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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

Curso Técnico em Eletrotécnica

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

TRON CONTROLES ELÉTRICOS


Recife
2015

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

TRON CONTROLES ELÉTRICOS

Virna Kelle Angelo Ferreira Da Silva

Recife
2015

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................................05

2. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................06

2.1 DIAGRAMA ELÉTRICO.......................................................................................06

2.1.1 DIAGRAMA FUNCIONAL....................................................................06

2.1.2 DIAGRAMA MULTIFILAR...................................................................07

2.1.3 DIAGRAMA UNIFILAR........................................................................08

2.1.4 DIAGRAMA TRIFILAR.........................................................................09

2.2 COMPONENTES PARA ACIONAMENTOS DE MOTORES............................10

2.2.1 DISJUNTOR MOTOR.............................................................................10

2.2.2 CONTATOR DE POTÊNCIA.................................................................11

2.2.3 RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA...................................................12

2.2.4 RELÉ DE NÍVEL.....................................................................................13

2.2.5 RELÉ FALTA DE FASE.........................................................................14

2.2.6 BOTÕES E SINALEIRAS.......................................................................15

3. DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES........................................................................................16

3.1 LEITURA DE DIAGRAMAS ELÉTRICOS..........................................................16

3.2 DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES ELÉTRICOS..............................17

3.3 TIPOS DE MONTAGEM DE QUADROS ELÉTRICOS......................................17


3.3.1 PDA..........................................................................................................18

3.3.2 CHA..........................................................................................................19

3.4 TESTE.....................................................................................................................23

3.5 EMBALAGEM.......................................................................................................23

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................26

AGRADECIMENTO................................................................................................................27

IDENTIFICAÇÃO....................................................................................................................28
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INTRODUÇÃO

O relatório de estágio descreve as etapas das atividades realizadas no departamento de Chave


de Partida da empresa TRON Controles Elétricos, localizada na Rua Ministro Mário
Andreazza, 03, quadra N, Várzea, na cidade do Recife, Pernambuco.

A TRON Controles Elétricos é uma empresa voltada para a criação de soluções


inovadoras para automatizar processos de ordem industrial. Um exemplo de seus produtos são
os quadros de revezamento de motores (QRM), Chaves de partida direta (PDA), Chave de
automação e proteção de motores e bombas ( CHA) além de linhas especiais como chaves de
partida direta, executados no Setor de Chave de Partida.

O relatório apresenta os objetivos técnicos do estágio curricular, que se realizou em


um total de 720 horas distribuídas em 30 horas semanais, e lista as atividades desempenhadas
pela aluna Virna Kelle Angelo Ferreira Da Silva, no setor de Chave de Partida, no período de
Abril de 2015 à Outubro de 2015.

A posição da empresa em relação ao estagiário consiste em somar os conhecimentos


do mesmo, colocando em prática e adequando às necessidades do dia a dia da empresa aquilo
que foi aprendido durante o curso.

A experiência complementou os conceitos teóricos na área de eletrotécnica, cumpriu a


carga horária na prática do curso estabelecido por lei, bem como informou as referidas
relações entre estagiário e empresa.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste item será apresentado um breve histórico sobre diagramas elétricos e


componentes para acionamento de motores.

2.1 DIAGRAMAS ELÉTRICOS

O uso de símbolos para representar uma instalação elétrica ou um comando para


acionamento de um motor denomina-se diagrama elétrico.

Como visto com o professor Olímpio, na cadeira de instalações elétricas prediais,


existem quatro tipos de diagramas elétricos. São eles:

 Diagrama Funcional;
 Diagrama Multifilar;
 Diagrama Unifilar;
 Diagrama Trifilar;

2.1.1 Diagrama Funcional

O diagrama funcional é bastante usado por se referir a apenas uma parte da instalação
elétrica, ele possui todos os condutores e componentes que serão ligados em um circuito
elétrico, permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento do mesmo. Este diagrama
não demonstra com exatidão a posição exata dos componentes nem medidas de cabos ou
percurso real destes. Como pode ser observado na ilustração a seguir:

Ilustração 1- Diagrama Funcional de uma lâmpada incandescente.

Fonte- mundodaeletrica.com.br

2.1.2 Diagrama Multifilar


7

O diagrama multifilar é representação mais minuciosa de uma instalação elétrica,


assim como no diagrama funcional ele também mostra todos os condutores e componentes.
Mas, além disso, ele tenta representar os componentes da instalação bem como os condutores
em sua posição correta. A ilustração 2 representa esse tipo de diagrama.

Ilustração 2 – Diagrama multifilar de uma lâmpada incandescente.

Fonte – mundodaeletrica.com.br

2.1.3 Diagrama Unifilar


8

O diagrama unifilar é desenhando sobre a planta baixa (planta arquitetônica, como


pode ser observado na ilustração 3) e apresenta os dispositivos e trajeto dos condutores
rigidamente em suas posições físicas apesar de ser em uma representação bidimensional.

Uma diferença aos dois outros modelos de diagrama é que neste, todos os condutores
de um mesmo percurso são representados por um único traço e símbolos que identificam
neste traço os outros condutores. Não é representado com clareza neste diagrama o
funcionamento da instalação.

Ilustração 3 – Representação de um diagrama unifilar, instalação de lâmpadas, com o acionamento através de


interruptores simples, paralelos e intermediário.

Fonte – arquiteturabecker.xpg.uol.com.br

2.1.4 Diagrama Trifilar


9

Amplamente usado em sistemas de comandos elétricos e máquinas trifásicas, o


diagrama trifilar representa cada uma das três fases de um sistema elétrico e suas respectivas
derivações, tendo características muito parecidas com o diagrama unifilar.

Esse tipo de diagrama foi bastante utilizado pela estagiária nas montagens dos quadros
elétricos da empresa. Esse diagrama pode ser observado na ilustração 4 a seguir.

Ilustração 4 – diagrama trifilar de uma chave reversora.

Fonte – mundodaeletrica.com.br
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2.2 COMPONENTES PARA ACIONAMENTOS DE MOTORES

Serão apresentados, de acordo com o conteúdo dado em sala, na cadeira de


acionamentos elétricos, alguns componentes utilizados nas montagens dos quadros elétricos
da empresa.

2.2.1 Disjuntor Motor

Disjuntores motor são dispositivos de proteção para o circuito principal. Eles


combinam controle e proteção do motor em um único dispositivo.
Disjuntores motor são basicamente utilizados para ligar e desligar os motores
manualmente e protegem os motores e as instalações sem fusíveis contra curto circuito,
sobrecarga e falta de fase. Proteção sem fusível com um disjuntor motor economiza custos,
espaço e assegura uma reação rápida em condições de curto circuito, através do desligamento
do motor em milisegundos.
Esse componente pode ser visualizado na ilustração 5.

Ilustração 5- Disjuntor Motor Altronic

Fonte – Catálogo Altronic


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2.2.2 Contator de potência

Para controlar correntes intensas é preciso usar interruptores que tenham características
especiais como:

 Alta velocidade de fechamento e abertura dos contatos


 Grande superfície dos contatos

Isso é possível com dispositivos chamados contatores.

O contator é um dispositivo eletromecânico com princípio de funcionamento que se da


através de uma bobina que, ao ser alimentada, produz um campo eletromagnético
movimentado a parte móvel que é o núcleo de ferro. Essa parte móvel por sua vez altera o
estado dos contatos auxiliares, os que são normais abertos (NA), fecham e os que são normais
fechados (NF), abrem.

Na ilustração 6, será apresentado a estrutura de um contator em sua posição inicial, dando


assim para observar o funcionamento de seus contatos.

Ilustração 6- Estrutura de um contator

Fonte – cpdee.ufmg.br
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2.2.3 Relé Térmico de sobrecarga

O relé térmico é um relé de sobrecorrente de atuação


temporizada efetuada por um bimetal. O bimetal consiste de duas lâminas, de dois materiais
com coeficientes de dilatação diferentes, coladas longitudinalmente, e sendo enrolado sobre
elas um condutor, no qual passa a corrente da carga . Com a passagem desta corrente, o calor
dissipado faz com que estas duas lâminas se dilatem de forma desigual, fazendo uma
deflexão, responsável pela abertura/fechamento de contatos auxiliares, localizados na sua
extremidade livre.

A atuação da proteção, com consequente parada do motor, se dá através da


bobina do contator. Esta proteção é usada como sobrecarga e é normalmente regulada para um
aumento de corrente da ordem de 20 a 60%. É temporizada por ser realizada através de efeito
térmico, o qual leva um tempo para se propagar/estabilizar. Construtivamente o relé térmico
já vem com seus terminais próprios para serem ligados diretamente no contator. O relé
térmico de sobrecarga utilizado durante o estágio da aluna, pode ser visto na ilustração 7 a
seguir:

Ilustração 7 – Relé térmico de sobrecarga acoplado à um contator de potência.

Fonte – Registro da estagiária.


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2.2.4 Relé de nível

Existem no mercado uma ampla quantidade de relés de nível e com diversas funções
para o controle de reservatórios. O relé de nível bastante usado pela aluna, ilustração 8,
chama-se REL.

Basicamente o REL, assim como outro relé de nível, é um dispositivo para controle de
um ou mais níveis de líquidos em reservatórios, com funções de alarme de mínima ou
máxima, controle para enchimento ou esvaziamento e detecção de presença/ausência de
líquidos, sendo assim um sistema completo de automação de reservatórios em geral.

Ilustração 8 – Relé de nível REL

Fonte – Registro da estagiária.


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2.2.5 Relé de falta de fase

O relé falta de fase detecta inconsistências de fase no sistema elétrico, comutando seus
contatos auxiliares. Geralmente ele corta a alimentação de contatores principais, frente à uma
falta de fase.

Na parte de força, existem três contatos que são L1, L2 e L3, onde entram as três
fases. São através desses contatos que o relé supervisiona o comportamento das tensões. Ao
energizar os contatos de força, automaticamente o relé comuta, fechando o contato NA e
abrindo o NF. No caso de uma das faltas elétricas, o rel3é comuta para defeito, abrindo o
contato NA e fechando o NF, voltando a posição inicial e impedindo que a bobina de um
contator que esteja ligado ao relé seja alimentada. Na ilustração 9, é possível observar o relé
de falta de fase e seus contatos.

Ilustração 9 – Relé de falta de fase, fabricante SIEMENS.

Fonte: lojaeletrica.com.br
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2.2.6 Botões e sinaleiras

Os botões são utilizados para acionamentos de quadros elétricos. Seu funcionamento


em conjunto com os contatos auxiliares de um contator faz tanto o acionamento de um motor
como a proteção em caso de falha ou acidente, da mesma forma as sinaleiras tanto sonoras ou
apenas luminosas, fazem parte dessa proteção ao usuário dos quadros, também em conjunto
com todo o comando do quadro elétrico. Existem diversos tipos de botões e sinaleiras, entre
eles encontram-se: botão de comando duplo, botão de comando modular, botão cogumelo de
emergência, chave comutadora (podendo ser de 2 ou 3 posições), sinaleira luminosa e
sinaleira sonora, e podem ser observados na ilustração 10 a seguir.

Ilustração 10 – botões de acionamentos com blocos de contatos, fabricante Altronic.

Fonte – catálogo TRON Controles


Elétricos
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3. DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES

Com o foco em montagem de quadros elétricos, a estagiária prestou serviços


realizando diversas tarefas como:

 Leitura de diagramas e projetos elétricos;


 Dimensionamento de componentes elétricos;
 Tipos, aplicações e montagem de quadros elétricos;
 Testes;
 Embalagens;

Será apresentado o passo a passo da montagem de quadros elétricos e quais quadros


foram montados pela estagiária.

3.1 LEITURA DE DIAGRAMAS ELÉTRICOS

Durante o período de estágio curricular, no setor Chave de Partida, a estagiária pôs em


prática seus conhecimentos na leitura de diagramas e projetos, e desenvolveu suas habilidades
com diagramas trifilares.

O primeiro passo para a montagem de um quadro elétrico é o conhecimento do projeto


a ser executado, observando todos os detalhes do projeto ou diagrama, como possíveis falhas,
e realizar as correções quando necessário. Na ilustração 11, é apresentado o diagrama de um
quadro para acionamento de motores e bombas monofásicas ou trifásicas, que tem por nome
CHA.

Ilustração 11 – Ficha técnica de um CHA


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Fonte – Registro da estagiária.

3.2 DIMENCIONAMENTO DE COMPONENTES ELÉTRICOS

Essa etapa é de extrema importância na montagem de um quadro elétrico. É nela onde


são conferidos os componentes que serão usados na montagem, de acordo com cada projeto.

Os componentes são dimensionados de acordo com a exigência de cada quadro,


destinados a uma aplicação distinta uns dos outros, isto é, cada quadro será para acionamento
de algum motor ou bomba, logo é projetado respeitando as faixas de tensão, corrente e
potência de cada aplicação.

Antes da montagem, é necessária a conferência das faixas citadas anteriormente,


observando atentamente tais componentes como: Disjuntor termomagnético tripolar e
unipolar, disjuntor motor, relé de sobrecarga, relé de nível, relé de falta de fase, contatores
entre outros que forem utilizados para a montagem.

A falta dessa etapa pode acarretar em problemas que vão do não funcionamento do
quadro até a perda do motor.

3.3 TIPOS E MONTAGEM DE QUADROS ELÉTRICOS

Na montagem, todos os procedimentos anteriormente citados são realizados. Todo o


projeto é posto em prática e dessa forma são realizadas as montagens dos quadros.

Cada quadro tem sua particularidade e destino, diferenciados um do outro não apenas
na faixa de corrente e tensão, mas em suas aplicações.
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O princípio de toda montagem é dispor os componentes na chapa metálica (como pode


ser vistos nas ilustrações adiante), para em seguida serem conectados na tampa onde estarão
os dispositivos de acionamento, sinalização e medição e por fim esse conjunto é colocado na
base que fecha com a tampa, esse conjunto de tampa (seja ela metálica ou de plástico) chama-
se caixa.

Os produtos montados foram de linhas mais simples às mais sofisticadas. Inicialmente


a estagiária começou suas montagens com um produto de comando simples, o PDA.

3.3.1 PDA

O PDA é uma chave de partida direta que contém apenas um contator de potência e
um relé de sobrecarga (PDA 01, Ilustrações 12 e 13), acoplados em uma caixa de plástico
com acionamento por botões, um verde (liga) e um vermelho (desliga), podendo também ser
acionado por uma chave de três posições, gerando assim duas opções de acionamento manual
e automático. O PDA é destinado à manobras e acionamento de motores elétricos trifásicos e
monofásicos. De acordo com a aplicação a TRON produz uma chave para cada necessidade
específica, como: PDA 02, montado com um relé FSN, que é um relé falta de fase e destina-se
à proteção de sistemas trifásicos contra queda de fase (ou neutro); PDA 04, que é montado
com um relé REL, que é um relé de controle de nível com funções de alarme de nível mínimo
ou máximo, enchimento ou esvaziamento e detecção de presença ou ausência de líquidos.

Ilustração 12 – Parte frontal do PDA com acionamento por botoeira.


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Fonte - Registro da estagiária

Cada PDA após sua montagem, passa pelo teste que consiste na energização com a
faixa de tensão nominal da chave, então é testado o comando e o relé de sobrecarga. Após o
teste é colado uma etiqueta de ATENÇÃO na tampa, para segurança e aviso ao cliente
(Ilustração 13) e na base uma etiqueta com a numeração da ordem de produção (OP) para
identificaão do produto e controle da empresa e por fim colocado em uma caixa de papelão
junto com a ficha técnica referente a cada tipo de PDA, que contém todas as informações
necessárias para o manuseio do produto.

Ilustração 13 – Parte interna de um PDA 01.

Fonte – Registro da estagiária.

3.3.2 Chave de automação e proteção de motores e bombas (CHA)

Existem alguns tipos de CHA, entre eles os montados pela estagiária foram: CHA 03 e
CHA EB.
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O CHA 03 é uma chave de automação que pode ter sua alimentação tanto em 220V
monofásico quanto em 380V trifásico. Tanto em uma como na outra o princípio de
funcionamento é o mesmo e sua aplicação é destinada para automação de motores e bombas,
controlando também níveis de reservatórios.

O CHA possuem no seu sistema de funcionamento dois conceitos operacionais:


conceito manual e conceito automático.

Ao selecionar na frontal do quadro a opção manual, será habilitado seu modo de


funcionamento através do controle de nível, onde o relé responsável por essa confirmação
através de seus eletrodos (ER, EI, ES), estará monitorando o reservatório inferior, não levando
em consideração o nível superior e seu estado atual, dando partida (motor ou bomba) para
liberação de abastecimento.

Ao selecionar na frontal do quadro a opção automático, será habilitado seu modo de


funcionamento através do controle de nível, onde o relé responsável por essa confirmação
através dos seus eletrodos (ER,EI,ES), estará monitorando o reservatório inferior, levando em
consideração o nível superior e seu estado atual, caso o mesmo esteja com nível alto (boia
aberta) não ocorrerá partida do motor ou bomba, para liberação de abastecimento, caso esteja
com nível baixo (boia fechada) ocorrerá fornecimento imediato ao reservatório.

Essa chave pode ser tanto 220 monofásica como 380V trifásica, ela é produzida nessas
duas tensões. Uns dos componentes dessa chave são os para raios, utilizados no caso de
alguma descarga onde a tensão seja muito elevada, acima da nominal, eles atuam simulando
um curto, desarmando o disjuntor evitando assim que a chave danifique. No caso do CHA
monofásico é utilizado apenas um para raio.

Na parte frontal da tampa existem dois equipamentos responsáveis pela medição de


tensão e corrente, um voltímetro e um amperímetro. Existe também um sinalizador verde que
indica quando o motor ou bomba estiver ligado.

As ilustrações 14 e 15, mostram o CHA apresentado

Ilustração 14 – CHA Trifásico finalizado. Os para raios estão dispostos na parte superior ligados ao
disjuntor.
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Fonte – Registro da estagiária.

Ilustração 15 – Parte frontal do CHA; localização dos equipamentos de medição, chave seletora e sinalização.

Fonte – Registro da estagiária.

Essa chave é acompanhada por três eletrodos (do tipo pêndulo – ficam pendurados no
reservatório) que atuam fazendo o controle com o relé de nível, ilustração 16. Esses eletrodos
são uma espécie de sensores, que vão indicar os níveis e mandar o sinal para o REL do nível
do reservatório por exemplo.

Ilustração 16 – três eletrodos que acompanham essa chave; possuem uma haste em inox e revestimento em ABS.
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Fonte – Registro da estagiária

3.4 TESTES

Após todo processo de montagem, cada produto passa pelos testes com tensão
aplicada. Esses testes são realizados no mesmo setor onde tem um quadro de comando
específico para realização dos testes, é possível observar esse quadro na ilustração 17 a seguir:

Ilustração 17 – Quadro de testes dos produtos montados no setor, ao lado um guia de procedimentos
para os usuários do teste.
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Fonte – Registro da estagiária

Os testes são realizados em cada produto de acordo com sua faixa de tensão nominal. São
realizados testes com as seguintes tensões: 110V para testes com PDA, 220V monofásicos
para quadros com essa faixa, 220V bifásico e 380V trifásico, essas são as escalas de tensões
utilizadas nesse quadro de testes. Esse quadro possui um comando de partida direta, liga e
desliga os contatores. Possui três contatores acoplados a três relés de sobrecarga para a
proteção dos componentes, um com um comando de partida direta para 220 V monofásico, os
outros dois para 220V e 380V bifásico e trifásico respectivamente. Para a tensão de 110V a
ligação foi feita entre uma fase 220V e um neutro. Com o acionamento das chaves seletoras
na parte inferior do quadro é possível escolher a tensão desejada e existe uma sinalização
luminosa para identificação de qual tensão está sendo usada. O quadro possui também dois
disjuntores tripolares e um DR tetra polar para proteção e internamente existe outro DR para
proteção do usuário. O botão de emergência cogumelo que gira pra destravar desenergiza todo
quadro quando acionado, e os sinalizadores superiores indicam quando o quadro está
energizado e quando o mesmo está desenergizado. Os testes são feitos através da tomada
trifásica ao lado do quadro e para tensões monofásicas existe uma saída de uma TUG na
lateral do quadro.

3.5 EMBALAGEM

Esta é a etapa final do processo de montagem, a embalagem. Após serem montados,


testados e finalizados com acabamento os produtos passam para a etapa da embalagem. Nessa
etapa alguns cuidados precisam ser tomados para que o produto chegue até seu destino final
em perfeitas condições, e com as informações necessárias para o usuário.

O primeiro passo após a finalização é colocar na tampa de cada produto uma etiqueta
de ATENÇÃO, que informa ao usuário que antes de fazer uso do produto é necessário
reapertar os parafusos, pois podem estar folgados. Esse procedimento se repete para todos os
produtos produzidos no setor. Em seguida é colocada uma etiqueta de identificação em cada
produto, nesta etiqueta constam todas as informações a respeito do produto e um código de
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barras para identificação e controle, também é colocada a ficha técnica que acompanha todos
os produtos, nela consta detalhes dos produtos tais como: funcionamento, aplicações e etc. A
etiqueta é colocada na base (metálica/plástico) de cada produto e na caixa de papelão,
apresentados nas ilustrações 18 e 19 respectivamente.

Ilustração 18 – CHA na caixa plástica, etiqueta na base do produto.

Fonte – Registro da estagiária

Ilustração 19 – Produto embalado em caixa de papelão com a etiqueta na caixa, pronto para entrega.
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Fonte – Registro da estagiária

Todos os produtos saem do setor embalados em caixas de papelão, conforme o tamanho de


cada produto. Eles são envolvidos em plástico bolha para uma maior proteção durante o
transporte, mantendo o produto seguro de impactos, a ilustração 20 mostra exatamente como é
feita a embalagem. Todos os produtos são envolvidos em plástico bolha, exceto o PDA, esse
tem uma caixa anatomicamente ajustada ao produto, que é pequeno, e não corre tantos riscos
no transporte.

Ilustração 20 – Produto envolvido em plástico bolha e na caixa devida.


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Fonte – Registro da estagiária

Por fim, depois de serem embalados devidamente, os produtos seguem para o setor de
expedição, onde são encaminhados para os clientes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir o estágio, consideramos que este foi um dos períodos mais proveitosos no
que se refere à aquisição de conhecimentos e amadurecimento profissional. Tomamos
conhecimento de vários aspectos novos e importantes da profissão, os quais só poderiam ser
adquiridos com o desenvolvimento de uma atividade prática, servindo também como ponte
entre a instituição de ensino da qual nos originamos (SENAI) e o mercado de trabalho,
27

primando sempre pela observação da aplicabilidade de conhecimentos técnicos importantes


para a execução das atividades.

Esperamos, assim, ter demonstrando um bom desenvolvimento profissional dos


conhecimentos que nos foram passados ao longo do curso.
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AGRADECIMENTOS:

Gostaria de agradecer aqueles que se dispuseram a nos ensinar mesmo com dificuldades.
Ao Profº Elvis Bezerra da disciplina instalação elétrica e projetos elétricos, e
ressaltar o importante valor do grande mestre que foi para mim exemplo de determinação e
compromisso.
E também quero agradecer a todos os colaboradores que compõe A ESCOLA
TÉCNICA SENAI AREIAS, pois em todos os momentos me apoiaram a concluir este curso.
Enfim quero agradecer pelo Profissional que hoje sou, meus sinceros agradecimentos
e que Deus possa abençoar vossas vidas pelo belo trabalho realizado.
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IDENTIFICAÇÃO

Relatório de Estágio

Dados do aluno

Aluna(o): Virna Kelle Angelo Ferreira Da Silva

Curso: Eletrotécnica

Turma: Tec13.1T

Endereço: Rua 4°Travessa Boa Esperança

Telefone: (81) 99636-8984

Dados do estágio curricular:

Departamento: Chave de Partida

Início: 14\04\2015 Término: 13\10\2015

Dados da Empresa:

Razão Social: TRON Controles Elétricos LTDA

Nome Fantasia: TRON

CNPJ: 24.441.206/0001-15

Endereço: Rua Ministro Mário Andrezza,03 QD N- Modulo 08, Várzea, Recife PE

Telefone: (81) 2122-2300 Nome do contato: Portaria

Supervisor: Eduardo Sato

Cargo: Engenheiro

Carga Horária: 720 Horas

Assinatura do estagiário (a):

Assinatura do supervisor (a):

Data:

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