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Ajuda - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-ocfe-1tr17-mansidao-torna-o-
crente-apto-para-evitar-pelejas.htm
https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/1999/1999-04-08.htm - Revista CPAD -
1999
VERDADE PRÁTICA
A unidade na Igreja depende de que os crentes evidenciem no cotidiano a humildade, a
mansidão e a longanimidade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 4.1,2 A unidade da igreja é a consequência de um viver humildade, manso e
longânimo
Terça - Fp 2.5-8 JESUS CRISTO, a maior expressão de humildade
Quarta - Mt 11.29 JESUS CRISTO, manso e humildade de coração
Quinta - Gl 2.20 A mansidão se revela quando CRISTO vive em nós
Sexta - Sl 86.15; Na 1.3 Se não fosse a longanimidade do Senhor, o que seria de seu povo?
Sábado - 1 Co 1.10 A unidade dos cristãos leva a um mesmo pensamento e parecer
Efésios 4.1-4
Eu, portanto, o prisioneiro do Senhor, apelo e suplico a vocês que andem (levem uma vida)
digna do chamado [divino], para o qual vocês têm sido chamados, [com comportamento que dê
crédito para os recomendar para o serviço de DEUS, 2 vivendo como vocês se tornaram] em
completa submissão de mente (humildade) e brandura (generosidade, gentileza e submissão)
com paciência, suportando-se uns aos outros e fazendo concessões, por amarem-se uns aos
outros. 3 Estejam ávidos e esforcem-se honestamente para guardar e manter a harmonia e a
unidade de [e produzida pelo] ESPÍRITO, no vínculo do poder da paz. 4 [Há] um corpo e um
ESPÍRITO – tanto quanto há também uma esperança [que pertence] ao chamado que vocês
receberam - (Bíblia Amplificada).
A união e intimidade com DEUS pelo ESPÍRITO SANTO que nele habita, faz com que o crente
seja luz em meio às trevas, seja exemplo para todos, seja representante de CRISTO em meio
ao mundo que jaz no maligno.
JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus
discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito,
porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados os que choram, porque eles serão
consolados; bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; bem-aventurados os
que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; bem-aventurados os misericordiosos,
porque eles alcançarão misericórdia; bem-aventurados os limpos de coração, porque eles
verão a DEUS; bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de
DEUS; bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o
Reino dos céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo,
disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai- porque é grande o vosso
galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que antes de vós. Vós sois o sal da
terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se
lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma
cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire,
mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que nos céus.
Mateus 5:1-16
A Palavra de DEUS nos apresenta pelo menos três virtudes essenciais, a humildade, a
mansidão e a longanimidade (4.2) para seguirmos unidos a DEUS e a Igreja na realização da
obra de DEUS.
Estas três virtudes essenciais são produzidas e são do ESPÍRITO SANTO, sendo
desenvolvidas no crente a apartir de sua comunhão com o mesmo ESPÍRITO SANTO, em
CRISTO e em louvor e glória ao PAI.
2. A humildade.
HUMILDADE - (Strong Português) - ταπεινοφροσυνη tapeinophrosune
1) ter uma opinião humilde de si mesmo
2) senso profundo de insignificância (moral)
3) modéstia, humildade, submissão de mente
1. O termo aparece 11 vezes na versão ARC em português. A palavra gr. tapeinophrosyne é
usada outras seis vezes e traduzida na versão KJV em inglês como “humildade” de
pensamento (Fp 2.3; Ef 4.2), e como “humildade” (Act 20.19; Cl 2.18,23; 1 Pe 5.5). Várias
versões o traduzem, de forma geral, como “humildade” (Fp 2.3; Act 20.19; 1 Pe 5.5; Ef 4.2; Cl
2.18,23).
2. Uma característica cristã, é aquela graça específica desenvolvida no cristão pelo ESPÍRITO
de DEUS, em que ele sinceramente reconhece que tudo o que tem e é deve-se ao DEUS
Trino, que opera de forma dinâmica a seu favor. Ele então se submete voluntariamente à mão
de DEUS (Tg 4.6101; ־Pe 5.5-7). Assim, a humildade não deve ser equiparada a um piedoso
complexo de inferioridade. Ela pode ser fingida pelos falsos mestres (Cl 2.18,23) por meio de
atos de auto-humilhação.
Esta qualidade é louvada no AT (Pv 15.33; 18.12; 22.4). O termo heb. 'anatva (de 'anah, “ser
afligido”) sugere que a humildade de espírito é freqüentemente o resultado da aflição. A vida de
muitos reis de Judá e de Israel foram avaliadas de acordo com esta característica (1 Rs 21.29;
2 Cr 32.26; 33.23; 34.27; 36.12). Humilhar-se é o primeiro passo para o verdadeiro avivamento
(2 Cr 7.14; cf. Mq 6.8). O próprio DEUS, que é sublime e grandioso, deleita-se em habitar com
aquele que tem um espírito contrito e humilde, a fim de avivá-lo (Is 57.15).
JESUS CRISTO, como o supremo exemplo de humildade (Mt 11.29), forneceu aos seus
discípulos uma demonstração visível de humildade ao lavar-lhes os pés (Jo 13.3-16). Uma
importante passagem cristológica no NT (Fp 2.5-11) encontra seu ponto-chave no cultivo desse
traço de JESUS CRISTO por parte do crente. F.R.H.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e
encontrareis descanso para a vossa alma. Mateus 11:29
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS,
que, sendo em forma de DEUS, não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a
si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma
de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Filipenses
2:5-8
A humildade, muitas vezes, é confundida com covardia, falta de amor próprio ou alguma coisa
negativa, porém, para o cristão é uma qualidade aprendida de JESUS.
“não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo” (Fp 2.6,7). JESUS deixou todas as prerrogativas divinas para se tornar como um de nós,
para assim, ser nosso parente próximo e nos comprar para DEUS (Lv 25.12, 47-55; 1 Co 6.20,
7.23 - nossa redenção), tomando sobre Ele nossos pecados e doenças e enfermidades e
maldições e morrendo por nós na cruz (Is 53.4; Mt 8.17; Gl 3.13; 1 Pe 2. 24, 5.7).
JESUS demonstrou na prática a humildade ao lavar os pés dos apóstolos (Jo 13.13-15).
Esta virtude essencial é produzidas pelo ESPÍRITO SANTO, sendo desenvolvida no crente a
apartir de sua comunhão com o mesmo ESPÍRITO SANTO, em CRISTO e em louvor e glória
ao PAI.
3. A verdadeira humildade.
Humildade expressa a modéstia, em oposição ao orgulho e a arrogância (2 Co 12.20).
Favorece o bem da coletividade no lugar do egoísmo (Jo 17.21-23). Coopera para a harmonia
nos relacionamentos e promove a unidade no Corpo de CRISTO (1 Co 12.25).
Estas três virtudes essenciais são produzidas e são do ESPÍRITO SANTO, sendo
desenvolvidas no crente a apartir de sua comunhão com o mesmo ESPÍRITO SANTO, em
CRISTO e em louvor e glória ao PAI. Não há quem possa desenvolver tal conduta sem que o
ESPÍRITO SANTO o transforme (Gl 5.16).
Nada de orgulho portanto, pois, tudo vem de DEUS e é para DEUS. - Digo, porém: Andai em
ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência da carne. Gálatas 5:16
Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei. E os que são de CRISTO crucificaram
a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também
no ESPÍRITO. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-
nos uns aos outros. Gálatas 5:22-26
Importante frisar que o FRUTO (um fruto só) é do ESPÍRITO SANTO. Possui 9 qualidades, ou
virtudes, ou atributos, ou aspectos. Quanto maior submissão ao ESPÍRITO SANTO, mas
aparecem as tais qualidades.
O que pode impedir a mansidão de se manifestar são as obras da carne tais como as pelejas,
ou dissensões ou disputas - estas são oposição à brandura e meiguice da mansidão. Atrelada
à mansidão marcha a humildade que lhe dará suporte para agir. O contrário da humildade, que
é a arrogância, impede o agir da mansidão e DEUS desaprova tal atitude (Pv 16.5). Os crentes
são comparados às ovelhas porque ovelhas são dóceis, mansas e submissas ao pastor (Jo
10.14,15). Aprendamos de JESUS, pois ELE mesmo, apesar de pastor, disse ser manso e
humilde de coração (Mt 11.29).
Ser manso é ser corajoso. Nenhum crente pode ser covarde ou tímido (Qual é o homem
medroso e de coração tímido? Dt 20.8). O homem de DEUS deve ser corajoso e repreender o
mal, combater sempre, mas ser manso e humilde ao mesmo tempo será necessário.
JESUS era manso e humilde de coração, mas sabia repreender os religiosos e combater os
falsos ensinos.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um
prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
Mateus 23:15
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e
nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. Mateus 23:13
A mansidão como virtude do fruto do ESPÍRITO. A mansidão deve ser manifesta entre as
qualidades do fruto do ESPÍRITO na vida dos súditos do Reino de DEUS (Mt 5.11). Isso só é
possível com a submissão ao ESPÌRITO SANTO., JESUS ensinou a mansidão e e se mostrou
como digno de imitação nisso. (Mt 11.29,30). Aprendamos com nosso mestre. Humildade e
mansidão. As pessoas vinham de longe para ter com JESUS - Ele é atraente em suas
palavras, em seu agir, em seu vestir, em seu comportar, em seu tratar, em seu amor. A
mansidão atrai pessoas para DEUS.
Paulo exorta ser um em CRISTO, não colocando-se acima ou sendo egoísta (Fp 2.3). Tg 3.14
fala contra ter amor-próprio ou se vangloriar. Pode descrever uma pessoa que luta por posição
e glória. A discórdia e a peleja são obras da carne (Gl 5.20).
Ações do homem carnal. São conhecidas as lutas dentro da igreja por cargos e posições.
deveria ser conhecida a luta por almas e pelas missões mundiais. Cargos ministeriais deveriam
ser pouco disputados já que, para quem está ocupado na obra de DEUS, o tempo para cuidar
de coisas administrativas seria pouco e de pouco valor, tendo seu tempo dedicado a conquista
de almas para ao reino de DEUS. O cuidado das ovelhas já requer um tempo dispendiosos
para aqueles que querem realmente fazer a obra de DEUS.
Um ESPÍRITO aguerrido.
Olha o que convém e o que não convém ao servo de DEUS - E ao servo do Senhor não
convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; Instruindo
com mansidão os que resistem, a ver se porventura DEUS lhes dará arrependimento para
conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que
à vontade dele estão presos. 2 Timóteo 2:24-26
DEUS deseja que sejamos santos - Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou
SANTO. 1 Pedro 1:16 - santidade significa separação para DEUS - manter-se longe das
discussões e pelejas. Precisamos nos manter incorruptíveis, santos, sinceros e justos em um
mundo de trevas (Fp 2.15). A única forma para combater a peleja é ser cheio do ESPÍRITO
SANTO (Ef 5.18). O Consolador nos ajuda a seguir os passos de JESUS CRISTO. Embora os
servos de DEUS acabem por se tornarem famosos, pois isso lhes seria impossível, veja que a
fama é uma fama boa. Fama de ser pobre, de ser manso, de ser humilde, de ser cheio do
ESPÍRITO SANTO, fama de ser usado por DEUS em milagres, etc... Esta é a fama que mesmo
não querendo, o servo de DEUS terá. Alguém quer esta fama hoje em dia? (JESUS se tornou
pequeno, manso, humilde, semelhante aos homens - Fp 2.5-8).
BEM-AVENTURADOS OS MANSOS
Existem milhares de contrastes entre o reino dos homens e o reino de DEUS. No sermão da
Montanha JESUS nos enumera alguns:
Mateus 5:
3 "Muito felizes são os humildes! " dizia Ele, "porque o Reino dos Céus é dado a eles”. 4
“Felizes são os que choram! Porque serão consolados”. 5 “Felizes são os mansos e simples!
Porque o mundo inteiro pertence a eles”. 6 “Felizes aqueles que aspiram por ser justos e bons,
porque terão a justiça com toda a certeza”. 7 “Felizes são os que são amáveis e têm
misericórdia dos outros, porque a eles se mostrará misericórdia”. 8 “Felizes os que tem coração
puro, porque verão a DEUS”. 9 “Felizes aqueles que procuram promover a paz - pois serão
chamados Filhos de DEUS”. 10 “Felizes aqueles que são perseguidos por serem justos, pois o
Reino dos Céus é deles”.
Enquanto os judeus esperavam o JESUS do milênio para governar sobre eles, tendo destruído
os exércitos romanos, JESUS lhes aparece manso e meigo, cheio de amor e de misericórdia. O
reino de DEUS estava entre eles, mas não foram capazes de O reconhecer, pois seus
corações estavam carregados de pecados, mágoas, rancores, ódio.
A Mansidão é o oposto da Arrogância, a Mansidão não é Covardia. Ser Manso é ser Corajoso.
A Mansidão é uma qualidade importante do Fruto Do ESPÍRITO. Devemos viver evitando As
Pelejas E Contendas e Discórdias, pois estas são ações Do Homem Carnal. Devemos ter um
ESPÍRITO Aguerrido, mas sabendo que Bem-Aventurados são os Mansos, como já disse
JESUS no Sermão Da Montanha. Estêvão era um Homem Manso e mesmo na hora de morrer
clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. nosso maior exemplo é
JESUS. A Mansidão De CRISTO é dita até por ELE mesmo a nós - Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para
as vossas almas. Mateus 11:29
Os dois personagens bíblicos mais famosos pelo fruto da mansidão, são o Senhor JESUS
CRISTO e Moisés (Números 12:3; 1 Pedro 2:21-23). Eles foram dois homens cujas vidas
abundavam com mansidão. Ambos eram poderosos, que estavam revestidos, não de orgulho e
arrogância, mas de humildade (1 Pedro 5:5). Os dois eram grandes libertadores. Moisés para a
nação de Israel, e JESUS para o mundo inteiro. Isto demonstra que essa mansidão não é
fraqueza, mas a força de ser autocontrolado.
A atitude do mundo em relação à força, é agressivamente defender-se, mas a força real é
encontrada num espírito manso e humilde, uma atitude de receber uma ofensa sem retaliar ou
exigir seus direitos. “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11:29).
A mansidão de CRISTO.
Características de um servo sofredor - manso e humilde - Nosso Salvador. Consegue encontrar
em seus líderes algumas dessas características de nosso mestre.
- não tinha beleza nem
- não havia boa aparência nele, para que o desejássemos
- Era desprezado
- mais rejeitado entre os homens
- homem de dores
- experimentado nos trabalhos
- como um de quem os homens escondiam o rosto, era - - desprezado
- não fizemos dele caso algum.
- tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si
- nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido
- foi ferido por causa das nossas transgressões, e
- moído por causa das nossas iniqüidades;
- o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
- o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
- Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca;
- como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus
tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
-pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
- puseram a sua sepultura com os ímpios,
- ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar
- as iniqüidades deles levará sobre si.
Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto
derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o
pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
Isaías 53:2-12.
O EXEMPLO DO MOISÉS
A Bíblia diz que Moisés destacou-se em mansidão, que é suavidade: “Ora, Moisés era homem
mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Números 12:3).
DEUS deu-lhe uma elevada posição. É duro para o homem natural ser suave com aqueles o
atacam, especialmente se tocam seu posto oficial e honra. Mas Moisés não tentou se defender.
Ele era um homem de decisão e coragem e agiu com autoridade. Ele sabia quem era, estava
confiante no chamado de DEUS e, portanto, na sua capacidade dada por DEUS.
Um exemplo da mansidão de Moisés encontra-se no relato de Números 1, quando seus irmãos
Arão e Miriã o confrontaram. Eles usaram seu casamento com uma mulher etíope como uma
desculpa para rebaixá-lo do cargo, humilhá-lo e terem mais autoridade sobre o povo.
Moisés havia se casado com uma não-judia e de pele escura (cuxita - Cuxita é geralmente o
hebraico equivalente para a Etiópia — nesse caso, Miriã estava se opondo ao casamento
“misto” do irmão com uma etíope africana - racismo).
Ele o fizera numa circunstância adversa, depois de matar um egípcio e fugir de Faraó para o
deserto. Mas, uma vez que era errado por causa da linhagem de Abraão (embora
demonstrasse graça, como Raabe e Rute), Arão e Miriam tentaram usá-lo em proveito próprio,
dizendo: “Porventura falou Yahweh somente por Moisés? Não falou também por nós?” (12:2).
Como servo escolhido de DEUS, Moisés poderia repreendê-los, mas com humildade preferiu
guardar silêncio. Tal silêncio não foi uma manifestação de fraqueza, mas de força de caráter.
Certamente, Moisés não era covarde. Simplesmente deixou prevalecer a sua mansidão como
resultado de uma opinião humilde de si mesmo!
A mansidão inclui a ideia de que nós não nos preocupamos com o que acontece à nossa
honra, tanto quanto o que acontece à honra de DEUS e o que acontece com outros. Moisés
revela a verdadeira mansidão:
Tentando conduzir um grande povo no deserto por 40 anos; buscando andar com DEUS e
manter uma atitude nobre entre todos os que se queixavam e murmuravam, repetidas
vezes; mantendo a fé em DEUS, quando todos ao seu redor estavam constantemente
querendo desistir de Suas promessas! Todavia Moisés era homem de DEUS rendido ao Seu
Senhor e ornado com caráter “manso e humilde.” DEUS chamou os dois e os repreendeu e
Miriam se tornou leprosa. Moisés intercedeu por ela e DEUS a curou.
Em Êxodo 32:30-32 o modo como Moisés pleiteia com DEUS a favor do povo revela que a
mansidão de Moisés nada tem a ver com fraqueza. “No dia seguinte disse Moisés ao povo: Vós
tendes cometido grande pecado; agora porém subirei a Yahweh; porventura farei expiação por
vosso pecado. Assim tornou Moisés a Yahweh, e disse: Oh! este povo cometeu um grande
pecado (idolatria ao Bezerro de Ouro), fazendo para si um deus de ouro. Agora, pois, perdoa o
seu pecado; ou se não, risca-me do teu livro, que tens escrito.”
TENHO MANSIDÃO?
Temos nós esta marca? Podemos fazer a nós mesmos algumas perguntas e respondê-las
honestamente:
Eu me preocupo que DEUS tenha a honra em meu trabalho, em casa, em minha vida? Meu
foco é a glória do Seu Nome e Pessoa?
Eu me esforço para que outros vejam em mim uma atitude cristã coerente e de testemunho de
DEUS?
Busco render-me à vontade de DEUS? Mesmo quando acho ser mais do que possa
administrar, sabendo , porém, que DEUS, em Sua fidelidade, nunca me permitirá enfrentar
mais do que eu não seja capaz de suportar?
3. A verdadeira mansidão.
O significado radical de prautès é o autocontrole. E o controle completo da parte impetuosa da
nossa natureza. Quando temos prautès tratamos todos os homens com cortesia perfeita,
podemos repreender sem rancor, podemos debater sem intolerância, podemos enfrentar a
verdade sem ressentimento, podemos irar-nos sem pecar e podemos ser mansos sem ser
fracos. Prautès é a virtude na qual nossos relacionamentos conosco mesmos e com os nossos
próximos podem tornar-se perfeitos e completos. Claramente nenhum homem pode atingir
esse autocontrole para si e por si. As explosões de ira rompem as correias e são fortes demais
para a vontade e a razão que querem refreá-las. Exatamente por este motivo prautès faz parte
do fruto do ESPÍRITO de DEUS. Prautès é o poder que, mediante o ESPÍRITO de DEUS, faz a
força poderosa e explosiva da ira ser aproveitada no serviço humano e divino.
MANSIDÃO
πραοτης - Lê-se Právis - praotes - Mansidão - Dicionário Strong Português
1) gentileza, bondade, humildade
Mediação e conciliação -
A mediaçãoe a conciliação são métodos alternativos de resolução de conflitos.
O irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro
reconciliar-te com o teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta”. (Mt 5,23-24) A origem do
conflito está em insistirmos em ter as coisas do nosso modo
A Bíblia, no livro do Evangelista Mateus, cap. 5, nos leva a crer em uma prática conciliatória
entre os povos de quem a Bíblia discorre em seu arcabouço literário. “22 Eu, porém, vos digo
que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem
proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar:
Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. 23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa perante o altar a tua oferta, vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. 25 Entra em acordo
sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário
não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. 26 Em verdade te
digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”. Entendo esse texto como um
ensinamento jurídico de JESUS pós Sermão das Bem-Aventuranças. Os conflitos sociais
sempre foram acompanhado de perto por DEUS, desde Adão até os dias de hoje.
Há uma só resposta para tudo isto. Enquanto CRISTO ficar no centro da vida do individuo e da
Igreja, eritheia, a ambição pessoal e a rivalidade partidária, não poderá sequer começar a
aparecer; mas quando CRISTO for removido do centro e as ambições e políticas de qualquer
homem se tornarem o centro, certa e inevitavelmente eritheia, a competição pessoal, invadirá a
Igreja e perturbará a paz dos irmãos.
A expressão hebraica ’erek 'aph significa literalmente “nariz longo” ou “respiração longa”,
porque a ira é acompanhada por uma respiração rápida através das narinas; daí as possíveis
traduções “demorado para se irar”, “tardio em irar- se” e “longânimo”. Essa palavra foi aplicada
a DEUS (Ex 34.6; Nm 14.18; Sl 86.15; cf. Ne 9.17; Jl 2.13; Jo 4.2; Na 1.3, onde várias versões
a traduziram como “tardio em irar-se”). Bibliografia. J. Horst, '‘Makrothvmía'’, TDNT, IV, 374-
387. R. A, K.
Longanimidade
Divina:
Is 48:9 - Por amor do meu nome retardo a minha ira, e por causa do meu louvor me contenho
para contigo, para que eu não te extermine.
Rm 9:22 - E que direis, se DEUS, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder,
suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;
1 Pe 3:20 - Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de DEUS
esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se
salvaram através da água,
2 Pe 3:9 - O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é
longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a
arrepender-se.
Dever do crente:
1 Co 13:4 - O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não
se ensoberbece,
2 Co 6:6 - Na pureza, na ciência, na longanimidade, na bondade, no ESPÍRITO SANTO, no
amor não fingido,
Cl 1:11 - Corroborados com toda a fortaleza, segundo o poder da sua glória, para toda a
perseverança e longanimidade com gozo;
2 Tm 4:2 - Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com
toda longanimidade e ensino.
Exemplos:
2 Ts 1:4 - De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de DEUS por causa
da vossa constância e fé em todas as perseguições e aflições que suportais;
Hb 6:15 - E assim, tendo Abraão esperado com paciência, alcançou a promessa.
Tg 5:11 - Eis que chamamos bem-aventurados os que suportaram aflições. Ouvistes da
paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é cheio de misericórdia
e compaixão.
Ap 1:9 - Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na
perseverança em JESUS, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de DEUS e do
testemunho de JESUS.
Ap 2:2 - Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes
suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste
mentirosos;
Ap 14:12 - Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de
DEUS e a fé em JESUS.
Na espera em DEUS:
Gn 49:18 - E José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a
mão direita sobre a sua cabeça.
Sl 37:7 - Descansa no Senhor, e espera nele; não te enfades por causa daquele que prospera
em seu caminho, por causa do homem que executa maus desígnios.
Sl 40:1 - Esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor.
Is 25:9 - E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso DEUS; por ele temos esperado, para
que nos salve. Este é o Senhor; por ele temos esperado; na sua salvação gozaremos e nos
alegraremos.
Is 26:8 - No caminho dos teus juízos, Senhor, temos esperado por ti; no teu nome e na tua
memória está o desejo da nossa alma.
Is 33:2 - Ó Senhor, tem misericórdia de nós; por ti temos esperado. Sê tu o nosso braço cada
manhã, como também a nossa salvação no tempo da tribulação.
At 1:4 - Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que
esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele) de mim ouvistes.
Durante a nossa jornada cristã nos depararemos com múltiplas situações de hostilidade (At
14.22). São nesses momentos conflituosos na igreja que devemos “suportar uns aos outros em
amor” (4.2). A expressão indica que, infelizmente, teremos de enfrentar excessos cometidos
em nosso meio, como as provocações alheias e atitudes carnais. Estas são comparadas a um
“fardo” que devemos suportar por meio da prática do amor.
CONCLUSÃO
ESPÍRITO SANTO nos capacita através do Fruto do ESPÍRITO a termos mansidão, humildade
e Longanimidade, para podermos nos relacionar com nossos irmãos em uma congregação ou
na Igreja como um todo..
O cristão representa e leva o nome de CRISTO, portanto, deve se portar de maneira digna de
tal representatividade. DEUS é santo. DEUS é Longânimo. JESUS se auto declara Manso e
Humilde de coração.
A humildade nos torna pequenos diante de DEUS e acessessível aos homens. A verdadeira
humildade vemos em JESUS que deixou suas prerrogativas divinas e se tornou homem para
nos salvar, morrendo por nós.
A Mansidão é um dos aspectos do fruto do ESPÍRITO e nos capacida pelo ESPÍRITO SANTO
a buscarmos sempre a paz. Alguns grandes exemplos de mansidão vemos em Moisés, JESUS
e Estêvão. Não revidavam quando ameaçados e perseguidos. A verdadeira mansidão é a
virtude na qual nossos relacionamentos conosco mesmos e com os nossos próximos podem
tornar-se perfeitos e completos. A Mansidão pressupõe conciliação. A Longanimidade também
é uma das qualidades do Fruto do ESPÍRITO que nos leva a suportarmos uns aos outros com
o perdão como premissa do amor.
APÊNDICE
UNIDADE E DIVERSIDADE (4.1-6)
A manutenção e a base da unidade cristã (4.1-6)
As elevadas doutrinas eclesiásticas das seções anteriores requerem um estilo de vida que
expresse a transformação imaginada nelas, e, por causa de sua natureza, isso deve
ser mostrado na comunidade cristã (4.1-16), entre os homens em geral (4.17—5.20) e
nos relacionamentos particulares entre mulheres e homens cristãos (5.21—6.9).
Os v. 2,3 descrevem a estrutura mental que acompanha as ações da caminhada, sendo esse o
novo espírito do v. 23. Virtudes gêmeas da mente renovada são humildade (agora apresentada
pela primeira vez como virtude) e mansidão (que não é fraqueza mas a eliminação da
afirmação de desejos egoístas). O par seguinte mostra como essa pessoa reage em relação às
ações de outras pessoas contra ela. Nessas quatro virtudes, o cristão deve mostrar o seu
desejo sincero de forjar um elo feito de paz pelo qual a unidade espiritual é protegida. Os sete
“uns” formam uma lista, que é introduzida sem nenhum verbo. Toda expressão de unidade é
fundamentada neles. um só corpo: o novo corpo de 2.15,16. um só ESPÍRITO-, dado tanto a
judeus quanto a gentios, 1.13. esperança [...] é uma só: como já foi explicado anteriormente,
não há cristãos de segunda classe, um só Senhor. CRISTO, a fonte de toda unidade, uma só
fé: ou a fé comum dada a todos os santos (Jd 3) ou, possivelmente, a fé subjetiva que cada
crente deposita em CRISTO, um só batismo: geralmente uma referência ao batismo na água,
mas pode com razão se referir ao batismo do ESPÍRITO SANTO. Esses sete “uns” podem ser
comparados com os quatro “uns” que Paulo expõe em I Co 12.4-13, em que ele trata
detalhadamente da unidade produzida pelo batismo do ESPÍRITO SANTO. As quatro marcas
da unidade expostas lá são: um ESPÍRITO (v. 4,9,11), um Senhor (v. 5), um DEUS agindo em
todos (v. 6) e um corpo (v. 12,13). Seria estranho omitir toda referência à ceia do Senhor, que
está tão claramente associada à unidade do corpo (ICo 10.17), e incluir o batismo na água que
é uma base insegura para a unidade (At 8.13,20-23). Nos outros itens dessa lista, “um” parece
significar “um só”, e não “um tipo de” (“uma fé” é incerto), e é a melhor forma de interpretar isso
aqui. Os sete itens estão dispostos de tal forma que o primeiro é contraposto ao último, o
segundo ao sexto, o terceiro ao quinto, assim conectando a esperança com a fé, e o ESPÍRITO
com o batismo. O um só Senhor está de forma apropriada no centro de tudo. um só DEUS: ele
é o Pai de todos em CRISTO no sentido mais real possível. Ele está acima de todos os
membros, e é manifesto a todos porque age em todos. Paulo usa a palavra abstrata para
“unidade” tanto aqui no v. 3, como mais tarde no v. 13. Ele está tratando de algo espiritual,
e não de uma entidade concreta e organizada, pois as igrejas do NT eram autogovernadas e
destituídas de qualquer escritório central de controle.
Agora estamos em condições de repetir as três afirmações, desta vez na ordem correta, em
que as pessoas da Trindade normalmente são mencionadas.
Primeiro, o único Pai cria a única família. Em segundo lugar, o único Senhor JESUS cria a
única fé, a única esperança e o único batismo. Em terceiro lugar, o único ESPÍRITO cria o
único corpo. Podemos, na realidade, ir além. Devemos afirmar que só pode haver uma única
família cristã, uma só fé, uma só esperança e um só batismo cristãos, e um só corpo cristão,
porque há um só Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO.
Precisamos deixar de lado muitos conceitos plurais, que destacam nossas diferenças, e voltar
para afirmações singulares. Por isso, Paulo usa tanto a palavra "um" e seus derivados na
epístola aos Efésios:
"de ambos (judeus e gentios) fez um" (Ef.2.14);
"um novo homem" – Ef. 2.15.
"um só corpo" – Ef.2.16.
"um ESPÍRITO" – Ef.2.18.
"unidade do ESPÍRITO"- Ef.4.3.
"um corpo" – Ef.4.4.
"um ESPÍRITO" – Ef.4.4.
"numa só esperança" – Ef.4.4.
"um só Senhor" – Ef.4.5.
"uma só fé" – Ef.4.5.
"um só batismo" – Ef.4.5.
"um só DEUS e Pai" – Ef.4.6.
"unidade da fé" – Ef.4.13.
"comunidade" - Ef.2.12.
"unirá" - Ef.5.31.
"uma só carne" - Ef.5.31 (fala sobre o casal e sobre CRISTO e a igreja).
Pelo que parece a igreja de Éfeso possuía todos os ministérios de JESUS em operação (E ele
mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros
para pastores e mestres - Ef 4.11). Daí a explicação de seu sucesso na obra de DEUS.
Paulo já detectava a falta de amor a DEUS presente na Igreja depois de sua partida. (Efésios
6:23-24 Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de DEUS Pai e da do Senhor JESUS
CRISTO. A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor JESUS CRISTO em
sinceridade. Amém).
Como o tempo é inimigo da paixão, o que era amor se tornou rotina e o que tinha valor
espiritual passou a ter valor material.
JESUS, que tudo vê e sabe, cerca de apenas 60 anos após ser fundada esta igreja, revela a
João sua situação deplorável e lhe dita uma carta para que lhe fosse entregue a fim de poupá-
la da destruição que lhe sobreviria dentro em breve por sua falta de amor para com seu
Senhor.
O problema do desvio espiritual da igreja, do esfriamento, dignos de arrependimento urgente,
era a falta do primeiro amor.
Será que estamos tão ocupados fazendo a obra de DEUS que nem nos lembramos de
conversar com ELE, de ouví-lo, de perguntar-Lhe sua opnião, de O adorarmos?
Além do abandono do primeiro amor na realização das obras, passamos a amar mais as obras
do que a DEUS e ao próximo. Amamos presidir, construir, ensinar, pregar, orar, cantar, tocar,
ofertar, etc., porque todas estas coisas ajudam na autopromoção, no louvor que vem dos
homens. Quando o primeiro amor é abandonado, em lugar de altruísmo e da glória de DEUS,
nos tornamos egoístas e buscamos o reconhecimento dos nossos feitos aqui e agora.
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não,
venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. (Ap 2.5)
O DOADOR. Este versículo alista os dons de ministério (i.e., líderes espirituais dotados de
dons) que CRISTO deu à igreja. Paulo declara que Ele deu esses dons
(1) para preparar o povo de DEUS ao trabalho cristão (4.12) e
(2) para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de CRISTO, segundo o plano de
DEUS (4.13-16).
APÓSTOLOS. O título “apóstolo” se aplica a certos líderes cristãos no NT. O verbo apostello
significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de
quem o envia. O título é usado para CRISTO (Hb 3.1), os doze discípulos escolhidos por
JESUS (Mt 10.2), o apóstolo Paulo (Rm 1.1; 2Co 1.1; Gl 1.1) e outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl
1.19; 2.8,9; 1Ts 2.6,7).
(1) O termo “apóstolo” era usado no NT em sentido geral, para um representante designado por
uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos. Logo, no NT o termo se
refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma outra
responsabilidade especial (ver At 14.4,14; Rm 16.7; cf. 2Co 8.23; Fp 2.25). Eram homens de
reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os
poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de
igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam suas
vidas em favor do nome de nosso Senhor JESUS CRISTO e da propagação do evangelho (At
11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15.25,26). Eram homens de fé e de oração, cheios do ESPÍRITO
(ver At 11.23-25; 13.2-5,46-52; 14.1-7,21-23).
(2) Apóstolos, no sentido geral, continuam sendo essenciais para o propósito de DEUS na
igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do ESPÍRITO SANTO, a
propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto a igreja
produzir e enviar tais pessoas, cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel à grande
comissão do Senhor (Mt 28.18-20).
(3) O termo “apóstolo” também é usado no NT em sentido especial, em referência àqueles que
viram JESUS após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a
pregar o evangelho e estabelecer a igreja (e.g., os doze discípulos e Paulo). Tinham autoridade
ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como
ninguém mais até hoje (ver 2.20). O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e
dele não há repetição. Os apóstolos originais do NT não têm sucessores (ver 1Co 15.8).
PROFETAS. Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do ESPÍRITO
SANTO, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o
novo concerto, foram levantados pelo ESPÍRITO SANTO e revestidos pelo seu poder para
trazerem uma mensagem da parte de DEUS ao seu povo (At 2.17; 4.8; 21.4).
(1) O ministério profético do AT ajuda-nos a compreender o do NT. A missão principal dos
profetas do AT era transmitir a mensagem divina através do ESPÍRITO, para encorajar o povo
de DEUS a permanecer fiel, conforme os preceitos da antiga aliança. Às vezes eles também
prediziam o futuro conforme o ESPÍRITO lhes revelava. CRISTO e os apóstolos são um
exemplo do ideal do AT (At 3.22,23; 13.1,2).
(2) A função do profeta na igreja incluía o seguinte:
(a) Proclamava e interpretava, cheio do ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS, por chamada
divina. Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-
26; 1Co 12.10; 14.3).
(b) Devia exercer o dom de profecia.
(c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11).
(d) Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a
justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de
DEUS (Lc 1.14-17). Por causa da sua mensagem de justiça, o profeta pode esperar ser
rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia.
(3) O caráter, a solicitude espiritual, o desejo e a capacidade do profeta incluem:
(a) zelo pela pureza da igreja (Jo 17.15-17; 1Co 6.9-11; Gl 5.22-25);
(b) profunda sensibilidade diante do mal e a capacidade de identificar e detestar a iniqüidade
(Rm 12.9; Hb 1.9);
(c) profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; 2Co 11.12-
15);
(d) dependência contínua da Palavra de DEUS para validar sua mensagem (Lc 4.17-19; 1Co
15.3,4; 2Tm 3.16; 1Pe 4.11);
(e) interesse pelo sucesso espiritual do reino de DEUS e identificação com os sentimentos de
DEUS (cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31).
(4) A mensagem do profeta atual não deve ser considerada infalível. Ela está sujeita ao
julgamento da igreja, doutros profetas e da Palavra de DEUS. A congregação tem o dever de
discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de DEUS (1Co 14.29-33; 1Jo
4.1).
(5) Os profetas continuam sendo imprescindíveis ao propósito de DEUS para a igreja. A igreja
que rejeitar os profetas de DEUS caminhará para a decadência, desviando-se para o
mundanismo e o liberalimo quanto aos ensinos da Bíblia (1Co 14.3; cf. Mt 23.31-38; Lc 11.49;
At 7.51,52). Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência
denunciando o pecado e a injustiça (Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se
possa ouvir a voz do ESPÍRITO. A política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do
ESPÍRITO (2Tm 3.1-9; 4.3-5; 2Pe 2.1-3,12-22). Por outro lado, a igreja com os seus dirigentes,
tendo a mensagem dos profetas de DEUS, será impulsionada à renovação espiritual. O pecado
será abandonado, a presença e a santidade do ESPÍRITO serão evidentes entre os fiéis (1Co
14.3; 1Ts 5.19-21; Ap 3.20-22).
PASTORES. Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas
necessidades espirituais. Também são chamados “presbíteros” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos” ou
supervisores (1Tm 3.1; Tt 1.7).
(1) A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11), ensinar a Palavra de
DEUS e exercer a direção da igreja local (1Ts 5.12; 1Tm 3.1-5), ser um exemplo da pureza e
da sã doutrina (Tt 2.7,8), e esforçar-se no sentido de que todos os crentes permaneçam na
graça divina (Hb 12.15; 13.17; 1Pe 5.2). Sua tarefa é assim descrita em At 20.28-31:
salvaguardar a verdade apostólica e o rebanho de DEUS contra as falsas doutrinas e os falsos
mestres que surgem dentro da igreja. Pastores são ministros que cuidam do rebanho, tendo
como modelo JESUS, o Bom Pastor (Jo 10.11-16; 1Pe 2.25; 5.2-4).
(2) Segundo o NT, uma igreja local era dirigida por um grupo de pastores (At 20.28; Fp 1.1). Os
pastores eram escolhidos, não por política, mas segundo a sabedoria do ESPÍRITO concedida
à igreja enquanto eram examinadas as qualificações espirituais do candidato.
(3) O pastor é essencial ao propósito de DEUS para sua igreja. A igreja que deixar de
selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do ESPÍRITO (ver
1Tm 3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo (ver At
20.28-31). Haverá distorção da Palavra de DEUS, e os padrões do evangelho serão
abandonados (2Tm 1.13,14). Membros da igreja e seus familiares não serão doutrinados
conforme o propósito de DEUS (1Tm 4.6,14-16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se
voltarão às fábulas (2Tm 4.4). Se, por outro lado, os pastores forem piedosos, os crentes serão
nutridos com as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o propósito
da piedade (1Tm 4.6,7).
DOUTORES OU MESTRES. Os mestres são aqueles que têm de DEUS um dom especial para
esclarecer, expor e proclamar a Palavra de DEUS, a fim de edificar o corpo de CRISTO (4.12).
(1) A missão dos mestres bíblicos é defender e preservar, mediante a ajuda do ESPÍRITO
SANTO, o evangelho que lhes foi confiado (2Tm 1.11-14). Têm o dever de fielmente conduzir a
igreja à revelação bíblica e à mensagem original de CRISTO e dos apóstolos, e nisto
perseverar.
(2) O propósito principal do ensino bíblico é preservar a verdade e produzir santidade, levando
o corpo de CRISTO a um compromisso inarredável com o modo piedoso de vida segundo a
Palavra de DEUS. As Escrituras declaram em 1 Tm 1.5 que o alvo da instrução cristã
(literalmente “mandamento”) é a “caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e
de uma fé não fingida” (1Tm 1.5). Logo, a evidência da aprendizagem cristã não é
simplesmente aquilo que a pessoa sabe, mas como ela vive, i.e., a manifestação, na sua vida,
do amor, da pureza, da fé e da piedade sincera.
(3) Os mestres são essenciais ao propósito de DEUS para a igreja. A igreja que rejeita, ou se
descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica, não se
preocupará pela autenticidade e qualidade da mensagem bíblica nem pela interpretação
correta dos ensinos bíblicos. A igreja onde mestres e teólogos estão calados não terá firmeza
na verdade. Tal igreja aceitará inovações doutrinárias sem objeção; e nela, as práticas
religiosas e idéias humanas serão de fato o guia no que tange à doutrina, padrões e práticas
dessa igreja, quando deveria ser a verdade bíblica.
Por outro lado, a igreja que acata os mestres e teólogos piedosos e aprovados terá seus
ensinos, trabalhos e práticas regidos pelos princípios originais e fundamentais do evangelho.
Princípios e práticas falsos serão desmascarados, e a pureza da mensagem original de
CRISTO será conhecida de seus membros. A inspirada Palavra de DEUS deve ser o teste de
todo ensino, idéia e prática da igreja. Assim sendo, a igreja verá que a Palavra inspirada de
DEUS é a suprema autoridade, e, por isso, está acima das igrejas e suas instituições.
PONTO DE CONTATO
Será que seus alunos já perceberam a importância que têm como parte integrante do corpo de
CRISTO? Eles realmente entendem que, como membros desse corpo, possuem uma função
particular no desempenho do organismo? Diga-lhes que, apesar de haver um único corpo, há,
porém, muitos membros, e cada um é dotado de seu próprio dom. Mas, tal como se verifica em
um corpo humano, assim também se dá no caso da Igreja: todos os seus membros precisam
cooperar entre si, para executarem as funções do organismo vivo. É importante lembrá-los
também que, segundo o ensino de Paulo, dentro dessa unidade, no cumprimento da tarefa de
cada membro do corpo é necessário pelo menos três coisas: humildade, mansidão e
longanimidade.
SÍNTESE TEXTUAL
Nos capítulos anteriores, Paulo nos apresenta conteúdos predominantemente doutrinários: Ele
mostra-nos o grande propósito de DEUS em CRISTO para sua Igreja; orou para que viéssemos
a conhecer o seu plano maravilhoso, seu amor, seu poder e cada bênção espiritual que Ele
oferece aos homens. Mas agora, Paulo escreve acerca da qualidade e tipo de vida que se
requer individualmente e na comunhão da Igreja de CRISTO. O apóstolo dos gentios nos
convida enfaticamente a participarmos da unidade no corpo de CRISTO. Se quisermos
verdadeiramente conservar esta unidade em CRISTO, que é a pedra de esquina, devemos
perseverar na doutrina dos apóstolos e dos profetas e na obediência a seu SANTO ESPÍRITO.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Nos versículos 1 e 2 do mesmo texto, Paulo nos faz um apelo para que andemos dignos da
nossa vocação com que fomos chamados, ou seja, com toda humildade, mansidão e
longanimidade.
Humildade ⇒ O crente precisa reconhecer que depende DEUS; reconhecer a sua pequenez e
a ausência de qualquer mérito diante do Senhor.
Mansidão ⇒ O crente precisa ser brando para com os homens e submisso para com DEUS.
Longanimidade ⇒ O crente deve suportar a injúria e o insulto sem retaliação.
INTRODUÇÃO
No capítulo 4 Paulo faz uma transição, passando do aspecto doutrinário teológico tratado nos
três primeiros capítulos, e parte para a doutrina dos deveres cristãos. Ele une doutrina e o
serviço para fortalecer a praticidade do cristianismo instituído por CRISTO. Portanto, o
cristianismo não é constituído de um punha do de teorias, mas de deveres, isto é, a prática da
doutrina ensinada. Nos primeiros dez versículos deste capítulo, Paulo sai do “todo” e parte para
a individualidade.
CONCLUSÃO
Cada crente, em particular, tem responsabilidade na preservação da unidade do corpo de
CRISTO, colocando em prática as qualidades que sustentam essa unidade: humildade,
mansidão, longanimidade e paciência.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Figura bíblica da máxima relevância para representar a Igreja é o ‘corpo de CRISTO’. Era a
expressão predileta do apóstolo Paulo, que frequentemente comparava os inter-
relacionamentos e funções dos membros da Igreja com partes do corpo humano. Os escritos
de Paulo enfatizam a verdadeira união, que é essencial na Igreja. Por exemplo: ‘O corpo é um
e tem muitos membros… assim é CRISTO também’ (1Co 12.12). Da mesma forma que o corpo
de CRISTO tem o propósito de funcionar eficazmente como uma só unidade, também os dons
do ESPÍRITO SANTO são dados para equipar o corpo ‘pelo ESPÍRITO SANTO… o mesmo
Senhor— o mesmo DEUS que opera tudo em todos— para o que for útil’ (1Co 12.4-7). Por esta
razão, os membros do corpo de CRISTO devem agir com grande cautela ‘para que não haja
divisão [gr. schisma ] no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros’
(1Co 12.25; cf. Rm 12.5). Os cristãos podem ter essa união e mútua solicitude porque foram
todos ‘batizados em um ESPÍRITO, formando um corpo’ (1Co 12.13). A presença do ESPÍRITO
SANTO, habitando em cada membro do corpo de CRISTO, permite a manifestação legítima
dessa união. Gordon D. Fee declara, com razão: Nossa necessidade urgente é uma obra
soberana do ESPÍRITO para fazer entre nós o que nossa ‘união programada’ não consegue
fazer” (Teologia Sistemática, CPAD, pp.544,545).
Subsídio Exegético
“A palavra grega makrothumia refere-se à paciência que temos com nosso próximo. Ser
longânimo é tolerar a má conduta dos outros contra nós, sem nunca buscar vingança. Dentro
em breve, os cristãos em Roma passariam por perseguições. Sob tensão e sofrimento, os
cristãos podem vir a ter menos paciência uns com os outros, de modo que Paulo conclama:
‘Sede pacientes na tribulação’ (Rm 12.12). Ao ensinar sobre os dons, Paulo inicia tratando da
paciência com as pessoas e termina com a paciência nas circunstâncias (1Co 13.4,7). Para
nós, que formamos a Igreja, leva tempo amadurecermos através de todas as diferenças que
provêm das nossas culturas, níveis educacionais e personalidades. Por isso, Paulo nos
conclama a ser completamente humildes e mansos, ‘com longanimidade’ (Ef 4.2).
Para um ministério pleno no ESPÍRITO, precisamos aprender juntos e juntamente cometer
enganos, crescer, perdoar e confrontar-nos com amor, sem qualquer atitude de crítica. Tudo
isso, só com paciência! Sempre que o poder de DEUS é manifesto é importante olharmos para
Ele, e não para nossas próprias insuficiências. Assim, não agiremos precipitadamente nem
iremos a extremos prejudiciais à Igreja” (Teologia Sistemática, CPAD, pp.489,490).
GLOSSÁRIO
Altruísta: Pessoa desprendida; que tem amor ao próximo, abnegada.
Credo: Profissão de fé.
Doutrinário: Que encerra ensinamento.
Exasperar: Tornar áspero, enfurecido; irritar muito; encolerizar, enfurecer.
Longanimidade: Firmeza de ânimo.
Racional: Que usa da razão; que raciocina.
Teológico: Que diz respeito à teologia, que está conforme aos ensinamentos da teologia.
Vínculo: Relação, subordinação.
Vital: De importância capital; essencial.
Vocação: Escolha, chamamento.
Embora a palavra “chamar” tenha muitas aplicações comuns nas Escrituras, sua principal
importância é a de ser um termo especificamente teológico. A forma verbal (kaleo), quando
usada tecnicamente, se refere à chamada de DEUS aos homens (raramente de CRISTO) para
participar da bênção da redenção. Seus benefícios podem ser descritos como a chamada de
DEUS à sua glória (1 Pe 5.10; 2 Pe 1.3); à vida eterna (1 Tm 6.12); à comunhão com o seu
Filho (1 Co 1.9) e das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9).
A chamada depende do propósito de DEUS (Rm 8.30; 9.11), estabelecido através da dádiva de
sua graça (Gl 1.6,15) e alcança os homens através da proclamação do Evangelho (2 Ts 2.14)
tornando-se, dessa maneira, a única esperança de salvação para a humanidade (Ef 4.4). A
chamada está dirigida não só à salvação do homem como também ao seu comportamento.
Assim, os cristãos são chamados não só à pureza, mas à santificação (1 Ts 4.7), à paciência
em meio ao sofrimento (1 Pe 2.21), à liberdade (Gl 5.13) e a viver em paz (1 Co 7.15).
O termo “chamada”, como substantivo, (klesis), aparece no NT exdusivamente em um sentido
técnico. O convite é para entrar no reino de DEUS, para recebê-lo como uma dádiva e um bem.
Incluída nesse convite está uma decisiva ênfase na soberana iniciativa de DEUS. “Porque os
dons e a vocação de DEUS são sem arrependimento” (Rm 11.29). “Vede irmãos a vossa
vocação... Mas DEUS escolheu as coisas loucas desse mundo... para que nenhuma carne se
glorie perante ele” (1 Co 1.26- 28; cf. Ef 4.4). Mas essa Divina chamada exige, da mesma
forma, uma resposta do homem. “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa
vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis” (2 Pe 1.10; cf. também 2 Ts
1.11).
A chamada pode ser considerada como vinda do céu! Hb 3.1) e uma invocação à vida celestial
(Fp 3.14). É, também, um santo convite (2 Tm 1.9) que não está aberto à compreensão
humana, mas exige um discernimento espiritual (Ef 1.18).
O adjetivo verbal “chamado” (kletos) é usado de duas maneiras. Na maioria dos casos ele tem
em vista o chamado à salvação (como em Rm 1.6,7; 1 Co 1.24; Jd 1; Ap 17.14); mas uma nova
dimensão aparece em Romanos 1.1 e em 1 Coríntios 1.1 onde a chamada se torna efetiva em
termos de um ofício - “chama- cjo para ser apóstolo”.
E a parábola de Mateus sobre a festa de casamento (“porque muitos são chamados [kletos],
mas poucos escolhidos [eklektoi] ״Mt 22.14) que encerra o texto com maior dificuldade. Ao
contrário da prática encontrada em outras situações (veja especialmente Ap 17.14 e também
Rm 8.28ss), os eleitos são aqui diferenciados daqueles que são chamados. A despeito da
advertência de K. L. Schmidt, de que desconhecemos as palavras escritas em aramaico que
estão por trás deste texto (TWNT, III, 496), o contexto fornece um claro suporte a essa
distinção. A tensão dialética da qual o verso está falando, não pode ser situada no fato de que
em alguns casos muitos serão chamados, enquanto em outros casos apenas alguns poucos o
serão, como afirma Schmidt. E mais provável que muitos serão convidados, mas poucos serão
aceitos. O que o texto está afirmando é que DEUS, por ser aquele que está convidando, tem a
especial prerrogativa de qualificar os que podem comparecer. O propósito dessa elocução não
é proporcionar conforto aos poucos que foram escolhidos. Nessa parábola, o chamado a
muitos foi estendido e recusado. Aqueles que serão reunidos foram homens originalmente
deixados de lado. Mas nem estes ficarão isentos de julgamento. Cada um deve ter as suas
vestes de casamento para ser aceito (escolhido).
Essa parábola é uma advertência. Ela reitera o que já foi dito anteriormente em Mateus (cf. Mt
5.20) e, particulaimente, o que faz parte do contexto imediato. Na parábola da vinha, que a
precedeu, a conclusão é que ele “arrendará a vinha a outros lavradores, que, a seu tempo, lhe
dêem os frutos... Portanto, eu vos digo que o Reino de DEUS vos será tirado e será dado a
uma nação que dê os seus frutos” (Mt 21.41,43).
Em Mateus 23.3, esse tema contínua na condenação que o Senhor JESUS proferiu contra os
fariseus que pregavam a justiça, mas não a praticavam. O mérito consiste não em ser um dos
poucos, mas em possuir uma justiça que seja aceitável a DEUS.
Bibliografia. Alan Richardson, A Theological Word Book of the Bible, New York. Macmillan,
1960, pp, 39ss. J. L, Schmidt, “Kaleo etc.״, TDNT, III, 487-501. KStendahl, “The Called and the
Chosen”, The Root oftke Vine, New York; Philosophical Library, 1953, pp. 63-80. G. W. Ba.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar que a humildade é uma virtude indispensável para a comunhão;
Enfatizar que a mansidão produz crentes que promovem a paz e a conciliação;
Frisar que a longanimidade capacita o crente a ser tolerante com as falhas alheias.
Bibliologia
Comentário Bíblico: Efésios .../ Elienai Cabral - 3ª Ed. – Rio de Janeiro: Casa Publicadora das
Assembleias de DEUS, 1999
ÉFESO EPÍSTOLA - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Manual de Duvidas - Bíblia TheWord
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1998
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Dicionário Teológico - Pr. Claudionor Correia de Andrade - CPAD
Dicionário de JESUS e Evangelhos - Bíblia TheWord
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Obra da Carne e o Fruto do Espirito - William Barclay
Comentário - NVI (FFBruce)