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A importância do estudo dos oceanos, para os geólogos, reside no fato que desde
sua formação, essas massas de água influenciaram no modelamento da superfície da
terra, na atmosfera através de suas interações (troca de elementos), no ciclo hidrológico,
entre outros.
Os dados estatísticos referentes aos oceanos indicam um volume de 1,37 bilhões
de km3 e uma superfície de 361 milhões de km 2, representando um pouco menos de
98,8% da hidrosfera total, sendo o restante constituído por gelo (1,2%), água dos lagos e
rios (0,002%) e atmosfera (0,0008%). Calcula-se a profundidade média dos oceanos em
3790 metros, bem maior que a altitude média da terra em relação ao nível do mar, que é
de 840 metros. O ponto de profundidade máxima encontra-se na Fossa das Marianas,
com cerca de 11 mil metros abaixo da superfície do Pacífico (se o Everest fosse colocado
nessa fossa seu pico ficaria a cerca de 2 km da superfície oceânica).
Toda a água dos oceanos encerra grande variedade de sais e minerais em
solução, contendo de uma certa forma, todos os elementos constituintes dos minerais da
crosta da terra.
A atmosfera e o oceano estão interligados, pois o vento, em combinação com o
calor solar e rotação da terra, impulsiona as grandes correntes oceânicas, deslocando
imensos volumes de água em gigantescos movimentos giratórios no sentido horário no
hemisfério norte e anti-horário do hemisfério sul.
2 - Agentes Marinhos
c) correntes marinhas: são originadas pelos ventos e por diferenças de densidade das
águas, as quais, por sua vez, dependem da salinidade, temperaturas e etc... Elas
misturam as águas de várias densidades e diferentes temperaturas, distribuindo o
plâncton marinho e, transportando e sedimentando o material detritico
3 - Regiões Marinhas
b) Região Nerítica: estende-se desde a região litorânea até uma profundidade de 200m
de lâmina d’água. Nesta região localiza-se a plataforma continental que corresponde a
segmentos submersos das margens continentais que mergulham suavemente desde o
nível base de ação das ondas (profundidades da ordem de 10 a 20 metros) até a
chamada “borda da plataforma” (profundidade da ordem de 150 a 200 metros).
4 - Erosão Marinha
O material que chega aos mares pelos rios, mais aquele proveniente da ação
erosiva das ondas e correntes na costa é transportado para as diferentes regiões
marinhas, juntamente com restos de organismos, segundo os agentes marinhos que
predominam. São característicos os depósitos provenientes de origem detrítica (areias,
cascalhos e etc), orgânica (corais, acumulo de conchas, entre outros) e química (calcário,
nódulos de ferro e manganês, sal-gema, fosfato de cálcio e etc.)
ESTUÁRIOS
Estuário é um corpo da água litorâneo semifechado com livre acesso para o mar,
onde as águas marinhas se misturam com a água doce proveniente do continente em
pontos de desembocaduras de rios e baías costeiras, podendo ser considerado zona de
transição entre a água doce e a salgada, mas com características próprias.
A salinidade nos estuários apresenta uma grande variação durante o ano, por isso
as espécies que o habitam possuem uma grande tolerância a tais variações. Geralmente,
nos estuários, as condições de alimento são muito favoráveis, levando a um grande
número de organismos.
A comunidade que habita os estuários compõe-se de várias espécies que só se
desenvolvem nessas regiões, além de espécies que vêm do oceano e algumas poucas
que passam do oceano para os rios e vice-versa.. Várias espécies que pertencem ao
nécton oceânico utilizam os estuários como hábitat em suas primeiras fases de
crescimento, devido ao abrigo e ao alimento abundante disponível. Assim sendo, as
regiões comerciais de pesca dependem da conservação e proteção dos estuários.
RIOS
TIPOS DE RIOS
EROSÃO FLUVIAL
Nas vertentes mais íngremes, a velocidade das águas é grande, formando sulcos e
arrastando os resíduos resultantes. Parte das rochas é removida por dissolução. A
velocidade das águas em determinados pontos é suficiente para arrancar fragmentos de
rochas do fundo e, como conseqüência, aprofundar o leito. Os fragmentos das rochas
arrancados são transportados pelas correntes, sofrem desgaste e atuam desgastando o
leito do rio.
A erosão fluvial se processa por:
corrasão ou abrasão: é o trabalho mecânico elaborado pelo intemperismo e fricção do
silte, areia, cascalho e matacão levados pela corrente, sobre as rochas. Como resultado
há o desgaste do leito.
corrosão ou solução: a água decompõe quimicamente as rochas fazendo com que os
elementos químicos que formam os minerais sejam solubilizados e transportados pela
água;
ação hidráulica: é o impacto do fluxo de água sobre os detritos de rochas deslocando-
os no sentido da corrente.
A erosão processa-se diferentemente, conforme as diferentes partes do rio.
Portanto no curso superior de um rio, isto é, nas regiões próximas das suas cabeceiras,
onde predomina geralmente a atividade erosiva e transportadora, há grande quantidade
de detritos fornecidos pela água de rolamento, os quais correm sobre as encostas e se
ajustam aos detritos originados da atividade erosiva do próprio rio. Nestas condições o rio
aumenta seu leito em profundidade determinando uma forma de vale que lembra a de um
“V“. No seu curso médio, graças a menor declividade que implica na diminuição da
velocidade das águas, diminui o poder transportador ocasionando a deposição dos
fragmentos maiores que vão agora proteger o fundo do rio contra o trabalho erosivo. Com
o aumento da deposição de detritos nas regiões de menor velocidade verifica-se uma
mudança na configuração do vale, que passará a ter a forma de um “U”, bastante aberto,
de base muitas vezes, maior que os lados. Tal configuração decorre da deposição no
fundo e da erosão que passou a ser lateral. Por fim, desenvolve-se um rio sinuoso, que
ao longo do seu percurso deixa meandros abandonados.
ESTÁGIOS DE UM RIO
Um rio tem três estágios, sendo que no primeiro, o fluxo de água é rápido, cavando
profundamente seu leito, arrastando fragmentos de rocha. Neste estágio os vales tem
forma de V, originados pela ação de erosão do rio, as quedas de água são freqüentes e
as zonas mais profundas resultam da erosão de seu leito por fragmentos de rochas
arrastados pelo movimento da água.
No segundo estágio, o fluxo é um pouco menor, trasportando e depositando
sedimentos ao mesmo tempo que continua a erosão. Nesta fase origina-se uma pequena
planície de inundação, formada por depósitos de sedimentos trazidos no primeiro estágio.
A maioria dos depósitos ocorre na época das enchentes.
No terceiro estágio, o fluxo é ainda menor, mas o transporte é maior,
principalmente das partículas finas em suspensão e produtos solúveis. Formam-se
extensas planícies de inundação com meandros bem desenvolvidos, bem como na parte
final (onde desemboca o rio, num lago ou oceano) há o desenvolvimento de um delta.
MODOS DE TRANSPORTE
LAGOS
São depressões do solo produzidas por causas diversas e cheias de águas
confinadas, mais ou menos tranqüilas, pois dependem da área ocupada pelos mesmos. As
formas, profundidades e as extensões dos lagos são muito variáveis. Geralmente são
alimentados por um ou mais rios afluentes, podendo possuir também rios emissários o que
evita o seu transbordamento.
Quanto a origem os lagos podem ser formados:
a)Influencias Tectônicas: as várias atividades tectônicas (dobramentos, falhamentos e
etc...) são responsáveis pela formação de lagos grandes e profundos. Arqueamentos de
superfícies podem reverter a drenagem e ocasionar o surgimento de lagos; suaves
arqueamentos marginais originaram bacias centrais ocupadas pelas águas; dobramentos
podem originar depressões ocupadas por lagos ou, no processo de formação de altas
cadeias montanhosas criar depressões intermontanas (Ex. Lago Titicaca).
b)Atividades Vulcânicas: as caldeiras, crateras e as barragens efetuadas pelo escoamento
de lavas são responsáveis pela formação de inúmeros lagos.
c)Atividades Glaciárias: tem sua origem relacionada, de alguma maneira, com a ação das
geleiras continentais e de montanhas. A ação de geleiras nas montanhas cria depressões
que posteriormente são ocupadas pelas águas.
d)Influência Litorânea: o processo mais comum relaciona-se com o desenvolvimento dos
cordões arenosos (restingas), que vão retilinizando o litoral e fechando as reentrâncias
separando do mar aberto massas de água que se tornam enclausuradas.
e)Ilnfluência Fluvial: ao longo dos cursos d'água onde os rios apresentam meandros, é
comum o aparecimento de lagos e lagoas. Muitos lagos estão relacionados com a evolução
de meandros abandonados.
LAGOA
Depressão de formas variadas, principalmente tendendo a circular, de
profundidade pequena e cheia de água doce ou salgada. As lagoas podem ser definidas
como lagos de pequena extensão e profundidades.
LAGUNA
Depressão contendo água salobra ou salgada localizada na borda litorânea. A
separação das águas da laguna das do mar pode-se fazer por um obstáculo mais ou
menos efetivo, mas não é rara a existência de canais, pondo em comunicação as duas
águas.
BIBLIOGRAFIA
LEINZ, V. & AMARAL, S.E. DO. 1987. Geologia Geral. Editora Nacional. São Paulo. 10 ed.
398p.