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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC

GABRIELA PERES MENDES

PROJETO PREVENTIVO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO:


Memorial descritivo e de cálculo

Joaçaba
2017
SUMÁRIO

1 CLASSIFICAÇÃO DA OCUPAÇÃO..................................................................2
2 CLASSIFICAÇÃO DO RISCO............................................................................3
3 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS ADOTADOS...................................................3
3.1 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES..................................................3
3.2 GÁS COMBUSTÍVEL CENTRALIZADO............................................................4
3.2.1 Potência nominal dos parelhos de queima...........................................................5
3.2.2 Dimensionamento da capacidade da central de gás............................................5
3.2.3 Dimensionamento da central de gás GLP............................................................6
3.2.4 Dimensionamento da rede de distribuição...........................................................6
3.2.5 Considerações de instalação do sistema de gás centralizado.............................7
3.3 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA................................................................................11
3.4 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA....................................................................13
3.4.1 Sinalização para abandono de local...................................................................14
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................15
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Ao Corpo de Bombeiros Militar de Herval D’Oeste - Santa Catarina

Setor de Atividades Técnicas

Encaminha-se a V. Sª, para que seja submetido à apreciação do projeto contra incêndio
e regularização da edificação abaixo, conforme as normas em vigência do Corpo de
Bombeiros deste Estado.
Obra: Projeto de uma edificação residencial multifamiliar e comercial em alvenaria.
Endereço: Rua Brandina Pacheco dos Santos Prado, Lote 11283, Bairro Vila Remor -
Joaçaba – SC.
Área: 419,10 m²
Proprietário: Gislaine Luvizão
Projetos: Projeto Preventivo Contra Incêndio e Pânico
Responsável: Gabriela Peres Mendes – CREA/SC – 111111-1

1 CLASSIFICAÇÃO DA OCUPAÇÃO

De acordo com a classificação de ocupação dos imóveis prevista na IN 001 (CBMSC,


2015), o imóvel foi enquadrado na classificação mista, sendo assim, para efeito de definição
dos sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico, aplicam-se as exigências da
ocupação de maior risco de incêndio para toda a edificação, ou seja, privativa multifamiliar.
Com esta classificação e com a área e altura da edificação, foi constatado que os seguintes
sistemas preventivos são necessários:

 Proteção por Extintores;


 Saídas de Emergência;
 Instalações de gás combustível;
 Iluminação de Emergência e Sinalização para Abandono do Local nas áreas de
circulação, nas saídas de emergência e nos elevadores.

O Sistema Preventivo Contra Incêndio da edificação contempla os seguintes itens:

 Sistema preventivo por extintores;


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 escada comum;
 saídas de emergência;
 luminária de emergência;
 sinalização de abandono de local e indicativa;
 gás combustível centralizado;
 ventilação Permanente.

2 CLASSIFICAÇÃO DO RISCO

Conforme a IN 003 (CBMSC, 2014), a edificação se classifica em risco leve (I) por
ser uma edificação privativa multifamiliar, o que foi comprovado através do cálculo da carga
de fogo.
Conforme os cálculos demonstrados na Tabela da Carga de Fogo, a edificação ficou
classificada como sendo de risco leve, uma vez que apresenta carga de fogo média estimada
em 22,34 Kg/m², sendo inferior a 60 Kg/m².

3 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS ADOTADOS

Neste memorial pretende-se esclarecer e justificar as medidas adotadas quanto aos


sistemas de proteção contra incêndios especificados no projeto, assim como, apresentar as
particularidades de instalação de cada sistema.

3.1 SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES

 Foram projetados e dimensionados de acordo com a classe de incêndio e o


caminhamento máximo para atingir os extintores será de 30 m.
 cada pavimento dispõe de no mínimo 02 extintores, mesmo que apenas um deles
atenda a distância máxima a ser percorrida. Atendida a distância máxima a ser
percorrida, permite-se a existência de apenas um extintor com uma unidade extintora,
nos imóveis com risco de incêndio tipo leve nos mezaninos com área de até 50 m², nos
pavimentos com área de até 50 m², nas edificações com área de até 50 m² e em blocos
isolados com área de até 50 m².
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Todos os extintores empregados no sistema deverão atender o seguinte:


Quanto à localização:

 instalados na circulação e em área comum;


 a probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso ser a menor possível;
 ter boa visibilidade e acesso desimpedido.

É proibido o depósito de materiais abaixo ou acima dos extintores e a colocação de


extintor de incêndio nas escadas, rampas, antecâmaras e em seus patamares.
Quanto à sinalização:

 Para a sinalização de parede, deve ser prevista sobre o extintor uma seta vermelha com
bordas em amarelo, contendo a inscrição “EXTINTOR”;
 para a sinalização de piso, como na garagem, deverá ser previsto sob o extintor um
quadrado com 100 cm de lado na cor vermelha, com as bordas pintadas na cor amarela
com 10 cm;
 os extintores portáteis deverão ser fixados de maneira que sua alça de transporte esteja
no máximo a 1,60 m do piso acabado.

Os extintores empregados na edificação são no total 06 (seis) de PQS 4 kg (pó


químico seco), 02 (dois) de H2O 10 L (água pressurizada) e 01 (um) de CO2 4 kg (gás
carbônico) distribuídos da seguinte maneira:

 Pavimento térreo e Central de Gás: 04 (quatro) PQS 4 kg.


 Primeiro pavimento: 01 (um) PQS 4 kg e 01 (um) H2O 10 L.
 Segundo pavimento: 01 (um) PQS 4 kg e 01 (um) H2O 10 L.
 Reservatório e casa de máquinas: 01 (um) CO2 4 kg.

3.2 GÁS COMBUSTÍVEL CENTRALIZADO

De acordo com a IN 008 (CBMSC, 2014) é exigido gás centralizado, sempre que
houver o funcionamento de aparelho técnico de queima. No PPCI encontra-se a representação
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deste sistema, onde se podem observar as características adotadas para as canalizações,


central de gás e detalhes referentes à instalação.

3.2.1 Potência nominal dos parelhos de queima

No pavimento térreo, onde existe a cozinha de um restaurante, está localizado 1 (um)


fogão semi-industrial com 6 queimadores, enquanto que os apartamentos possuem 1 (um)
fogão de 6 bocas sem forno cada. De acordo com IN 008 (CBMSC, 2014), a potência nominal
dos aparelhos de queima utilizados na edificação segue conforme exposto na Tabela 1.

Tabela 1 - Potência nominal dos aparelhos de queima


Capacidade nominal Capacidade nominal acumulada
Aparelhos de utilização Unidades
(kcal/min) (Kcal/min)
Fogão 6 bocas - sem forno 4 134 536
Fogão semi-industrial – 6
1 270 270
queimadores

Deste modo, a potência total dos aparelhos de queima utilizados é igual a 806
Kcal/min.

3.2.2 Dimensionamento da capacidade da central de gás

Sequência do cálculo

Converte o consumo para Kcal/h


Pc = Consumo Total x 60 / 11200 = 402 x 60 / 11200 = 4,32 Kcal/h
Pc = 4,32 kg/h
Encontrar o fator de simultaneidade - Anexo B
Arredondando Pc = 4 → 95 %

Fator de Simultaneidade

Pa (Kg/h) = Pc (Kg/h) x F (%)/100


Pa = 4,32 x 95/100
Pa = 4,10 Kg/h

Tipo de recipiente de GLP: P-45


Taxa de vaporização (kg/h): 1,0
6

Número de unidades necessárias

Pa/Taxa de vaporização = 4,10/1,0 = 4,10 kg/h


Arredondado para 4 (quatro) botijões.

Aplicar fator de redução de 25% → 4 x (1-0,25) = 3


Adotados 3 (três) botijões ativos.

CAPACIDADE: Adotados 6 (seis) botijões de P-45 kg recarregáveis, estando 3


(três) ativos e 3 (três) reservas.

3.2.3 Dimensionamento da central de gás GLP

A Central de gás de GLP deve obedecer a um afastamento mínimo da edificação,


levando-se em consideração a quantidade de gás, de acordo com a Tabela 3 da IN 008
(CBMSC, 2014), conforme demonstrado na Tabela 2.

Tabela 2 - Afastamento entre a Central de gás e a edificação


Capacidade total da central Recipiente em Central de Recipiente em Recipiente Aterrado
de gás GLP (m) superfície (m) ou Enterrado (m)
Até 1000 kg 0 1,5 3,0
Fonte: Adaptado de IN 008 (CBMSC, 2014).

Os afastamentos de segurança entre os recipientes de GLP deverão ser e acordo com a


Tabela 4 da IN 008 (CBMSC, 2014), conforme demonstrado na Tabela 3.

Tabela 3 - Afastamento entre recipientes


Capacidade individual do recipiente Afastamento mínimo entre recipientes
Até 1000 kg 0,1 m
Fonte: Adaptado de IN 008 (CBMSC, 2014).

3.2.4 Dimensionamento da rede de distribuição

Na Tabela 4 encontra-se o dimensionamento para rede de distribuição de gás da


edificação, desenvolvido em conformidade com Anexos E e F da IN 008 (CBMSC, 2014),
considerando como rede primária da Central de Gás (ponto A) até os medidores (ponto B,
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C/D e E/F) e redes secundárias do ponto B, C/D e E/F até os demais pontos (B1, C1, D1, E1 e
F1). Ver canalizações no projeto.

Tabela 4 - Dimensionamento da rede de distribuição de gás


Potência Potência
Rede Trecho Comprimento Diâmetro
Calculada Adotada
PRIMÁRIA A–B 11,59 806 743 1”
PRIMÁRIA A* – C/D 9,51 536 506 ¾”
PRIMÁRIA A1 – E/F 3,15 268 268 ¾”
SECUNDÁRIA B – B1 12,81 270 270 ¾”
SECUNDÁRIA C – C1 3,50 134 134 ½”
SECUNDÁRIA D – D1 9,22 134 134 ½”
SECUNDÁRIA E – E1 9,74 134 134 ½”
SECUNDÁRIA F – F1 10,05 134 134 ½”
A* refere-se ao ponto de bifurcação da tubulação primária de GLP.

3.2.5 Considerações de instalação do sistema de gás centralizado

A seguir estão expostas as características do sistema de gás centralizado e suas


principais considerações de instalação, atendendo as especificações da IN 008 (CBMSC,
2014).
Segundo a IN 008 (CBMSC, 2014) As instalações de Gás Liquefeito de Petróleo –
GLP são constituídas por:

 Uma área delimitada e protegida, denominada “Central de Gás”, localizada fora da


projeção da edificação que contem recipientes trocáveis ou recipientes abastecidos no
local;
 uma rede de distribuição (rede primária e rede secundária) formada por canalizações,
dispositivos e acessórios que conduzem o gás até o ponto de consumo;
 reguladores e medidores de gás;
 adequação de ambiente (ventilação permanente) onde os aparelhos a gás são
instalados;
 exaustão dos produtos da combustão.

O abastecimento das instalações de GLP pode ser por recipientes trocáveis (recipientes
abastecido por massa em base de engarrafamento e transportado cheio para troca) ou por
recipientes abastecidos no local (recipientes abastecidos por volume no próprio local da
instalação), a partir de veículo abastecedor específico com sistema próprio de transferência de
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GLP. Os gases serão conduzidos até os pontos de utilização através de um sistema de


tubulações (rede de alimentação, rede de distribuição primária e rede de distribuição
secundária) (IN 008 CBMSC, 2014).
As instalações da Central de Gás devem permitir o reabastecimento dos recipientes,
sem a interrupção da alimentação do gás aos aparelhos de utilização. Quando o imóvel possuir
apenas um consumidor de GLP, com até 90 kg, deixa de ser obrigatória a exigência do
recipiente reserva (IN 008 CBMSC, 2014).

3.2.4.1 Central de Gás

A IN 008 (CBMSC, 2014) cita que a edificação que utilizar GLP com capacidade total
superior a 90 kg, poderá ter os recipientes instalados em cabine, denominada “Central de
GLP”, seguindo as especificações:

 Teto de concreto com espessura mínima de 10 cm, com declividade para escoamento
de água;
 as paredes deverão possuir tempo de resistência ao fogo mínima de 2 horas, e quando
forem utilizados blocos vazados (cerâmico ou de concreto) em sua construção, estes
deverão ser preenchidos com argamassa ou graute;
 as portas deverão: ser de eixo vertical pivotante ou de correr, com as dimensões
mínimas de 0,90 x 1,70m, não excedendo a largura compatível com o recipiente a ser
instalado; dispor, em toda a porta, de ventilação, podendo ser em venezianas, com a
distancia de 8mm entre as placas, ou tipo grade, com espaçamento máximo de 10 cm,
entre as barras, guarnecida por tela metálica com malha de 2 a 5 mm.
 a cada 5 m de comprimento da Central de GLP, serão exigidos, no mínimo, 2 portas,
instaladas preferencialmente em pontos diferentes;
 as portas das Centrais de GLP não poderão ficar no mesmo alinhamento (uma defronte
a outra); nas paredes laterais e frontais, a cada metro linear deve haver aberturas para
ventilação: preferencialmente cruzadas, ao nível do piso e do teto, nas dimensões
mínimas de 15 cm x 10 cm, devidamente protegidas por tela metálica, com malhas de
2 a 5 mm, não diminuindo a área efetiva mínima de ventilação; não podem ser
colocadas as aberturas de ventilação que, em relação ao piso externo e outros
ambientes, comprometerem a segurança da edificação, quer por acumulo de gás ou por
pontos de ignição.
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 o piso terá no mínimo 5 cm de espessura e será em concreto;


 a Central terá altura mínima de 1,8 m, medida na parte mais baixa do teto;
 possuir largura para manobras de manutenção com espaço livre mínimo de 90 cm
(para recipientes trocáveis) e de 50 cm (para recipientes abastecidos no local);
 central de GLP com recipientes transportáveis trocáveis, devera dispor de estrado de
madeira tipo grade;
 na Central de GLP devera ser afixada a inscrição “CUIDADO CENTRAL DE GÁS”,
de forma legível (letras na cor preta sobre fundo amarelo).

Os recipientes são ligados à canalização coletora (rede de alimentação) através dos


mangotes ou dos pig-tail. Na interligação do pig-tail com a rede de alimentação haverá uma
válvula de retenção (tredolet). Quando o abastecimento das instalações de GLP for através de
recipientes trocáveis (recipientes abastecido por massa em base de engarrafamento e
transportado cheio para troca), a rede de alimentação devera dispor de uma válvula de
bloqueio para cada bateria de cilindros. As Centrais de GLP que utilizarem recipientes
transportáveis trocáveis, deverão ser constituídas de 2 baterias, sendo uma ativa e outra
reserva. A quantidade máxima de armazenagem de GLP no interior de uma Central será de
5000 kg. A capacidade individual máxima do recipiente no interior de uma Central de GLP,
devera ser de 2000 kg (IN 008 CBMSC, 2014).
A IN 008 (CBMSC, 2014) determina que a Central de GLP devera possuir conjunto
para controle e manobra, instalado em Abrigo. O Abrigo para o conjunto de controle e
manobra deve atender as seguintes características:

 Dimensões mínimas de 30 x 60 x 20 cm, devendo ser instalado a uma altura mínima


de 1,00 m do piso externo e sobreposto na própria parede da Central de Gás;
 dispor de aberturas para ventilação na parte inferior do abrigo e/ou nas laterais;
 o fechamento poderá ser: em vidro temperado com espessura máxima de 2 mm, com
os seguintes dizeres: “EM CASO DE INCENDIO, QUEBRE O VIDRO E FECHE O
REGISTRO”, em letras nas cores amarelas e nas dimensões: traço com 0,5 cm e
moldura com 2 x 3 cm; ou em vidro comum, desde que atenda aos requisitos: atender
as características e especificações anteriores; não possuir massa de vedação; ser fixado
somente em quatro pontos; acrescentar a seguinte inscrição: “CUIDADO VIDRO
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ESTILHAÇANTE”, em letras nas cores amarelas e nas dimensões: traço de 0,2 cm e


moldura 1 x 2 cm, sendo que o espaço vertical devera ser maior entre textos.
 o fechamento poderá ser estanque ou através de chaves.

Ainda de acordo com a IN 008 (CBMSC, 2014), dentro do brigo para o conjunto de
controle e manobra deverão ser instalados, de acordo com o fluxo de gás, os seguintes
dispositivos:

 Válvula reguladora de pressão de 1° estágio;


 manômetro para controle da pressão na rede primaria de gás com graduação que
permita uma leitura com precisão, que devera ser regulada ate 1,5 kg/cm2;
 registro de paragem (fecho rápido);
 tê plugado, com redução para 1/2”, para teste de estanqueidade da canalização.

Admite-se a instalação da válvula reguladora de pressão de 1° estágio junto ao corpo


do recipiente, ficando facultativo a sua instalação dentro do abrigo para conjunto de controle
de manobra (IN 008 CBMSC, 2014).
Conforme IN 008 (CBMSC, 2014) a central de GLP não pode ser instalada em fossos
de iluminação e ventilação, garagens, subsolo e porões, cota negativa, teto, laje de cobertura e
terraço e locais de difícil acesso.
Segundo a IN 008 (CBMSC, 2014), a proteção por extintores deverá ser feita de
acordo com a quantidade mínima prevista na Tabela 5:

Tabela 5 - Quantidade mínima de extintores

Unidades Carga mínima de agente


Quantidade de GLP Capacidade extintora
extintoras extintor

Até 270 kg 1 10-B : 1-C 4 kg


<270 até 1000kg 2 10-B : 1-C 4 kg
<1000 até 3000kg 3 10-B : 1-C 4 kg

Fonte: IN 008 (CBMSC, 2014).


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3.2.4.2 Ventilação Permanente

De acordo com a IN 008 (CBMSC, 2014), o local de instalação de aparelhos à gás


deve possuir aberturas superior e inferior para ventilação permanente, na proporção mínima
de 1,5 vezes a potência nominal total dos aparelhos a gás, em quilocalorias por minuto
(kcal/min), constituído por duas aberturas com área total útil de no mínimo 600 cm2, sendo:

 Uma abertura superior, situada a altura não inferior a 1,5 m em relação ao piso do
compartimento, devendo-se adotar uma área mínima de ventilação de 400 cm2;
 uma abertura inferior, situada até o máximo de 80 cm de altura em relação ao piso do
compartimento, com área mínima de 33% da área total útil.

Quando a área total da abertura para ventilação permanente for superior a 600 cm 2, a
área da abertura inferior deve manter a proporção especificada no inciso II (IN 008 CBMSC,
2014).
As ventilações permanentes das cozinhas, tanto dos apartamentos quanto do
restaurante, ficaram dimensionadas da seguinte forma:

 Abertura superior: 20 x 20 cm = 400 cm²;


 abertura inferior: 20 x 10 cm = 200 cm².

3.3 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

As Saídas de Emergência são dimensionadas em função da população da edificação


e/ou área de risco, devendo ser determinada em função da natureza da ocupação da
edificação. A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que
por elas deva transitar, observando os seguintes critérios:

 Os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à população;


 as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior
população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos
demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída.
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Todas as saídas da edificação deverão ser sinalizadas dando orientação e clareza para
as pessoas que nela se encontrem, devem ser desobstruídas e permitir o fácil escoamento de
todos os ocupantes.
Os pisos das escadas e acessos de saídas deverão ser antiderrapantes e incombustíveis,
sendo estas construídas em concreto armado.
Os guarda-corpos deverão ter, no mínimo, 1,10 m de altura e ser instalados em ambos
os lados da escada/rampa obrigatoriamente, incluindo-se os patamares. Estes devem possuir
corrimãos situados entre 80 e 92 cm acima do nível da superfície do piso.
A IN 009 (CBMSC, 2014) fixa a unidade de passagem em 55 cm. A largura das saídas
de emergência, isto é, dos acessos, escadas, rampas e portas, é dada pela seguinte fórmula:

P
N=
Ca

Onde:
N = número de unidades de passagem (se fracionário, arredondar para mais);
P = população;
Ca = capacidade da unidade de passagem (anexo C).

Conforme o Anexo C da IN 008, para o cálculo da população da parte residencial


privativa multifamiliar deve-se considerar 2 pessoas para cada dormitório e capacidade
(número de pessoas por unidade de passagem) para portas de 100, para as escadas e rampas de
45 e para corredores e circulação de 60. Já para o restaurante, classificado como reunião de
público sem concentração, deve-se considerar 1 pessoa para cada metro quadrado de área
bruta e capacidade (número de pessoas por unidade de passagem) para portas de 100, para as
escadas e rampas de 75 e para corredores e circulação de 100.

 RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR

Cálculo da população = 8 * 2 = 16 = 16 pessoas

Para as portas:
16
N= =0,16 → 01 passagem∗0,55=0,55 m
100
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Arredondando: passagens com largura de 1,20 m.

Para as escadas e rampas:


16
N= =0,356 →01 passagem∗0,55=0,55 m
45
Arredondando: escada com largura livre de 1,20 m.

Para corredores e circulação:


16
N= =0,267→ 01 passagem∗0,55=0,55 m
60
Arredondando: 1 escada com largura livre de 1,20 m.

 REUNIÃO DE PÚBLICO SEM CONCENTRAÇÃO

Cálculo da população = 1 * 59,43 m² = 59,44 = 60 pessoas

Para as portas:
60
N= =0,60 → 01 passagem∗0,55=0,55m
100
Arredondando: passagens com largura livre de 1,20 m.

A largura mínima da circulação (acessos, corredores, rotas de saídas horizontais, hall)


será dimensionada em função dos pavimentos que servirem devendo possuir, no mínimo, 1,2
m nas edificações em geral.

3.4 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Segundo as especificações da IN 011 (CBMSC, 2017), o Sistema de Iluminação de


Emergência (SIE) deve ter autonomia mínima de 2 horas para edificações com altura superior
a 100 m, edificações hospitalares com internação ou com restrição de mobilidade, ou para
edificações de reunião de público com concentração. Para os demais imóveis, o SIE deve ter
autonomia mínima de 1 hora.
Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento de 3 lux em locais planos
(corredores, halls, áreas de refúgio, salas, etc.) e de 5 lux em locais com desnível (escadas,
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rampas ou passagens com obstáculos) ou locais de reunião de público com concentração (IN
011; CBMSC, 2017).
A distância máxima entre 2 pontos de iluminação de ambiente deve ser equivalente a 4
vezes a altura da instalação destes em relação ao nível do piso e a altura máxima de instalação
dos pontos de iluminação de emergência é imediatamente acima das aberturas do ambiente
(portas, janelas ou elementos vazados). Admite-se a instalação dos pontos de iluminação de
emergência junto ao teto das escadas: pressurizadas, enclausuradas ou à prova de fumaça (IN
011; CBMSC, 2017).
Nas rotas de fuga horizontais e verticais do imóvel (circulação, corredores, hall,
escadas, rampas, etc.), a iluminação convencional destes ambientes deve ter acionamento
automático (por exemplo com o uso de sensor de presença). O acionamento das luminárias de
emergência deve ser automático em caso de falha no fornecimento da energia elétrica
convencional (IN 011; CBMSC, 2017).
Os tipos de fontes de energia para o SIE são: conjunto de blocos autônomos, sistema
centralizado com baterias recarregáveis ou sistema centralizado com grupo moto-gerador.
Deve ser previsto circuito elétrico para o SIE, com disjuntor devidamente identificado,
independentemente do tipo de fonte de energia utilizado. O SIE alimentado por conjunto de
blocos autônomos deve possuir uma tomada exclusiva para cada bloco autônomo (IN 011;
CBMSC, 2017).
Para o projeto foram escolhidos blocos autônomos de lâmpadas fluorescentes 24 V,
com tensão de 30 Vcc e autonomia de 1h, totalizando 09 (nove) luminárias de emergência.
Serão distribuídas da seguinte maneira:

 Pavimento Térreo: 04 (quatro) luminárias;


 Patamar da escada e Primeiro Pavimento: 02 (duas) luminárias;
 Patamar da escada e Segundo Pavimento: 02 (duas) luminárias.
 Reservatório e casa de máquinas: 01 (uma) luminária.

3.4.1 Sinalização para abandono de local

De acordo com a IN 013 (CBMSC, 2017), a sinalização para abandono de local (SAL)
deve alertar para todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas, escadas, rampas, etc, de tal
forma que em cada ponto de SAL seja possível visualizar o ponto seguinte.
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Para esta edificação foram adotadas placas luminosas de emergência que devem:

 Conter a mensagem "SAÍDA", na cor vermelha ou verde, podendo ser acompanhada


de simbologia;
 possuir seta direcional junto à mensagem “SAÍDA” na mudança de direção;
 possuir fundo branco leitoso e ser de acrílico ou material similar e
 possuir fonte de energia.

A IN 013 (CBMSC, 2017) afirma que a SAL deve ter autonomia mínima de 1 hora,
exceto em edificações com altura superior a 100 m, edificações hospitalares com internação
ou com restrição de mobilidade ou reunião de público com concentração, onde a autonomia
deve ser de 2 horas. A altura máxima de instalação da SAL é imediatamente acima das
aberturas do ambiente.
As dimensões mínimas e distâncias entre os pontos de SAL foram adotadas conforme
a IN 013 (CBMSC, 2017), sendo o tamanho da placa de 25x16 cm, a moldura das letras de
4x9 cm, o traço das letras de 1 cm e a distância entre os dois pontos de sinalização não
superior a 15 m.
No projeto totalizaram-se 09 (nove) placas de sinalização que serão distribuídas da
seguinte maneira:
 Pavimento Térreo: 05 (cinco) placas;
 Patamar da escada e Primeiro Pavimento: 02 (duas) placas;
 Patamar da escada e Segundo Pavimento: 02 (duas) placas.

Em todos os pavimentos foram colocadas placas de referência de pavimento,


identificando ao usuário a sua respectiva localização.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na certeza de termos atendido integralmente as Normas vigentes do Corpo de


Bombeiros, colocamo-nos a disposição de Vossa Senhoria.

Joaçaba, 05 de outubro de 2017.

________________________________________
GABRIELA PERES MENDES
CREA/SC 111111-1

________________________________________
GISLAINE LUVIZÃO
Proprietária

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