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Resolução das atividades do manual referentes à unidade “Luís de Camões, Rimas”

Página 213 do manual

1.

1.1.

b. Causas do aparecimento do Renascimento em Itália – interesse pela Arte e pela


Antiguidade Clássica e acolhimento de intelectuais promotores da cultura grega

c. Formas de divulgação do movimento renascentista – línguas italiana, latina e grega e


publicação de livros em série

d. Classicismo como uma das características essenciais do movimento renascentista

f. Papel da Itália na divulgação da arte renascentista – criação dos princípios gerais


do movimento; promoção da renovação cultural e artística

g. Síntese das características do Renascimento – reinvenção das formas artísticas,


com base numa perspetiva naturalista e humanista

h. Explicitação das características do Classicismo – recuperação de temas e figuras


mitológicos, gosto pela harmonia e simetria e entendimento do corpo humano como
medida da arte

Página 215 do manual

2.

2.1.
Camões era entendido como um homem propenso às paixões amorosas (“amores impossíveis”) e a “amadas
ilustres. Para além disso, ele foi o autor não só de poesia lírica (Rimas), como também de uma narrativa épica (Os
Lusíadas) e de obras dramáticas (Enfatriões). Por fim, ele foi exposto à vida militar (perda de um olho no norte de
África), social (fama de boémio e pobreza e não reconhecimento do seu valor pelos contemporâneos) e amorosa
(“desgostos amorosos”);
Para concluir, Camões é um não só um símbolo de um país humilhado como também um poeta-maldito
(incompreendido pelos contemporâneos, malsucedido na vida amorosa e reduzido à miséria).

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4.
4.1.
a. Medida velha – cinco sílabas métricas (redondilha menor) ou sete sílabas métricas (redondilha maior).
b. Vilancete, cantiga, esparsa, trova.
c.Temas tradicionais e populares (amor, saudade, beleza da mulher, contacto com a natureza, ida à fonte), ambiente cortesão (“cousas de
folgar”, futilidades, humor).
d. Medida nova – decassílabo ou verso hexassílabo.
e. Soneto, canção, sextina, écloga, elegia, ode.
f. Amor platónico, saudade, destino, beleza suprema, mudança, desconcerto do mundo, elogio dos heróis, ensinamentos morais, sociais e
filosóficos, mulher vista à luz do petrarquismo
e do dantismo, sensualidade, experiência da vida.
g. Platão, Petrarca, Dante.
h. Análise da vida interior; caracterização da realidade do seu tempo; busca da dimensão do homem universal

Página 221 do manual

3. Dos versos 1 a 10 descreve-se a mulher amada:, enquanto nos restantes versos se refere os efeitos exercidos pela mulher amada no
sujeito poético: rendição amorosa; alegria no comedimento.

4.
O perfil físico da mulher é: lábios vermelhos e dentes claros (“rubis e perlas”, cabelos louros e pele clara (“ouro e neve”), faces rosadas
(“cor-de-rosa"). Já o seu retrato psicológico é: serenidade, alegria , moderação, graciosidade, naturalidade, sensatez e suavidade.

4.1. A descrição é feita com base em metáforas convencionais - de influência petrarquista - (“rubis e perlas”, “ouro e neve”, “cor-de-
rosa”).Aparece, também, uma metáfora com função sintetizadora: “armas” (características da mulher amada que levam o sujeito poético a
render-se ao amor).

4.2. Sim, pois a base do retrato são enumerações convencionais/estereotipadas do petrarquismo: físicas (lábios, dentes, faces, cabelos,
tom de pele) e psicológicas (equilíbrio, serenidade). Logo, o retrato é idealizado, remetendo para um carácter superior e de beleza celestial.
5.
O poema é um soneto constituído por duas quadras e dois tercetos. Tem versos decassilábicos e esquema rimático
abba / abba / cde / cde.

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2.

2.1. b.

2.2. d.

2.3.d.

2.4. d.

2.5. a.

2.6. b.

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3.
3.1. “um riso”→“brando e honesto / quási força", brandura e recato

“um gesto”→“doce e humilde”, “de qualquer alegria duvidoso”; doçura, comedimento

“um despejo”→“quieto e vergonhoso”; simplicidade, recato

“um repouso”→“gravíssimo e modesto”; calma, humildade

“ũa [...] bondade” →“pura”,“manifesto / indício da alma, limpo e gracioso”; generosidade

“um [...] ousar”→“encolhido”; timidez

“ũa brandura"→ suavidade

“um medo”→“sem ter culpa”; temor, inocência


“um ar”→ “ sereno”; serenidade

“um sofrimento”→“longo e obediente”; paciência, resignação

3.2. Entre os elementos enumerados e as qualidades que os caracterizam estabelece-se uma relação de contraste ( “encolhido ousar”, “um
medo sem ter culpa”). Para além disso, ambas as qualidades que caracterizam o mesmo elementosão opostas ( “riso [...] honesto / quási
forçado”).

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3.3. Neste retrato prevalece o ideal de beleza feminina petrarquista (graça, recato, serenidade - “celeste fermosura”).
Este é, ainda, baseado em elementos com grande nível de abstração como, por exemplo, a escassez de características
físicas e a predominância de qualidades psicológicas.

4. O último terceto tem uma função conclusiva (o sujeito poético sintetiza a descrição feita e explicita o efeito exercido pela
mulher amada em si – transformação do seu “pensamento”, fascínio (análogo ao da feiticeira Circe) e amor (“mágico
veneno”). Ocorre, por fim, a valoração da figura de Circe (com uma conotação positiva, já que, neste soneto, a mulher
amada fascina o sujeito poético).

5. A primeira parte é do verso 1 ao verso 11 onde se representa a mulher amada, explicitando as suas qualidades
psicológicas. Já a segunda parte é do verso 12 ao 14 e é onde se apresentam os efeitos provocados pela mulher amada no
sujeito poético.

Gramática
1..
1.1. “Um” é um determinante artigo indefinido. “Despejo” é um nome comum. “Quieto” é um adjetivo qualificativo. “E” é
uma conjunção coordenativa copulativa. Por fim, “vergonhoso” é um adjetivo qualificativo.

1.2. Modificador restritivo do nome.

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3.
3.1. As suas características físicas são: beleza, rosto invulgar (v. 13), olhos e cabelo negros e uma figura distinta. Enquanto
as suas características psicológicas são: graciosidade , doçura, serenidade e sensatez. Já a sua característica social é de
escrava (“cativa”).

3.1.1. A comparação e a hipérbole realçam a beleza de Bárbora (bem como o seu carácter distinto), comparando-a à
beleza da Natureza:

3.2. Esses efeitos são: submissão amorosa, amor, fascínio, tranquilidade e suspensão da dor.

4.
4.1. “Aquele” é um demonstrativo que remete para alguém distante, enquanto “este” é um demonstrativo que remete
para algo próximo. A alteração do demonstrativo reflete um aumento da proximidade sentimental entre o sujeito poético e a
“cativa”, devido à submissão amorosa do sujeito poético e à tranquilidade que a “cativa” lhe transmite.

5. Estabelece-se uma relação dicotómica, pois ocorre a transgressão do padrão petrarquista em relação aos aspetos físicos
(mulher de pele clara e cabelos loiros). Contudo, verifica-se a influência de Petrarca nos aspetos psicológicos (graça,
serenidade e sensatez).
6. Nesta composição poética explora-se a fonética e a semântica das palavras (que apresentam, na mesma volta,
significados distintos – polissemia). Alguns exemplos disto mesmo são: cativo(a) que tem o significado de escravo bem
como o de atraído. Ao longo deste poema verifica-se, igualmente, um jogo de palavras / trocadilho. Disto são exemplo as
seguintes palavras:” cativa”/“cativo”, “cativa” (prisioneira) /“Senhora” (dominadora no amor), “vivo” (vivo apaixonado por
ela) / “viva” (viva independentemente do seu amor), Bárbora (nome próprio) / bárbora (adjetivo, com o sentido de cruel).

7. O poema é constituído por cinco oitavas (estrutura estrófica).A sua estrutura métrica é uma redondilha menor e a sua
rima é interpolada e emparelhada (estrutura rimática).

8. As semelhanças em relação aos aspetos temáticos são: a representação da mulher amada, tendo em conta aspetos
físicos, psicológicos e sociais. Enquanto as diferenças são: a descrição global em vez da focalização de uma característica
física da mulher amada: os olhos verdes.
Em relação aos aspetos formais as semelhanças são: a medida velha (redondilha menor), já as diferenças são as trovas /
vilancete.

Nos aspetos estilísticos a exploração da fonética e da semântica das palavras é a semelhança, enquanto as diferenças são
o tom melancólico que contrasta com um tom sério e um tom jocoso.

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3.
a. Verifica-se uma emelhança ao nível da cor (verde) e do encanto;

b. Os olhos verdes simbolizam a própria tonalidade do campo, o “alimento” para o gado (campos verdes) e o alimento
para a alma do sujeito poético (olhos verdes).

3.1. A apóstrofe ao campo, às ovelhas e ao gado interpela diretamente os elementos da Natureza que surgem associados
aos olhos verdes. A comparação (versos 1-4) realça a semelhança entre a cor e o encanto dos olhos da amada e a cor e o
encanto da Natureza. A metáfora (versos 17-20) reforça a beleza da amada, afirmando que ela é a causa da
beleza/abundância da Natureza, uma vez que esta distribui essas “graças” pela Natureza. Por fim, a aliteração e
assonância de sons nasais explicitam a tranquilidade transmitida pela Natureza e pelo amor.

4. O sujeito poético elogia os olhos da amada, comparando a sua cor à verdura e ao encanto do campo em que o gado
pasta.

5. O género é a cantiga, pois esta composição poética é constituída por um mote (de 4 versos), em que se apresenta o
tema dos olhos verdes, e por duas voltas (de 8 versos), em que se desenvolve o tema; o último verso do mote (“do meu
coração”) repete-se integralmente no final das voltas e os versos são pentassilábicos (redondilha menor).

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6. O tema usado em medida nova (e não em redondilhas), a subversão do padrão petrarquista (optando-se não só por
referir a cor dos olhos, como também pela escolha da cor verde – e não preta, como fez Petrarca) são elementos de
originalidade neste poema.

Gramática

1.
a.os campos – sujeito; Verdes são – predicado; verdes – predicativo do sujeito.

b.Ovelhas, – vocativo; de ervas vos mantendes – predicado; vos – complemento direto; de ervas – complemento
oblíquo.

1.1
a.Os campos são verdes

b.Ovelhas, mantendes-vos de ervas.

Página 231 do manual

3.
3.1.
a. 1-10;

b.“castanheiros”→“sombra”,“verdes”

c.“ribeiros”→“manso caminhar”, “donde toda a tristeza se desterra”;

d.“mar”→“rouco som”;
e.“terra”→“estranha”

f.“esconder do sol pelos outeiros”

g. “recolher dos gados derradeiros”

h.“nuvens” →“branda guerra”;

i.“enfim, tudo o que a rara natureza [...] nos ofrece”;

j. 9-14;

k.“me está [...] magoando”, “tudo m’ enoja e m’ avorrece”, “estou passando / nas mores alegrias, mor tristeza”

l. “me”, “estou passando”.

3.2. Esses recursos expressivos são: anáfora, antítese, uso expressivo dos verbos enojar e avorrecer.

4.
4.1. Em relação à estrutura interna do poema, este pode ser dividido em 3 partes. A primeira, que é dos versos 1-8, é
onde se descreve a Natureza e a expressão do sentimento de tristeza por parte do sujeito poético. Já a segunda parte é
dos versos 9-11. Aí apresenta-se o motivo da tristeza do sujeito poético / oposição passado (felicidade) / presente
(sofrimento). Por fim, a terceira parte é dos versos 12-14 onde se expressa a saudade e a tristeza do sujeito poético;
Natureza como reflexo do estado de alma (Natureza bela mas irrelevante, devido ao sofrimento e às saudades da
mulher amada).

5. Em relação aos aspetos temáticos, ”A fermosura desta fresca serra” representa a Natureza como reflexo do estado de
alma (idealização da natureza), enquanto “Alegres campos, verdes arvoredos” – representação idealizada da Natureza,
Natureza como reflexo do estado de alma (tercetos) e Natureza personificada como interlocutora do sujeito poético.

6. No poema “A fermosura...” apresenta uma rima abba / abba / cde / dec. Enquanto o poema “Alegres campos...” tem o
esquema rimático: abba / abba / cde / cde.

Página 233 do manual

1.
a. do Pedro.

b. dos alunos.

c. de Escher.

d. do desenho.

e. dos alunos.

2. c.

3.
a. Todos – sujeito; elogiaram a alegria da Maria em receber os amigos – predicado; a alegria da Maria em receber os amigos –
complemento direto; da Maria – complemento do nome; em receber os amigos – complemento do nome (os amigos – complemento
direto de receber).

b. Os convidados – sujeito; abraçaram a Maria calorosamente – predicado; a Maria – complemento direto; calorosamente –
modificador do grupo verbal.
c. A Maria– sujeito; foi abraçada pelos convidados calorosamente– predicado; pelos convidados – complemento agente da passiva;
calorosamente – modificador do grupo verbal.

d.O abraço à Maria– sujeito; à Maria – complemento do nome; foi caloroso – predicado; caloroso – predicativo do sujeito.

Página 235 do manual


3.
3.1. O mote apresenta o tema do amor (paixão amorosa desencadeada no sujeito poético pela beleza da pastora).
4.
4.1. Pastores:“causa de mil males” (v. 19); “alguns [...] seu mal vão mostrando” (vv. 25-26).Natureza vales – “não se
ouvem nos vales / senão seus louvores.” (vv. 20-21); flores – “morrem de enveja” (v. 35); “água” – “faz [...] parar a corrente”
(vv. 41-42). Sujeito poético: “perco-me por ela” (vv. 3, 10, 17, 31, 38, 45); “sei morrer por ela” (v. 24).

4.2.
Esses recursos expressivos são: a hipérbole e a personificação.

4.3.O assunto apresentado nas voltas é o fascínio provocado pela pastora da serra nos pastores, na Natureza, no amor e
no próprio sujeito poético.

5.
5.1. a. – 1 / b. – 4/ c. – 5/ d. –3./ e. – 7./ f. – 6./ g. – 2

Gramática
1.
1.1. a.Complemento direto

b. Modificador restritivo do nome

c. Complemento do nome

d. Predicativo do complemento direto

e. Modificador apositivo do nome

f. Modificador restritivo do nome

1.2.

e.Os olhos da pastora fascinam toda a gente – oração subordinante; que são belos – oração subordinada adjetiva
relativa explicativa.

f. Todas as pastoras são belas – oração subordinante; que conheço – oração subordinada adjetiva relativa restritiva

Página 238 do manual


3.
3.1. “cá” – “na terra” ; “de cá” ; valor simbólico: vida. “lá” – “no Céu”, “no assento etéreo”, “onde subiste”; valor
simbólico: morte.

3.2. A antítese marca a oposição entre a Terra (vida) e o Céu (morte). Já o eufemismo atenua a morte
(precoce).

3.3.O sujeito poético interpela a sua amada, já falecida, pedindo-lhe que não se esqueça dele e que rogue a Deus que o
leve rapidamente para junto dela.

4.
4.1. a. morte; b.A Divina Comédia; c. Terra; d. Lua; e. hipótese.

4.2.O aspeto formal é o soneto e os aspetos temáticos são a morte e o Paraíso


Página 239 do manual

3.

3.1. Os sintomas revelam sentimentos contraditórios, originados pela contemplação da mulher amada.

3.1.1. Antítese:“ardor” / “frio”, “choro” / “rio” (v. 3), “mundo todo” / “nada” (v. 4), “abarco” / “aperto” (v. 4), “fogo” / “rio”
(v. 6), “espero” / “desconfio” (v. 7), “desvario” / “acerto” (v. 8), “terra” / “Céu” (v. 9), “nũ’hora” / “mil anos” (v. 10).Anáfora e
estrutura paralelística(vv. 7-8).Hipérbole: “da alma um fogo me sai, da vista um rio” (v. 6), “nũ’ hora acho mil anos” (v. 10).

3.2. A causa dos sintomas foi o sujeito poético ter visto a mulher amada.

3.2.1. Destacar a diversidade de efeitos contraditórios face à única causa desses mesmos efeitos (vários efeitos / uma
única causa).

4. d.

5.O poema é um soneto composto por duas quadras e dois tercetos (análise estrófica). Tem versos decassilábicos (análise
métrica) e esquema rimático (abba / abba / cde / cde) – análise rimática.

Página 241 do manual

1.
Definição objetiva:
sentimento que predispõe a desejar o bem de alguém; sentimento de afeto ou extrema dedicação; apego; sentimento que
nos impele para o objeto dos nossos dese
-
jos; atração; paixão; afeto; inclinação; relação amorosa; objeto da afeição; adoração; veneração; devoção.
3.1.
Definições baseadas:
• numa relação de oposição semântica (apresentando-se duas características contraditórias);

numa estrutura idêntica em termos sintáticos – sujeito (simples ou nulo subentendido) + verbo
ser
+ predicativo do sujeito (geralmente constituído por determinante artigo indefinido, nome
ou infinitivo substantivado e modificador restritivo do nome);

em recursos expressivos idênticos – anáfora (
“é”
), metáfora (
“fogo”
,
“ferida”
,
“contentamento”
,
“dor”
...) e oxímoro (
“arde sem se ver”,
“dor que desatina sem doer”,
“contentamento descontente”
...).
3.2.
Mostrar a impossibilidade de definir satisfatoriamente o conceito de
amor
, tendo em conta o seu carácter contraditório.
4.1.
Estabelecimento de uma relação de oposição entre o carácter contraditório do amor e o facto de, mesmo assim, este
sentimento ser procurado pelos seres humanos.
4.2.
Sugestão da perplexidade do sujeito poético face ao facto de o amor ser procurado pelas pessoas apesar do seu carácter
contraditório.
4.3.
Personificação do amor.
49
5.
Primeira parte (vv. 1-11):
apresentação de definições subjetivas do conceito de
amor
.
Segunda parte (vv. 12-14):
constatação de que o amor é um sentimento contraditório mas que, ainda assim, é procurado pelas pessoas.

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