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https://mundoeducacao.uol.com.br/folclore/curupira.htm

O curupira é protagonista de uma lenda surgida entre os povos


indígenas, mas é impossível precisar quem a criou e quando surgiu.
O que sabemos é que essa história é uma das mais antigas do
folclore brasilero.

A definição mais conhecida e difundida faz menção a uma das


características físicas do curupira e diz que o nome da lenda
significa “corpo de menino”. Outros especialistas, porém, sugerem
que o significado pode ser “pele de sarna” ou “coberto de pústulas”.
Ele também é conhecido como “demônio da floresta”, porque
assobiava e usava falsos sinais aos caçadores que querían destruir-
lá.

O curupira, de acordo com o que muitos relataram é um dos seres


que mais causavam medo nos indígenas nos séculos passados. A
descrição física desse ser afirma que ele teria corpo de
menino, baixa estatura, cabelos vermelhos e os pés ao contrário,
isto é, com os calcanhares para frente. Além disso, esse também
teria grande força física.

Esse ser aterrorizava os indígenas porque seria um defensor da


floresta e, assim, voltava-se contra todos aqueles que entravam no
mato para caçar animais ou derrubar árvores. Os indígenas
acreditavam que o curupira poderia aterrorizar suas vítimas e, até
mesmo, matá-las, além de acreditarem que corpos de seres
humanos encontrados na floresta eram vítimas do curupira.

Os índios acreditavam que temiam tanto ao curupira que muitos,


quando iam entrar na floresta, prestavam oferendas para garantir o
favor desse ser. A lenda fala que o curupira gostava muito de
cachaça e fumo, mas existem relatos de que os indígenas
ofereciam flechas, penas de aves, entre outros objetos.

A presença do curupira poderia ser notada por meio de


um assovio constante e contínuo que atormentava aqueles que
entravam na floresta. O detalhe é que aqueles que ouviam o
assovio não conseguiam identificar de onde o som era emitido e
também não conseguiam encontrar quem o emitia.
Muitos acreditavam que o curupira poderia assumir a forma de um
animal para confundir o caçador e fazê-lo se perder no mato. O
caçador avistava o animal, mas não conseguia capturá-lo e, na
perseguição, acabava ficando perdido no meio da floresta. Todavia,
muitos falam que o curupira só fazia isso contra os caçadores que
caçavam por prazer. Aqueles que caçavam para atender suas
necessidades básicas não eram incomodados pelo curupira.

Quem encontrasse o Curupira na floresta deveria pegar uma corda


e dar um nó, escondendo muito bem a sua ponta. Isso deixa o
Curupira tão curioso sobre a ponta escondida, que ele se senta
para desfazer o nó e acaba esquecendo da pessoa, que se livra do
encanto e consegue encontrar o caminho pra casa.

De acordo com a lenda, aqueles que procuram propositadamente


encontrar o curupira nunca o encontrarão, porque seus pés ao
contrário dão a esse ser uma importante vantagem: suas
pegadas indicam uma direção, enquanto o curupira está, na
verdade, indo na direção contrária.

Ele não só protege os animais, quando uma tempestade está


chegando, o Curupira atravessa a floresta batendo nos troncos das
árvores para verificar se elas são fortes para suportar a tempestade.
Se ele percebe que uma árvore pode ser derrubada pelo vento, ele
adverte os animais para que eles não fiquem perto delas.

A lenda narra que o curupira não gosta de estar em locais


densamente povoados e, por isso, evita estar onde estão muitos
humanos. O ambiente natural do curupira é a floresta e, por isso,
os indígenas temiam tanto entrar nela.

Poucos sabem, mas existe uma data comemorativa associada ao


curupira. Essa data é comemorada no dia 17 de julho e é conhecida
como Dia da Proteção das Florestas ou Dia do Protetor das
Florestas. Como já vimos, o papel de protetor da floresta estava
associado ao curupira, e daí vem sua relação com essa data.

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