Você está na página 1de 54

CONTEÚDO

REVISTA THEOBR~A
Janeiro-março 1974 1. Identidade e caraclert"zaçào laxonó-
Ano IV N~ 1 miea prelimintlf das mosqw·'lhas
Forcipomyla (Dip/era , Ce ra/opogo-
Puhlicaçilo trimestral de- nidae) a ssociadas com a poliniza-
dicada à divulgação de in- çào do cacaueiro na Bahia. S. de
vescigaç:llo científica rela-
cionada com problemas agro- J. Soria e W. W. Wir/h . .................. .. 3
nômicos e sócio-econômi-
cos de áreas cacaueiras. Identification and preliminary tax -
Editada pelo Centro de Pes- onomic characterization of Forei-
Quisas do Cacau (C EPEC), pomyia midges (Diptera, Ceratopo-
Departam ento da Comissão gonidae) re!ated to the pollination
Executiva do Plano da La -
voura Cacaueira (CEPLAC).
of cacao in Bahia . (Summary) p . !2.

COMISSÃO EOITORIAL
2, Zoneamento agrícola da regiào ca-
caueira baiana. L . F. da Silva, A.
Alvim , Paulo de T. H. Mariano e A.C. da C.P. Dias, ..... /3
Cruz, Luiz C.
Sales, José C. d. Agricultura! zoning of the Bahian co-
Vello , Fernando coa region. (Summary) p. 27.

ASSESSORES CIENTÍFICOS 3, Cua/ro espedes de Irips en el cacao


Ahken. William M. de Tabasco, Mexico. R .M. lohan-
Alencar , Maria H. sen N ................. ................................ .. 29
Alvim , Ronald
Barroco, Hélio E. Four species of thrips on cocoa in
Barros. Raimundo S. Tabasco, Mexico. (Summary) p.38.
Cabala R. , F . Percy
Carleuo. Geraldo A.
Loureiro, Edmar S.
4. Nema/odes 01 lhe cocoa region 01 Ba-
Maravalhas , Nelson
hia, Brazil. 111. P/an/ parasilic
Mariano. An[ôn io H. and Iree-liuing nema/odes in lhe
Medt-iros , Arnaldo G. rizospheres 01 six dil/erenl plant
Menezes , José A . S. species. R. D. Sharma e P.A.A .
Miranda, Ema Ruy de Loo/· .... .... ...... .............. .... ...... ........ .. 39
Perei ra. Clovis P.
Rocha. Hermínio M. Nematódios da região cacaueira da
Silva. Luiz F. da Bahia, Brasil. UI. Nematódios pa-
Silva, Peddto
rasitos e nào parasitos na rizos -
Venlocilla, Jos~ A.
fera de seis diferentes espécies
Endereço para correspon- de plantas. (Resumo) p. 43.
dê nc ia ( Adress ror corre·
spondence):
NOTA
Re vista Th~obroma
Centro de Pesquisas do
Segunda 'eun,ao regiO Nal americana do
Cacau (C EPEC).
Cais. Pos(al 7 grupo de Phytophthora pa!mivora. 44
H.600 - h.huna-Bahia
Drasi I Second American regional meetíng of
Tiragem
Phy/ophlhOfa pa/miuora group. p.
3.000 esemplares 48.
IDENTIDADE E
CARACTERIZAÇÃO TAXONÔMICA PRELIMINAR
DAS MOSQUINHAS Forcipomyia
(DlPTERA, CERATOPOGONIDAE)
ASSOCIADAS COM A POLINIZAÇÃO
DO CACAUEIRO NA BAHIA·

Saulo d e J esus Soria··


Willis W. Wirth···

A caracterização taxonômica com base nos caracteres dos es -


das mosquinhas Forc ipom yia spp. tados imaturos . Novos subgêneros
tem por objetivo o seu reconheci - foram sucessivamente adiciona -
mento nos estudos de caráter eco- dos, à medida que o estudo do
nômico, que estão sendo conduzi - gênero Forcipomyia avançava .
dos na regiã o cacaueira da &hia. Dessart (2, 3) elaborou uma chave
Essa caracterização é considerada para a identificação das espécies
prelimi nar , porquanto foi baseada polinizadoras do cacaueiro e ou-
em um número reduzido de elemen- tras do gênero ForcijJom yia, que
tos taxonômicos, facilmente medi- ocorrem no Congo, Africa . Saun-
dos e m adultos de ambos os se- ders (9), Wirth (16) e Dow e Wirth
xos. Concomitantemente são des- (4) desenvolveram chaves para as
critos os hábitos das mosquinhas espécies neotropicais e as neárti -
em funçã o da polinização do ca- cas dos subgêneros Th yridomyia
caueiro. e Sy nthrydom y ia. Wirth (17) des -
creveu espécies neotropicais do
A literatura sobre a taxonom ia subgênero Microhe lea.
de Forcipom yia é rica devido à
grande diversidade de espécies Winder e Silva (13, 14), em co-
existentes neste gênero. Saunders la boração com W. W. Wirth, pesqui-
(10) dividiu in icialmente o gênero saram a complexa fauna de dípte-
Forcipom yia em oito subgêneros ros nos cacauais da Bahia, pro-

• Rec ebido para publicação em nove mbro, 1973.


U Ph.D ., Divis ão de Entomologia, CEPEC .
... Ph .D., U. S. Department of Agric ulture, c / o U. S. National Mu seum ,
Wa shington D.C . 20560, U.S. A.

Rev ista Theob,oma . CEPEC. Ilhéus, Brasil, 4(1) : J. /2. Ja" .. ma,. 1974.

3
cu rando principa lmente aS mosqui- visão do çom pri mento d o primeiro
nhas F ()rci{loll/~' ia, em criad ouros tarsômero pelo comprimento do
nat urai s e nas fl o res do cacauei- segund o (7). A re lação ante nal
ro, Vá r ios subst ratos or gânicos , (A. R .), nas fêmeas , é o compri-
presentes noS cac8uais, demons- mento combinado dos cinco f1age-
t raram '!ôe r c riadouros de I'orcipo- lômeros d istais dividido pelo com -
III\' ia s pp" pa r ticu l arme nte as Bro- primento combinado dos oito f1age-
mel i aceae epífitas, d as quais l ômeros precedentes (3). Nos ma-
eme rgiram exemp l ares de f'. ( Pr o· c hos, a A .R . é o compri mento com-
!o r e ipt/lIIyia I, reconhec i dos como binado dos c inco f1agelômeros dis -
polini zadores importantes em ou- tais divid ido pelo comprimento
tras áreas da América. combinado dos o it o f1 agelômeros
precedentes (3) . O comprimento da
No presente traba lho, não se asa, de acord o com a terminologia
pretende fazer a re visão comp l eta adotada por Wirth ( 15 ), é medido a
do assu nto, uma vez que est udos partir do arc ulus basa l até o extre-
mais aprofund ados, baseados nas mo dista i da asa; a re la ção costal
des crições d os estados imaturos (C . R .), t a mbém de acord o com
correspondentes ao presente ma- Wirth (16), é o comprimento da cos -
te ri al, est;)o se nd o conduzidos sob ta med i do a partirdo a rculu s basal
a lideran ça de W.W. Wirth, do La- até o extremo distai da célu l a ra-
boratório de Entomologia Siste- dial sec undár i a dividido pe l o com-
mática, do Departament o de Agri- primento da asa.
cultura dos Estados Unidos da
América (USDA).
Para d eterminar qualitativa e
quantitativ amente as mosquinhas
f'orcipOlJ/)'ia s pp., três ope rários
treinados em reconhecê-Ias nos
cacauais efet uara m coletas di árias
A determinação qualitativa e sistemáticas em 108 árvores eti-
quantitativa, dinâmica popu l acio - quetadas. As coletaS foram feitas
nal e polinização pelas mosqu i - das 8:00 às 10:00 horas, nu perío-
nhas F()rciprUll y ia s pp . foram es t u- do de 15 de abril a 28 de nove m-
dadas em quadras experiment ais bro de 1972.
do CEPEC, mu nicípio de Ilhéus,
BA , nos anos de 1972 e 1Q73.
Quando descoberta numa flor,
Na te rminol ogia usada, a deno- a mosqui nha era capturada e a
mi nação /:' /I fore i{lrJIII\ ia Ma lIoch flor i med iatamente e ncerrada em
(7) para o subgênero P"'fo,c i{lf)' um vidro com 2,5 cm de diâmetro
JII\ if' Saunde rs (lO) volta a te r va- e 11 cm de compri me nt o. As mos-
I idez por pri oridade de descr ição, quinhas capturadas eram conduzi -
segund o a opinião de \\' ir th (18) , das ao laboratório, onde eram
o presente trabalho, a relação mo r tas e conser vadas em álcoo l a
larsa l (T.R,) é o res ultado da di - 70% para estudos taxon ômicos.

4
Cada exemplar fême a era disse- As mosquinhas fêmeas coleta -
cado com o auxílio de um estereo- das no ato da polinização foram
microscópio, segundo a metodolo- todas enquadradas no subgênero
gia de Saunders (11), separando-se P. (EuforcipomyiaJ Malloch e se
e orientando-se a cabeça, uma asa apresentaram em dois grupos prin-
e o abdômem. A genitalia maSculi- cipais, separados entre si pelo
na foi separada com os três últi- tamanho das espermatecas, a
11'0S segmentos abdominais para saber:
perm itir a observação das suas
F. (F.uforcipomyia) sp. 1. Ca-
estruturas internas e externas; do
mesmo modo, procedeu-se com a racteriza-se por ter espermatecas
piriformes, marcadamente desi-
cabeç&, tórax e asa para medição
guais (Quadro 1 e Figura 18). A
das antenas, tarsos, asas e outras
espermateca maior tem compri-
estruhuas. As estruturas foram
mento médio de 70 micra e largura
cobertas com lamínulas para se-
de 50 micra . A espermateca me-
rem estudadas posteriormente ao
microscoplO. As medições das nor tem comprimento de 57 micra
asas e demais estruturas foram e largura de 40 micra. A T.R.
média foi de 1,97 e a A.R. foi de
feitas sob aumentos de 20x e
1,13. O comprimento médio da
80x, respectivamente, usando-se
asa, a partir do arculus, foi de
escala micrométrica .
0,80 mm; a largura média foi de
0,36 mm na sua maior expansão e
a C.R. foi 0,54.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
F. (EuforcipomyiaJ sp. 2. Ca-
F. (Euforcipomyia) racteriza-se por ter espermatecas
quase iguais (Quadro 1 e Figura
Quarenta e seis mosquinhas fo- lC). Cada espermateca tem com-
ram coletadas ind ividua lmente em primento médio de 64 micra e lar-
46 flores no ato da polinização. gura média de 49 micra. A dife -
O número total de flores observa- rença dimensional entre as es -
das foi de 327.000 durante o perío- permatecas é de apenas 3 micra
do de amostragem (101 dias). O em comprimento. Outras caracte-
número total de mosquinhas coleta- rísticas subgenéricas foram T.R.
das em atitude de descanso nas média de 1,63; A.R. média de
flores , ass im como em botões flo- 1,03; comprimento da asa de
rais e pontas secas de folha, foi 1,04 mm; largura 0,42 mm e C.R. de
de 487 fêmeas e 158 machos. A 0,52. Como se vê, existe uma no-
rel ação entre o número de flores táve l diferença entre os tamanhos
disponíveis e o de mosquinhas das asas de F. (EuforcipomyiaJ
polinizadoras foi de 7.122:1; no sp. 2 e F. (E uforcipom yia) sp. I,
e nt a nto , a taxa de flores disponí- sendo a primeira maior que a se-
veis sobre o total de mosquinhas gunda. Esta espécie foi recente-
Forcipomyia presentes nos ca- mente identificada como F. (E u-
cauais foi de 508: 1. forcipomyiaJ spatulifera Saunders.

5
Quadro I - Ca racte rís ticas de espécies poliJ/izadoras do slI bgéJ/eTO
Euforcipomy ia, {-,me as " ma chos. I/hélls. Ba hia. 1972 / 73.

Fêmeas Machos
Elementos taxonômicos (na o diferenciados)
sp. 1 sp. 2
Comprimento da asa (mm) 0,80 1,04 1,05
Largura da asa (mm) 0,36 0,42 0 ,34
Espermateca maior
Diâmetro maior (mícron) 70 64
Diâmetro menor (mícron) 50 49
Espermateclt menor
Diâmetro maior (mícron) 57
Diâmetro menor (mícron) 40
Relação tarsal (T.R .) 1,97 1,68 1,62
Relação antena I (A.R.) 1,13 1,03 0,98
Rela ç.ão costal (C .R .) 0,54 0,52 0,48

N!' indivíduos estudados , 14' . 23

o e xame dos machos mostrou pe las mosquinhas, no a to de po -


os dois apodemas basistilares linização, indicmam que some nte
unid os em ángulo agud o, ca racte- em 52% dos casos o pólen foi de -
ríst ica da F. (/ :u iorc iIJOIl/ ) ia) senso positado no estilo e estigma flo-
lat. (Quad ro I e Figura l U). A me- ra is. A ocorrê ncia limit ada de
dição dos elemen tos morfológicos po linizações (52 %) na presente
exte rn os perm i t i u a ca ract er ização amost ra gem parece ter s ido in -
de um grupo subgené ri co único fuenciada pelo pouco tempo que
com T .R . média de 1,62 (Quadro as mosquinhas pe rmaneceram nas
1), A.R . méd ia de 0,98, compri - fl ores. Isto teve lu gar enq ua nt o a
me nto e largura médi os da asa de mosquinha a ndava e provava a
1,05 mm e 0,35 mm, respectiva- s'Jperfície interior dos est<lmi-
mente, C C .R. de 0,48. E~ t e grupo nóides . Nessa ocasião, eve nt ua 1-
prov,.ve lme nt e ser<Í subdivi did o mente, a mos quinha en tra ra na s
em várias espécie~ . qU<tnd o um conchas das péta las, ond e o póle n
nú m<: f o m~ds representat i vo de ade riu ao seu dor so . O es paço
c,,,,,cter ísticÓls for medid o p,m, ent re o estigma e os es t"mi nói des
S lHt c ••r;:,clcri%(lç[io. pa rec ia pe rmitir a passagem do
inseto, mas não da S U<l Ctl rp,é:t de
Obse rv1lciies feit" s sob o m, - griios ne póle n. que fic<tva depo -
c rose:f.pi" nn s 4() flores visi tadas sitndH no est i gma na s u<t PêISS::I-
Figura 1 - A. Fêmea de Forcipomyia (Euforcipomyia) sp., JOx; B .
Esperma/ecas de F. (Euforcipomyia) sp. I; C. Espermatecas de F .
(Euforcipomyia) sp. 2; D. Genitalia masculina de F. (Euforcipomyia)
senso la/. Ilh éus, Bahia. 1972 / 73.

gem o Esta mecamca de poliniza- Forcipomyia sells. lato


ção concorda com as observações
feitas por Billes (1) e Posnette o gênero Porcipomyia, na Ba-
(8), em Trinidad, e Hernandez (5), hia, apresenta grande variabilida-
na Costa Rica. Neste mesmo país, de, de acordo com as determina-
Soria (12) registrou um período de ções feitas por Wirth (Quadro 2).
10 a 45 minutos necessár ios para Com base nas variações da T.R.
que as mosquinhas efetuassem para o gênero Porcipomyia, medi-
uma polinização típica. das em exemplares coletados no

7
cacau -
Quad ro 2 - Mosq uinha s Forci pomy ia co le /adas nas Ilore s do
('iro_ IIb"lI s . /Jabia, J 973· .

,-Fêm eas .. Machos 'l.


Mo· squ inh as .' . (número)' (número) ',~"

71
2

6. .' , ;
-
3 :· :"
to ,'" ••

. 4 ·... ' ,,,


. '--:.,~
..:. .... '

* Determinadas por W. W. Wirth, ARS- USD A.

CEP EC, foi comprovad a a maior na indic aram , até hoje, a prese nça
freqü ê ncia das mosq uinha s Eulor - dos subg ênero s Eulo rcipo myia , La-
cipom y ia (T .R. 1,3-2 , 0) nas flo- siobe lea, Forc ipom )'ia e Micro-
res (Qua dro 3). Some nte F. (E u- helea e das mos quinh as Das )'he lea
lorci pomy ia) Mallo ch comp ortou -se como categ orias predomi nante s
como polin izado ra das flore s do nos caca uais da Bahi a (Figura 2).
caca ueiro . O índ ice eleva do de Machos de EulorcipOII/)' ia com pa-
polin izaçã o obse rvado na re gião râme ros fusio nado s como a rco gó-
caca ueira da Bahi a, no perío do de tico (10) não foram enco ntrad os
polin izand o as flore s do caca ueiro
abril a agos to de 1973 , estev e
na Bahi a. Vale salie nta r que Kauf -
apare ntem ente relac ionad o com a
freqü ência das mosq ui nhas Elllor- mann (6) re gist rou, na Áfric a, a
cipom y ia nos caca uais. ação polin izado ra dos mach os
Forci pom )' ia squa mipe llllis ln gram
Os estud os base ados na con- 8. Macf ie, razão porqu e o seu pa-

form ação dos parãm eros e a pode - pe l nessa ope ração de ve ser est u-
mas inter nos da genit alia masc u- dado também na Ba hia.

8
Quadro 3 - Freqüência de exemplares de Forcipomyia coletados em
cacaueiros, agrupados de acordo com os valores de relação tarsal
(T.R.) de Saunders (1956). Ilhéus, Bahia, 1973.

Sub,h",> E *{orC'ifiO"'yl. Fordpollfyi. F ()rcipoIlfY". Mic,oI.t~/,a OIU y.,I'1I

~ ~ fJtiJ ~ fJ()
') ('
Parbteros . . ". ..
GUUIIU.

A.R. 0.98 I 89 0.81 1.86 1.20

T.R . 1.62 0.48 0 .52 O.H 2.50

CoR. 0.48 0.41 0.1 . 0.43 0.50

Figura 2 - Sinopse comparativa dos quatro elementos morfológicos


que caracterizam quatro subgêneros de Forcipomyia e um de Dasyhelea .
Ilhéus, Bahia, 1972/73.

AGRADECIMENTOS

Ao Engenheiro Agrônomo Pedrito Silva, por sua entusiástica dedi-


cação à revisão do trabalho. Aos Eng~s Agr~ João Manuel Abreu e José
A. Ventocilla, pelas críticas. Ao 8 .S. William Martin Aitken, pela revi-

9
",h\ .1,\ ,<'''''"1<\ ('111 in~l(, ~, C "O Sr. FI()fi~valdo A. Galvão, pela aj uda
na rl"'d;u:;h,\ d\l a rt i~ú.

LITER t\TUR t\ CITADA

I. BILLES, 0 . .1. Pollination of "fb eobrolllf/ Cf/Cf/o L. in Trinidad. B.


1V.1. Tropical AgricuIture (Trinidad) 18(8): 151 - 156. 1941.
2. DESSART, P. Contribution a l'etude des Ceratopogonidae (Diptera);
11. Revision des I'orcipOlllyif/ congolais descrits par le Dr.
Geotghebuer. BuIletin Annuel de Societé Royale Belge 97 :
315-376. 1961.
3. Contribution a I'étude des Ceratopogonidae (Diptera);
VII. BruxeIles , Institut Roya l de Sciences Naturelles de
Belgique 72(2): 1-151. 1963.
4. DOW , M. I. e WIRTH , W. W. Stud ies on the genus ForcipOlllyia sp.
2. The Neartic species of the subgenera T hyridOIll)'ia and
S)'lIlbridomyio (Diptera, Cera topogonidae). Annals of the
Entomological Society of America 65(1):177-201. 1972.
5. HERNANDEZ, J. Insect pollination of cacao (Theo brolllo Cf/Cf/O L.)
in Costa Rica. Ph.D. Thesis. Madison, University of Wisconsin,
ló7 p. 1965.
6. KAUFMANN, T. Correspondência pa rt icular. 1973.
7. MALLOCH, J .R. Some adilional record s of Chiromidae Illinois.
Bulletin of Illinois State Laboratory of Natural History
11:305-363. 1915.
8. POSNETTE , A.F. PoIlinatio n of cacao in Trinidad. Tropical
Agriculture (Trinidad) 21:115-118. 1944 . .
9. SAUNDERS, L.G. On the life history, morphology and sistematic
position of Apelmo Kieffer a nd Th y ridomyio n. gen. (Diptera
Nemt. Ceratopogonidae). P a rasitology 17:252-277. 1925.
10. Revision of the Genus ForcipOl1l y io based on characteres
of a li stages. Canadian Journal of Zoology 34:657-705. 1956.
11. Methods for studying ForcipOIII)' io midges with special
reference to cacao pollination species (Diptera, Ceratopogoni-
dae). Canadian Journa l of Zoology 37:33-51. 1959.
12. SORIA, S. Studies on ForcipOIll)'io spp. midges (Diptera, Ceratopo-
gonidae) related to the poIlination of Theobromo Co Cf/O L.
Ph.D. Thesis. Madison, Universit y of Wisconsin, 142 p. 1970.

10
13. WINDER, ] . A. e SILVA, P. Cacao pollination : Microdi ptera of
cacao plantations and some of lheir breedin g places. Bulletin
of Entomological Resea rch 61 :651-655. 1972.

14 . e Pesquisas sobre a polinização do cacaueiro


por insetos na Bahia. Re vista Theobroma (Brasil) 2(3):36-46.
1972.
15. WIRTH, W.W. The Heleidae of California. University of California
Publ ica tions Entomology 9:95-266. 1952.

16. The Neotropical Forcipom y ia midges of the subgenus


Th yridom yia Sa unders (Diptera, Ceratopogonidae). Studia
Entomologica 13(1-4):429-440. 1970.
17. The Neotropical Forcipom yia (Microbelea) species related
to the ca terpilla r parasite F. fu liginosa (Diptera , Ceratopogo-
nidae). Annals of Entomological Societ y of America 65(3):
564-577. 1972.
18. Correspondência particular. 1973.

RESUMO

São descritos vartoS ca racteres taxonômicos de mosquinhas Porcipo·


my ia spp. adultas e os seus háb itos de polinização no cacaueiro. Fo-
ram medidos alguns caracteres morfo lógicos em adultos machos e fê -
meas, para duas espécies de F. (éuforc iPomyia), preliminarmente deno-
minadas sp. 1 e sp. 2. Sugere-se que o nome subgenérico EuforciPomyia
Ma lloch (1915) seja usado no lugar de Proforcipom y ia Saunders (1956).
P. (Euforc ipomyia) s pp. , F. (L asiohe l ea) spp. e F. (Microbelea) spp.
foram identificados de acordo com a genitalia dos machos. Estes taxa
e as mosquinhas Das y be lea spp. são freqüentemente encontrados nas
flores do cacaueiro, nunca, porém, efetuando qualquer atividade poli-
nizadora. Após examinar uma amostra de 327 .000 flores, concluiu-se
que as mosquinhas F. (Euforcipomyia) são as principais responsáveis
pela polinização do cacaueiro na Bahia. Tal qual ocorre em outras
regiões , observaram-se depósitos maciços de pólen qua ndo a mosquinha
Eu forcípomyia caminha nas superfícies interiores dos estaminóides e
prova o tecido epidérmico vermelho. Ao que parece, o espaço entre os
estam inóides e o estigma é suficientemente grande para que o inseto
passe sozinho, mas não os grãos de pólen, que ficam acumulados no
es tigma , ca racterizando a polinização típica da Euforcipom y ia no ca-
caueiro.

11
IDENTIFICATION AND
PRELIMINARY TAXONOMIC CHARACTERIZATION
OF Forciporn yia MIDGES
(DlPTERA, CERATOPOGONIDAE)
RELA TED TO THE POLLINATION
OF CACAO IN BAHIA

SUMMARY

Severa I taxonomic characters of adult Forcipom )' ia spp. midges and


their pollinating habits in cQCoa are described . Morphological charae-
ters, based on adult males and femaJes for two species of Porcipo/1/ )'ia
( F./l jorcipOlI/y ia) were measured. It is suggested that the subgenus of
c /ljorcipoll/ y ia Malloch (1915) be used in preference to its present na me
Proj orcipo11l )' ia Saunders (1956). P orcip o11l )' ia (EujorcipolI/ )'ia ) spp.,
F. (Lasiohel ea J spp. and F. (Microbe l ea ) spp., were identified a ccording
to their male genita lia. These and the closely reJated Das)'h e /ea spp.
midges were frequent1y found in coc oa flow e rs but no pollinating activity
was observed. From over 327,000 flowers e xa mined it is conc1uded that
it is the F. (Eujorcipom )' ia ) midges whic h a re mainl y responsible ior
pollination of cQCoa in Ba hia. Simila r to descriptions from other regions
it was found that massive pollen deposits ocurred when the E ujorcipo ·
II/ )'ia midge was walking and probing on the inner surfaces of the sta m-
inodes. It appears that the space between the staminodes and the
stigma is large enough for only the midge to pass through, the pollen
grai OS being left on the stigma as a massive deposit, considered char-
acteristic of ElIforcip011l )' ia pollination of coeoa.

12
ZONEAMENTO AGRÍCOLA DA
REGIÃO CACAUEIRA BAIANA *

Luiz Ferreira da Silva **


Antônio Henriqu e Mariano "*
Antônio C. da C. P. Dias ****

A região cacaueira baiana, aqui ce, portanto, de aproveitamento ra-


entendida , circunscreve uma á rea cional de seus recursos na turais ,
de aproximadamente 91.000 km 2 e é . haja vista ser dotada de caracte-
constituída de 89 municípios , 73 rísticas peculiares ao desenvolvi·
dos quais produtores de cacau (1) mento econômico: vias de acesso
e os de ma is estreitamente ligados aos grandes centros de consumo
a estes por relações de naturez a (Rio de Janeiro, Salvador , Vitória
sócio--econômica. Trata-se de uma e Belo Horizonte), facilidades de
área de economia eminentemente assistência técnica e aquisição de
cacaueira, responsável por quase insumos, porto inte'rnacional e po-
95% da produção brasileira de ca- tencialidade agro-pastoril.
cau , cujo cultivo se distribui em
400.000 ha. Estende-se do vale Efetivamente, há necessidade
do Baixo Jequiriçá, ao Norte, ao de se proceder o zoneamento agrí-
vale do Baixo Mucuri, ao Sul, e cola dessa região, que permitirá
comporta uma população estimada diagnosticar as possibilidades de
em 250 milhões de cacaueiros (3). aproveitamento agrícola dos seus
solos. Através de estudos de so·
Apesar da existência de outras los, clima e topografia (fisiogra-
atividades agrícolas (seringueira , fia), o presente trabalho objetiva,
coco-<la-8ahia, dendê e piaçava) e em primeira aproximação, fornecer
pecuária, a Região é tida como e- informações para fins de planeja -
conomicamente monocultora. Care- mentos diversos.

,*Recebido para public ação em março, 1974 .


•• Eng. ·Agr?, Divisão de Solos, CEPEC .
$O> M.S. , Divisão de Genética, CEPEC .
• * •• M.S. , Divisa0 de Solos, CEPEC .
Revis ta 7"heob roma. CE P EC , Il héus , Bra s il, 4 (I) : IJ· 28. Jan. ·ma r. 1974.

13
ASPEC TOS PEDOLÓGICOS Há uma dominância de solos ve-
lh os (Ox isols ), em conseqüência
Do ponto de vista pedológico, a pobres, de maior ocorrência na fa i-
regillo cacaueira da Bahia se cons- xa costeira úmida, derivados de
t itui em uma área complexa, cuja sedimentos desga stados do Terciá-
varia ção de solos se relaciona com rio e outros materiais pseudo-au-
a diversidade geológica. Apresenta tóctones do Pré-Cambriano (9).
30 unidades cartográficas (Qua-
dro 1), as quais se encontram per- Por outro lado, dentro desta fai-
feitamente caracterizadas e e1as - xa tropical úmida, a inda se encon-
s ificadas (11). tram solos relativamente jovens,

Quadro 1 - Lege'lda de iden tific ação dos solos da região cacau eira
baiana .

Con! inua
14
Quadro 1 - Continuação

Solos pouco 23
Enlisols Distróficos
desenvolvidos 24

Solos orgânicos Histosols Yesotr6ficos 25

Aridisols Eutr6ficos 26
Solos
IndiCerenciados lnceptlsols / 27
Entisols MesotróficoB
28
Tipos de 29
terrenos 30
a - Saturação de ba ses maior que 50 % em todo o perfil
b. " " entre 30 e 50,"0" "
li " "
c - " " " menor que 30,"0 " " tr "
d - Horiz onte A mesotrófico e horizonte 8 dis lrófico
e • Unidades cartográficas :
1. Argiu stolls 16.
.. ..
Haplustoxs variação Cristalino

...... ......
2. Tropudults variação ltabuna 17. Chapada
3. Camacan 18 . Umbriorthoxs
4. Morro Redondo 19. Eutrorthoxs
5.
6. .... ....
Sã o Paulinho
Na za ré
20.
21.
Eutropepts
Dystropepts
7.
8.
...... ....
Cururupe
Sã o Mateus
22.
23 .
Tropequods
Quartzipsamments variação Cairu
9.
lO. .. Vargito
ltagimirim
24.
25.
Quartzipsarrunents varo Areias Costeiras
Troposaprists
11. Tropudalfs 26. Solos semi·áridos
12. Haplustalfs 27. Solos Aluviais

....
13. Haplorthoxs variação Tabuleiro 28. Solos HidromórCicos
14 . Haplustoxs Tabuleiro 29. Mangues
15 . Hapl orthoxs Cristalino 30. Charcos.

ricos em bases trocáveis, oriundos são encontrados solos de aluvião,


de rochas intermediárias ou bási- ricos, devido sobretudo ao proces-
cas, nos quais o cacaueiro se de- so de colmatagem desses rios que,
senvolve bem. periodicamente, lançam um lodo
fértil sobre as camadas sedimen-
A oeste, já em clima de transi- tadas anteriormente (10).
ção, na zona pastoril, grandes fai -
Finalmente, a noroeste , surgem
xas de solos férteis se derivam de
os solos férteis das caatingas e,
rochas gnaissicas do complexo
em posição de altiplano, os terre-
cristalino, cuja pedogênese está
nos velhos do planalto sul-baiano.
estreitamente relacionada com a
mudança climática . ASPECTOS CLIMÁTICOS
Nos grandes rios - notadamente Com base em estudos de Frota
Pardo, Jequitinhonha e Mucuri - (5), Santos (8) e Domingues e Keller

15
(4), o clima da Região é caracteri- varia bastante desde 55 d ias em
zado a seguir em suas diversas Poções até 225 em Gandu, ocorren-
feições do a maior freqüência na faixa cos-
teira.
o e lemento mais importante na
caracterização do clima dessa re -
A::. temperaturas se mantêm com
gião parece ser a precipitação, con-
relativa uniformidade, apresentan-
tribuindo os diversos regimes plu-
do médias elevadas e pequenas
viométricos para imprimir à paisa-
oscilações no decorrer do ano. As
gem nuanças fisiográficas.
médias anuais são de Aproximada-
mente 24°C, com índices médi0s
De um modo geral, pode-se dis -
mais elevados (26°C) nos meses
tinguir duas regiões climáticas mar-
de verão e mais baixos nos de in-
cantes: uma úmida, na faixa cos-
verno, nunca atingindo, porém, va-
teira, cuja precipitação anual é su-
lores médios inferiores a 18°C.
perior a 1.000 mm - chegando até
2.297 mm (Valença) - e outra mais
Quanto à umidade relativa do
seca, ma is para o interior, com pre-
ar, a Região a presenta uma méd ia
cipitação inferior a 750 mm.
anual de 78%, com valores médios
As abundantes chuvas no lito- superiores a 80% na costa, bastan-
ral são devidas à ação dos ventos te correlacionados com o regime
alísios que desempenham importan- pluviométrico.
te papel na gênese das chuvas na
Região. São ventos muito úmidos, Para fins de interpretação das
devido ao longo trajeto sobre o condições agrícolas, dividiu-se a
oceano, que, penetrando no Conti- Região em três zonas climáticas,
nente, sofrem súbita ascensão e, descritas a seguir.
conseqüentemente, descompressão
adiabática que provoca um abaixa- Clima úmido. Faixa próxima ao
mento da temperatura, especial- litoral, com uma largura média de
mente no inverno. 50 km, precipitação superior a 1.000
mm, temperatura em torno de 24°C
Avançando em direção ao oeste , e umidade relativa acima de 80%,
observa-se que a umidade vai di- ocorrendo as máx imas pluviomé-
minuindo sensivelmente, de forma tricas de fevereiro a julho. Não
gradual, começando a se fazer sen- possui estação seca definida, ape-
tir o regime pluviométrico de uma sar de , na faixa mais afastada do
estação seca que, mais para o in- litoral (últimos 10 km), já se evi -
terior, torna-se bem marcante. Tudo denciar uma tendência (dados dos
indica que, aí, existe menor influ- últimos 6 anos) de período seco
ência dos ventos alísios, predomi- (agosto a setembro /~ utubro) .
nando as chuvas de verão.
A freqüência das chuvas , inde- Encontram-se nes ~ ;. f a ixa os
pendent.emente da sua quantidade, mUnlClplOS de Valença, c'a mamu,

16
Ubaitaba, Taperoá, Cairu, Ituberá, Relevo praticamente plano. Com-
Ibirapitanga, Maraú, Itacaré, Uru- preende as restingas. formadas pe-
çuca , Itajuípe, Itabuna, Ilhéus, Bu- la sedimentação marinha regressi-
erarema, Una, Canavieiras, Bel- va, os deltas. resultantes da depo-
monte , Porto Seguro, Itamaraju, sição de materiais na embocadura
Mucuri, Caravelas e outras, res- dos rios, em ambiente salobro, e
ponsáveis por ma is de 90% da pro- as planícies aluviais oriundas da
dução de cacau da Bahia. colmatagem dos rios (Pardo, Jequi-
tinhonha e Mucuri).
Clima de transição. Zona de es -
tação seca definida (3 a 4 meses), Relevo suave ondulado. Area -
com vegetação típica semi-caduci- dos tabuleiros típicos , caracteriza-
fólia. Caracteriza-se pela preci- dos por suas formas aplainadas de
pitação mediana (800 a 1.100 mm) topo achatado e cortados por vales
e temperaturas elevadas . Abrange de seção transversal em forma de
toda a zona pastoril representada "U" (7). • Inclui-se também o pla-
pelos seguintes municípios mais nalto sul-baiano de superfície pe-
importantes: !tapet inga, Itororó, neplanizada e altitude superior a
!també, Potiraguá, !tarantim, Mai- 750 m.
quinique, Itaju do Colônia, Ipiaú,
Guaratinga, Medeiros Neto, Ibira- Relevo ondulado. Área essen-
puã , Itagibá , Itagi e Itanhém. cialmente integrada por seqüência
de colinas arredondadas de mode-
Clima seco. Faixa oeste da Re- lado suave, muitas vezes associa-
gião, de precipitação aquém de 800 das a uma topografia ondulada de
mm e estação seca de mais de 5 topos concordantes (tabuleiros).
meses (a bri I a setembro). A vege-
tação é xerófila (acatingada) nas Relevo forte ondulado. Compre-
áreas de alt itude inferior a 600 m, ende as cristas baixas e os pata-
e caducifólia (mata-cipó) no pla- mares nive lados do Pré-Cambriano,
na lto sul-baiano (mais de 750 m de geralmente de direção SW-NE . To-
altitude). Compreende os municí- pografia formada por oute ir os e
pios de Jequié, Manoel Vitorino, morros (elevações de 100 a 200 m
Anagé , Vitória da Conquista, Po- de altitude relativa) com declives
ções, Cândido Sales etc . fortes.
Relevo movimentado. Consti-
tuído das cristas altas do Pré-Cam-
ASPECTOS TOPOGRÁFICOS briano e encostas ou áreas dissec -
tadas do planalto sul-baiano. Su-
Utilizando-se imagens de radar perfície de topografia vigorosa,
na escala de 1-250.000, elaborou-se com predominância de formas aci-
o mapa esquemático dos principais dentadas, apresentando desnivela-
tipos de relevo da Região (Figu- mentos relativamente grandes e de-
ra 1), descritos a seguir: clives fortes ou muito fortes.

17
40*00' " ,'
C',c:.u.~ •• A"CA
o
I
10
,
40 ao aOI.

-1974-

[I,.A80RAÇaO 00 En9. Agr.


LUlr FCRRCIRA DA S/L VA

~o

. 0'

0,°

.. '

LOCALlZAcÃO
I1IWIl"O
", '

no

LEGENDA
t-.- t--j '"
c=J --..o ",..tlC"""."t. JIotto

-_..............
18m "'-I.to a 110 ... OItIIfllodo
_-It...,o o,.Nodo ''0

IIIITIID"""" III.vI"'.,.'"
. .0

O..... fll.'o co,tó ...t. :-,,~--til,... i c·


nDOLOa'A - - CEPEC--CEI'I.AC

Figura 1 - Principais tipos de relevo da região cacaueiro baia'la,

18
Em síntese, como é mostrada cos, tem relação com o uso agrí-
no Quadro 2, trata-se de uma região cola da terra e com a vegetação
com mais de 42% de topografia a- natural (6), enquanto a topografia,
centuada, sem possibilidades, por- aspecto agrícola, possui maior i-
tanto, de utilização com máquinas dentidade com a agricultura em si.
agrícolas. Mais de 30% de suas á-
O clima, sobretudo pela presen-
reas não apresentam quais quer im-
ça e duração de um período seco,
pedimentos (relevo suave, sem pe-
o solo, pela sua fertilidade, textura
dregosidade e boas condições físi-
e profundidade efetiva, e a topo-
cas do solo) à mecanização e o
grafia , pelas suas formas de relevo
restante, ligeiros impedimentos,
(altitude relativa, declividade e
sobretudo pela presença de pedras
pedregosidade) permitem, através
superficiais e / ou más condições
da integração de seus parâmetros,
físicas do solo.
estabelecer zonas de distintas po-
tencialidades agro-pastoris.
ZONEAMENTO AGRíCOLA Isto posto, procedeu-se, em pri-
meira aproximação, ao zoneamento
As condições edafo-climáticas agrícola da Região (Quadro 3 e Fi-
e a topografia constituem os fato- gura 2). Para tanto, foi ela dividi-
res mais importantes para a sele- da em oito macrozonas (fatores e-
ção dos cultivos de uma região. Os dafo-climáticos) e 23 áreas agríco-
aspectos edafo-climáticos, chama- las (adição do 3? fator, a topogra-
dos também de aspectos ecológi- fia), descritas a seguir.

Quadro 2 - Distribuição das classes de relevo na região cacaueira


baiana.

.... ~., ~
;. " . - - :-
~.... .":"~
"'. Ll&"iro;,' pt9b1etila!! (c;cadiçlÍea
,"'). \.
'. ~ , fiaie. .
r... ~ <Ç
a<1IM): "
.'
:a... ,,:;
'" '. s ? - t-
Suave ....a.iàdo. , .,3 0,79
~,. . >" Ár•• ideal, ...... quaisquer .
• impedim.... to.. "

e_ •
• ' '. '2:. '
, ,

, 21 , 01 Probl_. pedreeoaidade
, , em paude parte da 'rea .
". <; ... '" '. • J

Forte olldulado," " 21.200 23,48 Sem poaaibilidades de


','
mecalliz8çio.

Movimentado ,
, , '17:440 19,31 Sem po•• ibilidades de
me""!,i%açlo,
,

19
Clima tímido sois, Ultisols mesotróficos, Dys -
trope pts, Aluviais e H id romórficos.
(\) solos rérteis medianamente São caracterizados pe l o méd ia e
profundos. Correspondem aos Alfi- a Ito índice de satu ração de bases ,

Quadro 3 - AlteTllatirJas d e utilização agro· pas tori l e zon eamenfo agrí·


cola da reg ião cac aue Ü"a baiallO.

'·é~~';. ,'c.'u· (s olos argilosos


dren" dos) e cul·
tivos de subsistência .
,
Cacau e CruticuUura .
3 1.280 Cacau e pa stage ns.
4 3.240 Cacau e refloreSlamento

490 Past age ns (regime in-


tensivo) c cultivos
li
" anuais .

G'()c()-dla·Baís, caju e

~\}~(cJj(á-!, .cU1tivos anuajs~


Seringu,~ir;. , de ndê, pi-
rilenta~do-reino, cravo-
da:india .
4.120 . Pastagens
t.040 ,- ' 1j1eClorestamento

bUltJvos _nuais
_) , Fiutic)lltura
• o
. f Pastagens ..
, -q.~ • ,

,.: .... ~. . e· refloresta -


,

:"t· P~I.t.&ierl. ,e reservas


(l'o ~).

Continua
20
Quadro 3 - Continuação

19 920 Pa lma rorra ge ira. ma ·


mono, sisal, algodão
perene e girassol.
VII
20 2.640 Pastagens
'-
21 3.840 Reserva flores ta I
Seco
22 9. 800 Olericultura
23 1.920 Fruticultura subtropi-
vm cal, café e pastagens
(regime de confina-
mento).

I - Solos fé rteis de profundid a de med iana v - Solos pobre s


11 - Solos fé rteis ras os VI - Solos férteis
m - So[ os pobres e a re nos os vrr - So los fé rte is
IV - Solos pobre s a rg ilosos VIII - Solos pobres

1. Pratica mente plan o 13. Ondulado


2. Ondulado 14. Forte ondulado
3. Forte ondula do 15. Mov imentado
4. Mo vimentado 16. Ondulado
5. Ondulado 17. Forte ondulado
6. Pratic amente plano 18. Movimentado
7. Forte ondulado 19. Sua ve ondulado
8. Sua ve ondulado 20. Forte ondulado
9. Ondulado 21. Movimentado
10. Forte ondulado 22. Suave ondulado
11 . Movimentado 23 . Ondulado
12. Sua ve ondulado

pH moderadamente ácido, boa ca- tal aproveitamento dessas áreas,


pacidade de retenção de umidade com grandes benefícios sociais pa-
e presença de minera is primários ra a população rural. Entretanto,
em quase todo o perfil. sendo esparsas e reduz idas as á-
reas disponíveis para essa prática,
Área de pouco mais de 6.000
não se pode esperar uma diversifi-
km' , com vocação agrícola para a
cação com amplos reflexos na eco-
c acauicultura em sua maior parte.
nomia local. Objetivando-se uma
Dado a ocorrência de manchas cuja
diversificação de efeito principal-
reduz ida profundidade ou deficiên-
mente social , poder-se-iam utilizar
cia de drenagem torna o solo limi-
as áreas planas de baixadas com
ta nte para a agricultura, as fazen-
cultivos de subsistência , as ondu-
das não possuem, de modo geral,
ladas com Crut icultura e as de ma is
toda a sua área ocupada com esse
com pa stagens e reflorestamento.
cultivo (2).
A diversificação agrícola das (11) Solos férteis rasos.
Terre -
fazendas poderá possibilitar o to- nos de características quase idên-

21
""'
",

CLIMA ÚMIDO
'o'
U) SOLOS FÉRTEIS
OE PROFUNDIDADE MEDIANA
I. PtOtlc:aMen,. plano
2 . 0\'ldu lO dO
3 . For ti ondulado
4 . Mo" irn.ntodo ,,'
(l1) SOLOS FERTEIS RASOS

5. Ondulodo
(tu) SOLOS POBRES ARENOSOS ......~_+«-:::. 'o'
6 ,P,alicomlntl plono
7. forllondulodo
(IV) SOLOS POBRES ARGLOSOS

a Suo". ondulodo
9. Onckilodo
10.Fort. ondulado
11 . Movimentado
CL IMA OE TRANSICl'O
(V ) SOLOS POBRES

12. Suo", ondul060



13. Ondulodo
14. FO"londulodo --'
15. Mo"i"'entado
I I TaliUl~, ...
f1--+-1 ,,'
(VnSOLOS FERTE IS •
16. OncNlodo
17 For •• ondulodo (
1..
l e. Movlmentodo v1
CLIIIIA seco
(V II)SOLOS FERT~IS

19. Suou ondulada


20.Forle ondl,ltodo
2 1.Mo" jmlnlodO ..... ,"'-- - H- '
1'V1II}50LDS POBRES
2 2.5110"" ondll lodo
23.0ndulodo "'õõ"- -.;;o-
40·)0 4 0·
-"'--;!;o----
)0
d,,.-l
, •• ,..,t·
••• .,.'o·
ELA80fUcc.AO DO [ntRAerA. : L..ui.l F-,,-jro dA. s.iJ..nL...
O .... "IlI.t o c:o,tÓgra(o : ---W~----.Nc:rr- ; co

Figura 2 - Zoneamento agrícola da região cacalleira baiana.

22
ticas às do grupo anterior, diferin- do e baixa reserva de minerais
do basicame nte no tocante à pro- primários. Area de 23.080 km'.
fundidade efetiva, que não excede
Possuem uma significativa área
50 em. Correspondem aos Eutro-
de topografia suave (13.000 km').
pepts cuja pequena cubagem não
que deve ser reservada para culti-
fornece condições a um armazena-
vos de seringueira (flevea brasili·
mento de água capaz de satisfazer
e1lsis Muell Arg.), dendê (Elaeis
às exigências do cacaueiro.
gui1leetlsis jacq .), cravo-da-Índia
Estes solos, que abrangem pe- (Eugenia carioph y/lata Thunb.),
quenas áreas e são de preço ele- pimenta·do·reino (PiPer nigrum L.),
vado, são excelentes para cultives guaraná (Paullinia Cupana H.B.K.)
de pequeno porte. São recomendá- e cana-de-açúcar (Saccharum offi.
veis para pastagens desde que ex - ei1larum L.). Muitos desses culti-
plorados em regime intensivo. Po- vos poderão se estender às áreas
dem igualmente ser utilizados com onduladas.
cultivos anuais de subsistência
As pastagens e reflorestamento
dev ido principalmente ao seu fácil
têm seu melhor aproveitamento nos
acesso e prox imidade às ma iores
solos de topografia forte ondulada
cidades da Região (ltabuna, Ilhéus,
e movimentada respectivamente .
etc.), onde o poder aquisitivo e
população possibilitam preço com-
Outros cultivos que poderão ser
pensador para os produtores. Área
localizados também nos Oxisols
de 480 km'.
de topografia suave são os de ci-
(111)Solos pobres arenosos. So- clo curto principalmente pela pre-
los de textura excessivamente le - sença de estradas de escoamento,
ve, tais como: Quartzipsaments e facilidade de mecanização e baixo
Tropaquods, cuja potencialidade preço das terras.
agrícola se restringe a cultivos
psamófilos como a piaçava (Allalea
funifera Mart), coco-da-Bahia (Co· Clima de transição
cos nueifera L.), caju (A nacardium
oceidentale L.) e abacaxi (Ananas (V) Solos pobres. Ox isols do
sativus Schult.). Área de 3 .880 km' . grupo Haplustoxs, os quais, muitas
vezes, apresentam o horizonte A
(IV) Solos pobres argilosos. (O - 30 em) com fertilidade media-
Compreendem os Oxisols (Haplor- na diferindo, portanto, dos Oxisols
toxs) e Ultisols (distróficos), cuja de clima úmido, cuja pobreza quí-
limitação principal de utilização mica é praticamente homogênea em
agrícola é a baixa fertilidade, ape- todo o perfil. Área de 19.280 km'.
sar de possuirem boas condições
físicas. Trata-se de solos com De s d e que convenientemente
saturação de bases inferior a 30%, manejados, podem ser utilizados
alta saturação de alumínio, pH áci- com cultivos anuais, especialmen-

23
te nas áreas de topografia suave, solo são terrenos de baixa poten-
fruticultura nos relevos ondulados cialidade agrícola, a não ser para
e pastagem nas demais áreas, po- cultivos adaptados, tais como a
dendo ser associadas com reflores - palma forrageira (Opun'ia spp.),
tamento. mamona IRic;'lIIs communis L_} .
sisal IAga ve rígida Mill} e girassol
(VI) Solos férteis. Pertencem a (IIeliar/lblls ar/nus L.), que devem
este grupo, principalmente, os Ar- ser reservados para as áreas de re-
giustolls e Haplustalfs, que se ca- levo suave. Também podem ser uti-
racterizam pela alta saturação de lizadas com pastagens as zonas de
bases, argila de atividade elevada, topografia forte ondulada, deixando
pH praticamente neutro, minerais as áreas movimentadas para reser-
primários em todo o perfil e pro- vas florestais.
fundidade efetiva entre 50-15Ocm.
(VIII) Solos pobres. Oxisols de
Possuem problemas de defici - altitude (relevo de altiplano acima
ência de água (clima e profundida - de 750 m), dotados de excelentes
de do solo) e, e 'n grande parte da condições físicas e baixa fertilida-
área, impedimentos a o uso de ma- de natural. Área de 11.720 km'.
quinaria agrícola (topografia e / ou
pedregosidade). Constituem-se nas As áreas ma is planas prestam-
melhores áreas de pastagem da Re- se perfeitamente para a mecaniza-
gião, sobretudo pela riqueza de seus ção agrícola . As de posição aba-
solos. Área de 18.080 km'. ciada e altitude acima de 900 m
oferecem melhores condições para
Possivelmente, o mais racional a exploração agrícola. Dado sua
seria a utilização destes solos com riqueza em matéria orgânica e con-
pastagens nas áreas de relevo a- dições desfavoráveis ao desenvol-
centuado e cultivos anuais nas zo- vimento de muitas enfermidades,
nas intermontanas não pedregosas devem ser reservados à olericultu-
de relevo ondulado , aproveitando- ra. Além destas vantagens, a liga -
se as boas condições edafo-climá- ção dessas áreas com OS centros
ticas. consumidores, por estradas asfal -
tadas tornam-nas por dema is pro-
missoras às atividades aí desen-
Clima seco volvidas . Já as áreas com relevo
ondulado, poderão ser aproveitadas
(VII) Solos férteis. Região semi- com cafeicultura, fruticultura sub-
árida, altitude em torno de 450 m, tropica l e pastagens (regime de
relevo variável e fertilid ade alta,
confinamento).
algumas vezes com problema s de
salinidade (zonas abaciadas). Área
de 7.400 km' . DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Pelas condições climáticas ad- Como se depreende , a região


versas e pouco desenvolvimento do caca ueira baiana possui excelen-

24
tes cond ições agríco l as e suas pe- los férteis estão sendo subut iliza -
cul ia ridades permitem uma d iver - dos. Além das pas tagens, que de -
sificação agro-pecuária bastante vem se r melhor ma nejada s, há con-
ampla, graças à variedade de seus dições de obtenç:lo de altas produ -
solos , clima e topografi a. ções em cul ti vos anua is, nas áreas
de topografia ondu l ada (não pedre-
Economicame nt e, a área mais gosa), cuja atividade agríc ol a de ve
importa nte é a zona caca ue ira pro - ser considerada, haja vista a dis -
priamente dita (solos férteis, me- ponibilidade de áreas e a ca rência
dian amente profundos, clima úmi- de plantas aliment ícias na Região.
do), caracterizada pela predomi -
nância de relev o acentuado e / ou De alta potenc ia 1idade agríco-
pedregoso, cuja opção ma is racio- la, por out ro lado, é a zona dos t a-
nal de utilizacão ag rícol a é o ca- buleiros su l -ba ianos (solos pobres),
cauei ro, pelas suas exigências e cuja t opografia e condi ções físicas
qua I idades de planta preser-:.adora permitem uma tecnologia agr ícola
das condições ambient.ais. E ev i - avançada (insumos modernos e me-
dente a necessidade de uma ca - canização agrícola), com possibi-
cauicultura implantada com mate- bilidades de aproveitamento c om
ria l genético mais produtivo e con - cu lti vos perenes dos trópicos úmi-
duzida com técnicas mode rnas . Si- dos, para a qua I deve ser dirigido
multaneamente, para a prove itamen - um plano objetivo de diversificação.
to de ~ reas impróprias para a ca-
cauicultura, pode ser conduzida Em síntese, trata-se de uma re-
uma diversificaçâo ao nível de pro- gião com exce l entes perspectivas
p: ;edade COm finalidades pred omi- de aproveitamento agrícola, cujas
nantemente socia is. nuanças de solos. fatores c limáti -
. cos e topografia. a liados às boas
cond ições de infra -es trut ura, per-
Outra zona de importánc ia para
a Região é a pastoril (so l os fér - mitem uma diversificação técnica
teis, clim<J de transição), cujos so- e economicamente racional.

:\ G R i\ D r:: C I ~I r:: ' T OS

Aos Eng.-Agr?s K oze n Igue e Paulo Frota, pelas sugestões na elabo-


ração do texto.

L IT r:: R A T U R .<\ C I T ,\ D .-\

1. ÁLVARES-AFONSO, F.M . Características do sistema da produção :


cacau, seringa , coco, dendê, piaçava, pecuária de cor te, ali-
"entícios. /11 Seminário de Desen volv imento Regiona l I ntegra-

25
do, ltabuna, Bahia, Brasil, 8 a 13 de junho, 1970. Introdução
à região cacaueira, Itabuna, Centro de Pesquisas do Cacau.
V. 2 . pp. 4 -63

2. ALENCAR, M.H. Aspectos da concentração da produção de cacau e


da estrutura fundiária na região cacaueira do Estado da Bahia .
Itabuna, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau. Comunicação
Técnica n? 37. 1970. 27 p.
3 . BARROCO, H.E. A importância econômica da região cacaueira para
a Bahia e para o Brasil. A economia cacaueira : produção e ten-
dência. I;, Seminário de Desenvolvimento Regional Integrado,
Itabuna, Bahia, Brasil , 8 a 13 de junho, 1970. Introdução à
região cacaueira. ltabuna, Centro de Pesquisas do Cacau . V. 3 .
pp .4- 11.

4 . DOMINGUES, A.J.P . e KELLER, E.C. de S. Bah ia. Rio de Janeiro,


Conselho Nacional de Geografia, 1958. 310 p.

5. FROTA , P .C.E. Notas sobre o clima da região cacaueira baiana. Ca-


cau Atualidades (Brasil) 9 (2): 17 -24 . 1972.

6. JAN BEEK , K. et aI. Interpretação preliminar da carta de solos da


região cacaueira . In Congresso Brasileiro de Ciência do Solo,
lO?, Piracicaba, São Paulo, Brasil, 19 a 30 de julho, 1965.

7. LEÃO, A.C. e SILVA, L.F. da. Fotointerpretação aplicada a estudos


de solos na região cacaueira baiana. In Congresso Brasileiro
de Cartografia, 6?, Rio de Janeiro, 15 a 22 de julho, 1973 .

8. SANTOS, R.F.A. dos . Chuvas na Bahia, máximas e mínimas. Salva-


dor , Ministério da Viação e Obras Públicas, 1 %2. s .p.

9. SILVA , L.F. da. Possibilidades de aproveitamento agrícola dos so-


los da região cacaueira baiana . Cacau Atualidades (Brasil) 9
(4): 10 - 14 . 1973 .

10. et aI. Solos dos vales dos rios Pardo e Jequitinhonha da


Bahia. ltabuna, Brasil . Centro de Pesquisas do Cacau. Co-
municação Técnica n? 16. 1968. 30 p.

11 . et aI. Solos da região cacaueira baiana . ltabuna, Brasil,


Centro de Pesquisas do Caca u, 276 p. (Datilografado) .

26
RESUMO

Com base em fatores climáticos, pedológicos e topográficos, conside-


rados fund'amentais na seleção de cultivos, procedeu-se o zoneamento
agrícola da região cacaueira baiana. Para tanto foi ela dividida em oito
macro-zonas e 23 áreas agrícolas, as quais são descritas no presente tra -
balho e dadas suas mais viáveis possibilidades de aproveitamento agro -
pastoril.

Dentre as zonas delim itadas, três são enfatizadas pela sua importân-
cia econômica e l ou geográfica : A. zona cacaueira propriamente dita , para
a qual se recomenda uma cacauicultura melhor manejada e aproveitamento
das áreas vizinhas com cultivos de subsistência a nível de fazenda; B.
zona pastoril , de solos férteis subutilizados , para a qual recomenda -se
aproveitar as áreas onduladas (não pedregosas) com cultivos anua is e ra-
cionalizar o manejo das pastagens ; e C. zona dos tabuleiros úmidos sul-
baianos , considerada de alta potencialidade agrícola , com possibilidades
de aproveitamento com cultivos perenes dos trópicos úmidos, tendo em
vista as boas condições físicas (externas e internas) dos seus solos .

Finalmente, conclui-se que a Região tem excelentes perspectivas de


aproveitamento agrícola, dado suas boas condições de infra -estrutura e
var iedade edafo-c1 imática.

AGRICULTURA L ZONING OF THE BAHIAN COCOA REGION

SUMMARY

From the various climatic, pedologic and topographic data available,


the Bahian cocoa region has been divided up into eight micro-regions and
23 agricu ltura I areas. Each has been outlined giving the most favorable
methods for their agricultura l utilization.

Of the different zones three are given special attention due to their
economic and / or geographical importance: (i) The present cocoa zone for
which a better management for the actual cocoa is recommended together
with the use of neighboring area s for subsistence c rops to be grown at the
farm size levei; (ii) The grassland zone with its underutilized fertile soils,
for which annual crops are recommended e s pecially on the stone free un-
dulating areas together with a better management of the existing pastures ;
(iii) The Southern Bahian humid lowland plateau zone, which is considered
to have great agricultura I potential in particular for perennia I tropica I tree

27
çrops due lo thc exce llenl ph ys i ca l charac terislics (bolh interna i a nd ex-
lernal) of il s so il s .

In summnr v il is conc luded lha! the ove rilll reg i on has good poss ibilit ies
for lhe fut ure as re gn rd s agricultural ulilizalion, give n its adva nced infra-
struCltore a nd good edHpho-c limatic conditions.
CUATRO ESPECIES DE TRIPES EN EL CACAO
DE TAI3ASCO, MEXICO *

Robe rto M. Johansen Naime**

EI propósito dei presente traba - F . pa rvu/a. es una plaga común


jo es informar sobre los trips en el plátano (Mu s a paradisiaca)
(Thysanoptera) que habitan en las donde lleva a ca bo su ciclo vital,
plantas de caca o dei Estado de pero ha sido observada también
Tabasco, México. Muchas veces ca usando manchas necróticas fo-
se cons idera y se generaliza en lia res en el caCao. Existen ante -
México que , cuando hay trips en el cedentes de su presenc ia en el
cacao, s on necesariamente de la follaje dei cacao en Panamá e ln-
especie Se / ellolhrips wbroci11clus dias Occidentales (10) y como po-
(Giard) , dando lugar a errores, con linizador en Colomoia (1).
es as afirmaciones . Las especies
aqui consideradas pertenecen ai EI S. il/ ve rsu s ha sido descrito
suborden Terebrantia y sono Se/ e· como una es pec ie frecllente en
l10lbrips rubrocif/clu S (G i a rd), pastos (9). o hay datos que per-
Pral/k/inie lla pawula Hood , Seri· mitan tener ante.cedentes de la es-
colbrips lI/ ve r s us Hood y Leu co· pecie en México y menos en plan-
Ibrip s pi er ce i var. Ib eo br01l/ae tas de cacao .
Priesner.
Por lo que respecta a L. pier.
La primera es pec ie fue notic ia - ce io existe e l antecedente de haber
da y estudiad a como plaga dei ca- s id o colectada en follaje joven de
cao en México , aproxima damente ca c a o en Surinám (9) y no hay
desde 1952 (3 , 4, 5, 7,11 ). t\ctua l- mención sobre su presencia en
mente Sll presencia ha sido com- México. Moulton (9) menciona que
probada fuer a dei cacao , en el a l- la e s pecie L e llc o llJrips pierc ei
mendro (T ermina/ia calappa ) (8, Morga n, s i ex is te en México, .pero
l! , 12). no en la plant", de c a cao.

• Re c ibid o pa ra publi c a c i ón e n ma rzo d e 19 72 .


• - Ri ó l ogo . Labora to ri o d e Entomo logia , C o legio Supe rior de Agri c ultura
Tr opi ca l. Sec re tari a de A gricul tura y Ga na deria. Cárde nas, Ta basco ,
Mé xi c o.

Revis ta TheobrOIfl(/' CE PE C. Ilhéus . Ura s il . 4 ( 1J : 29 · 38 jan .• lflar . / 974.

29
MATERIALES Y METODOS

Las colectas fueron realizadas


en las pla ntas de alimentación,
mediante un pincel humedecido en
una solución de alcohol 96°, ácido
acético ai 5% y agua, en la pro-
porción 95:3:2, conservando los
ejemplares en frascos, con la mis -
ma soluciÓn. Después fueron deshi-
dratados con alcoholes de 70; 80;
90 ; 96 e 1000, aclarados con xilol
y montados entre porta y cubre-
objetos con bálsamo dei Canadá,
para su identificación. Las ob-
servaciones fueron hechas con mi-
croscopio compuesto de campo
claro a menor aumento (60x) y
mayor aumento (100x). Las micro-
fotografías fueron hechas con pelí-
cula de grano fino, usándose ade-
más filtros azul, verde claro y
amariJlo para contrastar. Todos los
Figura 1 Selenotrips rubro-
ejemplares quedaron depositados cinctus. Larva de primera fase, en
en la colección dei autor. - vista ven tral. J2x. Filtro azul.

RESULTADOS Y DlSCUSION
das largas, negras; son muy acti-
Descripción de las especies vas y se les observa generalmente
con el abdomen encorvado hacia
S. rubrocínc /us arriba, transportando una esfera de
líquido excremental de color obs-
Los estados inmaduros, larva, curo. Abundan sobre todo cerca de
prepupa y pupa (Figuras 1, 2, 3, 4 las nervaduras central y seCunda-
y 5) son de color amariJlo trans - rias de la hoja. La prepupa se ca-
parente en algunos ejemplares, racteriza por la aparición de los
contrastando con anaranjado y ade- rud imentos alares pequenos y
más , con un característico cintu- transparentes, y las antenas diri-
rón de pigmento rojo, generalmente gidas hacia adelante. La pupa se
en los tres primeros segmentos ab- distingue dei estado anterior, por
dominales. Las larvas están des- el mayor desarroJlo de los sacos
provistas de rudimentos alares y alares, la posición de las antenas
tienen en el extremo abdominal dirigidas sobre el dorso y además,
una característica coro na de cer- cerca de su madurez se pueden

30
Figura 2 - Selenotrips rubro- F igura 3 - Selenotrips rubro-
cinctus. LaTlJa (!/l segunda /ase ell cinctus. Prefiu/Ja e ll /liSII1 dorsal.
/lisla v e nlral. 32x . Fillro ve rde. 32x . Fillro lJerde )' azul.

distinguir pupas masculinas y fe- timos segmentos abdomina les son


meninas, por la a parición de los s iempre más claros ; la cabeza y
genita les externos en ambos ca- el tórax son en gene ral de un tono
sos . Los dos estados son vir - más claro que el abdomen; las
tualmente inmóviles y repos an en coxas y fémures , café, igual a I
grupos generalmente cerca de los lórax; tibias igualmente cafés pero
márgenes externos de las hojas . lige rame nte amarill enl as en los
extremos dis tales; larsos de colo-
Adulto ración ama rill a muv elara. Alas
anteriores de color uniformemente
Hembra, macrÓptera. Largo café, con pubescencia. Alas pos-
0,96-1,54 mm (Fi gura 6). De color teri ores con la milad ex terna salpi -
café ambar ino en algunos ejem- cada de café , la mitad basal de un
piares especialmente los jóvenes; lono más claro. La superfi cie ex-
y en muchos ejempla res, esta co- terna dei cuerpo presenta una or-
lorac ión es casi negra especial- namentación a base de su rcos y
mente en el abdomen, pero los úl - crestas que fo rma n áreas poligo-

31
I

Figura 4 - Selenotrips rubro- Figura 5 - Selenotrips rubro-


cinctus . Pupa masculilla e n vis ta cinctus. Papa temen ina en v ista
dorsal. 32x. Filtro azul. (Nótese velltral. 32x. Filtro azul )' /Je rde.
la placa genital ell el extremo dei (N6tese el ovopositor).
abdomell).
cortas; el abdomen achatado en el
nales , las cuales dan un as pecto extremo y con tres pares de espi-
característico de malla; las ante- nas cortas lanceoladas en el dorso
nas con el segmento I y 11 , café; del nove no segmento abdominal.
III claro tra'lslúcido, ligeramente
sal picado con café, grisáceo en la Localidad : Cárdenas y La
mitad di sta i ; IV igual ai a nterior; Chontalpa, en el Estado de Ta -
V mitad basal translúcida y obs- basco, y Rosario-Izapa, en el Es-
curecido con café en la distai; tado de Chiapas.
VI café; VII y VIII café grisáceo
claro. Hosped eras: caca o y alme ndro .

Macho, macrÓptero. Largo 1,31


mm. (Figura 7). En general con la F. paT/Jula
misma coloración que la hembra,
pero de cuerpo mucho más delgad o . Las larvas jóvenes dei primer
Las alas son rel ativa mente más estadio son de color blanquecino

32
'.

F igura 6 - Selenotrips rubro- Figura 7 - Selen otrips rubro-


cinctus. Adu lto bembra e n v is ta cinct us. Adulto macbo el/ v is ta
dorsal. 32x. Filtro az ul . lIe litral. 32.< . Filt ro azul.

tra ns paren,t e mientras que las de i c l aro: abdomen con los segmentos
segund o estadia on de calor ama - apical es de un t o no más obscuro;
rillent o que en algunos casos es fémures cafés, más claros api cal -
más fuerte (F igura 8). Son muy ac ti - me nte ; tibias y tarsos amarillo
vas e n las inflorescencias dei plá - cla ro. Las alas anteriores de co l or
ta no donde abu ndan y causan man - ca fé y las pos t eri ores claras; a n-
chas necróticas de color pa rd l1zco . tenas con l os segmentos 1-11 y
IV-VIIl de color café, el 11 es e l
De los es t ados prepupa y pupa, más obsc uro ; III ama r i l lo grisáceo;
no tenemos ejemplares , pero de IV-V más c l aros basalme nte. La
acue rd o com De Le on (2) son es- ca beza y protórax, con a l gun as
t ados de repos o en la tierra adya- est r ías transversa l es en Su s uper-
cente a l a pl anta de aliment ac i Ón. fície dorsal.

Adulto Macho, mac róptero (Figura 10).


De co l or ama rillo cl aro , con una
Hembra, mac róptera. L argo 1,1- ma ncha pa rdu zca en medio de l os
1,3 mm (Figu ra 9). De color café terguitos 2-8. Alas ante riores cl a-

33

Figura 8 - Franklinielta par- Figura 9 - Franklinielta par-


vula. Larva etl se gutlda fase etl vula. Adulto hemhra en vis ta dor-
v ista dorsal. 32 .... Filtro amarillo. s al. 19x. Filtro az ul y amarillo.

ras ; antenas c as i blancas; los seg- S. itl versu s


mentos IV-V obscurecidos, con
gris apicalmente; VI-VIII grises. Hembra, mactóptera (Figura 11 ).
De color uniformeme nte amarillo
claro, algo ambarino a los lados ,
L o c a I i d a d: Cárdenas y La
e xtremo abdomina l, tórax y cono
Ch onta lpa, en el Estado de Ta-
bucal; con a lgunas manchas cafés
basco; Xico, Texolo, Coatepec y
en el protóra x, dos en el metascu-
j a lapa, e n e l Estado de Veracruz.
tum y una a cada lado de los ter-
guitos abdom inales lI-VII. Las an-
Hospe dcras: huevecillo y esta- tenas con los segmentos I-lII gri-
di aS la rvar ios e n las inflorescen- ses; IV-VII1 café negruzco. Alas
cias, tanto en pie, como las tira- ante riores blanco transparente,
das e n e l s uelo; los adult os, ta nto co n las venas de ca lor ana ranj ado
en i nflorescencias como en frutos claro. La cabez a y e I tórax Con
de plátano. En follaj e tierno de a rru gas transversales conspicuas.
cacao, a du ltos so lame nte . Las patas y abdome n prese nt a n

34
-. ./"""

Figura 10 - Frankliniella par- Figura 11 - Sericothrips inver-


vula. Adulto ma cho e1l /);sla dor· sus. Adulto hembra en vista dor-
sal. 32x. Filtro verde. sal. 19x. Fi ltro verde )' amarillo.

pubescencia, especialmente a am- L~ piercei


bos lados de este último. Ojos
café obscuro; ocelos con el creci- Hembra, macróptera (Figura 13).
ente de color anaranjado rojizo. Largo 0,49-0,58 mm. De color blan-
quecino amarillento en genera I, pe-
ro el tórax , cano bucal y oviposi-
Macho, macróptero (Figura 12). tor de un tono más fuerte . Alas an-
Virtualmente semejante a la hem- teriores blanco transparente, con
bra en coloración pero de menor
una conspicua mancha de calor rojo
tamaiio y más delgado. Destaca la vivo entre las bases de las ante-
fuerte coloración anaranjada de
nas. Ojos negruzcos y los ocelos
los tes tículos.
con el creciente de colar rojo vivo.
La superficie dei cuerpo lisa.
Localidad: Cárdenas, en el Es-
tado de Ta basco. Localidad: Cárdenas, en el Es-
tado de Tabasc o.
Hospederas : follaje tierno de Hospederas: follaje tierno de
cacao. cacao.

35
..
,

" ~ ,o'
.
Figura 12 - Sericothrips inver- Figura 13 - Leucothrips pier-
sus . Adulto ma('ho e u vista dorsal. ceio lIaT theobromae. Adulto hem-
32,\'. Fi/tro azul. bTa eu lIista /Jel/ tral. 32x. Fi/lro
/Je rde.

CONCLUSIONES
mentación, tanto en e 1 cacao como
De las observaciones realiza- en el a lmendro. Es probable que
das se puede hacer el siguiente el almendro sea una hospedera im-
análisis por especie : portante , sobre todo si el cacao
está cercano .
S . rtlhrociuctu s. Las lesiones
necróticas que produce en los te- F. pawula. Esta especie ha
jidos foliares y en el fruto, son estado bajo est udio e n Tabasco
causadas principalmente por los para conocer su ciclo de vida (2)
estadios larvarios. Los estados y la forma de combalirla química-
de prepupa y pupa son de reposo. mente (6). Se sabe que las larvas
Los adultos causan también danos se a Iimentan y desarrolla n en las
de consideración , sie ndo muy acli- flores dei plátano donde provocan
vos en el follaje, flores y frutos. lesiones como manchas parduzcas;
El ciclo de vida completo se lleva la prepupa y la pupa pasan· este
a cabo en la misma planta de ali- ciclo e n el sue lo adyacente a la

36
planta de alimentación y los adul- ra vista, la presencia de los adul -
t',$ pululan en las flo res y frutos. tos en el cacao.
E" la localidad de Tabasco, un al- Por lo que respecta a S. i11 ue r·
to porcentaje de las plantaciones sus y I.. piercei, no tenemos aún
de pláta no están infestadas y datos sobre sus ciclos de vida y
existe la circunstancia de que al- podemos mencionar que ambas es-
gunos cacaoteros son sombreados pecies causan manchas necróticas
con estas plantas, de ta I manera foliares en el caca o, sin mayor
que esto podria explicar , a prime- importancia económica.

LITERATURA CITADA

1. DE FRANCO, T.H. Catálogo provisional de los insectos encon tra-


dos en el cacaotero, en Colombia. 111 Conferencia Interame-
ricana de Caca o, 7a, Pa lmira , Colombia, 1958. Palmira,
Colombia, Ministerio de Agricultura , .1958. pp. 231-239.
2. DE LEÓN, J . Comunicaciones personales acerca dei ciclo de vida
de Frallklilliella paruula, Hood . Cárdenas , México, Colegio
Superior de Agricultura Tropical, Secretaria de Agricultura y
Ganadería . 1972 .
3. EL CACAOTERO, cultivo y plagas. México, D.F. Secretaria de
Agricultura y Ganadería, Dirección General de Agricultura en
cooperación con Du-Pont, México. pp. 33-38. 1952 .
4. EL CULTIVO dei cacao, insectos dei cacao. México, D.F. Secre-
taria de Agricultura y Ganadería, Dirección General de Agri-
cultura. pp. 62-70. 1953.
5. HECHT, O. Nota acerca de Sele110lhrifJS rubrocincttls (Giard),
plaga dei cacaotero. Fitófilo (México) 6(5):33-42. 1952.
6. IBARRA, G.E. , GARCIA, R. Y FAVELLA, A. Combate de trips dei
fruto dei pláta no con tratamientos de insecticida y bolsas
de polietileno. VII Congreso Nacional de Entomología.
Folia Entomológica de México n~ 23-24:64-65. 1972.
7. KNOKE , J .K. Insec!os que atacan a i cacao en América y su com-
bate . r,cao (Costa Rica) 10(2): 1-7. 1965.
8. MEDINA G., S. The Thysa noptera of Puerto Rico. University of
Puerto Rico, Agr icultura l Experiment Station, Technical
Paper 32. 159 p. 1961
9. MOULTON, D. The Thv' anaptera af Sauth America 11. Revis ta de
Entomologia (P :dsi l) 3(1):99-106. 1933.

37
10. MOULTON, D. The genus Frankliniella Karny,with keys for the
determination oC species (Thysanoptera). Revista de Ento-
mologia (Brasil) 19(1-2): 55-114. 1948.
11. SILVA, P . Tripes do cacaueiro - causador do queima da folha e
da ferrugem do fruto. Cacau Atualidades (Brasil) 1(9 -10):
1-4. 1964.
12. WOLCOTT, G.N. The insects oC Puerto Rico. Thysanoptera.
Journal oC Agriculture oí University of Puerto Rico 32(1):
94-102. 1948.

RESUMEN
Frecuentemente se afirma que solamente el Se leflothrips ruhrocinclu s
(Giard) es el responsable por los danos causados en los cacaotales de
México. Sin embargo, se encontró que los thrips Frankli1/iella par/Jula
Hood, S ericothrips illuerSIlS Hood y L e llcothrips piercei varo Iheohroma e
Priesner son también plagas dei cacaotero. Por la primera vez estas
tres especies son noticiadas en cacaoteros de México. Los hábitos,
ciclos de vida y distribución de las cuatro especies de thrips, son
mencionadas en este estudio.

FOUR SPECIES OF THRIPS ON COCOA


IN TABASCO, MEXICO
SUMMARY

II is often said lha t only the lhrips Se / e n o li" ip s r/l &ro<: i,, (" I/l S (Giard)
is responsible for dama ge in lhe cocoa plantations of Mexico. However,
it was found lhat lhe thrips F"", kli ll ie lla par uula Hood , Sru i co lh rip '
i ll u e rS Ii S Hood a nd L e u colhr ip s p ierce i varo Iheo& rom a e Pr iesner a re als o
pests of cocoa . This is the first time th a t these three species ha ve
been reported on cocoa in Mexico. Habits, !iCe c ycles and distribution
of all the four thrips species a re mentioned.

38
NEMATODES OF THE COCOA REGION OF BAHIA , BRAZIL
III - PLANT PARASITIC AND FREE-LIVING NEMATODES
IN THE RHIZOSPHERES OF SIX DIFFERENT PLANT SPECIES*

Ravi Dali Sha rm a**


Piele r Aarl Albe rlu s L oo f***

The occ urren ce and distr ibuti on from P. gllaia va. The samp les from
of nem alode s from the rhizo sphe res T. gralldiflora and T. bicol or were
of diffe rent crops in the coco a colle cted aI CEPL AC 's Junio r
regio n of Bahi a has alrea dy been Scho ol of Agr ic ultur e (EMARC),
wide ly repor ted (1 , 2, 3, 4, 5, 6, Uruç uca, the rema inder being
7). This paper prese nts informa- samp led a I the Coco a Rese arch
tion on lhe planl paras itic and Cent er (CEP EC) in Ilhéu s. The
free~ li v i ng nema todes from s ix meth ods invol ved in the extra clion
diffe rent pla nt spec ies hithe rlo of the nema todes , inc1uding their
l\Osa mpled for nema todes . furth er perm anenl mounling, follow
those previ ousl y descr ibed by
Sha rma and Loof (1).
Mt\T ERIt \LS t\ND METH ODS

As a parI of gene ral nema tode RESU L TS t\ND DlSCUSSION


s urvey slarte d in May, 1971, 13
so i! a nd rool samp les were taken The plant paras itic and free -
from lhe follo wing plant spec ies: living nema todes found in the dif-
Tb eobroma gra7ld i flo ra, T, bico/ar, feren t sam ples are Iisted in
Erylb ri7la g lall ca, Glad iollls s p., Tab les 1 and 2 respe ctive ly.
oIIolllordica cbara7llia and Psidi um
gllaia va. Two samp les were taken Of ali lhe pla nt paras itic
each from E. glauc a, Glad io/us sp. nema todes l/ e lico l,vl etlcbl ls dihy s·
a nd T. gralldi flora, one from M. lera wa s the domina nt spec ies.
cbaralll ia and T. bico/ ar and five Exce pl for 1/ . calif om icus, Ma cro ·

• Reeei ved for publie a tion in Au gust, 1973 .


•• D. Se. (Ag rie ), Divis ion o f Entom ology , CEPE C .
... . Dr ' l Oe pa rtme nt o f Ne matol ogy. 8 i nnenh aven
15, A gric u ltura ! Unive rSi ty.
a

Wagen i ngc n , The Nethe rla nd s.

Ueuis ta 'f'beo b,oma. CEPE C. IIbé us. B,asi l. 4 ( I) ,' 39·43 . jall
. . O/Ia, . 1 97 ~ .

39
Table 1 - FrequeTlcy 01 OCCUrreTlce 01 p/a1lt parasilic nemalodes
as sociated wilh six dillerelll p/alll species ill 1 J samp/es in lhe cocoa
region 01 Babia.

A. Theobroma gra'ldil/ora; B. Tbeobroma bicolor; C. Erytbrilla g/al/ca;


D. G/adio/us sp., E. Morm()rdica cbaralltia; e F. Psidium guajava.

poslbol/ia cf. omala and Xiphillema Bearing in mind the large


bre/licoll", ali lhe plant parasitic number of nematodes found it is
nematodes listed in Table I have recommended that a systematic
already been reported from a wide nematode survey of ali the impor -
range of plant species in Bahia tant crops of the cocoa region of
(1, 2, 3, 4, 5. 6; 7). Out of 46 Bahia be undertaken to determi ne
genera and 74 species of free- their role as plant pa rasite both
living nematodes found in this under laboratory a nd field condi-
survey. 34 genera and 44 s pecies tions . Such a study may revea l
have a Iready been recorded pre - many unrecorded nematode species
vious lv from Bahia (1. 2). of economic importance.

40
Table 2 - Fre qu c nc y of occurre11ce of free·/i/1;ng n e mo/r,d" s a sso ei·
a/cri w; lb six di/fe re,, 1 p/anl spec ies il1 /3 s a7llples in lhe cocoo regit",
of Rahia.

Continued

41
Tahle ? - Continued

/olollcbus Sp. A,C 3


' /. cf. Iricbl/rl/s B 1
LeplOllcbl/s sp. A,C 3
L. gralll//oslIs O 2
.... esodory/aimus sp. C,E,F 3·
M. parasubli/is O,F 3
ftlesorbabdilis sp. F 1
M. paucipapillala O 1
Micollchus sp. ~ A,E,F 3
I M,onhys lera sp. >, O 1
M,yloncb./us sp. A,D,F 5
M. indu F 1
M. ",inor C,O 2
Nygolai",us sp. D" F 2 I
Oigolai",rlht sp. A 1 ' l

Oxidíru sp~ A,~,C,F 5 ~ ••I


O. Iropic us A 1 ,
Po/ion'chulus sp. F' ,
1 I
Prionchu/us ",uscoruIfI A 1
Prislflalola;mus inle""edilis A,O 2
Prodoryla;mus sp. A,B,C,O,F 7
Proleplonchu,s sp. B,'C 2
Psilrnchus sp. A 1
P. cf. bilarulus E 1
Rhabditis sI?, O 1
Sporonchulus denlalus B,O 2
Thornenema sp. A,F 2
T. cavalcanti; A,C,O,E,F 10
T. ",auri/;an ..", F,O 2
T. viriosum F 1
Triscbis lo",a arrnicoÚl O 2
Tylencholailflelln sp., O,F 3
T. cf. IfIfIgnídrss A,O; F 5
Tyl~nchs
, O
sp.
>
,. "1
"
A. Th eo hroma grandi/lora ; B. Th eo broma bic%r; C. Er)'thrina glal/ca;
D. Gladioll/s sp.; E .. Momordica charantia ; e F. Psidium guajava.

LITERATURE C ITED

1. SHARMA , R.D. a nd LOOF, P.A .A. Nematodes associated with


different plants at the Centro de Pesquisas do Cacau, Bahia.
Rev is ta Theobroma (Brasil) 2(4):38-43. 1972 . .
2. a nd Nematodes of the Cocoa Re gion of Bahia,
Braz il. 1 - Plant -parasitic a nd fre e- living nematodes associated

42
with rubber (// I?,' "a hras i/ic-lIsis Muel!'-Arg). Revi!'ita Th eob rom ..
(Brasil) 3(1):36-4 1. 1973.
3. _ _ _ _ and SHER , S.A. Nematodes associated with b.. n.. n~ in Ra-
hia, Brazi!. Ciência e Cultura (Brasi I) 25(7):665-668. 1973.
4. ____ a nd . Nematodes associated with citrus in B«hia,
Braz i!. Ciência e Cultura (Rrasil) 25(7):668-672. 1973.
5. ____ and Nematodes of the Cocoa Region of B~hia,
Brazi!. II - Occurrence a nd distribution of planl paras it ic
nematodes associated with cocoa rfhl'" hromo CQCOO L.). Re-
vista Theobroma (Brasil) 3(3):17- 24. 1973.

SUMMARY

Ten genera and 19 species of plant parasitic a nd 46 genera and


74 species of free-living nematodes were found in 13 samples collected
from the rhizos pheres of six different plan! species: 7"beobroma 1!ral/'
di fLor o, T. bicolor, Er~' lhrilla 1!/OIlCO, MOII/ordica choraI/lia and Psidillm
gllaja va. The most common plant parasitic species encountred in the
samples was Helico ly l enchus dihyslera. The nematodes ROII"/enchullls
rel/ iformis, Xiphillema sp., X. vu/gare, Dolicbodorus sp., and Macro·
poslhollia 01l0ellsi5 were found in 30-50% of the samples.

NEMATÓDIOS DA REGIÃO CACAUEIRA DA BAHIA, BRASIL.


III - NEMATÓDIOS PARASITOS E NÃO PARASITOS
NA RIZOSFERA DE SEIS DIFERENTES ESPÉCIES DE PLANTAS
RESUMO

Em 13 amostras de solo coletadas na rizosfera de Tbeobroma gra1ldi.


floro, T. bic%~~ro Erylhril/o gla/lco, Cladio/us sp., Alomordica cbarol/ tia
e Psidillll/ ~uajava. foram encontrados 10 gêneros e 19 espécies de
nematódios parasitos e 46 gêneros e 74 espécies de nema tódios não
parasitos (de vida livre). A espécie mais freqüente de parasitos de
plantas encontrado nas amost ras foi fl e /ico lyle1lcblls dihvstera. ROly-
lellCb/lllls relliformis, Xiphjllemo sp., X. 'J/I/~ore, Dolichodorlls sp. e
Alacroposthonia 01l0e llS is foram encontrados em 30-50% das amostras.

43
SEGUNDA REUNIÃO REGIONAL AMERICANA
DO GRUPO DE Phytophthora palmivora
Guayaquil, Equador, 8 a 23 de junho de 1973

RESUMO DOS TRABALHOS APRESENTADOS

Foram apresentados oito trabalhos na seção destinada ao Ph ytoph·


ra palmivora, com discussões sobre podridão parda e cancro.

1. Uma nova espécie de Phytophthora. denominado P . megasperma.


foi registrada em cacaueiro, na Venezuela. Este organismo causa uma
doença denominada Mancha de Agua ou podridão aquosa e é enc~ntrado
numa região daquele país. A inoculação dos ramos, folhas e frutos
ocasionou reprodução dos sintomas da enfermidade em vários cultivares.
O fungo é bem diferente do P. paIm ivora, sendo homotálico. Com a apli-
cação de Cupravit, foi obtido algum controle em frutos afetados pela
podridão. (Lilian C. de Reyes, E!stación Experimental de Caucagua,
Venezuela).

2. Também na Venezuela, quatro espécies do gênero Phytophthora


foram registrados com isolados dos frutos do cacaueiro: P. palmivora,
P. megaspeTma. P. parasitica e P . syTingae. A inoculação de semen-
tes, ramos e frutos ocasionou reprodução de sintomas com todas as
espécies. A sua agressividade, entretanto, varia de espécie para
espécie. (Lilian C. de Reyes e I/umberto Reyes, Estación Experi·
mental de Caucagua. Venezuela).

3. Estudos efetuados na Jamaica demonstraram que os frutos podem


ser contaminados pelo Phytophthora proveniente de um cancro locali-
zado no tronco da árvore. O cancro também pode ter início a partir de
um fruto contaminado, pelo crescimento do fungo através do pedúnculo,
atingindo o tronco. Durante a estação seca , os cancros atravessam um
período de inatividade total. Práticas sanitárias e pulverização são
importantes na redução da incidência de cancro e prodidão parda .
(Caroll Henry, Jamaica).

4. O uso de suspensão de zoosponos para inocular frutos demons -


trou que estes são altamente susceptíveis quando novos (2 meses);

44
esta susceptibilidade decresce quando OS frutos tem 3 meses e aumenta
novamente com a ~ade, até o seu amadurecimento. Em testes de inocu -
lação de frutos, com base no diâmetro da lesão, os cultivares Catongo,
CC-42, Sca-6 e UF -29 mostraram maior resistência. (j. Laurellce,
IICA. Turrialba, COsIa Rica).

5. Experimentos de campo feitos na Estação Experimental La Lola,


Costa Rica, durante 6 anos, demonstraram que os cultivares CC-42,
UF -29 e CC41 tiveram baixa percentagem de frutos com podridão parda
enquanto CC10 e UF -667 tiveram uma a Ita percentagem de frutos ataca-
dos. Os cultivares CC45, UF-668 e UF-221 deram uma percentagem
intermediária. Escape, mais do que a resistência à doença, pode estar
incluída em alguns dos resultados desses experimentos. A lesão dos
frutos, 6 dias após a inoculação, demonstrou tendências semelhantes
âs encontradas com Catongo, que também mostrou resistência. (j.
Soria, IICA , Tllrrialba, CosIa Rica).

6. Pesquisas feitas na Bahia, Brasil, deram informações sobre di-


versos aspectos da epidemiologia e controle da podridão parda. O pe-
ríodo crítico para infecção de frutos na Bahia é de maio a setembro.
Fatores climáticos relacionados à incidência da enfermidade incluem
deficit de pressão de vapor, número de dias chuvosos e número de horas
de chuva. A redução da sombra diminuiu o número de frutos contamina-
dos . O uso de Kocide 101 e Cobre Sandoz deu bom resultado no controle
da podridão parda, com duas ou quatro pulverizações anuais. Sca-6,
Sca -12, alguns cultivares da série Catongo e seleções TSH e TSA mos-
traram resistência ao P. palmivora Com a inoculação dos frutos. Medidas
de saneamento são também recomendadas para um controle mais eficien-
te. (11. M. Rocha. CEPEC, Ilbéll s . Bahia. Brasil).

7. Em testes feitos com diversas culturas da coleção da Universidade


da Califórnia, Riverside , inclusive isolados de diversos países e dife-
rentes hospedeiros, isolados de P. palmivora mostraram variações
quanto à morfologia e patogenicidade. Baseado nos cancros desenvolvi-
dos nos caules de seedlings um isolado (Gana), por exemplo, era alta-
mente patogênico em relação ao Sca-6; sua patogenicidade era interme-
di ária quanto ao UF -29 e baixa em relação ao Catongo. A patogenici-
dade de um isolado da Costa Rica era intermediária em relação ao
Sca-6, baixa em relação ao UF -29 e alta em relação ao Catongo. Outros
isolados evidenciaram variações similares. (G . A. Zel1lm)'er. Univer·
sidade da Califórll ia. RilJe rside . E.U.A.).

8. A resistência de sete cultivares de cacau · em relação a quatro


isolados do fungo (Costa Rica, Ceilão, Ga na e Brasil) foi testada pelo
método de inoculação em caule de seedlings. Sca -6 e UF -29 demons-

45
traram resistência a três dos quatro isolados. Pound 12 demonstrou ser
muito susceptível a todos @I@s . Em geral, CC42, UF-613 , Catongo e
UF.· 221 mostraram reações intermediárias, sendo resistentes a alguns
isolados e com resistência intermediária em relação a outros. (G . A.
70" 11 I 111.\' " r. UlIiv"rs idade da Cali jórnia, R i ve rside, E. U. A.).

RECOMENDAÇÕES

Gerais

É preciso aumentar os contactos e comunicações entre os pesquisa-


dores de fitopatologia que trabalham com enfermidades do cacaueiro nos
diversos países americanos.

As agências governamentais , bem como as indústrias, devem dar


ênfase e publicidade à importância das enfermidades que afetam o ca-
caueiro. Maior cqoperação entre os países produtores de cacau deve
ser encorajada, E necessário dar maior ênfase aos programas de ex-
tensão, de maneira que informações atualizadas sobre os problemas do
cultivo do cacau sejam levadas rapidamente aos cacauicultores.

Aumentar os estudos básicos em relação às enfermidades que afetam


o cacaueiro, especialmente Monilia e vassoura-de-bruxa. (Marasmiusper·
nicios/ls), Estudos adicionais deste tipo também são necessários com
relação à podridão parda, Ce raloc)'s lis e Fusariu11l. Estes devem incluir
pesquisas detalhadas sobre aspectos tais como fisiolof(ia do fungo,
esporulação, radiação solar e genética dos organismos causadores da
enfermidade bem como sobre epidemiologia. Muitos desses aspectos
podem ser enfatizados em diversos laboratórios dos Estados Unidos.

No campo, intensificar os estudos de epidemioiogia, relações do


meio-a mbiente, práticas agronômicas e de cultivo, inclusive nutrição,
que podem ser usadas na redução da incidência de enfermidades.

Desenvolver uma metodologia padronizada 'e usá-Ia nos testes de


resistência para avaliação dos diversos tipos de tratamento e controle
das diferentes enfermidades. Condições do meio-ambiente, inoculação
e plantas para material de pesquisas devem ser, tanto quanto possível,
uniformes de maneira que se possa a dequadamente avaliar os resultados
obtidos nos diversos países.

Intensificar as pesquisas sobre o processo infeccioso, inclusive


estudos de propagulos infectivos, relação entre quantidade de inóculo
e infecção e fatores que influenciam a infecção.

46
Aume ntar os estud os sobre contr ole com produ tos quím
icos, espe cial-
mente podri dà'o p;<rda , ,\I &>lili< l e vasso ura-d e-bru xa, inclu
s ive pesq uisas
com novo s fungi cidas sistê mico s e méto dos de aplic
ação , Prob lemas
de res íduos também deve m se r co nside rados .

Cond uzir es tud os det a lhado s, in vivo, sobre espo rlllaç


ão e ge rmi na -
ção dos difer entes patóg enos ,

Compa r ar o comp o rt amen to dos diver sos cultiv ares


em re lação aos
difere ntes palóg enos e estud ar a in terre l a ção e inte
ração das di versa s
enfe rmida des.

ParH teste s comp a rnti\'o s de res istên cia a enfer m id


ades , feitos em
difere ntes l ocal id ades , 81guns c lones comu ns deve
m se r usad os, in-
clusi ve aque l e' já conh ecido s pela sua susc eptib i lid
ade gene ra li zada
ao pat óge no espe cífico , Isto é pa r ticula rmen te signi
ficat ivo em relaç ão
à podri dão pa rd a devid o à s ua amp l a distr ibuiç ão pelo mund
o,

Inten sifica r os estud os de eco l ogia, meio -a mbie nte


, epide mio l og i a
e fisio l ogia ce mane i ra a facil itar o esca pe à enfer
mida de como um
aspe cto do seu contr ole.

Espe cifica s

\ ; asso ura-d e -brux a

Aume n tar as pesq uisas sobre a relaç ão do meio -a mbie


nte qua nto à
infec ção, Inten sifica r os estud os sobre contr ole Com
produ t os quím iCOS
por aspe rsã o foliar e fungi cidas sistê mico s,

.\1 011; 1;(1

Aume ntar as pesq uisas sobre o ciclo de vida do fungo


, inclu indo fa-
tores que envo lvem a produ ção e germ inaçã o de espo
ros, ident ificaç ão
do es t ágio sex ual e estud os fisi o lógic os e bioló gicos
.

Podr idào parda

Inten si fi ca r os estud os sobre efeit os do meio -amb


iente (umid ade.
defic it de press ão de vapo r, somb ra e sol) e fatore s de
culth 'o , indll si\'('
fertil iz ação , no dese nvolv imen to d a enfer mida de.

Selec ion,lr diver sos clone s comu ns para testa r a


rc. i,;tt'll l'ia u"
!'hy/ ol"' /I",,.,, em difere nte!' local idade s, us a ndo para i!'tn
!ll'h' n1<'n",;
um que sej .. con hecid o por sua alta susc eptib ilidad e.

47
Estudar a relação entre qua ntidade e tipo de inóculo usado (espo-
rângios, zoos poros , clamidosporos e oosporos) e infecção d o fruto.

Estudar mais detalhada mente a re lação entre Ph y lophlhora palmivora


e outras espécies de Ph y /ophlhora (re gistradas na Venez uela) e pes-
quisar a existência dest as espécies em outras áreas cacaueiras.

Inte nsifica r os estudos sobre variações na patogenicidade do P.


palm;vo ra , isolados dos difere ntes paíse s e dife rentes hospedeiros com
o objetivo de id e ntificar raças e também dese nvolver uma série de clo-
nes diferenciais.

Continua r e intensificar as pesquis as sobre saneamento em relação


à redu ção de enfermidades, incluindo ítens como tratame nto do solo e do
tronco com fungicidas para reduz ir o inóculo, remoção de frutos e trata-
mento de casqueiro.

Fu s ar;um

Ma ior nú mero de traba lh os d e v e ser feito com o objetivo de


encontrar uma técnica pa ra reproduzi r a enfermidade em plantas adultas.
Deve-se da r ê nfase à determinação das cond ições do meio-ambiente que
favorecem a infecção e desenvo lvimento da e nfermid ade . Mais traba lhos
devem se r feitos para determin ar a relação entre os diferentes tipos de
galhas produzidas pelo fungo .

SECOND AMERICAN REGIONAL MEETING


OF Phytophthora palmivora GROUP
Guayaquil-Ecuador, June 8-23-1973

SUMMARY OF PAPERS PRESE NTE D

Eight presentations were ma de in the session on black pod, with


disc ussion of canke r as well as black podo

1. A new species of Phytoph thora on cocoa, de signated as P. me ·


{!,asperma. was reported from Venezuela. This orga nism causes a dis-
ease termed Mancha de Agua or watery rot, in one regio n of Vene z ue la.
Inoc ul a tions of stems, leaves a nd fruit res ulted in disease production
in seve ral cultiva rs. The fungus is ve ry distinct from P. pa[lIIivo ra,

48
being homotha llic. Some control was obtained of fruit rot by application
of Cupravit. (Lilioll . de R e)'es , Es to c ió" Ex per im ental d e Cauca{?uo,
V ell e zuda).

2 . In a nother report on Pb )'lophlbora on cocoa in Venezuela, four


species of the genus were Iisted as isolated from pods : P . palmiuora,
P. megas perma, P. paras ilica , a nd P . s)"rin gae. Inoculations of seeds,
stems , and pods resulted in disease production with ali four species,
with vari ation in aggressiveness in the different species . (Li/ia1l C.
de Rerps and Humb erlO R eyes, E s lac ión Ex perim e nlal d e Caucaglla,
lI e 1IeZ1l e lo.

3 . Studies in Jamaica showed that pods can become infected with


Pb y l opblb ora from a canker on the trunk . Also P. polmivora ca n grow
from an infected pod into the trunk to initiate a canker. Cankers undergo
a period of dormancy during the dry sea son. Sanitation and spra ying
are both important in reducing the incidence of canker and black podo
(Caroll /I em .\", Jamaica ).

4. Inoculations of pods with zoospore s uspension showed that


susceptibility is high when the pods are young (2 months old), then
decreases when pods are 3 months old, and increases again with age
until pods become mature. In inoculation tests with pods, Catongo,
CC42, Sca -6, and UF29 were the most res istant, based on meaSure -
ments of lesion di a meter. (I. LOllre nce , /l C A, Turrialbo, Cosia Rica).

S. In field trials at the La Lola Experiment Station in Costa Rica


over a 6-ye a r period, the cultivars CC42, UF29 and CC4l had low
percentages of deseased pods, whereas CClO and UF667 had very high
percenta ges of deseased pods, and the cultivars CC4S, UF668, and
UF22l were intermediate. Disease esc a pe rather than resistance may
be invo lved in some of these res ults of field trials. Pod lesions 6 days
after inoculation showed similar trends with Ca tongo also showing
resistance. (j . Soria, II CA, TlIrrialba, Co s ia Rica).

6. Research in Bahia, Brazil, provided information on a number of


phases of bl ack pod epidemio logy and control. The critic a i period for
pod infection in Bahia is from May to September; c1ima tic factors
rela ted to disease incidence included va por pressure deficit , number
of ra iny day s, a nd number of hours with ra in. Reducing shade resulted
in reduced pod rol. Kocide 101 and Copper Sa ndoz gave good control
of black pod with either low vo lume or Conventiona l spraying. Sca -6
and Sca- 12 , s ome Ca tongo cultivars a nd sele c ti ons of TSH a nd TSA
showed res ist a nce to P. palllli,.ora in pod inocula tions . Sanitary mea s-
ures al s o are recommended for control. (11. ,11. Roc!>a , CF.I'E C, IIb é lls ,
Bras il).

49
y and
7. Isola tes of P. palm ivora were found to vary in morpholog
at the
patho genic ity, in tests with many cultu res from the colle ction
vario us
Univ ersity of Calif ornia , Rive rside , invol ving isola tes from
from stem
coun tries and diffe rent hosts . Base d on cank ers deve loped
ple, was
inocu lation of seedl ings, an isola te from Ghana , for exam
, and
highl y patho genic to Sca-6 interm ediat e in patho genic ity to UF29
te from
low in patho genic ity to Caton go. Patho genic ity of an isola
Caton go.
Cost a Rica was interm ediat e to Sca-6 low to UF29 , and high to
Zentm yer,
Similar varia tion was evide nt with other isola tes. (G. A.
Unive rsity 01 Calif omia , Rive ,side , U.S.A .).
of the
8. Resi stanc e of seven culti vars of coco a to four isola tes
the stem
fungus (Cos ta Rica , Ceylo n, Ghan a, Braz il) was teste d by
the four
inocu lation method. Sca-6 and UF29 were resis tant to three of
In gen-
isola tes. Pound 12 was very susce ptibl e to ali four isola tes.
react ions ,
eral, CC42 , UF61 2, Caton go, and UF221 show ed interm ediat e
tance or
being resis tant to some isola tes, and interm ediat e in resis
o,nia ,
susce ptibi lity to other s. (G. A. Zentm ye" Univ ersit y of Calil
Rive, side, V. S.A.) .

RECOMENDATIONS

General

coco a
lncre ased conta ct and comm unica tion is neede d betw een
Ame ricas .
disea se resea rch IRorkers in the vario us coun tries in the
and
Gove rnme ntal agen cies as wel1 as indus try shou ld emph asize
eratio n
publi cize the impo rtanc e of coco a disea ses. Incre ased coop
raged .
betw een the vario us coco a produ cing coun tries shou ld be encou
mation on
More exten sion emph asis is need ed, so that curre nt infor
coco a problems can become readi ly avail able to the grow ers .
ial1y
lncre ase basic studi es in relati on to disea ses of coco a, espec
ciosu s.
on Monilia pod rot, and witch es broom , caus ed by Ma,a smius perni
Ce,at o-
Addi tiona l studi es of this type are also need ed on black pod,
ions of
cysti s, and Fusa rium. This shoul d inclu de detai led inves tigat
gene tics
such aspec ts as fungus phys iolog y, sporu lation , radia tion and
could be
of the caus al organ isms and epide miolo gy. Thes e aspe cts
emph asize d in seve ralla bora torie s in the U.S.
on-
Under field cond ition s, inten sify studi es of epide miolo gy, of envir
nutri tion,
ment al relat ions, agronomic and cultu ral pract ices inclu ding
that could be used to reduc e disea se incid ence .

so
De ve lop and agree upon uniform methods to use in testing resistance
and in evaluating different types of control treatments in relation to
various diseases. Conditions of envi ronment, in ocul um and pla nt
material should be as uniform as possi ble in ord er to adequately e va lu-
ate responses in different co\!ntries.

Intensify resea rch on the infection process, including studies of


infective propagules, relation between the amo unt of inoculum and
infection, and factors influencing infection.

Increase studies of che mical control , especially of black pod,


MOrli/ia, a nd witches broom, including research on new systemic fun -
gicides and methods of application. Residue problems must also be
cons idered .

Conduct detailed studies in vivo on sporulation and germination in


the several disease problems.

Compare responses of different cultivars to the different pathogens ,


and study interrelationships and interactions between the several dis-
eases.

For comparative tests of resistance to the diseases in different


localities a few common clones should be used, inc luding some that
are known to be generally susceptible to the particular pathogen. This
is particularly significant in relation to black pod , with its world-wide
distribution.

Intensify ecological, environmental, epidemiological and physiologi-


cal studies so that disease avoidance or escape can be facilitated as
one aspect of controlling these diseases.

SPECIFIC

Witchs Broom

Increase research on environmental relationship in regard to infection.


Intensify studies on chemical control by foliar sprays and systemic
fungicides.

MOrli/ia

Increase research on the life cicIe of the fungus, including studies


of factors involved in spore production and germination, identification

51
úf the sexua l sla ge, a nd physiological a nd biological st udie s of lhe
fungu s .

Bla ck Pod

Inlens ify s ludies of lhe effect of environmental (moisture, vapor


pressure deficit , shade and sun), a nd cultural factors including ferti-
li zat ion , on the developmenl of black podo

Select severa I commOn clones to test for resistance to Ph y tophtbora


in different localities, .using at least one that is known to be generally
ve ry susceptible.

Stud y lhe relati on between a mount of inoculum and type of inoculum


(s porangia, zoos pores , chlamydospores, oospores), and infection of
pods .

Study further the relationship between Ph y tophthora pa/mivora and


the other species of Ph y tophthora reported from cocoa in Venezuela,
a nd search for these species in other cocoa areas.

Increase studies on variation in pathogenicity of P. palmivora


isolates from different countries and different hosts with the aim of
de signating races and also developing a series of differential hosts.

Continue and increase research on sanitation in relation to disease


reduction , including such items as treating the soil and the trunk with
fungicides to reduce inoculum, pod remova I, and treatment of pod piles.

Fu sarium

More work should be conducted with the purpose of finding a


technique to reproduce the disease on full y grown plants.

Emphasis should be given to the determinalion of the environmental


conditions lha I favor infeclion and disease development.

More work is needed to determine the relation between the different


types of galls incited by this fungus.

52
INFORMAÇÃO AOS COLABORADORES
Os conceitos e opiniões, emitidos nos artigos, são da exclusiva res-
ponsabilidade dos autores . São aceitos para publicação trabalhos que se
constituam em real contribuiçilo para um melhor conhecimento dos temas
relacionados com problemas agronômicos e s6cio-econômicos de áreas
cacaueiras .

Os artigos devem ser datilografados em espaço duplo, com o máximo


de 2.500 palavras ou 10 folhas tamanho carta (28, 0 x 21,5 cm), em uma só
face e com margens de 3 cm por todos os lados. Os originais devem ser
acompanhados de duas cópias perfeitamente legíve is.

Desenhos e gráficos devem ser feitos Com tinta nankin e nio ultrapas-
sar a medida de 18,0 x 20,0 cm; as fotografias devem ter 15,0 x 23,0 cm,
em papel fotográfico brilhante com bom contraste. As ilustrações devem
ser numeradas e com legendas escritas a máquina , em papel separado.
Recomenda -se não dobrá -las para evitar dificuldades na reproduçAo .

As referê ncias no texto devem ser feitas pelo nome do autor. acompa-
nhado do número de ordem da citação bibliográfica. Ex. : Medeiros (5), ou
simplesmente (5). A Literatura Citada deve ser organizada por ordem alfa-
bética dos autores , Com número de ordem, usando-se o seguinte sistema :

5. MEDEIROS, A.G. Método para estimular a esporulação do Pby-


tophthora palmivora (Butl. ) Butl. em placas de Petri. Phyton
22 (1):73 -77. 1965.

o resumo nio deve exceder meia página datilografada , sendo acompa-


nhado de versllo em inglês. São aceitos artigos em portugués, espanhol,
inglês e francês.

INFORMATION FOR CONTRIBUTORS


Concepts and opinions given in articles are lhe exclusive responsi-
bility of lhe authors. Ooly articles concerned with agronomic and social-
economic problems or cocos growing areas, which represent a new contri-
bution lo the subjecI, will be accepted for publication .

Articles should be typed in double spacing with a ma"imum of 2,500


words or 10 lelter sized pages (28. 0 ." 21.5 cm) with a 3 cm margin on ali
sides , together wilh two legible copies.

Drawings and graphs should be prepared with India ink not exceeding
18. 0 x 20. 0 cm; photographs should be 15.0 x 23 . 0 cm glossy prints with
good contrasto Illustrations must be numbered, wilh lhe machine typed
subtitles on separate paper. To avoid reproduction difficulties it is rec-
ommended Ihat enclosures should not be folded. .

Text references should appear with the name of the author and f or lhe
order number in lhe lilera ture citation. The Lite rature Ciled should be
numbered in alphabetical order employing the following system: '

5 . MEDEIROS , A. G. Método para e s timular a esporulaç40 do Phy-


lopbtbora palmivora (Butl . ) But!. em placas de Petr!. Phyton
22(1):73-77.1965.

Articles are accepte d in Portuguese , Spanish, English , and French.


~ co.".do UleUTIV. 00 'L'.O O. L'''U'' CAC.U ....

Preparado e impresso na OICON

Você também pode gostar