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Sumário
1.1. Origem e destino;
1.2. Contribuição indevidas para as redes de esgotos;
1.3. Características física do esgoto;
1.4. Escoamento Livre.
1. O Esgoto Sanitário
1.1. Origem e destino
1.1.1. Origem
O esgoto sanitário, segundo definição da norma brasileira
NBR 9648 (ABNT, 1986), é o “despejo líquido de esgoto
doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição
pluvial parasitária”.
1. O Esgoto Sanitário
1.1. Origem e destino
1.1.1. Origem
A NBR 9648 (ABNT, 1986) define ainda:
• Esgoto doméstico é o “despejo líquido resultante do uso da água para higiene e
necessidades fisiológicas humanas”;
• Esgoto industrial é o “despejo líquido resultante dos processos industriais,
respeitados os padrões de lançamento estabelecidos”;
• Água de infiltração é “toda água proveniente do subsolo, indesejável ao sistema
separador e que penetra nas canalizações”;
• Contribuição pluvial parasitária é “a parcela do deflúvio superficial
inevitavelmente absorvida pela rede de esgoto sanitário”.
1. O Esgoto Sanitário
1.1. Origem e destino
1.1.2. Destino
Quanto ao destino, na maioria das vezes, são coleções de
água natural – cursos de água, lagos ou mesmo o oceano -,
mas também pode ser o solo convenientemente preparado
para receber a descarga efluente do sistema. A esse destino
final se dá a denominação de corpo receptor.
1. O Esgoto Sanitário
1.2. Contribuições indevidas para as redes de esgotos
1.2.1. Vazões Parasitárias
As redes de esgoto do sistema separador absoluto são projetadas
para receber as vazões máximas decorrentes do uso da água nas
áreas edificadas, acrescidas de contribuições parasitárias
indevidas. Essas contribuições indevidas podem ser originárias do
subsolo (terreno) ou podem provir de encaminhamento acidental
ou clandestino de águas pluviais. A avaliação das duas parcelas
parasitárias é importante, para o perfeito dimensionamento de
sistemas, incluindo os órgãos de extravazão.
1. O Esgoto Sanitário
1.2. Contribuições indevidas para as redes de esgotos
1.2.2. Infiltrações
As contribuições indevidas provenientes do solo são
genericamente designadas como infiltrações e incluem:
• Águas que penetram nas tubulações pelas juntas;
• Águas que penetram nas canalizações através de imperfeições
das paredes dos condutos;
• Águas que penetram no sistema pelas estruturas de poços de
visita, estações elevatórias, etc.
1. O Esgoto Sanitário
1.2. Contribuições indevidas para as redes de esgotos
1.2.3. Importância das ligações prediais
Grande parte das infiltrações ocorre pelas ligações de esgotos e
dos coletores prediais.
• A extensão integrada dos coletores prediais é muitas vezes maior
do que a extensão total da rede de esgoto;
• A execução dos coletores prediais não é tão cuidadosa como a
construção da rede pública;
• As ligações entre os coletores prediais e os coletores públicos
têm sido, com frequência, um ponto fraco das instalações.
1. O Esgoto Sanitário
1.3. Características físicas do esgoto
Fluídos são substâncias nas quais a ação de forças externas, de mínima grandeza,
provoca o movimento de suas partículas, umas em relação às outras. Podem ser líquidos
ou gases.
O esgoto é um líquido cuja composição, quando não contém resíduos industriais,
é de aproximadamente:
• 99,87% de água;
• 0,04% de sólidos sedimentáveis;
• 0,02% de sólidos não sedimentáveis;
• 0,07% de substâncias dissolvidas.
Dada a forte prevalência da água na composição do esgoto, admite-se que suas
propriedades físicas são as mesmas da água e, portanto, suas reações à ação de forças
externas também são as mesmas. Daí que o escoamento de esgoto, em tubulações e
canais, é tratado como se fosse água.
1. O Esgoto Sanitário
1.3. Características físicas do esgoto
1.3.1. Massa específica (ou densidade absoluta)
É a relação entre a massa e o volume de um corpo,
representada pela letra “𝝆” (rô). No sistema Internacional de
Unidades (SI) é medida em kg/m³ (massa/volume).
𝑚
𝜌=
𝑉
1. O Esgoto Sanitário
1.3. Características físicas do esgoto
1.3.2. Densidade relativa
É a relação entre a massa específica de um corpo e a da
água (assumida como base). A densidade relativa da água é,
portanto, igual à unidade. Trata-se de um número admensional
representado pela letra grega “𝜹” (delta). A densidade relativa
do mercúrio, por exemplo, é 13,6. Em outras palavras, o
mercúrio tem massa 13,6 vezes maior do que a água para o
mesmo volume.
1. O Esgoto Sanitário
1.3. Características físicas do esgoto
1.3.3. Peso específico
É a relação entre o peso de um corpo e o seu volume, ou
o produto da massa específica pela aceleração da gravidade
(𝒈). É representado pela letra grega “𝜸” (gama) e no SI é
medida em N/m³. Na prática, admite-se que a densidade da
água é igual a 1, sua massa específica igual a 1 kg/L e o peso
específico igual a 9,8 N/L (1 kgf/L), ou:
𝜸 = 𝝆. 𝒈
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1.3. Características físicas do esgoto
1.3.4. Compressibilidade/Elasticidade
É a propriedade de os corpos reduzirem o volume sob a ação de um aumento da pressão
externa, havendo proporcionalidade entre a variação da pressão e a variação do volume; o
coeficiente dessa proporcionalidade é chamado módulo de elasticidade de volume, representado
pela letra grega “𝜺” (epsilon). Assim, tem-se:
𝒅𝒑
𝜺 = −𝑽.
𝒅𝑽
onde:
• V = volume inicial;
• 𝒅𝒑 = variação de pressão;
• 𝒅𝑽 = variação de volume;
• Sinal de (−) significa que há diminuição de volume sob acréscimo de pressão;
• Mesma dimensão de pressão.
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1.3. Características físicas do esgoto
1.3.5. Viscosidade
𝒅𝒗
𝝉 = 𝝁.
𝒅𝒚
(equação da viscosidade de Newton)
Onde:
• 𝝉 = tensão tangencial responsável pelo movimento do líquido;
• 𝝁 = coeficiente de viscosidade dinâmica do líquido (Pa .s).
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1.3. Características físicas do esgoto
1.3.6. Coesão, adesão e tensão superficial
𝑸 = 𝑨. 𝒗
Onde:
• 𝑸 = vazão;
• 𝑨 = área de escoamento;
• 𝒗 = velocidade média.
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1.3. Características físicas do esgoto
1.3.9. Princípios, leis e equações básica
• Equação de Bernoulli: Em qualquer ponto de uma linha corrente de um líquido
perfeito, em movimento permanente e uniforme, a soma das alturas cinéticas
(𝒗2 /𝟐𝒈), piezométrica (𝒑/𝜸) e geométrica (𝒁) é constante:
𝒑 𝒗²
𝒁+ + = 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞
𝜸 𝟐. 𝒈
Entre dois pontos da mesma linha de corrente, considerados a viscosidade real
do líquido e o seu atrito externo com a tubulação, há diferença entre as cargas
totais nesses pontos que é chamada de perda de carga do escoamento (𝒉𝒇 ):
𝒑𝟏 𝒗𝟐𝟏 𝒑𝟐 𝒗𝟐𝟐
𝒁𝟏 + + = 𝒁𝟐 + + + 𝒉𝒇
𝜸 𝟐. 𝒈 𝜸 𝟐. 𝒈
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1.4. Escoamento Livre
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Referências Bibliográfica