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O antiempreendedor: notas para uma antropologia

ficcional • Roberto J. Medeiros


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Em uma obra intitulada Os serrenhos do Caldeirão – exercícios em antropologia


ficcional, apresentada em Fortaleza durante a Bienal Internacional de Dança do
Ceará do ano de 2015, a coreógrafa portuguesa Vera Mantero realiza um estudo
sobre os serrenhos, povo que habitava as regiões montanhosas da Serra do Caldeirão,
no Algarve, em Portugal, em um passado não especificado. Através de fotografias,
filmagens, entrevistas e trabalhos de antropologia, Vera descreve a relação destes
homens e mulheres com o tempo, o trabalho, o pensamento. Observam-se momentos
em que os serrenhos, povo eminentemente rural, cantam em coro ao trabalhar nos
roçados e na capinagem, ao andar sobre a roda d’água para fazê-la girar. O canto,
atividade lúdica, é então apresentado como indissociável da atividade laboral. Em
outro momento, os serrenhos são apresentados como um povo com dificuldades em se
relacionar com a fé cristã, uma vez que não compreendiam a noção de dogma, bem
como não enxergavam a contradição no pensamento como um problema. As
descrições, imagens e filmagens seguem até o ponto curioso de uma revelação. Tal
povo nunca existiu. Os serrenhos são criação da “autora”, vieram à existência através
de recortes de imagens de outros povos, fragmentos de outras histórias, outras
narrativas, distintas temporalidades, bem como do uso de teorias de pensadores como
Viveiros de Castro e Antonin Artaud. Estas notas são, assim, uma homenagem aos
serrenhos, como uma carta enviada a um destinatário que surge apenas em lampejos
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de insistência.
§
1. Todas as proposições derivam de uma premissa principal: o antiempreendedor sabe
que pode não; ele não exige a liberdade de poder transformar tudo em oportunidade.
Pode não responder à oportunidade, pode abster-se diante de uma possibilidade de
investimento; coloca-se na própria posição de possibilidade de ação e não de
obrigatoriedade diante da possibilidade mesma de realizar “empreendimentos”. O
antiempreendedor não força o virtual a atualizar-se.
1.1. A segunda premissa é esta: o antiempreendedor não tem uma especificidade
própria, uma natureza, uma substância, um eidos. Sua caracterização aqui é realizada
em diferenciação ao empreendedor; no entanto, muitas são as formas possíveis de se
colocar de modo diferente à lógica empreendedora. Ainda assim, podemos traçar alguns
pontos comuns daquilo que pode se manifestar de formas tão múltiplas — muitos
destes pontos, a bem da verdade, aparecem ainda lidos através de uma gramática que
utiliza os termos daquilo que combate. O repertório próprio da impropriedade
antiempreendedora ainda há de ser melhor investigado.
§
2. O antiempreendedor desessencializa a inovação como benéfica em si. Tal atitude não
se coloca necessariamente como apego à tradição ou amor nostálgico ou melancólico ao
passado, trata-se antes de uma posição de suspeita diante do pensamento que coloca a
história como uma linha ascendente em direção ao “progresso”, que encara o novo como
necessariamente melhor que o anterior. O antiempreendedor coloca-se numa posição
de consideração séria em relação ao já existente e ao que é ameaçado de ser extinto,
escutando os ecos das tradições e práticas e considerando-as em si mesmas, e não como
meios ou empecilhos para objetivos alheios a elas próprias. Ele está atento ao que cada
tradição, cada prática, cada técnica em si configura como mundo distinto dos outros, e
não como critério para avaliar a contribuição ou obstáculo que estas colocam a um dado
mundo já pensado como teleologia — o empreendimento para os empreendedores.
Assim, o antiempreendedor é capaz de amar a ruína, ao perceber nela o convívio e a
intrusão de diferentes camadas de tempo cuja hierarquização é percebida como
completamente arbitrária e destruidora das múltiplas composições possíveis.
§
3. A “análise de riscos” do antiempreendedor não se refere aos riscos privados de uma
ação; não se refere nunca aos riscos de insucesso ou da não geração de frutos de uma
atividade; ele não é um empreendedor “responsável” ou “consciente”. Seu critério de
avaliação tem como ponto de partida os efeitos em tudo aquilo que não é a sua atividade
mesma; é atento à maneira como sua prática pode afetar os outros mundos, sendo este
o risco levado em consideração para engendrar ou não uma ação.
§
4. O antiempreendedor se distingue do empreendedor não por ser seu oposto simétrico,
por realizar um contraponto a cada um de seus atributos característicos; não se trata,
então, de oposição, mas de diferença radical, que pode ser manifesta por lógicas
simplesmente heterogêneas. Enquanto o empreendedor parte de uma racionalidade
homogênea que se apresenta em aparência como uma heterogeneidade de práticas, o

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antiempreendedor tem uma racionalidade disforme que pode ser invadida a qualquer
momento por uma multiplicidade de valores, éticas, códigos, substâncias, ontologias,
produzindo uma composição que se apresenta aos olhos dos outros como imprevisível,
sem sentido, como ausência de critério, ausência de método, ausência de racionalidade.
4.1. O antiempreendedor não é o duplo do empreendedor, mas o seu avesso. É a sua
“antimatéria”, aquilo que neutraliza toda a sua lógica e o regime de avaliação daquilo
que se entende por “realidade”. Na física quântica, o encontro entre matéria e
antimatéria promove um mútuo aniquilamento, uma neutralização em que ambas
deixam de existir. Tal analogia nos aproxima da operação, ou inoperosidade, do
antiempreendedor. Se por duplo entenderíamos, por exemplo, a figura do loser, o seu
complemento opositivo, mas que compartilha de uma mesma semântica comum, donde
poderíamos dizer sobre ele: aquele que só é em referência a, por avesso pensamos a
figura que inopera todos os gradientes deste regime, do empreendedor ao seu duplo.
Diferente do loser, que, ao buscar negar o outro (o empreendedor), afirma a si mesmo
enquanto novo projeto e modelo teleológico, o antiempreendedor é aquele que, ao
negar o outro, também experimenta a sua própria autonegação, abrindo, desta forma,
um novo tempo.
§
5. O antiempreendedor não é flexível às mudanças impostas por um télos desde sempre
separado dele mesmo; é atento a tudo que povoa os mundos e compõe as diferentes
formas-de-vida; percebe assim a variedade de inclinações possíveis quanto a estas
formas — o empreendimento e o empresariamento da vida apresentando-se como uma
variedade de possibilidades apenas em aparência, mas constituindo-se como imposição
de uma teleologia uniforme que fundamenta uma certa ontologia surda e cega, ao
mesmo tempo que ensurdecedora. Ele, portanto, percebe que os vários mundos são
simplesmente distintos, mas não hierarquizáveis, e coloca-se contra todos aqueles
critérios que posicionam alguns mundos em superioridade em relação a outros, o que
possibilita a destruição dos considerados inferiores — o empreendimento capitalista
como o principal critério que leva à destruição de todos os mundos que se colocam, em
suas singularidades, como obstáculos à finalidade do próprio capitalismo.

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§
6. Deste modo, se o empreendedor é a figura central para a continuidade do
funcionamento da economia, o antiempreendedor tem um papel destrutivo em relação
à ordem econômica, seja por um desejo explícito e declarado de assim fazê-lo ou pela
mais absoluta indiferença ou “desatenção” ao funcionamento desta ordem. Sua ação
denuncia (por mostrar outro modo possível), desmistifica, desencanta (como quem
quebra um encanto de magia negra) a própria artificialidade da economia. A destruição
operada pelo antiempreendedor é, no entanto, bastante diversa da destruição
promovida pelo empreendimento capitalista; enquanto este promove um achatamento
dos outros mundos possíveis, o antiempreendedor abre estes mundos ao destruir aquilo
que os mantinha confinados a uma lógica heterônoma, e que portanto hierarquizava
estes mundos colocando-os para servir a propósitos alheios a eles próprios. O
antiempreendedor liberta as ontologias e não as submete a propósitos de terceiros.
6.1. Cabe aqui a estabelecer a diferença entre mundos e visões de mundo, ou entre
ontologias e epistemologias. Talvez seja arriscado pensar o antiempreendedor neste
terreno, uma vez que, desta forma, ele pode estar servindo como um denominador
comum por demais amplo; ainda assim, pode ser interessante situá-lo desta maneira, já
que o empreendimento capitalista se mostra desrespeitoso e destrutivo em relações a
estes outros mundos e outras visões. Quando se fala de mundo, como se fala, por
exemplo, do mundo ocidental, fala-se de uma composição de actantes que engendram
uma determinada organização básica — um determinado kosmos — que é tomada como
ponto de partida, ainda que muitas vezes não se perceba tal a priori enquanto passível
de ser deslocado, ou pelo menos com facilidade. O mundo ocidental, neste caso,
compreende a existência de uma única realidade capaz de ser apreendida de modo
objetivo; uma única natureza e diversas formações culturais, ideológicas,
socioeconômicas possíveis. O mundo, para os índios amazônicos yanomami, por
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exemplo, é diferente; é monocultural e multinatural, ou pelo menos essa é a visão que
conseguimos fazer deles, ao considerar que a humanidade é algo compartilhado por
todos os seres: as onças, os rios, as plantas, os potes de barro, as estrelas etc., e que cada
um apresenta uma natureza distinta, com seu povo e sua imagem espiritual
correspondente (os xapiris), o que tira "o homem" da centralidade e de sua importância
autoimposta e autoreferida diante dos outros seres e coisas: homem, senhor de todas as
coisas, suprassumo da criação. Pensar que este mundo (o nosso mundo, ocidental) é
composto por uma série de práticas, técnicas, rituais, saberes etc., é abri-lo para a
capacidade de abarcar uma série de visões de mundo, uma vez que cada uma destas
técnicas, saberes ou práticas podem constituir epistemologias distintas e, portanto,
perspectivas sobre tal mundo, que, entretanto, se mantém fixo em seu estatuto
mononatural. A distinção mesma entre natureza e cultura só é possível em determinada
configuração de mundo. Quando se trata de pensar em mundos outros, a questão é
atentar-se ao fato de que, ao assim procedermos — realizar a distinção entre ontologia e
epistemologia, entre o que é (o que é tomado como sendo) e como se vê (a partir do que
se vê) — ainda estamos inseridos nesta ontologia ocidental que permite esta bifurcação
no pensamento. Atentar-se a outras ontologias, a outros mundos, é talvez tentar
perceber que estes mundos podem não ser compostos das mesmas materialidades e
categorias intangíveis (cultura, ideologia, teleologia, economia) do nosso mundo.
Mundos, portanto, que não seriam constituídos por “técnicas”, “saberes”, “ideologias”,
“linguagem”, mas por outras coisas. O que uma certa antropologia faz — ou pode fazer,
então — é perceber alguns efeitos destes outros mundos sob nossas lentes, ou até
acessá-los, mas o retorno, quando existe, e a tarefa de transcrevê-los ou traduzi-los
parece (quase?) sempre terminar por utilizar nosso repertório ontológico, por mais
vasto epistemologicamente que seja. Ainda assim, é extremamente possível — bastante
provável, aliás — que mesmo as nossas variadas e abertas epistemologias possam estar
em desacordo com estes outros mundos. Pensando em uma antropologia ficcional,
trata-se de tentar encantar elementos de muitos mundos — do nosso e de outros — a
fim de criar um personagem conceitual que não existe em si mesmo, mas, ainda assim,
como várias ficções produzidas pela ontologia ocidental que também não existiam — o
homo economicus, a raça ariana, “o” judeu, “o” mulçumano, o homo sacer, o escravo, o
anormal, o doente mental etc. —, possa produzir realidades concretas, realidades
bastante distintas das produzidas pelas ficções hegemônicas. A tentativa aqui é criar um
personagem, dentre vários outros com critérios e combinações possíveis. Diante da não
especificidade do próprio antiempreendedor, e, portanto, de seu amplo espectro, este
pode ser composto de diferentes mundos em diversos graus, podendo transitar entre
ontologias, não importando a adjetivação que se produza sobre ele, de um hacker a um
pai de santo, de um monge budista a um black block, de um ator a um xamã indígena.
Como dito anteriormente, o critério para a criação deste personagem é a diferenciação
frente a um outro modelo ficcional — o empreendedor — que, como toda ficção, é real,
sendo capaz de produzir efeitos que reverberam neste e em outros mundos. O que se
quer tentar evitar com a construção deste modelo não é a guerra entre mundos, mas a
destruição de todos os outros mundos por um.
§

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7. Se o empreendedor se coloca numa falsa relação de oposição ao Estado — afirma que
o Estado é seu inimigo e um obstáculo à sua atividade, mas precisa que sua exigência
seja ouvida ativamente por este, bem como usufrui das funções da polícia e do direito
de propriedade —, o antiempreendedor denuncia a cópula entre Estado e Economia que
se mostra conflitante apenas em sua epiderme visível. Por esta razão, o
antiempreendedor é também um negador do Estado em sua guerra explícita contra este
ou em sua indiferença frente a ele, ao mesmo tempo em que é criador de algo outro.
7.1. Os processos de negação/destruição da ordem estatal e capitalista, bem como
aquele de criação de outra coisa, não são fases consecutivas um em relação ao outro,
nem instâncias separadas. A negação se dá na inoperância, seja através de um outro
modo de fazer ou de um não fazer, que se demostra de forma afirmativa, positiva. O
combate do antiempreendedor tem assim a forma de uma afirmação de um outro modo
de viver, razão pela qual negação e criação se colocam como os dois lados de uma fita de
Moebius, que na verdade possui um só. Tal afirmação não se coloca enquanto projeto ou
meta, mas exposição da vivência de uma singularidade.
7.2. Se no mundo do empreendimento capitalista a atividade ou mesmo passividade do
antiempreendedor — o seu conduzir-se — é muitas vezes encarada enquanto crime, isto
se deve ao fato de que, num mundo onde tudo que era concreto se desmanchou no ar e
transubstanciou-se em dinheiro, a abstração torna-se lei, e a vivência do concreto pelo
concreto, sem intermediações, representações ou anteparos imagéticos torna-se crime.
O antiempreendedor é, no entanto, indiferente àquilo que é imposto como crime ou não
crime; sua ação é aquela da concretude das coisas da vida, e simplesmente não
reconhece esta divisão estabelecida pela imposição forçada de uma lógica heterônoma.
§
8. Ainda em comparação com a figura do empreendedor, o antiempreendedor é
algumas vezes visto como extremamente passivo, isto porque ele despreza a atividade
pela atividade em si. O antiempreendedor não é um inquieto que está sempre
inconformado com a situação presente de seus recursos, mas alguém que é capaz de
interromper o andamento destes fluxos que se colocam como imperiosamente
ascendentes. O antiempreendedor é aquele que interrompe estes fluxos e pode não
colocar nada em seu lugar.

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§
9. Aos olhos dos demais, o antiempreendedor é um inadaptado, sendo avesso às noções
de competitividade e concorrência em todos os campos da vida. É por vezes visto como
um ingênuo ou imaturo, podendo outras vezes ser visto como insistente, inflexível,
teimoso ou mesmo perigoso. Seu modo de ação algumas vezes transparece como de
uma gratuidade espantosa ou de uma “irracionalidade” econômica e contábil, conforme
alguns. Suas ações podem ser pautadas por quaisquer outros valores divergentes do
interesse em ganhos individuais, do afã de lucro e da lógica da concorrência. As ficções
econômicas dominantes só compreendem a atividade do antiempreendedor conforme
seus próprios termos, por isso a concebem como uma ação desinteressada
economicamente — tanto do ponto de vista financeiro quanto dos ganhos pessoais
imateriais e sem expectativa de qualquer retorno mensurável ou plausível. Nesse
sentido, os economistas podem conceber sua ação, em alguns casos, como
genuinamente solidária, embora, conforme eles próprios, causadora de “prejuízo”, sob a
ótica de desinvestimento nos próprios recursos.
§
10. A relação estabelecida entre o antiempreendedor e seu pensamento, suas emoções,
suas aptidões, afinidades, bem como com as pessoas e os objetos materiais que o cercam
não é pautada pela noção de propriedade. Entre ele e estes demais elementos actantes
há uma relação de uso, de ambas as partes. O antiempreendedor pode também ser
usado pelas aptidões, pelos objetos materiais, pelas emoções, inoperando a dicotomia
sujeito/objeto.
10.1. Por uso compreende-se não apenas uma forma de contato outra com as coisas que
não seja a mediada pela propriedade, mas também uma lógica de anticonsumo: por isso
entende-se não a negação do consumo (repressão), nem, obviamente, consumo
desenfreado (excesso) ou “consumo sustentável”; trata-se antes de consumir o
consumo, consumir sua lógica, algo semelhante ao que foi proposto nessas palavras por
Hélio Oiticica. Ao usar as coisas, em vez de consumi-las, o antiempreendedor não as
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esgota.
§
11. O uso e a inoperosidade do antiempreendedor destituem o tempo de sua fusão com a
mercadoria e desativam a distinção entre tempo útil e tempo ocioso. Ainda que a
utilidade tenha promovido a indistinção do tempo de trabalho e do tempo de lazer, o
antiempreendedor liberta o tempo de qualquer função ou meta, tornando mesmo
inconsistente a noção de ócio, uma vez que ao ócio não contrapõe um outro tempo de
uma função ou atividade impositiva. Não há tempo livre para o antiempreendedor uma
vez que não há um momento de tempo em que ele esteja ocupado com algo que não
diga respeito à sua inclinação própria — o tempo do comer, do dormir, de alguma
atividade, de algum ritual, nada disso é compartimentalizado e colocado a serviço de
propósitos alheios, seja a mercadoria, o sacrifício para o investimento, o consumo
enquanto investimento, enquanto acréscimo de si etc. O antiempreendedor não antevê.
Ele é aquele que está presente em cada momento e não toma este seu presente como
um meio para um fim futuro. Cada composição realizada pelo antiempreendedor com o
tempo é decorrente de sua forma-de-vida, inseparável dele mesmo; ele vive uma
heterocronia em relação ao tempo da produção, do mercado e do dever.
§
12. O antiempreendedor desprivatiza as condições de vida; não se trata, com isso, no
entanto, de uma publicização ou espetacularização da intimidade. Ele é atento ao fato
de que, numa situação de amplo empresariamento da vida, o íntimo e o pessoal passam
para a esfera pública, tornando-se matéria de avaliação, exame e julgamento moral e
estético, em seu sentido mais pobre; eis porque, diante disto, o antiempreendedor
promove uma certa “clandestinidade da vida privada”, ao mesmo tempo que alimenta a
criação de usos comuns das coisas e dos corpos, indiferentes às divisões meritocráticas
e à demarcação de posições e tarefas típicas do empreendedor.
A continuar, de algum modo...


Roberto Josino Medeiros
Graduado em Direito pela Universidade de Fortaleza e Mestre em Filosofia, com ênfase
em ética e filosofia social e política, pela Universidade Estadual do Ceará. Desenvolve
estudos entre a filosofia, psicanálise e ficção.

Nota da edição
Optou-se por manter o registo escrito original em Português do Brasil.

Imagens
1. Jean dos Anjos. Série Abissais, 2017.
2. Jean dos Anjos. Série Ensaios para demolição, 2015.
3. Filipe Acácio. Série Futuro anunciado, 2017.

Ficha Técnica
Data de publicação: 11.02.2019

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Etiqueta: Pensamento \ Crítica

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