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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

IED – Instituto de Educação à Distância

Elementos de estudo Sobre Histologia dos Órgãos Vegetais


Estrutura primaria e secundara da raiz e caule

Nome: Latifa Sumalgy


Código: 708217289

Turma: K
I Trabalho

Nampula, Novembro de 2021


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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

IED – Instituto de Educação à Distância

Elementos de estudo Sobre Histologia dos Órgãos Vegetais

Estrutura primaria e secundaria da raiz e caule

Trabalho a ser apresentada no IED – Instituto de


Educação à Distância da Universidade Católica de
Moçambique, cadeira de Botanica Geral, Curso de
licenciatura em Ensino de Biologia, leccionado por dr:
Arminda Uachisso

Estudante: Latifa Sumalgy

Turma: K Código:

Nampula, Novembro de 2021


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iii
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuaçã
do Subtotal
o máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura 0.5
organizacionais  Discussão
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
(expressão escrita 3.0
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área
de estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 2.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas
iv4

Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor


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Índice

Introdução..........................................................................................................................6

Elementos de estudo Sobre Histologia dos Órgãos Vegetais............................................7

Histologia vegetal..............................................................................................................7

Tecido Meristematico........................................................................................................7

Meristema primário...........................................................................................................8

Tipos de meristemas primários..........................................................................................9

Tecidos de revestimento..................................................................................................10

Tecidos de Sustentação....................................................................................................11

Tecidos de Condução......................................................................................................12

Tecidos de preenchimento...............................................................................................12

Os parênquimas...............................................................................................................13

A organização dos tecidos na raiz, no caule e nas folhas................................................13

Raiz..................................................................................................................................13

Caule................................................................................................................................14

Folhas..............................................................................................................................14

Estruturas primária e secundária da raiz e caule.............................................................15

Plantas Monocotiledónea – Estrutura primaria da raiz....................................................15

Plantas Dicotiledónea – Estrutura primaria da raiz.........................................................17

Plantas Dicotiledóneas – Estrutura secundaria da raiz....................................................19

Estrutura Primária do Caule............................................................................................20

Plantas Monocotiledónea – Estrutura primaria do caule.................................................20

Estrutura Secundária do Caule........................................................................................23

Plantas Dicotiledónea – estrutura secundaria do caule....................................................23

Conclusão........................................................................................................................26

Bibliografia......................................................................................................................27
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Introdução

O trabalho presente da cadeira de Botanica Geral com o tema em estudo, Elementos de


estudo Sobre Histologia dos Órgãos Vegetais com foco nas Estruturas primarias e
secundaras da raiz e caule, tem como objectivo, proporcionar conhecimentos básico do
estudo da histologia vegetal.

Portanto, histologia Vegetal é uma área da biologia que se dedica no estudo dos tecidos
vegetais, que são agrupamentos de células vegetais similares, e formam as folhas,
caules, raízes e outras partes do vegetal.

O trabalho resulta em uso de métodos de consulta bibliográfica que consistiu na


utilização de obras para colecta dos dados e análise e síntese para a sua elaboração. A
estrutura do trabalho segue a seguinte organização:

 Introdução;
 Desenvolvimento,
 Conclusão e;
 Referencias bibliográficas.
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Elementos de estudo Sobre Histologia dos Órgãos Vegetais

Histologia vegetal

A Histologia Vegetal é a área que estuda os tecidos vegetais, que são agrupamentos de
células vegetais similares, e formam as folhas, caules, raízes e outras partes do vegetal.
Um mesmo tecido vegetal pode realizar mais de uma função. Os tecidos podem ser
divididos em tecidos meristemáticos, constituídos por células indiferenciadas, e em
tecidos adultos, que possuem funções específicas.

Segundo CUTLER, et all, o corpo humano é formado por células que dão origem a
diferentes tipos de tecidos para formar os órgãos internos, os músculos e a pele, as
plantas também são formadas por tecidos celulares, e o estudo desse sistema é chamado
de histologia vegetal e faz parte do campo da Botânica.

Para compreender as características, organização, estrutura e as funções dos tecidos das


plantas, divide-se o assunto nos seguintes tópicos:

 Os meristemas;
 Tecidos de revestimento;
 Tecidos de sustentação;
 Tecidos condutores;
 Tecidos de preenchimento;
 Os parênquimas;
 A organização dos tecidos na raiz, no caule e nas folhas.

Tecido Meristematico

os meristemas têm um objetivo primordial: contribuir para o crescimento da planta.


Para isso, as células que formam este tipo de tecido têm um processo de divisão celular
intenso para dar origem a todos os tecidos e órgãos da planta-raiz, caule e folhas.

As células que formam os tecidos meristemáticos não são diferenciadas, ou seja, todas
podem dar origem a outros tipos de células. Também são chamadas de células
precursoras, ou células totipotentes. É um tecido de crescimento.
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Os meristemas darão origem a todos os tecidos e órgãos vegetais no embrião. O


meristema apical dará origem ao caule e à raiz; o meristema apical do caule é protegido
pelos primórdios foliolares, enquanto o meristema apical da raiz se encontra abaixo de
um tecido de proteção chamado coifa.

Fonte: https://beduka.com/blog/matérias/2021

Os meristemas podem ser divididos em:

 Meristemas primários e
 Meristemas secundários

Meristema primário

O meristema primário é o responsável pela primeira fase de crescimento da planta, no


sentido longitudinal, e tem grande importância para o desenvolvimento vegetal, já que,
nessa fase, a divisão celular dará origem à formação dos demais tecidos.

Fonte: https://beduka.com/blog/matérias/2021
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Os meristemas primários estão localizados no ápice do caule e da raiz, e podem formar


a protoderme, que originará a epiderme; o meristema fundamental, que originará
diversos tecidos de preenchimento e sustentação; e o procâmbio, que originará os
tecidos condutores de seiva.

Tipos de meristemas primários

Radiculares – A parte mais externa do meristema é a coifa, que tem a função de


proteger o meristema apical, dando origem a raiz das plantas.

Caulinares – Camada que segue a camada radicular, que dá origem ao xilema e ao


floema primários.

Meristema basal – Dá origem a medula e ao câmbio cortical, que dá origem ao córtex,


que por sua vez é o que transforma as plantas em árvores.

O crescimento a partir da formação destes tecidos primários é chamado de crescimento


primário, e ele cresce em um sentido longitudinal.

Meristema Secundário

Meristema secundário também chamado de meristema lateral, é responsável pelo


crescimento em espessura do caule e das raízes nas espécies vegetais.

Meristemas secundários, popularmente conhecidos como sistema secundário, são


encontrados em dicotiledóneas e gimnospermas. Meristemas secundários surgem a
partir de células diferenciadas, normalmente parenquimáticas. Este meristema adquire a
capacidade de realizar a mitose, que em botânica tem a terminologia de
desdiferenciação. As células deste mostram-se com características opostas do
meristema primário, com seu núcleo periférico, parede celular espessa, diferença no
tamanho das células e vacúolo central. Os meristemas secundários crescem a partir pelo
aumento dos tecidos vasculares presentes nos meristemas primários.
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Fonte: https://www.infoescola.com/histologi/2021

O câmbio vascular tem origem no centro da raiz ou do caule, na parte interna


do xilema secundário e externa do floema. O nome xilema secundário dá-se devido ao
seu crescimento que se inicia no câmbio vascular e não no meristema primário.
Lembrando que o câmbio vascular não produz tecidos laterais, apenas tecidos lenhosos
de caules e raízes.

Tecidos de revestimento

Os tecidos de revestimentos funcionam como um invólucro e se localizam na parte


externa das plantas, cumprindo a função de proteger as folhas, as raízes e o caule, e
podem ser divididas em 2 categorias:

 Epiderme: composta de células mais achatadas e impermeabilizada pela


cutícula;
 Periderme: responsável pelo revestimento dos órgãos secundários, formando a
casca das plantas.
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Fonte: Autora/2021

A epiderme possui células vivas achatadas e justapostas, podendo existir estômatos e


outras estruturas, e são frequentemente impermeabilizadas pela cutícula (cobertura de
cera). A periderme reveste órgãos que estão em crescimento secundário, podendo
formar a casca das árvores. Neste tecido, o súber funciona como impermeabilizante, e é
formado por células mortas.

Tecidos de Sustentação

Os tecidos de sustentação são formados pelo colênquima, que é composto por células
vivas, alongadas e ricas em celulose, fornecendo flexibilidade às plantas, e pelo
esclerênquima, constituído por células mortas, alongadas e com uma parede celular
bastante rígida e espessa.

Existem diversos tipos de parênquimas, com diferentes funções.

Parênquima clorofiliano: suas células possuem cloroplastos, e se encontram no


interior das folhas. Pode formar o parênquima paliçádico (com células altas e pouca
substância intracelular) e o parênquima lacunoso (também chamado de esponjoso,
possui células com formato irregular e espaços intracelulares).

Fonte: google.com/2021

Parênquima de preenchimento: formado por células de tamanhos e formatos variados,


formando o córtex e a medula nos caules, raízes e folhas.

Parênquima de reserva: responsável por armazenar diversas substâncias,


principalmente amido, proteínas e lipídios. Os parênquimas aquíferos armazenam água,
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os parênquimas amilíferos armazenam amido e os parênquimas aeríferos armazenam ar,


sendo encontrado em plantas aquáticas.

Tecidos de Condução

os tecidos condutores são responsáveis por transportar e distribuir água e outras


substâncias da folha à raiz das plantas.

Os tecidos de condução de seiva são o xilema e o floema, que podem ter origem
primária ou secundária.

O xilema, também chamado de lenho, é encontrado mais internamente que o floema, e


possui células condutoras que conduzem a seiva bruta (água e sais minerais) da raiz para
as folhas. Essas células condutoras, quando maduras, estão mortas.

O floema, também chamado de líber, se localiza externamente ao xilema. As células


condutoras do floema conduzem seiva elaborada (água, aminoácidos, sais minerais e
glicose) das folhas para todo o corpo da planta.

Quando se corta parte do caule de uma planta em forma de anel, interromple o fluxo do
floema. O nome deste corte é anel de Malpighi, e a região acima do corte incha,
acumulando açúcar. Quando o corte não é completo em torno do caule, pode ser
utilizado para acumular açúcar para deixar frutos mais doces.

Fonte: https://www.infoescola.com/histologi/2021

Tecidos de preenchimento
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Estes tecidos completam os espaços entre os tecidos de revestimento e os condutores, e


são formados pelos parênquimas, um tipo de célula com grande capacidade de divisão

Os tecidos de preenchimento são representados pelos parênquimas, encontrados em


todos os órgãos da planta.

Os parênquimas

Encontrados na região externa do caule e na parte intermediária das folhas, os


parênquimas possuem uma grande capacidade de diferenciação e podem exercer
diferentes funções de acordo com a sua categoria:

 Parênquima de Preenchimento, como o córtex e a medula do caule que se


localizam entre os tecidos;
 Parênquima Clorofiliano, do tipo paliçádico ou esponjoso, que pode ser
encontrado nas folhas e auxilia no processo de fotossíntese;
 Parênquima de Reserva, que armazena substâncias, como o amido, os óleos e
as proteínas

De acordo, com a substância armazenada, têm-se denominações diferenciadas:

 Quando armazena amido, chama-se parênquima amilífero. Exemplo:


tubérculos, como a batata.

 Quando armazena água, chama-se parênquima aquífero. Esse tecido é comum


em plantas xerófitas.

 Quando armazena ar, chama-se parênquima aerífero. Um exemplo são as


plantas aquáticas. É o parênquima aerífero que permite que essas plantas possam
flutuar.

A organização dos tecidos na raiz, no caule e nas folhas

Raiz

A raiz é o órgão especializado para a fixação da planta no solo e para a absorção de


água e sais minerais em solução, podendo ainda desempenhar as funções de reserva de
substâncias e de aeração em plantas aquáticas, entre outras. A raiz é caracterizada como
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um órgão cilíndrico, aclorofilado que se distigue do caule por não se apresentar dividida
em nós e internós e por não formar folhas ou gemas.

Para compreender melhor, podemos dividir este órgão em 3 zonas diferentes:

 Zona Meristemática: a parte mais profunda da raiz, que é protegida pela coifa e
composta por epiderme, endoderme, córtex, periciclo, câmbio, xilema e floema
primários;

 Zona DE Crescimento: neste trecho, identificamos o início da estrutura


secundária, com o aumento da espessura da raiz e dando origem ao xilema e ao
floema secundários;

 Zona de Ramificação: esta é mais uma estrutura secundária, em que a epiderme


dá lugar à periderme, ou a casca, formada por súber, felogênio e feloderme.

Caule

Assim como a raiz, a estrutura do caule também pode ser dividida em 3 fases de
crescimento:

 Estrutura primária: nesta etapa, o caule é composto por epiderme, medula,


câmbio vascular, xilema e floema primários, além do córtex, responsável pelo
preenchimento e sustentação da planta;

 Estrutura secundária inicial: além do xilema e do floema secundários, agora o


caule passa a contar com a formação de felogênio;

 Estrutura secundária estabelecida: nesta fase, os tecidos seguem a mesma


sequência da raiz: a periderme substitui a epiderme, originando a casca da
árvore.

Folhas

A folha, por sua vez, possui apenas a fase de crescimento primário, formada pelos
seguintes componentes:
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 Epiderme: que possui a cutícula, como camada protetora, os estômatos,


responsáveis pelas trocas gasosas e os tricomas, que ajudam a folha a reter
líquidos e eliminar substâncias;

 Parênquima Assimilador: responsável pela realização da fotossíntese;

 Feixe Vascular: que são as nervuras da folha que contém o xilema e o floema.

Estruturas primária e secundária da raiz e caule

Estrutura primária e secundaria da raiz

A estrutura primária da raiz tem origem no meristema apical. Os meristemas primários,


localizados pouco acima do promeristema, são os responsáveis pela diferenciação dos
tecidos primários da raiz:

 a protoderme origina o revestimento primário da raiz - a epiderme;


 o meristema fundamental dá origem à região cortical, geralmente, formada apenas
pelo parênquima e
 o procâmbio forma o cilindro vascular onde de encontra os tecidos vasculares
primários.

A organização interna da raiz é bastante variada, mas é mais simples e,


filogenéticamente, mais primitiva do que a do caule.

Um corte transversal da raiz em estrutura primária, geralmente, mostra uma nítida


separação entre os três sistemas de tecidos: a epiderme (sistema dérmico), o córtex
(sistema fundamental) e os tecidos vasculares (sistema vascular).

Na raiz os tecidos vasculares formam um cilindro sólido, ou um cilindro ôco preenchido


pela medula.

Plantas Monocotiledónea – Estrutura primaria da raiz

Na estrutura anatómica da raiz de uma monocotilédonea, podemos distinguir:

 A epiderme (epd) constituída por uma camada de células vivas que reveste a raíz
com crescimento primário;
 No sistema fundamental, a zona cortical ou córtex (ctx) constituída por células
de parênquima;
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 Camada mais interna é a endoderme (end), formada por células cuja parede
contém algumas zonas suberificadas.
 A parte externa da zona cortical designa-se exoderme (exd) e pode apresentar
várias camadas de células compactadas;
 O cilindro central (cc) que inclui o sistema vascular apresenta uma camada
exterior de células parenquimatosas, formando o periciclo (per), tecidos
vasculares (feixes de xilema (xil) e de floema (flo) e, nas raízes desenvolvidas,
observa-se a medula (med) zona central da estrutura, preenchida por células
parenquimatosas.

Monocotiledónea: Corte transversal do milho

Fonte: modulo/ucm/2021

Na estrutura primária da raíz de monocotilédoneas os feixes vasculares são simples


alternos, as células são mais precoces do protoxilema e de protofloema numa posição
mais periférica do feixe, e células tardias de metaxilema e de metafloema na parte
interna.

No seu conjunto, pela existência de vários feixes numa posição circular, pode designar-
se essa disposição de estrutura poliarca. Os feixes lenhosos são constituídos por:

 Elemento condutor;
 Traqueídos e;
 Elementos de vaso (evl).

Dispostas em séries longitudinais formando vasos lenhosos; por células de parênquima;


e, por vezes, células de suporte, fibras.

Monocotiledónea: Corte transversal da raiz de milho


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Fonte: Modulo/ucm/2021

As paredes das extremidades de cada elemento de vaso apresentam placas de


perfuração(ppf) que permitem a movimentação livre da água de célula para célula.

O floema (feixes liberinos) é, tal como o xilema, um tecido complexo constituído por:

 Elementos de tubo crivoso dispostos em séries verticais formando os tubos


crivosos;
 Células companheiras;
 Células de parênquima e,
 Fibras.

A estrutura anatómica da raíz do trigo (Triticum spec) apresenta igualmente o


crescimento primário característico das monocotilédoneas, observando-se a formação de
uma raiz lateral (rzl) originada de células do periciclo, cuja multiplicação permite a
formação de uma ramificação crescendo perpendicularmente ao eixo da raiz principal.

Monocotiledónea: Corte transversal da raiz de trigo (erva-serra)

Fonte: Modulo/ucm/2021

Na estrutura apresentada acima, corte transversal da erva-serra, uma monocotiledónea


que cresce em arrozais, observa-se a zona cortical preenchida por parênquima aerífero
ou aerênquima (aer) com grandes espaços intercelulares cuja formação envolve a
destruição de células.
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Plantas Dicotiledónea – Estrutura primaria da raiz

A estrutura da raiz de uma dicotiledónea, como o Ranunculus spec ainda em


crescimento primário, apresenta as zonas anatómicas características da anatomia da raíz:

 Epiderme (epd);
 Zona cortical (ctx) e;
 Cilindro central (cc), limitado externamente pela endoderme (end).

O cilindro central, ocupado nesta estrutura apenas por tecidos vasculares, pela
inexistência de medula, apresenta um padrão vascular tetrarca formado por quatro feixes
de xilema, característico de dicotilédoneas.

Dicotiledónea: Cortes Transversais da Raiz de Ranunculus

Fonte: Modulo/ucm/2021

Nestes feixes lenhosos, as células que ocupam uma posição mais externa apresentam
menor tamanho sendo as primeiras a completar a diferenciação e constituem o
protoxilema (ptx).

Na região central observa-se o metaxilema (mtx), com elementos de diâmetro crescente


e que completam a maturação mais tardiamente. Observa-se o início da formação do
câmbio vascular (cv) cordão de células situadas entre o xilema e o floema, como ilustra
a figura a baixo.

Dicotiledónea: Estrutura primaria da raiz


19

Fonte: Modulo/ucm/2021

Estrutura Secundária da Raiz

Plantas Dicotiledóneas – Estrutura secundaria da raiz

O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos caules, é característico de


dicotiledóneas e de gimnospérmicas. Consiste na organização de estruturas com tecidos
vasculares secundários formados a partir do câmbio vascular e do câmbio subero-
felodérmico ou felogene.

Nas figuras abaixo pode-se observar uma estrutura com crescimento secundário
revestida por uma periderme (pdm), camada constituída, do exterior para o interior, por
súber (células suberificadas), felogene (células meristemáticas) e feloderme (células de
parênquima).

Dicotiledónea: Cortes Transversais da Raiz da Videira

Videira.

Fonte: Modulo/ucm/2021

Na região central observa-se o cilindro vascular com feixes duplos abertos. A formação
e actividade do câmbio vascular (cv) cujas células desenham cordões entre o xilema
(xil) e o floema (flo), provoca a ruptura e destruição da endoderme bem como uma parte
do córtex.

Da actividade de células, nomeadamente do periciclo, produz-se parênquima radial,


como ilustra a figura, forma raios (rp). A sequência de formação do xilema e do floema
20

permite localizar o xilema primário (x1º) em posição mais interior, ocupando o centro
da estrutura, relativamente ao xilema secundário (x2º). O floema secundário (f2º)
apresenta-se em posição mais próxima do câmbio e o floema primário (f1º) mais
afastado.

Estrutura Primária do Caule

Plantas Monocotiledónea – Estrutura primaria do caule

A anatomia do caule, numa estrutura de crescimento primário, apresenta os sistemas de


tecidos dérmicos, fundamentais e vascular, sendo diferente a distribuição relativa dos
dois últimos, quando comparada com a da estrutura primária da raíz.

O sistema de tecido dérmico constitui a epiderme (epd) que, no caule, apresenta uma
cutícula (cutina) que cobre exteriormente as células da epiderme, podendo apresentar
indumento constituído por pêlos. O caule das gramíneas, tal como a maioria das
monocotiledóneas, apresenta feixes vasculares (fxv) mais ou menos numerosos e
dispersos.

Monocotiledónea: Cortes Transversais do Caule do Trigo

Fonte: Modulo/ucm/2021

Os feixes dispõem-se em dois círculos nos caules do trigo e da erva-serra-figuras.


Nestas estruturas com feixes em disposição circular forma-se um cilindro de células de
esclerênquima (esc) na zona contínua à epiderme, observando-se os feixes libero-
lenhosos mais externos (fxv), incluídos nesse tecido de suporte.

Nestas estruturas são ainda frequente a ruptura das células da medula nas zonas dos
entrenós formando-se espaços (esp) na zona central da estrutura (figura 26.1 e 27.2).
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Monocotiledónea: Corte Transversal do Caule de Trigo (Feixe Vascular) e Corte Transversal


do Rizoma de erva-serra

Fonte: Modulo/ucm/2021

No caule do milho, ilustrada na figura 28.2 a baixo, os feixes estão espalhados não
sendo frequente a formação do cilindro exterior de esclerênquima. Algumas células do
parênquima sub-epidérmico podem esclerificar-se.

Os feixes vasculares na estrutura primária do caule de monocotiledóneas são


inteiramente primários, duplos fechados. Os feixes libero-lenhosos, são frequentemente
envolvidos por uma camada de células de esclerênquima (esc) localizando-se o floema
(flo) numa posição mais externa e observando-se células de metaxilema (mtx) e de
protoxilema (ptx) onde por vezes se formam lacunas.

No corte transversal do rizoma de erva-serra, observam-se espaços intercelulares (esp)


que provocam a destruição de células de parênquima. O tecido fundamental nestas
estruturas é constituído sobretudo por células de parênquima (par).

Monocotiledónea: Corte transversal do caule da erva-serra e Corte Transversal do Caule do


Milho
22

Fonte: Modulo/ucm/2021

Plantas Dicotiledónea - Estrutura primaria do caule

No crescimento primário do caule de dicotiledóneas herbáceas, ilustrada nas figuras


29.2; 30.2 e 31.1 a baixo, o sistema vascular nas zonas de entrenós forma geralmente
uma faixa circular de feixes libero-lenhosos (fxv) que separa o córtex (ctx), situado do
lado exterior, da medula (med), na zona central da estrutura.

A zona medular observa-se geralmente no caule das dicotilédoneas, ao contrário da raíz


onde é geralmente inexistente. Os feixes podem apresentar-se mais ou menos próximos,
observando-se entre eles uma camada de parênquima designada parênquima
interfascicular constituindo os raios medulares (rm).

Dicotiledónea: Corte Transversal do Caule de Ranunculus

Fonte: Modulo/ucm/2021

A zona cortical (ctx) é preenchida por células de parênquima com pequenos espaços
intercelulares. Na parte exterior do corte-figuras 30.2, pode aparecer colênquima (col).
A medula tem espaços intercelulares pelo menos na parte central.

Dicotiledónea: Corte Transversal do Caule de Ranunculus


23

Fonte: Modulo/ucm/2021

No que respeita ao sistema vascular os feixes libero-lenhosos, como ilustra as figuras


29.2; 30.1 e 31.2, apresentam uma disposição colateral, com o floema (flo) localizado
do lado de fora do xilema (xil). Observa-se também – figuras 29.2 e 30.1, uma zona
envolvente do feixe constituída por tecido esclerenquimatoso (esc). Em algumas
famílias de dicotiledóneas (p. ex. cucurbitáceas e solanáceas) o floema forma-se para
um e outro lado do xilema, designando-se floema externo (fle) e floema interno (fli)
figuras 31.2, constituindo feixes vasculares bicolaterais (fxb). Pode ainda observar-se a
formação de uma zona cambial (cv).

Estrutura Secundária do Caule

Plantas Dicotiledónea – estrutura secundaria do caule

Em dicotiledóneas herbáceas não é frequente o crescimento secundário. A estrutura de


crescimento secundário observa-se no caule de dicotiledóneas lenhosas e de
gimnospérmicas onde se forma periderme e tecidos vasculares secundários. A formação
do câmbio vascular (cv), pela sua localização – figura 28.1; 29.1 e 30.2, permite
distinguir o câmbio fascicular (cv-f), originado de células do procâmbio, e o câmbio
inter-fascicular (cv-if), originado de células do parênquima inter-fascicular.

Dicotiledóneas: Cortes Transversais do Caule da Videira

Fonte: Modulo/ucm/2021
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A periderme (pdm) surge por baixo da epiderme, com origem e constituição idênticas à
periderme da raíz com crescimento secundário. O córtex (ctx) é delimitado internamente
pelo floema secundário (flo-2º) que pode apresentar fibras perivasculares (fib).

Dicotiledóneas: Cortes Transversais do Caule da Tília

Fonte: Modulo/ucm/2021

Os feixes vasculares são duplos, abertos pela presença de câmbio, observando-se no


floema a presença de conjuntos de fibras-liber duro (lbr-d) – que, em muitas estruturas
alternam com conjuntos de tubos crivosos, células companheiras e parênquima liberino
formando o liber mole (lbr-m).

Dicotiledóneas: Vasos Lenhosos do Caule de Tilia e Corte Transversal do Caule de


Oliveira.

Fonte: Modulo/ucm/2021
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O xilema secundário (xil-2º) apresenta um aspecto mais denso que o xilema primário
contendo células de parênquima na forma de raios (rp). Na composição do xilema
incluem-se vasos lenhosos (vl) cujo aspecto se pode observar em corte transversal -
figura 32.1, e em corte longitudinal.

Dicotiledóneas: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas

Fonte: Modulo/ucm/2021

No caule do sobreiro, como a figura 35 ilustra, é visível uma faixa de fibras (fbr) e
alguns tricomas (trc), pêlos que permanecem ligados à epiderme até completa
substituição desta pela periderme.

Dicotiledóneas: Diversos Elementos Estruturais do Caule

Fonte: Modulo/ucm/2021
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Conclusão

Concluindo posso afirmar que para mim, o trabalho foi de extrema importância, visto
que o mesmo proporciona conhecimentos básico sobre a organização, estrutura e
funções dos tecidos vegetais das plantas.

Portanto, a organização do corpo vegetal é bem diferente da organização do corpo


animal. Os vegetais possuem adaptações à nutrição autotrófica e tal fato depende de
características próprias na organização tecidual das plantas.

Diferentemente de animais, os vegetais podem apresentar crescimento primário ou


secundário. No primeiro caso, comum a todos as plantas, observamos alongamento
longitudinal, tornando-se a raiz cada vez mais profunda e o caule cada vez mais alto.
Este crescimento ocorre sempre a partir de células indiferenciadas localizadas nas
extremidades do organismo. O crescimento secundário, por outro lado, envolve o
aumento do diâmetro de uma planta, sendo exclusivo de gimnospermas e angiospermas.
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Bibliografia

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