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Apostila de Portugues
Apostila de Portugues
Tipologia Textual pode ser considerada a forma que os acontecimentos serão apresentados em um texto. Há poucas
tipologias textuais: narração, descrição, dissertação, explicação e injutivo.
Características
Narração: Tendo como principal material a ação, a progressão temporal é essencial para o desenrolar dos fatos. O tempo
predominante é o passado. Advérbios de tempo e lugar também são característicos desse tipo textual.
Descrição: Ao contrário da narração, na descrição não há uma sucessão de acontecimentos ou fatos, mas sim a
apresentação pura e simples do estado a ser descrito em um determinado momento. Geralmente é comum notar diversos
adjetivos, e o uso de frases nominais.
Dissertação: Nela o autor defende o seu ponto de vista, utilizando a argumentação. É comum a utilização da persuasão
para tentar convencer o leitor. Estrutura: introdução, argumentos e conclusão.
Explicação: O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, não se faz a defesa de uma idéia.
Exemplos de textos explicativos são os encontrados em manuais de instruções.
Injutivo: A característica mais forte neste tipo textual é o verbo no imperativo. É utilizada para aconselhar. Um exemplo é
o modo de preparo nas receitas.
ORTOGRAFIA OFICIAL
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em
várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (qui- lograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin,
yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema - Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos
gue, gui, que, qui.
Como era Como fica: agüentar aguentar argüir arguir bilíngüe bilíngue cinqüenta cinquenta delinqüente delinquente
eloqüente eloquente ensangüentado ensanguentado eqüestre equestre freqüente frequente lingüeta lingueta lingüiça
linguiça qüinqüênio quinquênio sagüi sagui
seqüência sequência seqüestro sequestro tranqüilo tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na
penúltima sílaba).
Como era Como fica: alcalóide alcaloide alcatéia alcateia andróide androide apóia (verbo apoiar) apoia apóio (verbo
apoiar) apoio asteróide asteroide bóia boia celulóide celuloide clarabóia claraboia colméia colméia Coréia Coreia
debilóide debiloide epopéia epopeia estóico estoico estréia estreia estréio (verbo estrear) estreio geléia geleia heróico
heroico idéia ideia jibóia jiboia
jóia joia odisséia odisseia paranóia paranoia paranóico paranoico platéia plateia tramóia tramoia
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras
Oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era Como fica: baiúca baiuca bocaiúva bocaiuva cauíla cauila feiúra feiúra
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Como era Como fica: abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo
enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo perdôo (verbo perdoar) perdoo povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem vôos voos
zôo zoo
Como era Como fica: Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Ele foi ao polo
Norte. Norte.
Ele gosta de jogar Ele gosta de jogar
pólo. polo.
Esse gato tem Esse gato tem
pêlos brancos. pelos brancos. Comi uma pêra. Comi uma pera.
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do
indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi
feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados
(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circun- flexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento
deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo
dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar,
enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo,
do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica,
isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em
muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do
hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem
funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra,
geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi,
sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar,
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-
se essas letras. Exemplos: antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra
contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta
ultrarresistente. ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-
ibérico anti-imperialista anti-inflacionário anti-inflamatório auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque
micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-racista super-reacionário super-resistente
super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermuni- cipal, superinteressante, superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa- se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-
americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento
supereconômico superexigente superinteressante superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-
mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente
vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen,
ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente:
autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r
e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal:
contra-ataque, micro-ondas.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas
por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-
americano etc. 3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por
o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen:
vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,
pró-europeu.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Atenção: Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i, seguidos dos
pronomes oblíquos lo, la, los, las
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor , fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.
3. Acentuam-se as palavras paroxítonas exceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s, em, ens, bem
como prefixos paroxítonos terminados em i ou r.
Ex: dândi, júri, irmã,órfã, César, mártir, revólver,álbum,bênção, bíceps,
espelho, famosa, medo, ontem, socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.
Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s.
Ex: jóquei, superfície, água, área, ingênuos.
5. Acentuam-se os ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e oxítonas.
Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras
paroxítonas
Ex: ideia, plateia, assembleia.
6. Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.
Ex: voos, enjoo, abençoo.
8. Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas sozinhas ou são
seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem repetidas.
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí.
Pela regra exposta acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, Guaiba, fortuito, gratuito, feiura.
9. Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui: argui, arguis,
averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
10. Da mesma forma não se usa mais o trema: aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar, arguição, unguento,
tranquilizante.
Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc.
11. O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir uma da outra que se
grafa de igual maneira:
1.pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente)
2.pôr ( verbo) / por (preposição)
3. vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural)
4. tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural)
CLASSE DE PALAVRAS
Substantivo:
Substantivos simples são aqueles formados por um só radical, ou seja, uma só palavra. Ex. sol, moleque, rua,
prédio. Substantivos compostos são aqueles que apresentam mais de um radical. Ex. pé-de-moleque, dia-a-dia,
girassol, guarda-chuva, passatempo.
Substantivos primitivos são aqueles que não resultam de outra palavra da língua. Ex. pedra, flor, gato.
Substantivos derivados são aqueles que se originam de um substantivo primitivo. Ex. pedreira, floricultura,
gatarrão. Substantivos concretos são aqueles que nomeiam seres reais ou fictícios. Ex. deuses, duendes, fadas,
cadeira, caderno. Substantivos abstratos são aqueles que se referem a uma ação, qualidade ou estado. Ex.
abraço (deriva-se do verbo abraçar); beleza (do adjetivo belo); estranheza (do adjetivo estranho).
Substantivos próprios são concretos e designam particularmente os seres, como nomes, países, cidades. Ex. João,
Brasil, Goiânia. Devem obrigatoriamente ser iniciados com a letra maiúscula.
Substantivos comuns designam seres de uma mesma espécie. Ex. rio, criança.
Os substantivos coletivos se encaixam nos substantivos comuns, pois designam um grupo de seres da mesma
espécie. Ex. videoteca, arquipélago.
Adjetivo: palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um
substantivo.
Pronome: 1 pessoa: eu, me, mim, meu... 2 pessoa: tu, te, ti, teu... 3 pessoa: ele, ela, se, si, seu...
Numeral: palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em
determinada sequência.
Advérbio: lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures; tempo: breve, cedo, já, agora, outrora,
imediatamente, ainda; modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente; negação:
não, qual nada, tampouco, absolutamente; dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente;
intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão; afirmação: sim, certamente, deveras, com
efeito, realmente, efetivamente.
Preposição: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Interjeição: palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto
emocional.
alegria - ah!, oh!, oba! advertência - cuidado!, atenção afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô!
alívio - ufa!, arre! animação - coragem!, avante!, eia! aplauso - bravo!, bis!, mais um!
chamamento - alô!, olá!, psit! desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui! espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo!
Conjunção: aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda; adversativas
(adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não obstante, apesar disso;
alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer; conclusivas (conclusão): logo,
portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso; explicativas (justificação): - pois (antes do verbo),
porque, que, porquanto. causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que; comparativas: como,
(tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que; condicionais: se, caso, contanto que, desde que,
salvo se, sem que (= se não), a menos que; consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): que (precedido de tal,
tanto, tão etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;
conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como; concessiva: embora,
conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que; temporais: quando, enquanto, logo
que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que; finais - a fim de que, para que, que;proporcionais: à
medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos); integrantes - que, se.
EMPREGO DA CRASE
É o nome dado à fusão ou contração de duas letras "a" em uma só. A crase é indicada pelo acento grave (`) sobre o "a".
Crase, portanto, NÃO é o nome do acento, mas do fenômeno (junção a + a) representado através do acento grave.
4) o a dos pronomes relativos a qual e as quais: Há cidades brasileiras às quais não é possível enviar correspondência.
Observe que a ocorrência da crase depende da verificação da existência de duas vogais "a" (preposição + artigo ou
preposição + pronome) no contexto sintático.
Regras Práticas
1 - Substitua a palavra feminina por uma masculina, de mesma natureza. Se aparecer a combinação ao, é certo que
OCORRERÁ crase antes do termo feminino:
2 - Substitua o termo regente da preposição a por outro que exija uma preposição diferente (de, em, por). Se essas
preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem as formas da(s), na(s) ou pela(s), não haverá crase:
Refiro-me a você. (sem crase) - Gosto de você / Penso em você / Apaixonei-me por você.
Refiro-me à menina. (com crase) - Gosto da menina / Penso na menina / Apaixonei-me pela menina.
Começou a gritar. (sem crase) - Gosta de gritar / Insiste em gritar / Optou por gritar.
3 - Substitua verbos que transmitem a idéia de movimento (ir, voltar, vir, chegar etc.) pelo verbo voltar. Ocorrendo a
preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da", HAVERÁ crase:
Ocorrendo a preposição "de", NÃO haverá crase. E se ocorrer a preposição "da", HAVERÁ crase:
Vou a Roma. / Voltei de Roma.
4 - A crase deve ser usada no caso de locuções, ou seja, reunião de palavras que equivalem a uma só idéia. Se a locução
começar por preposição e se o núcleo da locução for palavra feminina, então haverá crase:
Gente à toa. Vire à direita. Tudo às claras. Hoje à noite. Navio à deriva. Tudo às avessas.
No caso da locução "à moda de", a expressão "moda de" pode vir subentendida, deixando apenas o "à" expresso, como
nos exemplos que seguem:
Churrasco à gaúcha.
No caso de locuções relativas a horários, somente no caso de horas definidas e especificadas ocorrerá a crase:
SINTAXE DA ORAÇÃO
1. Sujeito e predicado
sujeito: termo sobre o qual recai a afirmação do predicado e com o qual o verbo concorda.
Tipos de sujeito
Determinado: o predicado se refere a um termo explícito na frase. Mesmo que venha implícito, pode ser explicitado. A
noite chegou fria.
O sujeito determinado pode ser:
Simples: tem só um núcleo: A caravana passa.
Composto: tem mais de um núcleo: A água e o fogo não coexistem.
Indeterminado: o predicado não se refere a qualquer elemento explícito na frase, nem é possível identificá-lo pelo
contexto.
Choverá amanhã. Haverá reclamações. Faz quinze dias que vem chovendo. É tarde
- Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não para completá-lo, mas para indicar circunstância em que ocorre a ação.
O cortejo seguia pelas ruas.
- Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo por meio de preposição para indicar quem executou a ação.
O fogo foi apagado pela água.
Adjunto adnominal: caracteriza o nome a que se refere sem a mediação de verbo. As fortes chuvas de verão estão caindo.
Predicativo: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode ser do sujeito e do objeto.
Aposto: termo de núcleo substantivo, que se liga a um nome para identificá-lo. O aposto é sempre um equivalente do
nome a que se refere.
O tempo, inimigo impiedoso, foge apressado.
Complemento nominal: liga-se ao nome por meio de preposição obrigatória e indica o alvo sobre o qual se projeta a ação.
Procederam à remoção das pedras.
4. Vocativo: Termo isolado, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Vem sempre entre vírgulas e admite a
anteposição da interjeição ó.
Amigos, eu os convido a sentar.
SINTAXE DO PERÍODO
- Restritiva: é aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Vem iniciada por pronome relativo e não vem
entre vírgulas.
Serão recebidos os alunos que passarem na prova.
- Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propriedade pressuposta
como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. Inicia-se por pronome relativo e vem entre vírgulas.
Os homens, que são racionais, não agem só por instinto.
4. Orações coordenadas
São todas as orações que não se ligam sintaticamente a nenhum termo de outra oração.
Chegou ao local // e vistoriou as obras.
As coordenadas podem ou não vir iniciadas por conjunção coordenativa. Chamam-se coordenadas sindéticas as que se
iniciam por conjunção e assindéticas as que não se iniciam.
PONTUAÇÃO
ponto:
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um período simples ou composto.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
o ponto-e-vírgula:
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária
entre o ponto e a vírgula.
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
dois-pontos:
a) uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto
irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso,
descriminar/discriminar etc.
Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).
Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, longinho,
melhorzinho, pouquinho etc.
NOTA
Querida amiga:
Prezados senhores,
ponto de interrogação:
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
- Bem.
- Não.
(José de Alencar)
ponto de exclamação:
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que
normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto!
(Eça de Queiroz)
NOTA
Oh!
Valha-me Deus!
O uso da vírgula:
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):
Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
Respeitosamente,
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Na concordância nominal, os determinantes do substantivo (adjetivos, numerais, pronomes adjetivos e artigos) alteram
sua terminação (gênero e número) para se adequarem a ele, ou a pronome substantivo ou numeral substantivo, a que se
referem na frase.
O problema da concordância nominal ocorre quando o adjetivo se relaciona a mais de um substantivo, e surgem palavras
ou expressões que deixam em dúvida.
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. (aqui fica mais claro que o adjetivo refere-se aos dois substantivos)
regra geral - a partir desses exemplos, pode-se formular o princípio de que o adjetivo anteposto concorda com o
substantivo mais próximo. Mas, se o adjetivo estiver depois do substantivo, além da possibilidade de concordar
com o mais próximo, ele pode concordar com os dois termos, ficando no plural, indo para o masculino se um dos
substantivos for masculino.
Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve estar sempre no plural (As simpáticas Joana e Marta
agradaram a todos).
Quando o adjetivo tiver função de predicativo, concorda com todos os núcleos a que se relaciona. (São calamitosos a
pobreza e o desamparo / Julguei insensatas sua atitude e suas palavras).
Quando um substantivo determinado por artigo é modificado por dois ou mais adjetivos, podem ser usadas as seguintes
construções:
A construção: Estudo a cultura brasileira e portuguesa, embora provoque incerteza, é aceita por alguns gramáticos.
No caso de numerais ordinais que se referem a um único substantivo composto, podem ser usadas as seguintes
construções:
a) Falei com os moradores do primeiro e segundo andar./ (...) do primeiro e segundo andares.
Adjetivos regidos pela preposição de, que se referem a pronomes indefinidos, ficam normalmente no masculino singular,
podendo surgir concordância atrativa.
Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio - são adjetivos ou pronomes adjetivos, devendo concordar com o substantivo a
que se referem.
Mesmo = até, inclusive é invariável (mesmo eles ficaram chateados) / expressão "em anexo" é invariável.
Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se referem a um substantivo, devem concordar com esse substantivo.
Quando funcionarem como advérbios, permanecerão invariáveis. "Menos" é sempre invariável.
Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras adjetivas ou advérbios, mantendo concordância se fizerem
referência a substantivos.
É bom, é proibido, é necessário - expressões formadas do verbo ser + adjetivo Não variam se o sujeito não vier
determinado, caso contrário a concordância será obrigatória.
a) Água é bom;
b) A água é boa;
e) Chuva é necessário;
b) Vieram só os rapazes.
A locução adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) - invariável (ela crescia a olhos vistos).
O (a) mais possível (invariável) / as, os mais possíveis (é uma moça a mais bela possível / são moças as mais belas
possíveis).
Haja vista - não se flexiona, exceto por concordância atrativa antes de substantivo no plural sem preposição.
Os adjetivos adverbializados são invariáveis (vamos falar sério / ele e a esposa raro vão ao cinema)
Silepse com expressões de tratamento - usa-se adjetivo masculino em concordância ideológica com um homem ao qual se
relaciona a forma de tratamento que é feminina.
CONCORDÂNCIA VERBAL
* sujeito coletivo (singular na forma com idéia de plural) - verbo fica no singular, concordando com a palavra escrita não
com a idéia.
O pessoal já saiu.
Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, o verbo poderá ir para o plural concordando com a idéia de quantidade
(silepse de número) - a turma concordava nos pontos essenciais, discordavam apenas nos pormenores.
* mais de um + mais de um - verbo no plural (Mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião.).
* expressões perto de, cerca de, mais de, menos de + sujeito no plural - verbo no plural.
sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais produz muito leite / férias faz bem).
precedidos de artigo plural - verbo no plural ("Os Lusíadas" exaltam a grandeza do povo português / as Minas
Gerais produzem muito leite).
Para nomes de obras literárias, admite-se também a concordância ideológica (silepse) com a palavra obra implícita na
frase ("Os Lusíadas" exalta a grandeza do povo português).
* expressões a maior parte, grande parte, a maioria de (= sujeito coletivo partitivo) + adjunto adnominal no plural - verbo
concorda com o núcleo do sujeito ou com o especificador (AA).
Quando a ação só pode ser atribuída à totalidade e não separadamente aos indivíduos, usa-se o singular (um bando de
soldados enchia o pavimento inferior).
* quem (pronome relativo sujeito) - verbo na 3ª pessoa do singular concordando com o pronome quem ou concorda com o
antecedente.
* sujeito é pronome interrogativo ou indefinido (núcleo) + de nós ou de vós - depende do pronome núcleo.
com núcleos sinônimos - verbos no singular ou plural (O rancor e o ódio cegou o amante. / O desalento e a
tristeza abalaram-me.).
com núcleos em gradação - verbo singular ou plural (um minuto, uma hora, um dia passa/passam rápido).
dois infinitivos como núcleos - verbo no singular (estudar e trabalhar é importante.).
dois infinitivos exprimindo idéias opostas - verbo no plural (Rir e chorar se alternam.).
* sujeito composto posposto - concordância normal ou atrativa (com o núcleo mais próximo).
Se houver idéia de reciprocidade, verbo vai para o plural (Estimam-se o chefe e o funcionário.).
Quando o verbo ser está acompanhado de substantivo plural, o verbo também se pluraliza (Foram vencedores Pedro e
Paulo.).
* expressão um e outro - verbo no singular ou no plural (Um e outro falava/ falavam a verdade.).
* expressão um ou outro - verbo no singular (Um ou outro rapaz virava a cabeça para nos olhar).
* sujeito composto ligado por nem - verbo no plural (Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade.).
Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em conta a prioridade gramatical (nem eu, nem ela fomos ao cinema).
* expressão nem um nem outro - verbo no singular (Nem um nem outro comentou o fato.).
* sujeito composto ligado por ou - faz-se em função da idéia transmitida pelo ou.
idéia de exclusão - verbo no singular (José ou Pedro será eleito para o cargo / um ou outro conhece seus direitos)
idéia de inclusão ou antinomia - verbo no plural (matemática ou física exigem raciocínio lógico / riso ou lágrimas
fazem parte da vida)
idéia explicativa ou alternativa - concordância com sujeito mais próximo (ou eu ou ele irá / ou ele ou eu irei)
Se a expressão significar apenas um, verbo no singular (é uma das peças de Nelson Rodrigues que será apresentada).
verbo concorda com termo posposto ao número (80% da população tinha mais de 18 anos / dez por cento dos
sócios saíram da empresa).
o verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele (perderam-se 40% da lavoura).
verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no plural (os 87% da produção perderam-se
/ aqueles 30% do lucro obtido desapareceram).
Cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava como podia. / nenhum político, nenhuma cidade, nenhum ser
humano faria isso.
* sujeito composto ligado por como, assim como, bem como (formas correlativas) - deve-se preferir o plural, sendo mas
raro o singular.
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. / tanto uma, como a outra, suplicava-lhe o perdão.
verbo no plural sem vírgulas (Eu com outros amigos limpamos o quintal.)
verbo no singular com vírgulas, idéia de companhia (O presidente, com os ministros, desembarcou em Brasília.)
* sujeito paciente ao lado de um verbo na voz passiva sintética - verbo concorda com o sujeito.
* locução verbal constituída de: parecer + infinitivo - verbo parecer varia ou o infinitivo.
Com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o infinitivo (Elas parece zangarem-se com a moça.)
* verbos dar, bater e soar + horas - verbos têm como sujeito o número que indica as horas.
* verbos indicadores de fenômenos da natureza - verbo na 3ª pessoa singular por serem impessoais, extensivo aos
auxiliares se estiverem em locuções verbais.
Considera-se errado o emprego do verbo ter por haver quando tiver sentido de existir ou acontecer (J há um lugar ali. / L
tem um lugar ali.)
Os verbos existir e acontecer são pessoais e concordam com seu sujeito (Existiam sérios compromissos. / Aconteceram
bastantes problemas naquele dia.)
* verbo ser - impessoal quando indica data hora e distância, concordando com a expressão numérica ou a palavra a que se
refere (Eram seis horas. / Hoje é dia doze. / Hoje é ou são doze. / Daqui ao centro são treze quilômetros.).
* se estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em ordem, concordará, preferencialmente, com a classe que tiver
prioridade, independente de função sintática.
* pronome pessoal → pessoa → substantivo concreto → substantivo abstrato → pronome indefinido, demonstrativo ou
interrogativo.
a) Tu és Maria.
b) Maria és tu.
c) Tu és minhas alegrias.
* se o sujeito é palavra coletiva, o verbo concorda com o predicativo (A maioria eram adolescentes. / A maior parte eram
problemas.).
* sujeito indica peso, medida, quantidade + é pouco, é muito, é bastante, é suficiente, é tanto, verbo ser no singular (Três
mil reais é pouco pelo serviço. / Dez quilômetros já é bastante para um dia.).
REGÊNCA NOMINAL
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir complementação para seu sentido precedida de
preposição.
Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas. Merecem atenção especial as palavras que exigirem preposição A,
por serem passíveis de emprego de crase.
acostumado a, com;
afável com, para;
afeiçoado a, por;
aflito com, por;
alheio a, de;
ambicioso de;
amizade a, por, com;
amor a, por;
ansioso de, para, por;
apaixonado de, por;
apto a, para;
atencioso com, para;
aversão a, por;
ávido de, por;
conforme a;
constante de, em;
constituído com, de, por;
contemporâneo a, de;
contente com, de, em, por;
cruel com, para;
curioso de;
desgostoso com, de;
desprezo a, de, por;
devoção a, por, para, com;
devoto a, de;
dúvida em, sobre, acerca de;
empenho de, em, por;
falta a, com, para;
imbuído de, em;
imune a, de;
inclinação a, para, por;
incompatível com;
junto a, de;
preferível a;
propenso a, para;
próximo a, de;
respeito a, com, de, por, para;
situado a, em, entre;
último a, de, em;
único a, em, entre, sobre.
REGÊNCIA VERBAL
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou não. Aqui é
fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser empregada antes do verbo,
bastando para isso inverter a ordem dos elementos da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela
deve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes relativos (O ideal a que aspira é
nobre).
ACONSELHAR (TD e I)
AGRADAR
* no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
AGRADECER
* TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradecer-lhe-ei os presentes.
Agradeceu o presente ao seu namorado.
ASPIRAR
Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a
obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
ASSISTIR
Não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também
observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
ATENDER
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto indireto com a preposição a.
Se o complemento for um pronomes pessoal referente a pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O diretor atendeu
os interessados ou aos interessados / O diretor atendeu-os)
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de algo.
Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um substantivo feminino (que exija o artigo)
CHAMAR
Chamei-o à atenção.
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a atenção
de todos que por ali passavam)
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto) pode vir
precedida da preposição DE, ou não.
Chamaram-no irresponsável.
Chamaram-no de irresponsável.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a indicação de
lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não complementação.
Quando houver a necessidade da preposição A, seguida de um substantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase
(Vou à Bahia)
COGITAR
COMPARECER (Intransitivo)
COMUNICAR (TD e I)
CUSTAR
* No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa,
que será objeto indireto.
ENSINAR - TD e I
ESQUECER, LEMBRAR
* quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.
IMPLICAR
* TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência, acarretar.
INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Moro em Londrina.
NAMORAR (TD)
Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
As construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais
PEDIR (TD e I)
* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
Pediram-lhe perdão.
PRECISAR
PREFERIR (TD e I)
* Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
PROCEDER
RENUNCIAR
RESPONDER
REVIDAR (TI)
* Com a preposição COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.
SOBRESSAIR (TI)
VISAR
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como complemento, estando em seu lugar a ele
(a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I, admitindo
duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados do pronome se, não admitem plural. É que, neste
caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular. (Precisa-se de novas
esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
* Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), almejar (por),
ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com), desdenhar (de),
gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista de
Pasquale e Ulisses.
Existem algumas variáveis na conjugação de alguns verbos. Os lingüistas chamam os desvios de variáveis, enquanto os
gramáticos tratam-nos como erros.
Forma popular: se eu vir, seu eu intervir, eu intervi, ele interviu, eles proviram.
Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier, eu intervim, ele interveio, eles provieram.
reaver.
triste = melancólico.
resgatar = recuperar
maciço = compacto
ratificar = confirmar
digno = decente, honesto
reminiscências = lembranças
insipiente = ignorante.
Antônimos: São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários. bom x mau bem x mal condenar x
absolver simplificar x complicar
Homônimos: São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:
Homônimos Perfeitos: Têm a mesma grafia e o mesmo som. cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder); meio (numeral), meio
(adjetivo) e meio (substantivo).
sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de ceder); concerto (harmonia) e conserto (remendo).
almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar); sede (vontade de beber) e sede (residência).
Homônimos: palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes.
Veja alguns exemplos no quadro abaixo:
Atenção: Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são sempre
diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos. Observe os exemplos:
almoço (substantivo, nome da refeição) almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo
presente do modo indicativo)
gosto (substantivo) gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
Parônimos: relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na
pronúncia e na escrita. Veja alguns exemplos no quadro abaixo.