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Funções

da
Distribuição
Projecto Prático da Unidade Curricular de Gestão da Distribuição

Janeiro 2010

Ana Catarina da Costa Lam 604034


Ana Rita Marques Lam 804023
Cândida Sá Costa Lam 604003
Cátia de Jesus Lam 604001
Sara Fonseca Lam 604010
Trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Gestão da distribuição
ESTGOH
2010/2011

Índice

Introdução.........................................................................................................pág. 3

Enquadramento da distribuição........................................................................pág. 4

Funções da distribuição....................................................................................pág. 15

Conclusão.........................................................................................................pág. 17

Bibliografia.......................................................................................................pág. 18

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Gestão da Distribuição
Trabalho elaborado no âmbito da disciplina de Gestão da distribuição
ESTGOH
2010/2011

Introdução

No âmbito da Licenciatura de Administração e Marketing da Escola Superior


Tecnologia e Gestão de Oliveira de Hospital, fomos solicitados a realizar um trabalho
sobre as funções da distribuição, pelos professores Patrícia Pinto e Francisco Coelho.
Para levar a cabo este projecto realizamos diversas pesquisas que focaram
essencialmente artigos científicos em sites como o da proquest, b-on, harward, science
direct, entre outros, e o livro manual de distribuição de José António Rousseau, 2ª
edição.
Na realização deste projecto teve-se particularmente em consideração diversos
artigos científicos, os quais, depois de serem analisados permitiram-nos chegar a várias
conclusões.
Segundo os autores Levy e Weitz (2000), estes definem a distribuição como um
“conjunto de negócio que acrescentam valor aos produtos e serviços vendidos aos
consumidores para seu uso pessoal ou familiar”, mas numa perspectiva mais centrada
em sujeitos económicos. Brosselin (1981), define a distribuição como sendo um
“conjunto de empresas e agentes que compram e revendem mercadorias destinadas à
satisfação das necessidades do consumidor.
Relativamente às funções da distribuição, estas estão divididas em dois tipos: a
distribuição física e os serviços. A decomposição das funções da distribuição permite
colocar em evidencia a principal questão da distribuição, ou seja, saber qual o agente
económico que deseja para si.
Os distribuidores são escolhidos pelas marcas que seguem critérios rigorosos
para introduzirem ou distribuir os seus produtos nos mercados, quer no mercado
nacional quer nos mercados internacionais.

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Enquadramento da distribuição

A distribuição pode tomar várias definições, sendo por isso, apenas iremos
apresentar aquelas que considerámos que eram de maior relevância e que se enquadram
mais no nosso tema “ Funções da Distribuição”.
Segundo o autor Rousseau, José António (2008), a distribuição vista sob o
prisma dos distribuidores, “é aquilo que assegura um conjunto de funções essenciais
entre produtores e consumidores, permitindo que coloquem os seus produtos junto
destes em condições e quantidades diversificadas”.
Em contrapartida, dos distribuidores para os consumidores a distribuição é
essencialmente, o comércio retalhista, isto é, o elemento final da cadeia e que coloca à
sua própria disposição os produtos e serviços que eles necessitam para a sua vida, seja
para consumo próprio, ou para consumo familiar.
Já para os autores Levy e Weitz (2000), a distribuição é um conjunto de
actividades de negócio que acrescentam valor aos produtos e serviços vendidos aos
consumidores.
Já para o autor Kapoor (2008), a distribuição é um dos processos da logística
responsável pela administração dos materiais a partir da saída do produto da linha de
produção até a entrega do produto no destino final. Após o produto final estar pronto,
ele tipicamente é encaminhado até ao distribuidor. A função do distribuidor é por sua
vez vender o produto para um retalhista e este em seguida vende aos consumidores
finais. Este é o processo mais comum de distribuição, porém dentro deste contexto
existe uma série de variáveis e decisões de trade-off que devem ser tomadas pelo
profissional de logística.
Na distribuição, as empresas com maior poder negocial e com mais valor na
cadeia de distribuição, são quem definem quem serão os responsáveis pela entrega do
material/produto que fabricam.

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Tendo em conta o que foi dito pelo autor Coughtlen (2001), os canais
intermédios são empresas independentes que ajudam os produtores no processo de
tornar os seus produtos ou serviços disponíveis para o uso ou consumo. Estes canais
existem segundo alguns especialistas, no desempenho das tarefas de distribuição que
operam em níveis mais elevados de eficácia e eficiência.
Independentemente das funções da distribuição serem realizadas por intermédios
ou pelos próprios produtores, ainda podem ser divididas em dois tipos principais: a
distribuição física e os serviços.
O autor Rosenbloom (1987), identifica seis tarefas da distribuição que um
intermediário realiza para os clientes, sendo estas:
• Disponibilizar o produto;
• Prestação de serviço ao cliente;
• Concessão de crédito e assistência financeira;
• A conveniência de sortido;
• Maior quebra;
• Aconselhamento e apoio técnico.
As relações de alta qualidade caracterizam-se por frequentes interacções entre os
diferentes membros de um canal de distribuição oferecendo assim, vantagens para
vendedores e compradores.
Sendo então, normal supor-se que a qualidade do desempenho das funções do
distribuidor esteja relacionada positivamente com a qualidade do relacionamento,
querendo isto dizer que, quando existe um certo conjunto de factores que interagem
entre si, isto é, um bom nível financeiro, uma grande variedade de sortidos, uma boa
localização, informações claras e sucintas e acima de tudo pessoas, com competência,
estamos a fazer com que o cliente sinta uma maior satisfação.
Com o elevado nível de funções do canal de distribuição realizada pelo
distribuidor aumenta-se a qualidade percebida pelo cliente.
O autor Kumar (1995), refere que quando o distribuidor é relativamente
dependente do cliente este pode ver o desempenho eficaz das funções do canal pelo
distribuidor. Mas quando é a situação contrária, ou seja o cliente dependente do
distribuidor e as suas participações são maiores, portanto, o desempenho eficaz das
funções do canal pelo distribuidor tem um impacto maior sobre os objectivos do cliente
e move-lo.

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Segundo Markus Hesse1 e Jean-Paul2 Rodrigue (1999), e tendo em conta o


artigo: “The transport geography of logistics and freight distribution” (“A geografia dos
transportes de logística e distribuição de mercadorias”) do Journal of Transport
Geography (2004), a geografia dos transportes é tradicionalmente mais aliciada em
questões de longo comércio à distância, o trabalho de mercadorias relacionadas merece
ter uma maior atenção, nestes dias de hoje, pois o transporte tem uma grande
importância na distribuição de produtos/serviços. Ainda para estes autores estas
actividades compõem a logística. Para eles o transporte está incluído em duas funções
principais que são: a distribuição física, o segmento de transporte de derivados, e gestão
de materiais, o segmento de transporte induzido.
A distribuição física (PD) é onde se engloba todas as funções de circulação e
manipulação de mercadorias, especialmente os serviços de transporte (rodoviário,
ferroviário de mercadorias, transporte aéreo, marítimo, transporte marítimo) de
transbordo, armazenagem e serviços (por exemplo, armazenagem, consignação,
gerência de inventário), comércio, e principalmente de retalho.
Para o autor Rodrigue (1999) a distribuição de mercadorias é agora considerada
com mais atenção aos ganhos de produtividade na fabricação de derivados e estão cada
vez mais eficientes em terminais em vez da eficiência de meios de transporte, porque os
meios de transporte estão cada vez mais evoluídos e a distância pode ser grande, mas
por meios de transportes rápidos podem-se tornar-se distâncias pequenas.
Mas isto de tornar as distâncias mais curtas não aconteceu por mero acaso. Esta
situação deve-se ao notável crescimento do transporte de mercadorias, e que não
poderia ter acontecido sem que as grandes redes de auto-estradas para o tráfego regional
e de longa distância, assim como, o sistema ferroviário não tivessem evoluído. A
evolução foi bastante boa quer para este ponto quer para a industrialização, comparando
a décadas anteriores. Esta informação é igualmente retirada do artigo “Transport
geography of logistics and freight distribution”. Na geografia dos transportes o tempo
era simplesmente considerado como a quantidade de espaço que poderia ser
comercializado com uma quantidade específica de tempo, que incluía viagens e

1
Department of Earth Sciences, Urban Studies, Free University of Berlin, Malteserstr. 74-100 D-12249
Berlin, German;
2
Department of Economics and Geography, Hofstra University, Hempstead, NY 11549, USA.

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transbordo, sendo que não analisavam todos os aspectos que deveriam ser tidos em
conta, mas esta situação alterou-se ao longo dos tempos.
A logística e distribuição de mercadorias, como um paradigma de transporte,
exigem uma revisão do conceito multidimensional, para que assim se possam incluir os
quatro elementos fundamentais. Esses elementos são: os custos de transporte
tradicionais, a organização da cadeia de abastecimento, o ambientem transaccionado e
por último a física em que a distribuição de mercadorias evolui.
O transporte não pode ser realizado de qualquer forma e sem se pensar no que
realmente importa, pois num sistema integrado de transporte de mercadorias tem que
existir um elevado nível de coordenação e cooperação.
Sendo o transporte, uma função da distribuição, é também necessário ter-se em
consideração o ambiente físico, pois é considerado uma componente dos custos de
transporte, uma vez que os gargalos de infra-estrutura ou o congestionamento
rodoviário podem prejudicar a produtividade das empresas em termos de atrasos e
avarias, esta situação pode dar-se em variadíssimas condições sendo que, a empresa
nada pode fazer para prever este tipo de situações, porque não se pode prever o que
pode acontecer na viagem de entrega do produto final aos retalhistas e que por sua vez,
no momento da venda/entrega aos clientes.
Para conclusão desta função de distribuição e tendo em conta, que todas estas
informações, como já referido anteriormente, foram retiradas do artigo científico
analisado, temos que referir que nem tudo são pontos positivos no transporte, pois como
tal existem pontos negativos e neste caso o ponto negativo é que o transporte consome
cada vez mais uma maior quantidade de energia e terra, levando a contribuir para uma
ampla gama de problemas como a poluição do ar, a emissão de ruído, o
congestionamento, as fatalidades no trânsito, para outros problemas que possam a vir a
existir.

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Os próximos artigos a analisar são: “Developing a B2B E-Commerce


Implementation Framework: A Study of EDI Implementation for Procurement”, que em
português quer dizer: ”Desenvolvendo um e-commerce B2B Quadro de Implementação:
Um Estudo de Implementação e Aquisição de EDI”, de Abraham Asher (2007),
Assistant Professor, California, State University, Long Beach, Long Beach, CA, USA.,
e o artigo Artigo “The relationship among formal EDI controls, knowledge of EDI
controls, and EDI performance” que em português significa: ” A relação entre os
controles formais EDI, o conhecimento de EDI controlos e desempenho EDI”de
Sangjae Lee e Kun Chang Lee (2005). Estes dois artigos foram analisados mutuamente
pois ambos falam do EDI e das suas funções, vantagens e desvantagens.
Antes de fazer a análise concretamente dita, vamos apresentar uma breve
definição sobre o que é o EDI.
O Electronic Data Interchange (EDI) significa troca estruturada de dados através
de uma rede de dados qualquer. O EDI é um tipo de inter-organizacionais de comércio
electrónico que permite às organizações a troca de documentos de negócios
electronicamente em um formato estruturado, legível por máquina. Esta última
definição é-nos dada pelos autores Sangjae Lee e Kun Chang Lee (2005).
O EDI pode ser considerado como um potenciador para a comunicação de
negócio efectiva e eficiente e na realidade ninguém se opõe à ideia de uma comunicação
electrónica entre organizações, que podem estar em extrema distância entre si. Os
pontos fortes que se podem atribuir ao EDI são:
• Ser um sistema de standard aberto e trans-sectorial com fluxos de dados
formalizados;
• Garante a troca segura de dados;
• É um sistema que segura na perspectiva de que diferentes checksums garantem
que os dados enviados são fidedignos.

Para os cientistas Goldfarb e Prescod, (2000) eles mencionam os benefícios


subsequentes do EDI, sendo que as comunicações electrónicas com os parceiros de
negócio podem melhorar pois com este sistema permite:
• Maior celeridade nas encomendas;
• Melhor controlo do inventário;
• Menor flutuação financeira;

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• Informação completa e em tempo real sobre encomendas e inventário para


tomada de decisão mais apoiada;
• Redução de custos de introdução manual dos dados e menos erros.

As vantagens do EDI são tão grandes que pode não subsistir qualquer dúvida
que a comunicação electrónica é ou não algo a atingir, a questão principal reside ainda
em qual é o tipo de solução e qual a mais adequada para o negócio e qual o preço que
custa em implantar este sistema.

Este artigo é o estudo de um caso que foi realizado, examinando o intercâmbio


electrónico de dados projectos (EDI) e implementação deste em quatro divisões de uma
empresa aeroespacial. Como tal, deste artigo tiramos apenas aquilo que achamos
conveniente e aquilo que consideramos relevante tendo em conta o nosso tema para a
elaboração deste trabalho, sendo que nunca é demais referir que o nosso tema recai
sobre “funções da distribuição”.
Neste artigo é-nos referido as oportunidades de investigação e as áreas onde se
pode aplicar o EDI, tais como: área de Finanças, Materiais e Gestão, Transporte (uma
das funções da distribuição), aquisição, distribuição (disciplina onde se enquadra este
trabalho), armazenamento (função da distribuição) e seguros. Quando as organizações
começam a utilizar o EDI, as primeiras transacções são normalmente tanto para as
aquisições ou vendas de Facturas (Hart & Saunders (1998); Premkumar, Ramamurthy, e
Nilakanta (1994).
O EDI tradicional para Swatman e Swatman (1992) é definido como cooperativa
EDI de sistemas interorganizacionais (IOS) e que permitem que os parceiros comerciais
possam trocar informações de negócios e estruturado entre aplicações informáticas
distintas.
O EDI é tido em conta desde a década de 1970 e já foram feitos vários estudos, e
esses têm mostrado suas vantagens e desvantagens. Os benefícios do EDI e de acordo
com Carter & Fredenall (1990), Emmelhainz (1988), Grover (1993), Jai-Yeol,
Narasimhan, e Riggins (2005), Subramani (2004), Teo, Wei, e Benbasat (2003), e
Sangjae Lee e Kun Chang Lee (2005) são:

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• Redução de custos;
• Redução na burocracia;
• Respostas mais rápidas;
• Melhor controlo de stocks/fornecedores;
• Maior controlo sobre a segurança e a integridade do sistema;
• Melhorar a relação com os clientes e atendimento que lhes é dado.

Mas como em todos os sistemas e como em quase tudo, existem também


desvantagens e para Cragg e King (1993), assim como, Pfeiffer Saunders & Clark
(1992), Swatman & Swatman (1991) bem como para os autores Sangjae Lee e Kun
Chang Lee (2005), as desvantagens inerentes ao EDI são:
• Custos de implementação;
• Alto custos de transmissão de dados;
• Dificuldades em manter as normas;
• Aumento da vulnerabilidade devido a existência de partilhas de informações
operacionais com parceiros comerciais;
• Conflito de canais;
• Riscos de segurança que aumentam de acordo com o grau de integração do
usuário e da confiança no sistema;
• Dificuldades em estabelecer uma trilha de auditoria.

Alguns dos custos recorrentes associados ao EDI tradicional é devido ao uso do


Value Added Network (VAN), pois alguns dos serviços prestados pela VAN estão
associados a transmissão de mensagens rápidas e seguras entre os parceiros comerciais,
no entanto, estes custos são elevado pois esta transmissão cobra as mensagens por
número de caracteres enviados.
A capacidade dos adoptantes EDI para acumular experiência é muito importante
para a obtenção de benefícios da implementação de EDI com o fornecedor VAN e
parceiros comerciais.
Podemos salientar um ponto importante, o qual, que se refere ao facto de
existirem padrões de EDI, mas versões diferentes do padrão. Mas para além disso, nem

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todos os sistemas de compras são os mesmos. Por exemplo, alguns permitem múltiplas
datas de entrega programada em uma única linha de item da ordem. Outros requerem
dois itens específicos. Na fase de mapeamento de dados da aplicação, estes tipos de
questões técnicas precisam ser resolvidas, pois caso isto não aconteça pode causar
grandes problemas à empresa e por sua vez, pode trazer consequências não desejadas.
No EDI o relacionamento é inserido entre o iniciador e adoptante para as
operações actuais e futuras. Assim, a parceria deve ser formada e não estritamente um
tipo de câmbio do mercado de relacionamento, esta citação foi feita por Macneil (1931),
que ainda mostrou como a lei evoluiu para suportar vários tipos de relações de troca.
Nestes artigos/estudos não pudemos retirar mais informações, pois as restantes
informações estão pouco relacionadas com o estudo que nos foi solicitado. Sendo assim,
com a análise deste artigo o objectivo foi simplesmente o de ser o mais coerente
possível.

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Do artigo “ Information sharing and coordination mechanism for managing uncertainty


in supply chains; a simulation study” de Partha Priya Datta 3 e Martim G. Christopher4
(2004), do International Journal of Production Research, podemos concluir que não
existe uma coordenação e uma distribuição muito ampla da informação relativamente, à
estrutura de informação centralizada e não é eficaz na gestão das redes de distribuição.
Sendo assim, fazer distribuição é bastante complicado, pois sem a adequada
informação da cadeia e em a sua boa gerência, isto é, de forma eficaz e de forma
compreensível, para quem recebe a informação.
No estudo houve um fornecimento dos níveis de stock para vários pontos do
trabalho, assim como as encomendas diárias, os valores de produção em cada país e os
produtos, os prazos de transporte e as restrições face à produção.
O trabalho que foi analisado, no artigo em questão propunha-se a preencher
lacunas nas diferentes combinações de partilha de informação e coordenar para que as
incertezas na cadeia de distribuição sejam sempre reduzidas.
Segundo os autores Chen (1998), Cachon e Fisher (2000), a partilha de
informação e coordenação dos produtos melhora o desempenho da cadeia de
distribuição. Ainda com este estudo, tentou-se reduzir as incertezas na procura dos
produtos e nas opiniões divergentes, em relação a flexibilidade, integração, agilidade e
estrutura de informação.
Na opinião de Sahin e Robinson (2005), existe uma tendência para a análise do
impacto das alternativas, mas essa tendência é lenta e não estuda a interacção das duas
dimensões mais importantes que podem reduzir as incertezas na cadeia de distribuição.
Embora tenha havido muitos artigos publicados sobre a coordenação de
informação, estes não explicam as incertezas na cadeia de distribuição, isto segundo os
autores Soroor e Tarokh Soroor (2006). De outra forma, existem muitos trabalhos sobre
a partilha de informação para reduzir a vulnerabilidade da cadeia de distribuição
(Christopher Lee (2001) e Geary (2002)).

Práticas da cadeia de abastecimento para gerir a incerteza

3
Operations Management Group, Indian Institute of Management, Calcutta, 700014, India
4
Centre for Logistics and Supply Chain Management, School of Management, Cranfield University,
Bedford, England, MK43 0AL

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Diferentes autores têm várias definições para Agilidade sendo que algumas são:

• A agilidade traduz a capacidade de responder às necessidades dos


consumidores mais indecisos (Faisal et al. 2006);

• Christopher (2000), mencionou que uma cadeia de distribuição é realmente


ágil que se obtém através da sensibilidade de mercado e tecnologia;

• Sheffi (2005), centra-se no acompanhamento e detecção de sinais mais fracos


para criar respostas mais ágeis na cadeia de distribuição;

• Yusuf et al. (2004), encontraram alto grau de cooperação e integração de


informações com base na agilidade;

• Um elemento essencial para alcançar a agilidade nas cadeias de distribuição é


a visibilidade de acordo com Christopher e Peck (2004).

Integração

Pode ser definida como a relação entre as variáveis representadas. A


coordenação entre os intervenientes na cadeia de distribuição é fundamental para existir
uma redução da incerteza na cadeia. Com este fim, as organizações estão a interligar-se
para que se tornem mais próximas.

Flexibilidade

Este ponto reflecte a capacidade das empresas responderem às necessidades


(Arroz e Caniato (2003)). De acordo com Giunipero et al. (2005), a cadeia de
distribuição, em literatura é vista como uma reacção à incerteza ambiental. Os autores
Rupp e Ristic (2000), concluem que a falta de coordenação e fluxo de informação
imprecisas levam ao planeamento e controlo. Isto requer um fluxo de informação
continuado em toda a cadeia de distribuição.

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Nos pontos abaixo temos os resultados das experiencias e a comparação dos


desempenhos. Esses pontos são:

• A coordenação e a partilha de informação é importante, mas os dois factores


combinados faz com que melhore a resposta da cadeia de distribuição;

• Os produtos devem estar centralizados e coordenados para que as decisões da


distribuição não se dissipem e aumente a frequência de informação.

• Descentralizar a tomada de decisão para que os fluxos de informação entre os


parceiros sejam mais concretos para que aumente o planeamento da produção e
o serviço aos clientes, sendo que pode não melhorar a vulnerabilidade de certa
informação.

• A tomada de decisão deve ser planeada diariamente para que aumente a base
de partilha e melhore o desempenho da cadeia de distribuição para o stock, mas
pode reduzir o tempo de reacção da cadeia.

• Por fim, a tomada de decisão descentralizada, centralizada e coordenada dos


produtos, junto com o stock local e global e as informações inventário para
planear a produção, aumentando a partilha de informação o que ajuda a melhorar
a cadeia de distribuição.

Este trabalho estudou os diferentes mecanismos de coordenação e partilha de


informação. Nele foram feitas várias experiências de forma a combinar: aplicações e
compreender a eficácia na melhoria da cadeia de distribuição. A pesquisa efectuada
mostra que a partilha de informação e a coordenação por si só, é insuficiente para que as
incertezas sejam ultrapassadas. Esta pesquisa abordou unicamente uma organização,
pelo que o que a pesquisa pode ser alargada a outras empresas, e visa também um
aprofundamento das investigações efectuadas nesta matéria.

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Funções da distribuição

Existem várias funções da distribuição e estas, vieram permitir que se


ultrapassassem as barreiras tradicionais que existiam em tempos mais arcaicos nas
trocas comerciais. As funções da distribuição são bastante importantes e estão
dependentes de:
• Objectivos e estratégias de marketing por parte dos produtores;
• Características dos diferentes clientes, bem como o espaço, dimensão e
natureza do mercado; e
• Características dos produtores.
No quadro a seguir apresentado mostramos todas as funções da distribuição e a

sua divisão:

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Estas novas funções da distribuição vieram proporcionar vantagens,


acrescentando valor aos produtos e serviços que possam a vir a ser comercializados,
quer, para os retalhistas, quer para o consumidor final. Estas funções estão cada vez
mais relacionadas com os distribuidores e com o marketing, pois proporcionam uma
maior satisfação das necessidades aos seus clientes.
A decomposição das funções da distribuição permite colocar em evidência a
questão central da distribuição, permitindo saber qual o agente económico que se
encontra em melhores condições para assegurar essas funções. Essas funções podem ser
desempenhadas por:
• Os próprios produtores;
• Os armazenistas;
• Os prestadores de serviços (como por exemplo os transportadores);
• Os retalhistas;
• Os próprios consumidores.

Sintetizado por, Rousseau (2004), quando se fala nas funções referidas


anteriormente, pode dizer-se que são desempenhadas de uma forma mais eficiente isto
podendo traduzir-se em preços mais baixos para os consumidores implicando um maior
volume de vendas para os produtores ou uma maior diversificação dos serviços para os
consumidores.

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Conclusão

Do trabalho apresentado, pode-se concluir que, relativamente ao conceito de


distribuição, a maioria dos autores referem que esta é, um conjunto de actividades que
vão acrescentar valor aos produtos e serviços, sendo assim, não existiu divergência
fulgurante entre eles, sempre estiveram muito próximos nas suas ideias.
Esta revisão bibliográfica teve, essencialmente, como objectivo discutir as
diversas funções de distribuição bem como o âmbito da sua aplicação e as suas
características e por este motivo, apenas foram retiradas as informações que entendemos
que eram relevantes abordar e inserir no nosso projecto.
Relativamente às funções da distribuição, todos os autores são unânimes quando
referem que as funções podem ser físicas e de serviços. Assim sendo, na distribuição,
pode-se concluir que na física tem-se o transporte, o armazenamento, a função e a
manutenção e no que se refere aos serviços, pode-se destacar as vendas, a pós-venda, o
financiamento e os riscos financeiros, sendo estas funções consideradas os mais
importantes.
Em suma, as decisões tomadas ao nível da distribuição, são todas aquelas que se
relacionam com uma boa escolha e selecção dos canais que permitem fazer chegar o
produto ou serviço ao consumidor final, pressupondo uma cadeia de transformações,
transportes e armazenamentos que coloca produtos e serviços em estado de poderem ser
consumidos.

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Bibliografia

• Artigo Científico: “The Impact of Channel Function Performance on Buyer-


Seller Relationships in Marketing Channels by Gerrit H. Van Bruggen (Erasmus
University), Manish Kacker (Tulane University), Chantal Nieuwlaat (Erasmus
University)”;
• Artigo científico: “The transport geography of logistics and freight distribution”
(“A geografia dos transportes de logística e distribuição de mercadorias”) do
Journal of Transport Geography (2004)”;
• Artigo científico: “Developing a B2B E-Commerce Implementation Framework:
A Study of EDI Implementation for Procurement” by Abraham Asher Assistant
Professor, California State University, Long Beach, Long Beach, CA, USA;
• Artigo Científico: “ The relationship among formal EDI controls, knowledge of
EDI controls, and EDI performance” by Sangjae Lee and Kun Chang Lee;
• Artigo Científico: “Information sharing and coordination mechanisms for
managing uncertainty in supply chains: a simulation study” by Partha Priya
Datta and Martin G. Christopher;
• Rousseau, José António (2008) Manual de Distribuição, 2ª edição, Principia, São
João do Estoril.

• LINDON, Denis, LENDREVIE, Jacques, LÉVY, Julien, DIONÍSIO, Pedro e


RODRIGUES, Joaquim Vicente, Mercator XXI – Teoria e Prática do Marketing,
Lisboa, Publicações Dom Quixote, 10.ª edição, 2004

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