde, usuários e acadêmicos. Objetivos: Analisar os
efeitos de sua implantação na perspectiva dos trabalhadores da saúde, usuários e
acadêmicos. Metodologia: para atender aos objetivos propostos foi utilizada a Etnografia
Institucional além de análise com abordagem qualitativa e caráter descritivo. Os dados
foram obtidos através de entrevistas semi-estruturadas realizadas com estagiários,
profissionais e usuários envolvidos neste processo. Resultados: com base nos relatos dos
estudantes, foi possível considerar que o programa contribui para a concepção do modelo
de ensino universitário que integra educação-serviço numa proposta de inclusão social,
contribuindo por um lado, para a implementação do acolhimento nas principais instituições
de saúde pública de Salvador e, por outro lado, par a formação crítico reflexiva dos futuros
trabalhadores da saúde, tornando-se uma importante ferramenta de gestão. Conclusão: o
Permanecer SUS pode ser entendido como um programa capaz de relacionar
educação/gestão/serviço, para se buscar melhorias no atendimento através da prática
acolhedora e, ao mesmo tempo poder estar contribuindo na formação dos futuros
profissionais da saúde, integrando a universidade com a sociedade.
_________________

Barbosa, Caio Almeida; Barros, Talita Karen; Veras, Renata Meira. A Humanização como Estratégia de
Gestão: Análise do Permanecer-Sus.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10535

_________________
190
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Os Benefícios da Educação Assistida por Cães em


Intervenções Numa Enfermaria Psiquiátrica Pediátrica: Relato
de Experiência
_________________

Petenucci, Andrea Lorenzon; Lopes, Laura Leães


TAC — educacaoassistida@gmail.com
_________________

Introdução o trabalho trata de um projeto pedagógico implantado no início de 2011 que


prioriza a humanização hospitalar através de atividades educativas assistidas por cães
terapeutas. o projeto atende crianças e jovens internados na enfermaria psiquiátrica
pediátrica de um hospital de alta complexidade. Objetivo o objetivo visa relatar os
benefícios do contato com o cão terapeuta como motivador para a adesão as atividades
pedagógicas que promovem a manutenção do processo de ensino-aprendizagem durante
a internação hospitalar. Método o relato de experiência baseia-se nas atividades
pedagógicas realizadas semanalmente em função do público atendido pela enfermaria
pediátrica psiquiátrica pautadas em três eixos: leitura, jogos e contato com os cães
terapeutas. o relato também descreve como é desenvolvido o material de trabalho utilizado
nas dinâmicas com os cães terapeutas. Resultado: o projeto alcançou adesão em relação
às atividades de pacientes com quadros, tais como TOC, isolamento, mutismo, TDAH,
entre outros, bem como a participação em produções textuais e artísticas. As atividades
desenvolvidas contribuíram para despertar a socialização dos pacientes internados na
enfermaria pediátrica e a interação no grupo. Conclusão Este projeto permite concluirmos
que o cão promove a adesão às atividades e a interação em grupo e devido a isso é
importante a divulgação da atuação de profissionais na Educação Assistida por Cães. É
necessário conscientizar os gestores hospitalares sobre a importância da pedagogia
hospitalar e, principalmente, da Educação Assistida por Cães para que os hospitais abram
suas portas a essa prática dando espaço para pesquisas científicas sobre este tema.
_________________

Petenucci, Andrea Lorenzon; Lopes, Laura Leães. Os Benefícios da Educação Assistida por Cães em
Intervenções Numa Enfermaria Psiquiátrica Pediátrica: Relato de Experiência. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10538

_________________
191
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização na Prática Odontológica: Experiência do


Programa de Atenção à Gestante
_________________

Garbin, Artênio José Ísper; Bino, Livia da Silva; Moimaz, Suzely Adas Saliba;
Saliba, Nemre Adas; Garbin, Cléa Adas Saliba; Rocha, Najara Barbosa
Faculdade de Odontologia da Unesp — cgarbin@foa.unesp.br
_________________

A Política de Humanização do SUS enfatiza o aspecto subjetivo nas práticas de saúde,


comprometendo-se com a qualidade, ambiência e melhoria do atendimento. Nesse
contexto, a avaliação de programas e serviços de saúde é importante instrumento para
uma readequação, principalmente na ótica do usuário.O Programa de Atenção
Odontológica à Gestante constitui-se por ações educativo preventivas e de tratamento
odontológico em gestantes de 11 Unidades Básicas de Saúde do município no noroeste
paulista. o objetivo desse estudo foi avaliar os serviços do programa na percepção das
gestantes (n = 75). Foi utilizado um questionário com 16 questões fechadas, contendo
variáveis agrupadas em categorias: ao conteúdo das reuniões didático-pedagógicas, ao
atendimento clínico, ao profissional e à infra-estrutura da clínica, foram atribuídos conceitos
de ótimo a fraco; ao medo e segurança no tratamentoe ao aprendizado foram atribuídos
sim ou não. a maioria considerou como ótimos o conteúdo informativo trabalhado nas
reuniões didático-pedagógicas (81,1%), o atendimento clínico (90,6%),o profissional
quanto à apresentação pessoal, gentileza e atenção (88,7%, 96,2%, 90,6%,
respectivamente) e a infra-estrutura da clínica quanto à limpeza, ventilação e conforto
(92,5%, 86,8%, 90,6%,respectivamente). a maioria afirmou sentir segurança (96,2%) e não
sentir medo (86,8%) durante o tratamento, e ainda, afirmou ter aprendido conteúdos até
então desconhecidos (92,5%).Concluiu-se que os serviços e ações desenvolvidos têm
obtido êxito, promovendo saúde por meio de uma prática integral e humanizada.
_________________

Garbin, Artênio José Ísper; Bino, Livia da Silva; Moimaz, Suzely Adas Saliba; Saliba, Nemre Adas; Garbin,
Cléa Adas Saliba; Rocha, Najara Barbosa. Humanização na Prática Odontológica: Experiência do Programa
de Atenção À Gestante. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10541

_________________
193
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Brincar como Atividade Terapêutica nos Tratamentos


Psiquiátricos de Crianças e Adolescentes
_________________

Cimino, Valdir; Sendin, M.M.; Cimino, V.; Figueiredo, S.; Bacellar, A.; Cimino, V.D.
Associação Viva e Deixe Viver — valdir.cimino@uol.com.br
_________________

Introdução: É comum que a criança apresente medo e insegurança diante do ambiente


hospitalar. Sancionada pelo Presidente da República, a Lei nº 11.104/2005 dispõe a
obrigatoriedade de instalação de Brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam
atendimento pediátrico em regime de internação. Objetivo Geral • Compreender o processo
do brincar das crianças e adolescentes em tratamento psiquiátrico; Objetivos Específicos •
Observar com os pais e acompanhantes os interesses dos pacientes pelo brincar; • Verificar os
métodos e maneiras utilizadas no brincar das crianças e adolescentes em tratamento
psiquiátrico; • Identificar patologias do brincar para facilitar processos de interação dos
pacientes com os brinquedos; • Propor intervenções na Brinquedoteca Terapêutica do Hospital
Dia Infantil com foco nas necessidades específicas dos pacientes, através da contação de
histórias METODOLOGIA para a compreensão do tema proposto, a equipe de pesquisadores
utilizou a metodologia de pesquisa qualitativa e quantitativa. na primeira fase os pais e
acompanhantes foram abordados em entrevistas individuais em profundidade (utilizando um
roteiro de entrevista semi-estruturada). Pretende-se compreender o histórico de vida da criança,
como desenvolveu o brincar e se possui o hábito de ouvir histórias. RESULTADOS PARCIAIS
Brincadeiras eram variadas,na infância dos cuidadores, na casa e na rua. Brincadeiras de
casinha, que reproduzem a vida doméstica foram traduzidas por: mamãe e filhinha, comidinha,
batizado de boneca, dentre outras. As brincadeiras de rua mais citadas foram amarelinha,
esconde-esconde, pular corda, pega-pega, queimada, passa anel, salada mista, corrupio,
empinar pipa, bolinha de gude. Brincadeiras que reproduzem papéis fora do lar também foram
citadas: cabeleireira, escolinha. CONCLUSÕES PRELIMINARES uma criança com patologia
psiquiátrica, até mesmo para os pais que foram mais estimulados, gera sentimentos de
impotência diante do desconhecido. Nota-se nos dados da pesquisa o valor que o brincar têm
para os cuidadores, como uma atividade complementar ao tratamento. uma Brinquedoteca não
é, no ambiente hospitalar, local para distração, mas sim um espaço terapêutico. Parcela
significativa dos pacientes é agitada, o que diculta o brincar. Neste sentido, é importante educar
a família, orientando-as sobre formas de brincar.
_________________

Cimino, Valdir; Sendin, M.M.; Cimino, V.; Figueiredo, S.; Bacellar, A.; Cimino, V.D.. O Brincar como Atividade
Terapêutica nos Tratamentos Psiquiátricos de Crianças e Adolescentes. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10532

_________________
188
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Diário do Contador de Histórias da Associação Viva e Deixe


Viver
_________________

Cimino, Valdir; Sendin, M.M.; Cimino, V.


Associação Viva e Deixe Viver — valdir.cimino@uol.com.br
_________________

Desde a sua fundação em 1997 a Associação Viva e Deixe Viver implantou o ferramental
denominado “Diário do Contador de Histórias”, que tem por objetivo registar as atividades
desenvolvidas por seus voluntários com o proposito da melhoria nas relações interpessoais com as
crianças e adolescentes atendidas pela instituição, suas famílias e os prossionais da saúde.
CONSTRUÇÃO de HISTÓRIAS uma história oferece à criança novos modos de pensar sobre seus
sentimentos difíceis. a história apresenta sentimentos que já foram rigorosamente pensados pelo
autor e isso é extremamente útil para a criança, que teve esses sentimentos problemáticos sem
conseguir pensar direito sobre eles. a história permite que a criança assuma um novo modo de ver
a situação, de conhecê-la ou de se relacionar com alguém ou com algo em sua vida. com isso ela
tem tempo para re-etir sobre sua situação, seus sentimentos e seu modo de ser. METODOLOGIA
Registo sobre as percepções observadas pelo “ contador de Histórias voluntário “ sobre a relação
do tempo qualicado doado no acolhimento de pacientes , conviventes e prossionais da saúde. a
equipe de pesquisadores “contadores de Histórias” utilizou a metodologia de pesquisa qualitativa e
quantitativa através de caderno denominado “diário do Contador de Histórias. Pretende-se
compreender o histórico de vida da criança, como desenvolveu o brincar e se possui o hábito de
ouvir histórias. CONCLUSÕES PRELIMINARES • COORDENAÇÃO MOTORA: As crianças
desenvolveram habilidade manual: construção de aviõezinhos de papel, câmera de filmar,
dobraduras (tipo origami) colagem, pintura (alguns já possuem o dom), desenho, recortes de
revistas, equilíbrio (empilhamento e construção de edifícios com blocos); pular corda; jogos ao ar
livre: basquete, bola. • RACIOCÍNIO LÓGICO/ INTELIGÊNCIA: Desenvolvimento da: esperteza,
atenção, observação; comunicação, concentração, participação nas atividades e capacidade de
interagir com outras crianças e/ou contadoras (es); capacidade de reprodução do que foi narrado
e/ou contado com coerência; de dar continuidade à história (jogo eu conto); aumento do vocabulário,
fluência verbal, desinibição, espontaneidade. Auxílio na dicção. Participação ativa nas brincadeiras
e leituras. Resolução de palavras cruzadas. Extroversão, diminuição da timidez e do medo. •
AFETIVIDADE: Abraços, beijos, carinhos, presentear contadores e/ou médicos (as) enfermeiras (os)
com desenhos ou flores; aumento da alegria, diminuição da agressividade; bondade, solidariedade.
OBS: 1) Algumas crianças com necessidades especiais, embora mais tímidas, acabaram se
envolvendo e curtindo as brincadeiras e histórias. 2) Outras, talvez com problemas familiares,
desenhavam ou falavam coisas negativas, como por exemplo: revólver, morte, assassinatos; (a
contadora preferiu não tecer comentários por não saber exatamente do que se tratava). 3) Crianças
que a princípio recusaram a contação ou brincadeira, com o passar do tempo foram se aproximando
e acabaram por participar. 4) Parentes (especialmente mães), nem sempre participavam, mas
algumas se interessavam, participavam e estimulavam as crianças para ouvirem a contação de
histórias ou entrar na brincadeira. 5) Profissionais quase não participaram, mas muitos ouviram a
contação e/ou observaram a brincadeira. Outros estimularam a participação das crianças.
_________________

Cimino, Valdir; Sendin, M.M.; Cimino, V.. Diário do Contador de Histórias da Associação Viva e Deixe Viver.
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10533

_________________
189
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Concepções de “Humanização” na Ótica de Estudantes de


Psicologia / Campus Baixada Santista – Unifesp
_________________

Cruz, Carolina de Oliveira; Ba, Sylvia Helena Souza da Silva


Unifesp - Universidade Federal de São Paulo — caru.pepm@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO:a saúde é um fenômeno que intervém na forma como o homem vive; é


como cada sujeito constrói um significado para sua vida. Portanto, saber cuidar da
pessoa e não só da doença é crucial. a política de humanização do SUS baseia-se no
pressuposto da produção de sujeitos autônomos e socialmente responsáveis.
Objetivos: Apreender as concepções de discentes sobre humanização; apreender e
caracterizar experiências de relato/atendimento que os estudantes reconheçam como
exemplo de humanização na saúde; identificar e caracterizar situações de
aprendizagem vivenciadas durante o curso de Psicologia que os estudantes destacam
em relação à temática “humanização”. Métodos: abordagem qualitativa de pesquisa,
com o uso do grupo focal com cada uma das 5 turmas de psicologia e, para análise dos
dados, a técnica de análise de conteúdo do tipo temática. resultados: em todos os
grupos focais emergiu humanização como prática sensível abrangendo olhar integral,
promover bem estar a partir de novos modos de pensar e intervir, escuta e possibilidade
de colocar-se no lugar do outro, construindo relações democráticas. Conclusões: Os
estudantes participantes da pesquisa expressaram o entendimento de que as
experiêncais construídas no Eixo Trabalho em Saúde, articulando com as discussões
no eixo o Ser Humano e sua Inserção Social e alguns módulos especificos do curso de
psicologia, ,incluindo as vivências no Laboratório de Sensibilidades, possibilitaram
compreender huamnização como processo que influencia na produção de saúde de
homens e mulheres, sujeitos historicamente situados e que são transformados e
transformadores de si , de outros e do proprio cotidiano.
_________________

Cruz, Carolina de Oliveira; Ba, Sylvia Helena Souza da Silva. Concepções de “Humanização” na Ótica de
Estudantes de Psicologia / Campus Baixada Santista – Unifesp. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10528

_________________
186
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto: Concurso de Fotografias para Pacientes de Hospital


Neuropsiquiátrico
_________________

Oliveira, Graça Maria Ramos de; Hirschfeld, Arthur; Macedo, Danila Julieta
Magalhães; Vasconcelos, Ilse de Carvalho S.; Siqueira, Marcia Marques; Almeida,
Jouce Gabriela de
Instituto da Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo - IPq/HCFMUSP — gmropp@gmail.com
_________________

Introdução: a evolução tecnológica dos serviços de saúde foi fundamental e necessária para a
qualidade na assistência, por outro lado parece ter sido acompanhada por uma maior escassez nas
relações humanas. ao se falar em Humanização dentro do Hospital, busca-se não somente um
atendimento mais humanizado, mas também valorizar a pessoa, o espaço que frequenta e seu
cuidado. Este relato se refere à segunda edição de concurso interno de fotografias, realizado em 2013,
voltado exclusivamente aos pacientes ambulatoriais e internados da instituição. o projeto teve início
em 2012, mas à época envolveu apenas funcionários. Objetivo: Estimular os pacientes a realizarem
ensaios fotográficos (preto e branco ou colorido), nas dependências da Instituição, exercitando um
olhar diferente e novas perspectivas de seu local de tratamento, como forma de inclusão e ampliação
de variáveis terapêuticas. Métodos: o concurso foi aberto para todos os pacientes (ambulatoriais e
internados), mediante a comprovação por meio do número de matrícula e agendamento médico pelo
menos nos últimos três meses. Os pacientes puderam utilizar máquina fotográfica própria ou fornecida
pela Instituição (equipamento doado pela iniciativa privada para esse projeto). Os que optaram utilizar
a máquina da Instituição participaram de aula para orientação de manuseio do equipamento e de dicas
de fotografia, sendo acompanhados por um membro da comissão organizadora durante as incursões
fotográficas. Cada paciente inscrito pôde apresentar até três fotos para concorrer à premiação. a
comissão julgadora, composta por cinco jurados técnicos, escolheram as melhores fotos, julgando
aspectos relativos à criatividade, estética, qualidade artística e pertinência com o tema proposto.
Resultados: no dia em que a Instituição teria um evento aberto e voltado à população, todos os
pacientes inscritos nesse concurso foram convidados a comparecer, momento em que os cinco
primeiros colocados foram premiados e uma foto de cada um dos demais participantes foi exposta
também, permanecendo no hall de entrada durante cerca de 30 dias. Tanto as cinco fotos vencedoras
como uma de cada um dos outros dez participantes integraram o calendário do ano de 2014 da
Instituição, que foi presenteado a todos os funcionários, além de distribuído a esses quinze pacientes.
Conclusão: o lugar de tratamento na maioria das vezes está ligado a sentimentos ambíguos:
agradecimento por se sentir acolhido e cuidado, mas também um lugar onde se presenciam ou se
vivenciam sofrimentos diversos. ao se propor que os pacientes olhem para este espaço de forma lúdica
ou artística, existe a possibilidade de transformação interna e se acomode este aspecto de vida de
uma maneira mais amena e agradável, ampliando-se a visão que se tem da Instituição de tratamento
e outorgando a cada um o poder de representá-la da forma mais humanamente subjetiva.
_________________

Oliveira, Graça Maria Ramos de; Hirschfeld, Arthur; Macedo, Danila Julieta Magalhães; Vasconcelos, Ilse de Carvalho S.;
Siqueira, Marcia Marques; Almeida, Jouce Gabriela de. Projeto: Concurso de Fotografias para Pacientes de Hospital
Neuropsiquiátrico. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10531

_________________
187
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Discutindo a Cultura na Prática Médica: Relato de Experiência


em um Centro Universitário de São Paulo
_________________

Manso, Maria Elisa Gonzalez


Centro Universitário São Camilo — mansomeg@hotmail.com
_________________

Introdução: a Antropologia da Saúde busca ampliar a visão que as áreas técnicas têm
sobre o processo de adoecimento, na tentativa de superar o paradigma da fragmentação
e hiperespecialização. o entendimento da influência da cultura, tanto na inserção em uma
equipe de trabalho quanto na relação médico-paciente, propicia ao futuro médico um olhar
crítico sobre a atual prática clínica tendo como pressupostos a humanização e a
integralidade da atenção. Este foi o propósito do oferecimento do curso Cultura e Prática
Clínica. Metodologia: Trata-se do relato da experiência de dois anos de trabalho com o
citado curso, desenvolvido em um centro universitário privado localizado na cidade de São
Paulo e voltado para discentes da faculdade de medicina que cursam do primeiro ao sétimo
semestres. o curso é baseado na problematização de casos clínicos vivenciados pelos
alunos, buscando a influência dos aspectos culturais e as dificuldades trazidas pela forma
como o ensino médico ainda se pauta no que tange à hiperespecialização e à visão
fragmentada do ser humano em contraste com os princípios do SUS e a proposta de
humanização da atenção. Resultados: os temas de maior recorrência discutidos ao longo
destes dois anos referem-se aos conflitos entre as diferentes concepções que o médico e
o enfermo têm do adoecer, do itinerário terapêutico e da adesão ao tratamento, bem como
da visão que os discentes trazem de seu papel enquanto profissional de saúde. Alguns
outros tópicos frequentes incluem: a visão atual sobre as dimensões do corpo humano e
seus reflexos na imagem corporal; as diferenças de gênero e etnias frente aos
procedimentos médicos, tanto preventivos quanto curativos; questões culturais que
permeiam o cuidado familiar e espiritualidade, entre outros. a participação discente tem
sido crescente e alguns dos alunos egressos continuam trabalhando com os temas que
problematizaram. Discussão: a dificuldade encontrada ao longo destes dois anos é o
conflito entre a proposta do curso e a visão que o aluno traz do que é ser médico. por uma
característica própria da instituição, a maioria dos graduandos advém de famílias de
médicos e já trazem uma construção cultural da prática clínica pautada na assimetria de
poder médico-paciente e com ênfase na hiperespecialização. Outra dificuldade é o horário
de realização do curso, o qual, por ser disciplina eletiva, não compõe a grade e é realizado
à noite. Esta dificuldade também tem se mostrado como uma oportunidade, pois o aluno
escolhe o curso com base em sua proposta e na experiência dos egressos. Conclusão:
Apesar das dificuldades de incorporar uma visão diferenciada da prática clínica, este curso
vem trazendo melhorias não só na atenção à saúde dos adoecidos, mas, aos próprios
discentes participantes, principalmente de semestres mais avançados, alguns dos quais
têm repensado suas escolhas e se colocado de uma forma mais aberta perante o sistema
de saúde brasileiro e suas necessidades.
_________________

Manso, Maria Elisa Gonzalez. Discutindo a Cultura na Prática Médica: Relato de Experiência em um Centro
Universitário de São Paulo. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10519

_________________
182
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Iniciação em Técnicas de Clown (Palhaço) como Dispositivo


de Encontro Consigo e com o Outro.
_________________

Guedes, Amanda Kamylle Cavalcanti; França Neto, Jacqueline de; Silva, Nildienny
Alves da; Gomes, Bruno Severo
Universidade Federal de Pernambuco — amanda.cavalcantig@hotmail.com
_________________

Introdução a palhaçoterapia é um projeto de extensão destinado aos estudantes de saúde


que visa a humanização no atendimento hospitalar. Através do ritual de iniciação e da
linguagem do palhaço, os estudantes passam por várias dinâmicas e ações que, além de
promover a reflexão e o autoconhecimento, mostram a relação horizontal entre o paciente
e o profissional. Terminadas as oficinas, os estudantes passam a fazer intervenções nos
hospitais ficando mais próximos da realidade do seu futuro local de trabalho. Objetivos o
projeto tem como objetivo trabalhar a sensibilidade dos estudantes por meio do papel e
significado do clown, fazendo-os refletirem sobre a forma de atuação como futuros
profissionais e sobre seus erros, medos e perspectiva de mundo. Buscou-se também
treinar o foco e a atenção, para que os estudantes estejam sempre alerta e disponíveis ao
encontro com o outro e devido ao elevado número de estímulos no âmbito da saúde.
Métodos para concretizar tais objetivos houve a realização da oficina de iniciação em
técnicas de clown (módulo 1) ministrada por um instrutor (monsieur) em 12 encontros,
computando carga horária total de 48 horas. Os encontros foram divididos nos módulos
jogos, físico e estético. Durante as oficinas foi usado o diário de bordo, instrumento que
continha as impressões de cada um sobre a oficina, que todos liam em círculo no começo
de cada encontro. Resultados: no decorrer da oficina e no seu encerramento, foi possível
verificar a mudança no olhar de cada participante. Houve um processo de aceitação
pessoal, no qual os erros e limites de cada um foram trabalhados e ressignificados,
tornando-os pessoas mais confiantes em si e abertas ao encontro com o desconhecido.
Conclusões: a imperfeição e aspecto visual do palhaço se tornam eficazes meios de
percepção das limitações dos seres humanos, a partir da reflexão sobre si e da aceitação
dos erros e defeitos pessoais o olhar direcionado ao outro se torna mais leve e humano.
Quando há o entendimento de que no hospital existem semelhantes, não faz sentido um
atendimento verticalizado tanto com os pacientes quanto com a própria equipe de
profissionais. o encontro humanizado com o outro hospitalizado se dá pelo entendimento
de que a pessoa não é sua doença, do mesmo jeito que os profissionais, são seres com
medos, erros, desejos e sonhos
_________________

Guedes, Amanda Kamylle Cavalcanti; França Neto, Jacqueline de; Silva, Nildienny Alves da; Gomes, Bruno
Severo. A Iniciação em Técnicas de Clown (Palhaço) como Dispositivo de Encontro Consigo e com o Outro..
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10522

_________________
183
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Dimensionamento de Pessoal como Fator de Humanização


do Trabalho Enfermeiro em Unidade de Terapia Intensiva
_________________

Nicola, Anair Lazzari; Girardello, Débora T. Feiber; Fernandes, Luciana Magnani;


Casarolli, Ana Cristina Geiss; Barbosa, Halana Batistel; Paiano, Lara Adrianne
Garcia; Eberhardt, Thaís Dresch
Universidade Estadual do Oeste do Paraná — anairln@yahoo.com.br
_________________

Introdução: Garantir um quantitativo de profissionais enfermeiros qualificados e adequados para


atender às demandas assistenciais em unidades de terapia intensiva (UTI) é um dever da instituição
hospitalar, pois isso garante não somente qualidade e humanização na assistência, como também
garante um ambiente de trabalho adequado ao profissional de enfermagem. Objetivos: Analisar as
horas requeridas para assistência de enfermagem ao paciente crítico e as horas disponíveis do
profissional enfermeiro em uma Unidade de Terapia Intensiva adulto e comparar com legislação
vigente. Método: Estudo documental descritivo realizado em uma UTI de um hospital de ensino no
Paraná. Foram calculadas as horas requeridas de enfermagem por meio do valor médio do índice nas
(paciente/dia), foi também calculado a diferença entre as horas disponíveis de cuidados prestados pelo
enfermeiro e as horas requeridas de cuidado privativo do enfermeiro usando como referência
percentual de 52%, de acordo com a legislação. o estudo foi aprovado no Comitê de Ética da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná pelo parecer nº 014/2011. Resultados: Foram coletados
registros de 30 pacientes (210 escores NAS). o valor médio de horas requeridas de cuidado de
enfermagem foi de 23,9 horas por paciente/dia (99,6% no NAS) e analisando que apenas cinco
enfermeiros estavam lotados na UTI no mês da pesquisa, representando uma média 2,8
enfermeiros/dia representando 16,8 horas de enfermeiro/dia para sete pacientes/dia. a média semanal
de horas disponíveis de enfermeiros, da primeira à quinta semana, foi de 16,3 horas, 16,7 horas, 17,1
horas e 17,1 horas e 16 horas e a média de horas requeridas paciente/dia foi 88,4 horas, 87 horas, 86
horas, 85,8 horas e 87,1 horas o que determina um déficit entre os valores médios semanais de horas
requeridas menos as médias semanais de horas disponíveis de enfermeiro foi de 57,6 horas, o que
representa a carga horária de11,7 enfermeiros/dia. Conclusões: Os resultados evidenciaram um
déficit importante de enfermeiros assistenciais o que demonstra que a instituição não atende às
recomendações legais vigentes, nem ao direito do paciente crítico de ser atendido por profissionais
com maior conhecimento técnico e científico, o que influencia na qualidade e segurança da assistência
e na qualidade das condições de trabalho e de vida dos enfermeiros. a sobrecarga de trabalho, a falta
de tempo, o número insuficiente de profissionais dificultam a realização do planejamento das ações ou
intervenções de enfermagem, além disso, estudos apontam que os enfermeiros de setores como as
UTI e as emergências são os profissionais mais acometidos por doenças causadas pelo estresse e
baixa qualidade de vida pessoal e no trabalho, o que torna necessário garantir a correta adequação do
número de profissionais enfermeiros o que consequentemente refletirá na diminuição da carga de
trabalho e qualificando a assistência prestada.
_________________

Nicola, Anair Lazzari; Girardello, Débora T. Feiber; Fernandes, Luciana Magnani; Casarolli, Ana Cristina Geiss; Barbosa,
Halana Batistel; Paiano, Lara Adrianne Garcia; Eberhardt, Thaís Dresch. O Dimensionamento de Pessoal como Fator de
Humanização do Trabalho Enfermeiro em Unidade de Terapia Intensiva. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10526

_________________
184
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Viramente: Relato de uma Experiência Antimanicomial


_________________

Tarpani, Bruno; Ramos, Bárbara Grazielli; Luiz, Marcelo Figueiredo Rodini; Hasse,
Mariana
FFCLRP-USP — brunotarpani@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO o coletivo Viramente possui como ideal o questionamento do lugar ocupado pela
loucura na sociedade. Surgiu da agregação de movimentos comprometidos com a luta pela
cidadania e acesso à cultura como meio de transformar e agenciar encontros. OBJETIVOS
Dentro deste modelo de intervenção que tem caracterizado ações dos coletivos municipais, o
Viramente nasce com o objetivo de promover a integração de usuários de serviços de saúde
mental com a comunidade e o debate sobre o fenômeno da loucura através da suspensão de
papéis comuns. Questionamentos sobre a patologização de comportamentos, tratamento
oferecido pelos serviços públicos de saúde e as relações que os perpassam, e o lugar reservado
à loucura no imaginário e cotidiano são alguns aspectos que interessam ao coletivo instigar à
reflexão e transformação. METODOLOGIA Escolhemos o Dia da Luta Antimanicomial
(18/04/2013) para experimentarmos nossas ideias. na época, ocorriam na cidade do evento os
preparativos para a Segunda Virada Cultural Independente, encabeçada por um coletivo de
movimentos sociais local. As discussões sobre uma ação para o Dia da Luta Antimanicomial
surgiram no mesmo período e foram incorporadas aos eventos da Virada Independente. o
resultado foi a reunião entre profissionais, usuários de serviços, estudantes e movimentos sociais
para pensar uma nova forma de trazer à sociedade a importância de debater a loucura e suas
relações com a vida social. Foram organizadas atividades artísticas e educativas que
proporcionassem encontros e reflexões sobre os paradigmas da Reforma Psiquiátrica e das
representações sociais do sofrimento mental. RESULTADO o lugar escolhido para uma
aproximação com a comunidade foi um parque municipal de fácil acesso ao público, no qual
ocorreram diversas oficinas, apresentações culturais, rodas de conversa e exposições culturais.
As atividades oferecidas tiveram grande participação e visibilidade e o efeito almejado pelo
coletivo era a interação dos participantes de igual para igual, sem saber quem era usuário,
médico, enfermeiro, estudante ou artista. Eram apenas pessoas (con)vivendo. Além das
interações em vivências e dinâmicas, a repercussão dos debates realizados mostrou-se
instigante quando evidenciou a propriedade que os usuários têm ao falar sobre seu próprio
sofrimento, gerando reflexões sobre as verdades estabelecidas sobre a loucura, seja no
conhecimento popular ou científico. CONCLUSÕES a construção de um momento em que
discursos de conscientização deem espaço a experiências e encontros, no qual a comunidade
possa expor suas angústias e opiniões sobre os temas aqui tratados foi real nesse dia. Nosso
coletivo deseja continuar no caminho dessas experimentações, permitindo que a surpresa
dessas vivências se efetue e retorne para a realidade na forma de novas atitudes, que possam
ser (re)construídas cotidianamente e assim, transformar efetivamente as relações humanas.
_________________

Tarpani, Bruno; Ramos, Bárbara Grazielli; Luiz, Marcelo Figueiredo Rodini; Hasse, Mariana. Viramente: Relato de
uma Experiência Antimanicomial. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10527

_________________
185
CONGRESSO INTERNACIONAL DE
Humanidades & Humanização Blucher Medical Proceedings
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP
Março de 2014, Número 2, Volume 1

"Desenvolvimento da Cultura de Humanização em Hospital


Público de Grande Porte : Relato de Experiência "
_________________

Guimaraes, Nisia do Val Rodrigues Roxo; Santiago, Alessandra; Santos, Cleonice Bezerra dos;
Martins, Marcia; Francisco, Maria Cristina P.B.; Santos, Suely Luzia dos
Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP — nisia.guimaraes@hc.fm.usp.br
_________________

INTRODUÇÃO: Desenvolver a cultura da humanização em um hospital público de grande porte é um grande


desafio para os profissionais envolvidos neste processo. na sua trajetória, a humanização do atendimento
ao paciente sempre foi uma preocupação dos profissionais e gestores e reivindicação dos pacientes. Ações
isoladas sempre foram desenvolvidas. o processo de sistematização da humanização teve o seu início em
2011 com a criação pelo Ministério da Saúde do Programa Nacional da Humanização da Assistência
Hospitalar - PNHAH e em 2003 foi consolidada pela Política Nacional de Humanização - Humaniza SUS. em
2011, o Hospital cria a Rede Humaniza do Sistema Hospitalar e a partir daí são estabelecidas diretrizes para
serem norteadoras das ações a serem desenvolvidas nas unidades num processo transformador da cultura
institucional. Esta instituição possui 16 unidades médicas e cirúrgicas e 21 unidades de apoio, possui 890
leitos instalados, média de internação 3000 pacientes/mês Atende em média 100.000 pacientes/mês nos
ambulatórios. Possui aproximadamente 6000 colaboradores. Devido à grandiosidade da instituição, esta
unidade hospitalar também criou uma rede de humanização para desenvolver a cultura da humanização e
monitorar suas ações. Esta rede esta subordinada à Diretoria Executiva e ao Conselho Diretor. OBJETIVOS:
Criar a rede de humanização para desenvolver esta nova cultura no hospital. Coordenar e desenvolver ações
de humanização alinhadas a Rede de Humanização do Sistema Hospitalar. Integrar a Unidade de Educação
Permanente. Formar multiplicadores. Estimular ações para a melhoria da qualidade das relações humanas.
MÉTODO: Planejamento e criação da rede com o apoio da Rede de Humanização do Sistema Hospitalar,
Conselho Diretor e Diretoria Executiva. Escolha de colaboradores da equipe multidisciplinar de serviços
estratégicos com perfil adequado para integrarem a rede. Disseminação da rede para as lideranças e
inclusão dos colaboradores nos projetos de Humanização. Integração da rede na política de Educação
Permanente RESULTADOS: Foi elaborado e aprovado o projeto da criação da rede pela Direx e Condir.
90% da liderança das unidades de apoio compareceram na reunião de disseminação da rede. 86% das
unidades de apoio possuem representantes na rede.90% das unidades de apoio possuem ações de
humanização. 86% dos colaboradores das unidades de apoio foram capacitados em humanização.O hospital
hoje conta com 33 projetos desenvolvidos nas unidades .Estes projetos estão classificados pelo âmbito da
Ação: 27% Ambiência,22% Gestão, 15% Ações Educativas e Educação Permanente, 15%
Acolhimento,9%,Arte e Cultura, 9%, Cuidado,3% outros. CONCLUSÃO: Os resultados mostram que a
humanização neste hospital vem desempenhando ações com a participação efetiva de seus colaboradores
e a maior parte dos serviços desenvolvem projetos e possuem representantes na rede de humanização. a
liderança apoia irrestritamente as ações e a humanização neste hospital passa a fazer parte do cotidiano da
instituição, como educação permanente.Novos projetos envolvendo o paciente e colaborador estão sendo
planejados e a cultura da humanização incorporada ao hospital.
_________________

Guimaraes, Nisia do Val Rodrigues Roxo; Santiago, Alessandra; Santos, Cleonice Bezerra dos; Martins, Marcia; Francisco, Maria
Cristina P.B.; Santos, Suely Luzia dos. "Desenvolvimento da Cultura de Humanização em Hospital Público de Grande Porte :
Relato de Experiência ". In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10514

_________________
180
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas Educativas da Atenção Primária com Grupo de


Gestantes Sobre a Humanização do Parto
_________________

Almeida, Janie Maria de; Campos, Sthéfani Parra A. de


Pontificia Universidade Católica de São Paulo — janie@pucsp.br
_________________

Introdução: Durante o pré-natal, encontra-se uma oportunidade propicia para efetivar o preparo da
mulher para viver a gestação e o parto de forma enriquecedora. o acompanhamento clínico com a
prevenção de intercorrências e agravos na evolução da gestação, bem como o processo educativo
são importantes para estimular a formação de vínculo da gestante com o serviço. Este cuidado
possibilita uma participação ativa das mulheres no momento do pré-natal, parto e puerpério, pilar
da humanização do parto. Os profissionais de saúde assumem uma posição de apoiadores e
participantes desse processo, pois têm a oportunidade de colocar o conhecimento a serviço do bem-
estar da mulher, por meio de ações educativas em grupo, disseminando informações confiáveis,
para minimizar o medo e ansiedade, normais neste período. Objetivos: Desenvolver ações
educativas na atenção primária direcionadas a assistência pré-natal; instituir um espaço de
discussão para gestantes em unidade básica de saúde e fornecer informações seguras sobre o
processo de gestar e parir. Métodos: Trata-se de relato de uma atividade de extensão, desenvolvida
no ano de 2013. Durante a consulta do pré-natal realizada por enfermeiras do programa do pré-
natal do município de Sorocaba, as gestantes foram convidadas a participar de encontros
quinzenais, com foco na discussão de temas relacionados à gravidez e amamentação, a preparação
física e emocional da gestante para o parto, além de abordar técnicas de respiração e relaxamento,
métodos de alívio da dor do parto ancorados no referencial de humanização da assistência ao parto,
do Ministério da Saúde. Esses encontros foram desenvolvidos por aluna e docente do curso de
enfermagem. Resultados: Foram realizados 13 encontros do grupo de gestantes, o número de
participantes variou entre uma até 15 mulheres, com a média de 5 gestantes por grupo. Além das
gestantes, participaram também puérperas e acompanhantes, como: parceiros, mães, sogras e
filhos, que permitiu uma troca de experiências significativas mediante depoimentos sobre o parto. a
faixa etária das gestantes variou de 14 a 38 anos, a maioria delas eram primíparas. a dinâmica do
grupo era flexível, baseadas nas questões que emergiram, o questionamento mais freqüente foi
com relação à dor do parto e quanto ao atendimento na maternidade, sendo o ponto principal a
presença de acompanhante. a abordagem desses temas envolveu o incentivo de práticas de
conforto como banhos de chuveiro, massagens, relaxamento, respiração e técnicas para alívio da
dor. Conclusões: Foi possível constatar um interesse crescente das gestantes e a interação
descontraída durante o desenrolar das atividades. Ficou patente a falta de informações que cercam
o período da gestação. Praticar a escuta e valorizar ações educativas durante o pré-natal estimulam
a transformação de conceitos em relação ao parto e reforçam a adoção de condutas de
humanização na assistência ao parto.
_________________

Almeida, Janie Maria de; Campos, Sthéfani Parra A. de. Práticas Educativas da Atenção Primária com Grupo de
Gestantes Sobre a Humanização do Parto. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10512

_________________
179
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Oficina de Atividade Natalina: uma Proposta Terapêutica a


Familiares
_________________

Ferreira, Maria Flávia Frajácomo; Pinto, Bruna Teixeira; Lanza, Ana Luiza;
Bérgamo, Daniela Carvalho
Hospital Estadual Américo Brasiliense — mflavia_ferreira@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO Entende-se o adoecimento enquanto um momento de crise, resultando em


modificações da estrutura familiar anteriormente estabelecida. (Lustosa, 2007). em um contexto de
cuidados paliativos a intervenção ao familiar reforça sua importância ao considerar a vivência de
terminalidade do ente querido. Os familiares necessitam de um espaço que lhe proporcione
segurança e estabilidade, se caracterizando enquanto um momento para acolhimento e expressão
dos próprios conteúdos. (Mendes, Lustosa e Andrade, 2009). Culturalmente, existem eventos e
datas comemorativas que remetem ao encontro familiar e à aproximação de seus membros. ao
considerar a ruptura existente a partir do adoecimento e hospitalização e assim, a impossibilidade
de vivenciar na integralidade as datas comemorativas significativas, como o Natal, percebe-se a
importância de uma forma de resgatar e aproximar esta vivência, ainda que em um ambiente
hospitalar. OBJETIVOS Promover um espaço grupal destinado a familiares de usuários em
cuidados paliativos em um hospital geral para realização de uma atividade facilitadora de expressão
de conteúdos vinculados a uma data comemorativa com representações em torno do vínculo
familiar. MÉTODOS o grupo foi realizado por uma terapeuta ocupacional e uma psicóloga. a
preparação para o grupo: - Confecção de modelos de cartões natalinos; - Organização do material;
- Organização da sala com disposição das cadeiras em roda, uso da música e a exposição dos
materiais. a realização do grupo: - Convite verbal aos familiares presentes no momento do grupo; -
Apresentação dos membros e da proposta da atividade, a qual resultará na troca de cartões
natalinos entre os participantes da seguinte forma: os cartões confeccionados no 1.o encontro serão
entregues pelos coordenadores aos participantes do 2.o encontro e assim sucessivamente. o 1.o
grupo receberá os cartões confeccionados pelos participantes do último encontro via correio; - Os
cartões deverão conter uma mensagem de livre escolha do participante; - Oferta de auxílio dos
profissionais quando necessário. RESULTADOS Foram realizados 2 encontros e um total de 4
participantes. no decorrer da atividade, emergiram conteúdos em torno da vivência de adoecimento,
hospitalização e terminalidade. a atividade favoreceu a aproximação entre os participantes.
CONCLUSÕES a oferta de um espaço acolhedor favoreceu a identificação e construção de
recursos favoráveis para enfrentamento da situação vivenciada a partir da elaboração da
mensagem a ser destinada a um outro familiar em situação semelhante contendo palavras de
incentivo. Houve a oferta de um ambiente saudável em um momento de cuidado dentro de um
contexto de adoecimento. a atividade, considerando a data comemorativa, possibilitou contribuir
para uma visão integral do usuário, considerando seus familiares e sua cultura, como também,
favoreceu a identificação de demandas para intervenções específicas das áreas presentes.
_________________

Ferreira, Maria Flávia Frajácomo; Pinto, Bruna Teixeira; Lanza, Ana Luiza; Bérgamo, Daniela Carvalho. Oficina de
Atividade Natalina: uma Proposta Terapêutica a Familiares. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades
& Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN
2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10507

_________________
175
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Assistência da Equipe Multiprofissional no Pós-Óbito: uma


Proposta de Grupo
_________________

Ferreira, Maria Flávia Frajácomo; Pinto, Bruna Teixeira; Lanza, Ana Luiza;
Bérgamo, Daniela Carvalho; Boni, Jaqueline Aparecida; Bombarda, Tatiana
Barbieri
Hospital Estadual Américo Brasiliense — brunateix@bol.com.br
_________________

INTRODUÇÃO a vivência do luto possui características próprias, podendo expressar-se em um


profundo desânimo, diminuição ou perda do interesse pelo mundo externo e redução das atividades
em geral. (Mendlowicz, 2000). Se constitui em um processo ativo, em que há “um esforço que exige
lembrar para esquecer” (Silva, 2011, p. 712). Tem caráter universal, fazendo parte da vida de
qualquer ser humano, ainda que se constitua em um plano particular, permeado pela subjetividade.
(Souza e Corrêa, 2009). Apesar de ser uma experiência individual pode ser compartilhada à medida
que os conteúdos emocionais podem ser expressados, principalmente através da palavra. Exprimir
a perda através do discurso possibilita a organização mental da vivência e assim, compreendê-la
para elaborá-la. OBJETIVOS o Grupo de Acolhimento ao Luto visa prevenir a instauração do luto
patológico através da oferta de um espaço livre de expressão cujas intervenções realizadas são
focadas no auxílio ao enfrentamento do processo da perda. MÉTODOS o grupo tem caráter aberto,
voltado aos familiares de usuários que vieram a óbito na instituição. Ocorre em data fixa, uma vez
ao mês, com duração de 1 hora. Não há limite de participantes para a sua realização e o mesmo é
coordenado por uma terapeuta ocupacional e uma psicóloga. Os familiares são convidados a
participar do grupo através de contato telefônico (após 30 dias do óbito) e envio de carta (após 60
dias do óbito) ofertando condolências e contendo o cronograma dos encontros. o grupo se constitui
em roda, sendo trabalhados conteúdos a partir de verbalizações espontâneas dos participantes. Os
profissionais assumem a mediação das expressões, realizando intervenções de acordo com as
demandas emergidas. RESULTADOS o grupo acontece há 2 anos, sendo que em 2013, ocorreram
267 óbitos na instituição, 9 encontros e um total de 40 participantes. nos meses de Janeiro,
Fevereiro e Outubro o grupo não aconteceu por ausência de participantes. CONCLUSÕES a
proposta do grupo favorece a co-responsabilização da instituição diante da demanda do luto,
garantindo a continuidade da assistência após a ocorrência do óbito e, quando necessária, a
articulação com demais especialidades da instituição ou com os serviços da rede básica de saúde.
a ação vincula-se às diretrizes de acolhimento e clínica ampliada da Política Nacional de
Humanização, ofertando uma escuta qualificada, contribuindo para uma visão integral do sujeito
através de intervenções multiprofissionais. Levando-se em conta a complexidade do tema abordado
pelo grupo, sendo o retorno ao local de falecimento, a expressão e o compartilhamento da vivência
fatores geradores de sofrimento, considera-se esperada a oscilação do número de participantes,
bem como as dificuldades de manutenção temporal do vínculo destes com o espaço proposto,
necessitando o monitoramento constante de sua estrutura.
_________________

Ferreira, Maria Flávia Frajácomo; Pinto, Bruna Teixeira; Lanza, Ana Luiza; Bérgamo, Daniela Carvalho; Boni, Jaqueline
Aparecida; Bombarda, Tatiana Barbieri. Assistência da Equipe Multiprofissional no Pós-Óbito: uma Proposta de Grupo.
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10508

_________________
176
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Prevenção à Violência na Unidade Básica São Francisco I: uma


Questão de Humanização
_________________

Souza, Angela Agostinho de; Sartoni, Alva Valeria; Oliveira, Imainara Cairolli de;
Cobra, Joyce Marie Yoshimoto C.; Santos, Sandra Regina
Unidade Básica de Saúde São Francisco - I Secretaria da Saúde do Município de São Paulo - Spdm
– Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina e Nasf Associação Saúde da Família —
ageel1000@gmail.com
_________________

Introdução: a violência, um fenômeno social e histórico, é uma temática bastante estudada. em


2012 a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, por meio da Coordenação da Atenção Básica-
Área Técnica Cultura de Paz, Saúde e Cidadania institui o Núcleo de Prevenção de Violência - NPV
para a Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência e aos Autores da Violência. o objetivo
do presente trabalho é relatar a experiência de Capacitação a Prevenção à Violência do NPV da
Estratégia Saúde da Família - UBS Jardim São Francisco I, tratada como uma questão de
Humanização, possibilitando uma reflexão acerca da Educação Popular de Saúde. Metodologia: o
NPV através da construção de um espaço coletivo, na reunião geral da unidade, trabalhou a
violência de uma perspectiva transversal e de integralidade ampla. Aplicou-se inicialmente
instrumental para todos os funcionários sugerirem temáticas relacionadas à violência, para serem
discutidas nos grupos educativos e terapêuticos existentes na unidade, após apresentação do
documento norteador. Resultados: Dentre todas as atividades programadas, tais como educação
popular, cultura de paz, expressões da violência, cantamos cantigas, resgatando o conceito
cidadania; construímos assim um espaço reflexivo através de uma roda de conversa, onde
definimos que podemos vivenciar situação de violência e/ou autor de violência, dependendo de
determinada circunstâncias. Os funcionários sugeriram trabalhar no decorrer do ano a violência
intrafamiliar, de gênero e escolar, para que estes possam ofertar a população acolhimento, um
tratamento qualificado e humanizado. a roda de conversa foi finalizada com alongamento para todos
os participantes. Conclusão: a violência é uma questão de saúde pública, entretanto exigem ações
integradas e articulações intersetoriais, profissionais sensibilizados e capacitados com a questão,
garantido autonomia, protagonismo e a defesa dos direitos humanos aos usuários vivem situação
de violência.
_________________

Souza, Angela Agostinho de; Sartoni, Alva Valeria; Oliveira, Imainara Cairolli de; Cobra, Joyce Marie Yoshimoto C.;
Santos, Sandra Regina. Prevenção À Violência na Unidade Básica São Francisco I: uma Questão de Humanização. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10509

_________________
177
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Devolvendo a Dignidade e Autonomia: Cartografia de um Cuidado


_________________

Soares, Rosimeire Angela de Queiroz; Machado, Ana Lucia; Bigato, Karen Steagall; Santos,
Livia Giubilei; Pigozi, Pamela Lamarca; Cozzani, Rosana Regina; Santos, Sara Giubillei
Escola de Enfermagem da USP — enfqueirozrose@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a fibrose cística é uma doença crônica e progressiva de alta prevalência em indivíduos
caucasianos, afetando preferencialmente os sistemas digestório e respiratório. Caracteriza-se por
infecções pulmonares agudas e crônicas repetidas levando a insuficiência e falência respiratória,
dificultando a realização de atividades básicas, evoluindo para alto grau de dependência física e
incapacitação. Objetivo: Relatar a experiência de uma enfermeira e doutoranda em ciências da
saúde, em um hospital escola, no cuidado prolongado a um paciente com fibrose cística. Método: o
método escolhido é o da cartografia, a estratégia a pesquisa-intervenção. Cartografar é acompanhar
processos apresentados aqui na modalidade relato de experiência. Esta experiência consta de
discussões e reflexões em equipe, no desafio de cuidar de um paciente jovem, de difícil
relacionamento interpessoal, tendo a sua subjetividade como questão disparadora do cuidado real.
Resultados: a vivência como enfermeira e doutoranda em um hospital referência em pneumologia,
propiciou acompanhar e refletir sobre as principais dificuldades enfrentadas pela equipe de saúde
no cuidado a este tipo de paciente. Desta reflexão, foram mapeados aspectos significativos da
assistência, considerando a subjetividade como tecnologia e um dos balizadores assistenciais.
Subjetividade entendida não apenas como algo abstrato, mas como uma dimensão ampliada da
vida concreta, dos modos de viver e dos projetos de vida da pessoa. o foco de atenção será um
destes pacientes, pseudônimo Vitório. Dependente de oxigênio, repouso absoluto, recusa todos os
procedimentos, mesmo os essenciais como alimentação e higiene. Agressivo, em suas atitudes
expressa intenso sofrimento e consciência dos limites com seu mundo interno, desafio para a equipe
- um dos mapas cartografados. Solitário, evidenciando a fragilidade de laços afetivos. Envolvida nos
projetos assistenciais, a enfermagem se mobiliza, buscando alternativas pautando-se nos
referenciais de subjetividade como tecnologia leve para se escutar, aproximar-se, criar espaços
para relacionamento interpessoal e comunicação. ao discutir sobre necessidades, circunstâncias
de vida e adoecimento de Sr. Vitório, algumas demandas foram consideradas manifestações de sua
subjetividade: novo mapa construído. Suscitar estas reflexões durante a passagem de plantão
mostrou-se estratégia significativa para um cuidado sutil ao cliente: um dos mapas desse processo.
Outro mapa foi a construção conjunta de uma proposta de cuidados amenizando julgamentos,
criando vínculos e culminando com um cuidado ético e integralizado e entrosamento entre paciente
e equipe. Conclusões: a cartografia permitiu acompanhar as reflexões da equipe de enfermagem,
extraindo de seus mapas o cuidado sutil e genuíno; envolvendo-se na assistência, considerando
subjetividades e oferecendo ao paciente alternativas para atendimento de necessidades básicas,
devolvendo-lhe dignidade e autonomia.
_________________

Soares, Rosimeire Angela de Queiroz; Machado, Ana Lucia; Bigato, Karen Steagall; Santos, Livia Giubilei; Pigozi,
Pamela Lamarca; Cozzani, Rosana Regina; Santos, Sara Giubillei. Devolvendo a Dignidade e Autonomia: Cartografia
de um Cuidado. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10510

_________________
178
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Uso da Fotografia como Prática Humanizadora do Ambiente


Hospitalar
_________________

Batista, Maria Beatriz de Souza; Portela, Odete Teresinha; Carmagnani, Maria


Isabel Sampaio; Luz, Fátima Vicente Ferreira da; Santos, Edson Silva dos; Borgo,
Cristiane
Hospital São Paulo, Universidade Federal de São Paulo — beatrizbbatista@hotmail.com
_________________

Introdução: o ambiente de trabalho é constituído por espaços físicos e sociais e, as relações


interpessoais são alicerçadas no autoconhecimento e no conhecimento do outro. As imagens
fotográficas podem ser mecanismos para a promoção de problematização a cerca do cuidado
e do ser cuidado, a partir do trabalhador e do usuário. Ação essa, que implica em uma reflexão
crítica e dialógica acerca dos princípios e valores que norteiam a prática dos profissionais, de
modo a assumirem a condição de sujeitos e agentes de transformação3. Objetivo: Socializar
os resultados do uso de fotografias como atividade de humanização e fortalecimento das
relações no ambiente de trabalho. Método: Relato de experiência. a Coordenadora do Grupo
de Humanização convidou uma Organização não Governamental para a realização de
trabalhos com fotografias junto aos setores de Radioterapia, Plástica, Dermatologia,
Reumatologia, Central de Materiais Esterilizados e equipe da limpeza. Foram utilizadas
câmeras fotográficas para revelar os olhares dos profissionais sobre o cuidado e o ambiente de
trabalho, buscando um olhar mais crítico sobre o mundo que as cerca, criando condições para
o desenvolvimento pessoal e social. ao chegar nas unidades, a equipe era apresentada e
convidava todos os pacientes e profissionais para participar das atividades. no início, as
pessoas pareciam tímidas, receosas em participar, porém logo a timidez era superada com
atividades cativantes. com a câmera fotográfica em mãos, os participantes circulavam pelo
setor para revelar seus olhares e impressões sobre o cuidar sendo estimulados a refletir sobre
“o que significa cuidar”. a reflexão partia das imagens, as quais eram legendadas. Resultados:
a equipe participou ativamente de todas as atividades propostas refletindo sobre a importância
e a valorização do seu trabalho e de profissionais de outros setores do hospital, que trabalham
com o mesmo fim, produzir cuidado de qualidade e humanizado ao paciente. As fotos foram
expostas em um mural que chamava a atenção de todos que passavam pelas unidades
participantes. Conclusão: o uso de fotografias contribuiu para desencadear reflexões sobre a
humanização e a importância do ato de cuidar e na melhoria das nas relações entre
profissionais, pacientes e familiares. Ainda, despertou em outros profissionais o desejo de
participar e conhecer o significado de cuidado humanizado.
_________________

Batista, Maria Beatriz de Souza; Portela, Odete Teresinha; Carmagnani, Maria Isabel Sampaio; Luz, Fátima
Vicente Ferreira da; Santos, Edson Silva dos; Borgo, Cristiane. O Uso da Fotografia como Prática Humanizadora
do Ambiente Hospitalar. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10505

_________________
174
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Uma Intervenção Terapêutica Sobre Amor do Analista Pelo Paciente:


Abordagem Ferencziana
_________________

Panhoni, Valéria Aparecida Campos Soares


FCMSCSP - Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo — valeria.panhoni@uol.com.br
_________________

Introdução:Para o psicanalista Sándor Ferenczi (1932-1997), a experiência traumática representa a dor


psíquica em similitude ao sentimento de fragmentação de si, estabelecendo contato com o sentimento
de Estar só, que significa a falta de um meio provedor favorável e muitas vezes desumano. Objetivo:
expor, através de vinhetas de um caso clínico, vivências de situações traumáticas de um paciente. o
transcorrer desse processo de análise tem como importante contribuição terapêutica o amor do analista
pelo paciente, que segundo Ferenczi, é possível existir em todas as relações humanas. Método:o estudo
foi realizado com um adulto de 27 anos vivendo situação de rua já há dois anos. Atividade
trabalhista:“profissional do sexo”atuando como travesti nas noites paulistanas. Os atendimentos de
abordagem ferencziana ocorreram semanalmente e com horário agendado, entre 2011 e 2012. Total de
12 encontros. Resultados: dentro das limitações que o caso apresentava, o atendimento mostrou-se
de efetiva ajuda ao paciente, principalmente por que possibilitou a formação de vínculo e relação afetiva
entre os pares, ajudando o paciente a fortalecer-se egoicamente. a terapia ajudou ainda a promover a
neocatarse, ou seja, o paciente conseguiu falar mais sobre os seus sofrimentos, permitindo conhecer
melhor sua história de violência e a identificação dos sintomas psicológicos decorrentes dessa violência.
a relevância de trazer este caso clínico deve-se a necessidade de se refletir sobre o manejo no setting
clínico, no constante atuar do terapeuta. Acredita-se que o olhar mais humanizado do terapeuta sejam
ferramentas fundamentais na clínica contemporânea. a estreita relação com o analista,via
manejo,conduzem a um ambiente suficientemente bom no curso da análise, como exemplificado por
meio deste atendimento. Segundo a concepção winnicottiana, ofertado um ambiente suficientemente
bom ao bebê, seu potencial inato aspira desenvolvimento de um self total, vivendo o indivíduo de modo
pleno e criativo. Quando há a falta deste ambiente suficiente bom atribuído por Winnicott, o
desenvolvimento do ser humano pode ocorrer com prejuízos,desencontros,distorções, assim como as
sensações elencadas de que a “vida não tem razão de ser” apresentados pelo paciente deste caso
clínico. Conclusões:considerou-se que o descortinar dos danos psíquicos provocados pelos traumas
evidenciados na terapia, a manifestação da relevância do acolhimento humanizado no manejo da prática
clínica e o genuíno interesse do analista pelo paciente, sua efetiva capacidade de amar o paciente,
demonstrando verdadeira disponibilidade afetiva, conferiram ao terapeuta a habilidade de entrar no
mundo psíquico do paciente,com seus prazeres e dissabores,cujos sentimentos de exclusão social eram
latentes. Esse é o amor maduro atribuído por Ferenczi ao analista.
_________________

Palavras-chave: violência;Ferenczi;psicanálise;trauma; processo terapêutico.


_________________

Panhoni, Valéria Aparecida Campos Soares. Uma Intervenção Terapêutica Sobre Amor do Analista Pelo Paciente:
Abordagem Ferencziana. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10500

_________________
169
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Terapia Assistida por Animais: Estratégia para Humanização


do Ambiente Hospitalar
_________________

Batista, Maria Beatriz de Souza; Portela, Odete Teresinha; Carmagnani, Maria


Isabel Sampaio; Luz, Fátima Vicente Ferreira da;
Santos, Edson Silva dos; Borgo, Cristiane
Hospital São Paulo — beatrizbatista@hotmail.com
_________________

Introdução: Estudos mostram que a Terapia Assistida por Animais vem sendo utilizada em várias
áreas da saúde com resultados animadores, tanto em crianças como idosos, portadores de
deficiências e doenças crônicas, com melhora cognitiva, da funcionalidade, da mobilidade e no
autocuidado, aumentando a sensibilidade e atenção e diminuindo os níveis de dor 2,3,4. na
internação, o paciente fica distante de tudo e de todos seus significantes, em um ambiente frio e
triste, além de ser submetido a procedimentos dolorosos. a equipe profissional, preocupada com o
cuidado humanizado, busca estratégias que tragam aos pacientes esperança, amor e alegria, ainda
que seja por um breve momento, contribuindo no enfrentamento das intervenções necessárias que
podem durar dias ou até mesmo meses de internação. Objetivo: Relatar a vivência no uso da
Terapia Assistida por Animais dentro de um hospital, de ensino, universitário, em São Paulo.
Método: relato de experiência, com base nos depoimentos e observações de comportamentos
durante as atividades lúdico-educativas desenvolvidas pela equipe do projeto Amicão. Refere-se à
experiência em trabalhar com a Terapia Assistida por Animais dentro de um hospital. Resultados:
como estratégia de humanização do ambiente hospitalar, principalmente nas unidades de pediatria
e geriatria, há oito anos vem sendo desenvolvido um projeto institucional, que conta com um
cachorro Gold para o desenvolvimento de atividades lúdico-educativas, denominado Amicão. uma
equipe composta de voluntários, juntamente com o cachorro, realiza visitas regulares, todas às
quartas-feiras, ás unidades de internação. ao adentrar na enfermaria, o cachorro se aproxima dos
pacientes, faz poses para fotografias, momentos em que a equipe aproveita para o desenvolvimento
de atividades de educação em saúde, por meio de brincadeiras. a expectativa dos pacientes e dos
profissionais que já conhecem as atividades desenvolvidas pelo projeto é muito grande, todos ficam
entusiasmados e sorridentes ao encontrar, pelos corredores do hospital, o cachorro conduzido pela
equipe profissional. Manifestações de carinho com toque e poses para fotografia. Conclusão: a
equipe multiprofissional desempenha importante papel no processo de enfrentamento dos desafios
em que o paciente se depara em uma internação hospitalar. As atividades realizadas, com a
participação de um cachorro, tem em vista a interação entre o cachorro, pacientes e profissionais
no ambiente hospitalar, mostraram ser eficientes medidas redutoras de ansiedade, ajudando no
relacionamento interpessoal entre as equipes profissionais e pacientes internados
_________________

Batista, Maria Beatriz de Souza; Portela, Odete Teresinha; Carmagnani, Maria Isabel Sampaio; Luz, Fátima Vicente
Ferreira da; Santos, Edson Silva dos; Borgo, Cristiane. Terapia Assistida por Animais: Estratégia para Humanização do
Ambiente Hospitalar. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10503

_________________
172
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Acolhimento e Inclusão Social: Relato de Experiência de um


Hospital Universitário Federal no Rio de Janeiro em Parceria
com o Tribunal de Justiça
_________________

Pereira, Aída Mirian Miranda; Buarque, Maria da Conceição L.;


Rangel, Rosinea Alves
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ — aida@hucff.ufrj.br
_________________

I. INTRODUÇÃO: Este relato tem o propósito de apresentar reflexões e ações direcionadas à construção de
concepção ampliada em relação ao acolhimento que é uma diretriz da Política Nacional de Humanização,
através de parceria do Hospital Universitário Federal e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
através dos Juizados Especiais Criminais (JECrim’s), objetivando o recebimento do cidadão para
cumprimento de pena de prestação de serviço ou pena pecuniária, utilizando-se o termo apenado para
denominá-lo. Entendemos o acolhimento como processo ampliado, que se inicia com a entrada do cidadão
em nossa instituição, permeando a utilização dos serviços e consideramos que é papel da universidade
colaborar com esse projeto do Tribunal da Justiça que dá ênfase à conotação sócio-educativa propiciando a
reflexão e convivência democrática. II. OBJETIVOS: a descentralização da execução das penas/medidas
produzidas pelos JECrim’s visa reduzir ao mínimo o tempo decorrido entre o cometimento do delito e o
cumprimento da pena determinada pelo juiz. a possibilidade de conversão das penas de supressão de
liberdade em penas restritivas de direitos - denominadas penas alternativas - pressupõe a parceria através
de convênios firmados entre os Tribunais de Justiça e instituições, governamentais ou não, que prestem
serviços de relevância social. III. METODOLOGIA: a efetivação da parceria se dá através da Comissão de
Direitos do Paciente (CDP).No que se refere ao beneficiário (Hospital) há duas maneiras para receber o
apenado: através de Prestação de Serviços ou da Pena Pecuniária, onde, neste caso, após serem recebidos
e acolhidos recebem uma listagem para compra de equipamentos e materiais de consumo, conforme o valor
estipulado pelo juiz responsável pelo caso. IV. RESULTADOS:. o convênio celebrado desde 2008 contemplou
as solicitações de materiais dos diversos setores do hospital de modo imparcial, visto que as aquisições
colaboraram de modo direto ou indireto com a prestação de uma assistência de qualidade ao paciente. o total
de apenados recebidos foi de 183, sendo 109 para prestação de serviços e 74 para pagamento de pena
pecuniária, totalizando até a presente data em R$ 39.500,00 (trinta e nove mil e quinhentos reais)
aproximadamente. IV. CONCLUSÃO: Esta parceria contribuiu para o fortalecimento da noção de cidadania
na instituição, ao mesmo tempo em que oferece um valioso efetivo de recursos humanos que colabora
significativamente para melhorar os serviços prestados aos usuários. com relação aos apenados, verifica-se,
em boa parte deles, que a interação no ambiente hospitalar é responsável por um crescimento pessoal e no
campo dos valores. Além disso, proporciona uma importante fonte de doações para o hospital, o que contribui
para garantir a qualidade dos serviços prestados em nossa instituição. V. BIBLIOGRAFIA: ACOLHIMENTO
nas PRÁTICAS de PRODUÇÃO de SAÚDE – Ministério da Saúde - 2010;CONSTITUIÇÃO da REPÜBLICA
FEDERATIVA do BRASIL .1988;RESSOCIALIZAÇÃO CONCRETA do PRESO. Projeto de pesquisa postado
no site: http://investindonaeducacao.blogspot.com/.;TJ-RJ. JUDICIÁRIO do RIO de JANEIRO. Centrais de
Penas e Medidas Alternativas.
_________________

Pereira, Aída Mirian Miranda; Buarque, Maria da Conceição L.; Rangel, Rosinea Alves. Acolhimento e Inclusão Social:
Relato de Experiência de um Hospital Universitário Federal no Rio de Janeiro em Parceria com o Tribunal de Justiça. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10504

_________________
173
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Percepção dos Trabalhadores das Técnicas Radiológicas


Sobre Saúde e Segurança no Trabalho.
_________________

Coutinho, Isis Pereira; Lobo Neto, Francisco José da S.


Escola Politécnica Joaquim Venâncio/ Fiocruz — ISISPC24@GMAIL.COM
_________________

Este trabalho é fruto da pesquisa “ Qualificação e Saúde do Trabalhador: a percepção dos


trabalhadores técnicos em radiologia sobre as práticas de saúde e segurança no trabalho” para
obtenção do título de mestre em educação profissional em saúde. o Objetivo do trabalho era
identificar como o trabalhador percebe a influência da formação, escolar ou no trabalho, contribuindo
para os processos de saúde e segurança no trabalho. a metodologia consistiu na elaboração de um
questionário online através do Google Docs. a divulgação se deu através das “fanpages” e da
“homepage” de uma escola de radiologia industrial no Rio de Janeiro e do Conselho dos Técnicos
em Radiologia- CONTER. o questionário continha perguntas abertas e fechadas que abordavam
aspectos da formação e do trabalho, com enfoque na área de proteção radiológica e os riscos do
processo de trabalho dos técnicos. Além disto, foram realizadas duas entrevistas com aqueles
profissionais de saúde que se convencionou denominar de “ informantes chave”. São pessoas que
atuam na formação ou no serviço com estes trabalhadores e podem oferecer uma análise técnica
sobre as temáticas da formação e da proteção radiológica. o resultado desta pesquisa encontra-se
em análise preliminar, mas pode-se observar questões que orientam a reflexão sobre o campo da
radiologia que se fazem necessários. a formação dos trabalhadores está a cargo do setor privado
de ensino e, embora os trabalhadores digam que se formaram dentro do tempo esperado de 1 ano
e 6 meses a 2 anos, segundo a entrevista, não necessariamente foi cumprida a carga horária de
1200 horas. Sobre a importância do tema de saúde e segurança ter estado presente na formação,
não houve uma grande discrepância em considerá-los ineficazes. Porém é afirmado que no serviço
e no estágio seu aprendizado sobre estas questões teve maior êxito. Além disso, há um número
considerável de denúncias dos trabalhadores sobre problemas referentes à proteção radiológica
tanto no setor privado quanto no setor público. no entanto, os trabalhadores do setor público
apresentam maiores dificuldades com a infraestrutura fornecida para o serviço, alta burocracia
impedindo mudanças nos setores, maquinário obsoleto, e sua não convocação para opinarem sobre
mudanças necessárias. Também não demonstram confiança nos EPIs ( Equipamento de Proteção
Individual) e não confiam em sua medição quando estes existem. Outro fator importante que os
trabalhadores apontam como risco à sua saúde, está muito mais presente pela organização do
trabalho, sobretudo mencionando a intensificação destes no serviço, o que acaba por influenciar o
descaso do trabalhador com sua própria segurança ao realizar exames com radiação. na fala dos
entrevistados, fica claro que uma proteção radiológica eficaz necessita da participação dos
trabalhadores no processo de construção de saberes sobre o espaço de trabalho, treinamento e
atualização do conteúdo de proteção radiológica no serviço e gestão que viabilize as condições
necessárias para que estes trabalhadores possam garantir a sua própria proteção e dos colegas de
trabalho, técnicos ou não.
_________________

Coutinho, Isis Pereira; Lobo Neto, Francisco José da S.. A Percepção dos Trabalhadores das Técnicas Radiológicas
Sobre Saúde e Segurança no Trabalho.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10494

_________________
166
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Explorando uma Prática Humanizada em Terapia Ocupacional:


Implantação de um Instrumento de Avaliação Durante a
Internação em Hospital de Média Complexidade
_________________

Toldrá, Rosé Colom; Batista, Marina Picazzio Perez; Souto, Ana Cristina Fagundes;
Freitas, Dionne do Carmo Araújo; Etyoshioka, Eliani Tiemi; Almeida, Maria Helena
Morgani de
Universidade de São Paulo Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da
Faculdade de Medicina — rosetoldra@usp.br
_________________

Introdução: em ambiente hospitalar, a avaliação de Terapia Ocupacional norteada pela integralidade


do cuidado deve favorecer o desenvolvimento de estratégias para que o equipe possa compreender e
intervir nas necessidades singulares do sujeito. Objetivo: o presente trabalho apresenta o instrumento
de avaliação construída para utilização pelos residentes de Terapia Ocupacional no atendimento a
adultos internados em uma enfermaria de Clínica Médica de um hospital de atenção secundária no
município de São Paulo. Método: a construção do instrumento, a partir de uma perspectiva
biopsicossocial, buscou abordar diversos aspectos envolvidos no processo de internação,
compreendendo-o como um momento vivenciado de modo singular e que envolve condições
complexas, permeadas pela cultura, valores e crenças do sujeito. Ainda, levou-se em consideração que
a internação pode ser vivenciada como uma experiência de ruptura na rotina da pessoa, afastamento
temporário de seu convívio familiar e social, podendo também implicar em intervenções invasivas,
alterações funcionais, dor, quadro de dependência, falta de privacidade, alteração de papéis
ocupacionais e contato com aspectos relativos à finitude. Resultados: o instrumento construído
constitui-se de questões abertas, que buscaram em seu conjunto: a) proporcionar condições para a
pessoa de expressar seus temores, percepções, expectativas, dúvidas e identificar outros fatores que
repercutem em sua relação com a hospitalização, o diagnóstico e os procedimentos hospitalares; b)
compreender os impactos gerados pela hospitalização, para o sujeito e seus cuidadores, em sua
relação com a internação, com a alta hospitalar, com a equipe e com os demais sujeitos internados; c)
conhecer os projetos e atividades prévias à internação e que devido à interrupção, o sujeito demonstre
desejo de dar continuidade, bem como projetos que deseja realizar; d) proporcionar escuta às
necessidades, interesses e dificuldades dos sujeitos e familiares; e) levantar as atividades
desempenhadas pelo sujeito, tanto em sua rotina extra quanto intra-hospitalar, identificando
dificuldades, potencialidades, desejos e expectativas, bem como aspectos físicos, sensoriais,
cognitivos, ambientais e emocionais que influenciam em sua realização com independência e
autonomia. em caso de necessidade, os residentes utilizam avaliações funcionais específicas,
complementares à entrevista de avaliação; f) identificar a Unidade Básica de referência do sujeito e os
serviços pelos quais é atendido, de modo a conhecer o fluxo de referência e contrarreferência da linha
de cuidados ao sujeito. Conclusões: a diversidade de aspectos abordados na avaliação permite em
seu conjunto a sensibilização dos residentes para a complexidade envolvida na humanização do
atendimento ao sujeito. o momento de avaliação, quando norteado pelo protagonismo do sujeito,
permite o compartilhamento e corresponsabilização no processo de produção de saúde.
_________________

Toldrá, Rosé Colom; Batista, Marina Picazzio Perez; Souto, Ana Cristina Fagundes; Freitas, Dionne do Carmo
Araújo; Etyoshioka, Eliani Tiemi; Almeida, Maria Helena Morgani de. Explorando uma Prática Humanizada em
Terapia Ocupacional: Implantação de um Instrumento de Avaliação Durante a Internação em Hospital de Média
Complexidade. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10501

_________________
170
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programas Desenvolvidos na Residência Multiprofissional:


Desafios Vivenciados Pela Terapia Ocupacional
_________________

Toldrá, Rosé Colom; Batista, Marina Picazzio Perez; Souto, Ana Cristina Fagundes;
Freitas, Dionne do Carmo Araújo; Etyoshioka, Eliani Tiemi;
Almeida, Maria Helena Morgani de
Universidade de São Paulo Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da
Faculdade de Medicina — rosetoldra@usp.br
_________________

Introdução: o Programa de Residência Multiprofissional ora descrito é desenvolvido em um hospital


público universitário de média complexidade desde 2012, sendo constituído, entre outras áreas de
concentração, pela área de Saúde do Adulto e do Idoso. a área de concentração ocorre em
colaboração entre docentes e profissionais de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e
farmácia. o programa integra atividades de ensino em serviço, pesquisa e extensão. a perspectiva
multiprofissional compõe os paradigmas de promoção da saúde e cuidado, tendo em vista que o
alívio do sofrimento humano requer um planejamento multiprofissional, com atuação integrada de
diversas áreas de atuação. Objetivo: Apresentar os programas criados a partir do trabalho
multiprofissional envolvendo a Terapia Ocupacional. Métodos: Trata-se de um trabalho descritivo-
reflexivo acerca dos projetos desenvolvidos na residência multiprofissional pela Área de
Concentração do Adulto e do Idoso dos quais a Terapia Ocupacional participa. Resultados: Os
programas criados a partir da análise das demandas dos usuários abrangem a atenção hospitalar,
ambulatorial e após a alta visando maior integralidade do cuidado nohospital e a partir dele. o projeto
de atenção na enfermaria de clínica médica é desenvolvido às pessoas adultas e idosas que
apresentam limitação na realização das atividades. o programa de apoio à alta realiza
encaminhamentos para a rede de serviços da região após a saída do hospital bem como o
seguimento via telefone para apoiar o acesso aos diferentes serviços de saúde e sociais. Quanto
às propostas ambulatoriais destacam-se o projeto de atenção ao paciente neurológico, saúde da
mulher, o programa de estimulação da memória e reabilitação vestibular, e a inserção nos grupos
de prevenção de quedas já desenvolvidos. Discussão: Todos os projetos são multiprofissionais e
almejam uma atuação ética, crítica e efetiva utilizando-se dos norteadores da promoção de saúde,
integralidade e humanização do cuidado. Entretanto, enfrentam-se alguns desafios para a
sustentação de uma atuação hospitalar orientada para a multiprofissionalidade em um ambiente
pouco acostumado a tais intervenções e identificada com uma atenção centrada nos sintomas e na
doença, o que compromete em muitas ocasiões a identificação, compreensão e a atenção às
múltiplas necessidades sociais e de saúde da população. Também se mostra desafiadora a
prestação da atenção integral em rede serviços, que ainda funcionam de forma desarticulada e
muitas vezes pouco resolutiva. Conclusão: Considera-se que a atuação do terapeuta ocupacional
na perspectiva da multiprofissionalidade é essencial para a sua formação, contribuindo para a
melhoria da qualidade da atenção à saúde das pessoas, das famílias e grupos sociais atendidos no
hospital e uma oportunidade privilegiada para o reconhecimento da contribuição desse profissional
no contexto da operacionalização das políticas do Sistema Único de Saúde.
_________________

Toldrá, Rosé Colom; Batista, Marina Picazzio Perez; Souto, Ana Cristina Fagundes; Freitas, Dionne do
Carmo Araújo; Etyoshioka, Eliani Tiemi; Almeida, Maria Helena Morgani de. Programas Desenvolvidos na
Residência Multiprofissional: Desafios Vivenciados Pela Terapia Ocupacional. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10502

_________________
171
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Acolhimento aos Pacientes Internados Num Hospital


Universitário de Alta Complexidade
_________________

Rana, Tatiana da Cunha; Cruz, Maria Emília Lucas F. da; Serafim, Marcela Pires;
Lunardi, Adriana Cláudia; Silva, Denise Alves da
Instituto Central do HCFMUSP — tatiana.rana@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: o projeto de acolhimento é definido como um dispositivo de humanização das


práticas de saúde, através da disponibilidade da equipe para realizar um encontro que
promova diálogo e compreensão aos usuários do SUS. Objetivos: Relatar a experiência
inicial do projeto de acolhimento na unidade de internação cirúrgica; relatar o grau de
satisfação dos participantes com o projeto. Métodos: Este estudo descritivo foi realizado
numa enfermaria cirúrgica, de um hospital universitário de alta complexidade, entre outubro
de 2013 e janeiro de 2014. Cinco profissionais da equipe de acolhimento e assistência (2
enfermeiras, 1 nutricionista, 1 assistente social e 1 fisioterapeuta) desenvolveram material
visual didático-informativo para apresentação semanal, em local e horário pré-estabelecido,
com duração de 40 minutos ao pacientes e acompanhantes internados nos últimos 6 dias.
Após a apresentação, um questionário de satisfação auto-aplicado, estruturado, estilo Likert
(6 respostas possíveis) sobre os tópicos: inteligibilidade da informação, adequação do local,
interação e satisfação, e com uma questão aberta sobre para sugestões, foram entregues e
respondidos pelos participantes. a análise dos dados foi feita por frequência de respostas em
cada item do questionário e pela análise qualitativa da questão aberta. Resultados: o material
visual foi apresentado por 10 semanas pelos profissionais, com 99 participantes, sendo 82
pacientes e 17 acompanhantes. o conteúdo do material era referente: ao Projeto Acolher
institucional e na unidade de internação, Sistema Único de Saúde, Características da unidade,
Orientações gerais, Atuação da Enfermagem, Nutrição, Serviço Social e Fisioterapia na
unidade. no momento final da apresentação os participantes eram estimulados a levantarem
dúvidas e questionamentos. na avaliação de 69 (64%) participantes que responderam ao
questionário: para 92% o profissional da equipe de acolhimento apresentou-se corretamente
antes de iniciar a atividade, para 98,4% as informações foram ditas de forma fácil de entender,
96,8% sentiu-se à vontade para fazer perguntas durante o acolhimento, e para 100% as
dúvidas foram esclarecidas. 76,2% acharam ótima a utilidade das informações que recebeu
durante o acolhimento, 49,2% acharam ótima a sala em que aconteceu o acolhimento, 58,3%
acharam ótimo o tempo de duração do acolhimento e 50% acharam ótimo no geral o
acolhimento. na questão aberta, as palavras “ótimo” e “muito bom” apareceram em 61% das
respostas. na análise dos questionários, a equipe observou que muitos pacientes utilizaram a
questão aberta para se expressarem também em relação à internação e não somente a
apresentação especificamente. Conclusões: Nossa experiência inicial mostra que os
pacientes ficaram satisfeitos com a iniciativa da equipe, porém, alguns ajustes ainda precisam
ser feitos para melhor alcance dos objetivos do Projeto Acolher.
_________________

Rana, Tatiana da Cunha; Cruz, Maria Emília Lucas F. da; Serafim, Marcela Pires; Lunardi, Adriana Cláudia;
Silva, Denise Alves da. Acolhimento aos Pacientes Internados Num Hospital Universitário de Alta Complexidade.
In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10497

_________________
168
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Brincar na Hospitalização: Possibilidade de Expressão e


Mediação de Diferenças
_________________

Medeiros, Érica Teixeira de; Figueiredo, Lucia Uchôa


Universidade Federal de São Paulo — e_r_i_c_a12@hotmail.com
_________________

Introdução: o hospital é um local estranho e pouco hospitaleiro para a criança. Sua rotina
habitual é alterada, a privacidade é restrita e é submetida a procedimentos dolorosos, gerando
angústia e medo. Assim, ela começa a perceber seu entorno como local de dor e sofrimento em
que é despersonalizada, sendo desconsiderada sua singularidade e autonomia. Logo, a
hospitalização na infância é traumática e pode afetar o desenvolvimento da criança e
comprometer sua socialização. Nesta lógica, o brincar insere-se como uma possibilidade de
melhorar o bem estar da criança, mediando relações e diluindo diferenças no hospital. a partir
da brincadeira, a criança cria um mundo de acordo com sua visão, transforma o brinquedo e o
cenário da atividade em um momento lúdico, no qual fantasia, imaginação e realidade se inter-
relacionam e produzem formas de interpretação e expressão. Objetivo: Observar a criança
hospitalizada durante o brincar, analisar segundo aspectos como o fantasiar, a interação e as
expressões emocionais e corporais o que é expresso por ela no ambiente hospitalar e
demonstrar que o brincar é um fim em si e que compreende uma necessidade infantil essencial
para o bem-estar e desenvolvimento da criança no hospital. Metodologia: a pesquisa foi
realizada com crianças da ala de oncologia pediátrica e de queimados que participaram do
Projeto Baú de Histórias. Proporcionou-se à criança oportunidade de brincar, interagir com outras
crianças e fazer uso do faz de conta. a partir da relação com o brincar fornecida pelo projeto, se
observou as expressões das crianças, sentimentos externados e as possíveis demandas
reveladas. Fez-se uso de um instrumento de coleta de dados com categorias que enquadram
possíveis comportamentos suscitados, informações do diagnóstico da criança e a descrição da
intervenção, a fim de capturar um retrato pleno da inserção da criança no espaço hospitalar. para
fins de análise, foi utilizado o método qualitativo para interpretação dos sentidos dados aos
aspectos da vida do sujeito. Resultados: Foi observada uma relativa diferença em relação ao
brincar entre as crianças da ala de queimados e da oncologia pediátrica e entre as gravidades
dos casos clínicos, conferindo ao ambiente lúdico singulares intervenções, expressões de
demandas e adaptação ao ambiente hospitalar. Conclusão: o espaço lúdico promove a
socialização e reaviva os conflitos internos e externos os quais a criança vivencia. As
intervenções desenvolvidas implantaram um espaço de faz de conta, de exercício de escolhas e
papéis, trazendo à criança obrigações imaginárias, atribuição de significados e experiências
diversas à realidade, restaurando sua identidade e autonomia. Contudo, em algumas crianças
com quadro severo, as visitas tiveram significações menos expressivas, já que os pacientes são
regularmente lembrados de sua limitação física pelas dores incessantes e visitas da equipe
hospitalar, lembrando-os do mundo real e os distanciando do da fantasia.
_________________

Medeiros, Érica Teixeira de; Figueiredo, Lucia Uchôa. O Brincar na Hospitalização: Possibilidade de Expressão e
Mediação de Diferenças. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10491

_________________
164
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto Sala de Espera – Ação Humanizada na Radiologia


_________________

Porfirio, Eliana; Pereira, Roberta Mari Oliveira; Melo, Angela Maria Agostinho de;
Abreu, Vivian Gava Malta de
Instituto de Radiologia -Hc FMUSP — eliana.p@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: Desde o surgimento dos Raios X nos meados do século XIX, os centros de
diagnósticos por imagem têm apresentado um grande avanço tecnológico. Passaram por
mudanças como: imagem registrada em filmes fotográficos para hoje serem visualizadas
em arquivo digital, por meio da informatização dos equipamentos, favorecendo um
diagnóstico preciso através dos exames radiológicos.¹ Paralelamente à tecnologia de ponta
em radiodiagnóstico, existe um ser humano com expectativas à espera do resultado dos
seus exames para dar sequência ao tratamento. o Ministério da Saúde lançou o Programa
Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar, com propostas e ações definidas de
melhorias do atendimento público à saúde.² Dentro deste cenário um grupo
multiprofissional (enfermeiros, nutricionista, psicólogo e assistente social) do Serviço de
Radiologia num Hospital Público no município de São Paulo, criou em 2007, o Projeto Sala
de Espera, onde os usuários que aguardam o momento da realização de seus exames
recebam informações, através de palestras sobre alguns temas, como: obesidade,
prevenção do câncer, osteoporose, depressão, diabetes mellitus, alimentação saudável,
entre outros. a apresentação segue um cronograma de datas, horários e os temas são
definidos no início de cada ano. Acontecem mensalmente em uma das salas de espera
dos setores: tomografia, ressonância magnética, ultrassonografia, radioterapia e
mamografia. Objetivo: Apresentar a importância do Projeto Sala de Espera como momento
de acolhimento, em que o usuário adquire informações de cuidados à saúde. Método:
Através da análise quantitativa dos resultados compilados do questionário de avaliação,
com os seguintes itens: tipo de atividade,duração, temas abordados, palestrantes, que são
entregues aos pacientes após as apresentações. Resultado: Os 110 participantes das
salas de espera, em 2013, responderam ao questionário. Quanto ao item tipo de atividade:
71% pontuaram ótimo, 28% responderam bons e 1% assinalou regular. Sobre o tema
duração verificou-se que 46% classificaram como ótimo, 50% bom e 4% regular. no terceiro
item temas abordados: 73% pontuaram ótimo, 22% como bom e 5% regular. a última
questão se refere à avaliação dos Palestrantes, sendo que 79% consideraram ótimo, 20%
dos usuários avaliaram como bom e apenas 1% respondeu regular. Conclusão:
Considerando os resultados obtidos foi possível diagnosticar que essa dinâmica singela
favorece a comunicação entre pacientes e profissionais, proporcionando, um momento de
descontração e participação através de abordagens que facilitam a compreensão e o
enfrentamento do momento vivido, minimizando a ansiedade dos que aguardam para
serem atendidos. Portanto, este Projeto Sala de Espera em centros de diagnósticos
radiológicos comprova a efetivação de práticas humanizadas.
_________________

Porfirio, Eliana; Pereira, Roberta Mari Oliveira; Melo, Angela Maria Agostinho de; Abreu, Vivian Gava Malta
de. Projeto Sala de Espera – Ação Humanizada na Radiologia. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10496

_________________
167
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanidade, Humanização e Direitos Humanos na Saúde:


Distinções Terminológicas e Suas Relações
_________________

Castelhano, Ana Paula Magna da Silva Frasca


Universidade de São Paulo - Faculdade de Direito e Faculdade de Medicina, Gbdm-Grupo de
Estudos em Bioetica, Direito e Medicina — anapaulacastelhano@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a importância da temática escolhida é primordial para elucidar e distinguir os conceitos de


humanidade, humanização e Direitos Humanos quanto aos serviços de saúde tendo em vista que são
conceitos que precisam ser bem assimilados pelos profissionais de saúde em todas às suas áreas de atuação,
tanto com relação ao paciente, como entre os próprios profissionais. ao se falar em “humanização” em
serviços de saúde, é possível entender, sucintamente, como o resgate de “humanidade” nos processos de
produção de saúde. Diante deste breve conceito, é possível indagar: se é um resgate então é possível haver
serviço de saúde sem humanização? Se for um reaprendizado, qual o melhor caminho e como resgatar a
humanização? Ações emergências humanizantes são a solução para uma melhora nas relações interpessoais
nos serviços de saúde? a re-humanização pode ser a solução para uma melhor consciência ética e inter-
relacional nos serviços de saúde? Estas e outras questões diante de uma realidade moderna com dificuldades
no acesso à saúde; baixos salários; falta de mão de obra; falta de estrutura e instalações adequadas de
trabalho, dentre outras questões, fazem com que a humanização das relações sejam fundamentais para o
sucesso de todos os envolvidos no processo inter-relacional. OBJETIVOS: Pela amplitude e debate acerca
da temática escolhida, não seria possível esgotá-la, mas para compreender esses conceitos e como se
entrelaçam é necessário entender o que seja “homem”, suas relações interpessoais e suas trocas e
influências com o meio ambiente que o cerca. a principal finalidade da pesquisa é esclarecer, distinguir e
inter-relacionar os conceitos de: humanidade, humanização e Direitos Humanos no âmbito da saúde em seus
diversos vieses assim como entre os profissionais de saúde e na relação do profissional com o paciente.
MÉTODOS: o resumo e pesquisa ora apresentados são de caráter acadêmico e teórico, baseado na literatura
especializada e na busca da interação e interdisciplinaridade dos Direitos Humanos como base fundamental
de valores universais aplicados à área da saúde. Portanto trata-se de uma reflexão e revisão bibliográfica,
assim como dos avanços das discussões na literatura comportamental e de Direitos Humanos, justamente
porque não se baseia em dados empíricos nem em base de dados de amostragem ou em uma população ou
segmento de profissionais da saúde de modo específico. RESULTADOS: como não se trata de uma pesquisa
empírica, os resultados são uma profunda reflexão da literatura interdisciplinar, tal como a definição dos
conceitos de humanidade, humanização e Direitos Humanos em serviços de saúde, suas relações, e sua
importância diante de todos os envolvidos no processo de construção da saúde no Brasil, sejam como agentes
ou beneficiados, direta e indiretamente. CONCLUSÕES: Não é possível fechar os olhos aos problemas
existentes nos serviços de saúde, já que muitas vezes, tal como é noticiado, há carência material, de pessoas
qualificadas e muitas vezes uma carência moral/psicológicas quanto ao apoio aos profissionais que enfrentam
o desafio de cuidar e prestar assistência às demais pessoas com enfermidades. a comunicação, o respeito
ao próximo e às boas condições materiais e estruturais, a boa formação técnica, a valorização dos
profissionais, bons salários, uma boa política de capacitação e ascensão profissional dentre outros fatores,
são fundamentais para a manutenção/resgate da humanização nos serviços de saúde como um todo.
_________________

Castelhano, Ana Paula Magna da Silva Frasca. Humanidade, Humanização e Direitos Humanos na Saúde: Distinções
Terminológicas e Suas Relações. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10485

_________________
160
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Pais-Cientes, Os Pais como Pacientes: Trabalho de Grupo com


Pais de Crianças em Estimulação Precoce
_________________

Sacramento, Sandra Matos Santana do; Pinheiro, Nelita


Associação Pestalozzi de Alagoinhas — sandra_ufba@yahoo.com.br
_________________

Introdução: Diante do imperativo de um corredor cheio de pais ou responsáveis, que


aguardavam para suas crianças serem atendidas em Estimulação Precoce, por terapeuta
ocupacional, percebi que o cuidado a criança estava garantido, mas e os adultos, não mereciam
ser cuidados? como toma-los como pacientes também? Quando se trabalha com pequenas
crianças com problemas de desenvolvimento, suas famílias também se tornam paciente.
Paciente, adjetivo, ligado a ter paciência; paciente porque a doença é extensiva para a família e
pai-ciente, pessoas comuns que são captadas pelo discurso das ciências médicas e seus
diagnósticos e prognósticos, tendo que se a ver com todas essas novidades, dúvidas, medos e
etc. o que a psicologia poderia fazer? como inserir um trabalho psicológico que atenda essa
demanda? Qual cuidado esses pais ou responsáveis necessitam? É possível cuidar sem ter que
estabelecer um atendimento psicológico clássico? Todos esses questionamentos tem resposta
positiva, ou seja, são possíveis de serem realizados, pois existia para além de uma queixa de
“corredor”, existia uma demanda para falar e escutar essa experiência de cuidar das ditas
crianças especiais. Engendrar um trabalho com os pais ou responsáveis só formalizou o que já
existia enquanto troca de experiência, ou seja, ao ver que já existia uma rede social interativa
entre os familiares, a proposta de trabalho foi criar um grupo de apoio e orientação acerca das
vicissitudes de se ter um bebê com algum problema de desenvolvimento e encaminhado para
tratamento. Desta forma, o atendimento em Estimulação Precoce não se restringiria mais ao
pequeno paciente, nem somente ao terapeuta ocupacional, como único profissional envolvido.
Objetivos: o objetivo geral desse trabalho foi estabelecido através do cuidado ao cuidador,
enquanto objetivo primordial, efetivo para o desenvolvimento do grupo e disparador dos outros
objetivos específicos, sendo eles, ampliar o atendimento em Estimulação Precoce à família;
interferir na relação entre pais (responsáveis) e bebê; criar espaço de escuta e orientação;
estabelecer trocas de experiências; ressignificar a patologia/diagnóstico e estimular a fala dos
pais (responsáveis) tanto no viés emocional quanto no conhecimento. Método: a metodologia
empregada foi o trabalho de grupo, através de reuniões mensais, onde se utilizava de diversos
matérias e recursos para subsidiar a dinâmica do grupo, como por exemplo, textos, depoimentos,
interlocuções, oficinas criativas, que cumpriam a função de disparar e apoiar a fala dos
participantes. Resultados: Os resultados são considerados positivos, uma vez que, houve
aderência ao grupo, estabelecimento de um novo serviço, devolutivas positivas para a instituição,
empoderamento, troca de experiências e, principalmente, legitimou os pais/responsáveis
também como pacientes, uma vez que estão submetidos a rotina de tratamento. Conclusões:
Tomando a psicologia como área da saúde e dotada de para além de um saber, mas como uma
promotora de ações, gestora de seu papel, saindo do espaço puramente clínico de atendimento
individual, promovendo novas atuações, novos públicos, novas demandas, nos revelou, que
assim como, os pais de crianças com problemas do desenvolvimento devem ressignificar, se
readaptar as situações novas, a psicologia também deve se ocupar de gerir sua prática. Pais-
cientes e profissionais atuantes nesse processo.
_________________

Sacramento, Sandra Matos Santana do; Pinheiro, Nelita. Pais-Cientes, Os Pais como Pacientes: Trabalho
de Grupo com Pais de Crianças em Estimulação Precoce. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10492

_________________
165
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Implantação do Projeto Terapêutico Singular (PTS) no


Cenário Oncológico
_________________

Schmidt, Denise Pasqual; Neckel, Vanessa Carla; Lima, Caie Pires de Deus; Simas,
Tassieli Mendes; Oliveira, Natália de; Groth, Elisandra Pereira
UFSM/HUSM — dps@ufsm.br
_________________

INTRODUÇÃO: a Política Nacional de Humanização corporifica um acervo de estratégias


para obtenção da qualidade da atenção e gestão em saúde no SUS, configurando
construção de um espaço de trocas de saberes e grupalidade em ambiência da saúde. É,
portanto, neste cenário que emergem as discussões acerca do Projeto Terapêutico
Singular (PTS). o PTS configura-se como uma discussão de casos clínicos, proporciona
uma atuação integrada da equipe e considera outros aspectos além do tratamento médico.
Assim, o usuário é visto na sua totalidade, na dimensão bio-psico-social. Tal estratégia,
filiada ao movimento dialético, sublinha a ação de desconstrução/reconstrução de saberes
e modos de fazer, suscitando desafio profissional. OBJETIVOS: a pesquisa-ação tem
como objetivo prático implantar o dispositivo de cuidado PTS num hospital que atende
pacientes oncológicos adultos e crianças e como objetivo de conhecimento investigar as
vivências de implantação do PTS neste locus, gestando um novo modelo assistencial em
saúde. METODOLOGIA: o projeto optou pela pesquisa-ação, adotando seminários como
técnica para a recolha de dados. como instrumentos de coleta de dados estão sendo
adotados o questionário e o diário de campo. É importante ressaltar que a implementação
do PTS pressupõe a escolha de um caso clínico, já a seleção dos sujeitos da pesquisa
acontecerá a partir dos seguintes critérios de inclusão: a) ser profissional que preste
assistência ao caso clínico atendido; b) tenha consentido em participar da pesquisa-ação.
em observância aos princípios éticos e em sintonia com a Resolução 196/96, a presente
pesquisa adotará o Termo de Confidencialidade e o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. RESULTADOS/DISCUSSÃO:A pesquisa está em fase de execução, porém
alguns achados já se tornam presentes. no cumprimento das etapas necessárias ao
estabelecimento do PTS, a equipe multiprofissional está seguindo cinco momentos: a)
Diagnostico, b) Definição de metas, c) Divisão de responsabilidades, d) Negociação, e)
Reavaliação. para tal performance, a equipe multiprofissional discute caso a caso,
possibilitando a elaboração de projeto estratégico, com propostas de intervenção, ações e
tomadas de decisão, quanto a melhor maneira de viabilizar as necessidades do
paciente/família. CONCLUSÃO: a implantação de tal dispositivo demandou a ação
integrada de gestão para garantir o atendimento individualizado, humanizado e ético ao
usuário e família, promovendo assim, a melhoria da qualidade de vida e do atendimento
prestado. Assim Identificou-se também uma forma diferente de interação entre os
envolvidos no cuidado do paciente
_________________

Schmidt, Denise Pasqual; Neckel, Vanessa Carla; Lima, Caie Pires de Deus; Simas, Tassieli Mendes;
Oliveira, Natália de; Groth, Elisandra Pereira. A Implantação do Projeto Terapêutico Singular (Pts) no Cenário
Oncológico. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10486

_________________
161
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ensinar e Aprender com As Práticas Corporais e Estéticas na


Saúde
_________________

Carvalho, Yara Maria de


Universidade de São Paulo — yaramc@usp.br
_________________

INTRODUÇÃO: ao longo dos últimos anos temos trabalhado com as práticas corporais e
estéticas – leitura e escrita – na formação em saúde, no âmbito da graduação e da pós-
graduação, entendendo essas práticas como processos criativos capazes de modificar e
transformar os corpos em relação. na dimensão da formação em saúde, o que se pretende,
em última instância, é transformar o espaço da sala de aula, em espaço de “experiência de
formação” e “experiência de presença”. a experiência é compreendida aqui como uma
possibilidade de escutar o “inaudito”. a formação, por sua vez, é um “devir plural”, sem
prescrição e nem ideia e intervenção normativa, autoritária, ou ainda excludente. São
práticas que contribuem para um pensamento aberto sobre formação. OBJETIVO: Nesse
sentido, nosso objetivo tem sido investigar a respeito dessas iniciativas sob três aspectos:
a relação com o corpo/texto, a relação com a rede social na qual corpo e ser/texto e leitor
estão inseridos, e a relação do ser/leitor consigo mesmo. MÉTODO: o método utilizado é
a cartografia e o conceito de “aprendizagem inventiva” é a referência teórico-conceitual
para a análise do processo da experiência com o corpo, a literatura e a escrita.
RESULTADOS: dos resultados em sala de aula cabe destacar uma certa “surpresa” dos
estudantes diante das experiências e, sobretudo, o interesse em outras perspectivas a
respeito do processo ensino-aprendizagem e a composição entre o corpo, o livro e a
escrita. CONCLUSÃO: como contraponto à ideia de formação em saúde “tradicional”, que
concebe o corpo apenas na sua dimensão física, desconectado de outros corpos, pura
natureza, de comportamento previsível, invariável e explicado cientificamente, a
“experiência formativa” exige um se voltar para si mesmo com implicações coletivas e
políticas, na dimensão das forças e dos afetos. Já o trabalho com a literatura e escrita, para
além dos aspectos culturais, transformam-se em dispositivos potentes que conectam,
também na dimensão lúdica, pensamento e movimento.
_________________

Carvalho, Yara Maria de. Ensinar e Aprender com As Práticas Corporais e Estéticas na Saúde. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10487

_________________
162
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Narrativas dos Pacientes com Hanseníase Sobre Ausência da


Dor
_________________

Queiroz, Kelvia Karine Nunes; Oliveira, Mônica Cordeiro X. de; Lima, Isabelle
Siqueira; Leite, Dheyme Leoncio; Rodrigues, Mabell Sandy S.; Albuquerque, Vilma
L. S. Pires; Brandão, Márcia Valéria
Centro Universitário Christus - Unichristus — kelvia.karine@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a hanseníase é responsável por alterações de sensibilidade, deformidades


incapacitantes e estigmas que causam impactos biopsicossociais e acarreta problemas de saúde
pública para o Brasil que, apresenta-se como o segundo país mais endêmico do mundo. a dor é
um sinal de alarme para a ocorrência de lesões teciduais e nos pacientes com hanseníase há,
normalmente, uma ausência da dor. OBJETIVOS: Compreender a percepção dos pacientes com
hanseníase sobre a ausência da dor; verificar se a ausência da dor compromete as atividades
da vida diária; apreender como os pacientes vivenciam a doença e o estigma. MÉTODO: Trata-
se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa, realizada com 4 pacientes de ambos
os sexos, que residem no Centro de Convivência Antonio Justa, na cidade de Maracanaú-Ce,
nos meses de abril e maio de 2011. Utilizamos a entrevista semi-estruturada e um diário de
campo. o número de pacientes foi selecionado após um primeiro contato com os profissionais de
saúde que estavam presentes diariamente no convívio do grupo com maior comprometimento
de sensibilidade, de ambos os sexos e com idade acima de 18 anos. Nomes fictícios foram
utilizados para preservação do anonimato. Os participantes foram abordados informalmente pela
pesquisadora após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
RESULTADOS Os pacientes demonstraram sentimentos diversos frente a sua nova identidade
como estigma e medos: "Olha.. tudo é leproso, se eu for lá vou pegar a lepra. Tocaram fogo na
casa, na casa de farinha, não tinha mais nada”. Embora o isolamento tenha sido abolido, sentem-
se despreparados para gerenciar suas vidas e continuam residindo no mesmo espaço que
exercia o poder de controle dos seus corpos. a insensibilidade à dor interfere no seu dia a dia,
sendo necessário o auto-cuidado. Os pacientes sentem-se abençoados pela ausência de dor:
"Graças a Deus eu não sinto dor, é dormente as mãos, os pé, eu não acho nada... Bom é assim,
não sentir dor”. CONCLUSÃO: a Hanseníase continua sendo uma experiência existencial
complexa e dolorosa que acarreta transformações na vida dos hansenianos, porém os pacientes
ainda carregam no inconsciente imagens preestabelecidas sobre a “antiga lepra”. o estigma é
mais perceptível quando a doença esta relacionada as deformidades que trazem a
descaracterização corporal e que são identificadas nas falas do medo, da culpa, da tristeza e da
aversão à hanseníase. Apesar de relatarem a humilhação e preconceito, afirmam que não
querem sair do seu local de moradia: “Eu gosto é daqui, de tá com os meus irmãos de
sofrimento.” Cabe ao profissional de saúde um cuidado humanizado, permanente e holístico,
envolvendo os vários aspectos da vida do paciente. o principal aspecto que envolve a
humanização fundamenta-se no fortalecimento do comportamento ético, em articular o cuidado
técnico científico ao cuidado que incorpora o acolhimento e o respeito ao outro como ser
autônomo e digno.
_________________

Queiroz, Kelvia Karine Nunes; Oliveira, Mônica Cordeiro X. de; Lima, Isabelle Siqueira; Leite, Dheyme
Leoncio; Rodrigues, Mabell Sandy S.; Albuquerque, Vilma L. S. Pires; Brandão, Márcia Valéria. Narrativas
dos Pacientes com Hanseníase Sobre Ausência da Dor. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10488

_________________
163
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Implementação de Atividades Num Hospital Público e de


Ensino Visando À Qualidade Assistencial do Trinômio Pai-Mãe
e Recém-Nascido
_________________

Tase, Terezinha Hideco; Tronchin, Daisy Maria R.; Medeiros, Valdete de


Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo — terezinha.tase@hc.fm.usp.br
_________________

Os serviços de saúde comprometidos com a qualidade têm empregado as melhores


práticas a fim de atender as necessidades e as expectativas dos usuários. Tal premissa
torna-se um desafio no setor público, tendo em vista as especificidades e características
desse setor envolvendo os elementos de estrutura, de processo e resultado. no que tange,
à gravidez de alto risco constatamos a exigência de profissionais de saúde capacitados e
comprometidos com o cuidado devido à sua complexidade, representada pelas patologias
associadas, pelas repercussões no estado emocional da mulher e do seu concepto, assim
como na dinâmica familiar. o Alojamento Conjunto foi implantado tornando-se uma
modalidade de atenção e definido como um sistema hospitalar, cujo método possibilita ao
recém-nascido (RN) permanecer ao lado da mãe na mesma área física, proporcionando a
prestação dos cuidados, a manutenção do vínculo e o envolvimento da família. Nessas
condições é possível estimular e praticar o aleitamento materno sob livre demanda,
fortalecer os laços afetivos e proporcionar uma assistência humanizada. com vistas à
assistência de saúde humanizada e de qualidade foi necessário a adequação dos recursos
físicos e materiais e a contratação e capacitação dos recursos humanos, sobretudo, da
equipe de enfermagem. Trata-se de um relato de experiência, cujo objetivo é descrever as
principais implementações realizadas em um hospital público e de ensino o qual assiste
gestante de alto risco para a instalação do alojamento conjunto. Assim, recorremos ao
planejamento e execução de melhorias na área física, a aquisição de materiais e
equipamentos que oferecessem espaço, conforto e apoio para a mãe, para o RN, para o
pai ou acompanhante. no que tange, à assistência de enfermagem buscamos o
aprimoramento do conhecimento técnico-científico para o cuidado integral, com alto grau
de competência profissional, por meio das evidências científicas e programa de
capacitação dos profissionais. Além disso, houve a contratação de seis enfermeiros e 14
técnicos de enfermagem. a revisão dos processos assistenciais e dos protocolos gerenciais
vem proporcionando mudanças dirigindo a assistência com base na competência
profissional e na relação de respeito dos profissionais de saúde envolvidos com o trinômio.
Essa experiência ao longo de um ano tem demonstrado transformações repercutindo em
discussões, aprimoramento do conhecimento e troca de experiências entre a equipe
multidisciplinar e o trinômio. por conseguinte, conduz a outras reflexões acerca de nossa
responsabilidade em manter e aprimorar a assistência ao trinômio, considerando o seu
contexto sociocultural e familiar.
_________________

Tase, Terezinha Hideco; Tronchin, Daisy Maria R.; Medeiros, Valdete de. Implementação de Atividades Num
Hospital Público e de Ensino Visando À Qualidade Assistencial do Trinômio Pai-Mãe e Recém-Nascido.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10484

_________________
159
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Relato de Experiência da Abordagem Grupal com


Acompanhantes de Pacientes no Hospital Universitário
Federal
_________________

Silva, Sandra Batista da; Buarque, Maria da Conceição L.; Pereira, Aída Mírian
Miranda; Gastacher, Marcely da Silva
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho — sbatista@hucff.ufrj.br
_________________

I. INTRODUÇÃO: Este projeto é desenvolvido pela Comissão de Direitos do Paciente(CDP),órgão


de assessoria da Direção Geral que tem como propósito monitorar o atendimento prestado aos
pacientes no Hospital. Através do trabalho de grupo, com este segmento de usuários
(acompanhantes), pretende-se discutir a política de saúde vigente, sua operacionalização nas
unidades de saúde, em específico no Hospital Universitário Federal. II. OBJETIVOS: Incentivar e
possibilitar a participação dos usuários na gestão das políticas institucionais, potencializando a
garantia de uma atenção integral, resolutiva e humanizada. Pretende-se fortalecer junto aos
usuários a noção de direito, divulgar a Cartilha de Direitos do Paciente; incentivar a participação
destes na avaliação das condições estruturais da instituição e dos serviços prestados pelos diversos
segmentos profissionais; estimular novos padrões de relacionamento entre usuários e a equipe de
saúde; implementar os princípios da política de humanização, a transversalidade com a co-
responsabilidade entre usuários, trabalhadores e gestores; fortalecer a autonomia do paciente,
enquanto sujeito responsável pelo processo de produção de saúde e sua participação na gestão
institucional. III. METODOLOGIA: São realizadas reuniões semanais no 9ºandar- Sala de
Humanização, utiliza-se a mesma orientação metodológica da CDP, que é a discussão em roda. As
demandas apresentadas pelos acompanhantes são discutidas e refletidas no próprio grupo,
registradas no livro de Ata e as situações que necessitem de intervenções imediatas são
encaminhadas aos serviços e cabe a CDP monitorá-las. IV. RESULTADOS: com o debate sobre o
atendimento prestado, as relações entre os usuários, funcionários e gestores, observam-se
alterações nas práticas dos serviços, oportunizando a melhoria na qualidade de vida dos usuários
através de uma melhor oferta na prestação de serviço, além da busca por melhores condições de
trabalho para os profissionais de saúde, desencadeando mudanças na operacionalização do
trabalho e na produção no campo da saúde, finalidades da política de Humanização que almeja por
efetuar modificações nas práticas dos serviços de saúde. V. CONCLUSÃO: Este projeto tem
interagido diretamente na construção de novos padrões de relacionamento entre os profissionais
de saúde e os usuários, reforçando a postura transversal e construindo coletivamente no curso de
suas ações pactos sustentáveis. VI. BIBLIOGRAFIA: ACOLHIMENTO nas PRÁTICAS de
PRODUÇÃO de SAÚDE – Ministério da Saúde - 2010; CAMPOS, GWS – “Saúde Paidéia”, Hucitec,
SP,2003; CAMPOS,GWS _ “Um método para Análise e Co-gestão de Coletivos, Hucitec, SP, 2000.
CONSTITUIÇÃO da REPÜBLICA FEDERATIVA do BRASIL .1988, Ed Saraiva. PORTARIA
INTERNA HUCFF n 73, 05 de abril de 2001.
_________________

Silva, Sandra Batista da; Buarque, Maria da Conceição L.; Pereira, Aída Mírian Miranda; Gastacher, Marcely da Silva.
Relato de Experiência da Abordagem Grupal com Acompanhantes de Pacientes no Hospital Universitário Federal.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10477

_________________
157
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

"Muito Prazer... Eis a Adolescência": Relato de uma


Experiência Interativa
_________________

Lourenço, Benito
Unidade de Adolescentes do Instituto da Criança do HCFMUSP — benitol@uol.com.br
_________________

Introdução a cultura leiga produziu uma crença de que a adolescência é, por si, um período de
insegurança, rebeldia e impulsividade ou, de certa forma, um período problemático do
desenvolvimento. Profissionais de saúde e educadores podem, entretanto, refletir, de forma
menos estereotipada sobre as características específicas desse momento da vida que, em última
análise, os ajudariam a desenvolver uma leitura mais singular sobre os “problemas” emergentes
e uma condução mais específica nas ações de promoção de saúde para essa faixa etária.
Objetivos uma atividade denominada “Experiência Interativa: Muito Prazer... eis a adolescência”
foi concebida e apresentada para profissionais, objetivando o treinamento e a sensibilização
sobre temas relacionados às características e transformações biopsicossociais da adolescência.
Método Trata-se de uma aula com uma formatação interativa, conduzida por um médico de
adolescentes, e que tem sua exposição entremeada por participações de adolescentes
previamente treinados, que seguem um roteiro, com intervenções artísticas, como pequenas
cenas dramáticas e esquetes cômicos que ilustram os assuntos que estão sendo apresentados.
a partir de exemplos retirados das experiências cotidianas, imagens e músicas utilizadas como
elementos disparadores, promove-se um gradativo conhecimento e reflexão sobre a
adolescência. Tudo é realizado em um espaço cênico, com recursos de som e luz, que conferem
à atividade um caráter artístico de uma apresentação teatral. Resultados: no período de 2005 à
2013 a atividade foi apresentada em 58 ocasiões, para públicos diversos: alunos de graduação
(Medicina e Psicologia), eventos de treinamento em Saúde da Família e plateias
multiprofissionais (educadores e profissionais da área de Saúde). Conclusões e Reflexões 1. a
arte como elemento de educação e aprendizado: na busca da iniovação pedagógica, a ideia de
apresentar conceitos teóricos sobre a adolescência, de forma interativa, com adolescentes e
envolvendo princípios artísticos em sua concepção e formatação, pode aproximar e sensibilizar
o expectador de uma forma bem peculiar. por meio da arte é possível desenvolver a percepção
e a imaginação, apreender a realidade do ambiente, estimular a capacidade crítica, permitindo
ao indivíduo desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada. 2. a
aplicação prática do conceito de protagonismo juvenil: os próprios adolescentes colaboram na
concepção da apresentação. Adolescentes participam do processo de ensinar aos profissionais
como lidar com as situações particulares desse momento. Além disso, com a expertise que lhes
é própria, esse processo se faz de uma forma mais natural e espontânea. 3. a ressignificação da
adolescência: durante o processo criador, ao interpor realidade, imaginação, emoção e cognição,
os adolescentes envolvem-se em reconstruções, reelaborações e descobertas que permitem o
entendimento sobre o momento de vida que estão passando.
_________________

Lourenço, Benito. "Muito Prazer... Eis a Adolescência": Relato de uma Experiência Interativa. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10478

_________________
158
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa Crescer - Desenvolvendo e Valorizando Pessoas


_________________

Paternes, Kenia Cristina; Teles, Regiane Cuer Pietro; Abreu, Vivian Gava Malta de
Instituto de Radiologia - HCFMUSP — kenia.paternes@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: É natural o ser humano querer e precisar de cada vez mais, porém um detalhe
difere esse desejo dentro da organização: evoluir, no caso de Gestão por Competências,
é questão de sobrevivência diante do mercado globalizado (LEME, 2006). o Programa
Crescer é uma ferramenta de avaliação de desempenho por competências utilizada em
uma Instituição pública, para profissionais não médicos. a importância está exatamente na
avaliação das competências, apontando os pontos positivos e os gaps comportamentais
existentes nos colaboradores, para que os mesmos se desenvolvam e atendam as
necessidades da Instituição. Objetivo: Garantir um ambiente de trabalho que promova o
desenvolvimento e engajamento dos colaboradores não médicos através de critérios de
avaliação padronizados, clareza das expectativas que a Instituição tem em relação às
entregas e principalmente a aproximação entre chefias e colaboradores através do
acompanhamento e feedback. Metodologia: para disseminar o programa para os
colaboradores, foi realizado um plano de comunicação interna e um treinamento para
informar as fases do ciclo, que são: Contrato de Desempenho: reunião entre o líder e o
colaborador com a finalidade de esclarecer ao profissional o comportamento esperado para
o nível hierárquico em que se enquadra, conforme régua de competências pré-
estabelecida; Acompanhamento: levantamento e registro de evidências do desempenho
observado; Feedback: conversa de alinhamento e direcionamento constante sobre o
desempenho; Avaliação: o colaborador faz sua auto avaliação, o líder o avalia e juntos
estabelecem um consenso para se ter um único resultado; Plano de Desenvolvimento
Individual (PDI): a elaboração do plano deve ser feita pelo colaborador com a validação do
líder, nele o colaborador descreverá as ações que pretende realizar para se desenvolver,
durante determinado tempo, dentro das competências pontuadas. Resultados: o primeiro
ciclo encerrou-se em janeiro de 2014, tendo duração de 18 meses, resultando em 84,51%
de adesão no Contrato de Desempenho; 39,31% de adesão no Feedback; 75,11% de
adesão na Auto-Avaliação; 92,23% de adesão na Avaliação pela Chefia e 41,09% de
adesão no PDI. Os comportamentos pontuados como maior necessidade de
desenvolvimento foram Comunicação e Relacionamento com o Cliente. Conclusão: por
se tratar de mudança de cultura observou-se muitas resistências em todos os níveis
hierárquicos. Constatou-se que o Programa aproximou lideranças e colaboradores e que
estes últimos tem mais clareza do que a Instituição espera dele. Verificou-se através dos
resultados o quanto é preciso desenvolver as lideranças em relação ao feedback e a todos
no planejamento do seu desenvolvimento (PDI). Após auditoria para determinada
acreditação, a Instituição recebeu o relatório pontuando positivamente o processo de
avaliação de desempenho, mudando a importância dada pelas lideranças sobre o mesmo.
_________________

Paternes, Kenia Cristina; Teles, Regiane Cuer Pietro; Abreu, Vivian Gava Malta de. Programa Crescer -
Desenvolvendo e Valorizando Pessoas. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10471

_________________
154
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Análise da Atuação da Equipe de Saúde da Família na


Assistência Pré-Natal com Base na Política Nacional de
Humanização
_________________

Frota, Natasha Marques; Oliveira, Roberta Grangerio de; Barros, Lívia Moreira;
Caetano, Joselany Áfio; Santos, Zélia Mª de Sousa Araújo
Universidade Federal do Ceará — natashafrota_@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a Atenção Básica (AB) deve ser entendida como porta de entrada da Rede de Atenção
à Saúde. o Ministério da Saúde visa executar a gestão com base na indução, monitoramento e
avaliação de processos e resultados, garantindo acesso e qualidade da atenção em saúde. a questão
da qualidade da gestão e das práticas das Equipes de Saúde da Família (EqSF) tem assumido maior
relevância na agenda dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste contexto, a Assistência
Pré Natal (APN) surge como um instrumento, cujo objetivo é ampliar a assistência para além da questão
curativa, capacitando as gestantes para o autocuidado e para a manutenção de sua saúde e do
concepto. de acordo com o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN) deve incluir
aspectos fundamentais como: receber com dignidade a gestante, fornecer informações e, adotar
condutas e procedimentos para o desenvolvimento saudável da gravidez, parto e nascimento.
OBJETIVO: Avaliar a assistência pré-natal de acordo com o PHPN, sob a ótica da equipe de saúde da
família. METODOLOGIA: o estudo foi constituído por uma pesquisa avaliativa. Utilizou-se o modelo
proposto por Donabedian baseado na teoria dos sistemas em que se consideram os elementos de
estrutura, processo e resultado, tendo como ponto principal de análise os serviços de saúde e as suas
práticas assistenciais. Ressalta-se que neste estudo abordou-se somente os elementos estrutura e
processo. o estudo foi realizado em 20 Unidades de Atenção Primária em Saúde (UAPS), distribuídos
na Secretaria Executiva Regional VI (SER-VI), em Fortaleza-CE. a SER-VI possui 20 UAPS e 59 EqSF.
Sendo assim, a população teve 20 coordenadores das UAPS, 59 médicos e 59 enfermeiros, perfazendo
um total de 138. no entanto, a amostra foi composta por 14 coordenadores, 36 enfermeiros e 35
médicos que aceitaram responder os questionários e permitiram a observação da consulta de pré-natal.
a coleta de dados foi realizada no período de março a outubro de 2013. Os dados foram organizados
no Statistic Package for Social Science (SPSS, versão 19.0). o estudo foi realizado em conformidade
com os princípios bioéticos preconizados na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS: As UAPS se apresentaram com uma estrutura insatisfatória para uma atenção pré-
natal de qualidade. a planta física, os recursos materiais, a sistemática do atendimento e as filas
expuseram a necessidade de um olhar mais criterioso por parte da gestão das unidades. Quanto ao
processo, foi possível observar que os enfermeiros e os médicos apresentaram atitudes semelhantes
quanto a abordagem e as condutas inerentes ao exame físico. Porém, os enfermeiros foram os que
mais orientaram as gestantes. CONCLUSÃO: Os dados obtidos reforçaram a ideia de que cabe à
EqSF, juntamente com seus gestores, enfatizar o contato com as gestantes no nível básico de atenção,
assumindo papel de importância na promoção da saúde e principalmente na prevenção de agravos.
_________________

Frota, Natasha Marques; Oliveira, Roberta Grangerio de; Barros, Lívia Moreira; Caetano, Joselany Áfio; Santos,
Zélia Mª de Sousa Araújo. Análise da Atuação da Equipe de Saúde da Família na Assistência Pré-Natal com
Base na Política Nacional de Humanização. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10476

_________________
156
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Acolhimento Pelos 5 Sentidos: a Interação Sensorial como


Estratégia para Humanização da Assistência e Qualificação do
Serviço de Saúde
_________________

Braga, Rodrigo José Vianna Figueiredo; Lima, Marina Dayrell de Oliveira; Barata,
Jaqueline Lara Marques
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais — digo-life@hotmail.com
_________________

Introdução: como proposta para reduzir as dificuldades encontradas durante o tratamento e


favorecer a recuperação da comunicação entre a equipe de profissionais de saúde e o usuário, o
Ministério da Saúde regulamentou o PNH - Programa Nacional de Humanização da Assistência
Hospitalar (PESSINE; BERTACHINI, 2011). o PNH prioriza o acolhimento, que se expressa, em
suas várias definições, uma ação de aproximação, uma atitude de inclusão, de forma a atender a
todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo uma postura capaz
de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos usuários. como dispositivo técnico-
assistencial, permite a reflexão e a mudança dos modos de operar a assistência, pois questiona as
relações clínicas no trabalho em saúde (BRASIL, 2006). Reconhecendo a subjetividade humana e
sua relevância no processo de acolhimento, afim de que o cuidado seja realizado de forma efetiva
e sensibilizada, surge a real necessidade de implementar tal projeto que preconiza a sensibilização
dos profissionais de um hospital público de Minas Gerais. Objetivo: Sensibilizar os profissionais de
saúde de um hospital acerca dos cinco sentidos, como estratégia para humanização da assistência
e qualificação do serviço de saúde levando em consideração suas necessidades, limites e o
ambiente de trabalho que os cercam. Método: Trata-se de um projeto onde serão realizadas
dinâmicas com todos os profissionais de um hospital. para estimular a reflexão a partir da percepção
de cada profissional, suas dificuldades ou facilidades em descobrir novos objetos e/ou sensações,
serão utilizados os órgãos do sentido através de vídeos, imagens, textos e poemas, músicas, sons
diversos, objetos de diferentes texturas, massagens, essências e diversos tipos de alimentos com
os mais variados sabores. Resultados: Implementar um processo de humanização em setores
hospitalares requer a busca de relações profissionais saudáveis, de respeito pelo diferente,
reconhecimento dos limites profissionais (DAMASCENO, et al., 2009). para que os trabalhadores
de saúde possam exercer a profissão com honra e dignidade, respeitar o outro e sua condição
humana, dentre outros, necessitam manter sua condição humana também respeitada e valorizada,
sendo o projeto propulsor de tais necessidades. Conclusão: a redescoberta dos sentidos nos
processos de conhecimento, comunicação e compreensão humana é essencial à sensibilização dos
profissionais do hospital, bem como ao desenvolvimento e formação profissional dos acadêmicos
da instituição por permitir experimentar novas formas de produção em saúde. o projeto “Acolhimento
pelos cinco sentidos” permitirá o envolvimento dos profissionais do hospital, a promoção da reflexão,
da qualificação do atendimento e a busca pelo acolhimento humanizado através da valorização
destes no processo saúde-doença.
_________________

Braga, Rodrigo José Vianna Figueiredo; Lima, Marina Dayrell de Oliveira; Barata, Jaqueline Lara Marques. Acolhimento
Pelos 5 Sentidos: a Interação Sensorial como Estratégia para Humanização da Assistência e Qualificação do Serviço de
Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10470

_________________
153
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Implantação do PTS na Organização do Trabalho: uma


Estratégia do Cuidado no Contexto Hospitalar
_________________

Schmidt, Denise Pasqual; Pfeifer, Paula Moraes; Bick, Miguel Armando; Bressan,
Jéssica Viaro; Machado, Andressa Guimarães; Ortiz, Leodi Conceição Meireles
Hospital Universitário de Santa Maria — dps@ufsm.br
_________________

Introdução: o Projeto Terapêutico Singular (PTS) é uma nova ferramenta que se propõe a
ultrapassar as fronteiras existentes entre os diferentes saberes que se ocupam da produção de
saúde. É definido como um conjunto de ações com objetivo de cuidar dos pacientes de forma
individualizada, por meio da escuta e interação democrática entre equipe, família e paciente.
Objetivo: Este trabalho visa apresentar dados preliminares da pesquisa de implantação do PTS em
unidade hemato-oncológica de hospital público do interior do estadol. Método: Optou-se pela
realização de uma pesquisa-ação, uma abordagem não-convencional que adota seminários como
técnica para a coleta de dados. Os sujeitos da pesquisa foram membros da equipe de saúde da
hemato-oncologia pediátrica. Os seminários foram realizados entre os participantes e almejaram
promover a discussão e a elaboração coletiva de alternativas para uma melhor assistência. Foi
utilizado, também, questionário contendo oito perguntas abertas que visavam compreender a
percepção do participante a respeito da experiência vivenciada de implantação do projeto.
Resultados: a partir do questionário proposto a nove pessoas, uma destas julgou-se incapaz de
opinar pela pouca participação nos encontros, apenas uma participou integralmente e outra relatou
dificuldades em função do horário de trabalho. a maioria dos participantes nunca havia participado
de projetos como este, mas descreveu o PTS como uma experiência interessante, impar,
desafiadora e gratificante, que possibilita uma visão integral do paciente e, que por isso, deveria ter
continuidade. Porém, destacaram a não adesão dos profissionais como uma dificuldade. um dos
participantes acreditava que a justificativa para a ausência de outras áreas nos encontros estava
no desconhecimento do projeto e ou necessidade de participar de escalas. Achados preliminares
da pesquisa reforçam dados da literatura que apontam como fatores que dificultam a atividade e o
desenvolvimento de novas técnicas, a organização hospitalar e as características do trabalho. na
instituição hospitalar o modelo tradicional altamente hierarquizado de acordo com o saber, divide
os homens e as tarefas. Além disso, as condições de trabalho na rede pública de saúde são uma
questão delicada: há um aumento no número de pacientes e redução da equipe de profissionais,
jornadas de trabalho prolongadas, ritmos acelerados de produção, hierarquia rígida e vertical,
fragmentação de tarefas e a desqualificação do trabalho realizado. Conclusão: a prática hospitalar
ainda está centrada no desenvolvimento de tarefas, as quais são realizadas de forma isolada,
muitas vezes sem articulação e comunicação. a construção de novas práticas, como o PTS é
essencial, por possibilitar a aquisição de ferramentas para a melhoria do cuidado prestado ao
paciente e, portanto, se deve buscar favorecer a organização do trabalho da equipe se saúde de
modo a contemplar tal demanda.
_________________

Schmidt, Denise Pasqual; Pfeifer, Paula Moraes; Bick, Miguel Armando; Bressan, Jéssica Viaro; Machado, Andressa
Guimarães; Ortiz, Leodi Conceição Meireles. A Implantação do Pts na Organização do Trabalho: uma Estratégia do
Cuidado no Contexto Hospitalar. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde
[= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10473

_________________
155
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Assistência À Criança Hospitalizada e o Brincar no Hospital


_________________

Vieira, Ana Cristina de O. Almeida; Possari, Maria de Lourdes; Santos, Ana Regina
dos; Srougi, Miguel
Hopital das Clinicas FMUSP — anaavieira@usp.br
_________________

Introdução: a doença é uma situação de crise, altera a vida da criança e sua família,
suscita ansiedade, angústia e conflitos. o Setor de Urologia Pediátrica atende a crianças e
adolescentes acometidos por anomalias congênitas, câncer urológico, trauma entre outras
patologias. As anomalias congênitas raras na população em geral, requerem tratamentos
de alta complexidade por toda a vida, gerando expectativas idealizadas em torno do
período de internação, da cirurgia e fantasias de cura, o que favorece o surgimento de
conflitos e denunciam o sofrimento da criança e de seus pais. o processo de hospitalização
infantil é marcante na vida de qualquer criança, uma vez que neste momento ela se
percebe frágil e impossibilitada de realizar suas atividades, alterando a sua rotina diária
como brincar e ir à escola. Quanto mais complexa a patologia da criança, maior a
necessidade de assistência interdisciplinar, com olhares diversos que busquem
alternativas para a melhoria da sua saúde e qualidade de vida. Assim, a brincadeira pode
ser uma forma de enfrentamento desta situação de hospitalização, bem como uma forma
de humanizar as relações no contexto da internação. a brinquedoteca favorece a amizade
com outras crianças, auxilia na recuperação e ameniza os conflitos e sofrimentos da
internação. Objetivos: Instrumentalizar a equipe de saúde para a utilização da
brinquedoteca; permitir a expressão da vivência de internação por meio de atividades
lúdicas. Método: Realizado revisão da literatura sobre o brincar e a importância da
brinquedoteca em enfermarias pediátricas, instituiu-se um grupo de trabalho
multidisciplinar para levantamento das necessidades e dificuldades na assistência à
criança internada. Foram realizadas quatro reuniões em dias alternados e nos horários
matutino e vespertino com representantes da equipe multidisciplinar e voluntários. As
reuniões ocorreram no espaço da brinquedoteca, facilitando a compreensão e ambientação
pela equipe. Neste contexto foram discutidas as seguintes questões: Qualquer
procedimento ou intervenção cirúrgica anunciada à criança promove angustia, ansiedade
e sofrimento pois sabe que tais procedimentos vão gerar dor física e desconforto; no
relacionamento com a criança há que se considerar a perspectiva subjetiva, irracional,
emocional e singular da criança; o ato de brincar é um sistema que integra a vida social
das crianças e caracteriza-se por transmissão expressiva de forma compreensiva da
realidade vivida através das brincadeiras realizadas. Resultado: Estabelecimento de
horário fixo de funcionamento da brinquedoteca e orientação das mães que acompanham
as crianças, a implantação de livro de controle para empréstimo de brinquedos e livros de
história para crianças com locomoção limitada, criação de grupo de trabalho de artesanato
com os pacientes, mães e ou acompanhantes.
_________________

Vieira, Ana Cristina de O. Almeida; Possari, Maria de Lourdes; Santos, Ana Regina dos; Srougi, Miguel.
Assistência À Criança Hospitalizada e o Brincar no Hospital. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10467

_________________
150
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Importância das Oficinas de Sensibilização na Área de Gestão de


Pessoas na Humanização das Relações dos Funcionários da CCD
_________________

Grazeffe, Vanessa Siqueira; Cedotti, Walmir


Coordenadoria de Controle de Doenças da Sessp — VGRAZEFFE@SAUDE.SP.GOV.BR
_________________

INTRODUÇÃO: Atualmente a gestão de pessoas nas organizações públicas é um grande desafio. Estas têm
dificuldades em atrair e manter profissionais capazes de atender as demandas exigentes e com qualidade.
Os servidores parecem não ter relevância estratégica às organizações públicas, causando, desmotivação dos
funcionários (Madureira, 2009, Divaldo, 2009). Diante desta realidade, a área de Treinamento e
Desenvolvimento, da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), da Secretaria de Estado da Saúde de
São Paulo (SESSP) criou as Oficinas de Sensibilização na Área de Gestão de Pessoas visando melhorar os
relacionamentos no ambiente de trabalho. Este estudo tem o objetivo de mostrar a importância destas oficinas
como uma ferramenta motivacional, visando à humanização e melhoria nos relacionamentos internos.
MÉTODOS: Esse estudo desenvolveu-se a partir de pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo e
exploratório. o desenvolvimento das oficinas foi baseado na metodologia andragógica e na Pscicologia Social
de Pchon-Riviére. Participaram aproximadamente 200 funcionários, da CCD. RESULTADOS e DISCUSSÃO:
Os conceitos e as vivências construídos durante essas oficinas permitiram aos participantes: melhorar a
capacidade de organização para conduzir novas tarefas e a de participação; aprender a escutar e aceitar a
opinião do outro; refletir e avaliar os conceitos da vida que regem tanto o pessoal quanto o profissional, para
promover mudanças na própria vida; dar equilíbrio à vida pessoal; superar a adversidade; trocar
conhecimento, experiências e absorção do que foi ensinado; buscar aquilo em que se acredita; procurar ver
o lado positivo das pessoas. em relação aos grupos operativos, observou-se: (1) maior motivação e
entrosamento à medida que as oficinas se desenvolviam, (2) melhora no nível da comunicação e da qualidade
de vida na rotina dos colaboradores, representada por uma melhor interação entre as pessoas.
CONCLUSÃO: Não basta ter conhecimentos técnicos, científicos e habilidades. para nos adaptarmos as
mudanças do dia-a-dia, melhorar nossos relacionamentos, seja no ambiente de trabalho e ou familiar
precisamos dos valores, dos princípios, das crenças e dos sonhos para termos objetivos e determinação para
alcançá-los. uma pessoa capaz de transformar a dor, o ressentimento, a desmotivação em luz no caminho da
outra, traz em si a liderança do amor ao próximo, sentimento ausente nas famílias, nas escolas e nas
empresas, porque falta empatia na vida das pessoas. Mas, gradualmente, os homens estão percebendo a
necessidade de mudança para se tornarem melhores, buscando desenvolver atitudes, comportamentos,
valores e crenças que proporcionem a si mesmos e ao próximo uma qualidade de vida voltada para equilíbrio
físico, mental, emocional, espiritual e social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Divaldo J. Desafios da gestão
de pessoas na administração pública. Administradores.com.br; 2009 [acesso em out. 2010] Disponível
em:http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/desafios-da-gestao-de-pessoas-na-administracao-
publica/30347/. Madureira C. a formação contínua no novo contexto da administração pública: possibilidades
e limitações. Rio de Janeiro. Rev Adm. Púb.. 2009; v.39(5): p.1109-1135.
_________________

Grazeffe, Vanessa Siqueira; Cedotti, Walmir. Importância das Oficinas de Sensibilização na Área de Gestão de Pessoas
na Humanização das Relações dos Funcionários da Ccd.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-
7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10468

_________________
151
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Os Desafios da Co-Gestão e a Participação dos Usuários: a


Experiência da Comissão de Direitos do Paciente.
_________________

Buarque, Maria da Conceição Lopes; Pereira, Aída Mirian Miranda; Pereira, Sandra
Batista; Gastcher, Marcely da Silva
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho — mcbuarque@hucff.ufrj.br
_________________

INTRODUÇÃO: a Comissão de Direitos dos Pacientes (CDP) é um órgão assessor da Direção Geral, cujo objetivo
é monitorar a qualidade do atendimento prestado ao paciente, com vistas a garantir os direitos contidos na Cartilha
de Direitos dos Pacientes. Integra a Coordenação de Comissões Permanentes, foi instalada através da portaria nº
73 de 05 de abril de 2001. a missão da Comissão é “Fortalecer a noção de Direito e Cidadania, através de ações
educativas, junto à comunidade do Hospital Universitário, implementando o controle social na saúde” Trata-se de
trabalho árduo, que busca fortalecer a cidadania e participação democrática trabalhando pela concretização dos
direitos, ciente de suas possibilidades e também de seus limites. II. OBJETIVOS: Fortalecer junto aos pacientes a
noção de direito e a possibilidade de ação coletiva em sua defesa; possibilitar a participação do paciente,
transformando-a em cidadania na saúde; monitorar através de indicadores a qualidade dos serviços prestados pelo
hospital; possibilitar acesso, qualidade e humanização na equipe saúde; favorecer a discussão entre os variados
segmentados da instituição, com vistas à permanente melhoria do atendimento prestado aos pacientes. III.
METODOLOGIA: Criação e participação de espaços de discussão, fortalecendo a horizontalidade, pautada em
metodologia de discussão em roda, tendo como diferencial a participação do usuário em grupos de sala de espera
interativa, aulas para alunos da graduação, atividades com Residentes Multiprofissionais, reuniões interdisciplinares,
seminários de integração. a CDP realizou ao longo de doze anos, r 267 reuniões ordinárias com a presença de
profissionais e pacientes, foram realizados debates referentes às políticas, programas e problemas da instituição.
Foram realizados 11 Encontros Anuais de Pacientes, apresentando temas, como: - a humanização do tratamento e
o papel da arte na recuperação dos pacientes (2003), - Formação profissional e humanização nos hospitais
universitários (2004), - Stress profissional: impactos na qualidade da assistência (2005), - Acolhimento: desafios do
processo de gestão (2006), - da formação ao atendimento: espaços de participação do usuário (2009), - Formação
do profissional de saúde e o atendimento humanizado (2010), - Apresentação dos projetos de intervenção
elaborados pelos alunos do curso de Apoiadores da PNH (2011) e Lei de Acesso à Informação, participação do
Usuário na Gestão Pública e a Integralidade na Atenção em Saúde: o desafio da Residência Multiprofissional (2012).
IV. RESULTADOS: Registramos o aumento do número de participantes cidadãos/usuários nos espaços de gestão,
representando o fortalecimento dos princípios norteadores da Política Nacional de Humanização no espaço
institucional, exemplificando: ampliação do horário de visita, sistematização da Assistência Religiosa, agilização da
emissão de laudos médicos, participação na elaboração do protocolo e implementação da Pesquisa de Satisfação
dos Usuários, entre outros. V. CONCLUSÃO: As experiências relatadas confirmam o valor e o diferencial da
participação do usuário dos serviços e no processo de gestão, princípios estabelecidos pela Política Nacional de
Humanização. Observou-se aumento na participação dos usuários nos espaços da gestão, além de estimular a
discussão interdisciplinar e a integralidade no cuidado. VI. BIBLIOGRAFIA: CAMPOS, GWS – “Saúde Paidéia”,
Hucitec, SP,2003; CAMPOS,GWS _ “Um método para Análise e Co-gestão de Coletivos, Hucitec, SP, 2000.
CONSTITUIÇÃO da REPÜBLICA FEDERATIVA do BRASIL .1988, Ed Saraiva. PORTARIA INTERNA HUCFF n 73,
05 de abril de 2001.
_________________

Buarque, Maria da Conceição Lopes; Pereira, Aída Mirian Miranda; Pereira, Sandra Batista; Gastcher, Marcely da Silva. Os
Desafios da Co-Gestão e a Participação dos Usuários: a Experiência da Comissão de Direitos do Paciente.. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São
Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10469

_________________
152
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Produção X Clínica: Ação Humanizada Entre Colaboradores de


uma Unidade de Nutrição Hospitalar e Pacientes Internados
em um Hospital Público de Grande Porte
_________________

Jorge, Andréa Luiza; Carvalho, Juliana Toledo P. de; Fernandes, Renata; Teixeira,
Claudia de Fátima G.; Evazian, Denise
Instituto Central - HCFMUSP — andrea.jorge@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: para o indivíduo hospitalizado a alimentação supre necessidades básicas de


manutenção e de recuperação da saúde, mas também deve propiciar conforto, bem estar físico e
mental. Geralmente a baixa aceitação alimentar ocorre devido a: própria doença, falta de apetite,
alterações do paladar, mudança de hábitos e insatisfação com as preparações, com o ambiente
hospitalar e com o tipo de atendimento prestado. Ações humanizadas devem ser realizadas pela
unidade de nutrição hospitalar para aprimoramento da ambiência, do acolhimento a pacientes e da
gestão participativa das equipes de trabalho. Objetivos: Desenvolver projeto de visitas de
integração entre colaboradores de produção e clínica da unidade de nutrição para aprimorar o
atendimento a pacientes hospitalizados. Métodos: o projeto foi realizado em uma Unidade de
Nutrição e Dietética hospitalar pública em 2013. Foram definidos como participantes os
colaboradores de produção e clínica, com visitas aos pacientes no momento da distribuição de
refeições nas unidades de internação. Houve planejamento prévio com a participação de instrutores
da visita (nutricionistas das unidades de internação) e participantes (colaboradores das áreas de
produção de refeições- nutricionistas, cozinheiros, atendentes de nutrição, auxiliares de serviços
gerais). Aplicou-se um roteiro padronizado de visitas: informações sobre as características da
enfermaria, perfil de pacientes atendidos, tipos de dietas e diálogo com pacientes. ao final da visita,
foi aplicado um questionário a todos os colaboradores, com perguntas: 1- avaliação da atividade
(ruim, regular, boa, ótima) com a respectiva justificativa; 2- questão aberta sobre propostas para
melhorar a aceitação dos pacientes. Resultados: Realizou-se 13 visitas, com duração média de 60
minutos. Houve a participação de 41 colaboradores (11 atendentes de nutrição, 4 auxiliares de
serviço, 11 cozinheiros e 15 nutricionistas, sendo 5 da produção e 10 da clínica). como resultado, a
atividade foi considerada ótima (71,2%) e boa (28,8%). Quanto às justificativas, os comentários
resultaram em: 1- importância de conhecer a visão do paciente sobre a refeição oferecida; 2-
valorização contínua da integração entre equipes de produção e clínica; 3- melhoria da consciência
e comprometimento para a qualidade do atendimento; 4- importância da comunicação entre
nutricionistas e colaboradores para aprimorar conhecimentos. As propostas da equipe para
melhorar a aceitação dos pacientes foram: diversificar o cardápio e o modo de preparo; desenvolver
novas receitas; aprimorar pratos com diferentes tipos de molho, além da valorização das visitas e
do pedido de que sejam realizadas com maior frequência. Conclusões: o projeto resultou em
avaliação positiva entre todos os participantes da unidade de nutrição. a integração entre
colaboradores da produção e da clínica possibilitou o aprimoramento de ações envolvidas na
humanização do atendimento nutricional de pacientes.
_________________

Jorge, Andréa Luiza; Carvalho, Juliana Toledo P. de; Fernandes, Renata; Teixeira, Claudia de Fátima G.; Evazian,
Denise. Produção X Clínica: Ação Humanizada Entre Colaboradores de uma Unidade de Nutrição Hospitalar e
Pacientes Internados em um Hospital Público de Grande Porte. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282 DOI 10.5151/medpro-cihhs-10462

_________________
147
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa "Visite Nossa Cozinha": Integração Entre Clientes


de Creche e Colaboradores de uma Unidade de Nutrição
Hospitalar
_________________

Jorge, Andréa Luiza; Carvalho, Juliana Toledo P. de; Ferreira, Michele Cristina;
Fernandes, Renata; Silva, Alessandra Moniz da; Evazian, Denise
Instituto Central - HCFMUSP — andrea.jorge@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: a Unidade de Nutrição de um hospital público de grande porte tem diversidade de


clientes atendidos, inclusive crianças da creche, filhos de colaboradores que atuam na instituição.
uma creche é um estabelecimento educativo que ministra apoio pedagógico e cuidados às
crianças com idade entre 3 meses e 3 anos e 11 meses, que oferece vivências, interações e tem
a função de auxiliar no papel educativo com ênfase no desenvolvimento integral da criança,
inclusive com fornecimento de alimentação equilibrada. a alimentação oferecida às crianças é
variada e compreende desde fórmulas infantis a lactentes até alimentação infantil adaptada a
cada faixa etária, ambas sob responsabilidade de preparo pela Unidade de Nutrição e Dietética
deste hospital. a parceria entre a unidade de nutrição e os clientes é fundamental para o convívio
humanizado, melhoria dos processos e produtos, identificação de expectativas e qualidade no
atendimento. Objetivos: Implementar a integração profissional, promover atualização de
informações e estreitar o convívio social de funcionários de uma unidade produtora de refeições
hospitalares e clientes de creche hospitalar. Métodos: o projeto iniciou-se em 2012 em uma
Unidade de Nutrição e Dietética hospitalar pública em parceria com a creche hospitalar com
capacidade de atendimento para 350 crianças. Inicialmente houve o planejamento de reuniões
para a integração da equipe de nutricionistas da Unidade de Nutrição e Dietética com diretoria e
nutricionista da creche hospitalar. Após as reuniões foi criado o programa “Visite nossa cozinha”
abrangendo visita de crianças matriculadas em maternal (idade de 3 anos a 3 anos e 11 meses)
e de funcionários da creche à cozinha e visita de funcionários da cozinha à creche. a unidade de
nutrição organizou o roteiro de visita, o trajeto percorrido, a demonstração de fórmulas infantis e
alimentos comumente distribuídos pelo Lactário e Cozinha, fotografias dos participantes e a
interação com a equipe de trabalho responsável pelos processos produtivos. a creche organizou
a distribuição dos grupos de visita em condições de segurança, distribuiu lembranças elaboradas
pelas crianças e educadoras e sorteou duas cestas de alimentos para os colaboradores da
nutrição arrecadadas pelas mães das crianças. Resultados: nos anos de 2012 e 2013 foram
realizadas 10 visitas de intercâmbio (6 visitas da equipe creche à cozinha; 4 visitas da equipe da
cozinha à creche) envolvendo cerca de 60 crianças e 44 colaboradores (creche - estagiários de
nutrição, coordenador pedagógico, equipe de enfermagem e psicóloga; cozinha - nutricionistas
atendentes de nutrição e cozinheiros) e total de 18 horas de atividades. Conclusões: o programa
permitiu a integração entre a creche e a unidade de nutrição e estreitou o convívio humanizado
na busca de melhorias contínuas.
_________________

Jorge, Andréa Luiza; Carvalho, Juliana Toledo P. de; Ferreira, Michele Cristina; Fernandes, Renata; Silva,
Alessandra Moniz da; Evazian, Denise. Programa "Visite Nossa Cozinha": Integração Entre Clientes de Creche e
Colaboradores de uma Unidade de Nutrição Hospitalar. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN
2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10464

_________________
148
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Formação Humanista do Estudante de Medicina no Contexto


da Geriatria Inserida na Saúde Integrada da Família
_________________

Dragalzew, Danielle Caiado de Castro; Carrijo, Laís Ferreira; Freitas, Maíra Thomé
de; Silva, Mirian Paiva; Pricinote, Sílvia Cristina M. N.
Centro Universitário Unievangélica — dani_dragalzew@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: Mundo passa por processo de envelhecimento populacional. Reconhecer


essa mudança e a necessidade dos orgãos públicos serem capazes de acompanha-lá é
premissa essencial para se pensar na introdução da geriatria na graduação de medicina.
OBJETIVOS: Objetiva-se relatar a experiência dos graduandos (quarto período) na
geriatria inserida na disciplina de saúde coletiva, visando formação médica centrada na
pessoa, em equipe e na comunidade onde o idoso insere-se. MÉTODOS: Utilizou-se
metodologia de problematização; discussão de casos clínicos; aulas expositivas
dialogadas com geriatria em um Hospital do Idoso com assuntos envolvendo transição
epidemiológica, envelhecimento, semiologia, síndromes geriátricas; Técnica de Estimativa
Rápida e Participativa com temática: atenção oncológica / prevenção de câncer, finitude
da vida / cuidados paliativos, atenção à saúde do idoso fundamentada na Política Nacional
de Saúde da Pessoa Idosa, violência, problemas de maior prevalência e assistência
farmacêutica. RESULTADOS: a experiência ocorreu durante primeiro semestre de 2013 e
demonstrou que a teoria permitiu maior compreensão da dimensão da prática vivenciada
na UBSF. Resultando na realização de levantamento dos idosos / microárea com seus
problemas prevalentes, planejamento da capacitação dos ACS em atenção oncológica na
APS, pré-consulta do idoso (preenchimento da caderneta do idoso, avaliação nutricional e
ações educativas), acompanhamento à consulta médica do idoso, produção de banners
informativos e trabalhos científicos. CONCLUSÕES: Compreender processo de
senescência viabilizou entender melhor grande parte do público que recorre às unidades.
Disciplina alertou alunos de cuidados e atenção especiais de que idosos necessitam.
Reverteu-se esse conhecimento em ações de promoção e prevenção de saúde aos idosos,
buscando maior adesão às políticas existentes e possibilitou diagnosticar necessidades
latentes que carecem de resguardo público (profissionais capacitados, meios diagnósticos
e medicações apropriadas). Geriatria é complexa, demandaria maior disponibilidade de
carga horária, entretanto associação entre disciplinas direciona-se para proposta eficaz de
aproximação dos graduandos às necessidades de saúde dos idosos.
_________________

Dragalzew, Danielle Caiado de Castro; Carrijo, Laís Ferreira; Freitas, Maíra Thomé de; Silva, Mirian Paiva;
Pricinote, Sílvia Cristina M. N.. Formação Humanista do Estudante de Medicina no Contexto da Geriatria
Inserida na Saúde Integrada da Família. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10465

_________________
149
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Redução do Absenteísmo Através da Gestão da Agenda e do


Trabalho em Rede
_________________

Canelada, Haline Fernanda; Levorato, Cleice Daiana; Corte, Rachel I.A. da Silveira;
Diniz, Emanoela E. dos Santos
Hospital Estadual Américo Brasiliense — halinefernanda@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: o modelo do sistema público de saúde no Brasil, universal, integral e gratuito, foi
legitimado pela Constituição de 1988, regulamentado pelas leis 8.080 e 8.142, de 1990, e
fundamentando nos princípios da universalidade de acesso, integralidade, equidade, regionalização,
hierarquização e participação social.(BRASIL, 1988) Contudo, sabe-se que a rede de saúde no Brasil
convive em um descompasso entre oferta e acesso, o que torna a consolidação do SUS utópica. na
contramão desta realidade brasileira, um Ambulatório Médico de Especialidades (AME), no interior do
estado de São Paulo, iniciou um trabalho voltado à gestão das agendas, posicionando-se não como
um mero ofertador de serviços, mas sim como instrumento potencializador e provocador do trabalho
em rede. OBJETIVOS: Garantir o acesso dos usuários através da gestão da agenda, com confirmação
de comparecimento, flexibilizando a vinda destes perante atendimento com horário agendado e reduzir
o absenteísmo a uma taxa menor que 5%. METODOLOGIA: na primeira etapa do estudo foi realizada
uma análise quantitativa dos relatórios de produtividade do período de janeiro a novembro de 2013,
avaliou-se a quantidade de atendimentos agendados (consultas e exames) e a taxa de absenteísmo
destas (com uma variação entre 10 a 30%). a partir dos dados coletados e quantificados, por meio de
ligações telefônicas, foi estabelecido como rotina de trabalho, o contato com os usuários agendados
para confirmação de presença em consultas e exames com maior demanda. As especialidades
trabalhadas neste período foram: Cardiologia, Cirurgia Vascular, Endocrinologia, Ginecologia,
Oftalmologia, Ortopedia e Pneumologia, além do exame de Ultrassonografia. Assim, caso o usuário
não confirmasse presença antecipadamente o serviço de saúde poderia ofertar esta vaga desistente a
outro, não havendo desperdícios e atendendo a demanda da região. Concomitante a isto, foram
realizadas reuniões com os colegiados gestores, de maneira a apresentar aos gestores municipais o
ambulatório, os agendamentos, a taxa de absenteísmo, perda primária e uso de vagas de “bolsões”
por cada município, visando pactuações e corresponsabilidade entre os serviços.
RESULTADOS:Embora os dados quantitativos e relacionais sejam recentes, com a otimização das
agendas das especialidades citadas acima, foi possível identificar que em 62% das especialidades
trabalhadas o percentual de faltas (taxa de absenteísmo) diminuiu entre 2 e 4%. Entretanto, apesar dos
resultados serem positivos, está em construção um questionário caracterizador do motivo das
ausências e futuramente, serão estabelecidas estratégias perante estas informações. CONCLUSÃO:
um estudo realizado por Bender (2010) constatou que o aumento do absenteísmo na atenção
secundária, impacta em uma possível complicação do quadro de saúde do usuário, interferindo na
continuidade do seu tratamento e ainda no aumento da demanda na rede básica, devido ás
complicações de saúde. por isso é importante ressaltar a indissociabilidade entre gestão e atenção e
entender o trabalho em rede como uma engrenagem produtora de articulações e ações
complementares, que objetivem facilitar o acesso dos usuários ao serviço de saúde público.
_________________

Canelada, Haline Fernanda; Levorato, Cleice Daiana; Corte, Rachel I.A. da Silveira; Diniz, Emanoela E. dos
Santos. Redução do Absenteísmo Através da Gestão da Agenda e do Trabalho em Rede. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10458

_________________
145
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Assistência de Enfermagem em Sala de Parto e o Uso do


Toque Terapêutico: um Caminho para a Humanização
_________________

Melo, Wesley Soares de; Colares, Deusalise Bento; Oliveira, Danila Paula C. de;
Holanda, Rose-Eloíse; Calderon, Carolina Jimenez; Veríssimo, Fco Arlysson da
Silva; Monteiro, Flávia Paula Magalhães
Faculdade Católica Rainha do Sertão — wesley_161@hotmail.com
_________________

Introdução: o preparo da gestante para o parto abrange a incorporação de cuidados e atividades que
buscam oferecer à mulher a possibilidade de vivenciar esse momento de uma forma saudável, encarando-
o como um processo fisiológico. Acredita-se que a prática do toque terapêutico atende aos anseios de
uma atuação holística, baseada na visão integral do ser humano, comumente relatada na literatura de
enfermagem. Objetivo: Investigar a utilização do toque terapêutico pela equipe de enfermagem que atua
na sala de parto. Métodos: Pesquisa de natureza descritiva e exploratória com abordagem qualitativa,
realizada em um hospital de referência na cidade de Banabuiú-Ceará. Os sujeitos do estudo foram: três
auxiliares de enfermagem, três enfermeiros e cinco técnicos de enfermagem, totalizando 11 sujeitos. a
coleta das informações foi realizada nos meses de março e abril de 2011, através de entrevista e se
utilizou um formulário semi-estruturado. a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da
Faculdade Católica Rainha do Sertão sob nº de protocolo 20100189. Resultados: com base na leitura
discursos dos entrevistados, foi possível definir 5 temas norteadores: Compreensão do significado do
toque terapêutico, utilização do toque terapêutico na prática, benefícios do toque terapêutico para os
profissionais que o realizam, benefícios do toque terapêutico para o paciente, e desejo de receber
informação/capacitação relacionadas ao toque terapêutico. a definição do toque terapêutico, bem como
a sua realização dentro do preconizado por seus idealizadores, é algo que requer conhecimento e técnica
específicos. Porém, foi possível detectar através desse estudo, que a equipe de enfermagem detinha
certa compreensão acerca do toque terapêutico, conhecia os seus benefícios e acreditava que o uso do
mesmo poderia ser útil para amenizar o medo e a angústia das parturientes, como também consideravam
essa prática um bom instrumento para estabelecer empatia. Pôde-se perceber que os participantes do
estudo confundiam os conceitos do toque terapêutico com o toque instrumental, afetivo ou expressivo.
Segundo os sujeitos, os benefícios da realização do toque para os pacientes eram: alivio da dor e redução
da ansiedade. Os profissionais também identificaram benefícios do toque terapêutico para eles próprios:
sentiam bem-estar, se sentiam úteis, gratificados e realizados ao aliviar a dor de alguém. o toque também
possibilitava uma interação afetiva e fundamental para o desenvolvimento do cuidado individualizado.
Todos os sujeitos desses estudos afirmaram que gostariam de receber informação/capacitação sobre o
toque terapêutico e reconheciam a importância dessa técnica a ser utilizada em sala de parto. Conclusão:
com bases nesses achados, acredita-se que os profissionais de saúde e em especial, os de enfermagem,
precisam buscar conhecimento sobre o uso do toque terapêutico, preconizando um cuidado humanizado
como pressuposto básico para uma assistência de qualidade.
_________________

Melo, Wesley Soares de; Colares, Deusalise Bento; Oliveira, Danila Paula C. de; Holanda, Rose-Eloíse; Calderon, Carolina
Jimenez; Veríssimo, Fco Arlysson da Silva; Monteiro, Flávia Paula Magalhães. Assistência de Enfermagem em Sala de Parto e
o Uso do Toque Terapêutico: um Caminho para a Humanização. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10461

_________________
146
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Educação Permanente Promovida Pelo NASF Junto a ESF: uma


Possibilidade de Ampliar a Reflexão a Cerca do Cuidado em Saúde
_________________

Frederico, Deison Fernando


Mestrado em Saúde Coletiva Universidade Federal Fluminense e SMS/RJ — deisonf@hotmail.com
_________________

O presente relato de experiência tem o objetivo de dizer de algumas parcerias no processo de


trabalho das equipes de Estratégia de Saúde da Família – ESF com a implantação do Núcleo de
Apoio à Saúde da Família – NASF. o NASF aqui referido, foi implantado em Novembro de 2011
e atualmente é composto por um psicólogo, uma psiquiatra, uma fisioterapeuta, uma nutricionista
e dois educadores físicos. Este NASF presta apoio a 12 equipes de ESF, distribuída em 3
unidades, sendo duas delas do tipo B (unidade mista com ESF e AB) e outra do tipo a (unidade
de ESF), locadas na zona norte do município do Rio de Janeiro/RJ. o município do Rio de Janeiro
no ano de 2009 contava com uma cobertura de ESF de aproximadamente 5% e termina no ano
de 2012 com uma média de 40% de cobertura. Obteve-se uma rápida expansão da ESF, porém
pela cultura de saúde focada no modelo hospitalocêntrico, sendo a capital do país com maior
número de hospitais, por consequência um número grande de profissionais não tem uma
formação voltada a Atenção Básica e menos ainda para a lógica e a configuração da Estratégia
de Saúde da Família. Inclusive a própria Secretaria Municipal de Saúde – SMS, financia em
parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - ENSP da Fundação Oswaldo
Cruz – FIOCRUZ, curso de especialização e mestrado voltado à ESF, para auxiliar na formação
de recursos humanos qualificado para a rede do município. o NASF também ocupa um lugar
relevante para a ampliação do escopo de ações da ESF, e para uma reflexão crítica do cuidado
em saúde sob a lógica da ESF, englobando além da assistência e reabilitação em saúde, a
prevenção e a promoção da saúde. Inicialmente da implantação da equipe NASF, mesmo com
oficinas para a apresentação do que seria o núcleo de apoio e sua proposta de trabalho, com
ênfase no matriciamento, os profissionais em sua maioria apresentaram resistência. Pois
queriam que o fluxo entre ESF e NASF, se desse a partir de encaminhamento no papel, fugindo
da proposta de discussão de caso, atendimento compartilhado, visitas domiciliares conjuntas e
elaboração de Projeto Terapêutico Singular – PTS. Os profissionais da ESF tinham dificuldade
de entender que o matriciamento busca compartilhar conhecimentos comuns e responsabilidade
sobre a saúde dos usuários e do território, e que de fato alguns conhecimentos não são possíveis
de serem compartilhados, por ser do especialista e quando isto ocorrer será discutido entre a
equipe de referência que no caso é a ESF e o apoio matricial que é o NASF, e então acordado
o atendimento individual pelo apoiador matricial ou ainda se necessário o
encaminhamento/compartilhamento à outro serviço de maior complexidade. Foi e esta sendo
necessário ter claro que somos profissionais especialistas trabalhando na desconstrução da
lógica do especialismo. Entendendo está lógica como o simples encaminhamento a outro
profissional especialista e desse modo fracionando o usuário, deixando de compreende-lo na
sua integralidade, um sujeito com história, contexto e subjetividade. Além das discussões dos
casos e seus PTS, os apoiadores matriciais tem a tarefa de discutir o processo de trabalho da
equipe, desde a reunião de equipe que deve ultrapassar as discussões administrativas de
agenda do médico e enfermeiro, contemplando a discussão de casos entre a própria equipe de
referencia, a eleição de prioridades da equipe e dos usuários, o perfil epidemiológico do território,
elencando estratégias de prevenção e promoção de saúde, a metodologia aplicada em grupos
de educação em saúde, dentre outras atribuições da ESF. Outro aspecto importante que o NASF

_________________
140
tem discutido com as equipes, são as articulações intersetoriais/ interinstitucional , como setores
da educação, desenvolvimento social, secretaria da pessoa com deficiência, conselho tutelar,
defensoria pública ... Assim em mais de dois anos de construção da relação entre NASF e ESF
a qual imaginávamos que seria mais próxima/íntima desde o início, dado a proposta da Portaria
154 de 2008 do Ministério da Saúde a qual institui prerrogativas ao NASF , como por exemplo,
estar a nível de atenção primária em saúde como a ESF, não ser porta de entrada, ênfase na
ferramenta do matriciamento , e outros. Percebemos que este fazer educação permanente em
ato, que se dá pela discussão de um caso, pelo atendimento compartilhado, pela visita domiciliar
conjunta, a discussão do facilitar um grupo de educação em saúde, da reflexão do perfil
epidemiológico e as estratégias de prevenção e promoção da saúde, da articulação da rede e
das políticas públicas em prol do cuidado aos usuários nas suas demandas, necessidades e
desejos. Fomentando uma reflexão crítica do fazer dos profissionais de saúde e a construção de
uma clínica ampliada dialógica.
_________________

Frederico, Deison Fernando. Educação Permanente Promovida Pelo Nasf Junto a Esf: uma Possibilidade de Ampliar
a Reflexão a Cerca do Cuidado em Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN
2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10453

_________________
141
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Controle Social e a Escuta Qualificada do Gestor


_________________

Canelada, Haline Fernanda; Levorato, Cleice Daiana; Martins, Juliana; Menegussi,


Juliana M.; Martins, Pâmela F.F. de Oliveira
Hospital Estadual Américo Brasiliense — halinefernanda@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: o acesso à saúde, independente da classe econômica e social, é uma conquista do


povo brasileiro, que através de reivindicações e movimentos sociais, fez valer seu direito com a
criação de um sistema universal e gratuito. no entanto, é sabido que toda conquista é início para
outro processo. Nesta ótica, o Ministério da Saúde, propôs no ano de 2003 uma política que, além
de atravessar as diferentes ações e instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS), englobou os
diversos níveis de complexidade e dimensões da atenção e da gestão pública na saúde, visando
sistematizar o atendimento à população e garantir atenção integral, resolutiva e humanizada. a
Política Nacional de Humanização (PNH) permitiu a garantia de acesso à saúde com resolutividade
por meio da transversalidade na gestão, indissociabilidade entre atenção, gestão e protagonismo,
cooresponsabilidade e autonomia dos sujeitos envolvidos. Neste sentido a construção do Serviço
de Atendimento ao Usuário (SAU) propiciou o direito à cidadania e a participação dos usuários nos
serviços de saúde; Contudo, para que as mudanças propostas sejam de fato concretizadas, é
necessário um olhar critico do gestor. Diante do exposto é que se optou por compartilhar a
experiência vivenciada em hospital de média complexidade, localizado no interior do estado de São
Paulo, sob a escuta qualificada do gestor.OBJETIVOS:Avaliar se a existência de um S.A.U propicia
o controle social dentro de um ambiente hospitalar e ambulatorial; e se as ferramentas
disponibilizadas, neste caso as comunicações espontâneas, são utilizadas na transformação dos
fluxos de trabalho e gestão da saúde. METODOLOGIA: Todas as manifestações recebidas
espontaneamente (elogios, sugestões e queixas), identificadas ou não, são analisadas e
documentadas semanalmente no setor e, quando pertinentes, são discutidas entre S.A.U, alta
administração e coordenadores, no inicio do mês subseqüente ao recebimento, a fim de que as
ações propostas sejam efetivadas. Estas reuniões são mensais, com duração de 2h, com data,
horário e local pré-definidos. As discussões fomentadas são registradas em atas, e posteriormente
divulgadas em murais disponíveis no ambulatório e hospital para analise dos usuários.
RESULTADOS: no primeiro semestre de 2013 foram contabilizados 727 elogios, 176 sugestões e
87 queixas oriundos de comunicações espontâneas relativas ao atendimento e qualidade dos
serviços oferecidos. com exceção dos elogios, foram destacadas as manifestações que continham
informações concretas e passíveis de intervenções, sendo analisadas 47% das queixas e 60% das
sugestões. no momento, não há dados que mensurem a implantação das melhorias, contudo, em
conjunto com a gestão da qualidade, iniciou-se a construção de uma ferramenta gerencial que
contribuirá também para a construção de planos de ações que modifiquem os processos de trabalho
e ofereçam qualidade nos serviços de saúde continuamente. CONCLUSÃO: a análise e
proximidade do gestor com as situações levantadas pela população usuária dos serviços facilita o
mapeamento de problemas, na medida em que aponta áreas críticas e estabelece a intermediação
das relações. Deste modo, considerando que uma das apostas da PNH é a co-gestão, sendo a
inclusão um novo modo na gestão, é imprescindível fomentar o controle social, evidenciando o papel
pró-ativo do S.A.U e o fortalecimento das relações entre usuários, profissionais da saúde e gestores.
_________________

Canelada, Haline Fernanda; Levorato, Cleice Daiana; Martins, Juliana; Menegussi, Juliana M.; Martins,
Pâmela F.F. de Oliveira. Controle Social e a Escuta Qualificada do Gestor. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10455

_________________
142
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Repensando a Rede de Saúde Mental do Território a Partir da


Implantação do NASF
_________________

Frederico, Deison Fernando; Mendes, Luiza da Costa


Mestrado em Saúde Coletiva Universidade Federal Fluminense e SMS/Rj — deisonf@hotmail.com
_________________

O Núcleo de Apoio à saúde da família na zona norte do Rio de Janeiro, se consolida nesta
área em Novembro de 2011. Os profissionais do NASF detectaram uma fragilidade da rede
que além de dispor de poucos dispositivos se encontravam pouco articulados. o trabalho
principalmente no campo da saúde mental, num primeiro momento residiu em construir um
fluxo entre os serviços fomentando um diálogo possível para o compartilhamento de casos
que necessitam de ações intersetoriais. na vivência cotidiana se percebeu a necessidade
de trabalhar essa rede, que servirá de suporte para as equipes permitindo a efetivação do
matriciamento num plano mais objetivo. Percebemos o gargalo que tem se formado na
saúde mental nesta região, devido a uma superlotação dos Ambulatórios e a precarização
da atenção psicossocial. o NASF vem instigar a discussão de um cuidado em saúde mental
possível na atenção básica como preconizado pela Reforma Psiquiátrica, uma vez que o
usuário se encontra na interseção dos serviços, podendo ele pertencer ao mesmo tempo
a todos os níveis de atenção à Saúde. o apoio da equipe especializada na atenção primária
vem potencializar as possibilidades de intervenções dos serviços de média e alta
complexidade, uma vez que a estratégia se propõe a exercer um cuidado longitudinal e in
loco. um dos resultados observados do trabalho em rede desenvolvido pelo NASF é a
diminuição dos encaminhamentos efetuados pela ESF, tendo que estes tem ocorrido de
forma responsável e qualificada.
_________________

Frederico, Deison Fernando; Mendes, Luiza da Costa. Repensando a Rede de Saúde Mental do Território a
Partir da Implantação do Nasf. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10456

_________________
143
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa Diagnóstico Amigo da Criança


_________________

Carneiro-Sampaio, Magda; Almeida, Mariana Nutti de; Takanori, Pedro; Leal,


Marta Miranda; Valente, Marcelo; Grassi, Marcília Sierro; Carlessi, Eliana Rodrigues
Instituto da Criança – HCFMUSP, São Paulo - SP - Brasil — magdascs@usp.br
_________________

INTRODUÇÃO: Preocupados com o impacto negativo dos procedimentos diagnósticos para


pacientes pediátricos, um grupo de médicos e enfermeiras, decidiram propor (e por em prática) um
programa que foi denominado “Diagnóstico Amigo da Criança”, cujo objetivo principal é racionalizar
o emprego dos métodos diagnósticos (de imagem, laboratório clínico e testes funcionais) na prática
pediátrica, para que tragam o máximo de benefícios, o mínimo de riscos atuais e futuros, e que
poupem a criança e o adolescente de sofrimento físico e agravos psicológicos evitáveis.
OBJETIVOS: o Programa tem três grandes objetivos específicos: i) redução da quantidade de
sangue coletada para as diferentes análises laboratoriais, que representa hoje a principal causa de
transfusão de sangue em crianças de baixa idade internadas em hospitais. Estão sendo implantados
micrométodos que reduzirão em até 75% a quantidade de sangue a ser colhida para os exames
mais solicitados; ii) redução da exposição da criança à radiação ionizante, representada na prática
sobretudo pelo raio X, cujos princípios físicos são utilizados para gerar imagens não apenas nas
radiografias convencionais e contrastadas, mas também na tomografia computadorizada, que
emprega doses muito mais elevadas de radiação; iii) redução da necessidade de anestesia e
mesmo de sedação em pré-escolares e escolares, através de medidas voltadas para o acolhimento
e bem-estar da criança. MÉTODOS: Microcoleta com a implantação do tubo MiniCollect® da Greiner
bio-one para o coagulograma (0,8ml) e hemograma (0,5ml). a realização na seringa heparinizada
(0,5ml) do ionograma, glicemia e gasometria. para a implantação dessa microcoleta os
equipamentos analíticos foram calibrados para volumes menores de sangue. o tomógrafo tem
recurso de fornecer imagens detalhadas com quantidades expressivamente menores de radiação
ionizante, quando comparado aos aparelhos tradicionais. RESULTADOS: Podemos observar a
redução de 50% e 75% do volume retirado para a realização do hemograma e do coagulograma
respectivamente. Estudos estão sendo realizados para analisar o impacto da implantação do
Programa sobre o número de transfusões, o tempo de internação e a morbi-mortalidade, devendo-
se fazer uma comparação com períodos imediatamente anteriores à implantação dos micrométodo.
nos últimos 12 meses, com a ambientação da sala de Tomografia, 40% em média dos exames
solicitados com anestesia foram realizados sem necessidade de utilização de anestésico ou
sedação, o que é desejável conforme esse Programa. CONCLUSÃO: Programa visa assim à
humanização dos procedimentos diagnósticos, à segurança do paciente, à racionalização dos
recursos diagnósticos, tem caráter educativo para profissionais da saúde e para a população. Tem
a preocupação de resgatar os valores da anamnese e do exame físico, que vêm perdendo espaço
para os exames complementares, em detrimento da qualidade do atendimento médico e do custeio
da saúde.
_________________

Carneiro-Sampaio, Magda; Almeida, Mariana Nutti de; Takanori, Pedro; Leal, Marta Miranda; Valente, Marcelo; Grassi,
Marcília Sierro; Carlessi, Eliana Rodrigues. Programa Diagnóstico Amigo da Criança. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10457

_________________
144
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Reconhecimento da Força de Trabalho


_________________

Ferino, Valquiria da Silva; Melo, Rita de Cassia Siqueira de; Silva, Wania Aparecido da
Hospital das Clinicas - Instituto Central FMUSP — valquiria.ferino@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: Atualmente para a valorização profissional são utilizadas várias ferramentas, buscando
o aperfeiçoamento do nível de desempenho dos colaboradores. Foi elaborado um Plano de
Reconhecimento Profissional em um dos serviços de um hospital publico de grande porte. Este
plano consiste em motivar e reconhecer a força de trabalho, agregando novas ideias e
oportunidades para o colaborador. Objetivo: Melhorar continuamente o desempenho do
colaborador por meio de estímulos pessoais que envolvem a sua auto estima. Aprimorar a qualidade
do atendimento aos clientes internos e externos prestando um atendimento humanizado. Métodos:
Elaboração de questionário de avaliação de desempenho operacional seguindo os itens:
Responsabilidade das informações: Grau de confiabilidade das informações/atividades/serviços;
Trabalho em Equipe: Capacidade de interagir e cooperar no compartilhamento de ideias, objetivos,
atividades e soluções para atingir os objetivos institucionais; Participação na execução das tarefas:
Atitudes referente a estar disponível para atender solicitações em atividades/serviços conforme
necessário; Comprometimento: Esforço em prol da instituição, buscando atingir os objetivos
organizacionais; Proatividade na execução das atividades: como compreender e responder às
novas situações de trabalho, podendo exercer múltiplas atividades/serviços, inerentes à sua área
de atuação; Aplicação do Conhecimento: Experiência no uso das ferramentas, métodos,
procedimentos, softwares, equipamentos, entre outras, para melhorar o desenvolvimento das
atividades em geral; Organização do Tempo e Trabalho – Prioridade: Atitudes em relação à
administração de tempo e trabalho, considerando a assiduidade, a pontualidade, interrupções
durante o período de trabalho; Comunicação: Capacidade de se relacionar de forma cordial com as
pessoas dos diversos níveis hierárquicos; Avaliação escrita do Supervisor/Líder: o avaliador elabora
um breve relatório, especificando o que seu funcionário agregou no desenvolvimento de sua
atividade; Classificação: Após o preenchimento dos questionários efetuamos a classificação por
pontos obtidos, sendo os funcionários com nota igual a 10, recebem certificados de reconhecimento
(Menção Honrosa); Reconhecimento: a entrega deste certificado ocorre através de um evento
solene realizado em anfiteatro com a presença do Diretor Executivo, Diretor de Divisão, Chefes de
Seção e representante do serviço de imprensa e ao final disponibilizamos um coffee break.
Aplicação anual do questionário aos servidores das diferentes unidades. Cerimônia de premiação
com entrega de certificados. Resultados: Colaboradores mais motivados demonstram melhora
significativa no desempenho, tanto na execução de suas atribuições diárias, como no atendimento
aos clientes internos e externos como mostram os Indicadores anuais. Conclusão: a liderança
observou a necessidade de monitoramento das atividades dos seus colaboradores e elaborou esta
ferramenta de avaliação para medir o desempenho dos mesmos, que tem demonstrado a formação
de um pacto com a Instituição, um aumento na qualidade das informações prestadas aos seus
clientes internos e externos.Os colaboradores que agem alem do contrato são homenageados.
_________________

Ferino, Valquiria da Silva; Melo, Rita de Cassia Siqueira de; Silva, Wania Aparecido da. Reconhecimento da Força de
Trabalho. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10449

_________________
139
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Profissional da Saúde e a Síndrome de Burnout: Reflexões


para a Humanização
_________________

Zanatta, Aline Bedin; Lucca, Sergio Roberto de


Universidade Estadual de Campinas- Unicamp — alinezanatta@yahoo.com.br
_________________

Introdução: ao se analisar o trabalho em saúde percebe-se que este suscita sentimentos


muito fortes e contraditórios nos profissionais da saúde; como piedade, compaixão e amor;
culpa e ansiedade; ódio e ressentimento contra os pacientes que fazem emergir esses
sentimentos fortes; responsabilidade pelo sucesso do tratamento com o paciente, contato
direto com a dor e a morte. Estas características podem induzir o profissional da saúde à
um estresse profissional: a síndrome de Burnout que é um fenômeno psicossocial que
surge como resposta aos estressores interpessoais crônicos presentes no trabalho.
Objetivos: Refletir sobre as características do trabalho dos profissionais da saúde como
causador de sofrimento mental e esgotamento profissional. Metodologia: Ensaio teórico
reflexivo com revisão ampliada da literatura. Resultados: o Burnout é referido como uma
síndrome multidimensional constituída por exaustão emocional, desumanização e reduzida
realização pessoal no trabalho. um profissional que está Burnout, tende a criticar tudo e
todos que o cercam, tem pouca energia para as diferentes solicitações de seu trabalho,
desenvolve frieza e indiferença para com as necessidades e o sofrimento dos outros, tem
sentimentos de decepção e frustração e comprometimento da autoestima. Assim, se
considerarmos que o profissional da saúde tende a escolher esta área de atuação por uma
vontade de cuidar, sentida às vezes enquanto vocação ou missão uma dimensão de
cuidador que todos os profissionais de saúde têm é possível supor que, quando o trabalho
em saúde toma configurações que o distanciam desta realidade, torna-se frustrante e
insatisfatório, estressante, até adoecedor. Conclusões: Se tratando de cuidados de saúde,
sempre teremos complexas inter-relações humanas entre quem presta e recebe o cuidado:
“o corpo que sente do doente, corpo que sente do trabalhador”, e que estas relações
interagem constantemente e fazem parte da "arte" de cuidar, o que faz compreender que,
antes do cuidado com o outro, vem à importância do cuidado de si. Além disso, na prática
diária destes profissionais é orientado e muitas vezes cobrado para que tenham uma
atitude humanizada com todos os pacientes, porém, a questão que fica é se os
profissionais também estão sendo cuidados e se são tratados de maneira humanizada
pelas instituições, serviços de saúde e estado para os quais prestam serviço, visto que se
observam jornadas exaustivas, excesso de pacientes por profissional, e,
consequentemente, acúmulo de sobrecarga e responsabilidade. uma medida profilática
importante para evitar a insalubridade psicológica do trabalho em saúde seria a inclusão
da dimensão psicológica ainda na formação dos estudantes da área da saúde, visando a
sensibilização antecipada, além disso, deveria ser estimulada a organização de serviços
de assistência psicológica e psiquiátrica aos alunos e profissionais da saúde em todas as
instituições que prestam o cuidado.
_________________

Zanatta, Aline Bedin; Lucca, Sergio Roberto de. O Profissional da Saúde e a Síndrome de Burnout: Reflexões
para a Humanização. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde
[= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10443

_________________
136
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanizando por Meio da Música: um Relato de Experiência


_________________

Carvalho, Jhéssyca Dias de; Leal, Leidiane Maciel; Monteiro, Elisangela Carvaló;
Martinho, Jessica Silva; Santos, Karolyne Souza dos
Universidade Estadual do Pará/Hospital de Clínicas Gaspar Vianna — jhessycadias@hotmail.com
_________________

Trata-se de um relato de experiência vivenciado pelas residentes de Psicologia, Terapia


Ocupacional, Serviço Social e Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional em
Atenção à Saúde Mental no Estado do Pará. a prática é desenvolvida na clínica psiquiátrica de um
hospital da rede pública estadual e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo que estes
objetivam oferecer tratamento especializado e promover a ressocialização aos indivíduos em
sofrimento psíquico. Durante o período da prática nos meses de setembro a novembro de 2013, foi
possível participar de um grupo terapêutico denominado “Clube da Música” já existente no CAPS.
Este grupo objetiva instigar nos usuários reflexões e expressões de seus sentimentos e
pensamentos através de músicas, além de favorecer a construção de vínculos entre eles. a música
é utilizada como ferramenta de humanização, pois através dela os usuários podem opinar e
construir discussões acerca de diversas temáticas. OBJETIVO: relatar e refletir acerca da
humanização a partir das experiências vivenciadas pelos residentes multiprofissionais durante a
participação e coordenação do “Clube da Música”. METODOLOGIA: observação direta aos
usuários e registro em diário de campo das discussões desenvolvidas, visando a reflexão e
avaliação do processo grupal, para posterior planejamento de novas ações nos demais encontros,
considerando-se as sugestões dos integrantes. As atividades ocorriam uma vez por semana, em
dia e horário fixo, sendo o grupo aberto e heterogêneo. Selecionavam-se os usuários conforme
indicação no projeto terapêutico, obedecendo às necessidades psicoafetivas e potencialidades de
cada um. As atividades eram realizadas em um salão previamente organizado, onde eram acolhidos
e sentavam-se em círculo. Inicialmente apresentavam-se as regras do grupo e brevemente
questionava-se sobre como passaram a semana e como se sentiam naquele momento. em seguida
uma música central era reproduzida e cantada pelos membros. As músicas abordavam temas como:
auto-estima, paciência, tolerância, sofrimento, dentre outros, sendo discutidas após a leitura de
cada estrofe. o grupo durava aproximadamente 120 minutos, sendo finalizado com a repetição da
música central e utilizado o tempo restante para ouvir, cantar e dançar músicas escolhidas por eles.
RESULTADOS: a experiência nos mostrou que o grupo permite aos usuários, a partir das reflexões
em torno das melodias, exporem suas vivências e opiniões relacionadas a diversos temas
suscitados nos encontros a partir das músicas, bem como a ampliação de novas possibilidades de
reflexão crítica acerca de seus posicionamentos diante da vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: ao
participarmos e executarmos o grupo foi nos possibilitado agregar teoria e prática de forma a
aprimorar nossos conhecimentos a partir de uma alternativa terapêutica que busca a humanização
da atenção em saúde preconizada pelas Políticas de Saúde Mental.
_________________

Carvalho, Jhéssyca Dias de; Leal, Leidiane Maciel; Monteiro, Elisangela Carvaló; Martinho, Jessica Silva; Santos,
Karolyne Souza dos. Humanizando por Meio da Música: um Relato de Experiência. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10447

_________________
138
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Meu Paciente: Reflexão Sobre o Conceito de Violência


Simbólica Infligida no Cuidado com Os Usuários dos Serviços
da Saúde
_________________

Zanatta, Aline Bedin; Lucca, Sergio Roberto de


Universidade Estadual de Campinas- Unicamp — alinezanatta@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a dimensão simbólica é essencial ao ser humano, ao simbolizar, pode interpretar e


representar a sua própria vivência de maneiras distintas, relacionando-se ao meio e aos grupos que
pertence. As formas dominantes de cultura buscam manter sua posição privilegiada, apresentando
seus bens culturais como naturalmente superiores aos demais. Através do controle do capital
simbólico que os dominantes impõem aos dominados seus valores culturais, as hierarquias, as
relações de dominação, fazendo-os percebê-las como legítimas. o poder simbólico permite obter o
equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou econômica), graças ao efeito específico de
mobilização que provoca. Objetivos: Será abordado a violência simbólica segundo Bourdieu, nas
relações entre profissionais da saúde e os usuários dos serviços da saúde. Metodologia: Ensaio
teórico reflexivo com revisão da literatura. Resultados: ao observar as relações entre profissionais
de saúde e paciente, percebe-se que os profissionais impõem e legitimam o saber médico científico,
como a uma forma de conhecimento dominante e exterior ao indivíduo, desvalorizando os saberes
acumulados dos pacientes e colocando-os na função de receptores passivos dos procedimentos e
decisões realizados sobre seus corpos. o sujeito é um mero objeto da prática da medicina cientifica.
Os usuários dos serviços de saúde estão acostumados com essa relação de imposição entre eles
e os profissionais da saúde: imposição do diagnóstico, do poder que o profissional tem para
manusear seu corpo, despindo-o, administrando medicamentos, vendo sua nudez, dando-lhe
alimentos, tirando sua privacidade, exercendo controle sobre suas ações – muitas vezes controle
demasiado e desnecessário- utilizando-se de sua posição de superioridade perante um paciente
doente, debilitado ou necessitando dos serviços de saúde. Isto demonstra uma relação de poder
simbólico, e muitas vezes de violência simbólica, onde o paciente não pode reclamar, não querer,
não fazer ou mesmo exprimir o que sente. Inclusive, muitas vezes até manifestações de dor são
reprimidas. Segundo o conceito de violência simbólica, o paciente não se percebe como sendo
vítima de um sistema opressor que o trata como um mero objeto de intervenção sem capacidade
de decisão. Conclusões: a violência simbólica nos serviços de saúde está expressa principalmente
na imposição do saber médico-científico como único e imutável, na desvalorização do usuário, dos
seus desejos, vontades, opiniões e pode aparecer também como forma de descriminação,
preconceito e atendimento diferenciado como no caso de grupos sociais estigmatizados pela
sociedade e consequentemente pelo serviço. Faz-se necessário a conscientização sobre esse tipo
de relação de dominação entre os profissionais da saúde e os usuários do serviço, que devem ser
respeitados, acolhidos e valorizados nos serviços de saúde como seres humanos e vistos como
atores sociais e sujeitos donos de suas vidas e vontades.
_________________

Zanatta, Aline Bedin; Lucca, Sergio Roberto de. Meu Paciente: Reflexão Sobre o Conceito de Violência Simbólica
Infligida no Cuidado com Os Usuários dos Serviços da Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10442

_________________
135
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atenção Primária: Rodas de Conversa com a Comunidade na


Prevenção da Obesidade Infantil no Município de Alegrete, Rs.
_________________

Truccolo, Adriana Barni; Salbego, Maria do Horto; Tubino, Adelina


Universidade Estadual do Rio Grande do Sul — truccoloab@hotmail.com
_________________

Introdução: a atenção primária é a porta de entrada do usuário no sistema público de


saúde e em parceria com as escolas torna-se uma potente ferramenta na disseminação da
cultura da alimentação saudável. As rodas de conversa aproximam a comunidade para
uma reflexão, possibilitando a abertura de espaços de encontro, de escuta, de troca e
compartilhamento de experiências auxiliando a novas práticas e escolhas saudáveis e
tornando a família um sistema de apoio às crianças. Objetivo: o projeto de extensão
“Rodas de Conversa na Atenção Primária” teve por objetivo a sensibilização da
comunidade na questão da obesidade infantil, visando aperfeiçoar ações voltadas para a
resolução de problemas relacionados à doença. Métodos: a metodologia utilizada foi as
rodas de conversa com a comunidade em sete Estratégias da Saúde da Família (ESF) do
município de Alegrete, com duração máxima de duas horas, enfatizando a mudança e a
incorporação de hábitos saudáveis e a promoção, de forma competente, do acesso à
informação, respeitando a cultura dos indivíduos e de seu grupo social. Os atores desse
processo foram as Secretarias da Saúde, Educação e Cultura e Assistência Social do
município de Alegrete bem como discentes e docentes da Universidade, lideranças
comunitárias, mobilizados e articulados com a proposta de intervenção na comunidade
para a promoção e incorporação de hábitos de vida saudáveis às famílias. Resultados:
Este projeto constituiu uma grande rede que entrelaçou ações, atores sociais, comunidade,
ambiente escolar em torno da questão da obesidade infantil, atuando como espaço de
acolhimento, de escuta e de superação de problemas que são comuns às crianças. Dessa
forma resultou no aumento do conhecimento sobre os problemas decorrentes do excesso
de peso e obesidade infantil por parte das famílias que são espelhos para seus filhos, para
a conscientização das crianças da importância da manutenção de hábitos de vida
saudáveis como alimentação e práticas corporais. Conclusão: Humanizar é incluir a
diversidade, o conflito. Assim, nas rodas de conversa que exercitamos, procuramos
promover a circulação da palavra para que todos tivessem a possibilidade de falar.
Observamos que a cada encontro e em cada intervenção, por menor que ela que fosse,
houve a possibilidade de mudança. por fim, levando em consideração que os pais
influenciam constantemente o relacionamento de seus filhos com os alimentos e são um
modelo em suas atitudes, em seus hábitos alimentares e em suas atividades físicas, a
atenção primária, atuou efetivamente como espaço promotor de saúde sendo o cenário de
rodas de conversa e sensibilização sobre o tema obesidade infantil.
_________________

Truccolo, Adriana Barni; Salbego, Maria do Horto; Tubino, Adelina. Atenção Primária: Rodas de Conversa
com a Comunidade na Prevenção da Obesidade Infantil no Município de Alegrete, Rs.. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10445

_________________
137
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Sala de Espera: uma Experiência no Serviço de Onco-


Hematologia Pediátrica
_________________

Urbano, Adna Santos; Monteiro, Rita Mara da Cruz; Cristófani, Lílian Maria; Cury,
Marina Rachel Graminha; Nabarrete, Juliana Moura; Andrade, Bianca Azoubel de
Instituto da Criança -HC/FMUSP — adna.urbano@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: a Sala de Espera é um espaço aberto de encontro entre os pares; local onde
são expostos os mais diversos sentimentos e compartilhamento de experiências. a troca
de saberes se faz de forma natural e instantânea. a abordagem em grupo viabiliza a
reflexão coletiva sobre temas pertinentes ao diagnóstico, tratamento, questões culturais e
cotidianas dos familiares e pacientes. Objetivos: Proporcionar um espaço coletivo de
informação sobre prevenção, promoção e reabilitação à saúde e esclarecer os direitos
sociais, rotinas institucionais, questões psíquicas do adoecimento, cuidados no domicílio e
adesão ao tratamento. Métodos: As abordagens em Grupo acontecem uma vez por
semana no Ambulatório de Onco-Hematologia, com palestras sobre assuntos sugeridos
pelos participantes. Após cada palestra é fornecido um questionário de avaliação e
sugestão. Os assuntos são preparados pela Equipe Multiprofissional de acordo com as
necessidades do Grupo. a prioridade é a consulta e o familiar/ paciente ao ser chamado
deverá dirigir-se à consulta podendo retornar após o atendimento. São utilizados vídeos
para demonstração, slides, música e filmes. em média 25 participantes frequentam a Sala
de Espera. Resultados: no período de janeiro a dezembro de 2013 foram realizados 39
encontros. Os assuntos mais sugeridos foram em relação às orientações médicas;
alimentação; aspectos psíquicos/emocionais e direitos sociais. o grau de satisfação foi
Bom, pois atingiu 90%. em decorrência dos encontros houve uma demanda importante nos
atendimentos com Equipe multiprofissional possibilitando a aproximação entre os
familiares e profissionais. na Sala de Espera observa-se que os participantes ficam à
vontade para perguntar e esclarecer suas dúvidas, diferente no consultório que a relação
às vezes é mais tímida. a informação permite que o indivíduo adquira autonomia para
acessar os serviços e seus direitos provocando mudança de comportamento e isso tem um
impacto na recuperação do paciente. “... aprendemos bastante coisa na Sala de Espera”,
“... explica bastante coisa, dúvidas que eu tinha foram tiradas”;... e o posto de saúde nem
sabia...”. Conclusão: Lidar com o sofrimento do outro é sem dúvida uma prática que vai
além da tecnologia. É escutar sem preconceitos preconcebidos, mas com o saber
qualificado. o Grupo Sala de Espera possibilita aprender a partir do cotidiano vivido. na
percepção dos profissionais é uma experiência que estimula a continuar com o trabalho,
pois os resultados são significativos no processo de promoção, prevenção e reabilitação
do paciente. Palavras chaves: Sala de Espera, autonomia e informação.
_________________

Urbano, Adna Santos; Monteiro, Rita Mara da Cruz; Cristófani, Lílian Maria; Cury, Marina Rachel Graminha;
Nabarrete, Juliana Moura; Andrade, Bianca Azoubel de. Sala de Espera: uma Experiência no Serviço de
Onco-Hematologia Pediátrica. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10432

_________________
131
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Construção de um Processo Gestão Estratégica de


Humanização a Partir da Técnica de Grupo Nominal
_________________

Ruthes, Vanessa Roberta Massambani


Pontifícia Universidade Católica do Paraná — vanessa_ruthes@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO a Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde, criada em


2003, possui, três objetivos centrais, que reúnem em si a necessidade de priorizar a
qualidade assistencial e o respeito a dignidade do usuário, como também a necessidade
de repensar a gestão dos processos de trabalho. ao contrário do que muitos teóricos
afirmam a humanização não é humanizar o humano, mas repensar a globalidade dos
processos que tem como finalidade tornar digna a assistência à saúde, fundamentados em
uma nova relação entre os profissionais de saúde e entre estes e os usuários, bem como
em uma nova forma de gestão dos processos de saúde. para que estes objetivos e intuitos
possam ser alcançados é necessário e fundamental o desenvolvimento de um plano
gerencial de curto, médio e longo prazo que viabilize de forma efetiva a realização dos
mesmos. Tendo como premissa que a humanização, como área temática da Bioética é
interdisciplinar, a construção deste plano deve ser fundamentada na gestão participativa.
Neste sentido compusemos 6 Grupos de Trabalho para que fosse desenvolvida uma
Política de Humanização a partir da realidade de Hospitais que balizasse todo o processo
de gestão. OBJETIVOS: Constituir uma Política de Humanização que norteie os processos
de gestão de Hospistais. MÉTODOS: para estruturar um Documento de Humanização é
necessário que o processo deste seja participativo, tendo em vista não só a
interdisciplinariedade, mas também os diferentes olhares clínicos e de gestão. para tanto
foi utilizada a Técnica de Grupo Nominal que constitui-se uma metodologia divergente e
convergente, em que ocorre tanto a produção de ideias individuais, como a partir da
discussão presencial, um esclarecimento do assunto a ser validado para o grupo, bem
como a priorização de ideias. Sendo que a partir destas foram definidas Áreas Diretrizes,
Dispositivos de Ação e Parâmetros de Avaliação. RESULTADOS a partir da constituição
básica do documento, com seus princípios operativos, submeteu-se o mesmo a validação
dos Hospitais e posteriormente foi realizado um desdobramento, fundamentado na Política
de Humanização, de um Programa de Gestão Estratégica que já está em desenvolvimento.
CONCLUSÕES Percebeu-se de forma nítida que a Humanização entendida como
Processo de Gestão Estratégica proporciona uma efetividade maior no desenvolvimento
de uma cultura humanista nos Hospitais. Tendo em vista que a mesma passa de uma
simples execução de projetos ou ações isoladas para a ampliação e aprofundamento da
ação humanizadora.
_________________

Ruthes, Vanessa Roberta Massambani. A Construção de um Processo Gestão Estratégica de Humanização


a Partir da Técnica de Grupo Nominal. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10434

_________________
132
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Formação do Profissional Médico e a Necessidade do


Desenvolvimento de uma Competência Valorativa
_________________

Ruthes, Vanessa Roberta Massambani


Pontifícia Universidade Católica do Paraná — vanessa_ruthes@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO a medicina, como todas as ciências, é mais que um saber puro, é uma
construção histórica da civilização. como afirma FEUERWERKER, os modelos sanitários,
e em particular a prática e a educação médica em vigor em uma dada sociedade e em um
dado momento, estão baseados na concepção predominante gerando modelos do
processo saúde-doença. Este que é devidamente influenciado pelas relações
socioeconômicas, políticas e ideológicas “relacionadas com o saber teórico e prático sobre
saúde e doença, sobre organização, administração dos serviços e a clientela dos serviços
de saúde” (FEUERWERNER. 2002. p. 3.). para GRACIA, estes modelos são
imprescindíveis para compreendermos não só a educação formal dos Médicos, mas
também a própria forma como os mesmos praticam a medicina. para ele, nos diferentes
tempos da civilização e em seus respectivos períodos de mudança é que se descobrem as
novas possibilidades (GRACIA. 2010. p. 37). Atualmente a medicina é vista como bem de
consumo. o relacionamento com a paciente não é necessariamente e somente
intervencionista é educativo, participativo e gerador de autonomia. Sendo que o modelo
tradicional de formação Médica já não atende as necessidades hordienas, a formação
técnica tem que estar transversalizada por uma educação valorativa. como afirma GRACIA:
“Humanizar a medicina é nela introduzir o mundo dos valores, leva-los em conta; é, em
última instância, superar afinal o velho preconceito positivista” (2010. p. 110). OBJETIVOS
Refletir acerca do processo formativo do profissional médico e as exigências atuais para o
exercício humanista da profissão. MÉTODOS Tendo como fundamento a definição do perfil
do formando em Medicina delineado nas Diretrizes Curriculares Nacionais: “Médico, com
formação generalista, humanista, crítica e reflexiva”, utilizamos a metodologia qualitativa e
quantitativa. Procurou-se, com bases de dados obtidos em Ouvidorias de Hospitais
confrontar o ideal (expresso nas Diretrizes) e o real (dados das Ouvidorias).
RESULTADOS na análise dos dados percebeu-se de forma efetiva que a educação de
base (Graduação) não oferece a educação valorativa necessária para que os profissionais
médicos executem sua profissão tendo como princípio a humanização. CONCLUSÕES
Podemos afirmar que duas são as conclusões básicas: a primeira que os Cursos de
Graduação em medicina precisam repensar seus Currículos e as Propostas pedagógicas;
mas também é necessário levar os profissionais já formados e atuantes na profissão a um
processo de desenvolvimento de uma competência valorativa. Isto seria possível por meio
de Cursos, de uma proposta de formação dos Programas de Residência Médica. o fato é
que tal necessidade é necessária e em alguns casos urgente.
_________________

Ruthes, Vanessa Roberta Massambani. A Formação do Profissional Médico e a Necessidade do


Desenvolvimento de uma Competência Valorativa. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades
& Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10435

_________________
133
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atenção À Saúde da Criança no Estado de São Paulo


_________________

Sanine, Patricia Rodrigues; Pinho, Valdemar Pereira de; Castanheira, Elen Rose
Lodeiro
Faculdade de Medicina de Botucatu - Fmb|Unesp — patsanine@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: o estado de São Paulo representa 43% da população brasileira. em 2010, o


estado era composto por 5.538.945 crianças menores de 10 anos. As ações de saúde da criança
na Atenção Primária à Saúde - APS estão entre as mais tradicionais e bem estruturadas no
estado, no entanto, persistem elevadas taxas de mortalidade infantil e agravos evitáveis, como
a ocorrência de sífilis congênita. OBJETIVO: Avaliar a organização da assistência prestada à
saúde da criança nos diferentes tipos de serviços que compõe a rede de APS no estado de São
Paulo. METODOLOGIA: Foi utilizado banco de dados do questionário QualiAB, aplicado no ano
de 2010 como instrumento censitário, priorizando municípios com menos de 100 mil habitantes.
As frequências das questões referentes ao atendimento infantil, incluindo atenção ao pré-natal,
foram selecionadas e analisadas conforme o tipo de serviço (Unidade Saúde da Família - USF,
Unidade Básica de Saúde “Tradicional” – UBS, Unidades Básicas com Agente Comunitário de
Saúde ou Programa Saúde da Família – UBS/ACS/PSF, e outros). RESULTADOS:
Responderam que atendem criança 2.687 serviços de APS localizados em 90,6% dos municípios
que compõe o estado. a avaliação permitiu observar que as atuais políticas públicas de atenção
à saúde da criança, propostas nas linhas de cuidado, na agenda de compromissos para a saúde
integral da criança e redução da mortalidade infantil e no Programa de Humanização no Pré-
natal e Nascimento - PHPN, apontam para o desenvolvimento de práticas que compreendem o
“ser criança” como sujeito de direitos. a aplicação do QualiAB identificou na organização dos
serviços que apesar da grande maioria de ações de saúde da criança ainda serem as práticas
mais tradicionais, como a vacinação e orientações sobre aleitamento materno e desnutrição, os
serviços caracterizados como USF são os que melhor representam os princípios de
integralidade, apresentando maior diversidade de ações, além de abordar temas mais
contemporâneos, como a violência, saúde do escolar e assistência odontológica para bebês. São
também estes, os serviços que mais se aproximam da política de equidade, com maiores
frequências em práticas como: delimitação de área de abrangência, descentralização,
conhecimento da população atendida, além de maior facilidade no acesso. Chama atenção a
proporção de serviços que não possuem gerência ou são gerenciados pela Secretaria de Saúde,
o número elevado de serviços que não ofertam vacinação ou não aplicam medicamentos
essenciais ao atendimento infantil, como a penicilina benzatina, além de falhas no segmento de
protocolos, como no caso do pré-natal e no tratamento da sífilis. CONCLUSÃO: Apesar dos
avanços apresentados, há necessidade de melhorias nas condições de saúde, especialmente
quando comparado com os patamares alcançados em outros países, o que constitui-se num
grande desafio ao sistema de saúde do estado.
_________________

Sanine, Patricia Rodrigues; Pinho, Valdemar Pereira de; Castanheira, Elen Rose Lodeiro. Atenção À Saúde da
Criança no Estado de São Paulo.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10438

_________________
134
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Contornos Humanísticos em Gestão


_________________

Alves, Solange Evangelhista; Matos, Patricia Midoes de


Instituto Central do Hospital das Clinicas da FMUSP — solange.sea@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução o relato de experiência desse trabalho de humanização assume contornos a


partir do momento que há consciência da importância do pensar a educação como um fator
de aperfeiçoamento pessoal e profissional pelos gestores e pelos colaboradores em
conjunto. As ações foram desenvolvidas a partir de estratégias de gestão e qualidades dos
serviços prestados, formação ética e posturas humanísticas salientando o atendimento ao
cliente interno e externo. a partir de diagnóstico através de conversas, observação geral
da execução do trabalho no setor, as atividades foram previstas divididas em dois
semestres em 2013. Cada grupo de atividades contemplou um cronograma de três meses.
o plano Piloto foi pensado para os meses de abril, maio e junho com o título Conhecimento,
Liderança e Organização e, no segundo semestre o Projeto Educacional - Gerenciamento
de informações e Promoção do Conhecimento, Diálogo e Motivação - foi implementado e
abarcou sugestões dos colegas e gestores. o publico alvo foram todos os colaboradores
do setor com indicadores como Listas de Presença e preenchimento de Avaliação de
Reação. Objetivos Melhorar o relacionamento entre os colaboradores, enfatizando a
importância. do trabalho em equipe com desenvolvimento relacional e técnico em
referencia ao atendimento ao cliente e outros processos de trabalho advindos.
Conscientizar a importância do compartilhamento de informações e descrição dos serviços
como metodologia para melhor gestão em benefício da Instituição; Desenvolver a
importância do equilíbrio em ser um trabalhador na área da saúde; Valorizar o funcionário
do setor [...] na área da saúde. Métodos Todas as etapas dos dois trabalhos foram
pensadas e formatadas de acordo com as orientações oficiais para o Plano de Curso e
baseados em jogos de cooperação psicopedagógicos que geram discussões. em setembro
todos do setor foram ouvidos pela diretora, um a um e puderam comentar queixas e dar
sugestões de melhorias que beneficiassem o setor. a diretora ouviu um a um e as
sugestões foram anotadas, tabuladas e analisadas pelas chefias para que fossem
propostas novas ações como feedback. em outubro por ocasião do dia do Funcionário
Público aproveitou-se a ocasião para discorrer sobre a Responsabilidade, Autonomia,
Flexibilidade e Valorização através de atividade que envolvia um discurso improvisado
após sorteio das palavras. Todas as etapas foram demarcadas por diálogos informais.
Resultados: a garantia de espaços de discussão junto a diretoria conquistados pelos
funcionários e facilitado pelo gestor e a conscientização do trabalho em grupo com impacto
qualitativo na mudança de postura. Feedback positivo quanto a sugestões estabelecendo
coparticipação nas ações. Conclusões Ficou patente a importância da participação da
diretoria no processo de escuta à queixa e sugestões de cada colaboradores e o espaço
de reflexão sobre os impactos das decisões por ambos os lados, gestores e colaboradores
com ênfase na aprendizagem.
_________________

Alves, Solange Evangelhista; Matos, Patricia Midoes de. Contornos Humanísticos em Gestão. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10430

_________________
130
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Revisão da Literatura Acerca da Assistência de Enfermagem


ao Parto Humanizado
_________________

Couto, Camila Santos do; Rocha, Ana Fátima Braga; Araújo, Cláudia Mota; Bezerra,
Maria Socorro Ferreira; Paiva, Pâmela Campelo; Oliveira, Christina Costa de
Universidade de Fortaleza — cmlcouto@gmail.com
_________________

Introdução: a humanização tem como foco a qualificação da atenção, envolvendo tanto o respeito
e a promoção dos direitos humanos, quanto a formação de profissionais que implantem práticas
baseadas nas evidências científicas, os ambientes com instalações adequadas e os recursos
tecnológicos disponíveis. Nessa concepção, percebe-se a suma importância dos profissionais de
saúde no processo da humanização do parto e nascimento e da assistência em geral. Objetivos:
Revisar a literatura científica nacional publicada acerca das barreiras e estratégias relacionadas à
assistência de enfermagem ao parto humanizado. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão
bibliográfica. a busca pela literatura foi realizada na base de dados Literatura Latino-Americana em
Ciências de Saúde nos meses de setembro e outubro de 2012. Os descritores foram selecionados
a partir da terminologia em saúde consultada nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS), sendo
eles: "parto humanizado” e “enfermagem”. Foram incluídos apenas estudos completos dos últimos
seis anos, disponíveis eletronicamente, de produção nacional, com temática pertinente ao trabalho.
Após a análise e leitura dos artigos, a amostra final apresentou 09 publicações. Resultados: a partir
da análise dos artigos, emergiram duas categorias: Barreiras na assistência de enfermagem ao
parto humanizado e Estratégias relacionadas à assistência ao parto humanizado. Barreiras na
assistência de enfermagem ao parto humanizado: Fatores como a dificuldade de acesso dos
profissionais ao conhecimento, o uso indiscriminado de intervenções; as elevadas taxas de
cesáreas e a impossibilidade em alguns sérvios de saúde da presença do acompanhante no Centro
Obstétrico são apontados na amostra da pesquisa como barreiras relacionadas à assistência
humanizada. Estratégias relacionadas à assistência ao parto humanizado: Dentre as estratégias
observadas nos artigos, as mais pontuadas foram: a disponibilidade do profissional dispondo seu
saber; o estimulo a formação de profissionais sensíveis e aptos a compreender a dimensão humana
do cuidado e participar ativamente nas transformações do cuidado materno e perinatal; incentivo
ao processo de educação continuada e da formação de profissionais em saúde voltados para o
resgate do respeito à vida humana. Conclusão: de acordo com o objetivo do estudo, conclui-se que
as produções bibliográficas caracterizam diversas barreiras e estratégias no tocante da promoção
da humanização da assistência ao parto. Os profissionais devem aguçar a sensibilidade mediante
a assistência prestada, tendo a consciência e o respeito de que a gestante se encontra num
determinado estado de ambivalência. Este estudo traz a possibilidade de repensar modelos e
práticas de saúde à mulher em sua totalidade como ser humano, sem negar a sua subjetividade.
_________________

Couto, Camila Santos do; Rocha, Ana Fátima Braga; Araújo, Cláudia Mota; Bezerra, Maria Socorro Ferreira; Paiva,
Pâmela Campelo; Oliveira, Christina Costa de. Revisão da Literatura Acerca da Assistência de Enfermagem ao Parto
Humanizado. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10424

_________________
128
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização, Cuidado e Os Aspectos Éticos da Contenção


Mecânica: um Relato de Experiência
_________________

Leal, Leidiane Maciel; Silva, Isabelly Regina Paiva da; Sousa, Brenda Mayara da
Rocha de; Castro, Luna Carolina Cardoso; Santos, Brena Maués de Souza
Universidade Estadual do Pará/Hospital de Clínicas Gaspar Vianna — leidi_leal@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: Os aspectos éticos relacionados ao tratamento a pessoa em sofrimento psíquico


suscitam discussões e contradições relacionadas à humanização, principalmente durante a
execução de procedimentos como a contenção mecânica. Historicamente os portadores de
sofrimento psíquico eram trancafiados nos hospícios, sem tratamento digno e humano, destituídos
de seus direitos. a assistência psiquiátrica tinha caráter repressivo, segregador e cruel, o tratamento
consistia em: banhos frios, chicotadas, sangrias, lobotomia e eletroconvulsoterapia. Através da
Reforma Psiquiátrica, com a Lei 10.216 (dispondo sobre proteção e direitos das pessoas portadoras
de transtornos mentais), associada à Política Nacional de Humanização como estratégia para um
cuidado baseado na ética, o doente mental passou a ser considerado sujeito de direitos, sendo
tratado dignamente, com humanização, visando a conquista de sua cidadania e autonomia. Este
trabalho vem discorrer sobre a humanização durante a contenção mecânica e as experiências
vivenciadas durante esse procedimento em Hospital Geral Público, por período de seis meses,
através da Residência Multiprofissional em Saúde relacionando questões éticas ao cuidado com
portador de sofrimento psíquico. OBJETIVOS: Discutir a prática da contenção mecânica sob a luz
da humanização, relacionando-a com as experiências vivenciadas pelas residentes em Hospital
Geral Público com leitos psiquiátricos. METODOLOGIA: Observação direta e ativa dos pacientes e
profissionais durante a contenção, verificando se as técnicas estabelecidas em protocolo
assistencial eram utilizadas. a contenção mecânica deve ocorrer quando o paciente apresenta
sintomas psicóticos de agressividade, APM e ideação e/ou tentativa de suicídio, com o intuito de
assegurar sua integridade física e de outrem. Rotineiramente os profissionais imobilizavam os
pacientes, através da contenção física, como método de punição, sem a utilização prévia das
contenções verbal e química. como residentes do serviço, realizávamos orientações junto ao
paciente sobre a necessidade do procedimento, para propiciar a compreensão sobre a conduta
realizada, dos motivos que ocasionaram a mesma e o registro em prontuário dos respectivos
pacientes. a partir disto visando à reflexão do processo, realizamos o levantamento bibliográfico.
RESULTADOS: Foi verificada que a atuação dos profissionais, ocorre sem supervisão de um
profissional de nível superior ou equipe multiprofissional, com inabilidade na realização gerando
acidentes de trabalho; de forma coercitiva, sem fins terapêuticos contradizendo os princípios da
PNH em Saúde Mental. CONCLUSÃO: por meio da Lei dos direitos humanos de 1998, todo
tratamento acompanhado de sofrimento físico ou psíquico é caracterizado como desumano logo,
necessita-se de estratégias para garantir uma assistência humanizada, deixando de gerar medo,
insegurança e humilhação nos pacientes durante internação psiquiátrica.
_________________

Leal, Leidiane Maciel; Silva, Isabelly Regina Paiva da; Sousa, Brenda Mayara da Rocha de; Castro, Luna Carolina
Cardoso; Santos, Brena Maués de Souza. Humanização, Cuidado e Os Aspectos Éticos da Contenção Mecânica: um
Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10427

_________________
129
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Implementando Políticas Públicas em uma Unidade da Rede


SUS
_________________

Tracera, Gisele Massante Peixoto; Silva Junior, Aluísio Gomes da; Mourão, Lúcia
Cardoso; Cunha, Penha Faria da; Lima, Rachel Bicalho de
Universidade Federal Fluminense — mtracera@hotmail.com
_________________

É um pouco estranho falar de humanização para humanos, já que humanizar deveria fazer
parte dessa natureza. Porém, mostra-se relevante, no contexto atual, uma revisão das
práticas cotidianas de todos os atores envolvidos nos processos de saúde, os gestores,
profissionais e usuários. a humanização tem sido uma expressão muito utilizada nas
instituições de saúde, e desde o ano 2000, vem sendo avaliada pelo Ministério da Saúde.
Iniciada através de um programa, propôs um conjunto de ações integradas que tinham
como meta mudar substancialmente o padrão de assistência ao usuário nos hospitais
públicos do Brasil, melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços prestados. Tornou-se
política pública, a Política Nacional de Humanização (PNH) no ano de 2003, com a
proposta de reformulação dos processos de assistência e gestão a partir de intervenções
institucionais para a criação, desenvolvimento e sustentação de iniciativas humanizadoras,
introduzidas de forma progressiva e permanente, tendo como foco gestores, profissionais
e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta revisão não sistemática tem como
objetivo compreender de que forma o conceito de humanização se insere no contexto da
formulação dos processos de assistência, prestada pelos gestores e profissionais de
saúde. Os estudos apontam que a maioria dos estabelecimentos de saúde apresenta como
característica fundamental, a centralização de poder e pouco espaço para as ações
democráticas, em seus modelos de gestão, o que torna a implementação da PNH uma
atividade difícil. Sendo assim, a utilização do referencial teórico da Análise Institucional em
um estudo de caso, nos permite a apreciação do cotidiano da implantação das políticas
sociais no espaço micropolítico. Os conceitos de instituição, instituinte, instituído e
implicação, concebidos pela Análise Institucional Francesa, de cunho socioanalítico
preconizada por René Lourau e George Lapassade, nos dão subsídios para uma análise
focada na contradição dialética de um objeto de estudo que é político-institucional. a
importância do estudo sobre implementação está: 1- na identificação do investimento
teórico, visando a eficácia da mesma; 2- na análise se a política foi implementada tal como
formulada e 3- na elucidação de problemas de natureza institucional, organizacional e
ambiental durante a execução dos projetos. Esse estudo visa contribuir para a
emancipação dos sujeitos no exercício de suas práticas e para a ampliação do debate
sobre a reorganização dos modelos tecnoassistenciais dos SUS.
_________________

Tracera, Gisele Massante Peixoto; Silva Junior, Aluísio Gomes da; Mourão, Lúcia Cardoso; Cunha, Penha
Faria da; Lima, Rachel Bicalho de. Implementando Políticas Públicas em uma Unidade da Rede Sus.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10415

_________________
121
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Notificação da Violência Familiar: uma Responsabilidade dos


Profissionais de Saúde
_________________

Carrijo, Lais Ferreira; Costa e Silva, Rebecca da; Pereira, Liliane Souza; Silva,
Guilherme Quireza; Silva, Marilúcia Batista
Unievangélica — medlaiscarrijo@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO a mortalidade e as internações por causas externas – violência e acidentes


vêm crescendo de forma alarmante nas últimas décadas, sendo a primeira causa de morte
na faixa etária entre 1 e 19 anos. Constitui-se um problema de saúde pública implicando
no desenvolvimento social e econômico, além de ferir os direitos humanos. Apesar da
existência de vários dispositivos legais de proteção à criança e ao adolescente, a violência
muitas vezes é justificada como forma de disciplina, não sendo entendida como uma
agressão. Estudos revelam que em todas as faixas etárias a violência acontece, sobretudo,
nas residências das vítimas, sendo os pais os principais responsáveis por esses atos. a
notificação de casos confirmados ou suspeitos de violência contra crianças e adolescentes
é obrigatória por parte dos profissionais de saúde. OBJETIVOS Geral Discutir a violência
contra crianças e adolescentes Específico Discutir a responsabilidade dos profissionais de
saúde na notificação e identificação desses eventos MÉTODOS Trata-se de uma revisão
de literatura, enfatizando a produção mais recente sobre o assunto no período de 2001 a
2012. para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico em artigos, publicações do
Ministério da Saúde, pesquisa em bancos de dados (Scielo) e sites relacionados ao
assunto. Foram utilizados os descritores violência doméstica, notificação compulsória,
profissionais de saúde. RESULTADOS e DISCUSSÃO o cuidado integral à criança e ao
adolescente em situação de violência implica na organização e integração das redes
sociais de proteção, como Assistência Social, Conselho Tutelar, Vara da Infância e
Juventude. Além de tais instituições, vale-se da Constituição Federal, no artigo 227, os
Decretos nº 6.230/07 e 6.231/07 e o ECA, que asseguram a garantia dos direitos da criança
e do adolescente. a “Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e
Violência" tornou compulsória a notificação de todos os casos, suspeitos ou confirmados,
de maus tratos contra essa faixa etária. Notificar desencadeia um processo que visa
interromper as atitudes e comportamentos violentos dentro da família ou por parte de
qualquer agressor. Tem a finalidade de promover cuidados sócio-sanitários voltados à
proteção de crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos. o artigo 66 do Código Penal
Brasileiro caracteriza como crime a omissão de comunicação; o artigo 245 do ECA também
define como infração administrativa a não comunicação desses eventos por profissionais
de saúde, professores e responsáveis por estabelecimentos de atenção à saúde. Mesmo
com a importância e exigência que a notificação compulsória traz, é comum a baixa ou
ausência de notificação entre os profissionais de saúde que lidam com tais situações de
violência. Os maiores desafios deparados pelos profissionais na identificação e notificação
de casos de violência referem-se à: oscilação entre crença e descrença na resolubilidade
dos casos, medo e insegurança emocional para lidar com a vítima e a família, medo de
envolver-se legalmente, falta de informações básicas que permitam identificar a violência.
Essas falhas estão relacionadas a uma abordagem insuficiente e até mesmo ausente
durante a formação médica, que conciliaria o conhecimento médico ao de outras áreas, tal
como a social e jurídica. Há ainda outros aspectos que atuam como limitantes à notificação,

_________________
124
como: a escassez de regulamentos que firmam os procedimentos técnicos, a ausência de
mecanismos legais de proteção aos profissionais encarregados de notificar os maus-tratos,
desconhecimento das leis, a falha na identificação da violência no serviço de saúde, a
quebra de sigilo profissional e a insuficiência dos conselhos tutelares. o que se observa é
que muitos profissionais pensam que a violência doméstica não se enquadra a um
problema de saúde e abordam o tema como um fato jurídico e de Segurança Pública.
Estudos apontam que o tema não permeia as reuniões da equipe de saúde. CONCLUSÃO
Existe uma enorme lacuna no que diz respeito à notificação e identificação dos episódios
de violência por parte dos profissionais de saúde. Devido ao seu maior contato com a
comunidade e com as vítimas no ambiente hospitalar, representam personagens chave na
resolução de situações como essas. As deficiências identificadas quanto aos profissionais
de saúde não correlacionam-se com a falta de meios legais. Contudo, há falta de instrução
e capacitação adequada para eles. Nesse sentido, é imprescindível a implementação de
programas de educação permanente, a fim de capacitá-los, não apenas com o
conhecimento da legislação, mas abrangendo também aspectos médico legais para o
diagnóstico de maus tratos. Deve-se incluir também aparatos técnicos para a compreensão
do sistema de notificação, reforçando que esse processo deve ser realizado de forma
contínua buscando sempre a atualização dos profissionais.
_________________

Carrijo, Lais Ferreira; Costa e Silva, Rebecca da; Pereira, Liliane Souza; Silva, Guilherme Quireza; Silva,
Marilúcia Batista. A Notificação da Violência Familiar: uma Responsabilidade dos Profissionais de Saúde. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10417

_________________
125
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Atenção Primária à Saúde e o Ensino: Potencialidades e


Tensionamentos nas Práticas Pedadógicas-Assitenciais
_________________

Pinto, Tiago Rocha; Cyrino, Eliana Goldfarb


Faculdade de Medicina de Botucatu- Unesp — tiagorochapinto@hotmail.com
_________________

Introdução: a constituição do Sistema Único de Saúde (SUS) trouxe consigo uma série de aspectos
envolvidos na organização do sistema de saúde e no modo com que são ofertados os cuidados em
saúde. da mesma forma, as instituições formadoras também buscaram se adequar frente a estas
novas exigências, o que possibilita uma articulação das instituições formadoras com os serviços de
saúde e em especial, com a Atenção Primária à Saúde (APS). Objetivos: Analisar as
potencialidades e tensionamentos da interação entre alunos em formação profissional e os
trabalhadores dos serviços no cotidiano da Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Trata-se de
um estudo qualitativo, desenvolvido por meio de entrevistas semi-estruturadas com profissionais de
diferentes categorias profissionais e dos diferentes serviços da APS de um município de médio porte
do Estado de São Paulo, num total de 24 entrevistas. na análise foi adotada à Abordagem Histórico
- Cultural, através da elaboração de núcleos de significação e de sentido de acordo com o método
explicativo de Vigotski. Resultados: Foram estruturados núcleos de significação e de sentido,
agrupados em três eixos de análise, caracterizados como: 1) As possibilidades e potencialidades
da Atenção Primárias à Saúde na formação e desenvolvimento de profissionais e estudantes para
o trabalho no SUS; 2) Tensões e entraves para consolidação e operacionalização das atividades
de ensino na Atenção Primária à Saúde e 3) Avaliação das problemáticas e desafios a serem
enfrentados no ensino na Atenção Primária à Saúde. Conclusões: Os profissionais de saúde
concebem de forma positiva a interação e contato com alunos na APS, apesar de destacar que
ainda existem aspectos problemáticos a serem superados, como a limitação do tempo e do espaço
físico das Unidades e uma melhor articulação entre todos os envolvidos. Observaram-se
possibilidades de ganho com esta experiência, como o desenvolvimento de ações de promoção e
prevenção em saúde e o aumento da qualificação de profissionais e alunos diante da troca de
saberes. Constata-se que os cenários da APS têm se constituído enquanto campo fundamental e
necessário de aprendizagem aos futuros profissionais de saúde para uma formação que leve em
consideração e atenda aos preceitos do SUS. Disciplinas que favorecem a integração entre
universidade e serviços tem se consolidado como estratégia potente e eficaz no favorecimento da
formação dos alunos sob esta perspectiva, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades
comunicacionais, de uma escuta mais qualificada, para o aprendizado do trabalho em equipe e de
uma concepção ampliada do processo saúde-doença. o estudo aponta para necessidade de uma
série de ajustes e pactuações entre os órgãos formadores, unidades de saúde e gestores
encarregados desta articulação, afim de que os campos de tensão sejam minimizados e a formação
de profissionais atenta e comprometida com as necessidades de saúde da população brasileira
sejam potencializadas.
_________________

Pinto, Tiago Rocha; Cyrino, Eliana Goldfarb. A Atenção Primária À Saúde e o Ensino: Potencialidades e
Tensionamentos nas Práticas Pedadógicas-Assitenciais. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10420

_________________
126
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Política Nacional de Humanização (PNH): um Estudo a Partir de


Estudantes de Medicina.
_________________

Storer, Ivania da Conceição Alves; Batista, Sylvia H. S da Silva; Storer, Fábio Luiz; Silva,
Adriana Dias
Universidade Federal de São Paulo — ivania.storer@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o SUS, como parte integrante de política favorável à construção de justiça social e do bem-estar
entre brasileiros, tem sido, de certo modo, consenso entre os estudiosos do tema. Entretanto, não se pode
responsabilizar apenas a questão saúde, considerando que seu conceito é muito mais abrangente do que a
simples ausência de doença, posto que a economia, educação e cultura de um povo influenciam diretamente
sua concepção do processo saúde-doença. Neste contexto, a PNH emerge como uma das políticas de saúde
de abrangência nacional que visa à reorganização dos processos de trabalho em saúde e para a saúde, com
propostas de intervenção nas relações sociais, envolvendo trabalhadores, gestores e usuários do SUS. As
mudanças desejadas nos serviços de saúde somente ocorrerão com políticas públicas eficazes e mudanças
nas disciplinas que integram os currículos dos cursos de saúde. Essas transformações refletem diretamente
nas relações pessoais dos médicos e também em suas relações com o paciente. Objetivo Geral: analisar as
concepções dos discentes de medicina da Universidade Federal de um estado da região norte do país sobre
a Política Nacional de Humanização (PNH). Objetivos específicos: Descrever as vivências em humanização
dos estudantes no internato do curso de medicina; Identificar as dificuldades percebidas pelos estudantes
para que a humanização seja efetivamente trabalhada no curso de medicina da universidade; Discutir as
concepções dos estudantes no âmbito da formação médica mais humanizada. Método: Trata-se de um estudo
qualitativo, do tipo descritivo-exploratório, realizado com 25 graduandos do 12º período do curso médico,
produzindo-se dados a partir de grupo focal e os analisando na perspectiva do conteúdo, tipo análise temática.
com base nos núcleos direcionadores, foram construídas categorias. Resultados: a fragmentação no
currículo, sinalizada pelos discentes quanto ao ensino teórico e vivência da humanização nas atividades
práticas das disciplinas e do internato, especialmente sobre a Política Nacional de Humanização, foi
considerada um dos desafios para melhoria da educação médica. Conclusões: Emergiu desta discussão a
necessidade de integrar disciplinas de forma a possibilitar um conteúdo programático de natureza
interdisciplinar. Assim, buscando ampliar o debate, a criação de um Núcleo de Estudos de Humanidades em
Saúde configura-se como o produto deste trabalho. Desenha-se um núcleo, onde sejam realizadas rodas de
conversas, nas quais alunos e professores possam se expressar a respeito das aprendizagens sobre
Humanização e Política Nacional de Humanização. Acredita-se que a divulgação dos resultados deste
trabalho e a corroboração dos achados de outros estudos são necessárias para aprofundar a discussão
acerca do ensino médico, o que pode contribuir para uma formação mais humana, contemplada também nos
currículos acadêmicos.
_________________

Palavras-chave: Ensino Médico. Humanização em saúde. Estudante. Política Nacional de


Humanização.
_________________

Storer, Ivania da Conceição Alves; Batista, Sylvia H. S da Silva; Storer, Fábio Luiz; Silva, Adriana Dias. Política Nacional
de Humanização (Pnh): um Estudo a Partir de Estudantes de Medicina.. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10421

_________________
127
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Adesão ao Tratamento da Aids: um Relato de Experiência


_________________

Carrijo, Lais Ferreira; Silva, Rodrigo de Paiva Oliveira; Reis, Sandra C. Gumiaraes
Bahia
Unievangélica — medlaiscarrijo@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO Os portadores de HIV/Aids vivenciam desafios relacionados à doença, tais


como processo terapêutico complexo, visitas médicas periódicas, efeitos colaterais e
hospitalizações. a adesão medicamentosa é um dos aspectos mais importantes no
tratamento e define o sucesso das intervenções médicas. Diversos estudos têm buscado
identificar aspectos da enfermidade, tratamento, da pessoa, participação da equipe
cuidadora e características dos serviços de saúde que podem estar relacionados a adesão
à Terapia Anti Retroviral. o setor público brasileiro, através do Sistema Único da Saúde
(SUS) tem proporcionado o fornecimento de drogas antirretrovirais para seus cidadãos
portadores da doença. em Anápolis, o serviço de referência para esse agravo possui o
Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e o Serviço Assistencial
Especializado(SAE). OBJETIVOS Relatar a experiência dos alunos de medicina, na visita
a uma unidade de saúde, centro de tratamento à AIDS, e analisar aspectos da adesão dos
pacientes a terapia Anti Retroviral. MÉTODOS Trata-se de um relato de experiência,
baseado em uma visita a uma unidade de saúde, centro de tratamento à AIDS, por alunos
de medicina. Utilizou-se do diário de campo e da observação sistemática. Os aspectos
norteadores da visita foram as diretrizes da Política Nacional de DST/Aids e a patogenia
da doença. RESULTADOS a Aids é uma doença emergente que foi diagnosticada na
década de 80 e se configurou como epidemia. Inicialmente acometia homossexuais
masculinos e era fatal. com o advento dos medicamentos retrovirais e de sua novas
formulações, a sobrevida dos portadores tem sido aumentada. Atualmente é uma doença
disseminada em toda a comunidade, e todos apresentam risco de contraí-la. na visita, o
processo assistencial dos pacientes foi observado. o acesso aos serviços se dá pelo Centro
de Testagem e Aconselhamento (CTA). Os indivíduos, sem pedido médico, podem realizar
os exames disponibilizados, que são os testes rápidos para o HIV, hepatites B e C e sífilis.
Os testes para detecção do HIV podem ser divididos em quatro grupos: detecção de
anticorpos, detecção de antígenos, cultura viral e amplificação do genoma do vírus
(BRASIL,2006). no CTA, são realizados os testes de anticorpos. uma entrevista de
aconselhamento é realizada e um prontuário numerado é aberto para o paciente. Os
indivíduos que procuram o serviço são de todas as faixas etárias. no relato dos
profissionais, observa-se um aumento no número de idosos. Sugere-se que esse fato se
deve ao uso de medicamentos para disfunção erétil, o que aumentou a vida sexual desse
grupo e também dificuldades no uso de preservativo (OLIVEIRA,2013). As meninas de 13
a 19 anos também aparecem como demanda em ascensão, na Unidade. Os pacientes
diagnosticados com as doenças, são encaminhados para o SAE, para tratamento e
acompanhamento.A dispensação medicamentosa é realizada para todos os pacientes,
mesmo os que são tratados nas clínicas privadas da cidade. o dispêndio dessa intervenção
medicamentosa é sempre evidenciado pelos profissionais, e a continuidade dos retrovirais
nos Centros Básico de Saude. um ponto que foi evidenciado foi o cuidado dos profissionais
na busca por pacientes faltosos e a dificuldade de adesão dos pacientes ao tratamento.
uma caixa repleta de medicamentos vencidos estava na sala. o custo estimado desse

_________________
122
desperdício foi orçado no valor de um carro popular brasileiro. de acordo com os
funcionários, a explicação para o abandono medicamentoso pode estar vinculado às
dificuldades psicossociais do indivíduo, aos efeitos colaterais do medicamento, ao tempo
indeterminado do tratamento ou mesmo a própria terapia anti retroviral utilizada.
CONCLUSÃO o diagnóstico do HIV ainda suscita nas pessoas muitas questões e desafios
de natureza psicológica, social, cultural e econômica. do ponto de vista da terapêutica e do
tratamento, o momento atual tem mostrado avanços na produção de medicamentos mais
potentes, com administração facilitada e com menos efeitos colaterais( BRASIL,2006). a
assistência integral aos pacientes, o respeito aos seus direitos e à sua dignidade, ao lado
das ações de prevenção, das campanhas, do processo de educação permanente dos
profissionais de saúde, da adoção de ações e metas arrojadas têm sido os principais
motivos do progresso das respostas, em relação à AIDS (LEITE,2003). a adesão dos
pacientes tratados nessa Unidade é um dos aspectos que mais impactou na visita técnica
realizada pelos alunos de medicina, em 2013, na disciplina do Programa de Integração em
Saúde Coletiva. a adesão medicamentosa, é um processo dinâmico e multifatorial, o qual
utiliza-se dos medicamentos prescritos ou outros procedimentos por pelo menos 80% do
total, seguindo regras como horários, doses e tempo de tratamento, coincidindo com a
prescrição clínica.
_________________

Carrijo, Lais Ferreira; Silva, Rodrigo de Paiva Oliveira; Reis, Sandra C. Gumiaraes Bahia. A Adesão ao
Tratamento da Aids: um Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10416

_________________
123
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa Anjos da Enfermagem: Terapias Alternativas como


Estratégia de Humanização para a Promoção de Saúde de
Crianças Hospitalizadas
_________________

Arnaldo, Juliana Gabrielle Santos; Sousa, Derijulie Siqueira de; Oliveira, Lara Reis
de; Santos, Yara Mercedes Oliveira; Santos, Thiago Rodrigues dos
Universidade Tiradentes — jullyana_gr@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: o câncer é uma patologia que causa dor e sofrimento tanto aos enfermos
quanto as pessoas que estão a sua volta. Se tratando do câncer infantil, esses sentimentos
se intensificam quando a criança precisa passar pelo processo de hospitalização, onde ela
é inserida em um ambiente desconhecido, com procedimentos invasivos e dolorosos. As
terapias alternativas utilizadas pelos voluntários do Programa Anjos da Enfermagem têm
dentre outras finalidades, a humanização do ambiente hospitalar que causa a diminuição
da ansiedade e do medo, e aproxima a criança do trabalho realizado pelo profissional de
saúde, facilitando a prática dos procedimentos e melhorando o bem-estar da criança e da
família. OBJETIVOS: Relatar a importância da utilização das estratégias lúdicas dos Anjos
da Enfermagem por acadêmica/voluntária no processo de hospitalização. MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado em Aracaju - SE, no
hospital referência em oncologia pediátrica, durante as visitas intra-hospitalares dos
acadêmicos voluntários no projeto Anjos da Enfermagem, no período entre abril/2012 e
junho/2013. RESULTADOS: Os Anjos da Enfermagem fazem uso de sete estratégias
(brinquedo terapêutico, contação de história, modelagem de balões, pintura, jogos, mágica
e musicoterapia) as quais são utilizadas no período das visitas aos leitos. o brinquedo
terapêutico é usado como alternativa educacional para a promoção de saúde, pois o
mesmo auxilia na diminuição da ansiedade por estimular a compreensão dos
procedimentos pela criança. a contação de história é utilizada pelo voluntário como forma
de estímulo ao imaginário da criança, despertando o interesse e a busca pelo livro,
tornando assim a leitura um hábito. a arte com balões e a pintura desenvolvem a
criatividade, o imaginário e a parte sensorial da criança, além de auxiliar no equilíbrio
emocional. Os jogos e a mágica desenvolvem o raciocínio, a memória, linguagem e
concentração das crianças, além de aumentar as relações de comunicação e interação
entre elas. a musicoterapia permite a socialização, ajudando a expandir a comunicação e
a expressão corporal no ambiente hospitalar, além de transformar o ambiente hostil em
descontraído e alegre. CONCLUSÃO: Portanto o Programa Anjos da Enfermagem
contribui efetivamente na melhora do quadro clínico das crianças, a partir da utilização das
estratégias lúdicas, além de melhorar a qualidade de vida intra-hospitalar.
_________________

Arnaldo, Juliana Gabrielle Santos; Sousa, Derijulie Siqueira de; Oliveira, Lara Reis de; Santos, Yara
Mercedes Oliveira; Santos, Thiago Rodrigues dos. Programa Anjos da Enfermagem: Terapias Alternativas
como Estratégia de Humanização para a Promoção de Saúde de Crianças Hospitalizadas. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10406

_________________
115
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização da Assistência de Enfermagem Baseada na


Termorregulação do Recém-Nascido Pré-Termo Internado no
Centro de Terapia Intensiva Neonatal
_________________

Mendonça, Aline Maria Carvalho Maia; Leite, Álvaro Jorge Madeiro; Rolim, Karla
Maria Carneiro; Ferreira, José Hernevides Pontes; Nascimento, Velma Dias do;
Pinto, Kátia Costa Savioli Harrismana de Andrade
Universidade Federal do Ceará (Ufc) — alinecarvalhomaia@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a termorregulação neonatal torna-se uma função fisiológica intimamente


relacionada com a transição e sobrevivência de recém-nascidos pré-termo (RNPT), que em
condições extremas de temperatura, são incapazes de manter a homeostase. o cuidar de
enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
(UTINs) deve ser permeado de humanismo e satisfação, pois a humanização envolve muito mais
do que conhecimentos e habilidades técnicas. Humanizar não é técnica ou artifício, mas, sim, um
processo vivencial a permear toda atividade dos profissionais no intuito de realizar e oferecer o
melhor tratamento ao ser humano, dentro das circunstâncias peculiares vividas em cada momento
do hospital. por isso, nos questionamos: será que o cuidado baseado na termorregulação do RNPT
pelo profissional atuante na UTIN é permeado de humanização?. OBJETIVO: Identificar a
humanização na assistência de Enfermagem baseada na termorregulação do RNPT internado no
Centro de Terapia Intensiva Neonatal. METODOLOGIA: Estudo quantitativo-descritivo. Realizado
no Centro de Terapia Intensiva Neonatal (CTINE) do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), na cidade
de Fortaleza (CE), pertencente à Secretaria Estadual da Saúde do Ceará (SESA). Tendo com sujeito
toda a equipe de Enfermagem deste setor, como Enfermeiros (E) e Técnicos/Auxiliares de
Enfermagem (TAE), passando a ser excluídos apenas aqueles profissionais que permaneciam de
férias/licença saúde, bem como os que não aceitaram participar da pesquisa. Dados coletados entre
maio-julho de 2012, por um instrumento elaborado para analisar e observar os cuidados prestados
por essa equipe e organizados em tabela por meio do programa Excel, da Microsoft Office 2007.
Aprovado pelo Comitê de Ética da instituição sob o protocolo nº 23904, seguindo os princípios
bioéticos previstos na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Diversos
foram os achados, mas alguns se destacam por sua importância fisiológica e humana. ao se
depararem com o RNPT hipertérmico, 11 TAE realizavam a abertura da portinhola na intenção de
conter a febre, enquanto somente 6 e faziam o mesmo. na hipotermia, e elevaram a temperatura do
ar na incubadora aquecida e TAE a de pele. dos procedimentos diversos, 7 e e 18 TAE escolhem a
portinhola, ao invés da lateral totalmente aberta. ao alarmar a incubadora, os TAE a desligaram e E
ajustaram os parâmetros e verificaram a temperatura do bebê. ao manuseio cuidadoso, comprovou-
se 100%, sendo preconizado pela própria unidade estudada. CONCLUSÃO: Foi possível
caracterizar os cuidados oferecidos por toda a equipe de Enfermagem ao RNPT, observando que
falhas ainda existem sendo necessário formular protocolos para verificar essa temperatura,
fundamentando um cuidado humanizado. Destacamos a importância de um olhar holístico por parte
da equipe de Enfermagem, sendo necessário estabelecer rotinas acerca da termorregulação.
_________________

Mendonça, Aline Maria Carvalho Maia; Leite, Álvaro Jorge Madeiro; Rolim, Karla Maria Carneiro; Ferreira,
José Hernevides Pontes; Nascimento, Velma Dias do; Pinto, Kátia Costa Savioli Harrismana de Andrade.
Humanização da Assistência de Enfermagem Baseada na Termorregulação do Recém-Nascido Pré-Termo
Internado no Centro de Terapia Intensiva Neonatal. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10413

_________________
120
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A História das Famílias: o Trabalho com Narrativas Repletas


de Significados e Interpretações na Formação
Interprofissional de Enfermeiros e Médicos
_________________

Cyrino, Eliana Goldfarb; Romanholi, Renata Maria Zanardo; Roberto, Ana Paula
Costa
Depto de Saude Pública/Fmb/Unesp — ecyrino@fmb.unesp.br
_________________

Introdução:Objetivando-se maior aproximação do campo das humanidades na formação de


profissionais de saúde, desenvolve-se, em universidade pública brasileira, desde 2006, disciplina
interprofissional com participação anual de 120 estudantes de enfermagem e medicina, na atenção
básica, nos 3 primeiros anos das graduações. Participam entre 12 a 14 alunos e um professor, por
grupo. Cada estudante acompanha, na comunidade, uma família, construindo narrativas como
estratégia educacional,em movimento que valoriza a voz singular do sujeito sobre a saúde e o
adoecer. Destaca-se o trabalho com genograma, utilizado para compreensão de processos
familiares, dinâmica de nascimentos, mortes, número de filhos, doenças, uniões e outros.
Objetivo:Descrever o uso do genograma para reflexão e ação que promova aproximação do
estudante com:sua história familiar; histórias das famílias das comunidades e; compreensão de que
não existe um único modelo de família. Métodos: Pesquisa exploratória, na modalidade pesquisa-
ação, social e educacional, realizada em estreita associação com ação de transformação da
realidade. Participaram do estudo estudantes do segundo ano de graduação de medicina e
enfermagem, entre 2011 e 2012. a partir da discussão sobre conceito de família, leitura de textos,
vídeos, cada aluno:estudou o genograma de sua família, a saúde e processos de adoecimento;
socializou com o grupo de estudantes e professor suas histórias e; realizou estudo do genograma
de cada família acompanhada desde o primeiro ano da graduação. Resultados:A partir das
narrativas orais, escritas e da construção gráfica dos genogramas das histórias familiares dos
estudantes e de cada família da comunidade, com orientação,foi possível visualizar relações intra e
extrafamiliares das famílias dos estudantes e das famílias acompanhadas na comunidade. Foram
expressas opções de mudanças nas famílias, identificando-se características comuns e singulares.
ao aluno que entrevistou sua própria família e uma família diferente da sua, o processo trouxe
revelações que possibilitaram abertura para compreender o sofrimento, o significado do processo
saúde-doença, a necessidade de ampliar a autonomia do sujeitos frente ao cuidado e reflexão sobre
estratégias de produção de saúde que considerem a realidade do outro e sua relação com serviços
de saúde.Também se identificou o encantamento com produções de qualidade literária
compartilhadas entre todos. Conclusões:Na perspectiva pedagógica e assistencial, ao construir
narrativas, o aluno se comunica com um outro diferente dele, reflete a respeito de questões que a
família apresenta sobre seu modo de lidar com problemas de saúde. Apesar do poder objetivador
instituído no contexto da formação destes profissionais e do modelo de atenção que imprime ao
paciente submissão, esta vivência identifica-se como possibilidade de aprendizagem na
graduação,que amplia a visão dos profissionais sobre o cuidado ao sujeito no contexto de cada
existência. (Capes24/2010)
_________________

Cyrino, Eliana Goldfarb; Romanholi, Renata Maria Zanardo; Roberto, Ana Paula Costa. A História das
Famílias: o Trabalho com Narrativas Repletas de Significados e Interpretações na Formação Interprofissional
de Enfermeiros e Médicos. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10410

_________________
118
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Educação É Saúde: Uergs e Comunidade na Prevenção da


Obesidade Infantil no Município de Alegrete
_________________

Truccolo, Adriana Barni; Rodrigues, Deise Monteiro; Pereira, Madson Escobar


Universidade Estadual do Rio Grande do Sul — truccoloab@hotmail.com
_________________

Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2012) a obesidade infantil é um dos
mais sérios desafios de saúde pública do século XXI. o problema é global e está afetando tanto
países de baixa quanto de média renda. no Brasil, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostra que uma em cada três crianças com idade entre 05 e 09 anos está com
peso acima do recomendado pela OMS e pelo Ministério da Saúde. Apesar de ocorrer em todas as
regiões brasileiras, a Região Sul tem o maior crescimento na frequência de excesso de peso. Dessa
forma, o cuidado e a promoção da saúde na infância realizados por meio de um olhar ético-
dependente, com sensibilidade e humanismo no ambiente escolar promovendo ações proativas que
objetivassem uma educação humanizada, valorizando a pluridimensionalidade do ser humano
foram pensados quando da elaboração do projeto de extensão “Educação e Saúde: Universidade
e Comunidade na prevenção da obesidade infantil no município de Alegrete, RS”. Objetivo: o
objetivo do projeto foi promover, através de rede intersetorial e transdisciplinar, articulando
Educação e Saúde, a sensibilização da comunidade e do ambiente escolar na questão da
obesidade infantil bem como propiciar experiência extensionista aos discentes do curso de
Pedagogia da Universidade. Métodos: o delineamento utilizado foi a pesquisa-ação, e as atividades
realizadas foram oficinas, palestras, campanhas educativas com o corpo docente, discente, e os
pais das crianças para possibilitar o entendimento da importância da alimentação saudável e das
práticas corporais. Duas oficinas de sensibilização para as crianças e duas palestras para os
professores aconteceram em onze escolas da rede municipal de ensino tendo como parceiros a
Secretarias de Educação e Cultura e Secretaria da Saúde do município. Os atores do projeto na
escola foram 216 crianças e onze professoras, e as quatro campanhas educativas aconteceram em
parques e postos de saúde do município, durante o ano de 2012. Resultados: a abordagem
adotada despertou o interesse das crianças por escolhas saudáveis e pelo incremento do número
de crianças que começaram a optar pela merenda escolar ao invés de lanches calóricos e sem
nutrientes levados de casa. Observou-se resistência dos pais em admitir sua responsabilidade nas
escolhas alimentares dos filhos. As professoras receberam com entusiasmo a equipe do projeto e
manifestaram contentamento com as atividades realizadas pela mesma. Conclusão: o projeto
atingiu seu objetivo maior, as atividades propostas foram geradoras de uma convivência proativa
prezando a humanização e não a estética do tema obesidade. a participação dos discentes da
Universidade em atividades que apontassem para uma cultura humanizadora na busca de
alternativas de solução e implementação de ações para reduzir a obesidade infantil cumpriu com o
compromisso social da Universidade para com a comunidade, território ao qual está inserida.
_________________

Truccolo, Adriana Barni; Rodrigues, Deise Monteiro; Pereira, Madson Escobar. Educação É Saúde: Uergs e
Comunidade na Prevenção da Obesidade Infantil no Município de Alegrete. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10412

_________________
119
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Caracterização da Humanização da Assistência de


Enfermagem Durante o Pré-Natal, Parto e Puerpério.
_________________

Miranda, Frank José Silveira; Shimo, Antoneita Keiko Kakuda; Gontijo, Liliane
Parreira Tannús; Ferreira, Maria Cristina Moura; Resende, Tatiana Carneiro de;
Junqueira, Marcelle Apª Barros; Giuliani, Carla Denari
Universidade Federal de Uberlândia — frankenfermeiro@yahoo.com.br
_________________

Introdução - Tomando como referencial o Programa de Humanização do Parto e do


Nascimento (PHPN) preconizado pelo MS o presente estudo foi construído a partir da
perspectiva que realça a mudança no modelo de assistência obstétrica prestada a estas
mulheres. Humanizar a assistência de enfermagem materno infantil é de vital importância
por que garante, uma gravidez segura e saudável. Objetivo- Verificar como está
caracterizada assistência de enfermagem no que tange a humanização durante o pré-natal,
parto e puerperio. Metodologia. - o presente estudo caracteriza-se como uma Revisão
Integrativa da Literatura. a busca por textos foi realizada no banco de dados BIREME, a
partir dos descritores "Humanização" and " Pré-natal" and “Enfermagem”. Não se limitando
a nenhum período. a escolha se justificou pela busca de aspectos que refletissem a
assistência de enfermagem prestada durante o pré-natal, parto e puerperio, realizada pela
enfermagem. Resultando em uma amostra final de vinte artigos. Resultados- Percebe que
não existe um consenso no que se refere ao conceito de humanização, mas ressalta que
os estudos apontam para que ações como, a organização administrativa, e o número
profissionais adequado tende para a humanização deste processo. Inúmeros estudos
corroboram com a ideia de que a enfermagem desempenha um papel essencial para a
humanização da assistência durante este período. Observou-se que existe uma ênfase no
uso da expressão humanização no momento do parto se esquecendo dos outros períodos
como o pré-natal e sobre tudo o puerperio. Conclusões- Nesta perspectiva, a
humanização possibilita à reorganização dos serviços de assistência à saúde da mulher,
resgatando e promovendo o respeito à condição feminina afim de um atendimento mais
digno e qualidade. Estes esforços podem ser ofertados pela enfermagem, e por outros
profissionais que contribuirá de forma efetiva na construção de melhores indicadores de
saúde materno infantil no Brasil.
_________________

Miranda, Frank José Silveira; Shimo, Antoneita Keiko Kakuda; Gontijo, Liliane Parreira Tannús; Ferreira,
Maria Cristina Moura; Resende, Tatiana Carneiro de; Junqueira, Marcelle Apª Barros; Giuliani, Carla Denari.
Caracterização da Humanização da Assistência de Enfermagem Durante o Pré-Natal, Parto e Puerpério.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10408

_________________
116
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Conversas Difíceis em Medicina


_________________

Amaral, Anna Beatriz Costa Nevesdo; Silva, Carlos Henrique Martins; Canto, Paula
Philbert Lajolo
Universidade Federal de Uberlândia — beatriz_amaral@hotmail.com
_________________

Introdução Durante a prática médica, o ato de comunicar más notícias é comum e afeta
médicos, pacientes e familiares. a adequada comunicação em saúde aumenta a empatia
que o paciente tem por seu médico e melhora a adesão ao tratamento. Levantamento
realizado no setor de pediatria desta instituição verificou que alunos, residentes e pediatras
julgam as habilidades em comunicação muito importantes para sua profissão, porém
sentem-se pouco confiantes para executá-las. um dos motivos relacionados foi falta de
capacitação durante a graduação. Embora vários cursos de Medicina ainda adotem o
modelo curricular flexneriano, o Conselho Nacional de Educação e a Câmara de Educação
Superior instituíram em 2001 novas diretrizes curriculares centradas no estudante e no
processo ensino-aprendizagem e que incorporam a reflexão, ética, relações humanas e
valores morais necessários ao ensino médico. Objetivo Descrever a implantação do
ensino das habilidades de comunicação em saúde, num curso de Medicina em transição
entre o currículo tradicional e as formas ativas de aprendizado. Métodos nas aulas da
disciplina de Cultura Médica, grupos de 20 alunos do nono período do curso de Medicina
de uma universidade federal brasileira receberam capacitação para aprimoramento da
comunicação em saúde. As atividades são desenvolvidas em 5 passos e iniciam-se com
sensibilização para o tema, quando é dada aos alunos oportunidade de refletir, sob a ótica
de um familiar de um paciente gravemente doente. a seguir, uma exposição teórica de 20
minutos elenca passos técnicos da comunicação. em seguida realiza-se a dramatização
de um atendimento médico pautado na comunicação de uma má notícia, seguido por
reflexão em grupo sobre a cena. por último, uma narrativa é lida e discutida para conclusão
das metas daquele encontro. Resultados Durante as aulas os alunos mostraram-se
motivados e participativos. na atividade de sensibilização vivenciaram como é receber
notícia ruim sobre o estado de saúde de um ente querido. Neste momento as diversas
reações frente a possibilidade de perda ou injúria grave são trabalhadas e compartilhadas.
a exposição teórica pontuou tópicos importantes na prática da comunicação: expor fatos,
acolher sentimentos e organizar as etapas do cuidado antes de finalizar a conversa. As
dramatizações demonstram que, mesmo em um ambiente simulado, os alunos sentem-se
ansiosos, despreparados e inexperientes para enfrentar conflitos em saúde. a narrativa
final, onde outros médicos compartilham suas vivências cotidianas, aproxima o aluno de
seus pares, que apontam dificuldades comuns para quem enfrenta situações semelhantes.
Conclusões Apesar de ser um curso de curta duração, a capacitação dos alunos através
do uso de simulações de situações clínicas, narrativas e reflexão sobre posturas éticas em
situações graves está sendo positiva e de alta aplicabilidade na transição para as práticas
clínicas de internato.
_________________

Amaral, Anna Beatriz Costa Nevesdo; Silva, Carlos Henrique Martins; Canto, Paula Philbert Lajolo.
Conversas Difíceis em Medicina. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10409

_________________
117
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização na Saúde e Atendimento Interdisciplinar a


Portadores da Síndrome do Túnel do Carpo
_________________

Ortiz, Marta Cristina Meirelles; Paiva, Gisele; Manginelli, Caterina Pigorini; Santos,
Fabíola Epifânio dos; Machado, Styfany Corrêa Batista; Brito, Eduardo Salles;
Toledo, Tullio Pieroni
Unifesp - Baixada Santista — martacris_o@outlook.com
_________________

Introdução: a Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é caracterizada pela compressão do nervo


mediano na área em que este atravessa a região do carpo. Além de sintomas físicos dolorosos e
incômodos que podem resultar em limitação de atividade e incapacidade para o trabalho, a STC
está ligada a sintomas afetivos e emocionais, bem como mudanças no âmbito familiar, no trabalho
e no auto-cuidado que podem refletir na adesão ao tratamento proposto. Os pacientes vivenciam
angústia por seu quadro não ser visível, o que gera descaso social e familiar. em virtude de tais
demandas, identificadas pela equipe do ambulatório de terapia de mão de um grande hospital, foi
proposto um trabalho interdisciplinar de cuidado integral a um grupo de portadores de STC,
envolvendo estagiários e docentes dos Cursos de Psicologia e de Terapia Ocupacional de uma
universidade pública, com base no princípio pedagógico de formação de profissionais voltados para
o trabalho interdisciplinar e humanização da saúde. Objetivos: Geral: Oferecer aos pacientes de
um grupo de portadores de STC um tratamento que vá além da reabilitação física, identificando e
propondo respostas a demandas que não são apenas da doença ou do trauma físico, mas interferem
no tratamento e, mais ainda, na vida do sujeito como um todo. Específicos: (1) Tornar o grupo de
reabilitação um espaço de identificação com o outro, troca de experiências, acolhimento,
socialização, ampliação da rede de suporte social entre os participantes, sendo abordadas suas
demandas físicas e emocionais. (2) Proporcionar aos alunos de ambos os cursos a possibilidade de
uma integração entre teoria e prática, por lidar direta e pessoalmente com as questões ligadas à
intedisciplinaridade e à intersubjetividade nas relações que envolvem equipes de saúde,
profissionais e pacientes no contexto da instituição hospitalar. Resultados: Durante 16 encontros
foram desenvolvidas atividades de reabilitação de membros superiores integradas a técnicas de
redução de ansiedade e rodas de conversa temáticas entre profissionais e pacientes, que
possibilitaram a expressão de sentimentos e sensações decorrentes do quadro clínico e a discussão
de situações que direta ou indiretamente interferem no tratamento. em resultado, o grupo de
pacientes apresentou melhor capacidade de automonitoramento frente a pensamentos
disfuncionais e à ansiedade, tornando-se mais participativo e ativo frente à doença e suas
consequências sociais e familiares. Conclusão: Este trabalho promove a participação social de
seus agentes, contribuindo para o desenvolvimento de instrumental teórico e metodológico capaz
de transformar as tradicionais práticas de educação em saúde e de autonomia para os sujeitos.
Desta forma, sugere-se a continuidade da parceria desenvolvida entre universidade e serviço, para
que profissionais e estagiários de Psicologia e Terapia Ocupacional possam promover um cuidado
integral e humanizado às necessidades do portador de Síndrome do Túnel do Carpo.
_________________

Ortiz, Marta Cristina Meirelles; Paiva, Gisele; Manginelli, Caterina Pigorini; Santos, Fabíola Epifânio dos;
Machado, Styfany Corrêa Batista; Brito, Eduardo Salles; Toledo, Tullio Pieroni. Humanização na Saúde e
Atendimento Interdisciplinar a Portadores da Síndrome do Túnel do Carpo. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10402

_________________
113
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Como Avançar na Humanização do Cuidado Oferecido por uma


Unidade Básica de Saúde? Uma Pesquisa Implicada
_________________

Molina, Marcia Castagna


Prefeitura Municipal de Campinas — marciacastagnamolina@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO o estudo relata uma pesquisa-intervenção em uma Unidade Básica de Saúde, onde
atuo como apoiadora distrital, compondo minha defesa de doutorado. o empírico da tese começou
com um pedido para que eu trabalhasse a “comunicação” na equipe. a intervenção cumpriu duas
etapas. na primeira, foram realizadas as “oficinas de comunicação”, envolvendo os funcionários da
unidade, mantendo encontros durante os seis meses seguintes. a segunda etapa constituiu-se de
“oficina de humanização”, preparada a partir de entrevistas com os trabalhadores, sobre seu
entendimento a respeito da humanização e sobre o cuidado oferecido pela unidade de saúde.
OBJETIVOS Desenvolver pesquisa-intervenção em UBS, construindo reflexões e ações voltadas
para humanização das relações. Compreender a dinâmica das relações que ocorrem na UBS e
identificar entraves ao aprimoramento do cuidado oferecido. Construir, em conjunto com a equipe,
intervenções para o aprimoramento do cuidado. MÉTODOS o desafio metodológico foi transitar da
função institucional que exerço a partir de marcado lugar de poder, autoridade e de “exterioridade”
em relação à equipe de trabalhadores, para uma inserção mais íntima e “interna” às suas relações
micropolíticas, tentando produzir, com eles, reflexões e ações voltadas para a humanização das
relações que regem seu cotidiano e, ao mesmo tempo, das relações que estabelecem com os
usuários na produção do cuidado. uma pesquisa implicada, portanto, porque tive que lidar o tempo
todo, com a tensa relação entre minha localização na hierarquia das relações, com a dinâmica e
modo de funcionamentos da equipe. o estudo apresenta e problematiza o movimento de
interiorização/exteriorização em relação ao campo micropolítico que foi sendo investigado,
modificado e produzido. uma intervenção que produzisse, ao mesmo tempo, o “objeto” e a teoria
para pensar o “objeto” que estava sendo produzido. RESULTADOS Os parâmetros utilizados nas
discussões foram os de respeito à vida e à dignidade das pessoas, conforme a Política Nacional de
Humanização (PNH) do Ministério da Saúde. como decorrência foi implantado novo acolhimento na
UBS, com escuta qualificada dos usuários, consulta ao prontuário, retaguarda de enfermeira e de
médico aos auxiliares de enfermagem. Mudança que gerou maior integralidade e equidade aos
atendimentos, mas trouxe também desacomodação da equipe e novos conflitos a serem
gerenciados. CONCLUSÃO Este trabalho constitui-se em reflexões geradas pelos encontros
vivenciados no doutorado com usuários, trabalhadores, gestores, autores e orientador. a pesquisa
possibilitou aproximação com a PNH que conclama a delicadeza da escuta, o envolvimento e a
prática do cuidado. Valoriza a expansão, criatividade, escolhas necessárias em uma UBS, o que
dificilmente se pode esperar de trabalhadores enquadrados em protocolos prontos. um dos maiores
aprendizados do processo é que o cuidado se dá em rede, sua produção e recriação permanentes
devem ser trabalho constante da gestão.
_________________

Molina, Marcia Castagna. Como Avançar na Humanização do Cuidado Oferecido por uma Unidade Básica de Saúde?
uma Pesquisa Implicada. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10404

_________________
114
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Trabalho Interdisciplinar como Modo de Humanização do


Cuidado em um Grupo de Pacientes Amputados
_________________

Ortiz, Marta Cristina Meirelles; Taba, Gisele Paiva Fernanda Maiyumi; Ribeiro,
Larissa Araujo; Mattos, Luísa de; Pereira, Graziani Renata Sasdelli Silva;
Ogawa, Vivian Miwa
Unifesp - Baixada Santista — martacris_o@outlook.com
_________________

Perder um membro gera mudanças bruscas que remetem à necessidade de reconstrução da


imagem corporal e da identidade por parte do sujeito. Dolto (1992) distingue esquema corporal, o
corpo em sua realidade física, e imagem inconsciente do corpo, fruto da história pessoal, síntese
das vivências inter-humanas fundamentais do sujeito. uma transformação do esquema corporal por
lesão deve ser acompanhada da elaboração subjetiva das vivências experimentadas nesse
processo, de modo a reconstruir a imagem corporal. o grupo constitui um espaço de circulação de
palavras e afetos que favorece a elaboração subjetiva, contribuindo de modo significativo para a tal
reconstrução. Nessa perspectiva trabalhou-se com um grupo de pacientes que tiveram membros
superiores amputados, em parte ou totalmente, atendido pelo Ambulatório de Terapia de Mão de
um grande hospital. As atividades foram desenvolvidas por estagiários dos cursos de Terapia
Ocupacional e de Psicologia de uma universidade pública, com base no princípio pedagógico de
formação de profissionais voltados para o trabalho interdisciplinar e humanização da saúde.
Objetivos: Geral: Oferecer a um grupo de pacientes amputados um tratamento que vá além da
reabilitação física, identificando e propondo respostas a demandas que não são apenas da doença
ou do trauma físico, mas interferem no tratamento e, mais ainda, na vida do sujeito como um todo.
Específicos: (1) Tornar o grupo de reabilitação um espaço de identificação com o outro, troca de
experiências, acolhimento, socialização, ampliação da rede de suporte social entre os participantes,
favorecendo a reconstrução de sua imagem corporal. (2) Proporcionar aos alunos de ambos os
cursos a possibilidade de integração entre teoria e prática, por lidar direta e pessoalmente com as
questões ligadas à intedisciplinaridade e à intersubjetividade nas relações que envolvem equipes
de saúde, profissionais e pacientes no contexto da instituição hospitalar. Resultados: Durante 20
encontros foram realizadas atividades integradas de Terapia Ocupacional e Psicologia, nas quais
foram trabalhadas questões relativas à imagem corporal e identidade e sintomas oriundos da
amputação, seu tratamento e possíveis adaptações. Durante a realização de um bloco de dinâmicas
relacionadas a autoimagem e identidade, surgiram temas referentes à auto estima, vergonha,
dificuldade de olhar para o coto e culpa, que se refletem no convívio social e nas relações familiares.
Conclusão: As atividades integradas entre os estágios de Psicologia e de Terapia Ocupacional,
com preceptoria e supervisão por parte de profissionais do serviço e docentes da universidade,
comprovou a importância de um trabalho interdisciplinar com os pacientes amputados. Considera-
se também a continuidade e ampliação do trabalho, comparticipação de profissionais e/ou
estudantes do curso de Serviço Social. Assim os aspectos social, físico e emocional poderão ser
cuidados de modo mais efetivo, integral e humanizado.
_________________

Ortiz, Marta Cristina Meirelles; Taba, Gisele Paiva Fernanda Maiyumi; Ribeiro, Larissa Araujo; Mattos, Luísa de; Pereira,
Graziani Renata Sasdelli Silva; Ogawa, Vivian Miwa. O Trabalho Interdisciplinar como Modo de Humanização do
Cuidado em um Grupo de Pacientes Amputados. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-
7282, DOI 10.5151/medpro-cihhs-10400

_________________
111
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ambiente Construído Assistencial e Promoção da


Humanização no Procedimentos de Saúde.
_________________

Castro, Jorge Azevedo de; Rodrigues, Helena


Uff — jorgecastro55@fiocruz.br
_________________

Introdução: os hospitais universitários são estruturas de ensino e assistência não só


voltados para a formação em saúde , mas também para a arquitetura hospitalar e
engenharia clínica, que trabalham aspectos de humanização complementares aos
procedimentos clínicos dentro de normas técnicas e legislação específica; Objetivos:
iniciar um processo de humanização do ambiente construído hospitalar em larga escala
com o reconhecimento da visão de profissionais e pacientes que usam espaços e
equipamentos integrados por projetos de arquitetura e engenharia que possam ser
avaliados para adequação a novas demandas e tecnologias ao longo do ciclo de vida útil,
bem como visando documentar essa experiência para novos projetos; métodos: a
metodologia de avaliação pós ocupação do ambiente assistencial gera informações
técnicas e nova bisão do ambiente em uso; Resultados: a avaliação aplicada ao caso do
Hospital Universitário da Universidade Federal Fluminense serviu como base para um
Plano de Obras e Manutenção voltados para humanização do ambiente, bem como tornou-
se base da disciplina de Arquitetura e Saúde na graduação e pós-graduação na mesma
universidade; Conclusões: os planos de requalificação baseados nas avaliações de
ocupação são um caminho seguro para os gestores dos serviços e da infraestrutura
assistencial de saúde, segundo parâmetros técnicos e humanitários confirmados pelos
usuários desses espaços edificados.
_________________

Castro, Jorge Azevedo de; Rodrigues, Helena. Ambiente Construído Assistencial e Promoção da
Humanização no Procedimentos de Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10401

_________________
112
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Importância da Implantação de um Comitê de Humanização


em um Ambulatório Especializado para Atendimento ao Idoso:
Relato de Experiência
_________________

Leite, Isabel Alonso; Piva, Denise Regina; Cardoso, Eliana Souza; Brandão,
Mariana Haron; Moraes, Natália Cristina; Bettencourt, Paulo; Coelho, Thais Cristina
Centro de Referência do Idoso da Zona Norte de São Paulo — denise.piva@uol.com.br
_________________

Introdução: Considerando a importância da Política Nacional de Humanização (PNH) em


serviços de saúde, elencada através da Secretaria da Saúde, pensou-se na implantação de um
Comitê de Humanização em um ambulatório especializado na atenção ao idoso localizado na
zona norte de São Paulo. a ideia de humanizar a assistência à saúde possibilita maior
participação do usuário e do profissional, através de uma rede de diálogo embasada em
princípios norteadores da PNH, tais como: Transversalidade, que consiste na ampliação do
grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos; Indissociabilidade entre atenção
e gestão, definida como a união entre gestão e assistência, uma vez que o modo de se fazer
gestão interfere diretamente na qualidade do cuidado e na assistência em saúde;
Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos, que corresponde à
ampliação da autonomia, do compartilhamento de responsabilidades de usuários, familiares e
trabalhadores de saúde. Objetivo: Vincular os princípios norteadores e as diretrizes da PNH
através de ações humanizadas propostas aos colaboradores e profissionais deste ambulatório
que se dedicam ao idoso mobilizando-os a refletir sobre as ações realizadas e propor novas
ações. Método: Foi organizada uma equipe composta por diversos colaboradores da instituição
com o intuito de atingir e propor ações para os profissionais que possuem contato direto e
indireto com o usuário. Também foram realizadas reuniões entre 2012 e 2013 para
esclarecimento sobre a PNH do Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionando a reflexão
sobre as diretrizes e princípios da política e planejamento de ações humanizadoras na
instituição. Inicialmente, elegeram-se alguns princípios e diretrizes da PNH para inaugurar as
ações. Estes são: acolhimento, ambiência, transversalidade, gestão participativa e cogestão.
Resultados: As ações vislumbram resultados que vinculem conceitos da PNH de forma que
cada colaborador seja convidado criativamente a informar-se sobre o tema, relacioná-lo à
prática cotidiana do trabalho e às suas relações com os outros colaboradores. Conclusão:
Propor a implantação de um Comitê de Humanização implica em corresponsabilizar não
somente os participantes envolvidos diretamente no projeto como à todos que estão dedicados
ao usuário de saúde, seja em plano assistencial, médico ou administrativo. Propor ações
humanizadas favorece as relações entre os profissionais de saúde e os usuários e entre os
próprios profissionais, contribuindo assim para mudanças na gestão de saúde. Tais ações
buscam promover mudanças que favoreçam a prática dos profissionais, a interação entre
equipes e a satisfação do usuário.
_________________

Leite, Isabel Alonso; Piva, Denise Regina; Cardoso, Eliana Souza; Brandão, Mariana Haron; Moraes, Natália
Cristina; Bettencourt, Paulo; Coelho, Thais Cristina. A Importância da Implantação de um Comitê de Humanização
em um Ambulatório Especializado para Atendimento ao Idoso: Relato de Experiência.. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São
Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10391

_________________
107
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Pensando o Dia Mundial da Depressão com Ações


Humanizadas: a Escuta e o Fazer como Processo de
Acolhimento. Relato de Experiência.
_________________

Leite, Isabel Alonso; Piva, Denise Regina; Cardoso, Eliana Souza; Brandão,
Mariana Haron; Moraes, Natália Cristina
Centro de Referência do Idoso da Zona Norte de São Paulo — denise.piva@uol.com.br
_________________

Introdução: Considerando a implantação da Política Nacional de Humanização (PNH) em 2003,


tem-se apontado a importância da revisão do atendimento oferecido em serviços de saúde. uma
forma de propor ações humanizadas é buscar a aproximação dos profissionais da saúde com as
necessidades do usuário. o presente resumo descreverá uma ação humanizada realizada em um
ambulatório especializado em atenção ao idoso da zona norte de São Paulo durante o Dia Mundial
da Depressão. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoas com mais de
65 anos de idade corresponderão a 10% da população mundial em 25 anos e estudos
epidemiológicos têm mostrado que 15% delas apresentarão sintomas depressivos. Os fatores que
podem contribuir para os quadros depressivos podem envolver problemas familiares, luto,
desemprego, frustrações, abandono, adversidades físicas, entre outros. Objetivos: Através de uma
ação humanizada focada na necessidade do usuário, o evento teve como objetivo sensibilizar e
orientar os idosos e a comunidade sobre o tema da depressão, além de incentivá-los a buscar ajuda
especializada para tratamento. Método: a organização do “Dia da Depressão” aberto aos idosos,
comunidade e colaboradores do serviço ambulatorial, contou com uma palestra com a temática
“depressão e envelhecimento”. em um segundo momento, foi aberto o ciclo das seguintes oficinas
participativas: Musicoterapia onde através da sonoridade, o participante foi convidado a experienciar
a possibilidade de sentir alegria, tranquilidade e sensação de bem-estar; Dança Sênior possibilitou
ao participante através da música e do movimento, novas maneiras de olhar e interagir com o próprio
corpo; Mandalas como recurso para possibilitar o autoconhecimento através de trabalho criativo;
Iluminando o envelhecer no qual a história biográfica do participante foi usada como processo de
reflexão afim de dar novos significados aos fatos vividos, descobrindo também novos caminhos e
alternativas para futuras ações. Posteriormente foi oferecido um espaço para discussão da temática
através da exibição de um filme. Resultados: Cerca de 120 pessoas participaram do evento. Notou-
se a motivação dos usuários para refletir e discutir sobre a Depressão, tanto por meio de
experiências pessoais como através de breve conhecimento sobre a doença. Conclusão: Ações
que proponham a participação ativa do usuário de saúde viabilizam o surgimento de discussão,
reflexões e esclarecimentos sobre diversos temas de forma a sensibilizar a comunidade tanto para
a busca de ajuda especializada quanto para o autocuidado. a humanização, neste sentido, tende a
aproximar os profissionais de saúde às reais necessidades da população atendida, oferecendo a
escuta e acolhimento das necessidades apresentadas.
_________________

Leite, Isabel Alonso; Piva, Denise Regina; Cardoso, Eliana Souza; Brandão, Mariana Haron; Moraes, Natália
Cristina. Pensando o Dia Mundial da Depressão com Ações Humanizadas: a Escuta e o Fazer como
Processo de Acolhimento. Relato de Experiência.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades
& Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10392

_________________
108
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Conhecer para Humanizar: Caracterização do Perfil de


Mulheres que Denunciaram a Violência em um Município do
Interior Paulista
_________________

Pierine, Andrea Silveira Machado; Machado, Dinair Ferreira; Conti, Elaine Teixeira
da Costa; Almeida, Margareth Ap. Santini de; Castanheira, Elen Rose Lodeiro
Prefeitura Municipal de Botucatu - Smas - Creas — deiamdo@gmail.com
_________________

Introdução: a violência contra a mulher é um sério problema social e histórico que ganhou
visibilidade na contemporaneidade, especialmente no campo de saúde pública. Além disso,
constitui uma das principais formas de violação dos direitos humanos. a prática de violência
passa a ser considerada crime com a promulgação da Lei Maria da Penha 11.340/06,
sendo de responsabilidade dos profissionais a notificação compulsória no território
nacional, conforme a Lei nº 10.778/03. Contudo, essa problemática se torna invisível nos
serviços de saúde justamente pela dificuldade dos profissionais em reconhecê-la como de
sua responsabilidade. Nesse sentido, é importante a realização de estudos que explicitem
e aproximem os perfis de mulheres vitimizadas aos profissionais de saúde, para que, além
da notificação estes consigam trabalhar a prevenção e reabilitação por meio de um
atendimento humanizado. Objetivos: Caracterizar o perfil de mulheres vítimas de violência
doméstica que denunciaram os parceiros na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) no ano
de 2013, bem como de seus agressores e mapeá-las por área de abrangência das
Unidades de Saúde da Família. Metodologia: a análise dos dados será obtida por meio
dos Boletins de Ocorrência realizados na Delegacia de Defesa da Mulher no ano de 2013.
a amostra será composta por mulheres que realizaram boletim de ocorrência como vítimas
de violência praticada pelo parceiro íntimo no período de janeiro a dezembro de 2013. em
média são realizados 30 boletins de ocorrência por mês, totalizando, em média, 360 no
ano. Trata-se de recorte de uma pesquisa de pós-doutorado que constará de duas etapas,
na primeira será realizada a caracterização do perfil das mulheres e agressores, na
segunda serão investigadas as mulheres que relataram sofrer violência há mais de cinco
anos, sendo realizada entrevista individual gravada. Além disso, será realizado o
mapeamento dos serviços de saúde buscando por estas mulheres visando identificar quais
foram os encaminhamentos e intervenções realizados pelos profissionais. Resultados: o
levantamento do perfil social e demográfico das mulheres e agressores possibilitará aos
serviços de saúde a reorganização de suas práticas e a construção de estratégias de
detecção e acompanhamento das mulheres, bem como articular com a rede de serviços e
politicas municipais a elaboração de protocolos, fluxos e procedimentos. Consideramos a
importância dos dados subsidiarem futuros trabalhos científicos e ações práticas de
intervenção com as referidas mulheres. Conclusão: o reconhecer dos perfis possibilita
ampla visão do processo saúde doença de mulheres vítimas de violência.
_________________

Pierine, Andrea Silveira Machado; Machado, Dinair Ferreira; Conti, Elaine Teixeira da Costa; Almeida,
Margareth Ap. Santini de; Castanheira, Elen Rose Lodeiro. Conhecer para Humanizar: Caracterização do
Perfil de Mulheres que Denunciaram a Violência em um Município do Interior Paulista.. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10393

_________________
109
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Uso de Depoimento de Pacientes e Cuidadores como


Ferramenta de Sensibilização e Humanização em Curso de
Capacitação para Voluntários na Área de Saúde
_________________

Barbosa, Mauricio Einstoss de Castro; Costa, Natália Pereira; Brunetti, Gloria


Instituto de Infectologia Emílio Ribas — barbosabr@hotmail.com
_________________

Introdução Desde 2004 é realizado curso de capacitação para voluntários que atuarão em
programas de humanização desenvolvidos pelo voluntariado de um hospital terciário especializado
em doenças infecciosas em São Paulo. o objetivo é atender a todos os pacientes e cuidadores
usuários do hospital. o foco deste trabalho é uma das ferramentas usadas no curso: depoimento de
pacientes e de cuidadores sobre suas vidas e o impacto que a doença traz a elas, objetivando
sensibilizar, humanizar e informar os participantes. Objetivos Principal Através de depoimento de
pacientes e cuidadores, sensibilizar e informar potenciais voluntários para capacitá-los, com
recursos tanto práticos como emocionais, a atuarem no hospital de forma consciente, eficiente e
humanizada. Secundários - para voluntários: proporcionar desenvolvimento pessoal através de
experiências de empatia com pessoas portadoras de doenças crônicas. - para pacientes:
proporcionar oportunidade de desenvolver, num ambiente seguro e informal, sua capacidade de
lidar com a própria patologia, suas dificuldades e o preconceito. - para o hospital: capacitar pessoas
a trabalharem de forma mais humanizada com os pacientes ali atendidos. - para a sociedade:
conscientizar, informar, sensibilizar e humanizar seus cidadãos. Metodologia: o curso coloca
potenciais voluntários em contato com o paciente e sua patologia principalmente no 2º Módulo, o
PACIENTE, durante o qual é realizada a palestra com o depoimento de pacientes ou cuidadores.
Estes são previamente convidados, devendo ser maiores de idade e usuários do hospital. Seus
depoimentos são espontâneos, falando de sua vida, como soube da patologia, como conviveu e
convive com ela, destacando os preconceitos que sofre em sua vida pessoal e profissional.
Resultados: no decorrer desses nove anos, foram coletados relatos sobre os depoimentos
apresentados, que demonstram efeitos positivos para os pacientes, cuidadores, funcionários do
hospital e voluntários. uma paciente diz que a oportunidade de falar abertamente sobre sua vida,
sua patologia, a forma de contágio e preconceitos sofridos a fortaleceu muito, principalmente com
a presença de seus filhos e amigos mais próximos na plateia. uma voluntária menciona que o
conhecimento obtido a ajuda muito em seu trabalho voluntário, sentindo-se mais confiante no
contato com os pacientes e eliminando julgamentos errôneos. para sua vida pessoal, diz que obteve
aprendizado de superação e de resiliência, além da satisfação em levar adiante o conhecimento
adquirido. Conclusão Acreditamos que os depoimentos apresentados em palestras para a
sociedade por pessoas diretamente envolvidas no problema abordado, representam uma
ferramenta de sensibilização e humanização importante, simples, de baixo custo e que traz
resultados impactantes para todos os envolvidos, conforme os resultados que pudemos observar in
loco e registrar através de relatos pós-evento.
_________________

Barbosa, Mauricio Einstoss de Castro; Costa, Natália Pereira; Brunetti, Gloria. Uso de Depoimento de Pacientes e
Cuidadores como Ferramenta de Sensibilização e Humanização em Curso de Capacitação para Voluntários na Área de
Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10399

_________________
110
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Reestruturação da Ouvidoria da Secretaria de Estado da


Saúde de São Paulo - SES/SP
_________________

Piccirillo, Carmen Lúcia Pádua; Silva, Luis Carlos Pereira da;


Ferreira, Patricia Camargo
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo — cpiccirillo@saude.sp.gov.br
_________________

Introdução As Ouvidorias são unidades de importância estratégica para a gestão do Sistema Único de Saúde –
SUS, possibilitando o diálogo entre o cidadão e as diferentes instâncias da gestão pública. Quando bem
estruturada, contribui para a participação do cidadão na avaliação da qualidade dos serviços e no aperfeiçoamento
gradual do sistema de saúde, além de promover a cidadania. Pensando no fortalecimento deste importante canal
de comunicação, criou-se um grupo de trabalho para Reestruturação da Ouvidoria no âmbito da Secretaria
Estadual da Saúde de São Paulo. o Projeto apresentado, propôs uma Coordenação Executiva, e duas
Coordenações de apoio, a Coordenação de Descentralização e Coordenação de Monitoramento. Juntas, vão
trabalhar as redefinições das competências e atribuições da Ouvidoria, alinhar as redes e subredes, criar ou
adaptar um sistema de informação aos usuários da saúde, revisar as atividades funcionais para a melhoria do
controle e registro dos atendimentos, definir critérios para tipificar as manifestações e elaborar planos de ação,
revisar processos internos, organogramas e fluxos e adequar um sistema informatizado para inserção das
manifestações e gerenciamento de dados. Justificativa o intuito do trabalho é formar redes de serviços estaduais
e municipais onde o cidadão conte com a Ouvidoria para orientá-lo quanto aos locais corretos de atendimento,
pois sabemos das dificuldades de entendimento sobre quem é o prestador de cada serviço. Além de oferecer
através de informações sistematizadas, subsídios aos gestores para que os mesmos possam reorganizar seus
serviços, atendendo, sempre que possível, os anseios da população. Objetivos Redefinir as competências e
atribuições da Ouvidoria, criar ou adaptar um sistema informatizado para agilizar e interligar as demais Ouvidorias
do serviço estadual e municipal. Método - Descrição Sucinta o grupo determinou algumas etapas do estudo:
sensibilização dos servidores, serviços e municípios. Atribuições da Ouvidoria, análise e implementação de um
Sistema Informatizado e por fim monitoramento sistemático dos dados. Inicialmente foram realizados Encontros
para sensibilização com Diretores e Ouvidores das Diretorias Regionais de Saúde – DRS, Conselho de Secretários
Municipais de Saúde do Estado de São Paulo – COSEMS. Encontros com os Municípios das 5 Macrorregiões e
suas respectivas DRSs, Ouvidores da Gestão Pública e Ouvidores de Hospitais Estaduais. Nesta oportunidade
realizamos diagnóstico situacional. a implementação do Sistema Informatizado SUS – OuvidorSUS, foi realizada
através de duas capacitações, onde contamos com o apoio dos técnicos do Doges. Inicialmente capacitamos a
sede da SES/SP, DRS 1, Centro de Vigilância Sanitária – CVS e alguns municípios. a segunda capacitação foi
quase que exclusiva ao município de São Paulo, onde teremos aproximadamente 40 Ouvidores. Resultados
Percebemos que nos Municípios onde o sistema informatizado já está sendo utilizado, os resultados têm sido
positivos, ágil no encaminhamento das manifestações, economia de material, rapidez na resposta e facilidade na
elaboração de relatórios. Ainda não foi possível concluir o diagnóstico das Ouvidorias do Estado, continuamos a
capacitar municípios e estamos providenciando contato com as Ouvidorias dos serviços estaduais.
_________________

Piccirillo, Carmen Lúcia Pádua; Silva, Luis Carlos Pereira da; Ferreira, Patricia Camargo. Reestruturação da Ouvidoria da
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo - Ses/Sp. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10389

_________________
105
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ouvidoria Itinerante - Secretaria de Estado da


Saúde de São Paulo
_________________

Piccirillo, Carmen Lúcia Pádua; Silva, Luis Carlos Pereira da;


Ferreira, Patricia Camargo
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo — cpiccirillo@saude.sp.gov.br
_________________

Introdução ao assumir a Secretaria de Estado da Saúde, o médico infectologista David


Emerson Uip junto com sua equipe, elaborou um cronograma de visitas multiprofissionais
aos hospitais e serviços de saúde da rede estadual, com o intuito de identificar quais as
questões mais urgentes a serem revolvidas. Essas visitas tem o objetivo de fortalecer a
assistência à saúde, para isso é preciso ouvir não só o diretor do serviço, mas também a
população. e o serviço mais indicado para realizar esse trabalho é a Ouvidoria, um serviço
que possibilita a avaliação da qualidade do serviço prestado por quem o utiliza.
Antecedendo a visita, foi programada a Ouvidoria Itinerante, com uma equipe preparada
para acolher o usuário através da escuta qualificada. As informações colhidas são
sistematizadas com a finalidade de subsidiar o trabalho do Secretário e a tomada de
decisão. Justificativa Sendo a Ouvidoria um espaço estratégico e democrático de
comunicação entre o cidadão e os gestores, entendemos como um serviço de fundamental
importância para identificar as questões mais urgentes a serem resolvidas pelo Secretário
de Saúde. Objetivos Colher, registrar e encaminhar as manifestações. Elaborar um
relatório simples e de fácil visualização. Métodos - Descrição Sucinta a equipe da
Ouvidoria Itinerante foi formada por profissionais do Projeto de Reestruturação do Setor de
Ouvidoria do Estado da Saúde de São Paulo, preparados e capacitados, se organizaram
junto com a Ouvidoria da Instituição a ser visitada para conversar com os usuários do
serviço e saber qual a sua opinião com relação ao serviço prestado. Resultados: o projeto
ainda está em andamento, mas foram realizadas 11 Ouvidorias Itinerantes, com um total
de 1531 manifestações.
_________________

Piccirillo, Carmen Lúcia Pádua; Silva, Luis Carlos Pereira da; Ferreira, Patricia Camargo. Ouvidoria Itinerante
- Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10390

_________________
106
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Experiência do Serviço Social do Instituto da Criança- Icr –


HCFMUSP Junto aos Jovens com Hiv em Seu Processo de
Transferência para um Ambulatório de Infectologia Adulto
_________________

Oliveira, Vivian Silva de


Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo — viviss82@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o presente trabalho enfatiza a experiência do Serviço Social em um trabalho em rede


entre as equipes multiprofissionais do Ambulatório de Infectologia Pediátrico (ICr-HC) e do
Ambulatório de Infectologia Adulto (HCFMUSP) entre 2010 e 2011. Através da constatação que um
número significativo de jovens transferidos para o ambulatório de infectologia adulto do HC em anos
anteriores a 2010, demoravam a comparecer às consultas ou abandonavam o tratamento.
Objetivos: Garantir a continuidade do atendimento junto aos jovens em processo de transferência.
Metodologia: o enfoque utilizado foi quali-quantitativo. Foram detectados 28 jovens na faixa etária
entre 18 e 20 anos com diagnóstico de HIV atendidos no ambulatório de infectologia pediátrica do
ICr-HC, no ano de 2011. Os instrumentos utilizados pelo serviço social no processo de transferência
foram: questionários semiestruturados de condições sócio-economicas e de vida dos jovens e
grupos operativos realizado no ambulatório de infectologia de adulto. Resultados: dos 28 jovens
detectados, 24 participaram do processo de transferência. Destes, 22 jovens permaneceram em
acompanhamento no ambulatório de infectologia adulto do HC e 2 optaram pela realização do
tratamento em outros serviços de especialidade, 4 jovens não foram localizados. a intervenção
contribuiu para minimizar os sentimentos de insegurança e medo presente no momento da
transferência para outro local de tratamento. Sentimentos de superação de obstáculos e mudanças
do ciclo de vida (da adolescência para a fase adulta) estiveram presentes durante a implementação
das atividades. de acordo com as informações presentes nos questionários sócio-economicos pode-
se constatar a abordagem favoreceu o despertar para a necessidade de construção da autonomia
dos jovens envolvidos. Considerações Finais: a experiência do Serviço Social diante dos jovens
aponta a importância das ações desenvolvidas, uma vez que 24 jovens deram continuidade ao seu
tratamento, fato este fundamental para a qualidade e expectativa de vida dos mesmos.
_________________

Palavras-chave: Serviço Social, Instituto da Criança HCFMUSP, Jovens/HIV-Aids, Transferência,


Ambulatório de infectologia adulto HC
_________________

Oliveira, Vivian Silva de. A Experiência do Serviço Social do Instituto da Criança- Icr – HCFMUSP Junto aos Jovens com
Hiv em Seu Processo de Transferência para um Ambulatório de Infectologia Adulto. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10386

_________________
103
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Prática da Política Nacional de Humanização em um


Hospital Público de Manaus
_________________

Palheta, Rosiane Pinheiro; Costa, Roberta Justina da


Fundação Hospital Adriano Jorge — anypinheiro@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: o trabalho trata de uma experiência vivenciada no Hospital Adriano Jorge


em Manaus cujo objetivo volta-se primeiramente para os trabalhadores de saúde. Os
trabalhadores são sensibilizados através de oficinas realizadas pelo Grupo de Trabalho de
Humanização-GTH formado com o intuito de disparar a Política Nacional de Humanização
e seus dispositivos. OBJETIVOS: Sensibilizar os funcionários sobre a importância da PNH;
Articular, sensibilizar e envolver os gestores e profissionais de saúde nos objetivos,
princípios e diretrizes da PNH e avaliar os primeiros impactos da intervenção a partir da
própria fala dos profissionais treinados. MÉTODOS: a metodologia foi construída
gradativamente ao longo das duas etapas, a de encontros de capacitação com
profissionais que formaram o Grupo de Trabalho em Humanização e a de oficinas de
sensibilização em humanização com os trabalhadores de saúde. o trabalho procurou
valorizar a participação dos envolvidos através das atividades interativas, o uso de
dinâmicas, relato de experiência e repasse das informações sobre a Política Nacional de
Humanização. RESULTADOS: Realização de 15 oficinas com os profissionais de saúde e
funcionários da FHAJ; Maior envolvimento da equipe multiprofissional; Reflexão sobre o
processo de trabalho; mudanças de postura junto aos colegas e aos usuários. a
importância dos encontros é evidenciada na fala dos funcionários que passam pelas
oficinas: “Estou saindo daqui renovada”; “Deveria haver sempre encontros como este”; “Há
muito tempo queria falar o que falei hoje”, evidenciam a importância do trabalho e do
“contágio”, que tem sido desencadeado pela proposta pedagógica que parte da realidade
e valoriza o conhecimento dos envolvidos no processo educativo. CONCLUSÕES: Os
resultados obtidos foram: a Formação do Grupo de Trabalho em Humanização; a
realização de 34 oficinas com a participação de 339 servidores, abordando conteúdos e
temas relacionados à PNH; e um Diagnóstico da situação. As oficinas de humanização têm
sido um espaço de encontro, de produção e socialização de saberes e experiências, uma
possibilidade de expor problemas e, sobretudo, alternativas de solucioná-los vindas dos
trabalhadores de saúde.
_________________

Palheta, Rosiane Pinheiro; Costa, Roberta Justina da. A Prática da Política Nacional de Humanização em um
Hospital Público de Manaus. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10388

_________________
104
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Rede de Serviços de Saúde como Estratégia de


Humanização no Atendimento às Mulheres Vítimas de
Violência
_________________

Conti, Elaine Teixeira da Costa; Machado, Dinair Ferreira; Pierini, Andrea Silveira
Machado; Almeida, Margareth Ap Santini de; Castanheira, Elen Rose Lodeiro
Prefeitura Municipal de Botucatu Secretaria de Assistência Social Central de Cadastro Único —
elaine-conti@hotmail.com
_________________

Introdução: a violência contra a mulher tornou-se nas últimas décadas uma preocupação para a
Saúde Pública, uma vez que envolve não somente o cuidado médico, mas um olhar multiprofissional
sobre os fatores sociofamiliares e culturais que interferem diretamente na condição saúde-doença
da população, neste caso, da mulher vítima de violência. Além de ações para identificar e prevenir
destaca-se a importância da rede de serviços para a identificação, notificação e intervenção em
casos de violência, pois a falta do trabalho em rede e a desarticulação impedem que casos de
violência contra a mulher sejam identificados e que se proceda à intervenção técnica profissional
adequada. a humanização no atendimento é um fator que contribui para o olhar ampliado dos
profissionais e garante um atendimento integral, possibilitando assim novas articulações da rede
para o caso, cujas necessidades não se esgotam apenas em um serviço. Objetivos: Identificar e
mapear as abordagens realizadas pelos profissionais dos serviços de saúde de um município do
interior paulista no atendimento às mulheres vítimas de violência e os procedimentos adotados para
intervenção multiprofissional. Métodos: a presente pesquisa é um recorte de um projeto de pós-
doutorado. Inicialmente, será identificado o tipo de violência cometida contra a mulher e o perfil
socioeconômico, familiar e cultural das vítimas e agressores, através da análise de informações
dispostas nos boletins de ocorrências elaborados na Delegacia de Defesa da Mulher.
Posteriormente, com as mulheres que relataram terem sofrido violência há mais de cinco anos, será
realizada análise das trajetórias destas na rede de serviços de saúde do município, e por fim será
realizada entrevista individual e gravada para identificar os determinantes socioculturais e familiares
que as levaram a conviver por tanto tempo com o parceiro. Resultado: Acredita-se que os serviços
de saúde não conseguiram detectar a violência sofrida por meio dos atendimentos, tendo em vista
que todas as mulheres recorreram à medida extrema de denúncia e realização de Boletins de
ocorrência. Os serviços disponibilizados para atenção às mulheres vítimas de violência não estavam
preparados para atendê-las integralmente, o que as levaram, a uma verdadeira peregrinação,
devido à desarticulação da rede. da mesma forma, acredita-se que a abordagem profissional é
fragmentada, o que se supõe que a visão ainda continue sobre o fator biomédico e não sobre os
biopsicossociais, havendo a necessidade de um olhar ampliado para a oferta de política pública de
qualidade e de humanização no atendimento. Conclusão: o atendimento humanizado às mulheres
vítimas de violência é de extrema importância, tendo em vista que por meio deste, haverá não
somente a detecção dos casos, mas também a articulação da rede de serviços.
_________________

Conti, Elaine Teixeira da Costa; Machado, Dinair Ferreira; Pierini, Andrea Silveira Machado; Almeida, Margareth Ap
Santini de; Castanheira, Elen Rose Lodeiro. A Rede de Serviços de Saúde como Estratégia de Humanização no
Atendimento Às Mulheres Vítimas de Violência.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10378

_________________
99
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atividades Interativas como Forma de Contribuir para a


Humanização no Setor Pediátrico: Relato de Experiência
_________________

Moreira, Stephanie Louzada; Lima, Marina Dayrell de Oliveira; Barata, Jaqueline


Marques Lara
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais — stephaniemoreira@outlook.com
_________________

Introdução: Humanizar na atenção à saúde é entender cada pessoa em sua singularidade,


considerando suas necessidades específicas, criando condições para que tenha maiores
possibilidades de exercer sua vontade de forma autônoma (FORTES, 2004). Diz respeito ao
tratamento das pessoas levando em conta seus valores e vivências como únicos, evitando
quaisquer formas de discriminação negativa, de perda da autonomia, preservando a dignidade
do ser humano (RECH, 2003). a realização de atividades lúdicas e interativas com as crianças
hospitalizadas, bem como as rodas de conversa com os profissionais buscam, em consonância
com a Política Nacional de Humanização, tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor por
amenizar os sentimentos que a internação causa para as crianças e pela criação de espaços
de diálogo, em que os trabalhadores possam se expressar, e sobretudo, trocarem experiências.
em ambas as atividades, o objetivo é estimular a construção da autonomia dos sujeitos por
meio da problematização, através da valorização dos saberes e dos atores envolvidos.
Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas no setor Pediátrico de um hospital público.
Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre as atividades do projeto
“Atividades Interativas como forma de contribuir para a humanização no setor pediátrico”
desenvolvido pelo setor de Humanização. Foram realizadas com as crianças diversas
atividades lúdicas e interativas voltadas para a estimulação à criatividade, autonomia e
diversão, além de algumas destas possuírem foco em educação em saúde. Quanto aos
profissionais, foram realizadas rodas de conversa com temas considerados relevantes da
prática em saúde, como comunicação, trabalho em equipe e outros. Resultados: o ambiente
hospitalar é considerado fator estressor nos diversos tratamentos infantis e muitas vezes a
criança se sente angustiada, ansiosa e com medo, além de impossibilitada de frequentar a
escola e grupos infantis de convivência. Nesse sentido, ao implementar atividades durante o
tempo em que ficaram internadas, percebemos que pequena parte de sua rotina antes da
hospitalização é recuperada, o que muitas vezes contribui para uma resposta terapêutica mais
eficaz. em relação às rodas de conversa com profissionais do setor, é possível notar que houve
uma grande interação entre os mesmos ao discutir os temas que lhes foram propostos, o que
permitiu não só a troca de experiências mas também contribuiu no trabalho em equipe e em
uma assistência acolhedora. Conclusões: Foi possível, através da execução do projeto,
sensibilizar os profissionais para a prestação de uma assistência mais humanizada, pautada
na identificação de fatores estressantes para os mesmos, para as crianças e familiares que
tenham na interação o ponto de partida para o reconhecimento do outro e, portanto, portador
de demandas únicas.
_________________

Moreira, Stephanie Louzada; Lima, Marina Dayrell de Oliveira; Barata, Jaqueline Marques Lara. Atividades
Interativas como Forma de Contribuir para a Humanização no Setor Pediátrico: Relato de Experiência. In: Anais
do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10379

_________________
100
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Relato de Experiência do Grupo de Pais e Cuidadores:


Orientação Reflexiva e Garantia de Direitos
_________________

Silva, Isabelly Regina Paiva da; Conceição, Alexandre Braga da; Santos, Brena
Maues de Souza; Sousa, Brenda Mayara Rocha de; Castro, Luna Carolina Cardoso
Universidade do Estado do Pará — isa_belly18@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: Este estudo é fruto da experiência de profissionais de um Programa de Residência


Multiprofissional em Atenção em Saúde Mental, em um Centro de Atenção Psicossocial Infanto
Juvenil (CAPS i), no estado do Pará, especificamente no Grupo de Pais e Cuidadores, sendo este
uma atividade de suporte social coordenada por um assistente social. o objetivo principal deste
grupo é construir um espaço crítico, visando provocar mudanças, no sentido de instigar a
participação social dos membros do Grupo enquanto cidadãos e sujeitos de direitos, por meio de
orientações reflexivas e socialização de informações. Sua relevância não está somente no
conhecimento adquirido pelos participantes, mas na forma ética como um profissional de saúde
mental compreende a reabilitação psicossocial e estabelece o vínculo com o usuário, determinando
assim a qualidade do serviço prestado pela instituição, por mais que existam problemas estruturais
a serem sanados. OBJETIVO: Demonstrar a relevância social da participação de pais e cuidadores
nas atividades desenvolvidas no CAPS i, no sentido de sensibilizá-los acerca dos seus direitos
sociais. MÉTODOS: o estudo foi desenvolvido no período de setembro a novembro de 2013, por um
grupo de profissionais de enfermagem, psicologia, serviço social e terapia ocupacional, os quais
fazem parte de um Programa de Residência Multiprofissional em Atenção em Saúde Mental do
estado do Pará. a pesquisa foi realizada no CAPS i, onde foram desenvolvidas diversas atividades
de cunho terapêutico e de suporte social, entre elas o Grupo de Pais e Cuidadores, o qual era
coordenado por um assistente social. Participavam do grupo, familiares ou cuidadores dos usuários,
não tendo um número fixo de participantes. Os encontros aconteciam uma vez por semana e neles
eram discutidos temas de interesse comum como benefícios sociais, legislações sociais,
mobilização, controle social, entre outros. Foi utilizada observação com anotações em diário de
campo, com o intuito de verificar ações, opiniões e atitudes dos participantes em relação aos temas
abordados, bem como o relacionamento entre eles e o coordenador do grupo. RESULTADOS:
Verifica-se que o grupo de pais e cuidadores não é somente um espaço de reuniões semanais para
cumprir um cronograma de atividades. É um espaço de reflexão, de superação da simples
divulgação de conhecimento. Nele, o técnico responsável tem um papel fundamental na
manutenção do grupo, demonstrando compromisso com a reabilitação psicossocial dos usuários.
CONCLUSÃO: o CAPS i, além de trabalhar a reabilitação psicossocial, deve também oportunizar
aos seus usuários e familiares a possibilidade de serem sujeitos autônomos, na perspectiva da
garantia de direitos, colocando-os criticamente frente ao seu cotidiano e incentivando-os a lutarem
em defesa de seus interesses.
_________________

Silva, Isabelly Regina Paiva da; Conceição, Alexandre Braga da; Santos, Brena Maues de Souza; Sousa,
Brenda Mayara Rocha de; Castro, Luna Carolina Cardoso. Relato de Experiência do Grupo de Pais e
Cuidadores: Orientação Reflexiva e Garantia de Direitos. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10382

_________________
101
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Confidencialidade das Informações dos Usuários nos


Serviços de Saúde na Percepção de Estudantes e Preceptores
de Enfermagem
_________________

Pereira, Juliana Guisardi; Burigatti, Juliane Cristina; Oliveira, Maria Amélia de


Campos
Escola de Enfermagem da USP — julianaguisardi@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO a confidencialidade das informações é um princípio ético que integra ao da


preservação da autonomia dos usuários dos serviços de saúde. Trata-se de um princípio
fundamental tanto na formação quanto na prática dos profissionais de saúde. OBJETIVO
Identificar situações envolvendo a confidencialidade de informações na percepção de estudantes
e preceptores de Enfermagem. MÉTODO Estudo de abordagem qualitativa. Foram realizadas
entrevistas semiestruturadas com 10 preceptores e 10 estudantes de uma faculdade pública do
estado de São Paulo. o material empírico resultante foi submetido à técnica de análise de
discurso. o trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa n° 450/10. RESULTADOS
e DISCUSSÃO Situações de falta de preservação da confidencialidade ocorreram na relação
entre a equipe de saúde, o usuário e a família. uma preceptora descreveu um caso de
confidencialidade da informação à mãe de usuária adolescente com resultado positivo ao teste
de gravidez. “... Neste caso, foi explicado para a mãe..., que a gente não poderia quebrar o sigilo
naquela situação”. Estudo realizado com 711 adolescentes universitários sobre o valor da
confidencialidade na assistência a sua saúde, a exigência de maior ou menor privacidade
dependeu essencialmente do motivo do atendimento1. Outras duas estudantes relataram como
a falta de confidencialidade de informações são problemas rotineiros nos serviços de saúde: “A
discussão de casos de pacientes em corredores, como diagnóstico, questões pessoais mesmo
dos pacientes...”. a confidencialidade também apareceu em relação à organização do serviço de
saúde, conforme depoimento de uma preceptora: “Fizeram o diagnóstico de HIV positivo, ele
tinha 20 anos e foi a única parceira sem preservativo...O exame veio, não é para acontecer, mas
a gente recebeu o exame aberto, em mãos, tem que ter sigilo, de outros serviços...” a cisão entre
as dimensões técnica e a ético-política acentua tensões internas e revela a “desumanização” e
a “despersonificação” dos sujeitos envolvidos no trabalho em saúde, tanto os profissionais quanto
os usuários2. CONCLUSÃO o estudo evidenciou que a falta de preservação da confidencialidade
das informações dos usuários dos serviços de saúde ocorreu geralmente na relação entre a
equipe de saúde, o usuário e a família, mas também apareceu em relação à organização do
serviço de saúde. a integração da ética à técnica possibilita a qualificação nas organizações de
saúde e a humanização do cuidado. REFERÊNCIAS 1Loch JA, Closet J, Goldim, JR. Privacidade
e confidencialidade na assistência à saúde do adolescente: percepções e comportamentos de
um grupo de 711 universitários. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53(3): 240-6. 2Schraiber LB. no
encontro da técnica com a ética: o exercício de julgar e decidir no cotidiano do trabalho em
medicina. Interface Comun Saúde Educ. 1997;1(1):123-38.
_________________

Pereira, Juliana Guisardi; Burigatti, Juliane Cristina; Oliveira, Maria Amélia de Campos. A Confidencialidade das
Informações dos Usuários nos Serviços de Saúde na Percepção de Estudantes e Preceptores de Enfermagem.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10385

_________________
102
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Consultório na Rua: o Olhar dos Estudantes de Medicina de


uma Liga Acadêmica de Alagoas
_________________

Dantas, Lourena Gonçalves; Melo Neto, Valfrido Leão de; Gitaí, Lívia Leite Goes;
Cruz, Filipe Jonas Federico da; Sousa, Welison de Lima; Anjos, Camilla Gonçalves
dos
Universidade Federal de Alagoas (Ufal) — lourena13@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO Os projetos de extensão universitária no campo da saúde são dispositivos


acadêmicos importantes para a formação humanística dos futuros profissionais dessa área. Este
trabalho relata a experiência de estudantes de medicina de uma liga acadêmica que vivenciaram o
“Consultório na Rua” na cidade de Maceió – Alagoas, uma equipe multiprofissional de trabalho
itinerante, que atende pessoas em situação de rua in loco , buscando prestar atenção integral à
saúde MÉTODOS Duplas de integrantes da liga acadêmica foram revezadas em ciclos práticos de
3 semanas para que acompanhassem o trabalho da equipe volante do Consultório na Rua pela
cidade de Maceió. Antes da saída do grupo para os campos de atuação, as duplas verbalizaram
suas expectativas. Depois do trabalho, as duplas relataram suas experiências e impressões.
RESULTADOS o estado de vulnerabilidade das pessoas em situação de rua foi identificado ao
encontrar indivíduos com comprometimento do estado geral ou pessoas em uso ou expostas ao
álcool, crack e outras drogas. Durante os atendimentos da equipe, foi identificado o exercício da
redução de danos à saúde por meio das ações interdisciplinares: escuta qualificada, orientações em
saúde, cuidados básicos de enfermagem e distribuição dos insumos de prevenção. a conduta de
acolhimento da equipe fortaleceu vínculos de confiança com a população em situação de rua, o que
facilitou os diálogos entre os atores sociais. Esses diálogos eram orientados no sentido da promoção
da saúde e da articulação para o acesso da população a outros setores do sistema de saúde, aos
albergues e à assistência social, uma vez que as ações do Consultório na Rua são integradas à
Unidade Básica de Saúde e a outros serviços, a depender da necessidade do usuário. Algumas
pessoas participavam ativamente dessa interlocução com a equipe e com os estudantes, de modo
que as reações emocionais e as promessas que surgiam revelavam que os diálogos motivam essas
pessoas para o cuidado com a própria saúde. Foram acompanhados relatos de indivíduos que
buscaram ativamente os serviços aos quais foram encaminhados pela equipe. Outras pessoas eram
resistentes, configurando-se como perfis desafiadores para o atendimento, porém o discurso do
grupo sempre garantia o suporte constante. Essa dinâmica de integração com os indivíduos em
situação de rua mostra então o perfil integral e longitudinal da assistência. CONCLUSÕES Os
estudantes puderam observar no projeto de extensão exemplos de sucesso no acesso a serviços
de saúde pela população em situação de rua, através do vínculo estabelecido entre os usuários e a
equipe interdisciplinar do Consultório na Rua, cujo discurso inclusivo e encorajador motivou a
procura e a adesão a tratamentos. por fim, a experiência nesse projeto mostra um impacto para a
formação humanística de profissionais médicos, pois há uma vivência da relação médico-paciente,
a partir do conceito ampliado de saúde, em um cenário de práticas que exige mais dinamismo: o
espaço das ruas.
_________________

Dantas, Lourena Gonçalves; Melo Neto, Valfrido Leão de; Gitaí, Lívia Leite Goes; Cruz, Filipe Jonas Federico
da; Sousa, Welison de Lima; Anjos, Camilla Gonçalves dos. Consultório na Rua: o Olhar dos Estudantes de
Medicina de uma Liga Acadêmica de Alagoas. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10370

_________________
95
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Avaliação da Qualidade de Vida dos Colaboradores com Foco


em Humanização
_________________

Martins, Maria Cleusa; Reis, Edilma Elvia dos; Honório, Priscila Carla Moura; Marin,
Márcia Lúcia de Mário; Pinto, Vanusa Barbosa; Cruz, Lucila Pedroso da
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo —
maria.cleusa@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: a humanização na saúde é uma política que tem como objetivo tornar a assistência
mais humana. o trabalhador, precisa ser reconhecido como fundamental, merecedor de atenção, e
ser integrado em ações que visem a melhoria da qualidade de vida no trabalho, nos aspectos ligados
ao bem estar geral das pessoas. Os profissionais de saúde necessitam de condições básicas,
materiais e humanas para estabelecer contato efetivo com os usuários. Desta forma é importante
que haja o momento em que o profissional receba o olhar atencioso de seus líderes para que sejam
integrados a ações que visem melhoria da qualidade de vida no trabalho. um programa de
Qualidade de Vida no Trabalho deve fazer com que os trabalhadores sintam-se bem em trabalhar
na empresa e motivados a fazer do ambiente de trabalho um lugar agradável, produtivo e humano.
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida da força de trabalho da Farmácia Hospitalar de um hospital
geral, universitário e público. Método: para coleta de dados utilizou-se o Questionário de Qualidade
de Vida SF-36 (The Medical Outcomes Study 36- item Short Form Health Survey), que avalia
capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade,
aspectos sociais, limitação por aspectos emocionais e saúde mental, complementado com oito
indicadores de qualidade de vida do modelo de Walton: remuneração, benefícios extras,
salubridade, equipamentos de proteção individual e coletivo, orgulho do trabalho, relacionamento
interpessoal, importância das tarefas executadas e crescimento profissional. Resultados: dos 157
funcionários da Farmácia Hospitalar, 123 (78%) responderam a pesquisa, 09 (6%) recusaram a
responder e 25 (16%) estavam ausentes no período do estudo. Quanto ao perfil demográfico, houve
predomínio do gênero feminino (66,39%), da faixa etária entre 31 e 50 anos (31,5%), do tempo de
serviço na instituição entre 01-10 anos (55,73%), carga horária de 40 horas semanais (68,03%) e
escolaridade de nível superior (46,71%). Os pontos críticos encontrados nas respostas ao
questionário SF-36 foram vitalidade, dor, estado geral de saúde. no modelo de Walton, os maiores
índices de insatisfação foram atribuídos à remuneração, benefícios extras e salubridade.
Discussão: Os resultados Globais obtidos evidenciaram boa qualidade de vida no trabalho da
equipe funcional da Farmácia Hospitalar, mas também apontaram necessidade de melhoria dos
programas de qualidade de vida existentes na instituição, com abordagens em técnicas para lidar
com o estresse e autoconhecimento. Conclusão: Esses resultados incentivaram os programas de
treinamento técnico, de missão, visão e valores da Farmácia e discussão sobre as principais
dificuldades da rotina diária e corroboraram a importância de atividades de integração entre os
colaboradores como festa junina, de natal, aniversariantes do mês e a necessidade da avaliação
periódica da qualidade de vida da equipe de colaboradores.
_________________

Martins, Maria Cleusa; Reis, Edilma Elvia dos; Honório, Priscila Carla Moura; Marin, Márcia Lúcia de Mário; Pinto,
Vanusa Barbosa; Cruz, Lucila Pedroso da. Avaliação da Qualidade de Vida dos Colaboradores com Foco em
Humanização. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10375

_________________
97
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Análise da Relação Entre As Condutas dos Profissionais


Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem com Os
Processos Éticos Profissionais Junto ao Coren Sp.
_________________

Penna, Moira Helena Maxwell; Cohen, Claudio; Oliveira, Reinaldo Ayer de


Bioética - Grupo de Pesquisa em Bioética, Direito e Medicina da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo — moirahelena@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: Esse trabalho surgiu após observações das atitudes dos Profissionais de Enfermagem
que me impeliram a investigar as questões que levam os profissionais de Enfermagem a serem
denunciados ao Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo – CORENSP. a enfermagem
compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido
por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência.
Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade no seu contexto e circunstâncias de
vida. OBJETIVO: o presente estudo tem por objetivo quantificar o números de processos éticos-
profissionais abertos e o de enfermeiros denunciados num período de quatro anos, de 2001 a 2004,
caracterizar os profissionais denunciados, os principais tipos de denúncia, os locais de ocorrrência das
mesmas, analisar os resultados dos julgamentos dos enfermeiros denunciados, a possível apenação que
lhes foi aplicada e o tempo processual requerido. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa baseada na coleta
de dados contidos nos prontuários dos processos ético-administrativo, no âmbito do COREN, por meio da
utilização de um questionário. RESULTADOS: Os resultados numéricos foram tratados estatisticamente e
os dados qualitativos por meio de análise de discurso. CONCLUSÃO: a maioria das ocorrências chegam
ao CorenSP por meio de denúncia feita pelas CEEs, com relação à distribuição do número de descritores
agrupados em tipos de infrações éticas envolvidos na denúncia, dos Processos Ético-Profissionais
analisados houve uma predominância da iatrogenia 38,83% dentre os descritores dos processos
analisados. a diferença entre a iatrogenia e o segundo colocado, falsidade ideológica foi de 49,32%. As
denúncias são feitas em sua grande maioria dentro de hospitais públicos, quando comparados com os
hospitais privados demonstrando claramente o desnível da assistência oferecida por essas instituições, o
que reflete no número de denúncias de infrações éticas. As denúncias entre a cidade de São Paulo e
cidades do interior do estado de São Paulo de acordo com a pessoa jurídica (CEE) como parte denunciante
indicam um maior número de denúncias feitas pelas Comissões de Ética de Enfermagem - CEEsdo interior
do estado de São Paulo. As denúncias de pessoas físicas ocorreram no interior em 63,64% do estado de
São Paulo e 36,36% na capital, indicando, portanto um maior número de denúncias feito por pessoa física
no interior. As pessoas que denunciam 52% são pacientes, seguidos por acompanhantes 32%. Os
enfermeiros que denunciam foram 12%. a maioria das pessoas físicas como parte denunciada foram os
auxiliares de enfermagem em 55,56%, enquanto enfermeiros foram denunciados 33,9%. Isto significa uma
diferença entre pessoa física do auxiliar de enfermagem em relação a enfermeiros de 86,05%. com relação
à distribuição dos artigos infringidos do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, segundo o
número e a porcentagem em ordem decrescente o artigo mais infringido, artigo 16, aconteceu em 11,13%.
_________________

Penna, Moira Helena Maxwell; Cohen, Claudio; Oliveira, Reinaldo Ayer de. Análise da Relação Entre As Condutas
dos Profissionais Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem com Os Processos Éticos Profissionais Junto
ao Coren Sp.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10376

_________________
98
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Reasons To Not Frequent The Prenatal Care: An Ethnographic


Study In a Low Income Community
_________________

Rosa, Patricia Lima Ferreira Santa; Hoga, Luíza Akiko Komura


Escola de Enfermagem da USP — patriciasantarosa@usp.br
_________________

Introduction: To know why the pregnant women do not search for prenatal care is important
to guide the practitioners and the public policies. Objectives: This study aimed to understand
the reasons of not accessing prenatal care according to the women´s perspectives.
Methods: The research approach was qualitative and an ethnography was done in a low
income community located close to a Primary Health Care Unit of Cotia and Vargem Grande
Paulista cities, located within the Metropolitan Area of Sao Paulo. The participant
observation method was done and eleven women living in the community were interviewed.
Results: Three cultural descriptors and a cultural theme were elaborated. 1) The delay in
realizing the pregnancy resulted in failure to achieve prenatal care; 2) The need to overcome
many obstacles to access the prenatal care that is not good neither indispensable
contributed to the no realization of prenatal; 3) The prenatal care was not accessed because
we must hide the pregnancy to not be punished. The cultural theme was “Not worth the
strong effort to access a prenatal care that is not good”. Discussion: The self perception as
a pregnant woman not occurs immediately among these women. Several obstacles
hindered their access to prenatal. The low quality of services was seen as an important
reason to not access the prenatal care. The idea internalized by women that the public
health services are not good has contributed for the adoption of this behavior. Another
barrier was the lack of family and social support to access the prenatal care. Conclusion:
The low income women have a particular way to see and behave towards their own health
care practices. The Family Health Program (FHP) is not available for most of the women
living in the studied community. The administrative practices and the quality of prenatal care
should be improved to transform the negative imagery prevailing among the women. The
informants of this study have reported the existence of several needs in women´s health
scope that should be attended by health care providers.
_________________

Rosa, Patricia Lima Ferreira Santa; Hoga, Luíza Akiko Komura. Reasons To Not Frequent The Prenatal Care:
An Ethnographic Study In a Low Income Community. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10371

_________________
96
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Espiritualidade e a Religiosidade na Prática Pediátrica


_________________

Santos, Rodrigo Zukauskas; Oliveira, Raquel Aparecida de


Faculdade de Ciencias Medicas e da Saude da PUCSP — rodrigozukauskas@uol.com.br
_________________

Introdução: As novas concepções da física quântica, o crescente movimento religioso e


as discussões bioéticas levaram a um aumento significativo de publicações a respeito da
espiritualidade, inclusive suas implicações na saúde. na atenção integral à criança e à
família, a espiritualidade e a religiosidade devem estar presente no trabalho do médico em
ato, local de infinitas possibilidades, como instrumento comunicacional, no respeito bioético
e como força que pode influenciar positivamente o processo saúde-doença. Objetivos:
Comparar a religiosidade/espiritualidade entre pediatras e residentes em pediatria, e como
este tema influencia a sua prática clínica; identificar a percepção quanto às necessidades
espirituais das crianças atendidas e de seus familiares; e conhecer o quanto que, a
religiosidade/espiritualidade das crianças e familiares influenciam no tratamento e
enfrentamento das doenças. Métodos: Foi realizada uma pesquisa quantitativa em um
hospital público terciário em Sorocaba-SP onde participaram 37 profissionais, sendo 25
médicos pediatras e 12 residentes em pediatria pela Faculdade de Ciências Medicas e da
Saude da PUC/SP. Foi aplicado um questionário estruturado com perguntas fechadas
abordando: dados gerais de caracterização; questões sobre a dimensão de
religiosidade/espiritualidade, conhecimento do tema da religiosidade espiritualidade na
saúde e a sua inserção na prática clínica dos entrevistados. Resultados: Após análise dos
dados, constatamos que não houve diferenças entre os dois grupos quanto a sua
religiosidade e espiritualidade; são profissionais com alta religiosidade intrínsica, valorizam
a espiritualidade e religiosidade em suas vidas, influenciando, inclusive, suas práticas
clínicas diárias. Reconhecem a necessidade da abordagem espiritual das crianças e
familiares e a influencia positiva no tratamento e enfrentamento das doenças. Conclusões:
Apesar dos resultados encontrados, poucos abordam esta dimensão, sendo apontadas
como principais razões a falta de conhecimento e treinamento, e a falta de tempo em seu
processo de trabalho. Este estudo revela ainda que estes profissionais estão abertos e
dispostos a incluírem esta temática em seu trabalho.
_________________

Palavras-chave: espiritualidade; educação médica; pediatra; religiosidade e medicina


_________________

Santos, Rodrigo Zukauskas; Oliveira, Raquel Aparecida de. A Espiritualidade e a Religiosidade na Prática
Pediátrica. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10367

_________________
92
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização no Cuidado de Pessoas em Sofrimento Psíquico:


a Perspectiva do Agente Comunitário de Saúde
_________________

Paiva, Pâmela Campêlo; Landim, Fátima Luna Pinheiro; Nunes, Mônica de Oliveira;
Rimes, Thalita Soares; Rodrigues, Bruna Caroline; Couto, Camila Santos do;
Pereira, Ana Maria Martins
Universidade de Fortaleza — enfapamelapaiva@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a Política Nacional de Humanização tem como estratégia a qualificação


da assistência e da gestão, propondo uma atenção integral, equitativa, proporcionadora de
vínculos e de co responsabilização entre todos os segmentos evolvidos. na atenção básica
algumas prioridades foram estipuladas, de maneira que esse ensaio teve por OBJETIVO:
Descrever as demandas originadas pela política de humanização para a equipe de
profissionais, particularmente as reservadas aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo desenvolvido durante o
ano de 2013. a fase exploratória considera publicações nacionais sobre o perfil de atuação
dos ACS das equipes de referência em saúde mental, enquanto a descritiva remete às
vivências das pesquisadoras junto aos ACS durante Rodas-de-Conversa em uma Unidade
Básica de Saúde da Família (UBASF) da área de abrangência da Secretaria Regional IV-
Fortaleza-CE. RESULTADOS: Considerados os “porta-vozes das realidades locais”, a
categoria dos ACS, em sua maior parte, é constituída de residentes da própria comunidade,
lidando de modo mais próximo e contínuo com famílias em cujas algum membro passa por
sofrimento psíquico. por assim ser, absorvem de modo mais intenso os impactos das
diversas problemáticas, manifestando dissonâncias relativas ao fato de não se ver capaz
de reconhecer a gravidade dos casos e de oferecer uma solução adequada. dos seus
depoimentos extrai-se que são conscientes da complexidade de fatores a determinar
aumento dos casos de transtornos psíquicos, juntamente a drogadição; e de que a
humanização do cuidado em saúde mental passa por uma permanente qualificação que
habilite o profissional a adentrar na comunidade para prestar uma atenção cada vez mais
individualizada. CONCLUSÃO: Conclui-se que a consolidação de políticas no campo da
saúde mental pode receber um reforço advindo de pesquisas avaliativas, e que, no
contexto destas, dá ouvidos aqueles trabalhadores que mais de perto se relacionam com
os problemas trazidos pelo sofrimento psíquico, como é o caso dos ACS, figura importante
ferramenta no preenchimento de lacunas prementes na perspectiva de atuação desses
principais envolvidos com o cuidado humanizado.
_________________

Paiva, Pâmela Campêlo; Landim, Fátima Luna Pinheiro; Nunes, Mônica de Oliveira; Rimes, Thalita Soares;
Rodrigues, Bruna Caroline; Couto, Camila Santos do; Pereira, Ana Maria Martins. Humanização no Cuidado
de Pessoas em Sofrimento Psíquico: a Perspectiva do Agente Comunitário de Saúde. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10368

_________________
93
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização e Formação Médica: Cuidando da Saúde Mental


do Estudante de Medicina
_________________

Nóbrega, Simone da; Moreira, Tomaz; Dutra, Elza Maria Socorro


UFM — simonetomaz@hotmail.com
_________________

Introdução: a formação médica expõe os estudantes a fontes de tensão desde o processo


de admissão até o final da graduação. Diante dessa realidade, os estudantes se encontram
mais vulneráveis ao suicídio, à depressão, ao uso de drogas, podendo, inclusive, prejudicar
a construção da sua identidade profissional, como também o cuidado que terá com o
paciente. Objetivo: estimar a prevalência do estresse, da depressão e da ideação suicida
entre estudantes de medicina Métodos: Estudo transversal, com abordagem metodológica
quantitativa, tendo participado do estudo 175 sujeitos distribuídos equitativamente entre os
diferentes períodos do curso. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Inventário de
Depressão (BDI), a Escala de Ideação Suicida (BSI) e o Inventário de Sintomas de Stress
de Lipp (ISSL). a análise estatística compreendeu a utilização dos testes ‘t’ de student e
qui-quadrado. o nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: dos estudantes
entrevistados, a maioria (58%) estava compreendida entre 20 e 25 anos. Os resultados do
BDI mostraram que 115 alunos apresentaram um nível Mínimo de depressão; 48, nível
Leve, 10 Moderado e 2 Grave. o BSI mostrou Presença de Ideação: 14 (8%) e Ausência
de Ideação: 161 (92%). no LIPP, a maioria dos estudantes apresentou estresse (62%).
Desses, 3% se encontraram na fase de alerta, 50% na fase de resistência, 5% na fase de
quase-exaustão, 4% na fase exaustão. a sintomatologia predominante foi a psicológica
(45%). Conclusão: Os resultados evidenciaram um nível significativo de estresse entre os
estudantes, confirmando estudos que apontam a sobrecarga de trabalho, necessidade de
adaptação ao universo acadêmico e a natureza do curso, que lida com dor, vida e morte,
como fatores estressores. Os resultados subsidiarão a implementação de estratégias de
prevenção do suicídio, do estresse e da depressão, por meio de serviços de assistência
psicológica aos estudantes, contribuindo para uma prática médica humanizada.
_________________

Nóbrega, Simone da; Moreira, Tomaz; Dutra, Elza Maria Socorro. Humanização e Formação Médica:
Cuidando da Saúde Mental do Estudante de Medicina. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10369

_________________
94
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização do Parto: Caminhos para a Implantação de um


Centro de Parto Normal em um Hospital de Porto Alegre-RS
_________________

Sarges, Roniele Costa; Pedroso, Clarissa N. L. da Silva; López, Laura Cecilia


Unisinos — roniele_sarges@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o parto constituía um evento compartilhado na esfera familiar, principalmente entre


mulheres. no entanto, com o avançar das tecnologias, este passou a ser institucionalizado em
hospitais, o que resultou no desempoderamento da mulher e transferiu ao médico e à instituição
hospitalar todo o poder sobre o corpo feminino. Esse panorama da atenção ao parto no Brasil levou
o governo a criar diversos programas e políticas visando à redução das taxas de morbimortalidade
materna e infantil e humanização do cuidado. Assim, foi criada a Rede Cegonha (RC), que prevê a
criação dos Centros de Parto Normal (CPN). Nesse contexto, é pertinente a problematização das
questões que surgem deste possível processo de transição paradigmática de modelos de atenção.
Objetivos: Analisar o processo de implantação de estratégias que visam humanizar o parto e
nascimento em uma maternidade pública de Porto Alegre/RS, buscando identificar transformações
institucionais referentes a modelos e práticas de cuidado, com foco na implantação do CPN e
buscando examinar a trajetória de atuação, de formação e de engajamento dos profissionais de
saúde envolvidos nesse processo; compreender as concepções desses profissionais acerca da
humanização do parto; investigar como esse novo modelo é entendido e incorporado pela equipe
em suas práticas e cuidados e observar como os profissionais de saúde lidam com as tensões
geradas pela reorganização dos papéis de cada um e de suas responsabilizações. Método: a
pesquisa será qualitativa com abordagem etnográfica, desenhada como estudo de caso. a coleta
de dados se dará por meio de entrevistas etnográficas realizadas com os profissionais de saúde
envolvidos no processo. Além disso, serão realizadas observações participantes na maternidade e
em eventos e reuniões, públicas e de equipe, onde esteja sendo discutidas as questões inerentes
a humanização do parto e nascimento. para o registro de dados, será utilizado o diário de campo.
Os dados serão organizados e analisados de forma que dialoguem com as categorias teóricas,
confrontando-os entre si e com a literatura. Frente aos dados extraídos das entrevistas, será
adotado o método de análise de discurso. Resultados: uma primeira aproximação ao campo se
deu em um fórum para tratar e discutir as estratégias necessárias à implantação da RC nas
maternidades. o evento reuniu estudantes, enfermeiros, médicos e representantes de ambos os
conselhos. As discussões presenciadas revelaram uma dificuldade, por parte das equipes médicas,
em aderir ao modo de funcionamento do CPN, deixando claras as tensões geradas, nos
profissionais de saúde e em suas corporações, por conta das transformações previstas com a
implantação de um CPN. Conclusão: Espera-se que os resultados mostrem se, de fato, está
havendo mudança, além de expor os nós críticos que precisam ser trabalhados na busca de uma
assistência humanizada e que corrobore com o previsto nos projetos governamentais para a
atenção ao parto e nascimento.
_________________

Sarges, Roniele Costa; Pedroso, Clarissa N. L. da Silva; López, Laura Cecilia. Humanização do Parto: Caminhos para a
Implantação de um Centro de Parto Normal em um Hospital de Porto Alegre-Rs. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10365

_________________
91
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Humanização do Parto e do Nascimento no Contexto do Sus


a Partir das Experiências das Usuárias
_________________

Pedroso, Clarissa Niederauer Leote da Silva; Sarges, Roniele Costa; Lopez, Laura
Cecilia
Universidade do Vale do Rio dos Sino - Unisinos — cclarissa.fisioterapeuta@gmail.com
_________________

Introdução: o parto é algo além de um fenômeno fisiológico e natural, é visto também


como um evento cultural, social, afetivo, familiar e sexual. a análise biomédica é apenas
uma das maneiras de entendê-lo. no final do século XIX o parto se tornou uma prática
dominada pela medicina e institucionalizada nos hospitais com o intuito de tomar o controle
deste evento e restringi-lo às maternidades. a gravidez e o parto têm sido vistos cada vez
mais como condições médicas e que devem ser diagnosticadas e tratadas, levando ao
desempoderamento da mulher, transferindo ao médico e a instituição hospitalar todo o
poder sobre o corpo feminino nesta situação de vulnerabilidade, possibilitando diversas
intervenções, muitas vezes desnecessárias. no Brasil vem sendo criados vários programas
de atenção ao parto a fim de oferecer um cuidado humanizado do parto e nascimento,
através do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar dos esforços para melhorar a saúde
materno-infantil no país, ainda existe elevadas taxas de morbimortalidade materna e
neonatal com uma rede de atenção fragilizada. por isso, foi criada pelo Ministério da Saúde,
a Rede Cegonha, operacionalizada pelo SUS, para qualificar a atenção obstétrica e infantil.
no estado do Rio Grande do Sul está acontecendo um processo de implementação de um
centro de parto normal, preconizada pela Rede Cegonha, na instituição a qual se realizará
a pesquisa. Objetivo: o presente projeto buscará analisar as experiências das mulheres
em relação à assistência ao parto e nascimento numa instituição hospitalar de Porto Alegre
(RS) que encontra-se em processo de humanização. Assim visa entender como se dá a
assistência ao parto e nascimento na perspectiva das mulheres usuárias da maternidade,
compreender as concepções a cerca da humanização do parto dessas mulheres e
examinar as práticas de humanização a partir das interações delas com os profissionais da
saúde. Método:Trata-se de um estudo qualitativo de abordagem etnográfica desenhado
como estudo de caso, que examina o processo de humanização de um Hospital de Porto
Alegre, no cenário da inserção da instituição na Estratégia Rede Cegonha do Ministério da
Saúde. Resultados esperados: Espera-se que os relatos de experiências das usuárias
do SUS atendidas por esta instituição estejam corroborando com a proposta de
humanização do parto e nascimento que está sendo implementada dentro do hospital.
Desta forma, poderá se constatar se os programas de humanização de atenção ao parto,
à mulher e a criança realmente estão ocorrendo e se são devidamente efetivos.
_________________

Pedroso, Clarissa Niederauer Leote da Silva; Sarges, Roniele Costa; Lopez, Laura Cecilia. A Humanização
do Parto e do Nascimento no Contexto do Sus a Partir das Experiências das Usuárias. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10352

_________________
85
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Identidade Profissional da Enfermeira no Brasil: Passado,


Presente e Futuro
_________________

Pereira, Juliana Guisardi; Oliveira, Maria Amélia de Campos; Yamashita, Cintia


Hitomi
Escola de Enfermagem da USP — julianaguisardi@gmail.com
_________________

Introdução: Passados mais de 100 anos da profissionalização da Enfermagem, a identidade


profissional da enfermeira continua marcada por imagens que produzem estereótipos sobre a
profissão, obstaculizando a visibilidade social de seu trabalho: o cuidado individual e coletivo. As
amplas transformações sociais e econômicas atuais ocasionaram mudanças no mundo do trabalho
e, por conseguinte, nas identidades, possibilitando às enfermeiras, enquanto grupo profissional,
reivindicar novas identidades que superem dialeticamente as marcas do passado. Objetivo:
Evidenciar as marcas históricas que incidem sobre a identidade profissional da enfermeira e suas
repercussões na atualidade e refletir sobre possibilidades de sua superação. Método: Realizou-se
uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados Pubmed, BVS e Scielo, a partir do
cruzamento das palavras: “identidade X enfermeira” e “identidade X enfermagem”, publicados até
junho de 2013, cujos resumos estivessem disponíveis e informassem objetivos e metodologia
utilizada. dos 1.450 artigos incialmente resultantes, foram selecionados 108, 77 em língua inglesa
e 31 em português. Resultados: na identidade profissional da enfermeira é possível identificar
marcas de gênero (atividade feminina associada ao cuidado materno e doméstico, determinada
pela posição da mulher na sociedade; enfermeiras como mulheres puras ou desqualificadas) do
modelo religioso (ideais humanitários como bondade e devotamento, associados ao serviço
religioso e às obras da caridade; enfermeiras como anjos e santas); do modelo militar (hierarquia,
disciplina, ajustamento, obediência, espírito de grupo, sentimentos de nacionalidade, patriotismo e
neutralidade política e científica; prática tarefeira e servil); do contexto histórico social (do
surgimento da Enfermagem moderna, ou seja, a Inglaterra vitoriana, os aspectos cultural, histórico,
econômico, a divisão técnica e social do trabalho, as ideologias e os modelos assistenciais, a
formação e a inserção no trabalho, as transformações estruturais do emprego); de símbolos e ritos
(uniformes, insígnias, touca, fachadas e espaços internos das escolas, estátuas, juramentos e
cerimônias religiosas) e de mitos e padrões (Florence Nigntingale, Anna Nery e a “escola padrão”
Anna Nery, os valores morais e a busca de cientificidade para a profissão). Conclusões: na imagem
pública, predominam identificações da Enfermagem como prática feminina, como prática leiga ou
de pouca qualificação, como profissão auxiliar ao exercício da Medicina; e a influência de
estereótipos forjados durante a formação e a prática profissional. a formação inicial em
Enfermagem, como espaço privilegiado para a construção da identidade profissional, possibilita a
abordagem crítica e contextualizada que instigue a legitimação de competências e de imagens de
si associadas às identidades reivindicadas pelas enfermeiras.
_________________

Pereira, Juliana Guisardi; Oliveira, Maria Amélia de Campos; Yamashita, Cintia Hitomi. Identidade Profissional da
Enfermeira no Brasil: Passado, Presente e Futuro. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10361

_________________
89
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Abordagem Transdisciplinar ao Paciente em Cuidados


Paliativos
_________________

Cavalcante, Luciana Suelly Barros; Saporetti, Luis Alberto; Takara, Livia; Costa,
Jozinete Xavier da; Carvalho, Ricardo Tavares de
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo —
luciana.cavalcante@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: a abordagem de pacientes com insuficiência cardíaca em Cuidados Paliativos


permanece um desafio. o objetivo deste trabalho é relatar um caso de sucesso onde a abordagem
transdisciplinar propiciou uma morte digna e pacífica de uma jovem mulher. Material e métodos:
Relato de Caso Resultados: a paciente RSL, de 30 anos, foi identificada como elegível para
cuidados paliativos pela psicóloga da equipe quando se encontrava internada na unidade de
cardiologia de um hospital de São Paulo. Nesse momento, encontrava-se com dor, anorexia,
náuseas, dispnéia, quieta no leito, em posição fetal, indisponível ao contato, se recusando a maiores
intervenções. Nascida em Juazeiro, Bahia, mãe de um menino de 11 anos, veio para São Paulo
com seu namorado para estabelecer-se e aqui se casar com ele. ao chegar a São Paulo, foi
acometida por uma miocardite viral, que rapidamente progrediu para insuficiência cardíaca, com
contra indicação para transplante devido a complicações. Após a abordagem da equipe médica
paliativista, foi transferida para uma enfermaria de Cuidados Paliativos onde, com adequado
controle dos sintomas e acolhimento, começou a comer e expressar seus sentimentos. Durante uma
reunião multiprofissional, foi pontuada sua frustração diante de sonhos não realizados, inclusive seu
casamento. em dada ocasião, quando o assunto surgiu, ofereceu-se a possibilidade de realizar o
casamento no hospital. Já informado e ciente da gravidade do quadro, seu companheiro aceitou a
proposta. a partir disso, o trabalho da equipe envolve as diferentes áreas do hospital e realiza-se
uma cerimônia completa. Nesse estágio, a paciente já se encontrava dependente de oxigênio, com
falência renal e mantinha dobutamina contínua. Durante a abordagem psicológica, RSL mostrava-
se consciente de sua gravidade e seu principal sofrimento era a dúvida se era ou não amada pelos
familiares e noivo. o casamento foi realizado pelo sacerdote do hospital e os padrinhos foram uma
enfermeira e um médico residente. um álbum de fotos e um vídeo foram preparados e entregues
para a paciente e sua família. Após o casamento, sua condição física se deteriorou, mas sua
expressão espiritual e psíquica evoluiu para aceitação profunda de sua finitude, mostrando-se
consciente da iminência de sua morte e do amor mútuo entre ela e sua família. nos últimos dias de
vida, estava tranquila e aceitava bem os cuidados, pedia apenas para não ter falta de ar. Antes de
ser sedada teve a visita de seus familiares e de seus padrinhos de casamento. Seu filho foi abordado
pela psicologia a fim de ser preparado para a perda da mãe. Conclusão: a abordagem
transdisciplinar da paciente permitiu adequado controle de sintomas e do seu sofrimento psíquico e
espiritual, trazendo uma ressignificação profunda de sua vida e uma morte digna. a interlocução das
áreas e a elaboração conjunta de intervenções proporcionais às necessidades da paciente
proporcionou a ela um cuidado integral e ativo.
_________________

Cavalcante, Luciana Suelly Barros; Saporetti, Luis Alberto; Takara, Livia; Costa, Jozinete Xavier da; Carvalho,
Ricardo Tavares de. Abordagem Transdisciplinar ao Paciente em Cuidados Paliativos. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10363

_________________
90
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Diálogo e Participação na Avaliação dos Módulos


Interdisciplinares na Formação em Saúde
_________________

Medeiros, Érica Teixeira de; Escardovelli, Luiza; Mendes, Rosilda


Universidade Federal de São Paulo — e_r_i_c_a12@hotmail.com
_________________

Introdução: o trabalho relata uma proposta de formação profissional que visa o aprendizado
integrado e valoriza equipes multidisciplinares para a promoção do cuidado, incitando
mudanças na formação em saúde. Entre as atividades realizadas durante a graduação,
destacam-se as produzidas pelo Eixo Trabalho em Saúde (Eixo TS) com turmas mistas
compostas por alunos dos cursos de Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia,
Terapia Ocupacional e Serviço Social. Consta de atividades de campo, vivências práticas,
supervisões, discussões em grupos e aulas teóricas que envolvem estudantes, técnicos e
docentes da área da saúde. Dentre as diretrizes do Eixo destacam-se, as ações de inserção
dos alunos em atividades que viabilizam o contato com distintos grupos populacionais, em seus
territórios, aproximando os alunos dos problemas e serviços de saúde. As estratégias de
ensino-aprendizagem valorizam o envolvimento dos alunos desde o primeiro ano na construção
do conhecimento. Além disso, vem sendo realizadas avaliações dos módulos, buscando a
constante análise do processo, o que tem sido desafiador dada a dificuldade em envolver
estudantes e docentes no mesmo. Objetivo: Criar mecanismos avaliativos mais participativos,
abordando complexidade do processo de formação, envolvendo aqueles que têm ou tiveram
influência na implantação dessa proposta avaliativa. Métodos: Ações foram desenvolvidas para
a Análise do Módulo: Clínica Integrada – Atuação em Grupos Populacionais, referente ao 4º
termo do Eixo TS. Criou-se um Grupo de Trabalho de Avaliação tendo como participantes
docentes e monitores do Eixo, e a organização de fóruns para cada termo, com a participação
de docentes, monitores do Eixo, além dos estudantes representantes dos cursos de graduação.
As avaliações se realizaram através de Rodas de Conversa, em salas de aula, indagando aos
alunos sobre a participação e a sucessão do módulo, evocando as dúvidas, críticas, relação
com os professores, com o grupo de alunos e com a instituição, a vivência dos mesmos e
articulação entre teoria e prática. Subsequente, os resultados eram relatados aos professores
nos fóruns. Resultados: o processo avaliativo foi inclusivo. Apontou também questões
relevantes quanto à organização, didática, relações com as instituições participantes e vários
aspectos para melhoria do Eixo. Discussões sobre os dados obtidos foram feitas nos fóruns, o
que resultou em alterações no processo de aprendizagem. Conclusões: a avaliação
participativa oportuniza um aprimoramento do módulo, indicando perspectivas e diversos temas
que favorecem ações de ensino-aprendizado. a atuação em função dos resultados e da reflexão
deve dar base ao planejamento em curso favorecendo mudanças que visam atingir avanços no
ato educativo. o momento de repensar a prática forma um espaço integrador, onde se
relacionam os processos imediatos com seu contexto e apresenta ao grupo o desafio de
analisar a ação, gerando aprendizado e reorientando o trajeto educativo.
_________________

Medeiros, Érica Teixeira de; Escardovelli, Luiza; Mendes, Rosilda. Diálogo e Participação na Avaliação dos
Módulos Interdisciplinares na Formação em Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10353

_________________
86
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Renascimento Pessoal e Técnicos de Antigos Formandos em


Clowns Numa Oficna de Rito de Iniciação
_________________

Santos, Adrielle Mayara Leite dos; Carvalhar, Amanda K. da Silva; Mattos, Ana
Luiza Schetino; Uchoa, Caroline Louise Mesquita
Universidade Federal de Pernambuco — adriellemlsantos@gmail.com
_________________

Introdução: o processo de formação em palhaço tem como ponto de partida o ritual de


iniciação, o qual é um processo de pesquisa aberto capaz de favorecer a possibilidade de
novas criações e mudanças. a partir dessa perspectiva, participantes, os quais são
estudantes de saúde, já formados na oficina de clown, decidiram retomar seu contato com
a técnica ensinada no ritual de iniciação. Objetivos: Almejou-se, desse modo, desenvolver
o aprimoramento técnico anteriormente adquirido após a participação da oficina de rito de
passagem de iniciação de novos palhaços. Metodologia: para que isso fosse possível,
antigos formados desse ritual de iniciação participaram da oficina dirigida por um instrutor
(monsieur), na função de monitores, com a finalidade de auxiliar os novos formandos. a
oficina teve duração de 48 horas, divididas em 12 encontros e agrupados nos módulos de
jogos, físico e estético. Os módulos de jogos trabalhavam a confiança dos participantes em
si mesmo e nos companheiros, enquanto o módulo físico e estético promoviam uma nova
percepção do corpo e dos sentidos. Além disso, em todos os módulos ocorriam pequenas
tutorias sobre a história e a figura do palhaço. Resultados: Após cada encontro, observou-
se, no discurso de todos os monitores e do relato de seus respectivos diários de bordo,
que as ferramentas técnicas exploradas foram de grande valia para contribuir não apenas
com o fortalecimento da técnica de seus respectivos clowns, mas, sobretudo, com a
humanidade de cada um. Conclusão: o processo de formação em palhaço nunca está
finalizado, pois a aplicação de sua técnica também está relacionada a questões do homem
que estão em constantes transformações. Desse modo, o desenvolvimento de um clown
impera pelo refinamento de sua sensibilidade e aceitação de sua pequenez como ser
humano, pois não se pode acreditar num palhaço que não reconhece esses sentimentos
em si mesmo.
_________________

Santos, Adrielle Mayara Leite dos; Carvalhar, Amanda K. da Silva; Mattos, Ana Luiza Schetino; Uchoa,
Caroline Louise Mesquita. O Renascimento Pessoal e Técnicos de Antigos Formandos em Clowns Numa
Oficna de Rito de Iniciação. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10356

_________________
87
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Outubro Rosa: uma Abordagem Humanizada de Promoção e


Prevenção de Agravos a Saúde da Mulher
_________________

Santos, Jose Paulo dos Anjos; Correia, Malena de Carvalho; Ferreira, Fabricio
Nicacio; Dantas, Diego da Silva; Santos, Jose Ronaldo Alves dos
Universidade Federal de Sergipe — jp_anjos1@hotmail.com
_________________

Introdução: a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PNAISM) foi criada em
2004 e é fundamentada nos princípios do SUS: integralidade, universalidade e equidade da
assistência à saúde. a partir desses princípios a PNAISM busca efetivar ações de promoção,
prevenção e recuperação da saúde, com enfoque aos direitos sexuais e reprodutivos, de portadoras
de doenças crônicas não transmissíveis, além de atuar no combate a violência sexual e doméstica
e no tratamento de mulheres acometidas pelo vírus HIV/Aids. Seu principal objetivo está voltado à
implementação de ações de saúde, que garantam os direitos humanos da mulher e reduzam a
morbimortalidade por causas previníveis e evitáveis. Objetivo: Relatar a experiência dos
acadêmicos de enfermagem, atuando em uma das Unidades Básicas de Saúde do município de
Lagarto/Sergipe em comemoração ao outubro rosa. Métodos: Estudo Observacional com
abordagem educativa em que os acadêmicos de enfermagem, além de observarem a dinâmica de
trabalho realizado pelos profissionais de saúde neste mês dedicado as mulheres. Colaboraram nas
atividades práticas de autoexame das mamas, teste de glicemia, bem como na realização de
apresentações teatrais com foco na prevenção do câncer de mama e colo de útero. Resultados:
Pensou-se inicialmente em uma maneira simples e dinâmica de mostrar a importância da
prevençãodo câncer de colo do útero e de mama. para isso, os alunos apresentaram um slide com
informações acerca de sinais e sintomas do câncer do colo do útero e das mamas e como prevenir
tais doenças. Após, realizaram uma peça teatral a qual utilizou-se linguagem de fácil compreensão
e destacou-se o assunto anteriormente abordado. Houve após a peça um momento para sanar
dúvidas a respeito do assunto em questão, percebeu-se que algumas mulheres se sentiram um
pouco desconfortável em realizar perguntas, enquanto outras realizaram várias perguntas a respeito
do tema. Neste dia ofereceu-se os serviços: autoexame das mamas; preventivo do câncer do colo
de útero, bem como a oferta de camisinhas além de orientações quanto ao planejamento familiar,
teste de glicemia, aferição da pressão arterial e atendimento médico exclusivo para usuárias.
Verificou-se a preocupação da população feminina quanto a sua saúde, visto que aproximadamente
150 mulheres compareçam a unidade básica durante esse dia. Conclusão: a saúde da mulher não
está voltada somente a saúde reprodutiva, pois ela deve ser vista de forma integral, porém observa-
se que muitas mulheres ainda carregam esse pensamento, deixando de cuidar de agravos
previníveis, como: diabete, hipertensão e até mesmo o câncer do colo de útero e de mama. Percebe-
se ainda, a relevância desses eventos para o desenvolvimento de atividades de promoção e
prevenção a saúde da mulher. Desse modo,essas atividades são ferramentas simples que podem
ser utilizada em outros meses do ano, visto que o cuidado a saúde deve ser integral e contínuo.
_________________

Santos, Jose Paulo dos Anjos; Correia, Malena de Carvalho; Ferreira, Fabricio Nicacio; Dantas, Diego da
Silva; Santos, Jose Ronaldo Alves dos. Outubro Rosa: uma Abordagem Humanizada de Promoção e
Prevenção de Agravos a Saúde da Mulher. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10357

_________________
88
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Ensino da Clínica Ampliada na Atenção Primária À Saúde:


Narrativas como a Expressão das Percepções e Vivências de
Alunos de Graduação Médica.
_________________

Godoy, Daniele Cristina; Cyrino, Antonio de Padua P.; Pavan, Mariana


Faculdade de Medicina Unesp Botucatu — dani.god@uol.com.br
_________________

Escolas médicas têm passado por transformações na busca de impactar os problemas da atual
medicina tecnológica, sendo o principal deles a desumanização da prática. no Brasil após a criação
de um sistema único de saúde (SUS) as escolas têm sido provocadas a adaptarem-se as
necessidades deste sistema. Neste processo de mudança é importante citarmos o papel
fundamental das Diretrizes Curriculares Nacionais e o papel indutivo dos Ministérios da Saúde e
Educação que numa interlocução lançaram programas de incentivo a reestruturação do ensino na
área da saúde. Escolas médicas selecionadas a participarem de tais programas promovem
reformas curriculares no sentido de reorientar a formação centrada em competências técnicas
para a formação de profissionais com vivência sobre a universalidade, a qualidade e humanização
na Atenção Primária à Saúde, resultando em integração entre a formação e os serviços de saúde,
bem como com as reais necessidades de saúde da população. a escola medica, campo desta
pesquisa, selecionada a participar do PROMED (Projeto de Incentivo a Mudanças Curriculares
para o Curso de Medicina) elaborou em 2002 o Programa Interação Universidade Serviços e
Comunidade (IUSC), hoje uma disciplina, dirigida aos cursos de medicina e enfermagem que
acontece em cenários de ensino-aprendizagem junto a comunidade, utilizando na sua prática
metodologias ativas e inovações pedagógicas. o presente estudo tomou como campo a disciplina
IUSC III dirigida ao 3º ano de graduação médica, que tem como atividade principal a consulta
médica supervisionada orientada pelas concepções de humanização e integralidade do cuidado,
tendo o ensino da Clínica Ampliada como proposta pedagógica. a estratégia de avaliação utilizada
é o diário de campo para o registro pelo aluno das atividades realizadas com suas dificuldades,
facilidades e reflexões. Tendo este diário como fonte documental, o objetivo da pesquisa foi
reconhecer as percepções e vivências de alunos, com relação ao aprendizado da Clínica Ampliada
na Atenção Primária a Saúde. Tratou-se de um estudo de natureza qualitativa e documental, no
qual se fez uma análise temática de conteúdo dos registros dos diários, ou seja, as narrativas dos
alunos que cursaram a disciplina nos anos de 2009 e 2010. na análise das narrativas identificou-
se os eixos temáticos que se referem às percepções e vivências do aluno com relação à: unidade
de saúde e sua equipe; o processo ensino-aprendizagem; a vivência clínica e a relação aluno-
paciente. o estudo nos permitiu reconhecer o diário como um potente instrumento no processo de
ensino-aprendizagem, dada a riqueza de seu conteúdo nas esferas afetiva, pedagógica e
comunicacional e acompanhar a aprendizagem do aluno na disciplina referente a sua apreensão
sobre aspectos que fundamentam a Clínica Ampliada e a consulta clínica baseada na integralidade
e humanização do cuidado.
_________________

Godoy, Daniele Cristina; Cyrino, Antonio de Padua P.; Pavan, Mariana. O Ensino da Clínica Ampliada na Atenção
Primária À Saúde: Narrativas como a Expressão das Percepções e Vivências de Alunos de Graduação Médica.. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10351

_________________
84
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Desafio do Médico de Família e Comunidade na


Coordenação do Cuidado de um Lactente com Malformação
Congênita: um Relato de Experiência
_________________

Cavalcanti, Luiz Rafael Pereira; Fernandes, Marcelo Henrique F.; Carvalho, David
Ramos de
Universidade Federal de Pernambuco — luizrafael_pc@hotmail.com
_________________

Introdução: a partir da década de 1990, após o início da descentralização da gestão em saúde, fez-
se necessária a ampliação e fortalecimento da rede de atenção básica no SUS. a complexa
demanda em saúde da população torna evidente e urgente a necessidade de políticas de
humanização e de criação de linhas de cuidado. a coordenação do cuidado por uma equipe
multidisciplinar de saúde é ainda mais necessária nos caso de malformações congênitas. Objetivos:
Descrever a experiência, como internos de graduação de medicina, no acompanhamento de uma
criança com malformação congênita - Deficiência Focal Femoral Proximal Unilateral (DFFPU) -
numa Unidade de Saúde da Família (USF) de Recife. Refletir sobre o papel do médico como
coordenador do cuidado e enquanto gerenciador de uma atenção multiprofissional, analisando o
caso, também, através de suas dimensões biológica, psicológica e social, com o intuito de amparar
a criança – não se esquecendo de sua família. Averiguar aspectos de um atendimento humanizado
presente nas práticas dessa equipe da USF correlacionando com as competências médicas
preconizadas pelas diretrizes curriculares nacionais. Métodos: Acompanhou-se um lactente com
DFFPU a partir da sua primeira consulta na USF, com gerenciamento dos encaminhamentos para
especialistas focais, discussões do caso com Equipe da Saúde da Família (ESF) e equipe do Núcleo
de Apoio à Saúde da Família (NASF), criação de um Projeto Terapêutico Singular, desenvolvimento
de estratégias para o registro de informação com fluxo pérvio e multilateral, abordagem familiar com
apoio psicológico, fornecimento das informações necessárias e fortalecimento do vinculo entre
equipe de saúde e família, e ação intersetorial com estratégias de comunicação com escolas e
creches. Resultados: Observaram-se vários desafios: 1) conduzir uma atenção multidisciplinar; 2)
discriminação social dos portadores de deficiência física; 3) prevenir uma disfuncionalidade familiar;
4) manutenção de comunicação equipe de saúde-família eficiente. Notamos registros de informação
mais claros e eficientes na USF; melhora da referência e contra-referência entre os níveis de
atenção em saúde; aproximação da ESF e equipe NASF; constituição de vínculo terapêutico com
corresponsabilização pelo cuidado. Conclusões: Advém contar que, a despeito do olhar médico
hegemônico considerar o diagnóstico e tratamento as etapas mais desafiadoras no cuidado em
saúde, a magnitude das demandas para uma atenção integral e ampliada, pressupõe uma gama de
ações que incluem comunicação e registro de informação eficientes, apoio à família, e integração
entre níveis assistenciais de saúde, que superam tanto em dificuldade e complexidade quanto em
trabalho despendido, às ações exclusivamente voltadas para a doença. É este o maior desafio que
recai sobre o médico de família e comunidade: a tarefa de cultivar vínculos, cuidar de pessoas e
coordenar a atenção.
_________________

Cavalcanti, Luiz Rafael Pereira; Fernandes, Marcelo Henrique F.; Carvalho, David Ramos de. O Desafio do
Médico de Família e Comunidade na Coordenação do Cuidado de um Lactente com Malformação Congênita:
um Relato de Experiência.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10344

_________________
81
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização em Terapia Intensiva – Aspectos Iniciais


_________________

Ferreira Junior, Firmino Haag; Rodrigues Junior, Wilson; Aguiar, Thais Nogueira;
Giusti, Rosilene; Buffon, Marcela
Hospital Cruz Azul de São Paulo — afhaag@uol.com.br
_________________

Objetivo: Avaliar a implantação de um processo de humanização com foco no alojamento


compartilhado. Método: Análise temporal, prospectivo do Mês de fevereiro a junho de 2010,
relacionado ao processo de Alojamento compartilhado. Avaliar a satisfação do
paciente/familiar no processo de alojamento compartilhado através de questionários.
Resultados: no Mês de fevereiro a Junho 2010 ? pacientes participaram do processo do
Alojamento compartilhado sendo que não houve nenhuma resposta insatisfatória, 100%
responderam que o alojamento proporcionou segurança e confiança. Não houve impacto
na taxa de infecção e ,mortalidade da Unidade. Discussão: o foco dos processos de
Humanização em saúde, visa respeitar a individualidade dos pacientes, incorporando e
respeitando os seus valores, expectativas, aspectos culturais, preocupações, garantindo
qualidade da comunicação entre família, paciente e equipe com o objetivo na melhoria da
assistência. Conclusão: Através dos dados obtidos, considerando que a Humanização
favorece uma melhor interação psicossocial em pacientes internados em terapia intensiva.
_________________

Ferreira Junior, Firmino Haag; Rodrigues Junior, Wilson; Aguiar, Thais Nogueira; Giusti, Rosilene; Buffon,
Marcela. Humanização em Terapia Intensiva – Aspectos Iniciais. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10346

_________________
82
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Impacto do Espaço Físico Quanto à Aceitação do


Acompanhante em Tempo Integral no Ambiente de Terapia
Intensiva em Hospital Privado
_________________

Ferreira Junior, Firmino Haag; Rodrigues Junior, Wilson; Aguiar, Thais Nogueira;
Giusti, Rosilene; Buffon, Marcela
Hospital Cruz Azul de São Paulo — afhaag@uol.com.br
_________________

Objetivo: Avaliar a aceitação dos clientes quanto a permanência em tempo integral diante
do espaço físico adequado do centro de terapia intensiva (CTI), verificando se existe
relação entre a adesão e o meio. Material e método: Estudo retrospectivo e comparativo
de dois períodos de 7 meses, analisando a taxa de aceitação dos familiares quanto a
permanência em tempo integral, visando os projetos de humanização institucionais,
analisando a diferença na aceitação na permanência no CTI antes e depois da
reestruturação física com boxes individualizados, avaliados através de questionário dirigido
pela equipe multiprofissional. Resultados: no primeiro semestre de 2012, no antigo CTI, a
taxa de adesão na permanência de familiares em tempo integral foi de 48,2%. Após a
mudança física, a taxa de adesão subiu para 70,89%, tendo aprovação de 95% de
satisfação do grupo de pacientes analisados. Conclusão: Através dos dados analisados,
concluiu-se que o espaço físico adequado favorece a adesão na permanência de familiares
em tempo integral, devido promover maior privacidade e conforto durante o período de
internação em terapia intensiva.
_________________

Ferreira Junior, Firmino Haag; Rodrigues Junior, Wilson; Aguiar, Thais Nogueira; Giusti, Rosilene; Buffon,
Marcela. Impacto do Espaço Físico Quanto À Aceitação do Acompanhante em Tempo Integral no Ambiente
de Terapia Intensiva em Hospital Privado.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10347

_________________
83
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Sistematização do Fluxo de Atendimento e Acolhimento para a


População Idosa em Unidade de Saúde
_________________

Bento, Leandra de Fátima; Paiva, Rebeca Fernandes Rocha; Bento, Ligia


Francielly; Fontana, Mariane Benicio
Pontifícia Universidade Católica do Paraná — leandradefatimabento@hotmail.com
_________________

Introdução: o envelhecimento populacional, resultado da queda da taxa de fecundidade e


do aumento da expectativa de vida, é um fenômeno mundial. Entretanto a velhice ainda
não é vivida em sua plenitude por motivos diversos, entre eles as grandes síndromes
geriátricas. Essa realidade que se apresenta, exige uma nova maneira de gerir os serviços
responsáveis pelo atendimento dessa população, a fim de ajudar pessoas mais velhas a
se manterem saudáveis e ativas. Objetivo: Propor uma readequação do fluxo de
atendimento e acolhimento do idoso, por meio de capacitação dos profissionais e
reorganização este fluxo na Unidade de Saúde. Método: Trata-se de uma pesquisa social
com caráter dialético e abordagem qualitativa. Foi idealizado para uma Unidade de Saúde
Estratégia em Saúde da Família e sua implantação prevê quatro encontros com os
envolvidos. o primeiro para apresentação da proposta, sensibilização e definição dos
profissionais que serão a referência do atendimento (médico e enfermeiro). no segundo
serão abordados conceitos relacionados ao envelhecimento e discutidas maneiras de
aprimorar o acolhimento na Unidade de Saúde, as quais serão aplicadas posteriormente;
neste momento o fluxo de atendimento deverá ser definido conforme a realidade local. o
terceiro encontro será destinado à capacitação dos profissionais de referência sobre
avaliação multifuncional do idoso e às alterações no fluxo estabelecido anteriormente, se
necessário. por fim, acontecerá uma capacitação sobre as especificidades do idoso,
detecção de problemas e orientações simples e compreensíveis. Os encontros serão
agendados com a autoridade sanitária local. Resultados: Melhoria no acolhimento da
população idosa que não tem possibilidades de ser inclusa nos programas de saúde
existentes, captando-a antes do aparecimento das complicações decorrentes do processo
de envelhecimento e promovendo o envelhecimento ativo. Conclusão: a capacitação dos
profissionais de saúde, associado a melhoria no acolhimento, permitirão que os idosos
tenham mais acesso a informações, orientações e cuidados apropriados que o beneficiarão
bem como a sua família e estabelecerão um vínculo com a Unidade de Saúde. Desta
maneira a promoção do envelhecimento ativo será uma realidade presente na rotina dos
profissionais de saúde que estarão melhor habilitados para detectar os riscos pertinentes
ao processo de envelhecer, bem como para envolver a população e instigar-lhes uma
mudança de hábitos, possibilitando a postergação do declínio funcional característico deste
processo.
_________________

Bento, Leandra de Fátima; Paiva, Rebeca Fernandes Rocha; Bento, Ligia Francielly; Fontana, Mariane
Benicio. Sistematização do Fluxo de Atendimento e Acolhimento para a População Idosa em Unidade de
Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10333

_________________
76
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Importância da Vivencia na Formação Humana do


Profissional da Saúde
_________________

Schliemann, Ana Laura


Universidade de Sorocaba — ana.laura@prof.uniso.br
_________________

A importância da vivencia na formação humana do profissional da saúde INTRODUÇÃO:


Os alunos do curso de saúde da Universidade no primeiro semestre cursam a disciplina de
Psicologia Geral. Essa disciplina visa auxiliar o aluno na compreensão do conceito de
saúde/doença e suas interfaces com as profissões da saúde e que está inserido nos
processos sócio-economicos e políticos da realidade brasileira, além de desenvolver
habilidades especificas de comunicação nessa área. Os temas básicos trabalhados são;
Conceitos básicos do desenvolvimento humano nos ciclos de vida; Principais teorias em
psicologia; grande ênfase na comunicação em saúde e reflexões sobre abordagens
profissionais. As estratégias utilizadas são: aulas expositivas, seminários e resolução de
casos clínicos pelo método TBL (team basic learning) e preleção dialogada, bem como a
utilização de filmes e documentários. Após todo o trabalho realizado na Universidade é
realizada uma visitas externa a um asilo de idosos da região. Essa visita é preparada em
sala de aula e os alunos devem refletir a realidade e apresentar alternativas de intervenção
no meio. OBJETIVO: Desse relato de experiência é refletir sobre a vivência dos alunos
dos cursos de saúde: Enfermagem, Nutrição, Farmácia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia
sobre o contato precoce com idosos em condição asilar. MÉTODO: Após a visita os alunos
devem entregar um relatório individual, por escrito, e que responde as seguintes
colocações: 1) quais aspectos da visita você considerou mais importante para a sua vida
profissional?; 2) como essa visita pode colaborar com a sua vida profissional?; 3) qual o
ganho pessoal que você obteve nessa visita?. na próxima aula é feita uma roda de
conversa sobre a experiência e como ela pode ser refletida diante da teoria.
RESULTADOS: o contato com os idosos favorece o exercício da comunicação adequada
a essa fase do desenvolvimento, a percepção das próprias reações e sentimentos, uma
reflexão sobre a escolha de uma profissão de saúde e suas vicissitudes. Os alunos
escrevem e relatam o quanto essa é a atividade mais importante realizada na disciplina.
Quando feita a roda de conversa pode-se observar que os conteúdos teóricos trabalhados
são apreendidos e introjetado o conhecimento, há uma apropriação e uma reflexão dos
alunos sobre os mesmos. CONCLUSÕES: como preconizam as novas metodologias ativas
de aprendizagem, as vivencias praticas quando orientadas pelo docente como atividade
de aprendizagem e supervisionadas a posteriori favorecem a compreensão do aluno sobre
a realidade da população com a qual irão atuar.
_________________

Schliemann, Ana Laura. A Importância da Vivencia na Formação Humana do Profissional da Saúde. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10338

_________________
80
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Mulheres Negras, o Cuidado com a Saúde e As Barreiras na


Busca por Assistência: Estudo Etnográfico em uma
Comunidade de Baixa Renda
_________________

Rosa, Patricia Lima Ferreira Santa; Hoga, Luiza Akiko Komura; Santana, Mônica
Feitosa
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo — patriciasantarosa@usp.br
_________________

Introdução: Cerca de metade da população feminina brasileira é constituída por negras. As


mulheres negras são as que sofrem maior exclusão social e apresentam os maiores níveis de
vulnerabilidade em relação à assistência à saúde se comparadas com as mulheres brancas.
Objetivos: Explorar as crenças, valores e práticas das mulheres negras relativas ao cuidado
com a saúde no domicílio, no contexto da própria comunidade e a sua interface com a busca
por assistência nas instituições de saúde. Metodologia: a pesquisa foi desenvolvida mediante
abordagem qualitativa, utilizando-se do método etnográfico. Foi desenvolvido o processo de
observação participante no bairro Cidade Ipava, localizado no distrito de Jardim Ângela, zona
sul da Cidade de São Paulo. Trata-se de um bairro cuja população é constituída por uma
grande proporção de negros e apresenta altos índices de vulnerabilidade à pobreza. Foram
feitas entrevistas etnográficas com 20 mulheres negras, tendo sido 17 informantes-gerais e
três informantes-chave. Resultados: Morar neste bairro representou a concretização do
desejo de adquirir um imóvel próprio para a família. no entanto, o bairro está localizado em
um território distante do centro da cidade, onde o acesso aos diversos serviços, inclusive os
de saúde, é muito precário e permeado por grandes dificuldades. Os principais problemas
relacionados aos serviços de saúde mencionados pelas mulheres foram a falta de um pronto
socorro no bairro, a falta de médicos, o atendimento desumanizado e a discriminação social
e racial sofridas na vida cotidiana. Três descritores (DC) e um tema cultural (TC) expressam
as crenças, valores e práticas das informantes relativas ao cuidado com a saúde: DC-1) “Faço
o máximo para não ir ao médico e cuido da saúde do jeito que posso para evitar ficar doente”;
DC-2) “A experiência com a assistência à saúde que recebo nas instituições não é boa”; DC-
3) “Sofro racismo velado por ser negra”. “Sem outra saída – somos obrigadas a enfrentar
obstáculos e buscar assistência médica, porque os remédios caseiros não deram certo e o
problema de saúde é grave” é o TC representativo das crenças, valores e práticas cotidianas
relativas ao cuidado com a saúde das mulheres negras que moram no bairro, foco deste
estudo etnográfico. Conclusões: As informantes se deparam com muralhas (in)visíveis ao
acessar as instituições de saúde. a intersecção dos determinantes raça, classe social,
território, gênero, religião e idade resultam na condição de maior vulnerabilidade em saúde
para as mulheres negras inseridas no contexto estudado. As mulheres moradoras deste
bairro, sobretudo as negras, requerem suporte para o empoderamento, essencial para
reivindicar, acessar e usufruir de uma assistência à saúde de qualidade, humanizada e livre
de descriminações.
_________________

Rosa, Patricia Lima Ferreira Santa; Hoga, Luiza Akiko Komura; Santana, Mônica Feitosa. Mulheres Negras, o
Cuidado com a Saúde e As Barreiras na Busca por Assistência: Estudo Etnográfico em uma Comunidade de
Baixa Renda. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10334

_________________
77
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto S.M.I.L.E. : Servir, Motivar, Interagir, Lapidar e


Entusiasmar.
_________________

Brito, Nádia Lucila Rocha; Santana, Gustavo; Ferreira Jr, Walter Cintra; Camilo,
Luciana; Almeida, Márcia; Suarte, Rosângela
Instituto de Ortopedia e Traumatologia - HC-FMUSP — nadia.brito@hc.fm.usp.br
_________________

INTRODUÇÃO: Compreender como aspectos de contexto do ambiente de trabalho afetam


o comportamento e atitude das pessoas é anseio comum entre vários gestores e a
pesquisa de clima é um recurso preconizado por autores de renome na área de gestão de
pessoas. Após alguns anos de experiência na aplicação de pesquisa de clima,
identificamos que é necessária inovação metodológica neste processo, pois a reprodução
de um mesmo modelo e método tem se mostrado fator de desestimulo a participação das
pessoas. com o escopo implementar a prática de pesquisa de clima concebeu-se o Projeto
S.M.I.L.E. que engloba várias fases e tem como objetivo auxiliar a instituição de saúde a
alcançar a excelência nos processos de trabalho a partir da concretização de estratégicas
definidas a partir das análises de resultados desta pesquisa e com a filosofia própria deste
que é servir, motivar, interagir, lapidar e entusiasmar as equipes de trabalho. Iremos
apresentar a seguir, os resultados consolidados desta pesquisa que expressam o clima
organizacional da instituição de saúde no período de sua aplicação e que servirá de apoio
para o planejamento de ações de mudanças visando melhorias nas relações de trabalho.
OBJETIVOS: identificar o clima organizacional da instituição de saúde com a participação
de funcionários de todas as Unidades Funcionais (UF) considerando quatro aspectos
impactantes: relacionamento entre chefia e subordinado; grau de motivação do servidor
para o desempenho do trabalho, grau de competência dos servidores e aspectos de
ambiência e conforto. MÉTODO: em 2013, foi elaborado instrumento estruturado para
coleta de dados com perguntas dirigidas para os quatro aspectos descritos acima e
aplicado pré-teste para validação. Após isto, o mesmo foi aplicado aos funcionários ativos
da instituição de saúde por participação espontânea, sendo o anonimato uma condição
assegurada. para tabulação dos dados, procedeu-se a distribuição de frequências
absolutas (n) e relativas (%) das classificações qualitativas (ótimo, bom, regular, ruim e
péssimo) atribuídas as variáveis, estas classificações foram associadas às cores do
semáforo como uma metáfora, sendo a cor vermelha quando for ruim e péssimo,
sinalizando ao gestor que deve parar urgentemente e realizar mudanças pontuais e
concretas, cor amarela quando for regular indicando um estado de alerta, portanto devem-
se considerar mudanças estratégicas dos processos e a cor verde quando os requisitos
avaliados estiverem entre bom e ótimo, sendo favorável ao gestor a continuidade de suas
ações. para análise de resultados e caracterização do clima foi utilizado os percentuais e
intensidade destas cores, sendo forte quando a frequência da cor for igual ou maior que
60%, média quando a frequência for entre 40% e 59% e fraco quando for menor que 39%.
a junção destas variáveis nos permitiu, portanto determinar o clima do tema que estava
sendo avaliado, conforme demonstrado na tabela abaixo: RESULTADO: Participaram
desta pesquisa 59% (540) do quadro funcional de ativos da instituição de saúde com
participação de todas as Unidades Funcionais (39). Portanto, estes resultados expressam
seu clima organizacional no período de sua aplicação, tendo unidades funcionais com
resultados variados. com relação aos aspectos do relacionamento entre chefia e

_________________
78
subordinado, no item respeito obtivemos (63,80%) das respostas entre bom e ótimo,
indicando clima satisfatório, no item comunicação obtivemos (59,7%), valorização
(49,72%), feedback (51,40%) e comportamento em situações críticas (51,03%) das
respostas entre bom e ótimo, indicando alerta e necessidade de implantar melhorias nestes
aspectos. Os aspectos relacionados ao grau de motivação para o trabalho nossos
servidores responderam quanto à disposição e satisfação em vir trabalhar (62,77%) e
disposição em contribuir (83,95%) das respostas entre bom e ótimo, indicando clima
satisfatório, quanto ao orgulho de trabalhar na instituição (58,81%), clima de trabalho
(57,81%) e nível de motivação (53,84%), responderam entre bom e ótimo, indicando clima
de alerta e necessidade de implantar melhorias nestes aspectos. Os aspectos de
competências do servidor e qualidade do serviço, obtivemos para o item oportunidade
(59,67%) das respostas entre bom e ótimo indicando clima de alerta e necessidade de
implantar melhorias, enquanto que nos itens capacidade técnica (86,94%), preparo técnico
da equipe (70,49%) e qualidade no trabalho (73,74%) das respostas foram entre bom e
ótimo, sendo um clima próspero o item pior avaliado foi quanto à quantidade de
treinamento, pois apenas (34,70%) responderam entre bom e ótimo sendo urgente a
necessidade de investimento nesta área. o último aspecto avaliado foi quanto à ambiência
e conforto, no item prevenção de perigos e doenças relacionadas ao trabalho (36,62%),
ambiente físico (33,33%) e quanto à oferta de equipamentos e materiais (27,40%)
responderam entre bom e ótimo, indicando necessidade urgente de investimentos nestas
áreas. Diante dos resultados podemos inferir que, considerando todos os aspectos
avaliados pelos funcionários, o clima organizacional da instituição de saúde está
satisfatório para os que participaram desta pesquisa. CONCLUSÃO: Foi possível identificar
que a instituição de saúde é uma organização multi-cultural que possui uma diversidade
de climas organizacionais que refletem a realidade gerencial e estrutural de cada Unidade
Funcional. Os resultados consolidados indicam que o clima organizacional está satisfatório
no momento, o que não extingue a necessidade de avaliação detalhada por parte de cada
Gestor sobre os resultados de sua área, para que intervenções localizadas possam
contribuir com ações de melhorarias em todos os aspectos que impactam no clima
organizacional. Este trabalho servirá de apoio para o planejamento de ações de mudanças
visando melhorias nas relações de trabalho. Apoio Financeiro: Não houve.
_________________

Palavras-chave: clima organizacional, equipe de trabalho, inovação metodológica.


_________________

Brito, Nádia Lucila Rocha; Santana, Gustavo; Ferreira Jr, Walter Cintra; Camilo, Luciana; Almeida, Márcia;
Suarte, Rosângela. Projeto S.M.I.L.E. : Servir, Motivar, Interagir, Lapidar e Entusiasmar.. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10336

_________________
79
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atividades Musicais Interativas como Instrumento


Humanizador para Redução do Estresse de Crianças
Submetidas a Cirurgias Urológicas
_________________

Lima, Veronique de Oliveira; Domenice, Sorahia; Costa, Elaine M Frade; Brito,


Vinicius N; Inácio, Marlene; Mendonça, Berenice B.
Serviço de Endocrinologia da Disciplina de Endocrinologia da FMUSP — veroniquelima@ig.com.br
_________________

Introdução Os hospitais por serem associados à dor e à doença tendem a ser locais hostilizados
pela criança, principalmente quando há necessidade de procedimentos cirúrgicos. Não só o
adoecer, mas também a internação é um fator que provoca emoções e sentimentos dolorosos . a
redução do estresse nas crianças internadas aumenta a chance de maior aceitação do tratamento
e reduz o impacto negativo no desenvolvimento global destas. Objetivos Humanizar o ambiente
hospitalar, promovendo atividades musicais interativas durante o período de internação para
cirurgia, para reduzir o estresse e a ansiedade de crianças, contribuindo para seu bem-estar.
Métodos Todos os participantes do estudo, crianças e responsáveis, assinaram os termos de
assentimento e consentimento livre e esclarecido, respectivamente. Participaram 39 pacientes, com
idade de 6 a 14 anos, com internações programadas para correção de anormalidades urológicas,
20 delas no grupo experimental, participante das sessões musicais, e 19 no grupo controle, não
participante das sessões. As atividades musicais foram ministradas diariamente pela pesquisadora,
do pré-cirúrgico até, no máximo, o quinto dia após a cirurgia, com 15 a 30 minutos de duração. As
atividades tinham caráter lúdico, envolvendo o ouvir, tocar, cantar e improvisar e foram utilizados
um teclado, pequenos instrumentos musicais, aparelho de som, livros e fantoches. para avaliação
do estresse foi utilizada a Escala de Stress Infantil-ESI, de Lipp & Lucarelli no primeiro dia de
internação e, no máximo, no quinto dia após a cirurgia. Os resultados dos testes foram avaliados
pelo teste t-Student e os resultados estão expressos em média e DP, considerando-se significativos
valores de p < 0,05. Os participantes do grupo experimental responderam também à questionários
sobre as atividades musicais. Resultados Não observamos diferença estatisticamente significante
entre os valores de estresse inicial no grupo controle versus grupo experimental (28,05±12,80
versus 34,45±16,12 p>0,05). na comparação dos valores de estresse antes e após procedimento
cirúrgico dentro do mesmo grupo observamos diferença estatisticamente significante na redução do
grau de estresse no grupo experimental (34,45±16,12 versus 24,20±11,93, p < 0,05) enquanto que
o grupo controle manteve o mesmo nível de estresse inicial (28,05±12,80 versus 24,47±14,50,
p>0,05). na resposta ao questionários todos os pais e crianças afirmaram que as atividades
musicais foram importantes para maior aceitação da internação. Conclusões Observamos um
efeito positivo das atividades musicais interativas na redução do estresse durante período de
internação hospitalar em crianças portadoras de anormalidades urológicas, indicando que estes
procedimentos, relativamente simples, podem contribuir para a humanização e melhor tolerância
das crianças ao ambiente hospitalar.
_________________

Lima, Veronique de Oliveira; Domenice, Sorahia; Costa, Elaine M Frade; Brito, Vinicius N; Inácio, Marlene; Mendonça,
Berenice B. Atividades Musicais Interativas como Instrumento Humanizador para Redução do Estresse de Crianças
Submetidas a Cirurgias Urológicas.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10329

_________________
74
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

As Necessidades Espirituais e Religiosas nos Contextos


Vulneráveis das Internações Hospitalares: Reflexões Sobre a
Falibilidade e a Finitude Humanas no Programa de
Humanização
_________________

Freires Junior, Manoel Messias; Casagrande, Rosana Cristina Poli


Hospital Municipal Dr Fernando Mauro Pires da Rocha da Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo — messiasjr7@yahoo.com.br
_________________

Introdução Conceber o Ser Humano como ser absoluto é dar-lhe possibilidades de pleno
desenvolvimento e equilíbrio vital. um desenvolvimento voltado à sua saúde integral e
harmonia existencial, de modo que toda pessoa “adoentada” deve ser cuidada
holisticamente, tendo em vista a magnitude de sua existência. Nessa conjuntura, o espaço
hospitalar é um ambiente de dinâmica interatividade multidisciplinar das ciências naturais,
humanas e teológicas, objetivando o atendimento de todas as necessidades básicas
humanas e a cura. Diante dessa realidade inexorável à existência humana, a Capelania
Hospitalar orienta a comunicação da necessidade de haver uma relação íntima desta
pessoa com Deus, não condicionando o Ser Humano, mas libertando-o de angústias que
o vinculam ao seu sofrimento. Objetivo
Hospitalar, Assistência Espiritual e Religiosa, no complexo espaço da Saúde,
fundamentado na ética, no resgate da dimensão holística do processo de cuidar humano.
Metodologia Pesquisa Quantitativa Descritiva Participante. Resultados: a despeito da
laicidade da nossa sociedade, as necessidades espirituais e religiosas expressadas na
conjuntura hospitalar demonstram a sua importância em situações de ampla
vulnerabilidade, evidenciando a liberdade e o arbítrio da pluralidade religiosa,
reconhecendo duplamente o direito à pluralidade de credos e culturas e, valorizando a
Assistência Espiritual concomitante a Assistência Médica. o ser humano passou a ser visto
como uma unidade indivisível. Graças a isso, o Serviço de Assistência Espiritual auferiu
espaço e significância no hospital. Dentro de nossa Unidade Hospitalar já foram realizados,
desde o início do 2º. Semestre de 2013, 182 atendimentos de Assistência Religiosa-
Espiritual, com representantes de todas as religiões e credos, numa conjuntura plena em
respeito a valores e princípios ecumênicos e universais. Conclusões: a dignidade humana,
enquanto baldrame de uma Assistência Hospitalar Humanizada é afiançada pela ampla
consideração das necessidades da pessoa internada, convergindo essencialmente para
sua dimensão espiritual, permeabilizando o encontro com sua fé, suas crenças e seus
valores. Assim, a Assistência Espiritual e Religiosa pretende comunicar o amor indistinto e
incondicional do Criador para com sua criação, atenuando as experiências dramáticas que
o Ser Humano passa em sua história de vida, configuram-no como um ser condicionado à
falibilidade e à finitude.
_________________

Freires Junior, Manoel Messias; Casagrande, Rosana Cristina Poli. As Necessidades Espirituais e Religiosas
nos Contextos Vulneráveis das Internações Hospitalares: Reflexões Sobre a Falibilidade e a Finitude
Humanas no Programa de Humanização. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10330

_________________
75
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização do Parto: Relato de Experiência com Alunos do


Curso de Medicina.
_________________

Almeida, Janie Maria de; Sampaio Neto, Luiz Ferraz de


Pontificia Universidade Católica de São Paulo — janie@pucsp.br
_________________

Introdução: Há algumas décadas enfrentamos no Brasil um paradoxo no nascimento. a


intensa medicalização influenciou de forma determinante o modo de nascer, reduzindo este
grande acontecimento fisiológico da vida familiar e social a uma intervenção médica-
cirúrgica. ao mesmo tempo, os índices de mortalidade materna e infantil persistem muito
altos e as causas de morte são em grande parte evitáveis por ação dos serviços de saúde.
Mudanças estão ocorrendo, sobretudo no sistema de saúde, no entanto, as instituições
formadoras continuam preparando profissionais embasados em modelos que não
valorizam a assistência humanizada no parto, atendimento que respeita os aspectos
fisiológicos, sociais e culturais do parto. por meio de proposta do Pró-Saúde e PET-Saúde
atividades educativas e assistenciais são desenvolvidas por alunos de medicina,
respaldados no referencial de humanização da assistência ao parto e atenção hospitalar,
preconizados pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde. Objetivos: Esta
prática acadêmica pretende aperfeiçoar habilidades dos alunos nos cuidados a gestantes,
destacando os aspectos da humanização da assistência ao parto, para que estes
vivenciem e reflitam sobre a experiência deste aprendizado. Métodos: As atividades foram
organizadas em três unidades de saúde da cidade de Sorocaba, envolvendo 2 alunos em
cada local, desde outubro de 2012 junto ao programa do Pré-Natal. Os estudantes
abordaram às gestantes na consulta do pré-natal, a partir de 24 semanas de gestação e
ofereceram a elaboração do Plano de Parto, por meio de roteiro com informações
relacionadas ao parto, como: escolha do acompanhante e orientações direcionadas ao
início do trabalho de parto, medidas de conforto, técnicas de respiração, relaxamento e
suporte emocional à mulher. Resultados: em 18 meses de execução do projeto, tivemos
a participação de 12 alunos. Foram realizadas várias estratégias ativas para capacitá-los,
considerando a interação de aspectos biológicos, sociais e afetivos do parto bem como seu
impacto na vida da mulher e da família. para subsidiar a abordagem junto às gestantes,
uma oficina de comunicação, constou com práticas de simulação e uma vivência sobre
estar grávida utilizando avental grávido. Discussões sobre a temática incluíram as
recomendações da OMS para o parto seguro, as evidências científicas pertinentes, bem
como a política para a área, houve também acompanhamento de projetos voltados para
gestantes desenvolvidos no município e em maternidade escola. Os alunos participaram
na elaboração do roteiro do plano de parto. Conclusões: o projeto vem demonstrando
relevância para os alunos na prática da humanização, com habilidades de escuta,
acolhimento e compreensão das necessidades de cuidado da mulher durante os períodos
gestacional e da parturição, destacando o respeito ao processo fisiológico do nascimento.
_________________

Almeida, Janie Maria de; Sampaio Neto, Luiz Ferraz de. Humanização do Parto: Relato de Experiência com
Alunos do Curso de Medicina.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10317

_________________
67
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização na Atenção aos Colaboradores de um Serviço de


Nutrição e Dietética
_________________

Nakasato, Miyoko; Casseb, Mariana Otani; Costa, Helenice Moreira da; Cardoso,
Elisabeth
Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo — miyoko.nakasato@incor.usp.br
_________________

Introdução: a política do Sistema Único de Saúde de humanização da assistência à saúde


visa à a melhoria da qualidade do atendimento ao usuário e das condições de trabalho
para os profissionais envolvidos nesse processo. Os colaboradores de um serviço de
nutrição hospitalar são frequentemente submetidos à condições estressantes, com
ambiente físico por vezes inadequado, ritmo e esforço físico intenso, pressão temporal
devido aos horários preestabelecidos de produção e distribuição de refeições, entre outros
fatores. Apesar dessas condições, é comum entre os colaboradores do serviço, grande
senso de responsabilidade com os pacientes. Objetivos: Descrever as ações de
humanização destinadas aos colaboradores de um serviço de nutrição e dietética de um
hospital público de São Paulo especializado em cardiopneumologia. Métodos:
Encaminhamento dos colaboradores aos diferentes serviços. Resultados: de acordo com
as necessidades dos colaboradores, o Serviço de Nutrição e Dietética encaminha-os ao
apoio psicológico, à avaliação do assistente social, à programa de drogas e alcoolismo; há
a interferência das chefias na antecipação de consultas e exames médicos. Os
colaboradores com limitação médica são ouvidos pelas chefias e, na medida do possível,
negociadas atividades dentro do próprio serviço, para que esses não sejam desamparados.
Quando isso não é viável, havendo vagas em outros setores, há negociação com a Gestão
de Fator Humano e a área de interesse para o possível remanejamento. Além disso, há
incentivo para que os colaboradores sugiram melhorias de processos e de cardápios,
participem de programas de treinamento e desenvolvimento profissional interno e externo,
e mensalmente participam de reuniões com a diretoria e com outros membros da equipe
do serviço. Conclusão: o cuidado com os colaboradores relacionados às atividades de sua
função, englobando os aspectos da saúde física-psíquica e social, faz com que os
colaboradores tenham melhor relacionamento em equipe, melhorando o clima do ambiente
de trabalho, bem como o desempenho de suas funções, fazendo com que se sintam
acolhidos pela instituição.
_________________

Nakasato, Miyoko; Casseb, Mariana Otani; Costa, Helenice Moreira da; Cardoso, Elisabeth. Humanização na
Atenção aos Colaboradores de um Serviço de Nutrição e Dietética. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10325

_________________
71
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Reconhecimento da Equipe - Dia do Arquivista: Relato de


Experiência
_________________

Santos, Suely Luzia dos; Milani, Clarice Aparecida; Vieira, Jeniffer de Oliveira;
Almeida, José Batista de; Azevedo, Naiza Farias de; Souza, Sandra Regina Diniz
Divisão Arquivo Médico do Instituto Central do HCFMUSP — suely.santos@hc.fm.usp.br
_________________

1. INTRODUÇÃO o presente relato de experiência tem como objetivo mostrar que práticas de
humanização podem ser usadas como estratégia de gestão e qualidade nos serviços. a Divisão de
Arquivo Médico do ICHC foi fundada em 1980, com a intenção de ser uma unidade de apoio,
subordinada a Diretoria Executiva do ICHC, responsável pelas atividades de guarda e
gerenciamento dos prontuários médicos, bem como atividades relacionadas a recepção e
atendimento de pacientes. 2. OBJETIVOS Esta ação de humanização foi implantada em
outubro/2010, com a intenção de proporcionar aos colaboradores da Divisão de Arquivo Médico um
momento de descontração e reconhecimento pelos serviços prestados, além do fortalecimento de
laços entre os colaboradores. 3. METODOLOGIA Esta ação de humanização é realizada no dia 20
de outubro, no horário das 14:00 horas, horário que compreende maior facilidade para os
colaboradores participarem. a equipe do Grupo Tático colabora na confecção de Certificados e Carta
de Reconhecimento pela atividade desenvolvida, com uma mensagem que incentiva e motiva além
de informações diversas de caráter educativo, auxilia na captação de brindes para sorteio nas áreas
do ICHC (UEP, Serviço Social). É realizada uma dinâmica educativa a cada comemoração,
proporcionando a descontração e relaxamento físico. Alem da comemoração do dia, foi estabelecido
que o colaborador tenha uma folga, combinada com a chefia, sem prejuízo ao serviço. 4.
RESULTADOS a Divisão de Arquivo Médico do ICHC, conta hoje com 270 colaborares. Sendo que
a Seção de Arquivo de Prontuários é responsável por retirar e arquivar os prontuários para consulta
ambulatorial, que em média varia entre 7 mil a 8 mil prontuários por dia. Também responde pelas
Recepções de Ambulatórios, Seção de Registro de Pronto Socorro, Seção de Informação, Seção
de Matricula e Internação, Seção de Dados Médicos e Faturamento e Seção de Laudo Médico.
Todas essas atividades exigem do colaborador atenção, pois se um prontuário for arquivado na
numeração errada, pode causar prejuízo ao atendimento ao paciente. Diante do esforço dispensado
pelos colaboradores e da necessidade de manter os funcionários motivados a diretoria da área
estabeleceu criar a comemoração do dia do arquivista, com o propósito de mostrar aos funcionários
que a atividade desenvolvida é de suma importância tanto para o paciente que precisa do
atendimento, quanto aos médicos da instituição que fazem a pesquisa nos prontuários. Desta forma,
o evento proporciona maior integração da Equipe, descontração e relaxamento físico, ativando as
emoções e ampliação do contato físico com os funcionários das demais Seções da Divisão de
Arquivo Médico. 5. CONCLUSÃO Acreditamos que essa ação de humanização passou a ser um
estimulo aos colaboradores, tendo em vista que eles ficam aguardando o evento, questionando se
terá brindes. Além de proporcionar um clima de trabalho bem mais agradável. a atitude colaborativa
de alguns funcionários sofreu uma mudança considerável. Durante a comemoração sempre é
divulgado os trabalhos da Rede de Humanização, onde são convidados alguns representantes para
falar sobre a importância da profissão de Arquivista e das ações de humanização no ambiente
hospitalar.
_________________

Santos, Suely Luzia dos; Milani, Clarice Aparecida; Vieira, Jeniffer de Oliveira; Almeida, José Batista de;
Azevedo, Naiza Farias de; Souza, Sandra Regina Diniz. Reconhecimento da Equipe - Dia do Arquivista:
Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10327

_________________
73
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Atenção da Equipe a Rede de Suporte de Paciente com


Síndrome de Down
_________________

Furlan,Taina Cristine; Cavenaghi, Barbara Greghi Reche; Maximo, Luiza Guerra;


Barrios, Laura Krapienis
Centro de Triagem Neonatal e Estimulação Neurosenssorial — taina.furlan@uol.com.br
_________________

Introdução: a presença da família é essencial para o desenvolvimento da criança. Nesse


sentido, a humanização é uma ação necessária para acolher e incentivar participação dos
integrantes. Objetivo: Esse estudo se propõe a investigar se a humanização oferecida a
familiares de bebê com Síndrome de Down reflete na organização familiar. Métodos: foi
empregada a análise e discussão de caso de bebê com Síndrome de Down atendida no
período de um ano e meio ( 4 meses e 2 anos de idade) no Centro de Triagem Neonatal e
Estimulação Neurossensorial “Dr. Tatuya Kawakami”, em São Caetano do Sul, São Paulo.
como forma de promover a humanização foi realizada as seguintes ações: escuta de
fatores vivenciados, esclarecimento de dúvidas, estabelecimento de papéis, organização
de atividades cotidianas. a composição familiar era de: mãe, pai, tio, tia, avó e irmã.
Resultado: foi observado que através das medidas tomadas, a família pôde estabelecer
uma organização referente as atividades de cuidado com a criança que beneficiou-a. As
tarefas como levar a criança para a terapia, realizar as orientações necessárias, brincar e
alimentar foram manejadas tendo em vista a necessidade da família de se adaptar às novas
questões. Conclusão: podemos concluir que a promoção da humanização a rede de
suporte do paciente contribui para a reorganização familiar e tratamento do paciente.
Inferimos também que a humanização deve se estender a toda a família da criança,
oferecendo acolhimento e atenção.
_________________

Furlan,Taina Cristine; Cavenaghi, Barbara Greghi Reche; Maximo, Luiza Guerra; Barrios, Laura Krapienis. A
Atenção da Equipe a Rede de Suporte de Paciente com Síndrome de Down. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10324

_________________
70
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Gastronomia Hospitalar como Instrumento de Humanização


_________________

Nakasato, Miyoko; Casseb, Mariana Otani; Costa, Helenice Moreira da; Cardoso,
Elisabeth
Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo — miyoko.nakasato@incor.usp.br
_________________

Introdução: a alimentação hospitalar é reconhecida por sua importância no atendimento


às necessidades físicas e nutricionais dos pacientes. Porém, existe uma vulnerabilidade
da aceitação da dieta hospitalar quando esta é baseada apenas em conhecimentos
técnico-científicos. Assim, o cuidado humanizado, no que tange à alimentação, envolve os
aspectos nutricionais e higiênico-sanitários, mas também o cuidado, conforto, acolhimento
e as dimensões simbólicas e sensoriais da alimentação. a dieta hospitalar, que antes era
vista como monótona, insípida e de odor desagradável, hoje recebe o incremento da
gastronomia e de técnicas culinárias adaptadas às restrições dietéticas dos pacientes
internados, com a finalidade de tornar as refeições nutricionalmente equilibradas e ao
mesmo tempo prazerosas. a humanização da alimentação hospitalar deve integrar
aspectos éticos que visem o atendimento individualizado; a prestação de um serviço de
qualidade através do atendimento às expectativas do paciente; as sensações despertas
pelo sabor, aroma, cor, temperatura e textura dos alimentos; e os aspectos simbólicos e
afetivos representados pelo ato de se alimentar, que envolvem o convívio, a troca de
experiências, as comemorações e o respeito aos hábitos culturais e alimentares de cada
indivíduo. Objetivos: descrever as ações humanizadoras na área da alimentação e
gastronomia de um Serviço de Nutrição e Dietética de um hospital público especializado
em cardiopneumologia de São Paulo. Métodos: Levantamento das ações humanizadoras
implantadas nos últimos 10 anos. Resultados: Faz parte das ações de humanização, a
elaboração de cardápios especiais para Natal e Ano Novo, utilizando preparações típicas
e alimentos diferenciados, com decoração de temas natalinos nas bandejas, tornando a
refeição um momento especial. o dia das crianças é outra data lembrada pelo serviço, com
o intuito de levar um pouco de alegria às crianças internadas, oferecendo preparações
como bolos, doces ou cachorro quente. Além desses momentos especiais, o serviço
preocupa-se em oferecer diariamente um cardápio variado, colorido, nutricionalmente
adequado e priorizando o uso de temperos naturais. Há também, a aplicação do conceito
de comfort food, atendendo as solicitações de pedidos especiais, uma vez que o
nutricionista clínico presta atendimento nutricional ao paciente considerando os hábitos, as
preferências e as aversões alimentares. Conclusão: a gastronomia é uma importante
ferramenta na implantação de um serviço humanizado, contribuindo para o tratamento e
conforto do paciente durante o período de internação, tornando-se uma importante aliada
no processo de recuperação.
_________________

Nakasato, Miyoko; Casseb, Mariana Otani; Costa, Helenice Moreira da; Cardoso, Elisabeth. A Gastronomia
Hospitalar como Instrumento de Humanização. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10326

_________________
72
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Cuidado Original em Saúde: uma Nova Relação do Ser


Humano com a Técnica, a Vida e a Morte
_________________

Gonçalves, José Pedro Rodrigues


Universidade Federal de Santa Catarina — jpedrog@gmail.com
_________________

Cuidado em saúde é um conjunto de procedimentos técnicos para se alcançar um resultado


favorável no tratamento de doenças, porém, o cuidado deve ser mais amplo, compreendendo todas
as possibilidades da existência humana. Esta Tese objetiva argumentar que é possível resgatar o
sentido original do cuidado, tendo como ponto de partida as experiências atuais dos cuidados
paliativos, como uma alternativa à biomedicina vigente, propiciando um modelo que, alicerçado na
condição humana, recoloca em novas bases a relação do ser humano com a técnica, a vida e a
morte. o enfoque adotado foi o da pesquisa qualitativa e o referencial teórico-filosófico de Heidegger,
na decodificação do cuidado proposta por Torralba Roselló, para formular os atributos do cuidado
original em saúde. a coleta do material empírico adotou como estratégias a observação sistemática,
diário de campo e entrevistas semiestruturadas, realizada na Enfermaria de Cuidados Paliativos em
hospital público de São Paulo, com profissionais, funcionários, doentes e familiares. na análise do
material utilizou-se uma abordagem interdisciplinar, permitindo compreender a conexão entre os
dados coletados e os atributos do cuidado original. Os dados levantados evidenciaram que os
cuidados paliativos oferecidos no local investigado, foram capazes de resgatar o sentido original do
cuidado, pois suas premissas foram identificadas nas ações praticadas, revelando o respeito à
autonomia e às circunstâncias da vida, o atendimento das necessidades dos doentes, a
preocupação/ocupação e a preservação da identidade do outro. Identificou-se, também, a
preocupação dos cuidadores com o autocuidado. Cada profissional da equipe é respeitado e
incentivado a participar das decisões sobre os cuidados a serem prestados ao doente/família,
considerados como a unidade do cuidado, que tem uma vulnerabilidade passível e possível de ser
superada. a preocupação e o respeito à autonomia do doente/família evidenciou-se como um
imperativo ético e força motora da ação/reflexão da equipe multiprofissional para a construção de
uma proposta terapêutica interdisciplinar adequada às necessidades de cada doente, ampliada com
a inclusão das demandas de bem estar e qualidade de vida. Este modo de atuação contrapõe-se
ao encontrado em serviços tradicionais de saúde, baseados na biomedicina e no uso intensivo da
tecnologia, levando a medicina a perder sua face arte e empobrecer sua dimensão humana. o lado
arte apareceu no trabalho dos profissionais estudados no momento em que colocam a condição
humana como ordenadora das práticas, centrando a ação no doente e não na doença, possibilitando
uma nova relação do homem com a técnica, a vida e a morte. a inclusão dos cuidados paliativos na
formação prática na área da saúde apresenta-se como uma possibilidade para que os futuros
profissionais possam se autoconstruir moral e profissionalmente.
_________________

Palavras-chave: Cuidados Paliativos. Autonomia pessoal. Doente Terminal. Pesquisa


Interdisciplinar. Bioética.

Gonçalves, José Pedro Rodrigues. Cuidado Original em Saúde: uma Nova Relação do Ser Humano com a Técnica, a
Vida e a Morte. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10318

_________________
68
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Coletivo Participativo na Problematização da Qualidade do


Atendimento À Saúde
_________________

Levorato, Cleice Daiana; Ferreira, Maria Flávia Frajácomo; Martins, Juliana; Banov,
Marcos Carraro; Pellicani, Ariane Damasceno; Lanza, Ana Luíza; Canelada, Haline
Fernanda
Hospital Estadual Américo Brasiliense — cleicelevorato@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: Disposição centralizadora do poder, fragmentação do trabalho, baixa comunicação


e insatisfação dos trabalhadores que não vislumbram os resultados de suas ações, são algumas
das características do tradicional em gestão dos serviços de atendimento à saúde. um hospital, de
média complexidade, no interior do estado de São Paulo, baseado em um modelo organizativo na
gestão por processos e espaços coletivos de participação, desenvolve, desde 2010, o Grupo de
Trabalho (GT), no qual a pauta de discussão são os processos de trabalho cotidianos. OBJETIVOS:
Discutir e analisar problemas que entravam o funcionamento do serviço com vistas a manutenção
e melhoria da qualidade do serviço prestado; Valorizar o trabalhador através da sua participação no
processo de tomada de decisão. METODOLOGIA: É operacionalizado através do método da roda
de discussão, com representantes das diversas áreas que compõem o processo de trabalho
cotidiano e um presidente e vice-presidente para mediar as discussões, fomentadas através de
acordos entre essa coletividade. Os assuntos são encaminhados pelos próprios membros a partir
de situações do contexto em que se encontram e demandas das equipes. As reuniões são mensais,
com horário, data e local fixo, com duração de uma hora e 30min. o conteúdo é documentado em
ata e socializado na intranet. Mensalmente, o presidente e vice-presidente se reúnem com a
Diretoria para discutirem as sugestões levantadas e a possibilidade de viabilização. RESULTADOS:
em termos quantitativos na gestão do GT dos anos de 2010/2011 discutiram-se 111 assuntos, em
20111/2012: 71 e em 2012/2013: 31, demonstrando um refinamento dos processos de trabalho. na
gestão 2012/2013, do total dos assuntos, 27 foram resolvidos pelo próprio GT e quatro foram
encaminhados para Diretoria, com aprovação das sugestões do grupo. Estas mensurações foram
dadas através de dois indicadores, os quais revelam o grau de autonomia e governabilidade do GT,
que na última gestão demonstraram: 1) índice de resolutividade do GT: número de assuntos
discutidos dividido pelo total de encaminhados, obtendo um valor de 86%; 2) índice de resolutividade
do GT frente a Diretoria: número de sugestões aceitas pela Diretoria dividido pelo total de assuntos
encaminhados para a Diretoria, com um resultado de 100%. Qualitativamente, têm-se a
democratização das relações de trabalho com produção de sentido para quem operacionaliza a
assistência, a diminuição das resistências a partir do momento em que a participação do colaborador
promove a compreensão dos motivos de possíveis alterações nos processos de trabalho, ou seja,
menor resistência e maiores entendimentos e a valorização do trabalhador quando este se sente
partícipe, ao sugerir, discutir e conhecer, minimamente, os problemas que entravam a assistência.
CONCLUSÃO: o GT permite o coletivo, o exercício da grupalidade e potencializa ações da atenção
e da gestão, estas indissociáveis pela ótica da Política Nacional de Humanização.
_________________

Levorato, Cleice Daiana; Ferreira, Maria Flávia Frajácomo; Martins, Juliana; Banov, Marcos Carraro; Pellicani,
Ariane Damasceno; Lanza, Ana Luíza; Canelada, Haline Fernanda. O Coletivo Participativo na
Problematização da Qualidade do Atendimento À Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10322

_________________
69
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ações de Humanização do Núcleo de Pesquisa Clínica de um


Hospital Público de São Paulo Especializado no Tratamento do
Câncer.
_________________

Longo, Elaine de Santana; Fiuza, Mariana Nigro; Matias, Fabiane; Sponton, Maria
Helena da Cruz; Riechelmann, Rachel S.Pimenta; Arai, Roberto Jun
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo — elainesle@yahoo.com.br
_________________

Introdução: um Hospital Público de São Paulo, especializado no tratamento do câncer visa


contribuir com a saúde e a qualidade de vida da sociedade, sendo atualmente referência para o
Estado de São Paulo. um dos pilares para execução de suas atividades é o atendimento
humanizado, amparado pela Política Nacional de Humanização. o setor Núcleo de Pesquisa Clínica
deste hospital oferece alternativas promissoras de tratamento que ainda estão em desenvolvimento.
Os projetos de pesquisa são nacionais e multinacionais e produzem conhecimento científico para a
área oncológica. para garantir que o paciente inserido em condições de pesquisa clinica tenha
atendimento humanizado, o Núcleo de Pesquisa Clínica buscou ações e implementação de
projetos. Objetivo: Relatar as ações de Humanização do Núcleo de Pesquisa Clínica. Método:
Mapeamento das ações de humanização adotadas nos protocolos gerenciados pelo Núcleo de
Pesquisa Clínica. Resultados: As ações do Núcleo de Pesquisa incluem: 1. Revisão do texto do
termo de consentimento livre esclarecido que é oferecido ao voluntário para leitura antes da tomada
de decisão de sua participação no projeto de pesquisa. Esta ação visa garantir que a linguagem
esteja acessível aos pacientes, respeitando a legislação vigente e heterogeneidade cultural; 2.
Realização do atendimento de enfermagem baseado no modelo assistencial Primary Nurse, no qual
o Enfermeiro Referência tem o intuito de gerar um vínculo com o voluntário para realização dos
procedimentos assistenciais, esclarecimento de dúvidas ou reporte de eventualidades e, sobretudo,
para que este seja realizado com segurança por equipe treinada especificamente para o projeto em
cada especialidade médica; 3. Orientação a todos os pacientes descontinuados dos projetos de
pesquisa sobre este processo, novos fluxos e profissionais de referência que serão disponibilizados
para continuidade do atendimento, oferecendo informações para que o paciente mantenha-se
atualizado e mantido em acolhimento dentro da Instituição; 4. Manutenção do conceito de que os
pacientes da instituição devem possuir tratamento semelhante, mesmo que participando de projetos
de pesquisa que exigem acompanhamento diferenciado e específico. Conclusão: As ações de
Humanização do Núcleo de Pesquisa Clínica têm o intuito de manter o paciente inserido dentro de
um projeto de pesquisa em atendimento humanizado, para minimizar possíveis estressores desde
a fase de consentimento e inclusão, durante toda a sua participação no projeto até a sua
descontinuação. o reforço e manutenção das informações fornecidas aos voluntários possuem
papel crítico para evitar a insegurança dos participantes dentro dos procedimentos requeridos pela
Instituição, tanto relacionados ao atendimento gerenciado pelo setor Núcleo de Pesquisa Clínica
quanto de outras áreas.
_________________

Longo, Elaine de Santana; Fiuza, Mariana Nigro; Matias, Fabiane; Sponton, Maria Helena da Cruz; Riechelmann,
Rachel S.Pimenta; Arai, Roberto Jun. Ações de Humanização do Núcleo de Pesquisa Clínica de um Hospital Público de
São Paulo Especializado no Tratamento do Câncer.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-
7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10310

_________________
63
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto Guichê Sem Parar: uma Ferramenta Efetiva para


Humanização do Atendimento em uma Farmácia Ambulatorial
_________________

Ferreira, Renata; Carvalho, Ana Carolina Galha de; Ferreira, Erika Ferreira; Souza,
Caroline Sandoli de A.; Santos, Rosangela Pereira; Sforsin, Andrea Cássia Pereira;
Pinto, Vanusa Barbosa
Hospital das Clínicas da FMUSP — renata.ferreira@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: o tempo demasiado de espera do paciente pode ser um indicador crítico na


perda da qualidade do serviço prestado. o gerenciamento das filas de espera é uma parte
fundamental na determinação do nível de serviço e também sobre a percepção do cliente
em relação ao serviço ofertado. uma gestão ineficiente conduz a um estresse generalizado
e insatisfação do paciente, que leva a ineficiências dentro da organização, diminuição da
produtividade, o que impede que alterações sejam realizadas nas rotinas e processo de
trabalho. por outro lado, um bom fluxo de atendimento com o ambiente bem sinalizado e
tempos de esperas adequados devem ser a meta de qualquer gestor. a redução de filas é
um dos objetivos da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS
(Humaniza SUS), que tem como finalidade instituir uma política pública de saúde que vise
à integralidade, a universalidade, o aumento de equidade, incorporação de novas
tecnologias e especialização do saber. Objetivos: Reduzir o tempo de espera na fila para
retirada de medicamentos. Métodos: o projeto foi realizado em uma farmácia ambulatorial
de um hospital público, universitário, de grande porte e de alta complexidade, responsável
pela dispensação de medicamentos. em 2012, a média de pacientes atendidos foi de
79.400 / mês e a média de receitas atendidas foi de 106.134 / mês. Nesta época, o tempo
médio de espera no atendimento prioritário era de 80 minutos, no atendimento agendado
de 47 minutos e no atendimento de receita nova de 111 minutos. com o aumento das
reclamações sobre o tempo de espera na farmácia, identificou-se a necessidade de
melhoria desse processo. com isso, no início de 2013, foi realizado treinamento através da
apresentação do projeto para a equipe de atendimento presencial, com o objetivo de
implantar um piloto do projeto “Guichê Sem Parar” na farmácia ambulatorial em fevereiro
de 2013. Resultados: Após avaliação do projeto, verificou-se a redução do tempo de
espera de 65 minutos para 20 minutos no atendimento prioritário, em seguida foi
implantado no atendimento agendado onde o tempo médio de espera anterior era de 40
minutos, e passados dois meses, realizou-se a implantação do projeto de atendimento de
receita nova, onde o tempo médio de espera era de 70 minutos anteriormente. com a
implantação do projeto, o tempo médio de espera da farmácia ambulatorial foi de 29
minutos, sendo que no atendimento prioritário foi de 23 minutos, no atendimento agendado
de 29 minutos e no atendimento de receita nova de 34 minutos.
_________________

Ferreira, Renata; Carvalho, Ana Carolina Galha de; Ferreira, Erika Ferreira; Souza, Caroline Sandoli de A.;
Santos, Rosangela Pereira; Sforsin, Andrea Cássia Pereira; Pinto, Vanusa Barbosa. Projeto Guichê Sem
Parar: uma Ferramenta Efetiva para Humanização do Atendimento em uma Farmácia Ambulatorial. In: Anais
do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10315

_________________
65
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Programa “A Voz do Paciente”: a Comunicação Faz Parte do


Tratamento
_________________

Santos, Rosangela Pereira; Barbosa, Alan Silva; Dias, Mayara Araujo; Ferreira,
Renata; Souza, Caroline Sandoli de A.; Sforsin, Andrea Cassia Perira; Pinto,
Vanusa Barbosa
Hospital das Clínicas da FMUSP — rosangela.santos@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: o Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza a Humanização, através da Política


Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (Humaniza SUS), cujo principal dever é
envolver o paciente em um atendimento mais humano, visando valorizar, respeitar e resolver suas
necessidades. com isso, a gestão participativa é um valioso instrumento para a construção de
mudanças no modo de gerir e nas práticas de saúde, contribuindo para tornar o atendimento mais
efetivo e motivador para as equipes de trabalho.. Objetivos: Estabelecer um modelo de gestão
participativa em uma farmácia ambulatorial com a implantação do programa “A Voz do Paciente”,
com foco na humanização do atendimento e o estabelecimento de canais de comunicação.
Métodos: o programa “A Voz do Paciente” foi implantado em 2001 pela área de assistência
farmacêutica ambulatorial de um hospital público terciário. a população alvo do programa são os
pacientes em seguimento ambulatorial. o programa realiza reuniões mensais para garantir um
cuidado humanizado, que proporcione maior aproximação com a equipe de saúde, resolução de
problemas e satisfação dos pacientes. Foram coletados os dados das reuniões realizadas desde a
implantação do programa até dezembro de 2013. a divulgação do programa é feita por cartazes
afixados na área de espera da farmácia, que contém as seguintes informações: nome do programa,
tema da próxima aula, data e horário da apresentação. As aulas ministradas são expositivas e ao
final é realizada uma pesquisa de satisfação qualitativa que avalia as sugestões em soluciona
dúvidas dos pacientes. Todos os participantes recebem um certificado do programa. Resultados:
Foram realizadas 72 reuniões, com uma média de 10 pacientes em cada. As sugestões feitas pelos
pacientes para melhoria, transformadas em ações pela área, podem ser divididas em mudanças
estruturais (banheiros, área de espera coberta e ampla, troca dos bancos de madeira na área de
espera por longarinas, colocação de painéis para visualização das senhas em local mais apropriado,
bebedouros, televisores, alteração do layout da área e sistema de comunicação visual) e de
processos de trabalho (duas linhas telefônicas para atendimento ao paciente, caixa de sugestões
na área de espera, abertura ininterrupta do guichê do “Programa Medicamento em Casa”).
Conclusões: o programa “A Voz do Paciente” é resultante da sinergia de diferentes variáveis: o
comportamento do usuário, a conduta dos funcionários envolvidos na situação, a organização do
trabalho e as condições físico-ambientais da área. Dessa maneira, a busca constante do
aperfeiçoamento das relações entre usuários e equipe de atendimento proporciona um ambiente
de harmonia onde todos os envolvidos no processo saem ganhando: o paciente, funcionários e a
instituição.
_________________

Santos, Rosangela Pereira; Barbosa, Alan Silva; Dias, Mayara Araujo; Ferreira, Renata; Souza, Caroline Sandoli de A.;
Sforsin, Andrea Cassia Perira; Pinto, Vanusa Barbosa. Programa “A Voz do Paciente”: a Comunicação Faz Parte do
Tratamento. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10316

_________________
66
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Experiência das Pessoas com Deficiência nos Serviços de


Saúde: Contribuição para a Formação Profissional
_________________

Resende, Adara Cabral; Nóbrega, Simone da; Moreira, Tomaz


Universidade Federal do Rio Grande do Norte — adaracabral@hotmail.com
_________________

Introdução: a política nacional de saúde da Pessoa com Deficiência (PCD), vigente há


mais de dez anos, preconiza uma atenção integral à saúde dessas pessoas, devendo ser
disponibilizada não apenas uma assistência específica a sua condição, mas também a
agravos comuns a qualquer pessoa. no entanto, a formação dos profissionais de saúde,
em geral, não contempla a pessoa com deficiência, não reconhecendo as particularidades
do seu corpo, como também negligencia aspectos relevantes para o atendimento integral
a essas pessoas. Objetivo: conhecer a experiência das PCD nos serviços de saúde, de
modo a contribuir para uma formação profissional integral. Métodos: estudo de natureza
qualitativa, descritiva e analítica fundamentado no método Fenomenológico, que objetiva
alcançar o sentido da experiência, ou seja, o que a experiência vivida significa para as
pessoas. a técnica utilizada foi o grupo focal com a participação de 6 sujeitos (3 cegos, 2
surdos, 1 intérprete de libras), além de um moderador e um observador. o roteiro de
discussão foi focado na acessibilidade ao serviço de saúde e na relação médico-paciente.
Resultados: a análise dos dados aponta que os entrevistados não se sentiram acolhidos
pelos profissionais de saúde, no sentindo de terem sua condição reconhecida e valorizada.
Eles apontam a falta de informação dos profissionais acerca das especificidades das suas
condições de saúde, como também a não sensibilidade às suas necessidades nessa área,
como pontos importantes na origem da precariedade do serviço de saúde para pessoas
com deficiência. Afirmaram ainda que não se sentiram compreendidos, o que comprometeu
a relação médico-paciente. Os entrevistados surdos, por exemplo, expressam dificuldades
de comunicação com o profissional de saúde, sendo necessário que esteja sempre
presentes nas consultas um familiar ou intérprete ferindo, dessa forma, a autonomia do
paciente. Os participantes deste estudo sugeriram a implementação de disciplinas nos
cursos de saúde que abranjam a inclusão social de pessoas com deficiência, focando em
especial a acessibilidade à saúde de uma forma humanizada. Conclusão: o processo de
humanização é uma meta atual e fundamental no sistema de saúde brasileiro, porém só
poderá ser completa se for consolidada de uma forma inclusiva. Sendo assim, fica evidente
a necessidade de que os novos alunos ingressantes nos cursos da saúde e os profissionais
já formados nessa área vivenciem práticas específicas relacionadas à cultura da inclusão.
Dessa forma, os profissionais se tornarão aptos para assistir a sociedade como um todo,
através de um conhecimento e empatia adquiridos na sua formação profissional.
_________________

Resende, Adara Cabral; Nóbrega, Simone da; Moreira, Tomaz. Experiência das Pessoas com Deficiência nos
Serviços de Saúde: Contribuição para a Formação Profissional. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10308

_________________
61
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Implantação do Modelo Enfermeiro Referência "Primary


Nursing" em um Hospital Público Oncológico no Estado de São
Paulo
_________________

Andrade, Daniela; Alves, Marryete Benzo; Gobo, Debora Costa; Silva, Elaine
Aparecida da; Baia, Wania Regina Mollo
Instituto do Cancer do Estado de São Paulo — daniela.andrade@icesp.org.br
_________________

Introdução: o Primary Nursing é um método para organização do trabalho da equipe de


enfermagem, onde uma enfermeira (principal) assume a responsabilidade pela coordenação dos
cuidados de enfermagem a um ou mais pacientes e sua família, tornando-se referência dentro da
instituição. Designações e/ou papeis das enfermeiras: “Primary Nurse” (enfermeiro principal), a
Enfermeira Associada, a enfermeira chefe e a enfermeira especialista. o método tem como principal
vantagem o resgate da relação da enfermeira com o paciente, favorecendo sua autonomia e
contribuindo para o estabelecimento de laços estreitos entre o cliente, família e profissional, por
intermédio de um atendimento personalizado e humanizado. Objetivo: Implantação do modelo de
organização do serviço de enfermagem “Primary Nursing” em um hospital público oncológico no
estado de São Paulo, nas Unidades Oncocirúrgicas. Método: Estudo descritivo da implantação do
método Primary Nursing. o modelo foi implantado neste hospital desde junho de 2009, e expandido
para as Unidades Cirúrgicas em abril de 2010. a implantação foi realizada em etapas, desde o
treinamento realizado pelas equipes médicas, a divisão das especialidades por grupos, divisão dos
enfermeiros em Referência e Associado de acordo com a afinidade pelo grupo de especialidades,
apresentação interna de trabalhos pelos enfermeiros, e então inicio da aplicação do modelo nas
unidades. a introdução do método assistencial trouxe mudanças desde a forma convencional da
divisão de pacientes na escala diária, onde os pacientes passaram a ser divididos por grupos de
especialidades, tendo um enfermeiro responsável pelo gerenciamento do cuidado (referência),
fazendo com que a equipe de enfermagem e a multiprofissional tivessem uma nova visão da
unidade, que centraliza o planejamento dos cuidados no enfermeiro, fortalecendo a capacidade de
liderança baseada em conhecimento cientifico. Resultado: Devido ao modelo assistencial ser
focado na humanização, evidenciamos na prática o vinculo estreitado entre paciente e enfermeiro
e o aumento de confiança em toda a equipe de enfermagem. Conclusão:. o paciente passou a
levar ao enfermeiro referência suas preocupações, dúvidas e elogios, reconhecendo o cuidado
individualizado que está sendo prestado. Todo o corpo de enfermagem precisa estar envolvido para
que a implantação do modelo Primary Nursing ocorra na instituição, desde a elaboração do projeto
de implantação, treinamento da equipe, estímulo à busca pelo conhecimento técnico-cientifico, até
o plano de divulgação para os pacientes/familiares. o modelo terá impacto muito grande sobre toda
a instituição que optar pelo mesmo, tornando tanto a instituição como os profissionais que atuam
nela, mais humanos e dispostos a valorizar a individualidade de cada paciente e família que estarão
aos seus cuidados durante um período repleto de novas experiências e ansiedades, que é a
hospitalização.
_________________

Andrade, Daniela; Alves, Marryete Benzo; Gobo, Debora Costa; Silva, Elaine Aparecida da; Baia, Wania Regina Mollo.
Implantação do Modelo Enfermeiro Referência "Primary Nursing" em um Hospital Público Oncológico no Estado de São
Paulo. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10314

_________________
64
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Ferramenta Interativa para a Promoção da Humanização na


Atenção Às Pessoas que Convivem com a Doença Falciforme
_________________

Valêncio, Luis Felipe Siqueira; Oliveira, Renan Garcia de; Barberino, Willian Marcel;
Guimarães, Felipe Dorigão; Costa, Carolina Frandsen P. da; Domingos, Claudia
Regina Bonini
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce/Unesp) —
luisfelipevalencio.unesp@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO a doença falciforme (DF) é uma anemia hereditária, caracterizada pela produção de uma
hemoglobina anormal, denominada hemoglobina (Hb) S. em algumas condições específicas, essas
hemoglobinas se polimerizam no interior do eritrócito, resultando na formação de células falciformes, menos
flexíveis. Essas células aderem aos vasos sanguíneos e são propensas à hemólise. Devido à sua origem no
continente africano e, consequentemente, à constituição étnica da população brasileira, a DF tem alta
frequência no Brasil, sendo que em alguns estados, a Hb S está presente em 1 a cada 17 indivíduos na
população. a vulnerabilidade das pessoas que vivem com doença falciforme pode apresentar-se em três
diferentes aspectos: biológico, social e cultural, relacionados à gravidade e complicações decorrentes da
doença; ao racismo institucional e interpessoal, podendo conferir menores índices de escolaridade e
desenvolvimento humano; à subjugação das tradições, costumes e religiosidade de matriz africana.
OBJETIVOS Criar uma ferramenta que una todos os sujeitos envolvidos com essa temática, como agentes
da saúde, pessoas com DF e pesquisadores, a fim de diminuir as distâncias no diálogo entre esses 3
componentes. Pretendemos e permitir um ambiente de discussão em que todas essas vozes tenham força e,
juntas, busquem melhorias no tratamento e atenção a DF. MÉTODOS o projeto baseia-se em elementos da
bioética de proteção como: redução da vulnerabilidade e resgate da autonomia das pessoas que vivem com
a DF, favorecendo a promoção do autocuidado. para isso, estão sendo elaborados vídeos, no formato de
entrevistas, organizados em pequenos capítulos para facilitar o acesso. Contribuem para o proposto, pessoas
com DF (a explicação do projeto e aceitação em participar foi obtida de forma coletiva durante a reunião de
uma associação de pacientes, no VII Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme); profissionais da atenção
básica e pesquisadores, integrando os diferentes saberes. Acredita-se que será gerado material para
complementar a informação já transmitida pelo SUS. Posteriormente, os vídeos serão disponibilizados
gratuitamente na plataforma YouTube. RESULTADOS Apesar de estar em processo de elaboração, os
resultados preliminares são positivos. a maior proximidade entre os pesquisadores envolvidos e as pessoas
com doença falciforme é motivadora e confere um aprendizado antes inacessível. Reforça a participação do
pesquisador no construir da saúde, e populariza o conhecimento científico, muitas vezes aprisionado aos
periódicos científicos. CONCLUSÕES a necessidade de aumentar a vivência dos pesquisadores com os
momentos de reflexão do fazer científico na saúde e o fortalecimento do contato com as pessoas que
convivem com a doença falciforme contribuem para a construção coletiva de uma saúde melhor.
_________________

Valêncio, Luis Felipe Siqueira; Oliveira, Renan Garcia de; Barberino, Willian Marcel; Guimarães, Felipe Dorigão; Costa,
Carolina Frandsen P. da; Domingos, Claudia Regina Bonini. Ferramenta Interativa para a Promoção da Humanização
na Atenção Às Pessoas que Convivem com a Doença Falciforme. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10301

_________________
59
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Politicas Públicas no Atendimento À População Estrangeira no


Sistema Público de Saúde na Região Metropolitana de São
Paulo (RMSP) – Avanços e Perspectivas Futuras
_________________

Rufino, Catia
Prefeitura Municipal de São Paulo — catrufino@superig.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: Esta pesquisa contextualiza a construção das políticas de saúde e da


gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) no que se refere à população estrangeira na
Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). OBJETIVO: Compreender como o acesso
humanitário, universal e igualitário à saúde, garantida pela legislação brasileira, tem
alcançado esta população e em quais condições os gestores e profissionais de saúde estão
lidando com esta situação na RMSP. MÉTODO: Revisão de pesquisas científicas
realizadas na área da saúde e políticas sociais, estudo das legislações e visitas a
instituições que atuam no atendimento ao imigrante internacional. RESULTADOS: em
2012 houve uma intensificação da imigração internacional para o Brasil, com um
crescimento de cerca de 50% em comparação ao ano de 2010, e a RMSP representou o
principal destino destes imigrantes. Atender ao estrangeiro é um desafio para a saúde
pública na RMSP, mas não se trata de criar uma nova demanda ao SUS, visto que esta já
existe, mas sim reconhecê-la respeitando suas especificidades. no SUS surgiram inúmeros
modelos de gestão pública visando à assistência à saúde, com diferentes formatos, mas
que ainda não garantem aos brasileiros e aos estrangeiros, a universalidade, integralidade
e equidade garantida em lei. no país, ainda não existem políticas públicas em saúde para
atender aos imigrantes internacionais, apesar da vulnerabilidade desta população, e as
unidades de saúde não estão preparadas para este atendimento. Somente em 2013,
iniciou-se no município de São Paulo um processo de construção de políticas públicas
direcionadas ao imigrante internacional, tendo como uma de suas metas o combate à
xenofobia, o que contribui para um atendimento humanitário no serviço público de saúde.
Esta iniciativa, apesar de incipiente, traz aos profissionais da saúde e de outras áreas, e à
sociedade civil em geral, a necessidade de uma discussão acerca da diversidade étnica e
cultural na busca da compreensão e respeito às populações estrangeiras no país.
CONCLUSÕES: a atenção à saúde dos imigrantes internacionais na RMSP é um desafio
que necessita ser reconhecido e compreendido pela sociedade brasileira, apesar da
legislação do país garantir acesso universal à rede pública de saúde, direito de qualquer
pessoa no território brasileiro, e também do SUS trazer como diretrizes a universalidade,
integralidade e equidade no atendimento a toda população, incluindo os estrangeiros, de
modo que na gestão pública da saúde sejam garantidos os direitos humanos fundamentais
a esta população.
_________________

Rufino, Catia. Politicas Públicas no Atendimento À População Estrangeira no Sistema Público de Saúde na
Região Metropolitana de São Paulo (Rmsp) – Avanços e Perspectivas Futuras. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10304

_________________
60
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Crianças e Adolescentes Portadores de Anemia Falciforme e


Profissionais de Saúde: Submissão Ou Autonomia?
_________________

Sousa, Eulange de; Medeiros, Marcelo


Ufg, SMS/Goiania, Fapeg — eulange@gmail.com
_________________

Introdução: Anemia falciforme é uma doença hereditária considerada um problema de saúde


pública no Brasil. Estima-se que existem no Brasil mais de 2 milhões de pessoas afetados por
alguma forma desta anemia com uma ocorrência de 3.500 novos caso por ano. As doenças
falciformes provocam na maioria dos órgãos e aparelhos um grande leque de complicações clínicas
que podem comprometer diretamente a função de órgãos vitais como infecções, complicações
cardiorrespiratórias, insuficiência renal e acidentes vasculares cerebrais. em outros casos seus
portadores tem complicações como ulceras nas pernas, retinopatia, necrose ósseas, cálculos de
vesícula. um aspecto marcante na patologia é a crise dolorosa em extremidades, região lombar,
abdome ou tórax. Nestes casos a intervenção da equipe de saúde e imprescindível para aliviá-la e,
nestes momentos, a capacidade do profissional de saúde para promover intervenções eficazes é
fundamental. a capacidade de intervenção não está relacionada apenas ao conhecimento técnico-
científico sobre a doença, mas também à capacidade que a equipe de saúde tem para avaliar a
intensidade da dor de que o portador se queixa. Historicamente observamos diversas posturas na
relação entre profissionais de saúde e doentes sendo que na maioria das vezes aos doentes é
reservado o lugar de pacientes, ou seja aqueles que padecem ou vão padecer e outras posturas
que adotam como pressuposto que a relação a ser estabelecida deve ser a de que os doentes são
sujeitos e tem autonomia em suas ações. Objetivos: Analisar as relações estabelecidas entre
crianças e adolescentes portadores de anemia falciforme com os profissionais no âmbito dos
serviços de saúde, tanto na visão das equipes de saúde quanto dos próprios portadores. Métodos:
Pesquisa social estratégica qualitativa , tendo como local de estudo um hospital de ensino federal .
Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas e a análise está sendo realizada
com a técnica de análise de conteúdo na perspectiva de Laurence Bardin. Resultados: Foram
realizadas 8 entrevistas com profissionais de saúde e 8 com crianças e adolescentes. o trabalho
encontra-se em fase de análise dos dados e inicialmente percebe-se que o papel destinado às
crianças é diferente do dos adolescentes no qual a criança tem uma menor participação em relação
a relatos de queixas e cotidiano em relação à doença. Outra questão que aparece em todas as
entrevistas com os profissionais da equipe é a preocupação com o fato de que muitas vezes os que
prestam assistência na emergência ou em internações não consideram adequadamente as queixas
de dor apresentadas pelas crianças e adolescentes, causando-lhes muito sofrimento. Conclusões:
o estudo realizado poderá subsidiar a formação de profissionais de saúde no sentido de considerar
crianças e adolescentes como protagonistas em seu processo saúde-doença e influenciar na
assistência aos períodos de crise álgica e outras complicações da doença.
_________________

Sousa, Eulange de; Medeiros, Marcelo. Crianças e Adolescentes Portadores de Anemia Falciforme e Profissionais de
Saúde: Submissão Ou Autonomia?. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10309

_________________
62
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Colegiados de Gestão em Hospital Público: uma Estratégia em


Direção À Gestão Participativa.
_________________

Gomes, Annatalia Meneses de Amorim; Sousa, Emilia Alves de; Assunção, Teresa
Cristina Reis; Oliveira, Maria de Fatima; Noleto, Clara; Morais, Ana Patricia
Universidade Estadual do Ceara — annataliagomes@secrel.com.br
_________________

Introdução. o Sistema Único de Saúde (SUS) tem como um de seus princípios a participação
social, na perspectiva de democratizar a gestão da saúde. para a operacionalização deste
princípio, a Política Nacional de Humanização (PNH) propõe um modelo de gestão centrado no
trabalho em equipe, na construção coletiva e em espaços que promovam o compartilhamento do
poder por meio de análises, decisões e avaliações coletivas. um desses espaços é o colegiado,
constituído por gestores, trabalhadores e usuários que conversam e tomam decisões no seu
campo de ação de acordo com as diretrizes e contratos definidos. Objetivo. Este trabalho tem
como objetivo discutir a experiência de implantação de colegiado gestor em hospital público.
Métodos. o processo de implantação dos colegiados organizado pelos Grupos de Trabalho de
Humanização e/ou Núcleo de Educação Permanente com apoio do Ministério da Saúde e
Secretaria Estadual de Saúde, ocorreu em dois hospitais públicos e uma maternidade referência
de parto de alto risco no Estado do Piauí, no período de novembro de 2011 a janeiro de 2014.
As estratégias desenvolvidas neste percurso nas três unidades de saúde foram distribuídas nas
seguintes etapas: 1ª etapa: elaboração de textos de apoio; sensibilização e mobilização de
caráter educativo; 4 oficinas e 66 rodas de conversa com o debate dos temas – gestão colegiada,
trabalho em equipe, participação, democracia, seguido de reflexões e relatos sobre o cotidiano
dos processos de trabalho; 2ª etapa: 8 encontros com gestores, trabalhadores e usuários para
avaliação do processo; 3ª etapa: 8 rodas de conversa para a discussão da escolha dos
representantes dos diversos setores de forma democrática e participativa; 4ª e 5ª etapas –
criação do colegiado, em evento solene, com assinatura de portaria e eleição do coordenador e
vice-coordenador; 6ª etapa – qualificação dos membros do colegiado com um curso de 60 h.
Resultados. como efeito deste processo, os participantes produziram 38 posts, envolvendo 105
comentários na rede HumanizaSUS; além de favorecer o compartir do poder, a estratégia do
colegiado possibilitou mudanças nas relações profissionais e na ambiência institucional com o
aumento da democracia, participação e valorização dos trabalhadores, melhoria na comunicação
entre gestores e trabalhadores, fortalecimento do diálogo e corresponsabilização com os
processos de trabalho. Limitações ao processo de implantação ocorreram pelas interferências
políticas, resistências às mudanças no modelo de gestão e atenção em saúde, descontinuidade
administrativa, reformas na estrutura, paralisações dos médicos, e falta de condições de trabalho.
Conclusões. a implantação de colegiado gestor constitui uma estratégia potente para o apoio
às mudanças na gestão em saúde visando à participação social preconizada nos princípios do
SUS e propulsora de um modo de gerir o trabalho que produza saúde e sujeitos corresponsáveis
com esta política pública.
_________________

Gomes, Annatalia Meneses de Amorim; Sousa, Emilia Alves de; Assunção, Teresa Cristina Reis; Oliveira, Maria de
Fatima; Noleto, Clara; Morais, Ana Patricia. Colegiados de Gestão em Hospital Público: uma Estratégia em Direção
À Gestão Participativa.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10294

_________________
55
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

De Peito Aberto: Humanização e Amamentação!


_________________

Ribeiro, José Carlos; Rippel, Luciane


Abors Associação Brasileira de Odontologia — ribeirojcarlos@gmail.com
_________________

Introdução: Talvez uma imagem represente tudo! Confúcio, MacLuhan e Deleuze


combinando idéias e se mostrando de peito aberto. Isto! de peito aberto! a imagem de quatro
servidoras da saúde de uma cidade do interior gaúcho em pleno ato de amamentar diria tudo:
humanidade, humanização, ensino, aprendizado. o recordar nos mostra o começo em 2007
quando do desenvolvimento da humanização do pré-natal na integração de serviços de
atenção básica, chegou-se à importância do aleitamento materno. Daí surge um Fórum de
Saúde Coletiva, uma Semana Municipal de Aleitamento Materno com o tema: ”Deixa eu dizer
que te amo!”. Depois uma peça teatral com a cenografia construída pelos pacientes dos
grupos de saúde mental e a interpretação dos servidores da saúde. em 2009 o contato com a
L-materno, lista internética, que se propõe a ser espaço de promoção do aleitamento materno
através da troca de informações e discussões, trouxe a necessidade de uma sensibilização.
Olha Morin aí minha gente! um evento que pudesse trazer sensibilidade e pudesse “causar”
sensibilidade na questão da humanização na amamentação. Objetivos: Provocar a
sensibilização de usuários e servidores da Secretaria Municipal da Saúde de uma cidade da
serra gaúcha frente à necessidade de humanização no trato com as questões envolvendo
gestação, parto, amamentação e aleitamento materno. Métodos: Foi idealizado um pôster
com 4 servidoras, uma técnica de enfermagem, uma enfermeira, uma médica e uma
psicóloga, juntas amamentando seus filhos. o pôster foi utilizado como tema visual da semana
de amamentação e estimulou as fotografias de usuárias amamentando que oportunizou uma
exposição nos corredores do Centro de Saúde na sede do município. Resultados: o pôster
serviu para que se aproximassem os profissionais e participantes dos grupos de mulheres.
Várias discussões surgiram a partir daquela imagem que trouxe ensino e aprendizagem a
todos que participaram. uma das nutrizes de mamas pequenas e amamentando um robusto
filho, proporcionou com sua exposição o entendimento que era possível sim, amamentar
independentemente do tamanho das mamas. Mães usuárias da UBS se sentiram fortalecidas
em sua vontade de amamentar com o reforço da imagem das “doutoras” do Centro de Saúde
em situação igual a delas. Servidoras se mostraram orgulhosas daquelas companheiras de
trabalho que não tiveram medo de se expor em prol da humanização. Conclusões: Cada
gesto ou ação decorrente daquela imagem trouxe o sentido de que usuários e servidores da
saúde se colocam como seres humanos, em um momento em que a lógica dominante se
esquece das pessoas em detrimento do papel que representam. o desencontro nas relações
paciente-profissional, a desconfiança, o descrédito acerca dos serviços públicos de saúde
necessitam de uma resposta. Não há como se falar em humanização sem se retomar o tema
de democratização das relações interpessoais, das instituições, do sistema de gestão e do
SUS.
_________________

Ribeiro, José Carlos; Rippel, Luciane. De Peito Aberto: Humanização e Amamentação!. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São
Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10298

_________________
57
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Utilizando o Lúdico no Processo de Educar em Saúde:


Produzindo Jogos Educativos para Crianças e Adolescentes
_________________

Melo, Luciana de Lione


Universidade Estadual de Campinas - Unicamp — lulione@fcm.unicamp.br
_________________

Introdução: o jogo é considerado como uma das principais premissas básicas do ser
humano. no jogo existe alguma coisa ‘em jogo’ que transcende as necessidades imediatas
da vida e confere sentido à ação. Considerando que educar é ir além da transferência de
conhecimentos, mas, sobretudo possibilitar sua produção, a utilização do jogo desperta a
ideia de um ensino com ênfase nas necessidades do aluno, onde o professor se coloca
como um gerador de situações estimulantes eficazes. Assim como é possível utilizar jogos
na educação formal de adultos, também o é no processo de educar em saúde. a
preocupação por esta temática reflete a mudança de paradigma em relação às práticas de
saúde, antes fragmentadas e curativas e, atualmente, vistas numa concepção de
assistência integral e inseridas no contexto da promoção à saúde. Assim, a utilização dos
jogos educativos no processo de educação em saúde é capaz de, por um lado colaborar
na formação do aluno de graduação em enfermagem ensinando-o estratégias alternativas
de educação e, por outro lado, beneficiar os jogadores, crianças e adolescentes, a
aprender sobre saúde. Objetivo: Apresentar a produção de jogos educativos para
educação em saúde em enfermagem pediátrica. Métodos: Trata-se de um relato de
experiência como parte da estratégia de ensino-aprendizagem da disciplina Assistência de
Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente I do curso de graduação em
Enfermagem da Unicamp. Resultados: Foram produzidos, desde 2005, 11 jogos
educativos, para dois a seis jogadores, além de um adulto mediador. São eles -
Aprendendo sobre o Corpo Humano, Pandemia, Questão de Saúde, Crescendo e
Aprendendo, Paradigma, Aprenda sobre o nosso corpo brincando, o “X” da Saúde, Saúde
em Jogo, Jogo do Mico, Imagem e Mensagem, Tá na Mesa Pessoal!, Reciclando – uma
maneira divertida de aprender a salvar o mundo, Caixa Mágica, Figura e ação, Amarelinha
Saudável, Escobanho, Montando o seu corpo, Fases da vida e Corrida pela Saúde. Após
a confecção, os jogos educativos foram utilizados para educação em saúde com crianças
e adolescentes em unidades básicas de saúde, creches, ambulatórios e hospitais.
Conclusões: Os jogos educativos demonstraram ser uma estratégia de baixo custo,
efetiva para lidar com a faixa etária escolhida, independente do tema abordado. a ação
imposta pelo jogo exige uma postura ativa dos jogadores, que, ao jogar, articulam o ensino
e a aprendizagem em um único movimento. Além disso, o confeccionar os referidos jogos,
para os alunos de graduação em enfermagem, possibilitou uma visão do que é essencial
para o cuidado em enfermagem pediátrica - conhecimento científico capaz de transcender
o cuidado técnico, possibilitando que se vislumbre o cuidado sensível em busca da
humanização em saúde.
_________________

Melo, Luciana de Lione. Utilizando o Lúdico no Processo de Educar em Saúde: Produzindo Jogos Educativos
para Crianças e Adolescentes. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10300

_________________
58
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Dor no Processo Morte e Morrer Enfrentado Pelo


Profissional de Enfermagem.
_________________

Rodrigues, Carla Fernanda de Miranda; Conceição, Sandra Maria da Penha


Centro Universitario Anhanguera — cafemiro@gmail.com
_________________

Introdução no Brasil, existe uma cultura acolhedora na nossa sociedade, os profissionais


de enfermagem no seu atendimento ligados com a humanização possuem sentimentos
pessoais que se envolvem com o paciente, de modo a demonstrar seus cuidados diários
nos serviços prestados. São situações em que os profissionais estão expostos com muita
frequência durante diversas situações que levam ao processo do morrer e que se torna em
um momento a morte. a formação destes profissionais se torna um desafio para o corpo
docente, ensinando a lidar com os sentimentos e suas emoções mais profundas. Objetivos
Propor uma reflexão sobre os sentimentos de dor enfrentados pelo profissional de
enfermagem no processo morte e morrer durante suas atividades. Métodos Estudo de
natureza qualitativa e descritiva, desenvolvido por meio de uma revisão sistemática da
literatura ,nas bases de dados do sitio da biblioteca Virtual em Saúde – BVS- BIREME,
Llilacs, Medline e Scielo, levantou-se 54 artigos no período de 2003 até 2013. Seguindo
critérios de inclusão sendo artigos brasileiros, internacionais, gratuito e na íntegra.
Resultados: na busca da leitura de uma forma crítica destes títulos os estudos mostraram-
se que a busca de estratégias para o enfrentamento diante da morte devem ser
estabelecidas. Oferecer um acompanhamento profissional para este individuo que lida com
outras vidas se torna importante, o enfrentamento caracterizado no processo que passa
pelas cinco fases do luto como: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. para
que se obtenha eficácia e sucesso do acompanhamento a este quadro clinico o enfermeiro
necessita estar capacitado emocionalmente. Sabendo lidar com os seus sentimentos e
emoções que são geradas diante de tal situação. nos estudos vemos que são negativas
para o ser humano sendo elas; medo, sofrimento, culpa, tristeza, angustia, dor, fracasso,
sofrimento, impotência, erro, levando a frieza por parte de muitos indivíduos.
Considerações Finais: a morte e o morrer são processos da vida que geram a ausência,
o ser humano tem dificuldades de enfrentar as perdas de qualquer situação, aprendemos
que devemos superar conquistar, adquirir, enfrentar e seguir em frente. Porem como seguir
em frente com o termino de uma vida, algo que não se reconquista. Pesquisas mostram
que docentes com maior experiência profissional e com a vida mais madura, estão mais
capacitadas para transmitir a ideia de como lidar com este perfil de paciente. Tudo para se
aprender precisa de treino para se adquirir habilidade e como se habilitar a morte? o final
sem volta para os que ficam e para aqueles que partem. Identificar e passar pelas fases
do luto ajudam os profissionais a aceitarem a situação de modo a não interferir no
profissional ou no pessoal do individuo. Palavras chaves: dor; enfermagem; morte e morrer.
_________________

Rodrigues, Carla Fernanda de Miranda; Conceição, Sandra Maria da Penha. A Dor no Processo Morte e
Morrer Enfrentado Pelo Profissional de Enfermagem.. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10291

_________________
54
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Reflexões Sobre a Política Nacional de Humanização e Os


Desafios de Sua Implantação Num Centro de Saúde
_________________

Pereira, Paula Bertoluci Alves; Sundfeld, Ana Cristina


Faculdade de Saúde Pública - USP — paulabertoluci@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a Política Nacional de Humanização (PNH) aposta na transversalidade das práticas


de atenção e de gestão do Sistema Único de Saúde, no combate ao desgaste do campo da
saúde, em tensão com os interesses do capitalismo, que submete o cuidado aos cálculos do
custo e do lucro. Sob tal lógica materialista, muitas vezes a relação entre trabalhador e usuário
foi se consolidando de modo hierarquizado, uma ação sobre o outro, esvaziada de interesse
numa escuta singular. o trabalho em saúde, permeado por segmentações entre saberes e
práticas, contribui para reforçar o distanciamento entre profissionais e a abordagem reducionista
do usuário, geralmente “fatiado” dentro dos serviços. Estes ingredientes contribuem para um
cuidado precário, alheio à autonomia do usuário. a PNH propõe a transformação das relações, a
criação de modos de interação abertos ao encontro com a diferença, aos interesses e
singularidades capazes de potencializar o protagonismo e a pactuação do cuidado. Esta criação
no terreno da micropolítica dos serviços pode colaborar para relações comprometidas com a co-
responsabilização entre trabalhadores e usuários, desfazendo a verticalidade das ações e
orientações prescritivas. no lugar do poder sobre o outro, a expressão de múltiplas vozes, com
espaço para produções vivas de governabilidade. Neste sentido, a política de humanização
investe em atitudes ético-estético-políticas que possam inaugurar valores, criar laços com as
diferenças que habitam a dimensão do coletivo em convivência na pólis, com as tensões e
exercícios de poder que permeiam a democracia, onde nenhuma vida pode valer mais do que
outra. Objetivo: Refletir sobre o processo de trabalho em um centro de saúde misto e as
dificuldades para a concretização do cuidado em ressonância com os princípios propostos pela
PNH. Metodologia: Revisão de literatura e observação participante em um centro de saúde
misto entre setembro de 2010 a dezembro de 2013. Resultados: Durante este período foram
realizadas tentativas pontuais pela gestão para a instituição de espaços de educação
permanente no serviço, entretanto com baixa adesão e pouca problematização sobre o processo
de trabalho e a produção do cuidado pelos participantes. a produção de cuidado por meio da
construção de encontros dialógicos, bem como a elaboração de um plano terapêutico singular
ficam a cargo de cada trabalhador. Conclusão: a inexistência de dispositivos de fomento à co-
gestão e inclusão de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde
continua reforçando modos de atenção automatizados que fortalecem o olhar sobre a doença e
não reconhecem o usuário enquanto sujeito e protagonista do ato de saúde. a PNH coloca como
tarefa substantiva a construção de relações que alterem a dinâmica do trabalho, mas não deve
ser compreendida como a vontade particular de um sujeito, exigindo ação transdisciplinar e
intersetorial para a produção de subjetividade e autonomia dos sujeitos envolvidos.
_________________

Pereira, Paula Bertoluci Alves; Sundfeld, Ana Cristina. Reflexões Sobre a Política Nacional de Humanização e Os
Desafios de Sua Implantação Num Centro de Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN
2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10296

_________________
56
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Inserção Precoce na Atenção Primária e a Formação


Humanizada: o Ensino Médico no Estado do Acre
_________________

Chaves, Marcos Masceno; Gonçalves, Jauane Vilela Santos; Silva, Karla Layse dos
Santos; Marques, Daniel Teixeira; Silva, Suziany Dantas da; Silveira, Rodrigo
Pinheiro
Universidade Federal do Acre - Ufac — marcosmasceno@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÂO: As Diretrizes Curriculares Nacionais propõem um perfil de profissional da saúde


com uma formação geral, crítica e reflexiva e que utilize metodologias de ensino-aprendizagem
centradas no estudante, em diferentes cenários. Há uma forte discussão acerca dessa reforma
curricular nos cursos de Medicina, os quais devem privilegiar a medicina preventiva, humanística e,
portanto, o contato desde o início da graduação de seus discentes com a Atenção Primária à Saúde
(APS). OBJETIVOS: Relatar a experiência da vivência na comunidade dos estudantes de medicina
a partir do primeiro ano de graduação. MÉTODOS: para inserção precoce dos acadêmicos de
medicina na Atenção Primária, o curso de graduação tem vínculo com quatro módulos de saúde,
nos quais são distribuídos grupos de 6 a 10 estudantes, que, dentre outras atuações, realizam visitas
domiciliares semanais. Essas atividades, que permitiram uma primeira vinculação entre estudantes
e comunidade, estão relacionadas às disciplinas de Medicina da Família e Medicina Comunitária,
ministradas no primeiro e no segundo semestre, respectivamente, e os grupos de alunos
acompanhados na comunidade por preceptores médicos do próprio módulo de saúde.
RESULTADOS: Percebem-se, na visão dos discente, ganhos e entraves. Ganharam os acadêmicos
com a oportunidade de vivenciar e aprender sobre a APS, sobre o SUS e de pôr em prática os
saberes aprendidos em sala de aula, principalmente no tocante ao morfofuncional. Além disso, esse
tipo de experiência propicia a formação de médicos mais humanos e preocupados com os
problemas sociais existentes na comunidade, juntamente com uma co-responsabilização por sua
resolução. Também ganharam as famílias e a comunidade, pois, após a realização de um
diagnóstico situacional, foi possível a realização de projetos de intervenção, normalmente em
grupos, que tinham como foco sobretudo o empoderamento dos participantes. Ademais, percebeu-
se que as visitas periódicas dos acadêmicos promoveram um aumento do vínculo entre a
comunidade e as equipes de saúde. Destaca-se como fator limitante o fato de que algumas famílias
visitadas esperavam algum tipo de consulta ou tratamento medicamentoso e pelo fato dos
acadêmicos terem pouca ou nenhuma prática semiológica e farmacológica, foram algumas vezes
reduzidos ou desacreditados, tanto pelas famílias como por alguns agentes comunitários de saúde,
o que talvez seja resquício do predomínio do modelo biomédico de outrora. CONCLUSÕES: o
conhecimento adquirido durante a vivência certamente vai além do currículo acadêmico. Provocou-
se o diálogo mútuo entre serviço, academia e comunidade, e, apesar dos obstáculos ainda
enfrentados, entende-se que pelos significativos ganhos, experiências como esta deveriam
estender-se a todos os estudantes da área da saúde, não só a título de aprendizado, mas também
para desenvolver a criticidade e o despertar da importância da medicina preventiva, com a
conseqüente formação de profissionais mais humanizados.
_________________

Chaves, Marcos Masceno; Gonçalves, Jauane Vilela Santos; Silva, Karla Layse dos Santos; Marques, Daniel
Teixeira; Silva, Suziany Dantas da; Silveira, Rodrigo Pinheiro. A Inserção Precoce na Atenção Primária e a
Formação Humanizada: o Ensino Médico no Estado do Acre. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10284

_________________
51
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Discutindo Doenças Prevalentes na Infância e Suas Ações em


Saúde: Relato de Experiência
_________________

Soares, Lorena Sousa; Bezerra, Maria Augusta Rocha; Santos, Janaina Maria dos
Universidade Federal do Piauí — lorenacacaux@hotmail.com
_________________

Introdução: As doenças prevalentes na infância são abordadas a partir da leitura e da


discussão do protocolo de Atenção às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI) e, mais
recentemente, ações voltadas à assistência em saúde aos recém-nascidos foram
padronizadas no AIDPI Neonatal. Objetivo: Este trabalho apresenta como objetivo relatar
a experiência da discussão promovida entre os discentes sobre as doenças prevalentes da
infância e suas principais ações em saúde. Métodos: a discussão sobre a temática foi
desenvolvida na disciplina de Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente ,
durante um turno (manhã), no mês de dezembro de 2013. a turma foi dividida em seis
grupos designados a estudar, pesquisar e expor, em sala de aula, determinados assuntos
do AIDPI e AIDPIneo. Houve a presença de duas monitoras da disciplina auxiliando,
previamente, o desenvolvimento desta atividade. Resultados: Cada grupo teve 15 minutos
para expor, brevemente, os principais pontos do seu tema. Os temas escolhidos pela
facilitadora (docente) foram: avaliação e classificação dos principais sinais e sintomas de
riscos; indicações de tratamento; aconselhamento e ensinamentos à mãe e acompanhante.
Os discentes usaram as mais variadas metodologias de aprendizagem: panfletos, cartazes,
slides e dramatização. Além disso, a cada apresentação, a facilitadora colocava questões
norteadoras para estimular as discussões, interrelacionando com a realidade social e de
saúde local. Os discentes participaram ativamente das discussões, expondo dúvidas e
vivências próprias diante de determinadas situações, além disso, colocavam propostas de
ações em saúde para cada questão, planejando, assim, as funções e intervenções ativas
nas aulas práticas da referida disciplina, que iriam acontecer posteriormente e requeriam
conhecimento prévio sobre o AIDPI e AIDPIneo. Conclusões: o momento foi rico e de
vasto aprendizado, pois os discentes utilizaram, de forma bem pessoal e intimista,
abordagens didáticas e claras de aprendizagem. com os panfletos e cartazes, pôde-se
perceber uma linguagem clara e bem próxima à população atendida na realidade de saúde
local, além disso, com a dramatização, todos puderam vivenciar ainda mais, de forma
realística, pontos abordados no AIDPI. As discussões desenvolvidas foram marcadas por
questionamentos e soluções às variadas demandas de saúde em neonatologia e pediatria.
_________________

Soares, Lorena Sousa; Bezerra, Maria Augusta Rocha; Santos, Janaina Maria dos. Discutindo Doenças
Prevalentes na Infância e Suas Ações em Saúde: Relato de Experiência. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10285

_________________
52
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Visitas Técnicas aos Centros de Referência Neonatal e


Pediátrica em Saúde Terciária: Relato de Experiência
_________________

Soares, Lorena Sousa; Santos, Janaina Maria dos; Bezerra, Maria Augusta Rocha
Universidade Federal do Piauí — lorenacacaux@hotmail.com
_________________

Introdução: Segundo Ministério da Saúde, a atenção em saúde é divida em três níveis:


primária, secundária e terciária. Cada uma apresenta ações específicas, englobando
aspectos da promoção, prevenção, tratamento, recuperação e reabilitação em saúde.
Objetivo: Este trabalho apresenta como objetivo relatar a experiência de visitas técnicas
aos centros de referência neonatal e pediátrica em saúde terciária realizadas na disciplina
de Enfermagem na Saúde da Criança e do Adolescente. Métodos: As visitas foram
realizadas nos turnos da manhã e tarde, no dia 16 de dezembro de 2013, na cidade de
Teresina, capital do Estado do Piauí. o curso de Bacharelado em Enfermagem, citado neste
trabalho, é ofertado no Campus Universitário da cidade de Floriano (PI), a cerca de 240km
da capital. a cidade dispõe de uma unidade hospitalar de pequeno porte voltada à saúde
pediátrica e neonatal. Diante deste fato, as docentes da disciplina organizaram visitas
agendadas previamente em serviços de médio e grande porte para que os discentes
pudessem conhecer a organização destes serviços e proporcionar sugestões de melhoria
na atenção à saúde pediátrica e neonatal dos usuários assistidos durante o estágio da
disciplina. Resultados: a turma foi dividida em seis grupos e a observação dos serviços foi
realizada a partir de um roteiro estruturado, desenvolvido a partir da realidade de cada
instituição. na maternidade, centro de referência em neonatologia, os setores visitados
foram: alojamento conjunto, Banco de Leite Humano e ala do Método Mãe-canguru. no
centro de atenção terciária em pediatria, foram visitados: Unidade de Terapia Intensiva
(UTI), enfermarias clínicas e cirúrgicas e Centro de Referência de Imunobiológicos
Especiais (CRIE). em cada setor, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais
profissionais, inseridos e com experiência na área, explicaram aos discentes, docentes e
às monitoras da disciplina, pontos pertinentes e relevantes para um maior aprendizado e
aproximação da teoria com a prática. um relatório será produzido pelos discentes para
compilar os principais pontos observados. Conclusões: As visitas foram um momento
único e peculiar, pois possibilitaram uma aproximação dos discentes à realidade de saúde
terciária. a partir das mesmas, estes puderam vivenciar a assistência de enfermagem aos
recém-nascidos e crianças em situação crítica e, assim, elencaram pontos importantes que
podem ser aplicados à realidade local na qual estão inseridos.
_________________

Soares, Lorena Sousa; Santos, Janaina Maria dos; Bezerra, Maria Augusta Rocha. Visitas Técnicas aos
Centros de Referência Neonatal e Pediátrica em Saúde Terciária: Relato de Experiência. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10286

_________________
53
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto de Extensão Ressurgir: Informação na Promoção À


Saúde
_________________

Paula, Eliane Rodrigues dos Santos de; Souza, Ândrea Cardoso de


Universidade Federal Fluminense — elianeiffmacae@gmail.com
_________________

Introdução: nos dias atuais, conferimos através da mídia uma realidade assustadora: o
aumento da violência em ambiente escolar, tendo a sua origem muitas vezes relacionada
ao uso indiscriminado de substâncias psicoativas (SPAs). Justificativa / Relevância:
Conhecermos a situação de consumo de substâncias psicoativas por parte de comunidade
de uma instituição de ensino na cidade Macaé; ações de promoção à saúde e prevenção
ao uso de SPAs são necessárias. a maneira de enfrentamento quanto aos problemas
causados pelo uso abusivo de substâncias psicoativas, muitas vezes não passa pela
cessação do uso, mas sim pela “Redução de Danos como política de prevenção e
assistência dos problemas relacionados ao uso de drogas psicoativas” (CRUZ, SÁAD e
FERREIRA, 2003), e esta estratégia nos remete a uma discussão, e se faz necessário um
consenso por parte de todos os atores envolvidos na questão, aspectos diversos devem
ser observados tais como, fatores culturais, sociais, econômicos, políticos, de caráter moral
e ético. Objetivos: 1) Projeto Ressurgir visa prestar esclarecimentos e ações a toda
comunidade escolar (corpo docente, administrativo, pais e alunos) explicando o que é
(realmente) e como está para a sociedade o uso de substâncias psicoativas nos dias de
hoje, as suas várias “faces” e disfarces, trabalhando para formar multiplicadores em
conscientização e detecção quanto ao problema, desmistificar de que todo usuário de
SPAs é uma pessoa “sem vergonha”, “mau caráter”, e que não precisa de ajuda.
Metodologia: para alcançarmos os objetivos propostos, utilizaremos folhetos explicativos
(com conteúdo simples e ilustrado), palestras com profissionais que já trabalham com a
demanda em instituições de saúde (servidores e responsáveis), e com apresentações
culturais, como música, teatro, oficinas assim como depoimento de ex-usuários em
tratamento. Resultados: no decorrer de 4 anos de implantação na instituição de ensino,
resultados positivos foram observados tais como: pessoas antes marginalizadas buscaram
tratamento e voltaram a serem ativas e saudáveis, e em relação ao espaço cultural que foi
criado a partir do projeto. Conclusão: Concluímos que ao discutir saúde em ambiente
escolar através da arte e cultura, humanizamos as intervenções junto aos usuários de
SPAs de toda a comunidade da instituição de ensino.
_________________

Paula, Eliane Rodrigues dos Santos de; Souza, Ândrea Cardoso de. Projeto de Extensão Ressurgir:
Informação na Promoção À Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10283

_________________
50
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto de Extensão: Música e Humanização Hospitalar – As


Possibilidades da Música e a Construção de Narrativas de Vida
_________________

Silva, Letícia Alves da; Gandara, Conrado Augusto; Arujo Junior, Federic Rinaldo
Mendes de; Oliveira, Vinícius Duarte de
Unifesp - Universidade Federal de São Paulo — leticia.tyta@hotmail.com
_________________

Introdução a música e sua apreciação por grande parte da população já é conhecida. no entanto,
no âmbito das ciências da saúde ainda não é tão difundida e nem do conhecimento de muitos. Ainda
assim, tem estabelecido sua marca nesta área. no presente trabalho a música, associada à
construção de narrativas de vida, faz-se como um recurso no processo de cuidado e humanização
no ambiente hospitalar e não como uma terapia propriamente dita. a atuação apoia-se no
reconhecimento da importância de levar em conta a integralidade, incluindo aspectos da história e
subjetividade dos pacientes. Objetivos Este projeto de extensão universitária tem por objetivo
principalmente promover saúde e estimular a busca pela cura, ao tentar diminuir os efeitos negativos
da hospitalização, por meio de atividades humanizadoras com a utilização de recursos musicais.
Métodos o projeto ocorre por meio de encontros de uma dupla de estudantes com pacientes
internados, e acontecem duas vezes na semana e têm duração aproximada de 30 minutos de
acordo com o paciente. Utilizam-se como recursos instrumentos musicais (violão, escaleta, flauta,
instrumentos artesanais) e canto para reproduzir músicas marcantes da vida do paciente, além da
permanente escuta atenta e sensível. À posteriori, ocorre a construção de narrativas de vida a partir
das músicas selecionadas pelo paciente no decorrer dos encontros. no encontro inicial verifica-se
o interesse do paciente em participar e, em caso positivo, inicia-se a aproximação e o levantamento
das músicas que virão a ser tocadas no(s) encontro(s) seguinte(s). o planejamento prevê que a
cada encontro uma música seja tocada e outra sugerida para o próximo encontro. o número de
intervenções/encontros por paciente não tem caráter rígido. Desta forma, a quantidade de encontros
varia a depender do envolvimento e da permanência do paciente no hospital. Resultados Pelo
pouco tempo de implantação do projeto, ainda não houve mensuração de resultados. Contudo a
vivência e os registros em diários de trabalhos já nos dão um feedback bastante positivo da
viabilidade do mesmo. a expressão "a música é o que me mantém vivo", dita por um dos pacientes
participantes, dentre muitas outras de mesmo teor, sintetiza um resultado interessante. É também
frequente a maior interação entre os pacientes de um mesmo quarto após os encontros e também
uma boa expectativa pelos encontros vindouros por parte dos mesmos. Conclusões: Concluímos
que a criação de vínculos associada ao trabalho desenvolvido com a utilização da música e da
escuta qualificada tem propiciado certo impacto a todas as pessoas que vivem o cotidiano desta
enfermaria, sejam pacientes, seus acompanhantes, a equipe de serviço, até nós mesmos. Os
encontros têm despertado sensações as mais variadas possíveis, a depender do grau de
significância da música para cada paciente, demonstrando o sentido e o valor da mesma,
possibilitando diálogo e melhora do instante presente, provisório ou não, da condição de internação.
_________________

Silva, Letícia Alves da; Gandara, Conrado Augusto; Arujo Junior, Federic Rinaldo Mendes de; Oliveira, Vinícius Duarte
de. Projeto de Extensão: Música e Humanização Hospitalar – As Possibilidades da Música e a Construção de Narrativas
de Vida –. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10278

_________________
47
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Análise da Produção Científica Sobre Envelhecimento e


Espiritualidade
_________________

Chaves, Lindanor Jacó; Buriti, Marcelo de Almeida; Gil, Claudia Aranha; Rodrigues,
Graciele Massoli
Universidade São Judas Tadeu — lindajchaves@gmail.com
_________________

O envelhecimento populacional é um grande desafio para o Brasil e o mundo, e tem estimulado


estudos e investigações em diversas áreas do conhecimento. a espiritualidade tem sido considerada
ao longo dos anos como fator de satisfação e até mesmo de consolo para diferentes momentos da
vida. Assim, o objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar artigos sobre Envelhecimento e
Espiritualidade publicados na SCIELO no período de 2000 a 2012. o conjunto de estudos analisados
foi identificado na base de dados SCIELO e a localização dos artigos foi realizada nos meses de
agosto a outubro de 2012 no período de tempo pesquisado foram encontradas 11 publicações
referentes ao tema em questão. Os resultados demonstram que mais de 80% das pesquisas são
descritivas, entre os estudos analisados a temática mais abordada foi Avaliação da Qualidade de vida
e Saúde encontrada em mais de 45% dos trabalhos. Verificou-se ainda que a maior parte dos estudos
são qualitativos (45,45%) e que todos os artigos analisados são de delineamento de levantamento.
nas pesquisas de campo, os instrumentos mais utilizados foram os questionários; quanto aos
objetivos mais de 54% das pesquisas atendem aos objetivos propostos inicialmente pelos
pesquisadores; entretanto, entre os estudos analisados, apenas três apresentam o conceito de
espiritualidade. o reduzido número de publicações nessa temática com foco em idosos demonstra a
necessidade de pesquisas mais direcionadas a esse grupo e suas especificidades, bem como a
elaboração de instrumentos adequados de avaliação, uma vez que a maioria dos estudos utiliza-se
de instrumentos genéricos na mensuração do impacto dessa espiritualidade na vida dos idosos.
Assim, concluiu-se que a produção científica sobre espiritualidade e sua relação com o
envelhecimento, e a população idosa de forma geral, é um campo de investigação em expansão, que
vem sendo estudada a partir da avaliação de saúde e qualidade de vida dos idosos, e que o maior
número de pesquisas vem sendo realizada por pesquisadores do gênero feminino. Nesse contexto,
a interdisciplinaridade nos estudos com essa temática é de fundamental importância, por possibilitar
a inter-relação entre as ciências, permitindo, que o conhecimento produzido possa ser utilizado em
diferentes áreas do conhecimento. o maior número de pesquisas qualitativas de delineamento
descritivo demonstra o interesse pela subjetividade do idoso. As temáticas abordadas nos estudos e
os objetivos propostos em sua grande maioria não visam uma abordagem que estude
especificamente a relação entre os aspectos da espiritualidade e o processo de envelhecimento. Há
uma carência também na conceituação de espiritualidade nos artigos, e essa ausência prejudica a
compreensão do papel da espiritualidade na saúde e na qualidade de vida do idoso.
_________________

Palavras-chave: Idosos, saúde, espiritualidade


_________________

Chaves, Lindanor Jacó; Buriti, Marcelo de Almeida; Gil, Claudia Aranha; Rodrigues, Graciele Massoli. Análise da
Produção Científica Sobre Envelhecimento e Espiritualidade.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades
& Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10280

_________________
48
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Importância da Moral Kantiana no Ensino de Bioética: Relato


de Experiencia
_________________

Soares; Sônia
Universidade Federal do Rio Grande do Norte — sonia.fil@bol.com.br
_________________

INTRODUÇÃO: o ensino de bioética é relativamente recente no Brasil. Relata-se aqui a


experiência de introduzir o ensino de bioética em Curso de Nutrição, tendo como referencial
algumas reflexões do filósofo Immanuel Kant. a necessidade de conteúdos éticos na formação
do Nutricionista está colocada nas Diretrizes Curriculares Nacionais, onde é possível
identificar as implicações éticas presentes em todas as competências e habilidades gerais
relacionadas na Resolução nº 5/2001 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional
de Educação. Além da formação técnica, o Nutricionista deve ter formação generalista,
humanista e crítica. Partindo destes pressupostos, apresenta-se e justifica-se o processo de
inserção de elementos da filosofia moral kantiana na discussão de temas atuais como o direito
humano à alimentação, soberania alimentar, autonomia e dignidade, objetos de reflexão na
disciplina de bioética. OBJETIVOS: o objetivo deste trabalho é relatar e refletir sobre minha
experiência de inserir reflexões kantianas no ensino de bioética na formação do Nutricionista,
durante os anos de 2010-2012. MÉTODOS: Consideram-se na reflexão: o projeto pedagógico
do curso, a ementa da disciplina, as diretrizes curriculares nacionais para cursos de graduação
em Nutrição, e a importância de alguns elementos da filosofia kantiana para o ensino da
disciplina. RESULTADOS: o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) reafirma o compromisso de
formar Nutricionistas que tenham “competências e habilidades para realizar seus serviços
dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta
que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com
a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo” (Res. nº 5/2001,
art.4º); sendo a saúde um direito humano e social, esta formação deve contemplar as
necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS, e valorizar as dimensões éticas e
humanísticas, visando desenvolver atitudes e valores orientados para a cidadania e para a
solidariedade. a Constituição Brasileira estabelece a cidadania e a dignidade da pessoa
humana como fundamentos do Estado Democrático de Direito (art. 1º). Todos estes aspectos
podem ser abordados no ensino de bioética, à luz da moral kantiana. Assim sendo, utiliza-se
a doutrina dos deveres para consigo para introduzir a questão moral nas escolhas alimentares,
extrapolando o âmbito jurídico-político do direito à alimentação e dever do Estado; o princípio
da autonomia, considerado por Kant como liberdade positiva, é contraposto ao princípio da
autonomia da bioética e relacionado à dignidade humana como valor moral, além de ter
profundas relações com a noção de soberania alimentar. CONCLUSÕES: o ensino de bioética
não pode prescindir de reflexões filosóficas. a filosofia moral kantiana é um importante
referencial para debater o direito humano à alimentação e a autonomia das escolhas
alimentares como temas atuais da bioética.
_________________

Soares; Sônia. Importância da Moral Kantiana no Ensino de Bioética: Relato de Experiencia. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10281

_________________
49
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Humanização como Parte do Ensino Aprendizagem de Saúde


Bucal na Escola
_________________

Ikeda, Marlene Mieko Yamanaka; Beltrami, Maria Jose; Cunha, Cristina S. G.


Fernandes; Pereira, Beatriz
Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa - FMUSP — marleneikeda@usp.br
_________________

Introdução: a humanização é um tema frequente nos serviços públicos de saúde, sendo um


instigante campo de inovação de produção teórica e prática na área da saúde. Participação,
autonomia, responsabilidade são valores que caracterizam esse modo de fazer saúde, além de
possibilitar escolhas mais conscientes e responsáveis. Dentro desse contexto, a equipe de saúde
bucal de um centro de saúde da cidade de São Paulo vem experimentando novos percursos de
ensino e aprendizagem em uma escola municipal da região, considerada um ambiente social
propício à recepção de novos conhecimentos. Há três anos, a equipe realiza ações educativas e
preventivas em saúde bucal, através de oficinas de alimentação, de doenças bucais, de
escovação e de conhecimento prévio sobre saúde bucal com alunos da 4ª série do ensino
fundamental desse espaço escolar. e desta forma, tem conseguido integração entre as equipes,
alunos e professores, criação de espaço de conversas e troca de conhecimentos, de
desenvolvimento de habilidades e práticas de autocuidado, estabelecendo um ambiente que
apoie o esforço de cada um e do conjunto para ter uma rotina saudável. Objetivo: Convidar os
alunos a visitar a Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD) para conhecer o museu
de odontologia e participar de uma atividade de prevenção em saúde bucal para complementar
o aprendizado obtido nas oficinas, conferindo mais conhecimento, autonomia e responsabilidade
com sua saúde bucal e geral. Método: Os alunos tiveram a oportunidade de assistir a um filme
sobre saúde bucal, com orientações sobre higiene oral, dieta e as principais causas do
aparecimento da cárie e gengivite, além de realizar na prática a escovação dentária e o uso
correto do fio dental. Logo após, os alunos foram conhecer o museu de odontologia, sua história
e os equipamentos odontológicos dos mais antigos até os mais modernos. no dia seguinte, os
alunos escreveram e/ou ilustraram em uma folha de papel suas observações sobre o evento.
Resultado: Pelos relatos obtidos, foi observado que houve participação ativa, rica e criativa de
informações por parte dos alunos como verificado na escrita de alguns deles: “agradeço pela
oportunidade de ir ao museu, ... gostei também dos ensinamentos, como usa a escova e como
escovar os dentes para manterem limpos e saudáveis e branquinhos como nunca e meus pais
terem orgulho de mim sempre”; e “gostei de ter a companhia da professora, das dentistas e,
principalmente, dos meus colegas e gostei de aprender mais um pouco...”. Conclusão:
Proporcionar eventos diferenciados e criativos aos alunos, valoriza e reforça o que eles já sabem,
e consequentemente, os estimulam a se interessarem por novos conhecimentos, auxiliando na
reflexão e na formação de opiniões, demonstrando respeito e aumentando a estima e a
autoconfiança.
_________________

Ikeda, Marlene Mieko Yamanaka; Beltrami, Maria Jose; Cunha, Cristina S. G. Fernandes; Pereira, Beatriz. A
Humanização como Parte do Ensino Aprendizagem de Saúde Bucal na Escola. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São
Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10274

_________________
44
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Triagem como Prática Humanizada em Saúde


_________________

Correia, Viviane Duarte; Siman, Maria da Conceição; Lemos, Maria da Penha


Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de
São Paulo — viviane.duarte@hc.fm.usp.br
_________________

INTRODUÇÃO: a triagem em serviços de reabilitação visa identificar a adequação do


atendimento às condições e necessidades específicas do paciente, o que se aplica
mediante critérios de elegibilidade. o processo requer abordagens capazes de superar o
olhar puramente biomédico para as questões de saúde, na perspectiva do princípio de
Integralidade e Igualdade do SUS, com foco na interdisciplinaridade. o processo é realizado
por Médico, Assistente Social e Psicólogo, sendo o primeiro contato pessoal do candidato
ao tratamento na Instituição. Traduz-se na interação entre profissional de saúde e usuário,
criando uma rede comprometida com a defesa da vida e cidadania. Dentro da perspectiva
da Política de Humanização do SUS, a integralidade é caracterizada pelo acolhimento,
vínculo e cuidado nas práticas focadas na escuta das necessidades do paciente na sua
totalidade, com articulação entre os saberes técnicos e a rede de serviços de saúde. a
humanização do trabalho na saúde e reabilitação implica numa preocupação com condição
de moradia, trabalho, educação, transporte, acesso a bens e serviços de saúde, de modo
a garantir ao paciente condições de bem estar físico, mental e social, (art. 3 da Lei 8080/93-
SUS). OBJETIVOS: analisar a prática humanizada como processo de triagem; detectar as
condições sócio demográficas do usuário que demanda à Instituição; identificar o perfil
social dos pacientes em processo de triagem interdisciplinar. MÉTODO: a pesquisa é de
natureza quantitativa, qualitativa e comparativa, constituída por dois grupos definidos, por
meio dos protocolos de triagem do Serviço de Serviço Social, totalizando 403 pacientes no
período de maio a setembro de 2011, e 436 no mesmo período de 2012. RESULTADOS:
a maioria dos pacientes são pessoas do sexo feminino, com faixa etária de 51 a 60 anos,
beneficiários do INSS, usuários do transporte público, compondo o grupo de “Pequenos
Incapacitados”, sem tratamento de reabilitação prévio, pertencentes à região Sul do
município de São Paulo, sobretudo à de Campo Limpo. Observa-se fragilidade na rede de
saúde, no que refere à articulação entre si e às demais políticas públicas, sobretudo à de
transporte. Infere-se que o tratamento oferecido pela Instituição absorve a demanda com
incapacidades físicas que não foi atendida pela rede básica e secundária de saúde. aos
ineleitos, diante da necessidade de encaminhamento para atendimento na comunidade
(contra-referência), observou-se a escassez e limitante nível de ofertas de serviços de
reabilitação na rede SUS primária e secundária. CONCLUSÃO: Constata-se a
necessidade de planejamento, intersetorialidade e integração da Rede SUS para a
obtenção de ganhos na equidade, acessibilidade e qualidade no atendimento. a triagem
interdisciplinar contribui para uma prática humanizada na saúde, com escuta técnica e
acolhimento qualificados, de acordo com a Política de Humanização do SUS –
HumanizaSUS.
_________________

Correia, Viviane Duarte; Siman, Maria da Conceição; Lemos, Maria da Penha. Triagem como Prática
Humanizada em Saúde. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10275

_________________
45
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Prática do Acolhimento Sob a Perspectiva da Psicologia


Humanista em um Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e
Drogas (Capsad)
_________________

Zini, Renato Luis; Oliveira, Andréia Elisa Garcia


Prefeitura Municipal de Indaiatuba - SMS — rlzini@yahoo.com.br
_________________

Introdução o acolhimento reconhece a importância que a dimensão subjetiva exerce para facilitar
a troca de saberes entre usuários e profissionais de saúde, admitindo saberes e práticas científicas
e populares presentes nos serviços de saúde, o que permite o rompimento com o paradigma
centrado unicamente nos saberes médicos. a possibilidade de estabelecer vínculos e
responsabilizações entre usuários e profissionais de saúde pode ser confundido, na prática
cotidiana, como mais um dispositivo gerencial e de procedimentos nos serviços, traduzido em
entrevistas formais de anamnese, triagens para o acesso a consultas médicas, entre outros.
Objetivo Apreender fenomenologicamente a prática do acolhimento efetivada por um psicólogo de
orientação humanista no contexto de um CAPSad , em um município do interior do Estado de São
Paulo. Método Pesquisa qualitativa e fenomenológica, realizada no contexto da prática do
acolhimento em um CAPSad. a opção foi pela construção de narrativas, que é uma estratégia
metodológica, especialmente aquelas de caráter fenomenológico, em que o ato de narrar deve ser
compreendido em sentido mais específico e provido de significados, além da simples atividade de
contar ou expor oralmente um fato. Foram elaboradas 36 narrativas e selecionadas 15 para efeitos
da pesquisa. Cada narrativa passou por análise fenomenológica, com respaldo da teorica da
Psicologia Humanista. ao fim foram elaboradas sínteses de natureza interpretativa. Resultados:
com o acolhimento, as pessoas mantinham um olhar para si menos depreciativo que o lançado pela
sociedade, referindo um tipo de hierarquia em relação ao nível de sanidade: a clara separação entre
os usuários de crack inalados em cachimbos daqueles que o utilizavam em latas de alumínio; a
relação subjetiva com o próprio corpo referia-se a uma cisão entre o físico e o psicológico; a
responsabilização pelas perdas familiares, profissionais e pelo convívio social limitado ao círculo de
outros usuários de drogas. a angústia diante da constatação da perda de controle do uso mobilizou
recursos internos para a busca de ajuda profissional. a chegada ao CAPS foi tida como uma relação
pretérita com as drogas, “um divisor de águas”, reconhecendo-se como “já estar em tratamento”.
Conclusões: Alguns aspectos do acolhimento assemelharam-se aos existentes na prática do
plantão psicológico em instituições. um conjunto de atitudes características da tradição humanista
– clima de aceitação, compreensão, afeto e cumplicidade, ou seja, um ambiente no qual o usuário
receba um olhar no intuito de reconhecê-lo (não julgá-lo), para confirmá-lo como pessoa digna de
respeito e consideração – o acolhimento mostrou-se fértil para a reflexão de como a experiência
dos clientes pode ser facilitada na intervenção clínica dialógica. Não se trata de apenas recepcionar,
mas respeitar o cliente na maneira de se posicionar diante dos problemas vividos, ciente de que,
sem a participação ativa dele, nenhuma proposta de tratamento é eficaz.
_________________

Zini, Renato Luis; Oliveira, Andréia Elisa Garcia. A Prática do Acolhimento Sob a Perspectiva da Psicologia Humanista
em um Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas (Capsad). In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10277

_________________
46
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Titulo: Implantação de um Programa Permanente de


Humanização de Atendimento À Saúde do Usuário e do
Profissional de Saúde
_________________

Guerra, Roberta Sannomya


Hospital de Caridade São Vicente de Paulo — roberta.guerra@hsvicente.org.br
_________________

INTRODUÇÃO: o Programa de Humanização foi descrito a partir da mudança na Gestão


Administrativa de um Hospital Geral de alta complexidade, localizado no interior de São
Paulo em Agosto de 2013. a evolução do conhecimento técnico científico não tem sido
acompanhada por um correspondente avanço na qualidade do contato humano presente
em toda a intervenção de atendimento à saúde. Existe a urgência em associar a
competência técnica e a competência na relação, fazendo-se necessário o resgate da
dimensão subjetiva na intervenção em saúde. OBJETIVO: Trabalho de natureza subjetiva
e personalizada, direcionado a educar os profissionais da saúde e gestores à
conscientização de uma cultura hospitalar humanizada. Busca-se o alcance de ações
capazes de atender as três dimensões, humanização do atendimento ao usuário;
humanização das condições de trabalho do profissional da saúde e humanização do
atendimento da instituição hospitalar em suas necessidades básicas administrativas,
físicas e humanas. METODOLOGIA: o programa foi dividido em sete etapas de execução,
sendo essas - Estabelecimento da comissão de humanização, reconhecido como espaço
coletivo e democrático, de escuta e análises; Treinamentos direcionados a ampliar
consciência e despertar sensibilidade para o tema; Formação de grupo de trabalhos
setorizados; Realização do Diagnóstico situacional, mapeamento das potencialidades e
deficiências de cada setor; Elaboração e implantação de plano operacional; Execução e
implantação das ações de humanização; Avaliação permanente dos resultados.
RESULTADOS: o programa é direcionado para o alcance de 75% dos profissionais da
saúde da instituição hospitalar, ampliando responsabilização e adoção da ética do cuidado
gerando resultados positivos para o paciente, além do desenvolvimento e definição de
ações permanentes como ferramentas da divulgação da cultura humanizada, tornando os
processos seguros, aumentando a eficiência na resolução dos conflitos e favorecendo a
qualidade na comunicação. no decorrer destes cinco meses, desde implantação do projeto,
diversas ações foram desenvolvidas, iniciaram treinamentos ao quadro de recursos
humanos e o tema humanização está sendo explorado como condição sine qua non ao
exercício profissional e cuidados prestados ao paciente. CONCLUSÃO: a implantação
deste programa e permanência de suas ações fomentam as prerrogativas e diretrizes da
Política Nacional de Humanização, estabelecendo qualidade na assistência integrada,
propiciando gestão administrativa humanizada que valoriza, atende as necessidades
humanas e respeita a equidade das relações.
_________________

Guerra, Roberta Sannomya. Titulo: Implantação de um Programa Permanente de Humanização de


Atendimento À Saúde do Usuário e do Profissional de Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10271

_________________
42
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Confecção de uma Fotonovela como Estratégia de Educação


em Saúde: Relato de Experiência
_________________

Talizin, Elisabete Venturini; Cres, Marli Rosangela; Lannes, Milene Morais


Centro Universitário Adventista de São Paulo — bete.talizin@ig.com.br
_________________

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são uma das principais causas de morte
no mundo e estão diretamente relacionadas ao estilo de vida do século XXI que é
caracterizado pelo tabagismo, dieta insalubre, sedentarismo e uso abusivo do álcool. Além
de incentivar a prevenção das DCNT, deve-se proporcionar um cuidado integral e
humanizado aos portadores das mesmas. Muitos portadores de DCNT tem dificuldade em
aderir ao tratamento proposto, tanto medicamentoso como mudanças no estilo de vida. por
outro lado, os profissionais de saúde ainda tratam os usuários de saúde como “pacientes”,
ou seja, passivos, apáticos, impõem tratamentos e mudanças de estilo de vida que não
são compreendidos pelos mesmos. É importante elaborar estratégias de educação em
saúde que visem alterar essas situações. o objetivo desse trabalho foi confeccionar uma
fotonovela como estratégia para educação em saúde. Esse trabalho foi realizado por duas
enfermeiras e uma nutricionista, durante uma das disciplinas do mestrado profissional em
Promoção de saúde no segundo semestre de 2013. a Fotonovela é caracterizada por um
texto sob a forma de diálogos travados por personagens fotografados. Optou-se em
confeccionar uma fotonovela, por ser uma estratégia de caráter lúdico, que pode contribuir
para a educação em saúde, pois apresenta uma história do cotidiano, contém imagens e
linguagem acessível. o objetivo da fotonovela não é simplesmente oferecer informações
sobre o tratamento de DCNT, mas conduzir os leitores a reflexões e discussões, tanto os
usuários de saúde como os profissionais e estudantes da área da saúde. o roteiro da
fotonovela foi elaborado pelas autoras a partir das experiências como profissionais de
saúde. Os atores foram familiares de uma das autoras e as próprias autoras. Foi criada
uma história sobre um casal na faixa etária dos 40 anos, denominado “Casal sem sal e
sem açúcar”, que possuía Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. a história se passa no
ambiente doméstico e em um consultório de uma Unidade Básica de Saúde. Foram
ilustradas algumas situações do cotidiano do casal que mostram as dificuldades em relação
à adesão ao tratamento, tanto medicamentoso como mudanças no estilo de vida, a
percepção da doença, a necessidade de apoio emocional e comunicação com os
profissionais de saúde. na história foi proposta a atuação de uma equipe interdisciplinar
que pratica a escuta sensível e valoriza a participação do usuário de saúde em seu
tratamento. a fotonovela foi impressa em papel fotográfico colorido, tamanho A4 e contém
5 páginas. Os profissionais de saúde necessitam buscar e criar novas estratégias para a
educação em saúde, trabalhar interdisciplinarmente, respeitar e valorizar os usuários de
saúde.
_________________

Talizin, Elisabete Venturini; Cres, Marli Rosangela; Lannes, Milene Morais. Confecção de uma Fotonovela
como Estratégia de Educação em Saúde: Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10273

_________________
43
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Visão Moral dos Profissionais e Suas Implicações para a


Humanização da Assistência
_________________

Junges, José Roque; Oliveira, Márcia Regina de


Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) — roquejunges@hotmail.com
_________________

Se para a Política Nacional de Humanização a produção de saúde é sempre produção de


subjetividade, tanto de usuários quanto de profissionais, o modo como esses últimos se
posicionam subjetivamente na relação com o usuário é fundamental para o alcance das
metas da humanização. por isso é importante conhecer como a visão moral subjetiva dos
profissionais influencia na humanização das suas práticas de atendimento. OBJETIVO da
PESQUISA: analisar a visão moral dos profissionais de uma Unidade Básica de Saúde
(UBS) e apontar suas implicações para a prática da humanização da assistência.
METODOLOGIA: trata-se de uma investigação de natureza exploratória, com abordagem
qualitativa. Os dados foram coletados em quatro sessões de discussão focal com
profissionais de uma UBS da cidade de São Leopoldo (RS), tendo cada reunião a duração
de uma hora. Fizeram parte do grupo: 1 gestora da unidade, 1 médico, 1 dentista, 2
enfermeiras, 3 técnicas de enfermagem, 1 atendente da portaria, 1 auxiliar de serviços
gerais. o roteiro do grupo focal partiu de casos concretos trazidos pelo condutor da
discussão ou apresentados pelos profissionais que incluíam as seguintes questões para a
discussão: Quais são os direitos do usuário, Qual é a responsabilidade dos profissionais
em relação a esses direitos, em que consiste a resolutividade na resposta às necessidades
em saúde, em que consiste a ética das práticas do serviço, em que consiste a humanização
neste caso concreto. Os dados transcritos foram interpretados pela análise do discurso.
RESULTADOS: o principal resultado foi que os profissionais identificaram moral com ter
boas intenções no atendimento, sendo os resultados mais uma consequência de
procedimentos técnicos do que uma questão ética. Esse resultado aparece analisando a
dinâmica do discurso e os termos utilizados. DISCUSSÃO: As diretrizes da Política
Nacional de Humanização propõem a corresponsabilidade e a cogestão de profissionais,
gestores e usuários, para o alcance dos objetivos da humanização que são a resolutividade
e a excelência na prestação dos serviços de saúde. Nesse sentido humanização não é
uma questão de caridade, mas corresponde à realização dos direitos do usuário.
Conclusão: por isso a ética do profissional não pode estar pautada pela boa intenção, mas
deve ser baseada nos resultados, identificando-se com a ética da responsabilidade.
_________________

Palavras-chave: Humanização, Ética, Profissionais, Resolutividade, Responsabilidade


_________________

Junges, José Roque; Oliveira, Márcia Regina de. A Visão Moral dos Profissionais e Suas Implicações para a
Humanização da Assistência. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10269

_________________
40
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Interfaces Entre Demanda e Humanização: o Discurso dos


Profissionais
_________________

Junges, José Roque; Oliveira, Márcia Regina de


Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) — roquejunges@hotmail.com
_________________

A humanização dos serviços da atenção primária à saúde depende, em grande parte, da


resolução das necessidades em saúde e da consequente organiza¬ção da demanda. a
configuração da demanda depende de uma construção social que, deixada em sua
expressão espontânea, tem fortes implicações sobre a humanização dos serviços. por isso
é importante conhecer o discurso dos profissionais sobre a demanda. OBJETIVO: o artigo
objetiva conhe¬cer as implicações da demanda sobre a humanização das práticas de
atenção primária. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória com
aborda¬gem qualitativa. o universo empírico da pesquisa foi composto por 10
trabalhadores de uma Unidade Básica de Saúde da cidade São Leopoldo (RS): 1 gestora,
1 médica, 1 dentista, 2 enfermeiros, 3 técnicos em enfermagem, 1 atendente da portaria e
1 encarregado do almoxarifado. a coleta de dados aconteceu em 4 reuniões de discussão
focal sobre temas como política de humanização, direito à saúde, integralidade,
acolhimento, subjetividade em saúde, processos de trabalho. As discussões foram
gravadas e transcritas. Os dados foram trabalhados pela análise do discurso.
RESULTADOS: como re¬sultados, apareceram três repertórios linguísticos ligados à
demanda: 1) compreensão das necessidades em saúde; 2) entendimento do acolhimento
como tria¬gem e aplicação de protocolo; 3) influência do modelo biomédico na organização
dos serviços. DISCUSSÃO: a excessiva demanda e a falta de resolubilidade estão ligadas
a uma compreensão das necessidades de saúde como o simples acesso à tecnologia, e
do acolhimento apenas como triagem de sintomas. Os profissionais da enfermagem
reportam como uma causa da ex¬cessiva demanda o fato dos usuários querer serem
atendidos pelo médico, o que pode ser explicado pela cultura da atenção criada pelo
mo¬delo biomédico no qual eles próprios se encontram quando entendem as necessidades
e o acolhimento na perspectiva biomédica.
_________________

Palavras-chave: Humanização; Atenção Primária à Saúde; Demanda; Necessidades em


saúde; Acolhimento; Profissionais.
_________________

Junges, José Roque; Oliveira, Márcia Regina de. Interfaces Entre Demanda e Humanização: o Discurso dos
Profissionais. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10270

_________________
41
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Organização do Processo de Trabalho na Estratégia Saúde da


Família: Contribuições do Programa de Valorização da
Atenção Básica-Provab no Ceará
_________________

Brilhante, Ana Paula Cavalcante Ramalho; Gomes, Kilma Wanderley Lopes; Lopes,
Luana Bezerra; Arruda, Francisca Lucia Nunes de; Justa, Ana Virginia de Castro da
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará — apcrbrilhante@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a Atenção Básica como Rede de Atenção à Saúde estruturante do SUS tem sido assumida
pelo Ministério da Saúde- MS com prioridade. Entre os desafios refere o acesso e acolhimento, à
efetividade, à resolutividade das suas práticas, ao recrutamento, provimento e fixação de profissionais, a
capacidade de gestão, coordenação do cuidado (BRASIL, 2012). no ano de 2003, o MS criou a Política
Nacional de Humanização (PNH), com um dos objetivos enfrentar problemas no campo da organização e
da gestão do trabalho em saúde (PASCHE et. , 2011). para a viabilização dos princípios e resultados
esperados com o HumanizaSUS, a PNH opera com diferentes dispositivos, entendidos como “tecnologias”
ou “modos de fazer”, entre eles o acolhimento com avaliação ou classificação de risco. Segundo o
Ministério da Saúde, a humanização é entendida pela valorização dos diferentes sujeitos implicados no
processo de produção de saúde (BRASIL, 2004). OBJETIVO: Relatar a experiência da implantação do
acolhimento com avaliação de risco e vulnerabilidade em uma Unidade de Saúde da Família do interior do
Ceará. METODOLOGIA: Inicialmente realizou-se reunião com os médicos do PROVAB, supervisora,
representantes da comissão estadual coordenadora do programa e gestores local após avaliação dos
problemas detectados. no segundo momento foi realizado reunião com a supervisora e toda a equipe para
apresentação da proposta e pactuação da realização de oficina de acolhimento com avaliação de risco e
vulnerabilidade. a equipe foi organizada em três grupos: Acolhimento e organização da agenda, saúde
materno infantil, visita domiciliar e atenção ao paciente com hipertensão arterial e diabetes mellitus. para
desencadear as discussões, foram levantadas questões norteadoras. Após discussões nos grupos, foram
apresentados os produtos. RESULTADOS: Pactuação quanto a organização da agenda; Agentes
Comunitários de Saúde-ACS encarregados de orientar a comunidade sobre o atendimento de acordo com
a agenda proposta; acolhimento com avaliação de risco e vulnerabilidade realizado pela enfermeira;
reunião mensal para avaliação e planejamento do mês seguinte com toda a equipe; realização de
atendimento dos grupos prioritários, seguindo as orientações do MS; agendamento de atendimento nas
áreas distantes. na primeira avaliação realizada percebeu-se melhoria na organização do processo de
trabalho da equipe, satisfação de todos os trabalhadores de saúde, em especial do ACS, pois sentiram
maior valorização em serem incluídos na organização do serviço. CONCLUSÃO: Torna-se necessário que
as equipes possam refletir e analisar seu processo de trabalho, de modo que garanta o acesso da
população aos serviços de saúde na Atenção Básica. Ressaltamos que as experiências de acolhimento
de fato vivenciadas no cotidiano também dos trabalhadores precisam ser percebidas como produtor de
cuidado para eles e para os usuários, assim poderão defender o acolhimento como dispositivo de
fundamental importância para todos.
_________________

Brilhante, Ana Paula Cavalcante Ramalho; Gomes, Kilma Wanderley Lopes; Lopes, Luana Bezerra; Arruda,
Francisca Lucia Nunes de; Justa, Ana Virginia de Castro da. Organização do Processo de Trabalho na Estratégia
Saúde da Família: Contribuições do Programa de Valorização da Atenção Básica-Provab no Ceará.. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10267

_________________
38
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Diagnóstico Situacional de uma Unidade de Urgência:


Acolhimento e Classificação de Risco
_________________

Araujo, Raphael Almeida Santiago de; Silva, Flávio Aragão; Cruz, Márcia Barbosa;
Abud, Ana Cristina Freire; Ribeiro, Eleonora Ramos de O.; Ribeiro, Maria do Carmo
de O.
Universidade Federal de Sergipe (UFS) — raphasantiago@hotmail.com
_________________

Introdução: acolher com classificação de risco significa realizar uma escuta qualificada,
priorizando o atendimento de indivíduos com maior risco de morte sem que seja necessário
obedecer a uma ordem de chegada. para que esse acolhimento seja posto em prática,
alguns pontos importantes devem ser observados: o responsável pela estratificação deverá
ser um profissional de nível superior – enfermeiro (a) ou médico (a), devem ser avaliados
sinais e sintomas que identifiquem risco para o paciente, além de uma abordagem
experiente e humanizada. ao serem triados, os pacientes são identificados pelas cores
AZUL, VERDE, AMARELO ou VERMELHO, sendo azul o grupo que menos necessita de
atendimento e vermelho o que necessita de atendimento imediato. Objetivos: descrever a
assistência prestada, quanto à classificação de risco, a pacientes atendidos em um serviço
de urgência. Métodos: estudo observacional, descritivo, realizado em uma unidade de
urgência da cidade de Aracaju-SE, com pacientes e profissionais de saúde por meio de um
roteiro semiestruturado, busca na literatura atual acerca dos métodos de classificação de
risco existentes e análise das atuais diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde.
Resultados: constatou-se que os usuários são classificados apenas em amarelo e verde,
sendo que muitos deles poderiam ser classificados como azul e encaminhados para a
atenção básica. Essa falha na classificação acaba sobrecarregando a urgência e gerando
insatisfação. Foi observado também que a classificação de risco é executada tanto por
profissionais com nível superior, como por profissionais de nível médio/técnico. por fim,
evidenciou-se que a classificação de risco realizada de forma inadequada, aliada a falta de
conhecimento dos usuários sobre a existência de protocolos de classificação de risco, gera
insatisfação nos usuários que buscam o atendimento nessa unidade de urgência.
Conclusões: percebe-se a necessidade de capacitação dos profissionais que realizam a
classificação de risco, atentando para a diversidade de sinais e sintomas preconizados nas
diretrizes do Ministério da Saúde. Sugere-se também para minimizar os problemas nessa
unidade de urgência a capacitação e a contratação de mais profissionais para suprir a
carência e diminuir o tempo de espera pelos serviços. por último, seria indispensável o
esclarecimento da população em relação à existência de um sistema que estratifica a
ordem de atendimento quanto ao risco de vida dos pacientes.
_________________

Araujo, Raphael Almeida Santiago de; Silva, Flávio Aragão; Cruz, Márcia Barbosa; Abud, Ana Cristina Freire;
Ribeiro, Eleonora Ramos de O.; Ribeiro, Maria do Carmo de O.. Diagnóstico Situacional de uma Unidade de
Urgência: Acolhimento e Classificação de Risco. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10268

_________________
39
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Roda de Conversa: Arranjo Disparador da Participação do


Trabalhador na Implementação das Diretrizes da Política
Nacional de Humanização no Ambiente Hospitalar
_________________

Castro, Adriana Miranda de; Pereira, Carlos Roberto Pinto; Thomazinho, Paula de
Almeida
Fundação Oswaldo Cruz — drikamcastro@gmail.com
_________________

Introdução: a incorporação da Política Nacional de Humanização (PNH) como diretriz para a


reestruturação da gestão e qualificação da atenção prestada em ambiente hospitalar apresenta
inúmeros desafios. por constituir-se num conjunto de ações sobre diversas práticas em diferentes
níveis de prestação de serviço e do próprio Sistema, prima por formar e fortalecer a construção
coletiva de todos os atores envolvidos. o processo foi iniciado em uma unidade hospitalar com a
dissolução do grupo técnico de humanização existente há alguns anos na instituição e a realização
de oficinas de sensibilização e grupos de trabalho, que elencaram os dispositivos prioritários e
com maior possibilidade de êxito para mobilizar a transformação institucional. Naquele momento,
o foco do trabalho fixou-se na implantação de colegiados de gestão a fim de deslocar a deliberação
sobre o cotidiano do trabalho do profissional médico e de fortalecer a construção de equipes
multiprofissionais. Paralelamente, por iniciativa de um grupo de trabalhadores criou-se a Roda de
Conversa, objetivando: ampliar a compreensão da PNH, acompanhar a efetividade e impacto das
suas diretrizes no hospital e garantir um espaço aberto de reflexão crítica do trabalhador sobre a
organicidade da humanização no dia-a-dia. Objetivo: Analisar a potência da Roda de Conversa
como dispositivo de gestão participativa e de sustentabilidade da implementação das diretrizes da
PNH no âmbito hospitalar. Método: Sistematização do funcionamento e análise das atas das
reuniões da Roda de Conversa no período de 2011/ 2013, descrição do cenário macroestrutural
do hospital, cotejamento das pautas e reflexões dos trabalhadores na Roda às deliberações da
gestão da unidade e aos avanços e resistências identificados quanto à implantação dos
dispositivos da PNH, notadamente o colegiado de gestão. Resultado: a Roda de Conversa
sempre buscou ser espaço protegido para acolher o trabalhador e colocá-lo no protagonismo da
gestão do trabalho, mas obteve significados diversos ao longo dos anos. Primeiro, caracterizou-
se pela problematização do funcionamento dos colegiados e seus efeitos, da dificuldade em
descentralizar o poder e coletivizar as decisões quanto ao trabalho, da reestruturação
organizacional e das funções de gerências multiprofissionais e compartilhadas. a seguir vê-se um
esfriamento do debate e a redução da participação, que levam à proposição da Roda como espaço
de educação permanente sobre temáticas críticas da PNH no âmbito do hospital e boas práticas
em humanização. Conclusão: Entende-se que a Roda mostrou-se ferramenta interessante no
fortalecimento da decisão da gestão quanto à implantação da PNH: capilarizando o debate sobre
o processo de trabalho, potencializando os trabalhadores na compreensão e participação dos
colegiados de gestão, resistindo às tentativas de cooptação e desmonte do projeto de
humanização e formando criticamente quanto aos princípios, método e diretrizes da PNH.
_________________

Castro, Adriana Miranda de; Pereira, Carlos Roberto Pinto; Thomazinho, Paula de Almeida. Roda de Conversa:
Arranjo Disparador da Participação do Trabalhador na Implementação das Diretrizes da Política Nacional de
Humanização no Ambiente Hospitalar. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10251

_________________
33
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Programa Articuladores da Atenção Básica: Construindo a


Humanização Através do Diálogo.
_________________

Doricci, Giovanna Cabral; Lorenzi, Carla Guanaes


Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - USP (Fapesp) — dori_gi@yahoo.com.br
_________________

Introdução: a Política Nacional de Humanização (PNH) busca aprimorar a prestação de serviços


de saúde através da valorização dos sujeitos implicados neste processo e suas formas de
interação. a humanização é também princípio norteador da Política Nacional de Atenção Básica
(PNAB). em 2009 a Secretaria Estadual de Saúde do estado de São Paulo lançou o Programa
Articuladores da Atenção Básica para oferecer suporte técnico à gestão municipal no que
concerne à qualificação da Atenção Básica. o programa inseriu uma nova função profissional
chamada “articulador da atenção básica”. nas descrições encontradas sobre esta nova função,
a comunicação se destaca como importante ferramenta de trabalho. Objetivo: Analisar o
processo de comunicação envolvido na prática dos articuladores, buscando compreender como
este Programa pode contribuir para o processo de humanização. Método: Foram entrevistados
individualmente treze articuladores da atenção básica. Estas entrevistas foram gravadas em
áudio e transcritas na íntegra. a análise possui delineamento qualitativo e respaldo teórico nas
contribuições do movimento construcionista social em Psicologia e na abordagem teórico-
metodológica da análise da produção de sentidos nas práticas discursivas. Foram realizadas as
seguintes etapas de análise: 1ª) transcrição; 2ª) leitura exaustiva das transcrições; 3ª) edição do
material através da construção temática; 4ª) seleção dos temas referentes à abertura de espaços
dialógicos de discussão. Resultados: É possível reconhecer na atuação prática desses
profissionais a utilização da comunicação não somente como ferramenta transmissora de
conhecimento técnico, mas também como ferramenta criadora de espaços dialógicos que
possibilita a discussão dos profissionais de saúde quanto a suas maiores necessidades,
dificuldades e possibilidades práticas. Conclusões: Através da abertura de espaços de
discussão o articulador contribui também para a humanização dos serviços de saúde. a partir
das relações que estabelece incentiva os profissionais a estarem abertos e reflexivos. de forma
indireta estimula o enfoque nas tecnologias leves. Concluímos que descrever a função do
articulador como potencial transformador no processo de humanização abre novas
possibilidades práticas e discursivas a respeito deste Programa que atualmente se destaca pelo
suporte técnico oferecido. Pretendemos com esta pesquisa exaltar o trabalho de humanização
que se torna possível ao construírem espaços dialógicos em seus encontros com os profissionais
de saúde e ao ampliarem a escuta sobre suas necessidades e dificuldades. Portanto, o
articulador possibilita o processo de humanização que se inicia nas relações estabelecidas no
ambiente de trabalho.
_________________

Doricci, Giovanna Cabral; Lorenzi, Carla Guanaes. O Programa Articuladores da Atenção Básica: Construindo a
Humanização Através do Diálogo.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10256

_________________
35
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Cuidado Obstétrico na Percepção de Mulheres que


Vivenciaram a Morbidade Materna Grave (Near Miss)
_________________

Aguiar, Cláudia de Azevedo; Tanaka, Ana Cristina D Andretta


Faculdade de Saúde Pública USP — claudia.azevedo@usp.br
_________________

INTRODUÇÃO a morbidade materna grave(near miss) é um evento evitável. Estudá-la e


buscar a compreensão das necessidades de saúde das mulheres que têm esta experiência
são importantes recursos na identificação das intervenções passíveis de prevenção e na
transformação de práticas em saúde. OBJETIVO Compreender os significados do cuidado
obstétrico recebido, por mulheres que vivenciaram o near miss materno. MÉTODOS
Estudo qualitativo, que contou com o relato de 7 mulheres que vivenciaram o near miss,
segundo critérios da OMS. As entrevistas ocorreram em dez/2013, após seleção feita pela
Internet. RESULTADOS PARCIAIS Os resultados têm apontado o reconhecimento de
fragilidades no cuidado recebido: “O anestesista chegou e disse: ‘eu não quero ninguém
mais aqui’, tirou meu marido[...] e falou que ia me preparar para a anestesia[...] Só que de
repente ele aplicou a agulha, sem avisar, e eu pulei de susto, eu não tava preparada. e ele
disse: ‘Não faz isso, senão você não vai tomar a anestesia!’, e aquilo pra mim...[grande
suspiro]. Depois eu perguntei: ‘Cadê meu marido?’ e ele[o anestesista] disse: ‘Aqui quem
manda é a equipe!.” (Andréa, 38 anos, hemorragia- UTI por 5 dias, Laparotomia pós-
cesárea e hemotransfusão). “[No trabalho de parto] minha pressão continuava alta, mas eu
estava dilatando, estava tudo indo bem. com 10 cm, eu comecei a fazer força, porque era
involuntário; eu tava na partolândia, como se diz[...] e a obstetriz falou: ‘não faz
força,porque a médica ainda não chegou’, e aí, putz, que droga [lágrimas]. Pra mim,isso
mudou tudo[...] Acho que esse momento pode ter influenciado o que houve comigo depois.”
(Daniela, 32 anos, eclâmpsia - UTI por 24h). “Passei muito mal a gravidez toda e ele [o
médico] sempre dizendo que era normal[...] Foram sete infecções urinárias até a 31ª
semana[...] Até que tive uma febre de 42°[...] Era pielonefrite e uma infecção grave no meu
sangue. Foi só aí que fizeram outros exames, o ultrassom, que mostrou um rim único,
doente[...]Fiquei 18 dias internada, perdi peso e fiquei longe do meu outro filho [lágrimas].”
(Nicole,26 anos) “Com 7cm de dilatação, a médica disse que ia me ajudar, dilatando o resto
com a mão[...]Depois disso, eu comecei a sangrar muito[...]Sentia um rio de sangue saindo
de dentro me mim. Enquanto me costuravam, me deram uma aula de placenta,dizendo que
a minha estava inteira[...] no quarto, eu desmaiei e não voltei mais[...]Fui para a cirurgia[...]e
UTI; fiquei longe da minha bebê. Soube depois que era resto de placenta[...] Contratei uma
equipe toda e nenhum deles foi me ver no pós-parto.” (Patrícia,31 anos) CONCLUSÕES:
a compreensão das mulheres acerca da experiência de near miss ultrapassa a dimensão
biológica (quando se busca razões técnicas para o ocorrido). o cuidado profissional (ou a
ausência dele) tem grande relevância nos discursos, tornando-se relacional com o
desfecho negativo vivenciado.
_________________

Aguiar, Cláudia de Azevedo; Tanaka, Ana Cristina D Andretta. O Cuidado Obstétrico na Percepção de
Mulheres que Vivenciaram a Morbidade Materna Grave (Near Miss). In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo:
Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10257

_________________
36
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Racionalidade Vitalista de Canguilhem e Suas Contribuições


para a Humanização das Práticas de Cuidado em Saúde
_________________

Moreira, Adriana Belmonte


Universidade Federal do Parana — adribelmonte@bol.com.br
_________________

Introdução: a relevância do estudo de Canguilhem hoje reside no fato de que, já nos anos 40,
ele colocava em questão o princípio de desindividualização da doença e o reducionismo físico-
químico na compreensão dos fenômenos vitais, principais características do pensamento
biomédico moderno. Ele notava que seguindo uma orientação materialista mecanicista e
reducionista, a prática clínica ficou aprisionada num esquema de causa e efeito entre o gesto
terapêutico e seu resultado, reduzindo a relação médico-doente a um automatismo de ordem
meramente instrumental. Todavia, apesar de todos os esforços de cientifização, a medicina é
uma arte que encontra na relação médico-doente os elementos para a compreensão do
patológico, pois é somente a clínica que coloca o médico em contato com o indivíduo concreto,
que vivencia a angústia suscitada pela doença. Assim, tendo por pressuposto uma concepção
de vivente que não a maquinal e de normalidade e de patologia, que não a científico-
experimental, mas axiológico-experiencial, ele elabora uma racionalidade em saúde que ao se
inscrever na antiga tradição médica vitalista procura resgatar o sentido primeiro da clínica, que
é o voltar-se ao leito do doente, entendido como um indivíduo concreto, histórico e culturalmente
contextualizado. Objetivos: Apresentar os fundamentos da racionalidade vitalista
canguilhemiana e suas contribuições para as práticas de cuidado em saúde na atualidade.
Métodos: Análise do conjunto das obras do autor. Resultados: o núcleo da crítica de
Canguilhem à medicina é o fato dela ter deixado de ser uma arte da cura para se tornar uma
ciência das doenças. Apresentando uma concepção de medicina que não ancorada numa
ciência biológica do normal, mas em situações biológicas consideradas normais, ele opera uma
subversão no pensamento biomédico moderno, na medida em que coloca o doente, como
indivíduo concreto, e não a doença, como entidade nosológica abstrata, no centro das práticas
de cuidado em saúde. com isso, ele mostra ser imprescindível a escuta clínica para a definição
do normal e do patológico, mais do que os exames de imagem e laboratoriais, já que é a vida
mesma em suas atribuições de valor que fala através do doente, mostrando os caminhos para
a cura. Além disso, propõe a relativização dos procedimentos médicos, já que cada doente é
um indivíduo singular, com história, modo de vida e capacidade de resistência orgânica
próprios. Conclusão: Se consideramos o pensamento de Canguilhem atual é porque faz frente
à desindividualização própria ao modelo biomédico moderno e às práticas dele derivadas, que
se pautam em conceitos abstratos de doença e em procedimentos universais, padronizados e
socioculturalmente descontextualizados, o que faz do doente um objeto e não um sujeito, e dos
serviços de saúde lugares de tratamento no anonimato e não espaços de acolhimento do
sofrimento e da angústia de alguém, problemas que as políticas de humanização dos serviços
de saúde ainda procuram solucionar.
_________________

Moreira, Adriana Belmonte. A Racionalidade Vitalista de Canguilhem e Suas Contribuições para a Humanização
das Práticas de Cuidado em Saúde.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização
em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10264

_________________
37
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas de Cuidados e a Humanização em Saúde: uma


Experiência de Estágio Curricular em Psicologia
_________________

Eichherr, Letícia Maísa; Cruz, Lilian Rodrigues da; Rosa, Aline Badch
Universidade de Santa Cruz do Sul — le_maisa@yahoo.com.br
_________________

Este trabalho apresenta a experiência de Estágio Integrado em Psicologia – atividade


curricular do curso de Psicologia – em um Hospital de Ensino da cidade de Santa Cruz do
Sul, região central do estado do Rio Grande do Sul. o principal objetivo é refletir sobre a
inserção da estagiária em diferentes unidades de cuidados em saúde a partir de diferentes
práticas “psi”. Além disto, propõe-se pensar a ação da psicologia em um hospital que
busque a promoção de um processo de cuidado e autocuidado em saúde envolvendo e
valorizando os diferentes autores deste processo – paciente, familiares, profissionais – e
fomentando a autonomia, o protagonismo e a corresponsabilidade destes sujeitos. a partir
das diretrizes da Política Nacional de Humanização, com destaque para a clínica ampliada,
e da possibilidade de um trabalho multiprofissional e interdisciplinar com enfoque
biopsicossocial, a prática de estágio busca ações que fomentem a construção de saberes,
instigando a reflexão acerca dos cuidados dispensados e dos cuidados promovidos. uma
das ações desenvolvidas ao longo do estágio são os grupos terapêuticos, como forma de
envolver os diferentes sujeitos nas práticas de cuidado. um dos grupos é destinado aos
acompanhantes de pacientes adultos internados e o outro aos pais de pacientes da
Unidade de Terapia Intensiva Neopediátrica e da Unidade de Cuidados Intermediários.
Ambos permitem a troca de experiências, questionamentos, reflexões e construção de
saberes acerca da internação, dos sentimentos vivenciados no cotidiano hospitalar, bem
como das possibilidades de autonomia no que se refere aos cuidados para com os sujeitos.
o desafio da consolidação dos grupos no hospital é constante ao verificarmos a baixa
adesão de pacientes e familiares, e, principalmente, dos profissionais. ao analisar esta
constatação, percebe-se a dificuldade na corresponsabilização por atividades além das
prescritas. Outra atividade desenvolvida são os atendimentos na beira do leito para
pacientes e familiares ou acompanhantes. a problematização sobre a inclusão do outro –
neste caso, dos familiares – no processo de internação hospitalar é constante, pois este
outro ainda é visto como incômodo por muitos profissionais. o “outro” que questiona,
duvida, participa, mas que, afinal, cuida. Partilhar estas problematizações com reflexões
transversalizadas pela Política Nacional de Humanização fomenta os coletivos e possibilita
um olhar ampliado aos sujeitos e uma atenção integral à saúde, assim como oportuniza
repensar a atividade do psicólogo no campo hospitalar, o qual por si só, já é um local com
inúmeros procedimentos invasivos e não nos cabe ser mais um deles. Ressalta-se, por fim,
a não busca por conclusões, mas sim interrogações permanentes sobre as práticas que
envolvem os processos de saúde-doença e a autonomia dos sujeitos no que se refere à
inclusão destes nos cuidados consigo e com o outro.
_________________

Eichherr, Letícia Maísa; Cruz, Lilian Rodrigues da; Rosa, Aline Badch. Práticas de Cuidados e a
Humanização em Saúde: uma Experiência de Estágio Curricular em Psicologia. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10247

_________________
29
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Os Espaços Coletivos como Lugar de Participação e Co-


Responsabilização dos Trabalhadores Pelas Mudanças nos
Processos de Trabalho
_________________

Pereira, Aparecida Bastos; Costa, Severino Soares da; Araujo, Maria Silvia de
Almeida; Filippini, Jose; Rigaud Filho, Erondino; Vasconcelos, Paulino Salin;
Ferreira, Maria Cristina Vicente
Hospital Municipal Dr. José Soares Hungria — cidabastos@uol.com.br
_________________

INTRODUÇÃO Conforme refere Barros (2007) existe uma diferença entre o trabalho prescrito (o que se deve fazer)
e o trabalho real (o que se faz efetivamente). para lidar com o campo do trabalho real se faz necessária a construção
de espaços dialógicos que possam dar conta da dinâmica das relações e das estratégias e atividades de regulação
que não puderam ser previamente previstas. Este trabalho fundamentou-se no pressuposto que promover saúde no
local de trabalho é criar espaços para a circulação da palavra, onde estas variações dinâmicas possam ser
nomeadas e compartilhadas, tornando-se sustentadoras de mudanças nos processos de trabalho. OBJETIVOS
Promover espaços compartilhados para análise dos processos de trabalho; aumentar o grau de comunicação inter
e intra grupos; favorecer o trabalho em equipe; favorecer a participação ativa dos trabalhadores e construir redes
solidárias no ambiente de trabalho. MÉTODOS o método empregado consistiu na realização de rodas de conversa
incluindo a totalidade dos 23 funcionários da recepção do Pronto-Socorro do HMJSH. o setting básico do Método
da Roda, conforme definido por Campos (2000), são os espaços coletivos entendidos como dispositivos que
permitem a circulação da palavra, combinando método analítico (centrado no sujeito) com recursos que capacitem
o grupo a desenvolver capacidade reflexiva. Os resultados destes encontros foram registrados e discutidos em
outros coletivos que incluíam além de representantes do setor, membros do Grupo de Trabalho de Humanização,
da Diretoria Técnica e Administrativa, da Gerência de Enfermagem e RH e da Comissão de Qualidade. a partir
destes fóruns foram dadas respostas às manifestações feitas pelos trabalhadores, que constituíram mudanças nos
processos de trabalho e criação de espaços regulares de discussão. RESULTADOS a criação destes espaços
coletivos favoreceu a comunicação entre os trabalhadores e suas chefias; permitiu que os trabalhadores pudessem
sentir-se reconhecidos quanto ao valor do seu trabalho pela possibilidade de fazerem uso da sua experiência para
provocarem mudanças nos processos de trabalho; favoreceu o desvelamento de conflitos, o que gerou a
possibilidade de que fossem trabalhados e promoveu a reorganização do fluxo de trabalho na equipe e do processo
de acolhimento ao usuário.CONCLUSÃO Muitas das questões levantadas relacionavam-se à impossibilidade de
encontros que favorecessem uma comunicação efetiva. Observou-se ainda que para o trabalhador a valorização e
e sentido do seu trabalho estão associados à sua possibilidade de articular-se a fim de agir sobre si mesmo e o
contexto. no entanto, a metodologia utilizada inicialmente, na qual o profissional que coordenava a roda funcionava
como interlocutor entre trabalhadores e gestores, embora eficaz para dar solução a problemas de um determinado
nível, não favorecia um processo de co-gestão mais efetivo. Constatou-se ainda que este trabalho não pode ser
conclusivo, visto que submete-se à dinâmica das relações, considerando-se, portanto, a importância de que sejam
mantidos espaços coletivos permanentes de diálogo e interlocução. As rodas de conversa iniciadas com esta equipe
desdobraram-se na formação de outras rodas que incluíram até o momento a equipe de enfermagem do PS e o
Grupo de Curativo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, M. E. B. Trabalhador da Saúde – Muito Prazer! Ijuí, UNIjuí,
2007. CAMPOS, G. V. S. um método para análise e co-gestão de coletivos. São Paulo, Hucitec, 2000.
_________________

Pereira, Aparecida Bastos; Costa, Severino Soares da; Araujo, Maria Silvia de Almeida; Filippini, Jose; Rigaud Filho, Erondino;
Vasconcelos, Paulino Salin; Ferreira, Maria Cristina Vicente. Os Espaços Coletivos como Lugar de Participação e Co-
Responsabilização dos Trabalhadores Pelas Mudanças nos Processos de Trabalho. In: Anais do Congresso Internacional
de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher,
2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10250

_________________
32
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto Inclusão Digital - Lan House


_________________

Ferino, Valquiria da Silva; Peres, Rita de Cassia S. Melo; Silva, Wania Aparecido da
Instituto Central do Hospital das Clinicas FMUSP — valquiria.ferino@hc.fm.usp.br
_________________

Eixo Temático: Humanização como estratégia de gestão e qualidade de serviços Título:


Projeto Inclusão Digital – Lan House Autores: Rita de Cássia S. M. Peres; Valquíria S.
Ferino; Wânia A. Silva. Introdução: a globalização fez com que a maioria das atividades
burocráticas dos hospitais passassem a ser realizadas eletronicamente e o acesso a
internet trouxe uma grande contribuição nas pesquisas pertinentes as áreas e na
dinamização da comunicação em geral. Várias documentações e ferramentas de trabalho
são realizadas utilizando o computador dentre outras: memorandos, planilhas, agendas
eletrônicas, cronograma das atividades incluindo as pesquisas, elaboração de planilhas,
acessar emails, entre outras; Pensando em proporcionar esse acesso aos nossos
colaboradores que na sua atividade na instituição não utiliza desta ferramenta foi
estruturada uma Lan House para atender está demanda. o local foi montado totalmente
com materiais reaproveitados de outras áreas e as máquinas obsoletas para o trabalho
diário tiveram um Update feito pela Informática da “casa”. o acesso é controlado por
profissional devidamente treinado que alimenta um sistema cadastral, sendo que cada
servidor pode permanecer por 30 minutos, o que pode ser estendido caso não exista fila
de espera. São realizados acompanhamentos estatísticos para quantificar a utilização e o
tipo de acesso realizado. para a realização desse projeto, contamos com o apoio do setor
de Informática para o fornecimento das 27(vinte e sete) máquinas e a elaboração de um
sistema de controle para manutenção de ambos. Objetivo: Possibilitar a inclusão digital
dos colaboradores que não possui acesso a internet, no seu horário de descanso.
Métodos: Levantamento dos funcionários que não possuem acesso digital, escolha de
área física; montagem da estrutura; solicitação de maquinário; elaboração de sistema de
controle; treinamento de funcionário para supervisão e controle de funcionamento do
espaço. Resultados: Esta iniciativa obteve uma grande adesão por parte dos servidores,
conforme controle estatístico realizado mensalmente. Ficou evidenciado por meio de
manifestação dos colaboradores a satisfação que trouxe a criação deste espaço.
Conclusão: a tecnologia trouxe à rapidez e praticidade de acesso à informação o que
aperfeiçoa a comunicação entre os indivíduos. Não existe acesso a todas as informações
se não houver acesso à Internet. Neste contexto a liderança de um dos serviços do hospital
propiciou a seus colaboradores não incluídos no acesso digital a oportunidade de vivenciar
está realidade. Estamos caminhando para uma realidade próxima onde todas as atividades
e serviços serão online.
_________________

Ferino, Valquiria da Silva; Peres, Rita de Cassia S. Melo; Silva, Wania Aparecido da. Projeto Inclusão Digital -
Lan House. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher
Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10252

_________________
34
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo de Acolhimento: Cuidado ao Paciente e Familiares


_________________

Yamada, Midori Otake; Moret, Adriane Lima Mortari; Silva, Ariane Marta de Lima;
Rezende, Fernanda Pádua
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - USP — midoriotake@yahoo.com.br
_________________

INTRODUÇÃO:A partir da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde


(SUS), o acolhimento tornou-se procedimento básico no tratamento do usuário, baseando-
se na escuta clínica, é um processo de relações humanas que deve ser realizado por todos
os trabalhadores de saúde e em todos os setores de atendimento. o profissional deve ter
uma postura que permita receber bem os usuários e escutar de forma qualificada e
humanizada as suas demandas, solidarizando-se com o sofrimento. Este trabalho é
referente a implementação do grupo de acolhimento de casos novos na rotina de
atendimento de um serviço público de saúde brasileiro. Nesse sentido algumas indagações
se fazem necessárias: Quem é o usuário? Qual sua queixa e expectativa? como se sente?
Enfim, o grupo tem trazido benefícios aos usuários? e para a equipe? Estas e outras
questões são pertinentes no desenvolvimento da rotina de trabalho. OBJETIVO:Refletir
sobre o grupo de acolhimento de casos novos, descrevendo a população atendida, suas
queixas e expectativas. MÉTODO:O grupo é realizado duas vezes na semana, com a
duração de quarenta minutos e com a participação de três casos novos, nas várias faixas
etárias e seus acompanhantes. a coordenação é da equipe interdisciplinar, nas áreas da
psicologia, fonoaudiologia e serviço social. Durante dois meses do ano de 2013, observou-
se as reuniões e utilizou-se de anotações como forma de coleta das informações trazidas
pelos usuários. RESULTADOS: Os usuários que procuraram o atendimento foram pais de
crianças com idades em torno de seis meses a quatro anos e adultos com acompanhantes.
Relataram um pouco de suas histórias e das preocupações e angústias em relação à
deficiência auditiva. As queixas apresentadas foram sobre suspeitas da deficiência
auditiva, dúvidas quanto ao diagnóstico, não ter tratamento na cidade de origem e sobre
possibilidades de tratamento. As expectativas se mostraram pouco realistas, realistas e
irreais; no caso da criança, refletindo o desejo dos pais e nos adultos, os seus próprios
desejos. Tem sido observado que o grupo de acolhimento propicia a troca de experiências
entre os usuários, a expressão de pensamentos e sentimentos, o esclarecimento de
dúvidas e a integração com a equipe. Este contato inicial tem favorecido o conhecimento
do caso pela equipe, possibilitando identificar possíveis riscos e barreiras, direcionando o
encaminhamento dos casos, o que reflete na otimização do tempo do paciente e da equipe
e na continuidade dos atendimentos. CONCLUSÃO: A partir dessa experiência com o
grupo de acolhimento de casos novos, recentemente iniciado, acreditamos que esse se
constitui em um dos caminhos para a melhoria da qualidade da atenção ao cuidado do
paciente e familiares, inclusive para promover a prática da interdisciplinaridade, numa
concepção de trabalho humanizado.
_________________

Yamada, Midori Otake; Moret, Adriane Lima Mortari; Silva, Ariane Marta de Lima; Rezende, Fernanda Pádua.
Grupo de Acolhimento: Cuidado ao Paciente e Familiares. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10248

_________________
30
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Grupo de Apoio Psicológico de Crianças com Implante


Coclear: Relato de Experiência
_________________

Yamada, Midori Otake; Oliveira, Raquel Giglio de; Ribas, Mariani da Costa
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - Usp — midoriotake@yahoo.com.br
_________________

Introdução: o grupo de apoio psicológico de crianças com deficiência auditiva e usuárias


de implante coclear (IC), realizado num programa de Saúde Auditiva do Sistema Único de
Saúde – SUS, é uma das atuações do setor de Psicologia. Fundamentado numa visão
humanística, considera a criança em sua globalidade e integralidade, possibilitando a
construção de um espaço de acolhimento que a permite expressar seus pensamentos e
sentimentos, por meio de verbalizações, atividades gráficas e lúdicas. o psicólogo durante
a sessão de grupo leva as crianças a refletirem sobre questões relacionadas as suas
vivências com o implante coclear: como é utilizar o IC? Quais os sentimentos relacionados
ao IC? como lida com o IC em sua rotina? Objetivo: Relatar a experiência do grupo de
apoio psicológico de crianças com deficiência auditiva, usuárias de implante coclear de um
serviço de Saúde Auditiva do SUS. Metodologia: o grupo é aberto, acontece duas vezes
por semana, com duração de uma hora. Os participantes são crianças de sete a quatorze
anos com o retorno agendado para sua rotina de acompanhamento no Centro.
Resultados: Observou-se que as crianças relatam experiências positivas e negativas com
o IC em diferentes contextos, por exemplo, na vivência escolar, na participação nos
esportes e no cuidado com a unidade externa do IC, além de falarem sobre outras
situações do cotidiano. Conclusão: o grupo tem favorecido a socialização, a identificação
com o outro e o compartilhar experiências. o espaço grupal e o momento lúdico têm sido
construtivo na medida em que as crianças expressam seus sentimentos, no qual cada um
e todos são importantes e valorizados. Sendo assim, o psicólogo também pode conhecer
o significado do IC para as crianças, observar eventuais dificuldades e orientar a família
quando necessário.
_________________

Yamada, Midori Otake; Oliveira, Raquel Giglio de; Ribas, Mariani da Costa. O Grupo de Apoio Psicológico de
Crianças com Implante Coclear: Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10249

_________________
31
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Livro - Além da Fisioterapia: Quando a Humanização É o


Caminho.
_________________

Oishi, Ana Caroline Escorsin do Nascimento; Turbay, Érica M. do Nascimento


Hospital Universitário Cajuru — anacen@gmail.com
_________________

Introdução Anos de trabalho em meio à dor, carência, impaciência e solidão, trouxeram


histórias que deixaram marcas profundas. no ambiente hospitalar o sentimento é sempre
de sofrimento. em meio a essa realidade, foi observado que, ao transformar ações e formas
de tratamento, poderia também transformar reações físicas, psíquicas e emocionais,
otimizando atendimentos e relações. Foi observado no contato com os que padecem que
muito mais que remédios e tratamentos, o que o ser humano necessita para sobreviver é
aquilo que estamos deixando cada vez mais de lado. a escuta, a atenção, o tato e o contato.
por outro lado, observou-se que os profissionais também se encontram despreparados
para lidar com a subjetividade na assistência e para um atendimento com qualidade
precisa-se de trabalhadores e gestores com um olhar que vai além da técnica. Objetivos
Propor reflexões sobre as diversas facetas da dimensão humana na assistência a saúde.
Demonstrar que a presença significativa e a comunicação eficaz são fundamentais para
um atendimento que valoriza a real atenção ao próximo. Métodos a obra foi baseada em
casos clínicos vivenciados entre os anos de 2009 a 2011. Essas histórias aguçaram a
percepção e levaram a otimização do tratamento de cada paciente atendido. Resultados
Durante os atendimentos de cada caso houve uma resposta específica em um tempo
específico, o que demonstra que devemos levar em conta o ser humano em sua totalidade.
Muitas vezes a doença não se instala apenas em um corpo físico, o que necessita de uma
proximidade do profissional ao seu paciente. Sendo assim, observou-se a importância da
escuta, do toque, do lado humano das relações. um importante resgate às condutas
ensinadas há muitos séculos. Conclusões: a intenção deste livro foi propor reflexões sobre
como a conduta, comunicação e presença significativa podem influenciar positivamente no
tratamento. Foi também colocar o ser humano como o centro da discussão e não a doença.
a complexidade das dores que atingem o corpo e sucumbem à alma faz com que reflitamos
sobre cada indivíduo a nossa volta e sobre a nossa própria existência. Nossa lição foi
perceber como é complexo ser simples, ser apenas humanos, ser a nossa essência. Nosso
objetivo é passar às pessoas que praticam a assistência à saúde a importância de manter-
nos humanos saudáveis para assistir humanos fragilizados. a busca pela qualidade é uma
constante e para que tenhamos qualidade nos serviços e processos precisamos do olhar
de gestores e profissionais para um atendimento mais humano. Considerando que todo
indivíduo tem o direito a assistência à saúde e neste processo deve ser respeitado de forma
íntegra e genuína. Somente em um ambiente que valoriza a real atenção ao próximo
poderemos acolher, confortar e auxiliar no restabelecimento da saúde.
_________________

Oishi, Ana Caroline Escorsin do Nascimento; Turbay, Érica M. do Nascimento. Livro - Além da Fisioterapia:
Quando a Humanização É o Caminho.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10246

_________________
28
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Aspectos da Comunicação Acerca da Sexualidade e a Surdez:


um Estudo Comparativo de Sinais Entre Libras e American
Sign Language para a Produção de Material Didático de
Relevância para a Saúde da Mulher Surda
_________________

Merçon, Thays; Santos, Dilvani Oliveira; Delou, Cristina Maria Carvalho; Braz,
Ruth Maria Mariani; Castro, Helena Carla
Universidade Federal Fluminense - UFF — thaysmercon@gmail.com
_________________

Introdução: a sexualidade e a saúde do adolescente e da mulher têm sido colocadas na ordem


da política educacional, devido ao nível crescente de portadores de doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs) e alta incidência de gravidez na adolescência, que é um fator relacionado
ao mau desempenho e evasão escolar. Neste contexto inclui-se a comunidade surda, cujo
acesso as campanhas educativas veiculadas a mídia fica comprometido pelo uso exclusivo da
língua portuguesa. Assim, o ensino e o debate sobre a sexualidade e as DSTs envolvendo os
surdos se inicia pela análise da existência de sinais que permitam uma abordagem apropriada e
livre de mistificações. Objetivos: Neste trabalho temos como objetivo comparar os sinais
existentes sobre o tema Sexualidade presentes na LIBRAS e compara-los com o American Sign
Language, no intuito de estabelecer a necessidade de surgimento de novos sinais para criação
de um material que aborde a saúde da mulher e suas especificidades, contribuindo para difundir
os conceitos envolvendo este contexto, permitindo o acesso ao conhecimento e a cidadania pelo
publico feminino surdo. Métodos: Realizamos a comparação dos sinais que abordam o tema
sexualidade na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS utilizando como fonte de busca o Dicionário
online Acesso Brasil e aqueles existentes na American Sign Language – ASL, presentes na 23ª
edição do livro “Signs Of Sexual Behavior, An Introduction To Some Sex-Related Vocabulary In
American Sign Language” resultante da pesquisa do Dr. James Woodward, Professor Associado
de Linguística e Inglês pela Universidade de Gallaudet em Washington. Resultados: a análise
de 92 palavras/sinais existentes no livro revelou que 49 delas não estão presentes no dicionário
multimídia de LIBRAS com um percentual maior que 50% de ausência de termos. Os sinais
representando as partes do corpo como pênis e vagina estão presentes, enquanto outros como
coito interrompido, sífilis e diafragma não foram encontrados. Conclusões: a inserção de termos
envolvendo este tema pode auxiliar no suporte oferecido aos jovens adolescentes por médicos
e profissionais de ensino. Vale a pena ressaltar que a ausência dos sinais no dicionário
multimídia, não determina a ausência na LIBRAS formal ou informal, mas aponta para a
necessidade de um estudo mais detalhado desta questão, que deve ser tratada como de
importância na saúde pública envolvendo a comunidade surda.
_________________

Merçon, Thays; Santos, Dilvani Oliveira; Delou, Cristina Maria Carvalho; Braz, Ruth Maria Mariani; Castro, Helena
Carla. Aspectos da Comunicação Acerca da Sexualidade e a Surdez: um Estudo Comparativo de Sinais Entre
Libras e American Sign Language para a Produção de Material Didático de Relevância para a Saúde da Mulher
Surda. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10212

_________________
22
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Espiritualidade e Medicina: Interfaces e Diálogos


_________________

Fonseca, Maria Silian Mandu da; Bueno, Maria Eduarda; Schliemann, Ana Laura
Faculdade de Ciências Médicas da Saúde - PUC SP — silian.ma@gmail.com
_________________

Introdução: diante da busca de humanizar os cuidados na saúde e sabendo da importância da


espiritualidade; que é a melhoria dos pensamentos, palavras e ações; buscou-se o entendimento
da mesma diante do processo de adoecimento e cura de um paciente e sua família. Objetivos:
identificar a produção cientifica sobre a “Relação entre Formação na Graduação em Medicina e a
Espiritualidade” e as “Escalas em Saúde que avaliam a Espiritualidade em Pacientes com Doenças
Graves e ou Potencialmente Fatais”, existentes em períodos indexados nos banco de dados da
LILACS e MEDLINE no período de 2006 a 2012. Metodologia: esse trabalho observou o método
proposto por Silviera e Zago (2006) em sua revisão bibliográfica sobre Enfermagem e Câncer. o
método propõe um primeiro acesso aos resumos no site da BVS na base de dados Medline e Lilacs
a fim de identificar os artigos relacionados com o objetivo proposto, os parcialmente relacionados e
os não relacionados. Posteriormente, com os artigos relacionados fez-se um resumo de cada um
deles com as seguintes características: tema central, método utilizado, principais resultados.
Resultados: no total foram analisados 23 resumos de artigos sobre o tema “Relação entre a
Formação na Graduação em Medicina e a Espiritualidade”, sendo 23 da base Medline e 0 da base
Lilacs. do total, 7 artigos estavam relacionados aos objetivos do trabalho, 2 estavam parcialmente
relacionados e 14 não estavam relacionados. dos artigos relacionados 1 avaliou a crença dos
estudantes sobre a relação saúde e espiritualidade, 1 era uma carta citando criticas a um trabalho
publicado falando sobre a influencias sofridas no resultado final, 5 mostraram formas de trabalhar
esse assuntos com os estudantes e a sua importância. em relação ao tema “Escalas em Saúde que
avaliam a Espiritualidade em Pacientes com Doenças Graves e ou Potencialmente Fatais”,
analisaram-se 45 resumos de artigos, sendo 42 da base Medline e 3 da base Lilacs. do total, 10
artigos estavam relacionados aos objetivos do trabalho, 17 parcialmente relacionados e 18 não
relacionados. Frente aos dez resumos, apenas cinco avaliaram a opinião dos pacientes quanto ao
inquérito sobre a espiritualidade durante a entrevista médica, a importância desta em sua vida, suas
necessidades espirituais e religiosas relacionadas à saúde. e seis dos dez, buscaram o
desenvolvimento e validação das escalas espiritualista. Conclusões: o tema espiritualidade em
saúde ainda é pouco discutido no Brasil e na América Latina. É necessário um maior conhecimento
médico sobre a espiritualidade e como abordá-la com o paciente, e esse conhecimento deveria ser
iniciado durante a graduação. Portanto, se estudado o lado espiritual dos pacientes haverá uma
maior humanização do processo de cura e relação médico paciente, pois, o conhecimento da
humanização aperfeiçoa o trabalho do médico, que passa a levar em conta todos os aspectos da
saúde e doença, cuidando do paciente como um todo.
_________________

Palavras-chave: espiritualidade, saúde, graduação, humanização, escalas de espiritualidade,


pacientes
_________________

Fonseca, Maria Silian Mandu da; Bueno, Maria Eduarda; Schliemann, Ana Laura. Espiritualidade e Medicina: Interfaces
e Diálogos. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10223

_________________
25
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Amadurecendo com o Brincar: Compreendendo As Vivências


de Crianças Pré-Escolares Hospitalizadas em Unidade de
Terapia Intensiva Pediátrica
_________________

Scaggion, Leslie Rose Esper; Melo, Luciana de Lione


Universidade Estadual de Campinas — LESLIE@FCM.UNICAMP.BR
_________________

Introdução. a mudança do perfil epidemiológico das doenças da infância levou a profundas


alterações na população pediátrica atendida pelos serviços de saúde. Essas transformações
aumentaram a necessidade de cuidados mais complexos, tecnologia diagnóstica e terapêutica e
unidades de cuidados intensivos. As unidades de terapia intensiva pediátrica (UTIP) foram
criadas com o objetivo de prover o cuidado ideal às crianças gravemente doentes, propiciando à
cura de doenças, favorecendo o pleno desenvolvimento de suas potencialidades. Apesar disso,
são consideradas ambientes estressantes, podendo afetar a criança emocionalmente. o
brinquedo terapêutico (BT), cuja finalidade é permitir a compreensão dos sentimentos e das
reações emocionais à própria criança e à equipe de saúde, assim como prepará-la para
procedimentos desagradáveis, emerge como uma estratégia essencial à criança, pois o brincar
é parte integrante do desenvolvimento infantil. Objetivo. Compreender as vivências de crianças
pré-escolares hospitalizadas em uma UTIP por meio do brinquedo terapêutico dramático.
Método. Trata-se de um estudo fenomenológico com oito crianças que participaram de 53
sessões de brinquedo terapêutico dramático na UTIP e, após a alta desta unidade, na Unidade
de Internação Pediátrica. o brincar das crianças, gravado em áudio digital e transcrito na íntegra,
e as anotações do diário de campo compuseram os discursos fenomenológicos. a análise da
estrutura do fenômeno situado se deu à luz da Teoria do Amadurecimento de Winicott e revelou
a categoria temática Amadurecendo com o brincar. Resultados. a partir do brincar, desvelou-se
a criatividade originária, isto é, quando a criança torna real seu potencial criativo. a luva de
procedimento foi o objeto mais explorado, além da ampola de água, apesar das crianças
reconhecerem o uso adequado de ambos os materiais, pois a criança que já internalizou a psique
por meio da elaboração imaginativa, é capaz de fantasiar, de brincar com a realidade externa
sem desajustar a realidade interna. Algumas crianças alcançaram um estado de dependência
relativa, se reconhecendo como uma unidade com um eu integrado. As interações sociais se
solidificaram e a pesquisadora foi aceita e incluída na brincadeira. Passadas as etapas de
dependência absoluta, dependência relativa e transicionalidade, a criança caminhou para a
percepção do mundo externo compartilhado, evidenciado na brincadeira conjunta com outras
pessoas. Conclusão. As sessões de BT possibilitaram às crianças, a confiança e a liberdade
necessária para brincar dentro da UTIP, o que promoveu alívio das tensões relacionadas aos
procedimentos hospitalares, diminuindo o medo. a UTIP não se mostrou uma atmosfera
impeditiva do processo de amadurecimento, nem tampouco um ambiente facilitador, pois não
possui ferramentas lúdicas, essenciais à comunicação infantil.
_________________

Scaggion, Leslie Rose Esper; Melo, Luciana de Lione. Amadurecendo com o Brincar: Compreendendo As Vivências
de Crianças Pré-Escolares Hospitalizadas em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São
Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10225

_________________
26
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Grupo Acolhida: Orientação para Pacientes e Acompanhantes


que Serão Submetidos à Radioterapia
_________________

Pereira, Roberta Mari de Oliveira; Abreu, Vivian Gava Malta de; Silva, Angela Maria
A. de Melo; Silva, Vanderleia Severino da; Assis, Gerlane Afonso de
Instituto de Radiologia do HCFMUSP — roberta.pereira@hc.fm.usp.br
_________________

Introdução: o câncer pertence a um grupo de doenças cuja taxa de mortalidade vai


depender do tipo e do desenvolvimento. Apesar dos progressos da medicina em relação
ao tratamento, existem inúmeras metáforas ligadas ao seu diagnóstico, que permitem esta
patologia ainda ser vivida como uma sentença de morte, deflagrando assim, uma série de
reações e emoções no paciente e na família (Torres, 1999). a importância e necessidade
de uma equipe multidisciplinar, no acompanhamento de um paciente oncológico, é
essencial na melhora da qualidade de vida do paciente e de seus familiares. Objetivo:
Oferecer esclarecimentos a respeito: (1) tratamento da radioterapia; (2) ressaltar a
importância da alimentação para o tratamento; (3) minimizar os efeitos colaterais do
tratamento sem prejudicar o consumo alimentar adequado; (4) contribuir para a diminuição
de angústia, tensão e ansiedade relacionada ao início do tratamento; (5) informar e orientar
sobre os direitos e benefícios do paciente oncológico conforme a Lei. Metodologia: Todos
os pacientes que são submetidos à radioterapia e seus acompanhantes são convidados
para participar do grupo antes de iniciarem o tratamento. o grupo é operativo, rotativo e
coordenado pela psicóloga, nutricionista, serviço social e pelo enfermeiro responsável do
setor. o encontro é mensal e tem a duração de aproximadamente 2 horas. ao término, a
atividade é avaliada a partir de um questionário proposto para este fim. Resultados: com
base nos dados do questionário de avaliação de 2013, 85% dos participantes relataram
que o grupo foi ótimo e 15% relataram que foi bom; enquanto 100% assinalaram que foram
bem informados a respeito do tratamento e 100% acreditam que é importante participar
deste grupo. na questão referente aos objetivos do grupo era possível assinalar mais de
uma alternativa e os resultados encontrados foram os seguintes: 78,4% relataram que
tiraram dúvidas, 57,8% ficaram mais tranquilos. Conclusão: Conclui-se com o resultado
das avaliações, que o Grupo Acolhida tem importância e impacto no acolhimento, no
acesso às informações, orientações e à equipe multiprofissional, proporcionando maior
segurança durante o tratamento radioterápico.
_________________

Pereira, Roberta Mari de Oliveira; Abreu, Vivian Gava Malta de; Silva, Angela Maria A. de Melo; Silva,
Vanderleia Severino da; Assis, Gerlane Afonso de. Grupo Acolhida: Orientação para Pacientes e
Acompanhantes que Serão Submetidos À Radioterapia. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10227

_________________
27
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Enfermeiro e a Inclusão do Doente Mental na Atenção


Básica
_________________

Amaral, Natalia Valeria Alves do; Friestino, Jane Kelly; Cruz, Vanessa da
PUC Campinas — nataliaamaral21@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: para se construir um sistema de serviços de saúde voltado para a democracia,


à universalidade igualitária e integral, é necessário a constituição de um processo social e político
que se realiza por meio de formulação de políticas públicas dirigidas à saúde. em saúde mental
devemos visar fatores relevantes para a reflexão crítica sobre os processos de trabalho,
objetivando a produção de novos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas práticas de
saúde consoantes com os princípios e diretrizes do SUS. OBJETIVO: Possibilitar ao doente
mental o acesso à informação sobre as doenças crônico-degenerativas, discutindo de forma
humanizada a abordagem sobre o tema. MÉTODOS: Ocorreu durante a realização do Estágio
curricular em Saúde Coletiva do 8º período do curso de Enfermagem, em um Centro de Saúde
da região Noroeste do município de Campinas. Foram utilizadas estratégias de educação em
saúde para promoção e prevenção da saúde. o período de realização foi entre outubro e
novembro de 2013, com encontros semanais com cada grupo. a equipe de atuação foi
constituída por 02 acadêmicas de enfermagem e 01 médico e 01 terapeuta ocupacional. Foram
abordados temas como Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Colesterol e Crises convulsivas.
em todos os encontros foram ampliadas as escutas em grupo, com discussões diversificadas,
removendo a terapêutica voltada apenas para os sinais e sintomas e também uma ação que
valorize a subjetividade do indivíduo. Além disso, em cada grupo foram realizadas aferições de
SSVV e levantamentos para verificar a necessidade da realização de exames laboratoriais.
RESULTADOS: No total foram quatro grupos abordados: Grupo Esperança, composto por 8
pacientes; Grupo Esperança II, com 11 pacientes; Grupo Alegria, 7 pacientes e Grupo Colibri, 16
pacientes. a faixa etária variou entre 22 e 78 anos. Foram espaços abertos onde os pacientes
colocavam suas opiniões e dúvidas e trocavam experiências. de uma forma geral, esse público
apresentou dúvidas interessantes e bastante significativas para uma melhor qualidade de vida,
além de receber de forma harmoniosa a equipe que está ali visando melhorias em suas práticas
de vida cotidianas. CONCLUSÕES: o projeto voltou-se para a conquista da cidadania do doente
mental, e assim uma compreensão de que a educação pode tornar-se um dos instrumentos de
emancipação dos sujeitos. o doente mental necessita ser tratado em um todo, congregando
também questões físicas nas quais não se tem muito foco, visto o seu psique ser o objetivo
central do seu ser. Este público por sua vez, está disposto a um melhor entendimento sobre sua
saúde, pois possuem indagações, medos e anseios sobre as possíveis complicações advindas
de suas bases orgânicas. no entanto faz- se necessário uma melhor educação em saúde para
estas pessoas, com tratamentos holísticos e diferenciados, com ações mais concisas e claras.
_________________

Amaral, Natalia Valeria Alves do; Friestino, Jane Kelly; Cruz, Vanessa da. O Enfermeiro e a Inclusão do Doente
Mental na Atenção Básica. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10210

_________________
20
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Mundo da Criança Sendo-Com Câncer em Tratamento


Oncológico Revelado por Meio do Brinquedo Terapêutico
Dramático
_________________

Fonseca, Marileise Roberta Antoneli; Melo, Luciana de Lione


Universidade Estadual de Campinas — roberta_antoneli@yahoo.com.br
_________________

No Brasil, o câncer tem se destacado como um problema de saúde pública e, como a segunda
causa de morte em crianças e adolescentes entre um e 19 anos. o câncer infantil é uma doença
crônica que demanda um tratamento longo, desgastante, invasivo e doloroso e implica alterações
nos hábitos de vida da criança e da família. É importante que a criança com câncer tenha uma
boa qualidade de vida, diminuindo possíveis sequelas por meio de ações específicas que visem
o bem-estar e proporcionem relações sociais e afetivas. o brinquedo terapêutico é uma
brincadeira estruturada que possibilita à criança vivenciar situações geradoras de estresse, ao
mesmo tempo em que visa alcançar domínio sobre essas situações. o brinquedo terapêutico
dramático permite à criança exteriorizar seus sentimentos, revivendo eventos desagradáveis.
Objetivo: compreender a criança pré-escolar em tratamento oncológico por meio do brinquedo
terapêutico dramático. Método: estudo qualitativo fundamentado na fenomenologia - análise da
estrutura do fenômeno situado, realizado numa casa de apoio à criança com câncer, no município
de Campinas/SP. o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, nº 58949/12.
Participaram cinco crianças, com idade entre três e seis anos, que estavam em tratamento
oncológico e que residiam provisoriamente na casa de apoio, no período de janeiro a maio de
2013. As crianças foram convidadas, a participarem de sessões de brinquedo terapêutico
dramático que se iniciou com a seguinte questão norteadora: “Vamos brincar de uma criança que
está com câncer?” Os discursos das crianças, durante o brincar, foram gravados, transcritos na
íntegra e analisados a partir do referencial da análise da estrutura do fenômeno situado,
emergindo quatro categorias temáticas. Mergulhando no mundo da doença e do tratamento
expressa o comportamento da criança e sua interação com os diversos procedimentos realizados
em busca da cura da doença. Experienciando a doença por meio da percepção do funcionamento
do corpo evidencia a compreensão da criança sobre o funcionamento do corpo diante da doença
e do tratamento. Vivenciando os procedimentos terapêuticos é o momento onde a criança
dramatiza situações hospitalares, demonstrando grande satisfação ao enfrentar seus medos.
Sendo-criança é o emergir do próprio eu, que continua existindo, ainda que em tratamento
oncológico. Conclusão: as sessões de brinquedo terapêutico dramático possibilitaram às
crianças a continuidade do desenvolvimento infantil, promovendo descontração, alegria e
relaxamento, pois a doença e o tratamento afetaram significativamente o comportamento das
crianças. Recomenda-se a utilização de estratégias que facilitem o relacionamento entre a
criança e o profissional de saúde e promova a compreensão do processo de adoecimento, como
o brinquedo terapêutico.
_________________

Fonseca, Marileise Roberta Antoneli; Melo, Luciana de Lione. O Mundo da Criança Sendo-Com Câncer em
Tratamento Oncológico Revelado por Meio do Brinquedo Terapêutico Dramático. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São
Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10213

_________________
23
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Visibilidade da Política Nacional de Humanização da Saúde


no Campo da Produção do Conhecimento: Identificando Suas
Possibilidades e Limites Pela Pesquisa Documental
_________________

Noronha, Valéria dos Santos; Oliveira, Miranda Marivan dos Santos


Universidade Federal do Recôncavo da Bahia — valerianoronha@gmail.com
_________________

Introdução o presente trabalho emerge a partir de inquietações existentes relacionadas à


visibilidade da Política Nacional de Humanização da Saúde nos estudos científicos,
principalmente no campo da formulação e gestão da política. Acreditamos que seja fundamental
a ampliação de pesquisas para maiores aprofundamentos sobre a implementação, sua
funcionalidade e perspectivas da Política Nacional de Humanização da Saúde nas diversas
regiões do país, especialmente no Nordeste, território no qual estamos vinculados e
desenvolvendo investigações na área da saúde pública. Objetivos Conhecer por meio de um
estudo exploratório as produções científicas relacionadas ao campo da humanização da saúde
no sentido de identificar a sua visibilidade, especialmente no que tange à formulação e gestão
da política. Métodos Estão sendo utilizadas as pesquisas bibliográfica e documental com
levantamento e consulta aos principais bancos de dados – SCIELO e CAPES feitas a partir do
segundo semestre de 2013. para as pesquisas foram considerados três grupos de descritores. o
primeiro grupo se ocupou de maneira mais extensa de palavras ou expressões que estivessem
relacionadas ao tema da “Humanização”; o segundo grupo considerou apenas os descritores
“Gestão e Humanização”; e a terceira e última pesquisa adotou os descritores “Formulação e
Humanização”. Resultados: nas base de dados do SCIELO e da CAPES, a discussão sobre
assistência à saúde e humanização do parto ganham maior destaque. em especial, no que diz
respeito à Política de Humanização, o portal da CAPES demonstra destaque, assim como no
SCIELO, para estudos que possuem como temática os princípios e diretrizes da política. Aqueles
referentes aos processos de implementação também são relevantes. Quanto à gestão e
principalmente à formulação da PNH, a referente pesquisa (ainda em processo de finalização) já
demonstra a ausência de maiores estudos e aprofundamentos vinculados à produção do
conhecimento no campo da elaboração da política. Conclusões: por meio da pesquisa
identificamos a necessidade de ampliar e fortalecer os estudos principalmente na esfera da
formulação da Política Nacional de Humanização da Saúde, conhecer seu contexto histórico,
seus desdobramentos e suas interfaces políticas nas principais regiões brasileiras,
reconhecendo que o estabelecimento de redes de cooperação técnica e de pesquisa, maior
estímulo, investimentos e fomento no âmbito da investigação científica são fundamentais para
fortalecer as produções já existentes e garantir a visibilidade de pesquisas e experiências de
humanização na saúde.
_________________

Noronha, Valéria dos Santos; Oliveira, Miranda Marivan dos Santos. A Visibilidade da Política Nacional de
Humanização da Saúde no Campo da Produção do Conhecimento: Identificando Suas Possibilidades e Limites Pela
Pesquisa Documental. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [=
Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10214

_________________
24
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Conexão da Gestão com a Política Nacional de Humanização


da Saúde: a Experiência Desenvolvida no Hospital Municipal
Odilon Behrens/Belo Horizonte-Mg
_________________

Miranda, Valéria dos Santos Noronha


Universidade Federal do Recôncavo da Bahia — valerianoronha@gmail.com
_________________

Introdução: o Hospital Odilon Behrens localizado em Minas Gerais possui a PNH


implantada desde 2003 respeitando os seus princípios, diretrizes e o conjunto de
dispositivos institucionais para a operacionalização da política, constituindo-se um marco
no que tange ao modelo de atenção e humanização da saúde. o presente estudo procurou
contextualizar a PNH no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, identificando os seus
elementos históricos, os avanços e desafios contidos nas suas proposições. Ainda, busca-
se aprofundar a discussão em torno dos seus dispositivos institucionais. em especial, o
trabalho procurou examinar a conexão da gestão com a política, introduzindo um debate
acerca da gestão hospitalar do Odilon Behrens, de suas inovações e de sua relação com
a (re)organização dos processos de trabalho em saúde. Objetivos: Descrever e analisar
as condições políticas e organizacionais que possibilitaram as mudanças feitas a partir da
PNH no âmbito do Hospital Odilon Behrens situado no Município de Belo Horizonte em
Minas Gerais. Métodos: como procedimentos metodológicos foram utilizadas as pesquisas
qualitativa e documental com a adoção de entrevistas (semi-estruturadas) realizadas com
os formuladores da política e com os gestores do hospital, identificando as possibilidades
e limites no processo de implantação e continuidade da política em uma Unidade
Hospitalar. Resultados: Os principais resultados dessa pesquisa apontaram que existe
uma relação intrínseca e dinâmica entre gestão e a PNH. a gestão participativa favorece a
incorporação da política mais facilmente em um hospital que já tenha essa cultura. em
contrapartida, a PNH produz mudanças concretas nos mecanismos de gestão de um
hospital, consequentemente, modificando as práticas de atenção. Conclusões: Conclui-
se que para dar conta de produzir inovações na organização do cuidado e na formação,
enfrentando a resistência que elas implicam, são necessárias novas referências e
dispositivos para a gestão em saúde sugeridos a partir da PNH. a PNH não é uma política
abstrata e nem uma “panacéia romântica”, concretiza-se no âmbito do SUS, produzindo
inovações importantes no sistema de saúde.
_________________

Miranda, Valéria dos Santos Noronha. A Conexão da Gestão com a Política Nacional de Humanização da
Saúde: a Experiência Desenvolvida no Hospital Municipal Odilon Behrens/Belo Horizonte-Mg. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10211

_________________
21
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Motivação e Música no Trabalho: Relato de Experiência.


_________________

Pascoal, Melissa
Hospital Estadual Vila Alpina — melissa.pascoal@gmail.com
_________________

Introdução o trabalhador da área da saúde enfrenta diversas situações e fatores em seu


ambiente de trabalho que podem afetar a sua integridade, física, emocional, psíquica e sua
motivação. a motivação no trabalho é vista como “aquilo que provoca o movimento”, ou
seja, os aspectos que fazem com que os colaboradores se sintam bem e dispostos no
trabalho para realizar suas tarefas. Muitos autores têm realizado estudos e apontado a
necessidade das instituições de saúde proporcionarem ambientes e momentos de cuidado
para os cuidadores, realizando ações que favoreçam o cuidado de si, promovendo o bem
estar e a motivação. 1 a música se constitui como expressão artística e cultural importante
e universal e embala o cotidiano da vida social, afetiva e profissional das pessoas, e sua
utilização para melhorar o bem estar físico, emocional e mental é praticada desde tempos
antigos. Visando trazer descontração, relaxamento, diversão, oportunidade de
reconhecimento no ambiente de trabalho, o hospital realizou um evento In Concert para
que os colaboradores demonstrassem seus talentos musicais, cantando, dançando e
tocando instrumentos. o objetivo é utilizar a musica como mecanismo de expressão e desta
forma trazer mudanças ao ambiente de trabalho, impactando na motivação do colaborador.
Métodos Trata-se de um relato de experiência de um evento realizado em 11 de dezembro
de 2013, para a apresentação dos colaboradores do hospital, demonstrando seus talentos
musicais. Resultados Através desta apresentação pode se observar o impacto que a
musica provoca no ambiente e nos colaboradores. a apresentação foi composta por
apresentações de cantores solo, em duetos e trios, além do Coral. Alguns colaboradores
se apresentaram em audições instrumentais com piano, violão, guitarra e sanfona. para
complementar a apresentação, que foi com o tema de Amizade, ouve a leitura de um
poema feito por uma colaboradora especialmente para o evento. Diversos colaboradores
assistiram as apresentações que foram emocionantes, houve participação da platéia, o que
evidencia o fortalecimento dos vínculos. Foi um momento dedicado ao cuidado com os
colaboradores, para realizarem algo que gostam e se sentem bem, impactando
diretamente em seu bem estar e motivação. Conclusões: a música é um instrumento
facilitador de grande riqueza, que pode ser utilizado como veículo para a motivação no
ambiente de trabalho, trazendo bem estar, relaxamento e descontração. Bibliografia
Oliniski SR, Lacerda MR. Cuidando do cuidador no ambiente de trabalho: uma proposta de
ação. Ver Bras Enferm 2006; jan-fev; 59(1): 100-4.
_________________

Pascoal, Melissa. Motivação e Música no Trabalho: Relato de Experiência.. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10205

_________________
17
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Dimensão Política da Humanização em Saúde: o Caso da


Autonomia do Paciente em Experiências de Práticas
(Des)Humanizadas em Saúde Bucal
_________________

Carnut, Leonardo; Melo, Ana Mikaele da Silva; Silva, Éven Morgana; Vaz,
Fernando Flávio Souza; Carvalho, Samara Juliano; Carvalho, Waleska Oliveira;
Júnior, Luiz Gutenberg T. M. C.
Universidade de Pernambuco — leonardo.carnut@upe.com
_________________

Introdução: Sob o princípio da autonomia, pacientes sob tratamentos na área de saúde têm o direito de aceitar
ou recusar propostas de tratamento para seus problemas, desde que estejam em pleno gozo de sua capacidade
intelectual. o respeito a esse princípio demonstra o cuidado do profissional em tornar a relação de poder menos
assimétrica, garantindo ao paciente uma postura mais proativa e, portanto micropoliticamente responsável. Pela
característica eminentemente cirúrgica dos procedimentos odontológicos, pode ser que o exercício da autonomia
durante a proposição das intervenções seja praticamente inexistente, comprometendo assim, um aspecto
importante da dimensão política do cuidado em saúde. Objetivo: Baseado no exposto, o presente estudo
objetivou revisar na literatura o relato de experiências nas práticas clínicas em saúde bucal relacionadas à
questão ao (des)respeito da autonomia do paciente como base da dimensão política na humanização em saúde.
o intuito foi verificar o que a produção científica relata sobre tema, levando-se em consideração os aspectos
marcadamente interventivos da assistência odontológica. Método: Tratou-se de uma revisão sistematizada de
escopo nacional. Foram utilizadas as bases de dados Medline e SCIELO e selecionados artigos publicados em
periódicos nacionais e internacionais. Considerou-se o período compreendido entre 2003 e 2013, teve como
limite de idioma o português e espanhol. a estratégia de busca utilizou os descritores: “humanização da
assistência”, “humanização dos serviços”, “autonomia pessoal” e “saúde bucal”, após a caracterização dos
estudos identificados, foi feita uma análise crítico-reflexiva dos mesmos como foco no exercício da postura
autônoma dos pacientes quando submetidos aos tratamentos na área de saúde bucal. Resultados: Totalizou-
se 77 documentos científicos. Destes foram selecionados 11 e 1 documento do Ministério da Saúde, com base
na temática proposta. Detectou-se que há um profundo desconhecimento por parte dos pacientes sobre métodos
de tratamento realizados, o que implica em uma não-participação na elaboração dos planos de tratamento, por
falta de informação ou incompreensão. o usuário do serviço de saúde precisa perceber que o serviço prestado
não é, nem deve ser entendido, como um favor feito à população e sim como um direito adquirido. Conclusões:
Sabendo-se que a informação é a base de decisões autônomas, os estudos relatam o severo desrespeito à
autonomia dos pacientes, ao passo que, em nenhum estudo revisado foi sequer explorado a explicação das
possibilidades terapêuticas. É importante que os pacientes atendidos sejam esclarecidos sobre sua realidade e
qual a melhor forma para resolvê-la, devendo, a decisão, respeitar valores e crenças pessoais de cada parte
envolvida. uma solução para que a autonomia do paciente seja respeitada pode residir em resgatar funcionários
comprometidos e buscar à humanização dos profissionais envolvidos em serviços de saúde pública.
_________________

Carnut, Leonardo; Melo, Ana Mikaele da Silva; Silva, Éven Morgana; Vaz, Fernando Flávio Souza; Carvalho, Samara
Juliano; Carvalho, Waleska Oliveira; Júnior, Luiz Gutenberg T. M. C.. A Dimensão Política da Humanização em Saúde: o
Caso da Autonomia do Paciente em Experiências de Práticas (Des)Humanizadas em Saúde Bucal. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10206

_________________
18
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Uso do Apoio Matricial como Dispositivo de Clínica Ampliada


em Saúde Bucal: Revisão das Experiências Documentadas na
Literatura Científica
_________________

Carnut, Leonardo; Barros, Allan Vinícius M. de; Oliveira, Márcia Rosana Farias;
Oliveira, Mylena Rafhaele G. de; Júnior, Luiz Gutenberg T. M. C.; Correia, Tereza
Cristina; Lyra, Arine
Universidade de Pernambuco — leonardo.carnut@upe.br
_________________

Introdução: Cotidianamente, a responsabilidade dos profissionais pelos usuários no SUS não


vem ultrapassando a mera disponibilidade do espaço físico. em serviços de primeiro contato,
como no caso da atenção básica, o envolvimento dos profissionais de saúde com os usuários é
fundamental e sua ausência prejudica substancialmente a integralidade na atenção. Objetivo:
Assim, este estudo revisou a literatura pertinente às experiências do uso do Apoio Matricial e
Equipes de Referência no âmbito da Atenção Básica à Saúde, evidenciando os desafios e
obstáculos encontrados durante a implantação da Clínica Ampliada com intuito de fomentar o
debate no que tange às práticas de saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família. Método:
para elaboração da revisão recorreu-se ao banco de dados BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) e
as bases de dados Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde - LILACS e Scientific
Eletronic Library Online - SCIELO. Através do uso de descritores de assunto relacionados ao
tema e, dos operadores booleanos além da leitura critica dos resumos de artigos encontrados,
foi realizada a seleção dos artigos. dos dois artigos considerados de maior relevância para o
estudo foram eleitos apenas dois tratavam diretamente do tema da revisão. Resultados: Os
artigos escolhidos continham relatos de experiência de profissionais que participaram da
experiência de implantação do apoio matricial na estratégia de saúde da família. Segundo os
relatos das experiências, o Apoio Matricial conseguiu assegurar retaguarda especializada do tipo
assistencial a profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde, que constituem as
Equipes de Referência, de maneira personalizada e interativa, compondo, desse modo, uma
equipe interprofissional e interdisciplinar a qual se envolve com a saúde dos usuários de forma
integral. a função do apoiador matricial se assemelha a um agregador de recursos de saber que
contribui com intervenções que aumentem a capacidade de resolutiva de equipes primariamente
responsáveis. Essa inovação gerencial é de suma importância como dispositivos da Clínica
Ampliada, pois promove uma reorganização dos serviços de saúde através de novos arranjos
organizacionais transversais que ampliam a capacidade de lidar com as singularidades dos
sujeitos. Conclusão: Conclui-se que os estudos sobre tema são raros e essa lacuna existente
indica a necessidade de esforços de pesquisa dirigidos ao local da equipe de saúde bucal em
práticas de clínica ampliada segundo dispositivos de apoio matricial.
_________________

Carnut, Leonardo; Barros, Allan Vinícius M. de; Oliveira, Márcia Rosana Farias; Oliveira, Mylena Rafhaele G. de;
Júnior, Luiz Gutenberg T. M. C.; Correia, Tereza Cristina; Lyra, Arine. O Uso do Apoio Matricial como Dispositivo de
Clínica Ampliada em Saúde Bucal: Revisão das Experiências Documentadas na Literatura Científica. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2,
vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10207

_________________
19
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanização como Estratégia de Gestão do Serviço


Perioperatório de um Hospital de Referência do Estado de São
Paulo: Relato de Experiência
_________________

Souza, Bárbara de
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo —
babi.enfermagem@gmail.com
_________________

Introdução: o cliente com a possibilidade de ser submetido à intervenção cirúrgica apresenta um nível
de estresse independente do grau de complexidade do procedimento, sendo acometido por
sentimentos como ansiedade e medos da morte e da anestesia durante o perioperatório. Esse período
corresponde desde o momento em que o cirurgião indica a cirurgia até o retorno do cliente as suas
atividades normais após alta hospitalar. Objetivos: Relatar as experiências e as atividades
desenvolvidas pela equipe de enfermagem do ambulatório de avaliação perioperatória, utilizando a
humanização como estratégia de gestão e qualidade do serviço. Método: Trata-se de um relato de
experiência de caráter reflexivo, que descreve aspectos vivenciados pela autora, no período de março
a dezembro de 2013, na oportunidade de trabalhar com a humanização como estratégia de gestão
para otimização e resolutividade do atendimento a clientes que se encontram no período pré-operatório
de cirurgias eletivas de um hospital de referência do Estado de São Paulo. Resultados: Através da
estruturação do serviço de avaliação perioperatória utilizando a gestão humanizada, o paciente é
tratado com respeito, é informado sobre todas as etapas do perioperatório, tem a possibilidade de
esclarecer suas dúvidas de forma adaptada ao seu nível de conhecimento aumentando sua satisfação
e a resolutividade do atendimento devido às consultas de clínica geral e anestesiologia serem
agendadas para a mesma data e, sempre que possível, as consultas com as especialidades
(cardiologia, geriatria e pediatria) acontecerem também no mesmo dia, evitando que o paciente tenha
que se deslocar de sua residência várias vezes, otimizando o tempo e evitando transtornos. Todo esse
processo contribuiu para a diminuição da fila de espera para avaliação pré-operatória de quatro para
um mês e o número de suspensões de cirurgias, além de aumentar a satisfação dos clientes, pois
ganharam agilidade e maior resolutividade no atendimento em um único dia. Conclusão: Este estudo
oportunizou entender que o significado da humanização vai muito além do simples fato de tratar bem
o cliente, ser educado e ter compaixão, contempla atitudes como informá-lo, estimulá-lo a ter
autonomia em relação ao seu estado de saúde e decidir sobre o tratamento proposto, fazer educação
em saúde e criar estratégias para otimizar o tempo e aumentar a resolutividade do atendimento. a ideia
norteadora desse relato foi a de que ele possa contribuir para reflexões e discussões sobre a
importância da gestão humanizada dos serviços, ressaltando a importância do papel do profissional
enfermeiro em relação ao fornecimento de orientações pré-operatórias. como propostas para o futuro
do serviço tem-se pensado e discutido em relação à instalação de televisores na recepção, onde serão
exibidos filmes educativos sobre o processo cirúrgico, enquanto os pacientes aguardam atendimento
e a formação de grupos para compensação clínica de doenças como diabetes e hipertensão.
_________________

Souza, Bárbara de. Humanização como Estratégia de Gestão do Serviço Perioperatório de um Hospital de
Referência do Estado de São Paulo: Relato de Experiência. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10194

_________________
13
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Atenção em Fisioterapia no Sistema Municipal de Saúde de


Botucatu (Sp): a Visão de Profissionais de Saúde da Família.
_________________

Zarili, Thais Fernanda Tortorelli; Dias, Maria Dionísia do Amaral


Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" — thaiszarili@gmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a sociedade convive na atualidade com o aumento da expectativa de vida


e hábitos de vida prejudiciais à saúde com impactos no perfil de adoecimento das
populações. no Brasil o Sistema Único de Saúde organiza-se tendo a Atenção Primária
como base e a concepção de redes de atenção integral, contrapondo-se ao modelo
hospitolocêntrico. Nesse contexto inicia-se a inserção do fisioterapeuta, especialmente no
Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), o que exige deste profissional ações não
somente em caráter reabilitador, mas também em atuação de promoção e prevenção da
saúde. o presente trabalho busca contribuir para a organização e gestão em saúde,
demonstrando que a qualidade da assistência depende e muito dos recursos humanos
disponíveis, assim como da existência de retaguarda articulada com a Atenção Básica.
OBJETIVO: Identificar a visão de profissionais de Saúde da Família com relação à
contribuição que a Fisioterapia possui para o cuidado integral aos usuários.
METODOLOGIA: o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de
Medicina de Botucatu-Unesp. Estudo qualitativo que utilizou um questionário auto-aplicável
com vinte e sete questões estruturado pelo pesquisador, aplicado aos médicos e
enfermeiros das unidades de Saúde da Família do município de Botucatu – SP. Contém
questões para caracterização do entrevistado, dificuldades do processo de trabalho, a
visão dos profissionais quanto à contribuição da Fisioterapia na saúde nos usuários, a
consolidação da equipe do NASF no município e dos serviços de retaguarda de
Fisioterapia. As respostas foram analisadas e categorizadas. RESULTADOS: Os
resultados demonstram que os profissionais possuem conhecimento quanto à atuação da
Fisioterapia e de sua contribuição para a resolutividade e melhoria da qualidade de vida do
paciente. As queixas crônicas, especialmente em relação aos quadros álgicos, consistem
em grande demanda nas unidades de saúde e causam sobrecarga na rotina de
atendimentos, particularmente em razão do objetivo de qualidade da assistência desses
profissionais. As ações de promoção e prevenção também se destacaram nos relatos dos
respondentes, percepção essa que contribui ainda mais para a interação entre a equipe da
unidade de saúde e equipe do NASF. CONCLUSÃO: a Fisioterapia atua em várias
vertentes do cuidado ao usuário e sua recente inserção na Atenção Básica permite um
panorama de melhoria da assistência prestada, contribuindo para um sistema de saúde
universal, equitativo, com a transformação do modelo de atenção, por meio das
intervenções multiprofissionais, o cuidado integral e a construção e manutenção das redes
de cuidado.
_________________

Zarili, Thais Fernanda Tortorelli; Dias, Maria Dionísia do Amaral. Atenção em Fisioterapia no Sistema
Municipal de Saúde de Botucatu (Sp): a Visão de Profissionais de Saúde da Família.. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10200

_________________
16
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Intervenção dos Músicos do Elo em um Centro de


Hemodiálise. uma Experiência Humanizadora de Êxito.
_________________

Almeida, Fernando Antonio de; Hoffmann, Thiago dos Reis; Fabro, Wilson Brisola;
Camargo, Leilianne Teixeira; Flusser, Victor; Santoro, Luiz Fernando; Almeida,
Fernando Antonio de
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da PUC/SP, Campus Sorocaba — faalmeida@globo.com
_________________

INTRODUÇÃO: a doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo,
apresentando altos índices de morbidade e mortalidade, perdas substanciais de anos de vida produtiva e
gastos para o sistema de saúde. em seu estadio terminal a vida só é mantida por terapia renal substitutiva
(TRS). Hoje há no Brasil mais de 95.000 indivíduos em TRS, 90% deles submetidos a três sessões semanais
de hemodiálise (HD). Além dos sintomas próprios da doença, os indivíduos com DRC convivem com inúmeras
adaptações pessoais, familiares e sociais, comprometendo o estado emocional e a qualidade de vida (QV). a
doença incurável e a proximidade da morte produzem complexos transtornos psicológicos, num ciclo de
acontecimentos negativos que permeiam suas vidas e de seus familiares. a proposta de trabalho dos Músicos
do Elo em ambiente hospitalar é fundamentalmente humanizadora e enriquece os cuidados dirigidos aos
pacientes, familiares e funcionários. Os músicos fazem um curso de especialização de um ano onde são
capacitados a entender e respeitar as características do ambiente hospitalar onde atuam. por ser uma
experiência exitosa em vários centros europeus de cuidados à saúde, entendemos que a atuação dos Músicos
do Elo viria ao encontro das necessidades dos pacientes em HD. OBJETIVOS: Avaliar as repercussões da
presença dos Músicos do Elo durante uma das sessões semanais de HD sobre a sensação subjetiva de bem
estar dos pacientes, sobre a QV e parâmetros de depressão. MÉTODOS: Participaram do estudo 24 pacientes
que realizam hemodiálise há mais de 6 meses. Destes, 12 formaram o grupo controle (sem intervenção) e 12
pacientes sofreram a intervenção dos Músicos do Elo, por 5 meses, nas sessões regulares de HD aos
sábados. Avaliamos a QV pelo questionário Kidney Disease and Quality of Life – Short Form (KDQOL-SF™)
– v.1.3 e o estado de depressão pela escala de Hamilton. Foi aplicado aos pacientes um questionário aberto
para avaliar os efeitos da intervenção e os resultados submetidos à análise temática e à técnica de Análise
do Discurso do Sujeito Coletivo (Lefrève). RESULTADOS: Encontramos excelente receptividade, participação
e comprometimento dos pacientes e engajamento dos funcionários ao trabalho dos Músicos do Elo. Houve
melhora da QV global (59 vs 65, onde zero é o pior possível e 100 o melhor possível) e, em particular, nos
seguintes domínios: disposição para o trabalho (17 vs 33), percepção de encorajamento do pessoal técnico
do centro (67 vs 92), limitações emocionais (47 vs 72) e sono (62 vs 69). no grupo intervenção o número de
pacientes com critérios de depressão moderada/grave reduziu de 10/12 para 6/12 (p < 0,05, X2).
CONCLUSÕES: a intervenção foi muito bem aceita por pacientes e funcionários do centro de hemodiálise. a
presença dos músicos afasta os pacientes da condição de preocupação, ansiedade e dependência da
máquina e resgata sentimentos positivos e harmoniosos de experiências anteriores, criando uma atmosfera
de trabalho acolhedora e de confiança. Esta ação humanizadora no ambiente da hemodiálise resulta em
melhora das condições psicológicas, da percepção de bem estar e da QV dos pacientes. Veja o vídeo com a
atuação dos músicos em: http://vimeo.com/43105902
_________________

Almeida, Fernando Antonio de; Hoffmann, Thiago dos Reis; Fabro, Wilson Brisola; Camargo, Leilianne Teixeira; Flusser,
Victor; Santoro, Luiz Fernando; Almeida, Fernando Antonio de. A Intervenção dos Músicos do Elo em um Centro de
Hemodiálise. uma Experiência Humanizadora de Êxito.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-
7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10192

_________________
12
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Humanização no Trabalho do Assistente Social na Área da


Saúde e Reabilitação.
_________________

Fernandes, Talita Fernanda Stabile


Hospital de Reabilitação de Anomlias Craniofaciais - Universidade de São Paulo —
talitasfernandes@usp.br
_________________

INTRODUÇÃO o assistente social na área da saúde e reabilitação compõe a equipe interdisciplinar


e é o profissional responsável por conhecer e transmitir a realidade socioeconômica e cultural dos
pacientes/famílias, bem como, os aspectos familiares, escolares, profissionais e sociais
(GRACIANO, 2013). em sua atuação são trabalhadas questões relacionadas à humanização na
saúde, como: às expectativas com tratamento, preconceito sofrido em virtude da deficiência,
relacionamento familiar, escolar e social, redes de apoio ao processo de reabilitação, as relações
sociais, fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e orientações sociais à população
atendida quanto aos seus direitos sociais e de cidadania. OBJETIVOS Relatar a prática profissional
humanizada do assistente social na área da saúde e reabilitação. MÉTODOS Trata-se de um relato
de experiência profissional, tendo como base as ações do Assistente Social na equipe
interdisciplinar do Hospital de referência do estudo no período de Fevereiro de 2012 à Dezembro
de 2013. RESULTADOS As ações desenvolvidas pelo Assistente Social no hospital estudado são
baseadas nos Parâmetros para atuação do assistente social na saúde (CFESS, 2010),
categorizando-se em: - Atendimento Direto aos Usuários (ações socioassistenciais, de articulação
interdisciplinar e socioeducativas); - Mobilização, Participação e Controle Social; - Investigação,
Planejamento e Gestão; e - Assessoria, Qualificação e Formação Profissional Nestas ações,
verifica-se o elo existente entre a humanização com a proposta da Reforma Sanitária Brasileira,
bem como os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde. Sabe-se que a Reforma Sanitária
Brasileira nasce da defesa de valores como a democracia direta, o controle social, a universalização
de direitos, a humanização da assistência, tendo como concepção o fato de que o cidadão não é
cliente, não é usuário, mas é sujeito (CADERNOS HUMANIZA SUS, 2010). Nesta perspectiva, a
humanização no trabalho profissional do Serviço Social na equipe interdisciplinar do hospital
estudado ultrapassa aquela concepção romântica do trato, cuidado e caridade com os
pacientes/famílias. Trata-se de um olhar ampliado dos usuários do serviço de saúde, atendendo-os
na sua integralidade e totalidade e respeitando-os enquanto cidadãos, capazes de serem sujeitos
da transformação de sua própria história e interpretadores da sua situação de saúde-doença.
CONCLUSÕES Diante do exposto, as demandas trazidas pelos pacientes e famílias na saúde e
reabilitação representa desafios para Serviço Social e a equipe interdisciplinar. Seu enfrentamento
de forma humanizada começa com o conhecimento aproximado da realidade familiar, cultural e
social deste público para decifrar as expressões da questão social que os envolve e se estende à
intervenção com a participação dos mesmos, contribuindo também para efetivação dos direitos
humanos, sociais e de cidadania.
_________________

Fernandes, Talita Fernanda Stabile. A Humanização no Trabalho do Assistente Social na Área da Saúde e
Reabilitação.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10199

_________________
15
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Novos Elementos para a Atenção Psicológica Direcionada a


Profissionais que Atuam em Oncologia
_________________

Oliveira, Andréia Elisa Garcia de; Cury, Vera Engler


Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas — andreiaegarcia@yahoo.com.br
_________________

Pretende-se apresentar os resultados e futuros desdobramentos de uma pesquisa de Mestrado em Psicologia


que foi desenvolvida entre 2012 e 2013 pela autora principal sob orientação da segunda autora. Todos os
cuidados éticos foram garantidos. o projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da universidade e
todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Buscou-se compreender a
experiência de cuidar de pacientes oncológicos a partir do relato de profissionais da saúde que atuam em um
ambulatório de quimioterapia de um hospital universitário do Estado de São Paulo. Foi desenvolvida como
uma pesquisa qualitativa, exploratória, de inspiração fenomenológica. a pesquisadora realizou encontros
dialógicos individuais com nove profissionais: médicos, psicólogo, farmacêutico, enfermeiro, terapeutas
ocupacionais, assistente social e técnico de enfermagem. ao término de cada encontro, foram redigidas
narrativas nas quais se registrou o que foi relatado pelo participante acrescido das impressões da
pesquisadora. o processo de construção das narrativas incluiu diversas fases objetivando um aprofundamento
na apreensão dos principais elementos envolvidos na experiência dos participantes. a análise deste material
possibilitou concluir que a experiência de cuidado na área de Oncologia é significada pelos profissionais como
gratificante e enriquecedora, embora também envolva certa dose de sofrimento em função do desgaste físico
e emocional a que ficam expostos. para além das já conhecidas queixas de estresse, sofrimento psíquico,
Síndrome de Burnout, Fadiga por Compaixão, os relatos dos participantes revelaram também dificuldades no
exercício da prática profissional decorrentes: a) de uma formação acadêmica que não os preparou para lidar
com a aproximação da morte dos pacientes, tampouco com a necessidade de comunicar informações sobre
a evolução da doença; b) da falta de integração entre os membros da equipe; c) da jornada de trabalho
exaustiva; d) da falta de tempo para dedicar-se a si mesmos; e) do sentimento de impotência quando o
tratamento não é bem-sucedido. Apesar disso, os participantes esforçam-se para que o relacionamento com
os pacientes não seja reduzido a uma dimensão puramente técnico-assistencial, por reconhecerem que o
envolvimento com eles é inevitável. Demonstraram ainda que se beneficiariam de uma intervenção
comprometida em facilitar o vir à tona de suas experiências. o trabalho com pacientes oncológicos pode ser
compreendido como uma experiência peculiar de cuidado que envolve dimensões paradoxais. As conclusões
do estudo subsidiaram a elaboração de um novo projeto de pesquisa que pretende tomar o conceito de
experiência, a partir do referencial fenomenológico, como norteador para o desenvolvimento de uma
estratégia de atenção psicológica clínica direcionada aos profissionais da saúde que atuam em Oncologia.
Tal pesquisa será desenvolvida a partir de 2014 no curso de Doutorado. Acredita-se que a implantação dessa
modalidade de atenção psicológica nos contextos de tratamento oncológico possa facilitar a emersão de uma
práxis mais humanizada e significativa aos profissionais da saúde que atuam em Oncologia.
_________________

Palavras-chave: atenção psicológica; profissionais da saúde; oncologia; experiência; humanização.


_________________

Oliveira, Andréia Elisa Garcia de; Cury, Vera Engler. Novos Elementos para a Atenção Psicológica Direcionada a
Profissionais que Atuam em Oncologia. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10198

_________________
14
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Experiência da Inserção das “Humanidades Médicas” no


Módulo Biológico Ii do Curso de Medicina
_________________

Moreira, Simone da Nóbrega Tomaz; Sá, Joceline Cássia Ferenzini de; Nascimento
Júnior, Expedito Silva; Camilo, Christina da Silva; Azevedo, George Dantas de
Universidade Federal do Rio Grande do Norte — simonetomaz@hotmail.com
_________________

INTRODUÇÃO: a educação médica vem passando por um processo de mudança, buscando adequar a estrutura
curricular ao contexto da prática profissional e, em especial, as necessidades de saúde da população. Mudanças
no paradigma da saúde são necessárias, valorizando não apenas os aspectos biológicos, mas também os
psicossociais do processo saúde-doença. Diante disso, vem crescendo uma área de reflexão e pensamento
denominada “Humanidades Médicas”, que se propõe a incluir temas das ciências humanas no curso de
graduação. OBJETIVOS: descrever, a partir de uma reflexão crítica, a experiência do ensino das humanidades
médicas dentro do módulo morfofuncional (“Módulo Biológico II” – MB II) MÉTODOS: o MB II compreende
conteúdos de anatomia, histologia, embriologia, fisiologia e biofísica, totalizando 360 horas, duração de 15
semanas e integra a grade curricular do segundo período do curso. Desde 2009.2, tem sido disponibilizadas 30
horas (2créditos) para os temas das Ciências Humanas. a cada semestre, um total de 50 alunos são matriculados
neste módulo, sendo as atividades humanísticas desenvolvidas em pequenos grupos (3 grupos de 16 ou 17
estudantes, a depender do tamanho da turma). São utilizadas metodologias ativas de ensino-aprendizagem, com
ênfase no caráter formativo e na valorização da percepção e vivência dos estudantes. Cada grupo tem cinco
encontros, cujo conteúdo programático é planejado em articulação com os conteúdos biológicos, sendo
realizadas entrevistas com médicos e/ou sociedade, exibição e discussão de filmes, dinâmicas de grupo e “role-
playing”. Além disso, os alunos fazem visitas a uma comunidade de baixa renda, onde observam o contexto
social das pessoas, como também conversam com a comunidade sobre o acesso aos serviços de saúde. em
outro momento, visitam um cenário hospitalar, onde têm a oportunidade de conversar com pessoas doentes,
para que saibam mais sobre essas pessoas, buscando valorizar, de igual modo, os aspectos biopsicossociais. o
aporte teórico acontece por meio de leituras de texto e discussões críticas nos grupos. RESULTADOS: ao final
dos semestres, os alunos têm avaliado essas atividades, considerando-as importantes para a formação integral
e generalista do médico. dos estudantes avaliados, 99% classificaram-nas positivas, sendo consideradas “boa”
(33%), “muito boa” (29%) e “excelente”(37%). com relação às aulas práticas (visitas à comunidade e ao hospital),
92% e 90% classificaram como “muito boa” e “excelente”, respectivamente. a análise qualitativa apontou que
essas atividades contribuíram para a ampliação da percepção dos estudantes, no que se refere ao processo
saúde-doença, como também para o entendimento sobre o sistema público de saúde. Os estudantes apontaram
para a necessidade de continuidade e fortalecimento dessas atividades ao longo do curso. CONCLUSÃO: a
estratégia inovadora utilizada mostrou ser viável a integração dos temas da área de humanas com os conteúdos
biológicos. Essas atividades estiveram fundamentadas nos princípios da aprendizagem significativa, que valoriza
os aspectos cognitivos e afetivos da aprendizagem, levando em consideração três alicerces: teoria, prática e
desenvolvimento pessoal. Entretanto, cabe ressaltar que, mesmo abrindo espaço para a introspecção, reflexão
pessoal e contato com os próprios sentimentos, em hipótese nenhuma, o espaço pedagógico é transformado em
psicoterapêutico.
_________________

Nóbrega, Simone da; Moreira, Tomaz; Sá, Joceline Cássia Ferenzini de, Camilo, Christina da Silva;
Nascimento Júnio, Expedito Silva; Azevedo, George Dantas de. Experiência da Inserção das “Humanidades
Médicas” no Módulo Biológico Ii do Curso de Medicina. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10190

_________________
11
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Trote Universitário: Vivências e Trabalhos em Busca da


Humanização na Recepção aos Primeiranistas
_________________

Damiano, Rodolfo Furlan; Santos, Amanda Guedes dos;


Almeida Júnior, Antônio R. de
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo — damianorf@gmail.com
_________________

Introdução o trote universitário e as marcas de sua violência acompanham a sociedade


brasileira há muito tempo, espalhando-se por muitas universidades do país. Há um recente
interesse científico pelo assunto, mas ainda se dá pouca atenção ao estudo de suas bases
e consequências de longo prazo. As ações que visem coibir a prática de seus abusos
também são negligenciadas pela ciência brasileira. com base em um processo de
humanização, educativo e do estímulo ao senso crítico, alguns alunos do segundo e
terceiro anos de medicina propuseram à direção da faculdade em 2013 a criação do Grupo
de Apoio ao Primeiranista (GAP). o GAP tem como objetivo humanizar a recepção dos
ingressantes e, para isto, realizou durante o ano de 2013 atividades visando a educação e
a coibição do trote na universidade. Objetivos Relatar criticamente a experiência do GAP
na vivência e enfrentamento do trote universitário. Métodos Trata-se de um relato de
experiência no qual se busca pontuar as vivências, atividades e dificuldades enfrentadas
pelo GAP durante os projetos desenvolvidos em 2013 com foco no trote universitário.
Resultados Após a identificação do trote como um problema enfrentado pelos
ingressantes que adentram a universidade e a estruturação de um grupo para auxiliá-los
nesta nova fase da vida, iniciou-se a estruturação de atividades que visassem o apoio
psicológico e social ao ingressante que está passando por dificuldades nessa fase de
transição. para o apoio psicológico foram realizadas reuniões semanais com base no
mentoring, nas quais os ingressantes puderam se apoiar na vivência dos discentes que já
passaram por tal transição, para que pudessem superar seus problemas e dúvidas, além
de identificarem opções para quem busca uma universidade mais humana. Durante estas
reuniões ficou evidente a necessidade de se estruturar uma intervenção para discutir
cientificamente o trote na universidade. para isso foi organizado um simpósio intitulado: “I
Simpósio Anatomia do Trote” com a participação de 100 discentes, onde foram discutidas
as bases psicológicas, sociológicas, jurídicas e institucionais do trote. Conclusões As
atividades desenvolvidas pelo GAP no ano de 2013 mostraram-se muito relevantes e
contribuíram no processo de humanização da universidade. Algumas dificuldades foram
encontradas como a falta de bases científicas no estudo do fenômeno do trote, a falta de
preparo dos alunos para organizar uma discussão em âmbito social universitário e a
represália por parte dos que defendem o fenômeno do trote, docentes e discentes. o trote
universitário deve ser entendido como uma manifestação de violência e devem-se propor
grupos que acolham o ingressante nessa fase e proponham novas formas de integração
na universidade.
_________________

Damiano, Rodolfo Furlan; Santos, Amanda Guedes dos; Almeida Júnior, Antônio R. de. Trote Universitário:
Vivências e Trabalhos em Busca da Humanização na Recepção aos Primeiranistas. In: Anais do Congresso
Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1].
São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10177

_________________
6
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde - Emilio


Telesi Júnior, Doutor em Saúde Pública, Médico Sanitarista,
Especialização em Medicina Tradicional Chinesa
_________________

Telesi Júnior, Emilio; Carvalho, Yara Maria de; Scarcelli, Ianni Regia; Salles,
Sandra Abraão Chaim; Boaretto, Roberta Cristina; Schveitzer, Maria Cabral
Centro de Saúde Escola do Butantã, FMUSP — emiliojr@usp.br
_________________

Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde vêm gradativamente ocupando espaços no


Sistema Único de Saúde (SUS). o percurso faz parte da construção de novas racionalidades em saúde, que
inclui a prática regular e sistemática de ensino, a prestação de assistência e a pesquisa de natureza científica. a
Portaria no. 971 do Ministério da Saúde de 03 de maio de 2.006 instituiu a Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde no SUS (Brasil, 2006). Desde então são consideradas práticas
integrativas, entre outras: Medicina Tradicional Chinesa (Acupuntura, práticas corporais, massoterapia,
meditação), Homeopatia, Fitoterapia, Termalismo-crenoterapia, Ayuverda e Medicina Antroposófica. Parte-se do
pressuposto que as PICS representam um contraponto ao padrão biologizante e medicalizante à medida que
enfatizam o cuidado e a promoção da saúde. Assim, torna-se necessário, desencadear processos educativos
permanentes que garantam o acesso à formação visando profissionais de saúde capacitados em PICS,
comprometidos com os princípios do SUS e os da Atenção Primária à Saúde. para tanto, o Centro de Saúde
Escola do Butantã “Professor Samuel Barnsley Pessoa” desenvolveu o primeiro Curso de Atualização, com
quarenta horas de duração, voltado aos profissionais de saúde graduados em nível superior com interesse em
ampliar os modos de pensar e intervir em saúde, com os referenciais da Medicina Tradicional Chinesa.
Objetivos: Concorrer para a formação de profissionais de nível universitário, das diversas profissões de saúde,
na compreensão e manejo de PICS no cotidiano das ações de cuidado, em particular na atenção primária à
saúde. Método: As aulas foram planejadas e sistematizadas coletivamente, com profissionais das diferentes
áreas da saúde com interesse nas PICs. no que se refere à dinâmica das aulas, elas foram conduzidas de modo
a garantir a experiência e não só a teoria a respeito das práticas. Iniciávamos com a sequência completa do Tai
Chi Pai Lin. E, na segunda metade, fazíamos uma roda de conversa, análise de leituras e imagens, proposta de
debate e exercícios de reflexão coletiva sobre as bases conceituais da medicina tradicional chinesa, a meditação,
a homeopatia e a política nacional das práticas integrativas e complementares em saúde, a relação filosofia e
saúde, e também sobre os territórios e fronteiras das distintas disciplinas (psicologia, enfermagem, educação
física e esporte, fisioterapia) e a medicina tradicional chinesa. Resultados: a programação foi desenvolvida a
contento de todos os participantes (estudantes e docentes). Abriu caminhos para a construção de novas práticas
de saúde, mais próximas da atenção de qualidade, integral e humanizada e ampliou nossa compreensão a
respeito da importância de nos voltarmos para a sistematização de uma Política Estadual de Práticas Integrativas
e Complementares. Parte do grupo efetivamente está empenhado em dar andamento a essa iniciativa.
Conclusões: o Curso proporcionou a criação de um círculo de reflexão entre professores e alunos a respeito
dos modos de aprender e praticar saúde. Contribuiu para a criação de um Coletivo Interdisciplinar no Centro de
Saúde Escola do Butantã, com vistas à formação de pessoal, a assistência aos usuários e a difusão das PICS.
_________________

Telesi Júnior, Emilio; Carvalho, Yara Maria de; Scarcelli, Ianni Regia; Salles, Sandra Abraão Chaim; Boaretto,
Roberta Cristina; Schveitzer, Maria Cabral. Práticas Integrativas e Complementares em Saúde - Emilio Telesi
Júnior, Doutor em Saúde Pública, Médico Sanitarista, Especialização em Medicina Tradicional Chinesa. In:
Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10187

_________________
10
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Projeto “Humanizar-Te” para Estimular a Benevolência no


Âmbito Hospitalar Através do Cuidado a Quem Cuida
_________________

Souza, Amanda Gabriela Rocha de


Faculdade de Integração do Sertão — aamanda.souza@hotmail.com
_________________

Introdução “Se todo animal inspira ternura, o que houve então com os homens?”. como Guimarães
Rosa perguntou há muito tempo, temos nos perguntado cada vez mais nos dias atuais. a
desumanidade - falta de humanidade; crueldade - é, no meio do capitalismo, imediatismo, egoísmo
e individualismo, a principal das características da sociedade. Diante disso, atualmente tem se
falado bastante sobre o resgate do “homem bom” capaz de tratar o outro como gostaria de ser
tratado, de respeitar, acolher, confortar e dividir. Dado que no campo da saúde esses problemas
surgem num contexto que trata das questões humanas mais profundas, íntimas e que mexem que
com nossa vulnerabilidade - vida, morte, tristeza, aflições, medos – este passa a ser então o maior
enfoque para implantação/resgate da humanização. É praticamente universal a deficiência (nos
mais diversos sentidos) no âmbito hospitalar, sobretudo nos sistemas públicos. no Brasil, a iniciativa
para melhoria desse sistema desumano na saúde foi dada pela implantação do Programa Nacional
de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) seguido da Política Nacional de Humanização
(PNH) atuando por meio de diversos dispositivos que promovem mudanças nos modelos de atenção
e gestão, dentre eles Grupo de Trabalho de Humanização (GTH). Este abarca um espaço coletivo,
organizado e democrático que propõe, além da implantação dos princípios e diretrizes do
HumanizaSUS, a troca de saberes e conscientização, entre profissionais de diferentes categorias,
gestores e usuários. Objetivos Geral - Implementar o GTH em um hospital regional do sertão
pernambucano. Os objetivos específicos são: - Estimular trocas solidárias entre gestores,
trabalhadores e usuários para a produção de saúde e a produção de sujeitos. - Humanizar o
atendimento aos usuários, se comprometendo com a defesa da vida e fortalecimento do processo
de pactuação democrática e coletiva. - Efetivar os princípios do SUS/SUAS no cotidiano das práticas
de atenção e de gestão. - Desenvolver pesquisas científicas no campo da humanização, envolvendo
profissionais, estudantes, usuários e familiares. Método Trata-se de um projeto de extensão
chamado “HumanizAR-TE”, desenvolvido por estudantes de fisioterapia e enfermagem que
cursaram a disciplina “Humanização em Saúde”. para tanto, será implantado o GTH em um hospital
regional, inicialmente com profissionais de saúde. As atividades planejadas variam de exercícios
físicos à aplicabilidade de recursos lúdicos enquanto proposta pedagógica e terapêutica com o
intuito de desenvolver de ações reflexivas e lúdicas no contexto hospitalar, entre outros espaços
que perpassem o campo do afeto. Resultados e Discussões por se tratar de um projeto em
andamento, até o presente momento foram realizadas duas etapas das cinco propostas. a primeira
foi reunir os estudantes que voluntariamente gostariam de participar do projeto. no segundo
momento foi firmada a parceria com a instituição e iniciado o planejamento de atividades a serem
desenvolvidas.
_________________

Souza, Amanda Gabriela Rocha de. Projeto “Humanizar-Te” para Estimular a Benevolência no Âmbito
Hospitalar Através do Cuidado a Quem Cuida. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades &
Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10185

_________________
8
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Levando a Cozinha Hospitalar ao Paciente: uma Estratégia


para Sensibilizar Funcionários e Conquistar Pacientes.
_________________

Cardoso, Elisabeth; Habiro, Renata Sayuri; Isosaki, Mitsue


Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto do Coração do HCFMUSP — nutbeth@incor.usp.br
_________________

Introdução: o trabalho em uma cozinha hospitalar tem como característica a prestação diária, ininterrupta e
contínua do atendimento aos pacientes e as atividades neles desenvolvidas exigem exatidão, rapidez e
sincronia da equipe. Além disso, dependendo da função e do local de trabalho, os seus trabalhadores são
submetidos à condições como ruído, calor, umidade, risco de acidentes, esforço físico e mental, ritmo de
trabalho intenso, monótono e repetitivo. o atendimento à individualidade dos pacientes, respeitando os seus
hábitos e outras questões culturais, mesmo diante da necessidade de restrições dietéticas severas, demanda
grande esforço por parte dos funcionários da cozinha hospitalar. Desta forma, a alimentação pode ser um
item de insatisfação durante a permanência na unidade hospitalar podendo ser agravada se o paciente não
se sentir ouvido e compreendido. para aqueles que trabalham diretamente na produção de refeições o
distanciamento do cliente final pode criar a sensação de não valorização de um trabalho tão desgastante. em
um hospital vinculado à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) especializado em Cardiologia e Pneumologia,
observou-se que alguns pacientes submetidos a longos períodos de internação e com necessidades
alimentares especiais e que demandavam grande empenho da equipe de produção de refeições, muitas
vezes manifestavam o desejo de conhecer os profissionais que preparavam suas refeições. Desta forma,
percebeu-se que a criação de um canal de relacionamento entre os profissionais de cozinha e os pacientes
poderia repercutir na qualidade do serviço prestado e na melhoria da satisfação do cliente. Objetivo: com o
objetivo de melhorar o serviço prestado aos pacientes internados, foi criado um programa de sensibilização
dos profissionais que atuam na cozinha de um Serviço de Nutrição Hospitalar, promovendo visitas destes
profissionais às unidades de internação. Método: As visitas ocorrem periodicamente, sendo que os
profissionais da cozinha são levados pelo nutricionista a conhecer os pacientes nas unidades de internação.
São selecionados pacientes com histórico de internação prolongada e/ou necessidades especiais no que se
refere à alimentação, ou ainda que manifestem o desejo de conhecer os responsáveis pelo preparo das
refeições. Resultados: como resultado observou-se melhora no desempenho dos servidores que passaram
a se sentir mais motivados e valorizados, pois passaram a perceber a importância de seu trabalho junto à
recuperação do paciente e a gratidão destes ao resultado de seu trabalho. em acréscimo, os pacientes se
sentiram mais acolhidos conhecendo os personagens responsáveis pela sua alimentação. Conclusão:
Simples ações podem resultar em grandes ganhos no que se refere à melhoria das relações interpessoais de
profissionais que não atuam em contato direto com pacientes, e cujo resultado do trabalho pode impactar
sobremaneira na satisfação dos pacientes e, consequentemente, em sua recuperação. Assim, a partir da
realização do programa desenvolvido pelo serviço de Nutrição torna-se clara a viabilidade para concretizar
propostas simples de atendimento aos pacientes da rede SUS sem a necessidade de recursos financeiros
elevados.
_________________

Cardoso, Elisabeth; Habiro, Renata Sayuri; Isosaki, Mitsue. Levando a Cozinha Hospitalar ao Paciente: uma
Estratégia para Sensibilizar Funcionários e Conquistar Pacientes.. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10186

_________________
9
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A MÚSICA COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA NO CUIDADO A


CRIANÇAS E ADOLESCENTES INTERNADOS COM CÂNCER
_________________

Menezes, Evelyn Torres de; Muniz, Camila Silva


Centro Unaversitario Adventista de Sao Paulo — evelynstorres@hotmail.com
_________________

Introdução: o câncer infanto-juvenil é um problema de saúde pública, tornando-se


fundamental direcionar os esforços e recursos para orientar estratégias do cuidado desses
pacientes nos diferentes níveis de atuação. a hospitalização de crianças com câncer é uma
vivência traumática, onde parecem esquecer que a criança é criança, que necessita de
espaço físico, atividades e atenções apropriadas à sua faixa etária. a música pode reduzir
a tensão e a ansiedade ocasionadas por situações estressantes, como a hospitalização.
Objetivo: Analisar os efeitos do uso da música sobre a ansiedade de crianças e
adolescentes submetidos a tratamento quimioterápico para o câncer em unidades
hospitalares. Método: Pesquisa de campo, descritiva, com abordagem qualitativa,
realizada no Hospital Infantil Darcy Vargas, com participação de 17 pacientes. Resultados:
ao desfrutarem da música como forma de terapia, crianças e adolescentes internados
relataram, principalmente, o sentimento de alívio e conforto. a preferência por esse tipo de
terapia, dentre a população estudada, foi entre os adolescentes, pois é uma faixa etária
que utiliza esse recurso com mais frequência. Através da pesquisa, foi ainda mais evidente
o poder e a influência que a música proporciona as crianças e adolescentes com câncer.
a repercussão no alívio da ansiedade foi diretamente relacionada com os sentimentos e
reações positivas produzidas pela música. Considerações Finais: Os dados mostraram
que a música como terapia constitui-se de fato em um recurso viável, adequado e
importante para o enfrentamento da hospitalização e pode ser mais utilizado quando a
criança e adolescente encontram apoio nas ações institucionais que viabilizam e
disponibilizam recursos humanos e materiais para este fim. a música, portanto, é uma
ferramenta pouco utilizada nos serviços de saúde, mas capaz de humanizar, transformar e
trazer alívio à ansiedade durante o momento de hospitalização da criança e adolescente
com câncer.
_________________

Palavras-chave: Música; Criança; Adolescente; Câncer; Ansiedade; Enfermagem.


_________________

Menezes, Evelyn Torres de; Muniz, Camila Silva. A Música como Ferramenta Terapêutica no Cuidado a
Crianças e Adolescentes Internados com Câncer. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades
& Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014.
ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10153

_________________
1
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Educação em Saúde e Catadores de Materiais Recicláveis


_________________

Nunes, Juliana Castro de Paula; Teodoro, Phabio Claudino E. T.; Vinas, Nadja
Ferreira; Andrade Filho, Guilherme M. de; Araujo, Lucas Oliveira; França, Camila
Mariana de C.; Ribeiro, Erick Allison Fernandes
Escola Superior de Ciencias da Saude — castron.juliana@gmail.com
_________________

Introdução: o benefício que os catadores trazem para a limpeza urbana é grande e muitas vezes passa
despercebido.O catador está situado numa fronteira mal definida socialmente, entre o ‘ser marginal’ e o ‘ser
trabalhador’, ocupando uma posição de limiaridade e marginalização. em 2007, ex-moradores de uma invasão
que trabalham com material reciclável foram beneficiados por um projeto de construção de casas populares.
Observou-se, entretanto, que ainda mantinham maus hábitos de higiene, com lixo acumulado e animais nas
residências. Havia dificuldade de aumentar a busca pela atenção primária na região, e os esforços para
modificar comportamentos de risco à saúde foram pouco resolutivos. Desta maneira procurou-se atender a
esta demanda através de práticas educativas, que visam à construção compartilhada do conhecimento.
Objetivos: Promover discussões acerca de saúde e cidadania na população alvo. Identificar as demandas de
saúde da comunidade. Elaborar e promover práticas educativas de acordo com as demandas. Método: Estudo
transversal, descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, realizado com os residentes
da Quadra 12 C do Riacho Fundo II, mediante identificação prévia das demandas dos usuários adstritos,
teorização acerca de medidas apropriadas à realidade observada e organização de práticas educativas
voltadas aos aspectos de prevenção primária suscitados, seguindo os modelos de problematização freiriana
e de pesquisa participante. Resultados: a população apresentou necessidades, conhecimentos e
perspectivas semelhantes, o que facilitou o desenvolvimento das praticas educativas. As práticas abordaram
os temas: Doenças Sexualmente Transmissíveis, métodos contraceptivos, cuidado pré e pós natal, gravidez
na adolescência, drogas ilícitas e acidentes com escorpiões. Após as práticas observou-se um aumento na
procura pelos serviços de saúde, confirmando a carência de informação e conhecimento da população alvo.
Discussão: Segundo dados da Estratégia de Saúde da Família (ESF) nº6 , a 12C é composta por 812
pessoas, a maioria entre 20 e 59 anos, sendo 55,4% do sexo feminino. a partir da concepção de que a
sexualidade é definida por parâmetros biológicos, psíquicos e sociais, promoveu-se uma discussão com os
participantes, visando abarcar todos os esses aspectos: motivos para realizar ou não a prevenção, hábitos
sexuais e percepções. em relação à educação financeira, Savoia et al., discutem que um indivíduo preparado
para lidar com seu orçamento familiar adequadamente consegue se integrar melhor à sociedade e aumentar
seu bem estar. em relação às verminoses e acidentes com escorpiões, a intenção foi promover o autocuidado
e o empoderamento, de acordo com os conceitos mais atuais de prática em saúde. Quanto à abordagem
sobre drogas, a literatura aponta a necessidade de planejamento com a população alvo, consideradas as
suas particularidades. Conclusão: As práticas educativas visam à promoção do protagonismo do paciente
em relação ao seu auto cuidado. para isso, foram realizadas sucessivas atividades buscando a troca de
conhecimentos e a conscientização da população. Mais que mudanças pontuais de hábitos, buscou-se o
empoderamento do indivíduo.
_________________

Nunes, Juliana Castro de Paula; Teodoro, Phabio Claudino E. T.; Vinas, Nadja Ferreira; Andrade Filho,
Guilherme M. de; Araujo, Lucas Oliveira; França, Camila Mariana de C.; Ribeiro, Erick Allison Fernandes.
Educação em Saúde e Catadores de Materiais Recicláveis
. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical
Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10179

_________________
7
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

O Teatro como Ferramenta de Humanização


_________________

Aveiro, Terezinha da Luz Alves; Coalho Junior, Rubens; Franchi, Rosana


Aparecida; Caruso, Antônia Gonçalves; Chagas, Maria Elizete das
Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha "Dr. Mário de Moraes A. Silva" —
teraluz@gmail.com
_________________

Introdução: a formação de um grupo de Teatro na Unidade ocorreu por acaso, por ocasião
das comemorações de Natal do ano de 2002. a ideia de se representar o nascimento de
Jesus com funcionários da Unidade resultou na necessidade de identificar possíveis atores
em diversos setores, uma vez que Maria deveria ser uma funcionária grávida, um dos reis
magos deveria ser negro, etc. Apesar da enorme dificuldade de ensaio, a apresentação da
peça foi um sucesso, inicialmente de público (mais de 100 pessoas), em parte porque os
funcionários dos setores representados queriam ver como “se sairia” o seu colega e
também por ter suscitado risos e muita emoção, sendo consequentemente muito bem
comentada. a partir de então o grupo começou a ser convidado para eventos
comemorativos e principalmente quando era necessária a reflexão acerca de um tema,
implantação de serviços, etc., funcionando como importante ferramenta nos processos de
mudança. Objetivo: Integração, melhora do clima institucional da Unidade e da relação do
servidor com o paciente, reflexão sobre comportamentos automáticos, humanização do
profissional de saúde. Método Seleção de “atores” de diferentes setores da Unidade.
Coleta de informações sobre o assunto a ser abordado e objetivo a ser atingido. Encontros
do grupo para montar a peça através da dinâmica “tempestade de idéias. Elaboração do
texto da peça. Laboratório, ensaios e apresentação. Reflexão, discussão sobre o tema
apresentado. Resultados: Sensibilização e reflexão de servidores sobre diversos temas:
implantação de acompanhante nas salas de parto, mãe canguru, aleitamento materno,
reciclagem de lixo, etc.. Melhora no clima institucional. Funcionários passaram a
cumprimentar-se nos corredores da Unidade, a partir da aproximação dos setores dentro
do grupo, formando uma corrente de simpatia. um resultado inesperado foi a melhora de
comportamento de uma participante do grupo de teatro dentro de seu próprio setor, em
virtude de se sentir valorizada pelo grupo de pertença. Conclusões: o teatro pode ser
usado como importante ferramenta de humanização. a situação a ser trabalhada quando
projetada em cenas diminui eventuais resistências do expectador propondo-lhe uma visão
ampla, permitindo-se colocar no lugar de todos os envolvidos da trama.
_________________

Aveiro, Terezinha da Luz Alves; Coalho Junior, Rubens; Franchi, Rosana Aparecida; Caruso, Antônia
Gonçalves; Chagas, Maria Elizete das. O Teatro como Ferramenta de Humanização. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10164

_________________
4
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Humanicafé - Encontro nos Setores


_________________

Brito, Rosana Aparecida Franchi; Aveiro, Terezinha da Luz Alves; Santos, Jussara
da Paixão dos; Costa, Marisa Batista Thomas da
Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha "Dr. Mário de Moraes A. Silva" —
teraluz@gmail.com
_________________

Introdução a Política Nacional de Humanização surge como resposta à baixa qualidade no


atendimento ao usuário do SUS, tendo como objetivo a humanização nas relações procurando
articular o cuidado técnico científico com o cuidado humano numa relação de respeito mútuo e
visando a garantia dos direitos, contribuindo de forma efetiva para melhoria contínua da qualidade
na prestação dos serviços. a humanização abrange todas as especialidades e todos os envolvidos
no contexto de saúde. Exerce grande importância, considerando que um SUS humanizado
pressupõe um processo de pactuação democrática e coletiva. Desde 2001, a Unidade comungava
com o conceito de humanização em um sentido amplo visando à construção de uma nova cultura
de atendimento a saúde da população pautada no respeito à vida humana e nos direitos
constitucionais. Pautado nestes princípios o Grupo de Trabalho de Humanização – GTH da
Unidade passou a realizar visitas aos setores, com o objetivo de avançar o SUS, através do olhar
dos funcionários sobre o que é real e o que seria o ideal dentro deste Sistema Universal de Saúde.
Objetivo Reflexão sobre a realidade institucional e profissional, em busca de alternativas criativas
para os desafios encontrados, estabelecendo o diálogo e as informações através de uma rede
confiável. Método: São realizados dois encontros por setor com duração de 1 hora e 30 minutos
cada um deles. o segundo encontro ocorre em torno de 30 a 40 dias após o primeiro. o método
utilizado é o da roda de conversa, um dos dispositivos da PNH. Os coordenadores do GTH
utilizam-se de mecanismos como apresentações de filmes, dramatizações, palestras, jograis,
cartazes, etc. e procura garantir a participação de todos os elementos do grupo nas rodas de
conversa. o grupo deve ao final do encontro identificar uma ação do setor que proporcione melhora
de trabalho para o próprio grupo. no retorno, se analisa conjuntamente a ação proposta e o
resultado. ao final do encontro é servido um café para todos os elementos do grupo, em um
momento de descontração e interação. Resultados: Sensibilização do setor envolvido para a
Política Nacional de Humanização, criação de espaço de reflexão e proposição de pelo menos
uma ação humanizada no setor após o encontro. Observamos que a maioria dos funcionários não
está acostumada à gestão participativa. Quando são convidados a pensar numa estratégia a ser
colocada em grupo, eles se sentem incomodados, sentindo que o GTH está dando “função” para
eles, que deveria vir pronto. Isto foi devolvido aos funcionários. Conclusões: para se estabelecer
a PNH é necessário treino, reflexão, até que participar do processo de trabalho seja um hábito,
seja produtivo e amadurecido. Os momentos do Humanicafé proporcionam esse amadurecimento.
_________________

Brito, Rosana Aparecida Franchi; Aveiro, Terezinha da Luz Alves; Santos, Jussara da Paixão dos; Costa,
Marisa Batista Thomas da. Humanicafé - Encontro nos Setores. In: Anais do Congresso Internacional de
Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora
Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10167

_________________
5
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

A Humanização como “Estratégia de Gestão e Atenção” em


Saúde?: uma Revisão de Literatura.
_________________

Silva, Marcos Vinícius Santos


IBPEX — viniciussilva.as@gmail.com
_________________

O presente estudo é fruto de uma pesquisa qualitativa, a partir de revisão de literatura sobre
a temática Humanização na Saúde, tendo categorias de análise: humanização, saúde,
gestão, atenção e democratização, sendo processadas nas bases de dados LILACS,
Scielo, BVS e Google Acadêmico. Esta pesquisa buscou analisar, à luz das bibliografias
produzidas, a gestão da Política Nacional de Humanização, na rede SUS, em especial, nos
serviços da Atenção Básica. É importante frisar que a elaboração do estudo, emerge do
entendimento da humanização na saúde como uma política estratégica, instrumento de
mobilização social e institucional, instaurando uma nova dinâmica na esfera da saúde,
pautada na qualificação dos serviços de saúde, na efetivação de novos processos de
trabalho, pautados na indissociabilidade entre gestão e atenção. na busca por uma maior
responsabilização de todos os agentes e entes envolvidos no processo de produção da
saúde, na superação do ideal mercadológico que quantifica e unifica o sujeito/doença.
_________________

Silva, Marcos Vinícius Santos. A Humanização como “Estratégia de Gestão e Atenção” em Saúde?: uma
Revisão de Literatura.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em
Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10158

_________________
2
CONGRESSO INTERNACIONAL DE Blucher Medical Proceedings
Humanidades & Humanização March 2014, vol. 1, num. 2
em Saúde Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo e Hospital das Clínicas - FMSUP www.proceedings.blucher.com.br/evento/cihhs

Metodologia Problematizadora em Humanização do Cuidado


ao Recém-Nascido: Leitura Donabediana Sobre Treinamento
em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal em Hospital do
Litoral do Estado de São Paulo
_________________

Oliveira, Alfredo Almeida Pina de; Chiesa, Anna Maria;


Carriel, Camila Aparecida R.
Centro de Promoção da Saúde do Hospital das Clínicas FMUSP-SP — aapo_enf@yahoo.com.br
_________________

A morbimortalidade perinatal persiste e constitui um desafio para a garantia da qualidade


da gestão com foco na humanização do cuidado prestado ao recém-nascido em unidades
de terapia intensiva. Objetivo: descrever a replicação de um treinamento em humanização
do cuidado do RN com foco na qualidade da assistência de uma equipe de unidade de
terapia intensiva neonatal de um hospital público do litoral do estado de São Paulo.
Método: estudo de caso estruturado na metodologia da problematização e fundamentado
no referencial donabediano. Resultados: foram treinados 26 profissionais da assistência
e da gestão hospitalar que registrou redução de infecções neonatais, menor rotatividade
das equipes na assistência ao recém-nascido e promoção do cuidado humanizado.
Conclusão: esse modelo educacional forneceu elementos para a incorporação de boas
práticas com foco na humanização do cuidado e enfatizou a melhoria crescente da
qualidade prestada por meio da gestão de recursos humanos local.
_________________

Oliveira, Alfredo Almeida Pina de; Chiesa, Anna Maria; Carriel, Camila Aparecida R.. Metodologia
Problematizadora em Humanização do Cuidado ao Recém-Nascido: Leitura Donabediana Sobre Treinamento
em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal em Hospital do Litoral do Estado de São Paulo. In: Anais do
Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings,
num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357-7282
DOI 10.5151/medpro-cihhs-10162

_________________
3

Você também pode gostar