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EAD

Tabulação de Dados

2
1. OBJETIVOS
• Representar os dados coletados em tabelas e gráficos.
• Conhecer e compreender a construção das tabelas e grá-
ficos.
• Analisar e interpretar os resultados.

2. CONTEÚDOS
• Tabelas de frequências simples.
• Tabelas de frequências em intervalos.
• Gráficos de frequências.
• Gráficos de séries.
48 © Probabilidade e Estatística

3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE


Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que
você leia as orientações a seguir:
1) As dicas que serão apresentadas nesta unidade não pre-
tenderão esgotar as possibilidades de uso da ferramenta
de construção de gráficos do Excel, mas apenas apresen-
tar, de forma mais simples, como iniciar sua utilização.
2) Para reforçar e aprofundar seus estudos em relação às
tabelas e gráficos, faça pesquisas em sites confiáveis e,
especialmente, na Biblioteca Virtual Pearson.

4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nesta segunda unidade, vamos compreender como pode-
mos descrever e analisar os dados estatísticos resultantes de variá-
veis qualitativas (não numéricas) e quantitativas (números inteiros
ou fracionários) por meio da construção de tabelas e gráficos de
frequências.
Para conceituarmos os dados brutos (ou tabela primitiva), o
ROL, bem como as tabelas e os gráficos de frequências, nos servi-
remos de exemplos de coletas de dados já realizadas, relacionadas
a um determinado contexto. Para a construção dos gráficos de fre-
quências, adotaremos a planilha eletrônica do Excel.

5. OS DADOS BRUTOS
De acordo com Toledo (2008), os dados brutos, ou tabela
primitiva, podem ser definidos como a relação inicial, o resultado
da coleta dos dados de interesse de uma determinada pesquisa,
sejam eles numéricos, sejam não numéricos. Lembre-se de que,
quando realizamos uma coleta de dados, as questões ou variáveis
devem se relacionar com os objetivos da pesquisa. Assim, às ve-
zes, teremos variáveis qualitativas (não numéricas) e/ou variáveis
quantitativas (numéricas).
© U2 – Tabulação de Dados 49

Os dados brutos correspondem aos dados iniciais da pesqui-


sa, não possuindo nenhum tipo de organização ou tratamento –
daí o nome. E a função da tabulação é organizar esses dados.
Uma primeira forma de organizar os dados é a construção
de um ROL, que nada mais é do que a ordenação dos dados brutos
em ordem crescente (para os quantitativos) ou alfabética (para os
qualitativos).
Para exemplificar, vamos considerar uma pesquisa que foi
realizada com 20 consumidores de café, na qual o interesse era
avaliar a preferência e o consumo quanto à três diferentes marcas.
Perguntou-se a marca de preferência, o número de copinhos de
café tomados diariamente e o preço que se julgava justo pelo quilo
do pó de café da marca de preferência. Os dados obtidos na pes-
quisa estão dispostos na Tabela 1.
Tabela 1 Dados brutos da pesquisa sobre preferência e consumo
de café.
PREÇO
PESSOA MARCA Nº DE COPOS
(R$)
1 A 6 3,50
2 A 8 3,00
3 B 6 3,25
4 C 5 4,00
5 B 5 3,75
6 C 8 3,00
7 A 8 3,15
8 A 7 3,25
9 A 6 2,90
10 D 5 4,15
11 B 5 4,21
12 D 5 3,25
13 A 9 3,20
14 A 5 3,75

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PREÇO
PESSOA MARCA Nº DE COPOS
(R$)
15 C 6 4,10
16 B 6 2,85
17 D 7 2,90
18 A 7 3,15
19 A 8 3,80
20 C 9 4,15

Note que as informações de cada uma das três opções de in-


teresse estão sem nenhum tipo de organização; elas estão apenas
listadas na tabela. Isso é o que chamamos de "dados brutos". Para
construir o ROL de cada questão, basta ordenar os dados como na
Tabela 2, na qual são apresentados os conjuntos ordenados.
Tabela 2 ROL para as variáveis da pesquisa sobre preferência e
consumo de café.
MARCA NO COPOS PREÇO
A 5 2,85
A 5 2,90
A 5 2,90
A 5 3,00
A 5 3,00
A 5 3,15
A 6 3,15
A 6 3,20
A 6 3,25
B 6 3,25
B 6 3,25
B 7 3,50
B 7 3,75
C 7 3,75
C 8 3,80
C 8 4,00
© U2 – Tabulação de Dados 51

MARCA NO COPOS PREÇO


C 8 4,10
D 8 4,15
D 2 4,15
D 2 4,21

Você pode notar que, na Tabela 2, apesar de a situação


melhorar um pouco com a aplicação do ROL, os dados ainda
não possuem uma organização adequada, pois, dependendo
do tamanho da amostra, a leitura deles pode ficar muito difícil.
Imagine, por exemplo, essa mesma situação, porém com 2.000
consumidores em vez de 20!
Assim, o melhor é transformar o ROL em um instrumento de
tabulação que utilize a ordenação presente, mas consiga resumir
os dados, de forma a facilitar a interpretação. Esse instrumento é
chamado de "tabela de frequências".

6. TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS


Uma tabela de frequências nada mais é do que um arranjo,
em linhas e colunas, das informações contidas na amostra em
relação à variável estudada. Para a construção de uma tabela
de frequências, iniciamos pela identificação das categorias da
variável, que nada mais são do que as diferentes informações que
aparecem nos dados brutos ou no ROL. Em outras palavras, com
as categorias identificadas, calculamos duas frequências básicas:
• Frequência Absoluta (fa): número de elementos da amos-
tra que apresentaram a categoria como resultado, ou, de
forma mais simples, contagem do número de vezes que a
categoria se repete na amostra.
• Frequência Relativa (fr%): porcentagem de elementos da
amostra que apresentaram a categoria como resultado da
variável, ou, de forma mais simples, percentual de vezes
que a categoria aparece na amostra.

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Para a montagem das tabelas, devemos esclarecer dois itens


de muita importância:
1) Dependendo do tipo da variável e do número de catego-
rias, podemos ter dois tipos diferentes de tabela:
a) Tabela de frequências simplificada: utilizada quan-
do temos dados qualitativos ou quantitativos ex-
pressos por números inteiros com pouca variação
(número reduzido de categorias).
b) Tabela de frequências em intervalos: quando temos
dados quantitativos inteiros com muita variação
(número elevado de categorias) ou dados fracioná-
rios (com casas decimais).
2) A construção de uma tabela deve respeitar algumas nor-
mas estabelecidas em conjunto pelo IBGE e pelo Conse-
lho Federal de Estatística. Por exemplo, as laterais das
tabelas devem ser abertas, e não devemos separar as
categorias por linhas horizontais.
Como vimos, as tabelas podem ser classificadas em simples
ou por intervalos, dependendo do tipo de informação a ser tabula-
da. Vamos agora verificar como construí-las.

Tabela de frequências simplificada


Para a construção desse tipo de tabela, basta, na primeira
coluna, listarmos os diferentes resultados da variável, ou seja,
as categorias, e, em seguida, contar o número de ocorrências
(fa), convertendo-as em porcentagem (fr%). Utilizando o mesmo
exemplo do café, podemos construir uma tabela desse tipo para
a variável qualitativa (marca preferida) e uma para a variável
quantitativa (número de copos de café).
Vamos iniciar pela tabela para a variável qualitativa marca pre-
ferida. As categorias que podemos identificar são: Marca A, Marca
B, Marca C e Marca D. Colocando na primeira coluna, temos:
© U2 – Tabulação de Dados 53

Marca Preferida
Marca A
Marca B
Marca C
Marca D

Continuando, temos, agora, de obter, para cada categoria,


ou seja, para cada marca de café, a Frequência Absoluta (fa), con-
tando quantas pessoas disseram o nome de cada uma das marcas,
e adicionamos uma linha no final para totalizar a Frequência Ab-
soluta. Esse total, que é o tamanho da amostra utilizada, será re-
presentado por (n). Fazendo a contagem, chegamos aos seguintes
resultados:

Marca Preferida fa
Marca A 9
Marca B 4
Marca C 4
Marca D 3
Total 20

Faremos, agora, a conversão da Frequência Absoluta em Fre-


quência Relativa (fr%), dividindo o valor de fa pelo total (n) e mul-
tiplicando por 100, ou seja:
fa
fr %
= ⋅100
n

Fazendo os cálculos, chegamos ao resultado demonstrado


na Tabela 3.

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Tabela 3 Distribuição dos consumidores em relação à marca


preferida de café.
Marca Preferida fa fr%
Marca A 9 45,0
Marca B 4 20,0
Marca C 4 20,0
Marca D 3 15,0
Total 20 100,0

Note que a Tabela 3 está com as laterais abertas e sem


linhas horizontais separando as marcas de café (categorias), como
determina a norma.
Repetindo esse mesmo processo para a variável número de
copos de café (Tabela 4), temos:

Tabela 4 Distribuição dos consumidores em relação ao número de


copos consumidos diariamente.

Número de Copos fa fr%

5 6 30,0

6 5 25,0

7 3 15,0

8 4 20,0

9 2 10,0

Total 20 100,0

Esse tipo de tabela, que considera individualmente cada


categoria, só é eficiente quando temos dados qualitativos ou
quantitativos com pouca variação.
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Tabela de frequências por intervalos


Quando os dados são compostos por números com muita
variação, como vimos no exemplo do preço do café, torna-se com-
plicado colocar cada um deles como uma categoria na tabela, pois
esta fica muito extensa. A alternativa, nesse caso, é adotar catego-
rias intervalares ou em classes.
Para a montagem dos intervalos, procedemos da seguinte
forma:
• Calculamos a Amplitude Total (At) dos dados, que é de-
finida pela diferença entre o maior valor do conjunto e o
menor valor do conjunto: At = Maior – Menor.
• Calculamos o número de intervalos a serem construídos,
utilizando, por exemplo, a Fórmula de Sturges, dada por:
K =+ 1 3,3 ⋅ Log10 n , onde K é o número de intervalos (ou
classes), o qual deve ser arredondado para baixo, e n é o
número total de dados.
• Calculamos o tamanho de cada intervalo (Ti) dividindo a
Amplitude Total por K, arredondando o valor com o mes-
mo número de casas decimais dos dados e com arredon-
damento sempre para mais.
No exemplo anterior, para a variável preço do café, temos:
• At = Maior − Menor = 4, 21 − 2,85 = 1,36
• K =+1 3,3 ⋅ Log10 n ⇒ K =+1 3,3 ⋅ Log10 20
• K =1 + 3,3 ⋅1,3 ⇒ K =1 + 4, 29 ⇒ K =5, 29
1,36
= Ti = 0, 272 . Como os dados possuem duas casas
5
decimais, arredondamos Ti para 0,28. Assim, devemos
montar cinco intervalos de tamanho 0,28.
Os intervalos a serem construídos serão de tal forma que o
limite inferior pertencerá ao intervalo (fechado) e o limite superior
não pertencerá ao intervalo (aberto), sendo que utilizamos o
símbolo |— para representar tal situação.

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Para a construção do primeiro intervalo, iniciamos sempre


pelo menor valor dos dados – nesse caso, o menor preço – e
somamos Ti para obtermos o limite superior, como, por exemplo,
2,85 + 0, 28 − 3,13 . O próximo intervalo será iniciado pelo limite
superior do intervalo anterior, e somamos, novamente, Ti.
Prosseguindo assim até o último intervalo, teremos os seguintes
intervalos:

Preço Justo
2,85 |— 3,13
3,13 |— 3,41
3,41 |— 3,69
3,69 |— 3,97
3,97 |— 4,25
Total

Na notação dos intervalos, o intervalo 2,85 |— 3,13 conterá


todos os preços que são maiores ou iguais a 2,85 e menores que
3,13.
Na Tabela 5, procedendo a contagem para cada intervalo a
fim de obter (fa) e convertendo para (fr%), temos:

Tabela 5 Distribuição dos consumidores em relação ao preço


considerado justo a pagar.

Preço Justo fa fr%


2,85 |— 3,13 5 25,0
3,13 |— 3,41 6 30,0
3,41 |— 3,69 1 5,0
3,69 |— 3,97 3 15,0
3,97 |— 4,25 5 25,0
Total 20 100,0
© U2 – Tabulação de Dados 57

Neste momento, é interessante que você resolva os exercícios


da questão autoavaliativa ao final desta unidade, pois, com os
dois tipos de tabela de frequências que acabamos de conhecer,
você poderá tabular qualquer tipo de variável, bastando optar pelo
modelo mais adequado ao tipo de variável que deseja tabular.

7. GRÁFICOS DE FREQUÊNCIAS
Utilizar tabelas de frequências para a representação dos re-
sultados de pesquisas e estudos de uma determinada variável é
bastante comum. Contudo, muitas vezes, as tabelas não conse-
guem, sozinhas, apresentar os resultados de forma clara, rápida e
simplificada, já que exigem algum conhecimento de leitura de ta-
belas. Por esse fato, é comum a utilização de uma ferramenta que
simplifica a informação das tabelas, mostrando-as em forma de
figuras e/ou diagramas. Essas ferramentas são conhecidas como
gráficos de frequências, os quais iremos conhecer e estudar neste
tópico.

Gráficos de colunas
O gráfico de colunas é utilizado apenas para as tabelas sim-
plificadas, sendo que, no eixo horizontal, são representadas as ca-
tegorias, e, no eixo vertical, as porcentagens. Observe, na Figura 1,
um exemplo desse tipo.
Marca
Marcapreferida
preferidade
decafé
café

45

40

35

30
opiniões
deopiniões

25

20
%de

15
%

10

0
Marca A Marca B Marca C Marca D
Marcas
Marcas

Figura 1 Exemplo de gráfico de colunas.

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A representação gráfica do gráfico de colunas é feita por


meio de retângulos com base nas categorias, cuja altura é igual à
porcentagem.

Gráficos de barras
O gráfico de barras (Figura 2) é utilizado apenas para as tabelas
simplificadas, sendo que, no eixo horizontal, são representadas as
porcentagens, e, no eixo vertical, as categorias.
Marca
Marcapreferida de de
preferida café
café

Marca D

Marca C
Marcas
Marcas

Marca B

Marca A

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
%%de
deopiniões
opiniões

Figura 2 Exemplo de gráfico de barras.

A representação gráfica do gráfico de barras é feita por meio


de retângulos com base nas categorias, cujo comprimento é igual
à porcentagem.

Gráficos de setores
O gráfico de setores é popularmente conhecido como
"gráfico de pizza" e é utilizado para qualquer tipo de tabela. Aqui, os
percentuais são convertidos em medidas de graus e representados
em uma circunferência (Figura 3).
© U2 – Tabulação de Dados 59

Marca
Marcapreferida
preferidade
decafé
café

15%
15%

45%
45%

20%
20%

20%
20%

Marca A Marca B Marca C Marca D


Marca A Marca B Marca C Marca D

Figura 3 Exemplo de gráfico de setores, ou de pizza.

É importante lembrar que os gráficos de colunas (Figura 1) e


de barras (Figura 2), quando utilizados para representar uma única
tabela, devem ter todos os seus retângulos de mesma cor, ou seja,
não podemos colorir cada um com uma cor diferente. Além disso,
os retângulos devem ficar separados por um pequeno espaço, isto
é, não podem ficar colados uns nos outros.
Além desses gráficos, existem outros tipos, como o histogra-
ma, o polígono de frequência etc. Esses outros tipos possuem uma
aplicação reduzida, e você poderá saber mais detalhes sobre eles
pesquisando nas referências bibliográficas inseridas no final desta
unidade.

8. GRÁFICOS DE FREQUÊNCIAS NO EXCEL 2003


Antes de confeccionar um gráfico, é necessário que a tabela
de frequências que se deseja representar graficamente esteja digi-
tada de maneira adequada no Excel.
A entrada dos dados na planilha consiste em digitar a tabela
do mesmo modo em que ela foi construída, ou seja, continuando
com o exemplo das marcas de café, com o número correto de colu-
nas – neste caso, três –, contendo as categorias, frequências ab-
solutas (fa) e frequências percentuais (fr%). O único cuidado que
devemos tomar é quanto à largura das colunas no Excel. Ao digitar

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60 © Probabilidade e Estatística

os títulos ou categorias, pode ser que o conteúdo da célula seja


maior que a própria célula; assim, devemos alargar a célula, de
forma que todas as palavras estejam completamente dentro delas,
como podemos observar na Figura 4.

Figura 4 Planilha com células alargadas.

Seleção dos dados para elaboração do gráfico


Com os dados digitados adequadamente, passamos para a
seleção dos dados que o Excel deverá utilizar para a confecção dos
gráficos. Os gráficos de colunas, de barras e de setores utilizam
apenas duas das colunas da tabela: a primeira coluna, na qual
estão as categorias, e a terceira, na qual estão os percentuais.
Selecione, com o auxílio do mouse, apenas as categorias
(deixando de selecionar o título e a palavra total) na primeira
coluna, solte o mouse e pressione, mantendo pressionada, a tecla
CTRL do teclado. Com o mouse, novamente, selecione os valores
percentuais (apenas os números, excluindo-se o 100,00) da terceira
coluna. Observe esse procedimento na Figura 5.

Figura 5 Colunas selecionadas.


© U2 – Tabulação de Dados 61

Assistente de Gráfico
Com os dados selecionados, você deverá acessar a opção As-
sistente de Gráfico para confeccionar um gráfico, o que pode ser
feito de duas maneiras:
• entrando em Inserir e selecionando Gráfico;
• selecionando o ícone referente ao Assistente de Gráfico
(Figura 6).

Figura 6 Assistente de Gráfico.

Ao entrar no Assistente de Gráfico, uma janela de opções


será aberta (Figura 7).

Figura 7 Janela de opções.

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62 © Probabilidade e Estatística

Por meio da ferramenta Assistente de Gráfico, é muito fácil


a confecção de gráficos de colunas, barras e setores. Note que, no
topo da janela da Figura 7, está indicado Etapa 1 de 4, e isso quer
dizer que você está na primeira etapa (início) do processo de con-
strução. Vamos caminhar até a Etapa 4 (final)?
Etapa 1 do Assistente de Gráfico
A primeira etapa do Assistente de Gráfico tem, como única
finalidade, a seleção do gráfico desejado, cujos tipos estão dis-
postos do lado esquerdo da janela (Figura 7). Cada tipo de gráfico
selecionado possui alguns subtipos ou modelos que você poderá
escolher, os quais estão do lado direito da janela (Figura 7). Após a
escolha do tipo de gráfico, clique em Avançar.
Etapa 2 do Assistente de Gráfico
A primeira finalidade da segunda etapa é mostrar como o
gráfico ficará, considerando a seleção dos dados feita anterior-
mente e o tipo de gráfico selecionado. O gráfico apresentado na
Figura 8 serve para que você verifique se a seleção foi bem suce-
dida ou alguma coisa precisará ser corrigida.

Figura 8 Intervalo de dados.

Note que, na Figura 8, o gráfico está praticamente pronto.


Nessa tela, o Excel confirma os dados que estão sendo utilizados
© U2 – Tabulação de Dados 63

(Intervalo de dados) e mostra como ficará o modelo de gráfico


aplicado. Qualquer inversão ou eliminação dos dados pode ser re-
alizada selecionando a aba Série, na parte superior do assistente.
Confirmado o aspecto do gráfico, clique em Avançar para
passar à Etapa 3.
Etapa 3 do Assistente de Gráfico
A Etapa 3 refere-se ao layout complementar do gráfico. É
aqui que você poderá incluir textos, títulos, eixos horizontais e ver-
ticais, linhas de grade (linhas internas verticais e horizontais), leg-
endas, rótulos de dados e tabelas de dados. O formato de gráfico
é convencional e bem simples, mas pode ser sofisticado, conforme
o seu interesse. Sugerimos, então, que você tente inserir títulos no
seu gráfico, bem como trabalhar com legendas e com os rótulos
de dados. Experimente as opções, observando os desenhos que
aparecerão no lado direito às mudanças.
Para encerrar essa etapa e passar para a próxima, basta cli-
car em Avançar.
Etapa 4 do Assistente de Gráfico
Na Etapa 4, são dadas opções para a gravação do gráfico
elaborado, conforme demonstra a Figura 9.

Figura 9 Local do gráfico.

Para salvar o gráfico elaborado, você terá duas opções de


posicionamento, que são:

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• Como objeto: nessa opção, o Excel irá gravar seu gráfico


na planilha em que você digitou os dados, ficando como
um objeto em tamanho pequeno.
• Como nova planilha: nessa opção, o Excel gravará seu
gráfico em uma planilha separada, sendo essa a opção
mais recomendada, pois o gráfico ocupando todo o tama-
nho de seu monitor facilitará a etapa de edição.
Após escolher a forma de gravação, basta clicar, para finali-
zar, em Concluir.
Com o gráfico finalizado, você poderá editar todos os com-
ponentes de acordo com sua criatividade, respeitando os critérios
técnicos.
A seguir, disponibilizamos alguns componentes que podem
ser editados e alguns critérios técnicos que servirão de alerta para
efetuar as edições.
1) Nos gráficos de colunas e de barras, é importante:
a) colocar três títulos, sendo um geral, um para o eixo
horizontal e um para o eixo vertical;
b) dar aos retângulos o mesmo tipo de preenchimento
e/ou cor, separando-os uns dos outros.
2) No gráfico de setores, só podemos inserir um título, e
este deverá ser bem completo.
3) No gráfico de setores, o Excel não insere os valores per-
centuais ao lado de cada fatia. Assim, você deverá retor-
nar à Etapa 2 e inserir esses valores, indo até Rótulo de
Dados e clicando em Mostrar Valor.
4) Um efeito interessante que podemos dar no gráfico de
setores é a separação das fatias. Para isso, clique uma
única vez em qualquer ponto do gráfico (circunferência)
e, em seguida, escolha uma fatia mais à direita da cir-
cunferência, aponte com o mouse, clique e mantenha
o mouse clicado, arrastando-o para a sua direita. Você
verá que as fatias serão separadas. Para voltar as fatias
para os seus lugares, basta repetir o processo, arrastan-
do o mouse para a esquerda até grudar. Se você quiser
© U2 – Tabulação de Dados 65

desgrudar uma única fatia, proceda desta forma: escolha


uma fatia, clique uma única vez sobre ela e, em seguida,
clique novamente uma única vez em cima dela. Só aque-
la fatia ficará selecionada; então, clique com o mouse so-
bre ela, mantendo-o segurado e arrastando para o lado.
Além dessas dicas apresentadas, você poderá utilizar o Ex-
cel para melhorar, de forma significativa, o visual do seu gráfico.
Tente explorar todas as ferramentas do Assistente de Gráfico para
a edição.

9. GRÁFICOS DE FREQUÊNCIAS NO EXCEL 2007 OU


2010
Para usuários do Excel 2007, a única diferença é que, após
selecionar as colunas da tabela, basta ir ao menu Inserir e escolher
o tipo de gráfico.
Depois de selecionar as informações, ainda no menu Inserir,
você verá que imediatamente aparecerão os gráficos que o Excel
pode inserir na planilha com base na seleção feita, como podemos
observar na Figura 10.

Figura 10 Modelos de gráficos.

Gráfico de colunas
Vamos iniciar nosso pequeno "guia" pelo gráfico de colunas.
Ao selecionar a opção Colunas, aparecerá uma tela com os tipos
de gráficos de colunas que o Excel pode desenhar (Figura 11). Note
que a única diferença está na forma de expor as colunas (em 2D
ou em 3D, utilizando retângulos ou outra forma geométrica). Para
ilustrar, vamos utilizar a primeira opção, em 2D.

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66 © Probabilidade e Estatística

Figura 11 Opções de gráficos de colunas.

Note que, automaticamente, o Excel confecciona o gráfico


(Figura 12) pedido e já o posiciona na planilha.

Figura 12 Gráfico pronto e posicionado.

Note, também, que, ao inserir o gráfico, se clicarmos uma


vez sobre ele, três novas opções de Menu ficarão disponíveis no
Excel: a opção Design, a opção Layout e a opção Formatar, que são
ferramentas utilizadas para editar o gráfico.
Para inserir os títulos nos eixos e no gráfico, vamos acessar o
menu Layout (Figura 13).
© U2 – Tabulação de Dados 67

Figura 13 Layout.

Para inserir o título no eixo das categorias (horizontal), se-


lecione a opção Títulos dos eixos; depois, a opção Título do eixo
horizontal principal; depois, Título abaixo do eixo. Basta agora
digitar o título desejado, como, por exemplo, "Setor Econômico".
Observe, na Figura 14, as alterações realizadas.
Para inserir o título no eixo das porcentagens (vertical), se-
lecione a opção Títulos dos eixos; depois, a opção Título do eixo
vertical principal; depois, Título girado. Agora, basta digitar o tí-
tulo desejado, como, por exemplo, "% de Empresas".
Para inserir o título geral do gráfico, selecione a opção Títu-
los do gráfico e, depois, a opção Acima do gráfico. Agora, basta
digitar o título desejado, como, por exemplo, "Distribuição das
Empresas segundo Setores Econômicos".
O resultado deverá ser semelhante ao gráfico modificado da
Figura 14.

Figura 14 Gráfico pronto (títulos inseridos).

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68 © Probabilidade e Estatística

Note que, do lado direito do gráfico da Figura 14, existe uma


informação, denominada "Série 1". Essa é a chamada Legenda,
cuja utilização só é necessária quando, em um mesmo gráfico, ela
estiver representando mais de uma tabela. Como temos apenas
uma única tabela sendo representada, a legenda deve ser retirada.
Para isso, selecione o seu gráfico, acesse o menu Layout e, depois,
Legenda, e selecione a opção Nenhuma.
Pronto! Seu gráfico de colunas está finalizado. O que você
pode fazer agora é editar o seu gráfico, alterando a fonte e o
tamanho das letras, as cores de fundo e a cor das colunas etc. Para
proceder com a edição, você deverá selecionar seu gráfico com um
clique e acessar o menu Formatar. Nele, você encontrará muitas
formas diferentes de personalizar o seu gráfico; portanto, explore
essa ferramenta e seja criativo!
Os gráficos de colunas podem ser utilizados sempre que a
tabela possuir categorias qualitativas, como o gráfico da Figura
14, ou categorias quantitativas inteiras não representadas em
intervalos, como na Figura 15.

Estudo do número de funcionário


sindicalizados
40
35
ass 30
% de Empresas

e
r 25
p
m 20
E
e 15
d
% 10
5
0
12 14 15 17 21
Número de Funcionários

Figura 15 Gráfico com categorias quantitativas.


© U2 – Tabulação de Dados 69

Gráfico de barras
Para criar um gráfico de barras, utilizaremos tudo o que
foi discutido anteriormente no gráfico de colunas. Então, para
selecionar o gráfico de barras, acesse Inserir e, depois, Barras,
selecionando, em seguida, o modelo de sua preferência. Em nosso
caso, continuaremos optando pelo modelo 2D (Figura 16).

Figura 16 Modelo de gráfico de barras.

A única diferença é que o gráfico de barras é mais indicado


em casos de variáveis qualitativas com um grande número de cat-
egorias, como podemos ver na Figura 17.

Vestuários
Petrolífera
s Naval
o
ic Armamentos
Setores Econômicos

m
ô Tecnologia
n
o
cE Eletro-eletrônicos
s Bebidas
e
r
o
t Transportes
e
S Siderurgico
Alimentos
Automotivo

0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00


Percentual de Empresas

Figura 17 Gráfico com categorias quantitativas.

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70 © Probabilidade e Estatística

Gráfico de setores
O gráfico de setores é chamado de Pizza no Excel. Para a sua
construção, retornamos ao passo de escolha do gráfico.
Depois de selecionar as informações da planilha, acesse o
menu Inserir. Observe, na Figura 18, os gráficos que o Excel pode
inserir na planilha com base na seleção feita. Selecione a opção
Pizza e escolha a primeira opção em 3D.

Figura 18 Opções de gráficos no modelo pizza.

Para inserir os títulos nos eixos e os percentuais no gráfico,


vamos acessar o menu Layout (Figura 13).
Você notará que a opção Títulos dos eixos estará desabilitada,
o que é natural, já que o gráfico é feito em uma circunferência
e, portanto, não possui eixos. Assim, podemos editar apenas um
título geral para o gráfico.
Para inserir o título geral do gráfico, selecione a opção Títulos
do gráfico e, depois, a opção Acima do gráfico. Em seguida, basta
digitar o título desejado, como, por exemplo, "Distribuição % de
empresas segundo setores econômicos".
Note que o gráfico não possui os valores das porcentagens
da tabela. Desse modo, para inserir os valores ao lado de cada fatia
© U2 – Tabulação de Dados 71

do gráfico, você deve selecionar a opção Rótulo de dados e, em


seguida, a opção Extremidade externa.
O resultado deverá ser similar ao da Figura 19.

Distribuição % de empresas por


setores econômicos
11.9
29.5

Automotivo
Alimentos
Siderurgico
Transportes
12.7 45.9

Figura 19 Gráfico de pizza com títulos e porcentagens.

Note que, do lado direito do gráfico da Figura 19, há uma


legenda. Nesse tipo de gráfico, a legenda é de fundamental
importância, pois diferencia as fatias em relação à categoria de
cada uma delas, devendo, portanto, sempre acompanhar esse
modelo de gráfico.
Um efeito bastante interessante e que podemos explorar
nos gráficos de setores é afastar uma determinada fatia de
maior interesse. Para isso, basta clicar uma única vez dentro da
circunferência; depois, clicar mais uma vez na fatia que se quer
retirar e arrastá-la com o mouse, obtendo resultado semelhante
ao da Figura 20.

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72 © Probabilidade e Estatística

Distribuição % de empresas por


setores econômicos
11.9
29.5
Automotivo
Alimentos
Siderurgico

45.9 Transportes
12.7

Figura 20 Gráfico de setores com fatia afastada.

O gráfico de setores pode ser utilizado em qualquer situação,


com categorias qualitativas, categorias quantitativas inteiras
ou quando temos intervalos. Contudo, no caso das categorias
qualitativas, devemos utilizá-las somente quando o seu número
for pequeno, pois, senão, as fatias ficarão muito pequenas e o
gráfico não ficará muito legível.

Uma visão da aplicação dos gráficos de frequências


Para termos uma visão mais clara sobre a aplicação dos
gráficos de frequências, vejamos, a seguir, alguns exemplos de
cada variável e os gráficos que podemos utilizar para cada uma
das categorias. Os exemplos contarão com a ajuda do Excel.
Categoria qualitativa
Para as tabelas com categorias qualitativas, podemos utilizar
os três tipos de gráficos.
Aqui, vamos utilizar, como exemplo, os dados de uma
pesquisa realizada em 131 cidades do estado de São Paulo, que
investigou qual produto da cesta básica apresentou maior variação
de preço em abril de 2011.
© U2 – Tabulação de Dados 73

Produto com maior Número de


% de Cidades
variação de preço Cidades
Arroz 44 33.59
Feijão 48 36.64
Macarrão 12 9.16
Carne de segunda 11 8.40
Açúcar 8 6.11
Sal 8 6.11
Total 131 100

Observe as representações gráficas dos dados dessa pesquisa


nas Figuras 21, 22 e 23.
Produtos com maior Variação de Preços em Cidades do
Estado de SP
40,00
35,00
s 30,00
e
ad 25,00
% de cidades

d
i 20,00
C
e 15,00
d
% 10,00
5,00
0,00
Arroz Feijão Macarrão Carne de Açúcar Sal
Segunda
Produto com maior variação de preço no mês

Figura 21 Gráfico de colunas.

Produtos com maior Variação de Preços em Cidades do Estado


de SP

o
ç Sal
re
Produto com maior variação de preço

p Açúcar
e
d
o Carne de Segunda
çãa
ir Macarrão
av
r Feijão
o
ai
m Arroz
m
co
o
t 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00
u
d
o
r % de Cidades
P

Figura 22 Gráfico de barras.

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74 © Probabilidade e Estatística

Produtos com maior variação de


preço em cidades do estado de SP
6,11
6,11
8,40 33,59 Arroz
Feijão
Macarrão
9,16
Carne de Segunda
Açúcar
Sal

36,64

Figura 23 Gráfico de setores.

Vejamos, agora, um exemplo com categoria quantitativa


sem intervalos.
Categoria quantitativa sem intervalos
A categoria quantitativa sem intervalos é representada por
números inteiros (ou seja, sem intervalos), e, para ela, podemos
utilizar o gráfico de colunas ou o gráfico de setores.
Para exemplificar, vamos prosseguir com a demonstração so-
bre o produto da cesta básica que mais variou de preço em abril
de 2011.

Número de produtos com Número de % de


aumento de preço Cidades Cidades
5 9 6.87
7 50 38.17
8 61 46.56
10 8 6.11
11 3 2.29
Total 131 100.00

Ao digitar as categorias numéricas, uma dica que vale ser


mencionada é iniciar com aspas (‘), para que o Excel interprete
isso como uma categoria do eixo X.
© U2 – Tabulação de Dados 75

Observe a representação gráfica dos dados dessa pesquisa


nas Figuras 24 e 25.

Análise do Número de Produtos com


Aumento de Preço
50,00

s 40,00
e
d
% de cidades

a 30,00
d
ic
e 20,00
d
%
10,00

0,00
5 7 8 10 11
Número de Produtos com aumento de preço

Figura 24 Gráfico de colunas.

Análise do Número de Produtos com


Aumento de Preço
6,11 2,29 6,87

5
7

38,17 8
10
46,56
11

Figura 25 Gráfico de setores.

Categoria quantitativa com intervalos


Para tabelas com categorias quantitativas representadas por
números fracionários subdivididos em intervalos, podemos utilizar
o gráfico de colunas ou o gráfico de setores.
Vamos continuar utilizando os dados da pesquisa sobre a
variação percentual de preços da cesta básica, cujos resultados
foram subdivididos em cinco intervalos numéricos.

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76 © Probabilidade e Estatística

Variação % no preço
Número de Cidades % de Cidades
da cesta básica
1,22 |— 1,31 77 58.78
1,32 |— 1,41 23 17.56
1,42 |— 1,51 17 12.98
1,52 |— 1,61 9 6.87
1,62 |— 1,71 5 3.82
Total 131 100.00

Observe a representação gráfica dos dados dessa pesquisa


na Figura 26.

Variação Percentual da Cesta Básica


6.87 3.82

12.98
1,22 |-- 1,31
1,32 |-- 1,41
1,42 |-- 1,51
58.78 1,52 |-- 1,61
17.56
1,62 |-- 1,71

Figura 26 Gráfico de setores, ou de pizza.

Você deve ter notado que a elaboração de gráficos de


frequências no Excel é um procedimento bem simples. Por isso,
recomendamos que você procure exercitar o uso da planilha, de
forma a fortalecer os conceitos e procedimentos apreendidos neste
"manual" que elaboramos sobre a utilização das ferramentas do
Excel para a criação de representações gráficas de dados.
Mas você deve saber que este assunto não se encerrou ainda!
Além dos gráficos de frequências, podemos elaborar gráficos que
representam séries estatísticas. Vamos conhecê-los?
© U2 – Tabulação de Dados 77

10. GRÁFICOS DE SÉRIES


Como acabamos de ver, além dos gráficos de frequências,
temos os gráficos de séries, ou gráficos de linha, que servem para
representar situações em que a variável observada está relaciona-
da com alguma medida temporal ou sequencial. É importante sa-
lientar que esses tipos de gráficos não são como os de frequências
e, portanto, não podem ser utilizados para tabelas de frequências,
exceto em casos de variáveis temporais ou sequenciais.

Gráfico de séries no Excel 2003


Para facilitar, é sempre importante digitarmos os dados em
colunas, sendo que a identificação do tempo deve ser colocada na
primeira coluna, à esquerda, e os valores das variáveis, ao lado,
caminhando sempre para a direita, tal como na tabela a seguir, em
que temos o número de casos de dengue registrado em uma série
histórica de 20 semanas em dois grandes municípios do interior do
estado de São Paulo. Vejamos.

SEMANA CIDADE 1 CIDADE 2


Semana 1 12 23
Semana 2 25 45
Semana 3 33 56
Semana 4 41 67
Semana 5 42 78
Semana 6 43 79
Semana 7 45 65
Semana 8 56 61
Semana 9 78 59
Semana 10 123 58
Semana 11 145 45
Semana 12 89 44
Semana 13 77 32
Semana 14 65 31

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78 © Probabilidade e Estatística

SEMANA CIDADE 1 CIDADE 2


Semana 15 43 28
Semana 16 41 25
Semana 17 32 21
Semana 18 23 13
Semana 19 12 10
Semana 20 10 3

Ao selecionar os dados, basta digitar os valores e seguir o


procedimento inicial para a construção do gráfico de linhas (ou de
séries), pois o método dele é similar ao dos casos anteriores, con-
siderando a seleção direta dos dados, inclusive a linha dos títulos
das colunas, conforme a Figura 27.

Figura 27 Tabela de dados digitada no Excel.


© U2 – Tabulação de Dados 79

Depois de selecionar as informações, vamos escolher o


gráfico. Para isso, acessaremos o menu Inserir e selecionaremos a
opção Gráfico ou o ícone do Assistente de Gráfico, como mostrado
anteriormente, nos exemplos de gráficos de frequências. Em geral,
para esse tipo de exemplo, é mais indicado o gráfico de linhas com
marcadores, conforme a Figura 28.

Figura 28 Escolha do tipo de gráfico – gráfico de linhas com marcadores.

Após a seleção do gráfico, o Excel apresenta, na segunda


etapa, uma visão preliminar do gráfico de linhas. Observe, na
Figura 29, que, como selecionamos a linha com os títulos das
colunas, estes aparecem na legenda do lado direito. Vamos, agora,
selecionar a opção Avançar.

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80 © Probabilidade e Estatística

9
a3
a1

a5

a7

a9

a1

a1

a1

a1

a1
an
an

an

an

an

an

an

an

an

an
m
m

m
Se
Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Figura 29 Assistente de gráfico.

Como já discutido nos exemplos anteriores dos gráficos de


colunas e de barras, na Etapa 3, devemos inserir os títulos – um
para o gráfico e um para cada eixo. Na Figura 30, podemos nomear
o gráfico de "Histórico dos casos de dengue"; o eixo horizontal
(das categorias), de "Semanas"; e o eixo vertical (dos valores), de
"Número de casos".
© U2 – Tabulação de Dados 81

Figura 30 Títulos do gráfico.

Após colocarmos os títulos, selecionaremos a opção OK


e passaremos para a Etapa 4, em que escolheremos a forma de
gravação do gráfico. É interessante que se utilize a opção Como
Nova Planilha, tal como é mostrado na Figura 31.

Figura 31 Gravação do gráfico.

Seguindo corretamente todas as etapas, nosso gráfico deve-


rá ficar igual ao da Figura 32.

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82 © Probabilidade e Estatística

Histórico dos casos de dengue

160

140

120

100
Número de Casos

Cidade 1
80
Cidade 2

60

40

20

0
1

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20
a

a
an

an

an

an

an

an

an

an

an

a
an

an

an

an

an

an

an

an

an

an

an
m

m
Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se

Se
Semanas

Figura 32 Gráfico de linhas pronto.

Os procedimentos vistos para a versão 2003 do Excel são


bem diferentes dos que utilizamos para as versões 2007 e 2010.
Vamos, então, a seguir, ver como executar esses gráficos nessas
versões mais atuais.

Gráfico de séries no Excel 2007 e 2010


É sempre importante começar digitando os dados em
colunas, sendo que a identificação do tempo deve ser colocada na
primeira coluna da esquerda e os valores das variáveis econômicas
nas colunas ao lado, caminhando sempre para a direita, como no
exemplo a seguir, no qual temos os índices de inflação medidos
pelo IPC-FIPE no período de janeiro/2010 a julho/2011, numa
série histórica.

PERÍODO IPCA-IBGE IPC-FIPE


01/10 0.75 1.34
02/10 0.78 0.74
03/10 0.52 0.34
© U2 – Tabulação de Dados 83

04/10 0.57 0.39


05/10 0.43 0.22
06/10 0.00 0.04
07/10 0.01 0.17
08/10 0.04 0.17
09/10 0.45 0.53
10/10 0.75 1.04
11/10 0.83 0.72
12/10 0.63 0.54
01/11 0.83 1.15
02/11 0.80 0.60
03/11 0.79 0.35
04/11 0.77 0.70
05/11 0.47 0.31
06/11 0.15 0.01
07/11 0.16 0.30

Com os valores digitados, o procedimento inicial para a cons-


trução do gráfico de séries é similar à dos casos anteriores, consi-
derando a seleção direta dos dados, inclusive a linha dos títulos
das colunas, ficando da mesma forma que a Figura 33.

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84 © Probabilidade e Estatística

Figura 33 Tabela com dados digitados.

Depois de selecionar as informações, acessaremos o menu


Inserir, e, imediatamente, aparecerão os gráficos que o Excel
pode inserir na planilha (Figura 34) com base na seleção feita.
Selecionaremos a opção Linhas e escolheremos a opção com
linhas e marcadores.
© U2 – Tabulação de Dados 85

Figura 34 Opções de gráficos de linha.

Após selecionarmos a opção do gráfico de linhas, a primeira


versão do gráfico ficará igual à da Figura 35.

Figura 35 Primeira versão do gráfico de linhas.

Feito o gráfico, podemos colocar os títulos nos eixos e um


título para o gráfico, bastando proceder da mesma forma como
fizemos na construção do gráfico de colunas para a versão 2007 e
2010.
Para inserir os títulos nos eixos e no gráfico, vamos entrar no
menu Layout.

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86 © Probabilidade e Estatística

Para inserir o título no eixo horizontal, selecionamos a


opção Títulos dos eixos; depois, a opção Título do eixo horizontal
principal; depois, Título abaixo do eixo, bastando digitar o título
desejado, como, por exemplo, "Períodos".
Para inserir o título no eixo vertical, selecionamos a opção
Títulos dos eixos; depois, a opção Título do eixo vertical principal;
depois, Título girado, bastando digitar o título desejado, como,
por exemplo, "Índice de Inflação".
Para inserir o título geral do gráfico, selecionamos a opção
Títulos do gráfico e, depois, a opção Acima do gráfico, bastando
digitar o título desejado, como, por exemplo, "Comparação dos
Índices IPCA e IPC".
Como temos duas séries históricas no mesmo gráfico,
a legenda deve ser mantida. Note, na Figura 36, que, como
selecionamos os títulos das colunas, na legenda, já aparecem os
nomes corretos das séries.

Figura 36 Gráfico de linhas pronto.

Com o gráfico pronto, podemos partir para a sua edição,


trocando os marcadores ou o tipo de linha ou retirando os
marcadores e/ou as linhas. Para efetuar uma edição no formato das
linhas e marcadores, devemos apontar com o mouse para qualquer
© U2 – Tabulação de Dados 87

um dos marcadores de uma das séries e clicar com o botão direito.


Uma tela com as opções de edição (Figura 37) surgirá, e bastará
selecionar a opção Formatar série de dados.

Figura 37 Opções de edição.

Por meio dos exemplos, foi possível notar que os gráficos são
ferramentas amplamente utilizadas nos meios de comunicação
em geral. Portanto, é preciso ficar atento às situações ideais para
a representação de dados via gráficos e saber utilizar recursos
tecnológicos para a sua construção.

11. TRABALHANDO EM SALA DE AULA


Podemos separar a utilização dos recursos de tabulação,
seja em forma de tabelas, seja em forma de gráficos, em duas
modalidades.
A primeira é a do trabalho com as tabelas, especialmente as
mais simples, que é bem fácil e não exige recursos computacionais,
além de fortalecer os conceitos de associação de elementos
semelhantes e operações matemáticas de soma e divisão e de
trabalhar conceitos percentuais e de proporcionalidade.
Uma dinâmica interessante é dar continuidade nas
discussões de amostragem, executando, de fato, uma coleta de
dados na escola, como, por exemplo, o que os alunos preferem

Claretiano - Centro Universitário


88 © Probabilidade e Estatística

na cantina ou no lanche; o esporte, filme ou programa preferido;


quem recicla materiais em casa; enfim, assuntos de algum
interesse comum. Com a coleta, fica fácil a construção das tabelas.
Por exemplo, o professor pode separar a sala em grupos, e cada
grupo fica responsável pela pesquisa em uma parte da escola. Em
seguida, cada grupo apresenta sua tabela, e uma discussão sobre
as diferenças nos resultados pode ser feita.
Na segunda, temos os gráficos. Aqui, é interessante que o
professor proceda de duas formas diferentes caso a escola possua
recursos computacionais: primeiramente, incentivando os alunos
a construírem os gráficos manualmente, pois essa é uma boa
forma de discutir alguns conceitos de Geometria e de construção
geométrica, e, depois, mostrando alguns passos em algum
programa computacional para facilitar a construção.
Cabe, aqui, uma observação importante: é comum
professores pedirem aos alunos que recolham, em jornais e revistas,
exemplares de tabelas e gráficos. Porém, normalmente, os meios
de comunicação não respeitam as normas técnicas estabelecidas
para a construção dessas representações, especialmente em se
tratando de tabelas; portanto, vale a ressalva, para que você se
atente a essa ocorrência e se previna ao solicitar atividades como
essas para seus futuros alunos.

12. QUESTÃO AUTOAVALIATIVA


Confira, a seguir, a questão proposta para verificar o seu
desempenho no estudo desta unidade:
1) Uma importante teoria econômica, chamada de "Teoria do Consumidor",
diz que, em um mercado no qual haja produtos competitivos, se o preço
de um determinado produto tiver um comportamento crescente ao
longo do tempo, a quantidade comercializada do produto tende a ter um
comportamento decrescente, ou seja, quanto mais caro o produto, menor
a vendagem dele, teoricamente. Para avaliar a veracidade dessa teoria, um
estudo foi realizado em 40 supermercados da região de Ribeirão Preto, com
o objetivo de avaliar a procura por uma determinada marca de bolacha,
vendida em três diferentes sabores: chocolate (CHO), morango (MOR) e leite
© U2 – Tabulação de Dados 89

(LEI). Em cada um dos supermercados, os pesquisadores observaram três


diferentes variáveis:
• Variável 1: sabor mais vendido em um período de 5 meses.
• Variável 2: quantidade total vendida daquela marca em mil unidades,
somando-se os três sabores.
• Variável 3: preço máximo cobrado por cada pacote de bolacha daquela
marca no mesmo período de 5 meses.

Executada a pesquisa, ou seja, visitados todos os 40 supermercados, foram


obtidas as respostas para cada uma das variáveis de interesse. Os resultados
estão colocados nos conjuntos a seguir.
a) Quanto ao sabor mais vendido:

CHO MOR MOR CHO CHO LEI CHO CHO MOR MOR

MOR LEI CHO CHO LEI CHO CHO MOR CHO CHO

LEI CHO MOR MOR CHO CHO MOR MOR LEI MOR

MOR LEI CHO LEI MOR MOR LEI CHO MOR CHO

b) Quanto à quantidade total vendida (em mil unidades):

23 21 25 20 22 20 25 21 25 23

22 23 25 23 19 19 19 23 25 25

19 22 19 22 19 23 19 22 22 22

19 21 23 25 21 20 25 21 23 21

c) Quanto ao preço máximo cobrado pela unidade do produto:

2,35 2,45 2,41 2,40 2,33 2,29 2,55 2,48 2,47 2,51

2,15 2,45 2,45 2,64 2,58 2,61 2,49 2,22 2,24 2,20

2,47 2,59 2,60 2,41 2,49 2,44 2,19 2,22 2,23 2,55

2,55 2,56 2,57 2,45 2,46 2,59 2,64 2,63 2,15 2,18

Com base nos dados anteriores, construa uma tabela de frequências para
cada conjunto de dados e, depois, represente cada uma das tabelas por
meio de um gráfico de frequências da seguinte forma:

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90 © Probabilidade e Estatística

a) A primeira tabela por um gráfico de barras.


b) A segunda tabela por um gráfico de barras.
c) A terceira tabela por um gráfico de setores.

Gabarito
Confira, a seguir, a resposta correta para a questão
autoavaliativa proposta:
1)
a) Primeira tabela: Distribuição dos supermercados em relação aos
sabores mais vendidos.

Sabor mais vendido fa fr%


Chocolate 17 42,5
Leite 8 20,0
Morango 15 37,5
Total 40 100,0

b) Segunda tabela: Distribuição dos supermercados em relação à


quantidade vendida em mil unidades.

Quantidade (mil
fa fr%
unidades)
19 8 20,0
20 3 7,5
21 6 15,0
© U2 – Tabulação de Dados 91

Quantidade (mil
fa fr%
unidades)
22 7 17,5
23 8 20,0
25 8 20,0
Total 40 100,0

c) Terceira tabela: Distribuição dos supermercados em relação ao


preço máximo cobrado.

Preço Máximo fa fr%


2,15 |— 2,24 8 20,0
2,24 |— 2,33 2 5,0
2,33 |— 2,42 5 12,5
2,42 |— 2,51 11 27,5
2,51 |— 2,60 9 22,5
2,60 |— 2,69 5 12,5
Total 40 100,0

Fazemos:

• At = 2, 64 − 2,15 = 0, 49
• K =+1 3,3 ⋅ Log10 40 =+
1 3,3 ⋅1, 6 =6, 28
0, 49
• Ti= = 0, 082 → Ti= 0, 09
6

Claretiano - Centro Universitário


92 © Probabilidade e Estatística

Gráfico da terceira tabela


Preço máximo do pacote
12,5
20
2,15 |--- 2,24

22,5 5 2,24 |--- 2,33


2,33 |--- 2,42
2,42 |--- 2,51
12,5
2,51 |--- 2,60
2,60 |--- 2,69

27,5

13. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, discutimos dois importantes instrumentos
de tabulação de dados: as tabelas e os gráficos de frequências,
que, apesar de não exigirem muito esforço para sua construção,
exigem rigor quanto às normas de montagem.
Podemos, no dia a dia, identificar muitas situações nas quais
as tabelas e os gráficos são utilizados, inclusive exemplos estuda-
dos nesta unidade. Por isso, é importante saber construir e tam-
bém interpretar os resultados de uma tabela ou gráfico.
Na próxima unidade, vamos evoluir na representação e
análise dos dados coletados e/ou pesquisados, introduzindo as
medidas de tendência central, ou medidas de posição, entre elas a
média, que é uma unidade muito utilizada.

14. E-REFERÊNCIAS
SHIGUTI, W. A.; SHIGUTI, V. S. C. Apostila de estatística. Disponível em: <http://www.
ecnsoft.net/wp-content/uploads/2009/08/Apostila-Estatistica-UFSC.pdf>. Acesso em:
13 fev. 2012.
TAVARES, M. Estatística aplicada à administração. Disponível em: <http://www.ufpi.br/
uapi/conteudo/disciplinas/estatistica/download/Estatistica_completo_revisado.pdf>.
Acesso em: 13 fev. 2012.
© U2 – Tabulação de Dados 93

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BUSSAB, W.; MORETTIN, P. Estatística básica. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
FREUND, J. Estatística aplicada: economia, administração e contabilidade. 11. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2007.
LARSON, R.; FARBER, E. Estatística aplicada. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
LEVIN, J.; FOX, J. Estatística para ciências humanas. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2004.
MCCLAVE, J. et al. Estatística para administração e economia. 10. ed. São Paulo: Pearson,
2009.
NEUFELD, J. L. Estatística aplicada à administração usando Excel. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2003.
SMAILES, J.; MCGRANE, A. Estatística aplicada à administração com Excel. São Paulo:
Atlas, 2002.
SPIEGEL, M. Estatística. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.
SPIEGEL, M.; SCHILLER, J.; SRINIVASAN, R. Teoria e problemas de probabilidade e
estatística. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
TOLEDO, G. Estatística básica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
TRIOLA, M. Introdução à estatística. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
WALPOLE, R. et al. Probabilidade e estatística: para engenharia e ciências. 8. ed. São
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Claretiano - Centro Universitário


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