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3- A questão voltou à baila mais recentemente,
conforme notícia do Tribunal Superior Eleitoral (fonte:
página da Internet do TSE, 21 de novembro de 2006, às 21 h e
54 m): “Pedido de vista suspende decisão sobre registro do
candidato eleito Deputado Estadual, promotor Fernando Capez.
Um pedido de vista do ministro Carlos Ayres Britto suspendeu
o julgamento de recurso contra o deferimento da candidatura
do promotor paulista Fernando Capez (PSDB), eleito
recentemente Deputado Estadual por São Paulo. O recurso ao
Plenário (Agravo Regimental no Recurso Ordinário 1070) foi
interposto pelo Ministério Público Eleitoral contra decisão
monocrática (individual) do ministro Cezar Peluso, que, no
início do mês, havia deferido o registro da candidatura de
Capez. O promotor paulista recorreu ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), depois que o Tribunal Regional Eleitoral
(TRE-SP) rejeitara anteriormente o registro de sua
candidatura. No voto apresentado nesta terça-feira (21), o
ministro Cezar Peluso (foto) votou pelo acolhimento do
recurso interposto pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
Dessa forma, reviu o posicionamento anterior e votou pela
invalidação do registro da candidatura de Fernando Capez.Voto
do Relator. O ministro-relator narrou que o candidato tomou
posse e assumiu o cargo de promotor de Justiça do Ministério
Público do Estado de São Paulo (MP-SP) em 8 de janeiro de
1988, meses antes da promulgação da Constituição Federal. O
Ministério Público Eleitoral questionou a candidatura de
Fernando Capez com base na Emenda Constitucional 45, de 2000,
que no artigo 128 proibiu integrantes do Ministério Público
de exercer atividades político-partidárias. O ministro Cezar
Peluso lembrou que, no julgamento de um outro Recurso
Ordinário (RO 999), em setembro de 2006, o TSE firmou
entendimento de que os integrantes do Ministério Público que
ingressaram na carreira anteriormente à Constituição de 1988
e que, também, tivessem optado pelo regime anterior poderiam,
sim, desempenhar atividades político-partidárias. Na ocasião,
os ministros da Corte entenderam que os integrantes do
Ministério Público têm de demonstrar, por ato comissivo
[resultante de uma ação], essa opção. Entretanto, de acordo
com o Relator, o candidato Fernando Capez só optou pelo
regime anterior à Constituição no final de março de 2006. O
ministro Cezar Peluso afirmou que, sobre a questão do momento
da opção pelo regime anterior, deve ser aplicado o disposto
no parágrafo único do artigo 281 da Lei Complementar 75, de
20 de maio de 1993. Segundo essa legislação, a opção entre o
novo regime jurídico e o anterior à promulgação da
Constituição, quanto às garantias, vantagens e vedações do
cargo, deve ser feita no prazo de dois anos. Esse prazo é
contado da sanção desta lei, a qual dispõe sobre a
organização, as atribuições e o estatuto do Ministério
Público da União. “Esse dispositivo, a meu ver, em princípio,
deve ser aplicado subsidiariamente aos membros do Estado, por
força do artigo 80, da lei 8.625/93, que reza: aplicam-se aos
Ministérios Públicos dos Estados, subsidiariamente, as normas
da Lei Orgânica do Ministério Público da União. De modo que a
opção foi realizada intempestivamente [fora do prazo], e não
se aplica o caso do precedente (RO 999), porque lá o
candidato já detinha mandato eletivo”, afirmou o ministro
Cezar Peluso, para rejeitar a candidatura de Fernando Capez.
Logo após o voto do Relator, o ministro Carlos Ayres Britto
pediu vista para analisar o processo. Aguardam para votar os
ministros José Delgado, Ari Pargendler, Caputo Bastos e
Gerardo Grossi”.
4- CLÁUSULA DE DESEMPENHO OU DE BARREIRA.