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JOÃO PESSOA, PB
2019
GUILHERME DE OLIVEIRA CUNHA
JOÃO PESSOA, PB
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
UFPB/CCSA/BS CDU:347.764(043.2)
The aim of this study is to evaluate the effectiveness of the inclusion of co-
participations to inhibit moral hazard in the health plans of an operator, more
specifically consultation frequencies and high and low Risk of Therapeutic
Diagnostic Support Service of (SADT 1 and SADT 2). The data used for this work
come from a small operator, which has plans with and without moderator factor. The
methodology used consists in comparing the frequencies of the planes, smoothing
the effect of age composition through direct standardization by age group. The
results founded indicate the existence of moral risk to the beneficiaries in the without
co-participation plan, in consultations and in SADT's. Moreover, they demonstrate
that the adoption of the moderating factor can be an efficient inhibitor for overuse,
since the frequency of consultation use, SADT 1 and 2 presented values, 53%, 80%
and 171% lower in the co-participative plans, respectively.
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................11
3. METODOLOGOGIA .................................................................................28
4. RESULTADOS .........................................................................................33
5. CONCLUSÃO...........................................................................................38
REFERÊNCIAS.....................................................................................................39
11
1. INTRODUÇÃO
cujos custos esperados são maiores que a mensalidade (MAIA, 2004; SANTOS;
2016). O risco moral, por sua vez, corresponde a uma assimetria ex post,
ocorrendo após a contratação do plano, caracterizado pelo aumento da utilização
dos serviços, dado que o beneficiário está protegido e que o custo marginal 1 de
utilização é próximo ou igual à zero (MAIA, 2004; FIPECAFI, 2009; SANTOS, 2016).
Ou seja, considerando que a mensalidade do plano ocorre de forma pré-
estabelecida, e que não há participação do beneficiário no risco, a sobreutilização
do plano não gera incremento de custos ao beneficiário, o que tende a gerar
incentivo a utilizações desnecessárias.
Para conter esses efeitos gerados pelas assimetrias de informação as
operadoras de planos de saúde utilizam alguns métodos, tais como inclusão de
franquias e coparticipações, para conter o risco moral, e exigências de carência
para conter as seleções adversas. (JUNIOR, 2011).
Ante o exposto, busca-se neste trabalho avaliar a eficácia da inclusão de
coparticipações para inibir esse fator, bem como, analisar as frequências de
consultas e SADT’s em uma operadora de planos de saúde e verificar a eficácia da
aplicação das coparticipações para conter o risco moral. Para essa avaliação foi
considerado o histórico de utilizações de consultas, exames e terapias de uma
operadora de planos de saúde de pequeno porte (menos de 10.000 beneficiários).
As pautas relacionadas à sustentabilidade do setor de saúde afetam grande
parte da população, uma vez que cerca de 24% dos brasileiros possuem plano
privado de assistência à saúde, segundos dados da ANS. Além disso, uma
pesquisa recente do IBOPE apontou o plano de saúde como o terceiro maior desejo
dos brasileiros, ficando atrás apenas de educação e casa própria, tornando estudos
nesse âmbito cada vez mais relevantes.
Este trabalho é divido em cinco capítulos, incluindo esta introdução. No
próximo capítulo será apresentada a revisão da literatura, em que são abordadas
as referências teóricas acerca do processo de precificação de planos e risco moral,
bem como o histórico da regulamentação da saúde suplementar no Brasil. No
capítulo três será descrita a metodologia considerada na pesquisa, e no capitulo
2. REFERENCIAL TEÒRICO
2
Regulação é um conjunto de medidas e ações do Governo que envolve a criação de normas, o controle e a
fiscalização de segmentos de mercado explorados por empresas para assegurar o interesse público (ANS, 2001)
15
60,00
30,00
22,0 22,5
20,3 21,2
18,5 19,6
20,00 16,7
13,3 14,5
11,1
9,2
10,00 6,2 7,3
4,3 5,3
2,6 3,1 3,7
,00
mar/17
dez/01
dez/02
dez/05
dez/08
dez/09
dez/11
dez/12
dez/15
dez/00
dez/03
dez/04
dez/06
dez/07
dez/10
dez/13
dez/14
dez/16
2.400
mar/17
dez/00
dez/01
dez/02
dez/03
dez/04
dez/05
dez/06
dez/07
dez/08
dez/09
dez/10
dez/11
dez/13
dez/14
dez/15
dez/16
Até dez/99
dez/12
3
Estipulante corresponde à pessoa física ou jurídica que contrata seguro a favor do segurado.
18
Médico-Hospitalar
Individual ou Coletivo Coletivo por
Competência
Familiar Empresarial adesão
jun/18 9.137.300 31.550.145 6.438.736
jun/17 9.287.694 31.383.013 6.465.282
jun/16 9.530.846 31.830.667 6.624.241
jun/15 9.848.291 33.103.813 6.810.794
jun/14 9.899.481 33.004.461 6.708.321
jun/13 9.738.507 31.747.105 6.533.423
jun/12 9.607.003 30.112.879 6.589.499
jun/11 9.529.887 28.293.314 6.730.348
Odontológico
Individual ou Coletivo Coletivo por
Competência
Familiar Empresarial adesão
jun/18 4.011.624 17.229.161 2.134.563
jun/17 3.873.754 16.175.288 1.860.077
jun/16 3.587.980 15.396.676 1.806.027
jun/15 3.619.486 15.067.815 1.827.574
jun/14 3.601.635 14.335.704 1.673.894
jun/13 3.166.394 13.337.166 1.866.725
jun/12 3.104.632 12.330.951 2.089.429
jun/11 2.742.544 10.747.262 2.118.019
Fonte: TABNET/ANS.
Médico-Hospitalar Odontológico
Coletivo por Coletivo por
adesão Individual ou Individual ou
adesão
14% Familiar Familiar
9%
19% 17%
Coletivo Coletivo
Empresarial Empresarial
67% 74%
Fonte: TABNET/ANS.
20
4
Contraprestação é o montante pago pelo contratante de plano de saúde a uma operadora para
garantir a prestação continuada dos serviços contratados. Também conhecida como prêmio ou mensalidade
(IESS, s.d).
22
5
O custo marginal corresponde ao acréscimo no custo total devido à produção/utilização de mais
uma unidade.
24
6 Consulta Pública é um mecanismo de transparência que pode ser utilizado pela Administração
Pública para obter informações, opiniões e críticas da sociedade a respeito de determinado tema.
25
3. METODOLOGOGIA
Campo Descrição
3.2 Métodos
I) Análise descritiva
𝐶𝑖
𝐹𝑈 𝐶𝑖 = ⁄𝐵
𝑖
∑𝑛𝑖=1 𝐶𝑖
∴ 𝐹𝑈 𝐶 = ⁄∑𝑛 𝐵 (1)
𝑖=1 𝑖
30
Em que:
etárias).
𝑖: Faixa etária.
𝑆𝐴𝐷𝑇1𝑖
𝐹𝑈 𝑖𝑆𝐴𝐷𝑇1 = ⁄𝐵
𝑖
∑𝑛𝑖=1 𝑆𝐴𝐷𝑇1𝑖
∴ 𝐹𝑈 𝑆𝐴𝐷𝑇1 = ⁄∑𝑛 𝐵 (2)
𝑖=1 𝑖
Em que:
etárias).
𝑖: Faixa etária.
𝑆𝐴𝐷𝑇2𝑖
𝐹𝑈 𝑖𝑆𝐴𝐷𝑇2 = ⁄𝐵
𝑖
31
Em que:
etárias).
𝑖: Faixa etária.
formulação:
𝑄𝐷⁄
𝐸𝑥𝑝 = 365 (4)
Em que:
4. RESULTADOS
Não
Coparticipativos
30%
Coparticipativos
70%
Feminino Masculino
25%
24%
21%
11% 12%
10%
9% 9%
8%
7% 6%
8% 9% 8% 4%
7% 7% 6% 6% 5%
0 a 18 19 a 23 24 a 28 29 a 33 34 a 38 39 a 43 44 a 48 49 a 53 54 a 58 59 ou
anos anos anos anos anos anos anos anos anos mais
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº. 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para
a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes e dá outras providências..
CUTLER, D. M. . &. M. E. The medical costs of the young and old: a forty year
perspective. Frontiers in the economics of aging, p. 215-246, 1998.
IBOPE. 75% dos beneficiários estão satisfeitos com seus planos de saúde, 2019.
Disponivel em: < http://www.ibopeinteligencia.com/noticias-e-pesquisas/75-dos-
beneficiarios-estao-satisfeitos-com-seus-planos-de-saude/>
KEEHAN, S. (2004). Age Estimates in the National Health Accounts. Heath Care
Financing Review, vol 1(nº 1).
RICHARDSON, J., & ROBERTSON, L. (1999). Ageing and the cost of health
services. West Heidelberg, Australia: Centre for Health Program Evaluation
(Working paper, n. 90).
41
TURRA, C. M., NORONHA, K., & ANDRADE, M. V. (2015). Relatório final contendo
a estimativa do Pacto Intergeracional e seu efeito na capacidade de financiamento
das OPS. Belo Horizonte: IPEAD/CEDEPLAR/UFMG.