Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Por isso a gente é o que a gente acredita, se a gente quer mudar pra
acompanhar o mundo, a gente tem que mudar o que a gente acredita, e tem que
esquecer algumas coisas, pra acreditar em coisas novas e quando falo acreditar,
não to falando de crença e religião não, to falando de como você forma seu
sistema de pensar, uma frase muito boa do Rubem Alves, que é um expert em
esquecimento, um cara que eu sou muito fã. Ele falou: "O que sabemos torna-se
habito de ver e de pensar, o que nos faz ver o novo, através dos óculos do velho e
o transforma no que sempre vimos e tudo continua do jeito de que sempre foi."
Conseguiu entender? Não, eu também não na primeira vez que eu li. O que
sabemos, quem é que sabe? Torna-se habito de ver e de pensar, de ver o mundo
e de pensar sobre o mundo e esse habito de ver e de pensar, baseado no que a
gente sabe, nos faz ver qualquer coisa nova com óculos do velho, um óculos
embaçado, que vê o novo só que com os óculos do velho e transforma esse novo
no que sempre vimos, se transforma no velho e que tudo continua do jeito que
sempre foi, não tem um tipo de mudança.
Meu complexo é mais genial, então para mudar a forma de pensar, não
basta só botar coisa nova para dentro, tem que remover coisas também, eu falei o
exemplo de atualizar software, sabe no seu celular, quando aparece atualizar
software e você mete avançar, aí você tenta executar o software, aparece
memória cheia, que significa isso? Para atualizar o software primeiro tem que
apagar algumas coisas, tem que esquecer.
O Inferno de Dante, para você entrar no Inferno de Dante, tem um rio Letes,
que é o Rio do esquecimento, que você esquece. Então esquecer é doença, é
ruim é inferno, é terror. Memoria não, memoria é fodona, a memória comanda
tudo, tem o livro da memória, memoria é brilhante, super memória. E eu consegui
encontrar um autor, que ele é especializado em esquecer.
Valter Rizo, psicólogo Argentino, ele é especializado em falar sobre
esquecer. O caso dele, ele segmentou para esquecer sobre amor, então, ele faz
um livro sobre desapegue-se, amores com direito de dizer não, ensine não sofrer.
Esse cara ficou famoso, como um cara que prega que o apego, alguma coisa é o
maior motivo de sofrimento da humanidade e olha como ele define apego.
“O apego é uma vinculação obsessiva, que pode ser pessoas, objetos ou ideias. ”
(Walter riso)
Pode ser uma ideia, pode ser pessoas objetos, ele falava muito sobre
apego a pessoas, mas eu descobri os livros dele, o livro que não fala de desapego
as pessoas, e sim desapego a ideias, a arte de ser flexível, vou recomendar
muitos livros durante o curso, esse é um dos primeiros depois vou deixar tudo
listado, um livro muito interessante, o subtítulo do livro é “ De uma mente rígida a
um ambiente livre e aberta a mudanças. ” E o conceito básico do livro é isso "
Mente Rígida X Mente flexível".
Mente rígida é aquela que é ancorada no passado, não quer mudar suas
crenças, tem até orgulho de dizer não: “Eu to sempre muito firme, mesma forma
de pensar”, se auto convence a continuar assim. E a mente flexível é a mente
aberta a mudanças, aberta a se auto questionar, a ter pensamento crítico sobre o
que você pensa. Pensamento crítico sobre os seus pensamentos. E lembrando
que o Darwin ele falava: " Que não é o mais forte nem o mais inteligente sobrevive
é o que mais se adapta as mudanças”, quem mais se adapta as mudanças é a
mente flexível, a mente que tá aberta a mudar.
Uma ideia muito boa que não era nem Crowfunding e compra coletiva, eu
chamava de Crowd-Demanding” ou demanda coletiva, e teve uma puta
repercussão na imprensa, revista, no site e saiu diversas coisas legais. Os artistas
também, Oscar Filho, entraram na brincadeira, teve sites falando sobre modelos
de negócios, que vamos falar sobre. O cara fez o Canvas do negócio e eu nem eu
fiz o Canvas do meu negócio. Por que essa ideia tão legal deu errada? Sabe qual
foi o motivo, foi culpa dessa cabra aqui, esse era eu na época.
E mesmo depois de muitos anos repetindo essa crença para pessoas e pra
mim mesmo, eu resolvi me desapegar e dizer não. Não, não é melhor ir sozinho
não, vamos desapegar eu acho que é melhor ir com um time foda, eu fui atrás de
buscar, contratar um time foda e deu certo e eu consegui construir o que a gente
ta construindo agora a escola, porque arrumei um time excelente.
E engraçado como tem pessoas que falam assim: “Oxi, tu não é o cara que
dizia que levava tudo sozinho? ”. E eu falava era, mas agora eu sou outro cara, eu
mudei, eu me desapeguei aquilo ali e as pessoas acham um absurdo, “Oxi tu não
era o cara que não sei o que rapaz? ”, mas em fim.
O Google ele era muito apegado a dizer que hardware não é negócio dele,
até que começou a fazer hardware, porque descobriu que o software precisa de
integração completa com hardware para funcionar em alta performance.
Pois é eu mudei, acabou. Eu fiz também podcast sobre qual era a opinião, eu
queria fazer um questionamento, uma reflexão:
● Uma opinião que você tenha firme sua, e que você alimentou
durante muito tempo, e que repetiu ela muito para você, pros outros
e que você recentemente mudou completamente?
Aqui na parte esquerda do vídeo, tem uns posts it, que você pode clicar,
escrever, o vídeo aqui vai dar uma pausa para você não perder nada, e der Enter
o vídeo continua. Anota aí e isso fica só para você, o que você anota aqui, fica só
pra você, se você quiser comentar algo que todo mundo vai ver, você comenta lá
debaixo do vídeo.
Eu falei que vivia repetindo para mim mesmo essas coisas né, esses
apegos, e tem um livro muito interessante que aborda isso, os Quatro
Compromissos, o livro da filosofia Tolteca, e eu vou falar durante o curso quais
são os Quatro Compromissos, eu queria falar de um compromisso primeiro que
tem muito a ver com isso. Ele fala “Seja impecável com a sua palavra. ” E esse
impecável, claro, tem a ver com integridade, liberdade e honestidade, mas tem
muito a ver também com o cuidado com a palavra, eu até renomearia por " Fique
atento ao poder da palavra" . Porque a palavra cria coisas, quando se começa a
falar uma coisa, vai virando realidade a parada, aquilo vai para o mundo essa
parada, e retrai e alimenta em você, e entra aqui atrás, então muito cuidado com o
que você repete toda hora, porque as palavras acabam virando verdade.
Se você parar pra pensar, tudo que a gente faz, tudo que a gente fala, cada
ação nossa, tudo isso é baseado no que a gente acredita, portanto nos nossos
conceitos. Isso quer dizer que nós, tudo que fazemos na vida, fazemos com
pré-conceito, sim os pré-conceitos que formam nossa forma de pensar. E eu
queria falar sobre alguns conceitos que sofrem preconceitos e que a gente precisa
esquecer esses pré-conceitos sobre esses conceitos. Então por exemplo:
Autoajuda.
Sho shim
Você pode estar pensando agora, a que legal, aula sobre o esquecimento, ,
mas não que legal, mas não adianta só achar legal, tem que colocar em pratica,
essa é a parte que geralmente as pessoas travam.
Muita gente sabe disso, ouve falar sobre isso, mas não faz, e aí não
adianta. Sabe porque não faz? Porque fazer, colocar em pratica significa, mudar,
fazer mudanças e mudar significa sair da zona de conforto. E nós seres humanos,
nós somos muito bons em nos autoconvencer a continuar na zona de conforto. "A
gente é muito bom em enrolar a gente mesmo. ”
Tenta exercitar, e sempre que tiver com conflitos mentais, se colocar acima,
se imaginar acima, identificar, quem tá conversando, quem tá nessa reunião, e
começar a controlar porque você manda nessas pessoas.
"A gente é muito bom em enrolar a gente mesmo. A gente é muito bom em nos
convencer a ficar na zona de conforto."
Essa palavra zona de conforto, eu sei que é um negócio meio clichê. Todo,
aí eu Deus, zona de conforto, se fala-se muito, ai zona de conforto, tá muito na
baldia. Eu queria trazer aqui a minha abordagem, o meu jeito de falar sobre zona
de conforto. É o seguinte, vamos lá.
Zona de conforto - Pela lógica semântica qual o nome da zona que tá aqui
fora. Logica semântica é a zona de desconforto, não há dúvida.
Beleza, a cara que inventou esses dois nomes e popularizou, esse cara é
um trouxa, ele cagou tudo, porque? Porque ele deu um nome bonito, pra um
negócio que não é sinceramente é ser bonito. Ele deu um nome feio um negócio
que não sinceramente é sempre feio. E nomes criam rótulos, e rótulos viram
crenças, e a gente age baseado nesses rótulos.
Eu falei das vozes que falam com a gente, tem uma voz especifica que
atrapalha muito isso aqui, atrapalha muito nosso crescimento. É a voz da
resistência. É tem um livro muito interessante, "Guerra da arte (The War Of Art)”,
ele não tem em português, mas dá pra comprar na internet, audiobook e é um livro
apenas sobre resistência, que fala sobre como brigar com essa outra voz da
resistência que impacta a gente de fazer muitas coisas.
Lindo, não é? A areia está lá e a agua do mar vai toda noite, passa e
esquece aquilo ali. Em homenagem a essa cena, para fechar em grande estilo, a
nossa primeira aula.