Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA CIVIL

AVALIAÇÕES DE EDA

EDMILTON JOSÉ DE SOUZA JUNIOR (201611299)


JEFFERSON PAIVA DE FREITAS (201610452)
LORENA ALVES VICENTE (201610456)
VITOR MONTEIRO (201610770)

ILHÉUS – BA
2018
EDMILTON JOSÉ DE SOUZA JUNIOR (201611299)
JEFFERSON PAIVA DE FREITAS (201610452)
LORENA ALVES VICENTE (201610456)
VITOR MONTEIRO (201610770)

4ª AVALIAÇÃO

Atividade apresentada como parte dos


critérios de avaliação da disciplina CET174 -
EQUAÇÕES DIFERENCIAS APLICADAS
(T08).

Professor: Claudio Soriano Souza Brandão

ILHÉUS – BA
2018
EQUAÇÕES LINEARES – PROBLEMAS DE CONTORNO
A descrição matemática de um sistema físico requer a resolução de uma equação
diferencial sujeita a condições de contorno.

Condições de contorno são condições especificadas sobre a função desconhecida ou


sobre uma de suas derivadas ou sobre uma combinação linear da função desconhecida e uma
de suas derivadas em dois ou mais pontos diferentes.

DEFLEXÃO DE UMA VIGA

Vigas são elementos delgados que suportam carregamentos aplicados


perpendicularmente a seu eixo longitudinal. São barras longas e retas com área de seção
transversal constante e classificadas conforme são apoiadas. Uma viga simplesmente apoiada
é sustentada por um apoio fixo em uma extremidade e um apoio móvel na outra. Uma viga em
balanço é engastada (presa) em uma extremidade e livre na outra. Uma viga apoiada com
extremidade em balanço ocorre quando uma ou ambas extremidades ultrapassam livremente
os apoios.

Diversas estruturas são construídas tendo como um dos pontos de sustentação, as


vigas. Estas defletem ou distorcem sob seu próprio peso ou em decorrência de alguma força
externa. Essa deflexão, dada por y(x), é demonstrada por uma equação diferencial de quarta
ordem relativamente simples.

Na ausência de qualquer carga sobre uma viga, a curva que liga os centroides de todas
as suas seções transversais é uma reta chamada de eixo de simetria. Quando uma carga é
aplicada, a viga sofre uma distorção e a curva que liga os centroides de todas as seções
transversais será chamada de curva de deflexão ou curva elástica.

Supondo que o eixo x coincida com o eixo de simetria da viga e que a deflexão y(x)
seja positiva se dirigida para baixo. Segundo a teoria da elasticidade, o momento fletor M(x)
em um ponto x ao longo da viga está relacionado com a carga por unidade de comprimento
w(x), como mostra a eq. (1).

∂2 M
=w(x) (1)
∂ x2
O momento fletor também é proporcional à curvatura k da curva elástica, como mostra
a eq. (2), na qual E é módulo de elasticidade de Yang do material e I é o momento de inércia
de uma seção transversal da viga. O produto EI é chamado de rigidez defletora.

M ( x )=EIk (2)

y' '
k=
A curvatura é dada por 3
' 2 2
. Quando a deflexão for pequena, a inclinação y'
[1+ ( y ) ]
3
é aproximadamente zero e, portanto, [1+ ( y ' ) 2] 2 =1, logo k = y". A eq.(2) vai se tornar

M ( x )=EI y ' ' e sua derivada segunda será dada pela eq. (3).
(3)
2 2 4
∂ M ∂ y'' ∂ y
( ) (
∂x 2
=EI
∂x 2
=EI ) ( )
∂ x4

Substituindo a eq. (1) na eq. (3), teremos:

∂4 y
EI ( )
∂ x4
=w(x) (4)

As condições de contorno associadas a eq. (4) dependem de como as extremidades da


viga estão apoiadas. Para uma viga em balanço, a deflexão y(x) deve satisfazer às seguintes
condições na extremidade engastada x=0:

y (0) = 0 uma vez que não há deflexão

y'(0) = 0, uma vez que a inclinação da curva de deflexão é xero nesse ponto (a curva é
tangente ao eixo x).

Em x = L, as condições da extremidade livre são:

 y "(L) = 0, uma vez que o momento fletor é zero


 y ' ' ' (L) = 0Y"'(L)=0, uma vez que a força de cisalhamento é zero.

∂M ∂3 y
A função f ( x )=
∂X
=EI
∂ x3 ( )
é chamda de força de cisalhamento. Se uma

extremidade de um viga estiver simplesmente apoiada, teremos y = 0 e y" = 0.

DEFORMAÇÃO DE UMA COLUNA FINA


Considerando uma longa coluna vertical fina de seção transversal uniforme de
comprimento L. Seja y(x) a deflexão da coluna quando uma força compressiva vertical
constante ou carga P for aplicada em seu topo. Comparando os momentos fletores em
qualquer ponto ao longo da coluna, obtemos a eq. (5). (5)

∂2 y
EI ( )
∂ x2
=−Py

Para uma coluna fina e homogênea de comprimento L sujeita a uma carga axial
constante P, se a coluna for simplesmente apoiada em ambas as extremidades, a deflexão será
dada pela eq. (5) e o problema de contorno a ser resolvido será provar que y(0)=0, y(L)=0.
Nota-se que para y=0, significa que a carga P não é grande o suficiente e, portanto, não haverá
deflexão. A questão é: para quais valores de P haverá deflexão? Para isso usa-se autovalores e
realiza-se uma combinação linear, dessa forma sabe-se que a coluna irá deformar ou defletir
para os autovalores encontrados, que representam as forças P, que são chamadas de cargas
críticas. A curva de deflexão corresponde à menor carga crítica, chamada de carga de Euler e
é conhecida como primeiro modo de deformação

CONCLUSÃO

A seção 5.2 nos proporcionou o conhecimento acerca de deformações e deflexões de


vigas e colunas, também já vistos na matéria de Resistência dos Materiais, porém, além disso,
mostrou de forma clara como os problemas referentes a esses assuntos podem ser resolvidos
por meio de equações diferenciais.

Você também pode gostar