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E-BOOK

20
BRINCADEIRAS PARA
FAZER SEU FILHO
EXPERIMENTAR UM
NOVO ALIMENTO
DURANTE O
CONFINAMENTO
Olá mamães e papais!

Fico feliz que estejam lendo este e-book. Sei


que a situação não está fácil para ninguém. É
um momento no qual o medo e a incerteza
passaram a fazer parte da vida de todos nós.
E, juntamente com a frustação pelo
adiamento de planos ou mesmo o estresse
de uma nova rotina imposta com o
confinamento, as emoções ficam à flor da
pele. E isso pode impactar diretamente na
aceitação de alimentos dos nossos
pequenos. 

A crise é real. Já está instalada pela


pandemia. Porém, a certeza que temos é que
ela é passageira. Mas, cabe a cada um de nós
escolhermos como vamos passar por ela e o
quão melhores seremos após tudo voltar à
“normalidade”.

 Por isso, com o objetivo de ajudar que a


alimentação não seja mais um problema na
sua casa, escrevi este e-book com muito
carinho. Por meio dele, vocês vão conhecer
20 brincadeiras para fazer durante o
confinamento e que vão fazer com que seu
filho experimente um novo alimento ainda
nesse período.
Infelizmente, são muitas as famílias que
acompanho que possuem filhos com
dificuldades alimentares. Tenho muita
experiência, pois além dos mais de 10 mil
alunos, ainda tenho diversos pacientes com
alguma dificuldade em comer bem.

 E, em muitas dessas famílias, as crianças


possuem medo de alimentos novos, a famosa
fobia alimentar. Em outros, não comem o
suficiente, em variedade e quantidade, para se
manterem nutridos e saudáveis, ou recusam
todo um grupo alimentar, por exemplo. Entre
muitos outros problemas que acompanho todos
os dias.

 Os problemas alimentares e carências


nutricionais podem levar não só ao prejuízo do
crescimento e desenvolvimento em crianças e
adolescentes, como também, comprometer, em
todas as faixas etárias, o sistema de defesa do
organismo, além de predispor o surgimento de
algumas doenças crônicas como a hipertensão
arterial, o diabetes e a osteoporose.

A alimentação saudável, no entanto, é capaz de


favorecer o crescimento e desenvolvimento das
crianças, manter o organismo forte e saudável e
prevenir uma série de doenças.
E, motivada pelo fato de ouvirmos (e até
falarmos) muitas vezes a famosa frase “não pode
brincar com a comida”, decidi escrever este e-
book.

Será mesmo que não podemos brincar com os


alimentos?De fato, no momento da refeição, não
devemos brincar. Esse não é o momento! Essa é
a hora de comer. Hora de criar um ambiente
favorável e mostrar para os nossos filhos o
quanto comer é prazeroso.

Porém, em momentos distintos, fora da hora da


refeição, brincar com os alimentos pode ser a
única forma de aproximar uma criança a eles.

 Envolver as crianças no universo dos alimentos


é uma forma criativa e divertida de aumentar a
aceitação. Por meio do lúdico, a criança se sente
motivada a comer. E, as brincadeiras com os
alimentos podem ser muito importantes para
que a criança tenha contato com a comida.

Deixa-las cada vez mais próximas dos


ingredientes da comida que é oferecida
diariamente é interessante para conquistar, aos
poucos, o paladar dos pequenos, com opções
mais nutritivas.
E, que tal aproveitar o momento desse
“confinamento” para apresentar esse mundo
novo para o seu filho? O isolamento social que
estamos vivendo pode ser uma boa oportunidade
de criar raízes fortes que irão frutificar e permitir
que o seu pequeno coma bem, em quantidade e,
especialmente, variedade pelo resto da vida.
Onde quer que ele esteja. Com quem quer que
esteja.

É obvio que o objetivo final é que a criança possa


comer o que é oferecido. Mas, o “simples” fato de
se relacionar de alguma maneira com o alimento,
seja por tocar, interagir, “tolerar” na mão, lamber,
ou qualquer outra forma de contato, é muito
importante. Isso quebra uma barreira inicial e é
fundamental para que o consumo efetivo
aconteça, em algum momento.

Por isso, por meio desse e-book de brincadeiras


com os alimentos, quero te mostrar ideias lúdicas,
criativas e prazerosas para aproximar o seu filho
dos alimentos.

Ah, importante dizer que a ideia é que você


chame a atenção do seu filho para os alimentos,
mas sem a obrigação de comer. O consumo
acontece de forma espontânea, por meio do
interesse pela atividade. O enfoque deve ser no
lúdico, na brincadeira, e não no aspecto
nutricional.
Aqui não vai ser momento de dizer: Coma!
Experimenta! Esses apelos não vão funcionar e
podem, inclusive, aumentar a resistência.

Chame a atenção para a brincadeira. Para o


lúdico! É fundamental que o momento seja
divertido. Não pode haver a expectativa, da sua
parte de que seu filho coma. E, da parte do seu
filho, não deve haver a pressão para ele comer.
Se, ele quiser levar o alimento a boca tudo bem.
Mas se isso não acontecer, tudo bem também.
Lembre-se sempre que o objetivo não é esse, ok?
O objetivo é quebrar a barreira inicial e permitir o
contato.

Acredite! Isso vai ajudar muito...

Te convido a aproveitar este momento no qual o


seu filho está em casa para colocar essas
brincadeiras em prática e, consequentemente,
colaborar para que o seu pequeno possa se
relacionar melhor com os alimentos e consiga
comer de forma saudável e, principalmente, com
muito prazer nisso.
O QUE ESPERAR
DESSE E-BOOK?
Como disse, aproximar as crianças dos alimentos é
fundamental para que elas se sintam mais
familiarizadas e percam o receio ou o medo dos
mesmos. Fazer essa aproximação de forma lúdica é de
extrema relevância para as crianças.

As brincadeiras e jogos não são simples passatempos


ou distrações e diversões. Ao brincar, as crianças
desenvolvem e operam várias funções motoras e
cognitivas que serão fundamentais para toda a sua
vida. 

Ao aplicar as técnicas aprendidas aqui, tenho certeza


de que vocês verão mudanças na relação do seu filho
com o alimento.

Antes de mostrar algumas práticas, reforço que é


IMPRESCINDÍVEL que vocês saibam que nas técnicas
em que serão utilizados os alimentos em si, não se
deve forçar, induzir e nem mesmo incentivar a criança
a come-los naquele momento. Porque caso isso
ocorra, a criança não sentirá prazer em realizar
determinada brincadeira, pois vai se sentir pressionada
e receosa durante a mesma. É importante que seja um
momento lúdico e prazeroso para a criança. Do
contrário, não surtirão bons efeitos.
O QUE ESPERAR
DESSE E-BOOK?
Algumas brincadeiras que serão apresentadas devem
ser aplicadas com crianças que já conseguem se
expressar verbalmente, enquanto outras podem ser
realizadas com criança de todas as idades.

 Inclusive, será uma boa estratégia para estimular o


desenvolvimento da linguagem e cognição. Podem ser
feitas adaptações de acordo com a idade e grau de
desenvolvimento de cada criança. As tornando mais
curtas ou mais longas, mais simples ou mais
complexas, por exemplo. 

As 20 brincadeiras a seguir são formas lúdicas de


aproximar seu filho dos alimentos, melhorando a
relação dele com os mesmos e aumentando as
chances de aceitação. 

Aproveite o momento! Façam elas aí na sua casa. E não


se esqueçam de me contar como foi. Grave um vídeo
ou tire uma foto. E marque o #bebebomdegarfo nas
suas redes sociais que ficarei muito feliz de ver como
funcionou aí na sua casa.
BRINCADEIRAS
1 – COMO LAVAR AS MÃOS

Nesse tempo de Coronavírus, muito temos visto da


importância de lavar as mãos. E, devemos aproveitar a
oportunidade para ensinar essa prática para os nossos
filhos.

Assim, antes de qualquer atividade proposta aqui, lave


as mãozinhas dos seu filho. Vale lavar as mãozinhas
enquanto canta uma musiquinha (por pelo menos 30
segundos enquanto esfrega, sendo que o processo
inteiro deve durar de 50 a 60 segundos) ou enquanto
conta uma história. O mais importante é mostrar como
deve ser feito e incentivar que ele faça a atividade pelo
tempo necessário para a limpeza adequada.
E quero aproveitar a oportunidade de ensinar, de forma
bem divertida, como devemos lavar as mãos. Para isso,
você vai fazer com o seu pequeno, a atividade de
lavagem das mãos.

Você vai precisar de:


        Tira de tecido para tampar os olhos (vendas)
       Um recipiente de sabonete líquido vazio
      Tinta guache líquida. Sugiro de cores mais fortes,
como azul e vermelha. Ah, muito importante que seja
uma tinta que saia com água.
Como executar:

1.     Coloque a tinta dentro do recipiente de sabonete e


trate ele como se fosse sabonete líquido.
2.     Você vai vendar os olhos do seu filho e dizer que ele
precisa lavar as mãozinhas com os olhos fechados.
3.     Peça que ele estique as mãozinhas e espere você
colocar o “sabonete” na mão dele (que na verdade, será
tinta guache)
4.     Coloque uma quantidade considerável na mão dele,
tipo bastante, para que ele consiga espalhar
tranquilamente.
5.     E fale com ele para lavar a mãozinha. Fale: “filho,
esfrega bastante o “sabonete”. Em seguida “agora vamos
enxaguar” (abra a torneira para ele enxaguar e não fazer
tanta bagunça assim)
6.     Quando ele disser que acabou, tire a venda dos
olhos do seu pequeno.

Com certeza vai ficar manchado a mãozinha dele com a


tinta. Explique para ele que ali não foi lavado do jeito
certo e que, por isso, ainda ficou sujo. Explique que isso
significa que ali tem bactérias ainda. Por isso a
importância da correta lavagem das mãos e mostre em
seguida como uma mãozinha deve ser lavada.Ah, se seu
pequeno é novinho, vai ser difícil venda-lo. Mas você
ainda sim pode fazer essa atividade e ir mostrando para
ele onde deve ser bem esfregado para que os
“bichinhos” (microrganismos), não more na mãozinha
dele.
2.     DESAFIO DO TATO

Essa brincadeira tem o objetivo de as crianças que são mais


resistentes a experimentar novos alimentos. Para isso, você vai
precisar colocar em seu filho uma venda, que pode ser uma
camisa ou qualquer pedaço de pano.

Depois ofereça para ele alimentos para que ele consiga


descobrir por meio do tato. 

Você pode fazer com alimentos mais óbvios (como uma


banana), até com os menos óbvios (como algum tipo de farinha),
de acordo com a idade e desenvolvimento da criança. E claro,
pode variar e mesclar o grau de dificuldade entre os alimentos.

Tenho certeza de que as crianças vão adorar! Se elas desejarem


experimentar o alimento, ótimo, pode deixar. Mas lembre-se de
não as forçar ou induzi-las a isso.

Ah, e se seu filho for muito resistente, você nem precisa


começar com os alimentos. Faça a brincadeira do tato com
objetos (e não com comida). Aí, ele vai ter que adivinhar que é o
carrinho, a bola, a boneca etc.

Depois, quando ele se sentir confortável, proponha a mesma


brincadeira com os alimentos.

E, quando ele já gostar da brincadeira, se sentir seguro e


confortável, você pode propor a brincadeira do paladar.
3.     DESAFIO DO PALADAR 

Se seu filho não for muito resistente a experimentar novos


alimentos, ou caso já tenham feito a brincadeira anterior e ele
esteja confortável, você pode fazer o Desfio do Paladar.

O princípio é o mesmo. Você vai precisar vendar ele com um


pano, fita ou camisa. E ofereça um pedacinho de alimento para
que ele experimente e diga o que acha que é.  Ele também
pode cheirar e lamber antes de experimentar.

Sugiro que inicie com alimentos que ele já aceita bem. Isso vai
deixa-lo mais seguro para continuar brincando. Depois você
pode oferecer alimentos que ele não come com tanta
frequência. 

No caso de oferecer alimentos novos, você pode adaptar a


brincadeira. Ao invés de adivinhar o que é, ele vai ter que
descrever a característica do alimento. Por exemplo, dê a ele
uma cenoura e ele vai ter que dizer que é duro, doce, cumprido
etc...

Ah, e é muito importante avisar previamente para a criança


como será a brincadeira, e perguntar se ela topa. Assim não
corre o risco de ela ficar brava por você ter colocado algo na
boca dela, sem ela desejar. Lembrando que em hipótese
alguma queremos forçar algo. O objetivo é incentivar a criança
por meio do lúdico, das brincadeiras.
4.     JOGO DOS DAS DIFERENÇAS

Sabe o jogo dos 7 erros? Vamos fazer mais ou menos isso


aqui... Só que com o alimento.... E, ao invés de acharmos 7
erros, vamos achar quantas diferenças existirem.
Essa brincadeira é uma boa estratégia para usar com a
criança que gosta de um industrializado e que a família
quer substituir por uma versão mais natural, saudável.A
ideia é comparar os dois produtos e tentarem, de forma
bem divertida, ir identificando a diferença que há entre o
que foi comprado e o que foi preparado.
Por exemplo, se seu filho gosta de nugetts, a ideia é fazer
um nuggets caseiro e oferecer os dois. Você nem precisa
falar qual é qual. Mas, se seu filho disser, tá tudo bem!
Mas vocês vão comer juntos e tentar dizer qual a diferença
entre eles.

Por exemplo: esse é mais crocante. Esse é mais salgado.


Esse é mais molhadinho. Esse é mais cheiroso etc. Listem
quantas diferenças conseguirem. E, quanto mais sentidos
usarem (diferenças táteis, olfativas, de paladar, de
audição, de visão), melhor. E, se no final das contas ele
chegar a conclusão que não gosta da opção “saudável”,
tudo bem. O importante aqui é que ele experimente e
desperte a percepção para todos os sentidos durante a
alimentação. E valorize o fato dele ter experimentado,
ainda que não goste tanto do que foi preparado.

O mesmo pode ser usado para gelatina industrializada x


caseira, biscoito de polvilho industrializado x caseiro,
batata frita industrializada x caseira, Danoninho
industrializado x caseiro e até refrigerante industrializado
x caseiro. Enfim, use a criatividade e incentive que seu
filho experimente versões mais saudáveis de qualquer
outro alimento industrializado que ele goste.
Ah, e se conseguir preparar junto do seu filho a receita,
melhor ainda!
5.     DESAFIO DOS CHEIROS
DESCOBRINDO ERVAS AROMÁTICAS

Mais uma brincadeira em que a criança tenta


descobrir o que é, as cegas. Mas dessa vez, ela
terá que adivinhar através do olfato. Selecione 3
a 4 ervas aromáticas, de preferência as mais
usuais e comuns na sua região. Apresente as
ervas para seu filho, e peça para que ele as
cheire bem. 

Explique que para sentir melhor os odores é


preciso inspirar várias vezes em pequenos
intervalos. Depois, as coloque em potinhos, e
vende seu filho. Deixe que ele descubra qual é a
erva através do seu cheiro. 

Com essa brincadeira, além de a criança


conhecer as ervas aromáticas, ajuda a valorizar
o olfato e a compreender a relação e
importância desse sentido nas escolhas
alimentares.

Você pode ainda, complementar o exercício,


conversando com seu filho sobre quais
preparações ou alimentos combinam com
determinadas ervas.
6.     CONTAR HISTÓRIA

Quem é mãe/pai sabe que com o nascimento e crescimento dos


filhos, nos tornamos pessoas mais criativas. Passamos a inventar
historinhas, personagens, músicas, e tudo mais que surgir na
mente, não é mesmo? Rsrsrs. 

Então que tal contar historinhas que sejam relacionadas aos


alimentos? Pode ser com o alimento sendo o protagonista, como
algo sobre uma família de bananinhas, por exemplo. Pode ter
até uma encenação, conseguem imaginar a curiosidade dos
pequenos com essa história?

Também pode ser de forma que os alimentos não sejam os


principais da história, mas que façam parte dela. Você pode
inventar a história da casa da vovó que tinha uma linda macieira,
onde as crianças brincavam; pode falar da princesa ou príncipe
que tem uma plantação linda e colorida de frutas e legumes no
castelo; pode falar de dois amiguinhos que resolveram fazer um
piquenique no parque bem bacana da cidade, e que de lanche,
levaram frutinhas e sanduíches naturais para se manterem
fortes e cheios de energia durante as brincadeiras. 

Além disso, como toda criança adora uma boa história, contar a
origem dos ingredientes pode ser uma boa forma de aproximá-
la da cozinha.

 Um excelente exemplo disso é a lenda de que manga com leite


faz mal. Enquanto você explica para o seu filho a origem desse
mito, você pode aproveitar para apresentar os dois ingredientes,
sempre de forma lúdica. E, no final, preparar uma vitamina de
manga com leite ou um picolé de manga com leite.E incentivar:
“Filho, ainda bem que isso não faz mal de verdade, né? Porque tá
é bom”. Rsrsrs!
7.     MÃO NA MASSA
Você pode preparar uma massa, de fato, que será consumida,
como pizza, bolo etc. Ou, podem preparar uma massinha. Isso
mesmo! Uma massinha caseira. Além de todos os estímulos
táteis, você ainda vai poder trabalhar a cor do alimento que
seu filho rejeita, sem criar nele a pressão de que ele deve
comer. E assim, diminuir a resistência com o alimento da cor
não consumida.

Por exemplo, se seu filho não come o verde, prepare junto com
ele uma massinha verde! Acredite, isso vai ser uma boa
estratégia para quebrar a resistência.

Para isso, você vai precisar de:


      2 copos de farinha de trigo
    1/2 copo de sal
      1 copo de água
·       1 colher de chá de óleo
      Corante alimentício (sugiro que use as cores que seu
filho mais rejeita dos alimentos)

Como fazer:
1. Em uma tigela grande, misture bem todos os ingredientes
secos.
2. Em seguida, adicione a água aos poucos e amasse bem.
3. Adicione o óleo e misture bem novamente.
4. Por fim, pingue algumas gotas do corante alimentício e
amasse até a cor da massinha se tornar homogênea.
5. Guarde em um saco plástico ou um vidro bem tampado.

Você vai ver a animação dele em fazer a sua massinha. E,


depois disso, chamar ele para a cozinha para fazer outros tipos
de massa (aquelas que serão de fato consumidas) vai ficar
ainda mais fácil.
8.  CRIAR E CANTAR MUSIQUINHAS

Com crianças em casa, é difícil que todos da família não


fiquem com músicas infantis na cabeça. Rsrs. As crianças
adoram! Uma boa ideia então, é criar musiquinhas com os
alimentos. Você pode fazer músicas que falem das
características dos alimentos. Façam 5 versos, podendo ser
cada um dedicado a um dos cinco sentidos. Por exemplo:

Cantiga da maçã
A maçã é vermelha e redonda,
dura e crocante...,
...

Isso além de despertar o interesse e curiosidade sobre


determinado alimento, ajuda as crianças a desenvolverem
e aprenderem sobre os diferentes sentidos do corpo
humano.
Se conseguir criar ou estabelecer uma musiquinha para a
refeição ou para um alimento específico, vai ser
maravilhoso. Pois sempre que estiver chegando a hora de
comer aquele alimento ou aquela refeição, seu filho já vai
saber que tá chegando a hora e essa previsibilidade vai
ajudar demais na aceitação.

Sabe o   “comer, comer, comer, comer é o melhor para


poder crescer”?
Experimente cantar isso antes de cada refeição, enquanto
colocam a mesa ou lavam a mão. Isso já vai deixar a
refeição mais leve.
9.     JOGO DA MEMÓRIA

Existem jogos de memória de alimentos já prontos para


comprar, mas é simples fazer o seu próprio. E você ainda
pode incluir seu filho na elaboração das peças do jogo. 

Pode ser feito com figuras de alimentos recortadas de um


folheto de supermercado, pregado em uma cartolina. Ou
pode pegar imagens dos alimentos que quiser na internet, e
imprimir. Na internet inclusive, tem cartelas prontas com
imagens de alimentos, que podem ser impressas e depois
recortadas.

Se você quiser, pode fazer diferentes jogos, separando entre


grupos de alimentos, como um de frutas, um de legumes e
verduras e um com outros alimentos, como cereais, carnes e
laticínios.
 
Ah, uma boa dica para que o jogo da memória dure mais
tempo, é levar em uma papelaria ou gráfica para plastificar
as folhas. Mas, como nesse momento sair de casa não é uma
boa opção, você pode passar um papel contact, se tiver em
casa, ou só uma fita adesiva mais grossa mesmo.  Assim não
vai manchar ou rasgar, e poderão brincar por muito tempo.
10.  JOGO DA VELHA COM ALIMENTOS

O velho “Jogo da velha” pode ser um forte aliado para


ajudar seu filho a tocar nos alimentos. Que tal, ao invés de
“X” ou “•”, vocês brincarem de jogo da velha com bananas e
laranjas? Basta fazer o jogo da velha no chão com uma fita
crepe ou durex colorido e ir colocando as frutas ou os
legumes até descobrir o vencedor.

Vai ser uma grande diversão!

11.  PRATOS LÚDICOS


Já viu aqueles pratinhos em que os alimentos são
colocados de forma que remetem a algum personagem
ou lugar? Desperta muito a atenção das crianças, e elas
adoram. Pode ser um desenho de palhaço, um
bonequinho, fundo do mar, etc. 

É claro que dá um trabalho a mais no momento de


oferecer a refeição, mas não precisa ser sempre dessa
forma, claro. Além disso, não há necessidade de ser
muito elaborado. Qualquer modificação, como uma
cenoura ou beterraba cozidas cortadas em forma de
estrela ou coração, ou um cabelinho feito com alface, e
olhinhos com grãos de feijão no rosto de arroz, por
exemplo, já contam, e desperta muito o interesse. 

Pode até rolar uma competição de pratos lúdicos. Isso


mesmo! Dê ao seu filho alguns alimentos e deixe que ele
crie o pratinho dele. Que sabe uma uva passas possa
virar um olhinho e um ovo de codorna um narizinho?
12.  CRIAR BONEQUINHOS E
PERSONAGENS COM OS ALIMENTOS

Sabe aquelas tintas ou canetinhas comestíveis? Você pode


usá-las para desenhar em frutas. Garanto que seu filho vai
se interessar. 

E aí aproveite para fazer propaganda da fruta e falar das


suas características, como se é docinha, suculenta, macia,
crocante, etc. 

Quando as aulas voltarem, colocar na merendeira dele uma


banana na qual você fez uma carinha feliz ou desenhou um
coração vai, sem dúvida, despertar nele um sentimento bom
e um interesse pela fruta.

13.  JOGO DO DESCOBRIMENTO

Sabe aquele jogo “cara a cara” em que o objetivo é descobrir


que personagem o outro é?

Você pode usar essa ideia com seu filho para tentarem
adivinhar qual alimento o outro está descrevendo.
Embaralhe imagens de alguns alimentos (pode ser recortado
de um folheto de supermercado), fechem os olhos para
selecionar um, e guardem os outros, de forma que vocês não
vejam quais foram retirados.

Vocês devem falar, um de cada vez, alguma característica do


alimento que foi selecionado, como a cor que possui, se é
macio, crocante, duro, se possui sementes ou não, se é doce,
azedo, etc., até que um de vocês descubra qual é o alimento.
Tenho certeza de que será um momento de pura diversão e
seu filho ainda vai aprender muito sobre os alimentos.
14.  CARIMBO COM OS ALIMENTOS

Ah, esse costuma ser sucesso com a criançada e é uma


ótima forma de fazer seu filho tocar no alimento. Sem a
pressão para consumir! 
Batata, maçã, cenoura , beterraba, quiabo, limão, entre
muitos outros alimentos, podem ser usados para fazer essa
brincadeira.

Isso mesmo! O alimento vai virar um divertido carimbo.

E existem várias formas de usá-las como carimbo:


        Você pode fazer os desenhos no próprio alimento,
com auxílio de um estilete;
        Ou pode usar moldes em formatos de coração ou
estrela, por exemplo, e cortar os alimentos nesse
formato;
        Pode ainda pintar a própria fruta/legume e
carimbar direto no papel. 

Faça aí e garanto que vai ser diversão!


15.  COLORIR O PRATO DOS
SUPER-HERÓIS OU DAS PRINCESAS

Ah, que tal usar o personagem favorito do seu filho para


incentivar o consumo de alimentos?
Para fazer essa brincadeira, que vai durar dias e gerar
bons frutos, você vai precisar de:

        Uma folha com o personagem desenhado ou


impresso
        Lápis de cor

Como fazer:
Você vai dizer para o seu filho o quanto o super-herói ou a
princesa está sem vida, sem cor. E aí, vai instiga-lo a dizer
o que precisa para ser forte e derrotar o inimigo ou se
tornar a princesa corajosa. E deixe ele dizer o que acha.
Pode ser que surjam coisas como “alegria” “abraço” etc.
Tudo bem! Se ele disser “amor”, por exemplo, você vai
dizer para ele colorir um coração no boneco. E, sempre
que possível, vai direcionar para a comida. Quando ele
disser qual alimento o personagem tem que comer, diga
para ele colorir um pouco. E aí, cada dia vocês vão
“alimentando” o personagem até que ele esteja bem
bonito, colorido e cheio de energia para cumprir a missão
ao qual está “destinado”.
16.  PLANTAR UM ALIMENTO

Ótima maneira de mostrar para o seu filho de onde vem os


alimentos. E ainda ensinar a ter paciência, a esperar, a
cultivar. Nesses tempos, valores tão importantes!
Se você tiver espaço de plantar diferentes coisas ou de plantar
frutas ou legumes que seu filho possa consumir, perfeito!
Mas, ainda que seu espeço seja pequeno, plante em vasinhos
ervas aromáticas ou temperos.
Depois, vocês podem usar esses alimentos para preparar
refeições ou até um delicioso suco ou chá. Te garanto que só
do seu pequeno ter tido a experiencia de plantar e cultivar, o
interesse vai ser bem diferente.
E, pra que ele consiga entender de forma bem rápida como
uma semente floresce, que tal fazer a velha experiência de
plantar um feijão no algodão?Quem é da minha geração,
certamente já fez isso quando criança. Rsrsrs!

Você só vai precisar de:


       Um copo descartável
        Um chumaço de algodão
       1 grão de feijão
        Água
Para fazer a experiência:

1.     Coloque seu feijão sobre o algodão e deixe o copo


em um local iluminado

2.     Não deixe o algodão secar. Vá colocando água


sempre e aos pouquinhos.

3.     Em mais ou menos 3 dias a raiz começará a


aparecer e, uns dias depois, o feijão vai começar a
nascer.

4.     Não deixe o algodão secar. Continue molhando


aos poucos.

5.     Quando o feijão tiver mais ou menos 20cm,


chegou a hora de passar ele para a terra.

6.     Caso tenha espaço, cave um buraco e plante ele no


chão.

7.     Mas, caso more em um apartamento, basta passar


ele para um vasinho.

8.     Quem sabe, depois que isso tudo passar, visitar a


vovó e colocar o feijão lá na casa dela?

9.     Depois de alguns meses, vocês terão um lindo pé


de feijão. Quem sabe vocês até não entram na história
do João e o Pé de Feijão? Rsrsrs...
17.  “JOGO AMERICANO” DO QUE
VAI TER NO PRATINHO.

A ideia aqui é dar uma folha em branco para o seu filho e


desenhar um pratinho. Nesse pratinho, ele vai montar o
cardápio dele. Dê as opções (limitadas e saudáveis, claro)
para que ele desenhe o que vai ter.
Estimule para que tenha 5 cores. E lembre-se de
respeitar o que ele desenhar.

Mas, você pode dar a opção: “Filho, tá faltando um


verdinho aí nesse pratinho. Você vai querer o brócolis ou
o alface hoje? E, ainda que ele não queira nenhum dos
dois, você pode negociar pelo menos uma salsinha. E
deixa-lo tranquilo. Filho, se você não comer, tá tudo
bem! Pelo menos o seu prato já vai ficar bem mais
bonito...

E depois, coloque o pratinho dele em cima desse papel.


A ideia é que ele sirva de jogo americano. Depois, isso
pode virar um lindo arquivo de como era a alimentação
do seu filho e de como ela ficou melhor. Sem contar na
recordação dos desenhinhos dele.
18.  INVENTAR UMA RECEITA COM
OS ALIMENTOS DA DESPENSA
Que tal usarmos a criatividade e criarmos uma receita com o
que está na despensa?  Em tempos de confinamento, evitar
sair de casa é uma das regras. Por isso, ficar indo ao mercado
comprar novos ingredientes não é uma boa ideia.
Mas você já pensou em preparar uma receita com o que tem
aí na sua despensa? 
Um bolo diferente, uma farofinha, um bolinho assado de
legumes que você nunca pensou em fazer antes…

Aproveite o tempo “livre” e leve o seu pequeno para a cozinha,


explorem a despensa e criem uma receita juntos. 
Além de fazer uma comidinha gostosa sem sair de casa, você
fará educação nutricional com seu filho e criando memórias
afetivas juntos.
Vai ser uma diversão e garanto que seu pequeno vai muito
mais motivado para a refeição.

19.  O QUE É O QUE É DOS ALIMENTOS

Ah, essa é bem fácil. Não requer nenhum material e só a


imaginação.Que tal instigar a imaginação do seu pequeno
com coisas do tipo: “o que é o que é? É verde, redondo e a
gente faz careta quando come?”
Vai ser ótimo se ele responder o limão. E, caso não
responda, vai dando dicas até que descubram juntos.Se
depois de adivinhar vocês puderem verificar com o alimento,
melhor ainda.
Pegue um limão e mostre: olha só, amor! Ele é verde,
redondo e olha a cara da mamãe quando ela chupa.
Rsrsrs!Se ele topar chupar também, perfeito!
20.  “ROUBA BANDEIRA” COM OS
ALIMENTOS

Em tempos de confinamento, nada melhor que gastar um


“bucado” de energia com o seu pequeno.
E, com essa brincadeira antiga, a diversão vai ser garantida e
ainda vai queimar uma energiazinha.

A ideia é dividirem dois “campos” e combinar que cada um


vai ter que roubar o alimento que tem no campo do outro e
levar para o seu.

O simples fato do seu filho correr de um lado para o outro


segurando um alimento já vai aproximá-lo muito do mesmo.
E vocês ainda vão se divertir.
FINALIZAÇÃO
E aí pessoal, gostaram das brincadeiras? Tenho
certeza de que será sucesso aí na sua casa. 
Ah, e mesmo que tenha gostado de todas, não faça
tudo de uma vez, tá bom? Assim não fica cansativo
para você e nem para seu filho.

As brincadeiras podem sofrer adaptações, de


acordo com o que vocês acharem necessário. Caso
não tenha algum material proposto aqui também,
adapte! Estamos vivendo um momento no qual a
criatividade e o poder de adaptação são
habilidades muito importantes.

E saiba que esses exercícios lúdicos contribuem


fortemente para o desenvolvimento cognitivo das
crianças, estimulam a criatividade, melhoram a
relação dos pequenos com os alimentos e vocês
ainda curtem bons momentos juntos, que tenho
certeza de que ficarão guardados para sempre na
memória e coração de vocês. É disso que seu filho
vai lembrar depois que tudo isso passar. E é claro
que além dessas estratégias que apresentei,
possuem muitas outras maneiras de melhorar a
aceitação dos alimentos na sua casa. Seria uma
honra as apresentar e ajudá-las ainda mais a
melhorar a alimentação dos seus pequenos.
FINALIZAÇÃO
Para que você possa conhecer todas, me
acompanhe nas redes sociais e aguarde por meus
e-mails.

Vou preparar conteúdos ótimos para melhorar a


aceitação alimentar do seu pequeno. 
E busque sempre melhorar a alimentação da sua
família e contribua e contribua para que o seu filho
tenha uma boa relação com os alimentos.

Não tenha dúvidas de que os benefícios serão


prolongados por toda a vida!

 Vamos juntos mudar essa geração em crianças que


comem bem, de forma saudável e com muito
prazer nisso!

 Com carinho,
Milene Henriques

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