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1.
1.1.
2.
2.1.
Camões era entendido como um homem propenso às paixões amorosas (“amores impossíveis”) e a “amadas
ilustres. Para além disso, ele foi o autor não só de poesia lírica (Rimas), como também de uma narrativa épica (Os
Lusíadas) e de obras dramáticas (Enfatriões). Por fim, ele foi exposto à vida militar (perda de um olho no norte de
África), social (fama de boémio e pobreza e não reconhecimento do seu valor pelos contemporâneos) e amorosa
(“desgostos amorosos”);
Para concluir, Camões é um não só um símbolo de um país humilhado como também um poeta-maldito
(incompreendido pelos contemporâneos, malsucedido na vida amorosa e reduzido à miséria).
3. Dos versos 1 a 10 descreve-se a mulher amada:, enquanto nos restantes versos se refere os efeitos exercidos pela mulher amada no
sujeito poético: rendição amorosa; alegria no comedimento.
4.
O perfil físico da mulher é: lábios vermelhos e dentes claros (“rubis e perlas”, cabelos louros e pele clara (“ouro e neve”), faces rosadas
(“cor-de-rosa"). Já o seu retrato psicológico é: serenidade, alegria , moderação, graciosidade, naturalidade, sensatez e suavidade.
4.1. A descrição é feita com base em metáforas convencionais - de influência petrarquista - (“rubis e perlas”, “ouro e neve”, “cor-de-
rosa”).Aparece, também, uma metáfora com função sintetizadora: “armas” (características da mulher amada que levam o sujeito poético a
render-se ao amor).
4.2. Sim, pois a base do retrato são enumerações convencionais/estereotipadas do petrarquismo: físicas (lábios, dentes, faces, cabelos,
tom de pele) e psicológicas (equilíbrio, serenidade). Logo, o retrato é idealizado, remetendo para um carácter superior e de beleza celestial.
5.
O poema é um soneto constituído por duas quadras e dois tercetos. Tem versos decassilábicos e esquema rimático
abba / abba / cde / cde.
2.
2.1. b.
2.2. d.
2.3.d.
2.4. d.
2.5. a.
2.6. b.
3.
3.1. “um riso”→“brando e honesto / quási força", brandura e recato
3.2. Entre os elementos enumerados e as qualidades que os caracterizam estabelece-se uma relação de contraste ( “encolhido ousar”, “um
medo sem ter culpa”). Para além disso, ambas as qualidades que caracterizam o mesmo elementosão opostas ( “riso [...] honesto / quási
forçado”).
3.3. Neste retrato prevalece o ideal de beleza feminina petrarquista (graça, recato, serenidade - “celeste fermosura”).
Este é, ainda, baseado em elementos com grande nível de abstração como, por exemplo, a escassez de características
físicas e a predominância de qualidades psicológicas.
4. O último terceto tem uma função conclusiva (o sujeito poético sintetiza a descrição feita e explicita o efeito exercido pela
mulher amada em si – transformação do seu “pensamento”, fascínio (análogo ao da feiticeira Circe) e amor (“mágico
veneno”). Ocorre, por fim, a valoração da figura de Circe (com uma conotação positiva, já que, neste soneto, a mulher
amada fascina o sujeito poético).
5. A primeira parte é do verso 1 ao verso 11 onde se representa a mulher amada, explicitando as suas qualidades
psicológicas. Já a segunda parte é do verso 12 ao 14 e é onde se apresentam os efeitos provocados pela mulher amada no
sujeito poético.
Gramática
1..
1.1. “Um” é um determinante artigo indefinido. “Despejo” é um nome comum. “Quieto” é um adjetivo qualificativo. “E” é
uma conjunção coordenativa copulativa. Por fim, “vergonhoso” é um adjetivo qualificativo.
3.
3.1. As suas características físicas são: beleza, rosto invulgar (v. 13), olhos e cabelo negros e uma figura distinta. Enquanto
as suas características psicológicas são: graciosidade , doçura, serenidade e sensatez. Já a sua característica social é de
escrava (“cativa”).
3.1.1. A comparação e a hipérbole realçam a beleza de Bárbora (bem como o seu carácter distinto), comparando-a à
beleza da Natureza:
3.2. Esses efeitos são: submissão amorosa, amor, fascínio, tranquilidade e suspensão da dor.
4.
4.1. “Aquele” é um demonstrativo que remete para alguém distante, enquanto “este” é um demonstrativo que remete
para algo próximo. A alteração do demonstrativo reflete um aumento da proximidade sentimental entre o sujeito poético e a
“cativa”, devido à submissão amorosa do sujeito poético e à tranquilidade que a “cativa” lhe transmite.
5. Estabelece-se uma relação dicotómica, pois ocorre a transgressão do padrão petrarquista em relação aos aspetos físicos
(mulher de pele clara e cabelos loiros). Contudo, verifica-se a influência de Petrarca nos aspetos psicológicos (graça,
serenidade e sensatez).
6. Nesta composição poética explora-se a fonética e a semântica das palavras (que apresentam, na mesma volta,
significados distintos – polissemia). Alguns exemplos disto mesmo são: cativo(a) que tem o significado de escravo bem
como o de atraído. Ao longo deste poema verifica-se, igualmente, um jogo de palavras / trocadilho. Disto são exemplo as
seguintes palavras:” cativa”/“cativo”, “cativa” (prisioneira) /“Senhora” (dominadora no amor), “vivo” (vivo apaixonado por
ela) / “viva” (viva independentemente do seu amor), Bárbora (nome próprio) / bárbora (adjetivo, com o sentido de cruel).
7. O poema é constituído por cinco oitavas (estrutura estrófica).A sua estrutura métrica é uma redondilha menor e a sua
rima é interpolada e emparelhada (estrutura rimática).
8. As semelhanças em relação aos aspetos temáticos são: a representação da mulher amada, tendo em conta aspetos
físicos, psicológicos e sociais. Enquanto as diferenças são: a descrição global em vez da focalização de uma característica
física da mulher amada: os olhos verdes.
Em relação aos aspetos formais as semelhanças são: a medida velha (redondilha menor), já as diferenças são as trovas /
vilancete.
Nos aspetos estilísticos a exploração da fonética e da semântica das palavras é a semelhança, enquanto as diferenças são
o tom melancólico que contrasta com um tom sério e um tom jocoso.
3.
a. Verifica-se uma emelhança ao nível da cor (verde) e do encanto;
b. Os olhos verdes simbolizam a própria tonalidade do campo, o “alimento” para o gado (campos verdes) e o alimento
para a alma do sujeito poético (olhos verdes).
3.1. A apóstrofe ao campo, às ovelhas e ao gado interpela diretamente os elementos da Natureza que surgem associados
aos olhos verdes. A comparação (versos 1-4) realça a semelhança entre a cor e o encanto dos olhos da amada e a cor e o
encanto da Natureza. A metáfora (versos 17-20) reforça a beleza da amada, afirmando que ela é a causa da
beleza/abundância da Natureza, uma vez que esta distribui essas “graças” pela Natureza. Por fim, a aliteração e
assonância de sons nasais explicitam a tranquilidade transmitida pela Natureza e pelo amor.
4. O sujeito poético elogia os olhos da amada, comparando a sua cor à verdura e ao encanto do campo em que o gado
pasta.
5. O género é a cantiga, pois esta composição poética é constituída por um mote (de 4 versos), em que se apresenta o
tema dos olhos verdes, e por duas voltas (de 8 versos), em que se desenvolve o tema; o último verso do mote (“do meu
coração”) repete-se integralmente no final das voltas e os versos são pentassilábicos (redondilha menor).
6. O tema usado em medida nova (e não em redondilhas), a subversão do padrão petrarquista (optando-se não só por
referir a cor dos olhos, como também pela escolha da cor verde – e não preta, como fez Petrarca) são elementos de
originalidade neste poema.
Gramática
1.
a.os campos – sujeito; Verdes são – predicado; verdes – predicativo do sujeito.
b.Ovelhas, – vocativo; de ervas vos mantendes – predicado; vos – complemento direto; de ervas – complemento
oblíquo.
1.1
a.Os campos são verdes
3.
3.1.
a. 1-10;
b.“castanheiros”→“sombra”,“verdes”
d.“mar”→“rouco som”;
e.“terra”→“estranha”
j. 9-14;
k.“me está [...] magoando”, “tudo m’ enoja e m’ avorrece”, “estou passando / nas mores alegrias, mor tristeza”
3.2. Esses recursos expressivos são: anáfora, antítese, uso expressivo dos verbos enojar e avorrecer.
4.
4.1. Em relação à estrutura interna do poema, este pode ser dividido em 3 partes. A primeira, que é dos versos 1-8, é
onde se descreve a Natureza e a expressão do sentimento de tristeza por parte do sujeito poético. Já a segunda parte é
dos versos 9-11. Aí apresenta-se o motivo da tristeza do sujeito poético / oposição passado (felicidade) / presente
(sofrimento). Por fim, a terceira parte é dos versos 12-14 onde se expressa a saudade e a tristeza do sujeito poético;
Natureza como reflexo do estado de alma (Natureza bela mas irrelevante, devido ao sofrimento e às saudades da
mulher amada).
5. Em relação aos aspetos temáticos, ”A fermosura desta fresca serra” representa a Natureza como reflexo do estado de
alma (idealização da natureza), enquanto “Alegres campos, verdes arvoredos” – representação idealizada da Natureza,
Natureza como reflexo do estado de alma (tercetos) e Natureza personificada como interlocutora do sujeito poético.
6. No poema “A fermosura...” apresenta uma rima abba / abba / cde / dec. Enquanto o poema “Alegres campos...” tem o
esquema rimático: abba / abba / cde / cde.
1.
a. do Pedro.
b. dos alunos.
c. de Escher.
d. do desenho.
e. dos alunos.
2. c.
3.
a. Todos – sujeito; elogiaram a alegria da Maria em receber os amigos – predicado; a alegria da Maria em receber os amigos –
complemento direto; da Maria – complemento do nome; em receber os amigos – complemento do nome (os amigos – complemento
direto de receber).
b. Os convidados – sujeito; abraçaram a Maria calorosamente – predicado; a Maria – complemento direto; calorosamente –
modificador do grupo verbal.
c. A Maria– sujeito; foi abraçada pelos convidados calorosamente– predicado; pelos convidados – complemento agente da passiva;
calorosamente – modificador do grupo verbal.
d.O abraço à Maria– sujeito; à Maria – complemento do nome; foi caloroso – predicado; caloroso – predicativo do sujeito.
4.2.
Esses recursos expressivos são: a hipérbole e a personificação.
4.3.O assunto apresentado nas voltas é o fascínio provocado pela pastora da serra nos pastores, na Natureza, no amor e
no próprio sujeito poético.
5.
5.1. a. – 1 / b. – 4/ c. – 5/ d. –3./ e. – 7./ f. – 6./ g. – 2
Gramática
1.
1.1. a.Complemento direto
c. Complemento do nome
1.2.
e.Os olhos da pastora fascinam toda a gente – oração subordinante; que são belos – oração subordinada adjetiva
relativa explicativa.
f. Todas as pastoras são belas – oração subordinante; que conheço – oração subordinada adjetiva relativa restritiva
3.2. A antítese marca a oposição entre a Terra (vida) e o Céu (morte). Já o eufemismo atenua a morte
(precoce).
3.3.O sujeito poético interpela a sua amada, já falecida, pedindo-lhe que não se esqueça dele e que rogue a Deus que o
leve rapidamente para junto dela.
4.
4.1. a. morte; b.A Divina Comédia; c. Terra; d. Lua; e. hipótese.
3.
3.1. Os sintomas revelam sentimentos contraditórios, originados pela contemplação da mulher amada.
3.1.1. Antítese:“ardor” / “frio”, “choro” / “rio” (v. 3), “mundo todo” / “nada” (v. 4), “abarco” / “aperto” (v. 4), “fogo” / “rio”
(v. 6), “espero” / “desconfio” (v. 7), “desvario” / “acerto” (v. 8), “terra” / “Céu” (v. 9), “nũ’hora” / “mil anos” (v. 10).Anáfora e
estrutura paralelística(vv. 7-8).Hipérbole: “da alma um fogo me sai, da vista um rio” (v. 6), “nũ’ hora acho mil anos” (v. 10).
3.2. A causa dos sintomas foi o sujeito poético ter visto a mulher amada.
3.2.1. Destacar a diversidade de efeitos contraditórios face à única causa desses mesmos efeitos (vários efeitos / uma
única causa).
4. d.
5.O poema é um soneto composto por duas quadras e dois tercetos (análise estrófica). Tem versos decassilábicos (análise
métrica) e esquema rimático (abba / abba / cde / cde) – análise rimática.
1.
Definição objetiva:
sentimento que predispõe a desejar o bem de alguém; sentimento de afeto ou extrema dedicação; apego; sentimento que
nos impele para o objeto dos nossos dese
-
jos; atração; paixão; afeto; inclinação; relação amorosa; objeto da afeição; adoração; veneração; devoção.
3.1.
Definições baseadas:
• numa relação de oposição semântica (apresentando-se duas características contraditórias);
•
numa estrutura idêntica em termos sintáticos – sujeito (simples ou nulo subentendido) + verbo
ser
+ predicativo do sujeito (geralmente constituído por determinante artigo indefinido, nome
ou infinitivo substantivado e modificador restritivo do nome);
•
em recursos expressivos idênticos – anáfora (
“é”
), metáfora (
“fogo”
,
“ferida”
,
“contentamento”
,
“dor”
...) e oxímoro (
“arde sem se ver”,
“dor que desatina sem doer”,
“contentamento descontente”
...).
3.2.
Mostrar a impossibilidade de definir satisfatoriamente o conceito de
amor
, tendo em conta o seu carácter contraditório.
4.1.
Estabelecimento de uma relação de oposição entre o carácter contraditório do amor e o facto de, mesmo assim, este
sentimento ser procurado pelos seres humanos.
4.2.
Sugestão da perplexidade do sujeito poético face ao facto de o amor ser procurado pelas pessoas apesar do seu carácter
contraditório.
4.3.
Personificação do amor.
49
5.
Primeira parte (vv. 1-11):
apresentação de definições subjetivas do conceito de
amor
.
Segunda parte (vv. 12-14):
constatação de que o amor é um sentimento contraditório mas que, ainda assim, é procurado pelas pessoas.