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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
NATAL/RN
2019
JOÃO PAULO SILVA DE LIMA
NATAL/RN
2019
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Maria das Graças Silva de Lima e
Franklin Costa de Lima, às minhas tias Maria do Rosário e Maria do Socorro, ao meu
tio Tony José e aos meus irmãos Marcos Felipe e Talita Cristina que me incentivaram
e me apoiaram das mais variadas formas para que eu pudesse concluir este trabalho.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo dom da vida, por Ele sempre está comigo em todos os momentos
me fortalecendo, me guiando pelos melhores caminhos e me orientando diante das
escolhas mais difíceis.
Ao professor Dr. João Bosco da Silva, meu orientador pela sua disponibilidade
e pelo comprometimento com o sucesso deste trabalho.
Ao meu querido amigo e mentor MSc. Karllyamo Lennon de Souza, por
acreditar no meu potencial, por todos os seus ensinamentos, conselhos, pela
paciência dedicada durante toda a realização deste trabalho, pela disponibilidade em
tirar sempre mais uma dúvida, por fim, pela generosidade de me apresentar o mundo
da manutenção preditiva.
A Raíssa Silva pelo total apoio durante a realização dos ensaios no laboratório
e por compartilhar os seus conhecimentos na área de vibrações.
Aos amigos da PREDMEC: Antônio Oliveira, Alex Ciríaco e Fabiola Silveira.
A Luana Nascimento, Flaviano Mota e Kennedy Lopes, meus grandes amigos,
que estão sempre me ajudando e torcendo pelo meu sucesso.
Aos meus amigos que me acompanharam ao longo de toda essa jornada
também conhecida como graduação e que sem dúvidas tornaram possível, leve e
mais divertida esta realização: Átila Amorim, Andressa Santos, Daniel França, Djalma
Santos, Éric Calasans, Jonathan Carvalho, Miguel Souto, Raquel Dantas e Rodrigo
Pimenta.
Finalmente, a todos que de forma direta ou indiretamente contribuíram de
alguma forma para que este trabalho tivesse êxito.
Muito obrigado a todos.
RESUMO
One of the most recurring defects in industrial plants and that can directly impact
company results is the unbalance of rotary machines. It is a defect that has high
destructive energy and that it must be monitored properly and corrected so that it does
not generate stops of production through an unexpected break of the equipment. In
this context, the present work has the purpose of using a didactic workbench to present
the main characteristics related to static unbalance for rigid rotors, methods of
detection and correction through the aid of vibration analysis together with two different
balancing methods. This paper will also discuss the classification used for rotors, the
types of unbalances according to the literature and the technical standards applicable
to the balancing process. This work will also deal with the consequences of the
unbalance and the impacts on maintenance, as well as the means for its correct
correction through the purely graphic, simple execution method known as the three-
point method where there is no need for the knowledge of the vibration phase and the
most widely used method is the coefficient of influence method which is a more
complex method, which requires, in addition to the collector and vibration analyzer, the
use of an optical sensor to collect signal phase of vibration, but it delivers a great result
requiring fewer equipment drives. Finally, a detailed balancing procedure will be
produced for each of the presented methods where it can be consulted and used as a
guide for the execution of balancing by other students.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 OBJETIVOS.................................................................................................... 13
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 70
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 71
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
2.1 DESBALANCEAMENTO
Segundo Grim et al. (2014), o eixo principal de inercia (EPI) pode ser definido
como sendo o eixo em torno do qual toda a distribuição de massa é uniforme. Nessa
situação, a rotação em torno desse eixo se apresenta de forma totalmente
balanceada. Enquanto o eixo de rotação (ER) está associado a um eixo em qual
ocorre a rotação real do rotor.
Soeiro (2008) explica que a distribuição irregular de massa, para cada seção
transversal, provoca uma mudança de posição do centro de gravidade. A totalidade
destes desvios é classificado como afastamento do eixo principal de inercia (EPI) do
eixo de rotação (ER), em outas palavras, a massa do rotor não está distribuída
simetricamente em torno do eixo de rotação do rotor.
Devido ao excesso de massa em algum ponto do rotor surgirá sobre ele uma
força centrifuga, a magnitude dessa força geradora da vibração é proporcional a
massa excêntrica (md ), a distância do centro de gravidade ao eixo de giro do rotor, ou
seja, a excentricidade (e) e, finalmente, ela é proporcional ao quadrado da velocidade
angular de rotação do rotor (ω). Matematicamente, é expressa pela equação:
Fcentrífuga = md . e. ω2 (1)
Onde:
Fcentrífuga : Força centrifuga devido ao desbalanceamento
md : Massa desbalanceada
e: Excentricidade
ω: Velocidade angular
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Todo elemento mecânico, por mais bem projetado que seja, apresenta em seu
estado final imperfeições devido a uma série de fatores o que pode acarretar entre
outros problemas o desbalanceamento, por isso a ausência do desbalanceamento é
abordada apenas em condições teóricas, em termos práticos ela sempre existirá,
mesmo que em valores mínimos (residual de desbalanceamento).
Dessa forma os parâmetros de fabricação e montagem são apenas
controlados de forma que atendam as normas em vigor, ou seja, um rotor estará
dentro dos padrões a partir do momento que possua um desbalanceamento residual
menor do que o valor determinado por norma ou especificado pelo fabricante. Além
disso, outras situações que não estão ligadas a fase de projeto também contribuem
significativamente para o desbalanceamento de corpos rígidos rotativos.
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2.5 ROTORES
A norma ISO 1940-1 que é aceita como uma das principais referências quando
se deseja avaliar a qualidade de balanceamento de rotores rígidos define que o
balanceamento pode ser entendido como o processo de correção de uma distribuição
assimétrica de massa de um corpo que gira apoiado sobre mancais resultando na
redução dos efeitos do desbalanceamento durante serviço.
Segundo Ferreira (2006), a correção do desbalanceamento consiste em uma
operação iterativa baseada na adição ou remoção de massa de posições angulares
especificas do elemento desbalanceado, dessa forma, equilibrando o momento e o
efeito das forças de inércia geradas devido a rotação, reduzindo, dessa forma, os
níveis de vibração. Contudo, a eliminação completa do desbalanceamento é difícil de
ser obtida, então o processo de balanceamento tem como finalidade reduzir os
esforços radiais nos mancais a valores aceitáveis, chamado de residual de
desbalanceamento.
Os limites toleráveis do desbalanceamento residual, a classificação dos tipos
de rotores, a determinação do residual de desbalanceamento e a alocação desse
residual de desbalanceamento em planos de correção são definidos pelas normas
ISO 1940-1.
Além da norma supracitada especifica a correção do desbalanceamento de
rotores rígidos o controle de vibração, devido ao desbalanceamento do equipamento,
pode ser feito através da norma ISO 20816-1 (2016) que define através dos limites de
vibração em velocidade (RMS) a condição do equipamento em operação.
A forma de avaliação do resultado do balanceamento utilizada neste trabalho
foi baseada na norma ISO 20816-1 (2016) a partir da coleta dos níveis de amplitude
de vibração.
Onde,
Uper : Desbalanceamento residual permissível;
Gn : Grau de qualidade do balanceamento;
m: Massa do rotor (kg);
RPM: Rotação por minuto do rotor.
Devido as faixas de desbalanceamento residual permissíveis dependerem
diretamente da massa total do rotor, ou seja, uma massa total maior possibilita um
desbalanceamento residual permissível também maior. Diante disso, define-se o
desbalanceamento residual específico permissível que nada mais é do que a razão
entre o desbalanceamento residual permissível e a massa total do rotor.
O desbalanceamento residual específico permissível (eper ) é dado por:
Uper g. mm
eper = [ ] (4)
Massa do rotor kg
27
3
série geométrica de razão √16 , o que corresponde a aproximadamente 2,5. Valores
menores representam qualidade de balanceamento superiores. Portanto, o grau de
qualidade de balanceamento n é definido por:
n ≥ ω. eper [mm/s]
(6)
29
Onde:
mt : massa de teste (g)
P: Massa do rotor (kg)
RPM: Rotação por minuto do eixo
R: Raio em que será fixada a massa de teste (mm)
A0
mc = mt
AS (8)
Onde:
mc : Massa de correção
mt : Massa de teste
A0 : Amplitude de vibração inicial
AS : Amplitude de vibração resultante (medida graficamente)
⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗ 1 − ⃗⃗⃗⃗
Vef = (V V0 ) (9)
V1
α = sin−1 ( . sin β) (11)
Vef
Onde:
β = Ângulo formado entre os vetores ⃗V1 e ⃗⃗⃗⃗
V0 (diferença de fases);
α= Ângulo formado entre os vetores ⃗⃗⃗⃗⃗
Vef e ⃗⃗⃗⃗
V0 ;
V0 : Amplitude da vibração inicial;
V1 : Amplitude da vibração após a fixação da massa de teste;
F0 : Fase da vibração inicial;
F1 : Fase da vibração após a fixação da massa de teste.
6. Determinar o valor da massa de correção (mc ) através da equação:
V0
mc = mt . (12)
Vef
3 MATERIAL E PROCEDIMENTOS
3.1.2 Eixo
3.1.3 Polias
3.1.4 Correias
A transmissão de potência feita por polias utiliza duas correias lisas com perfil
trapezoidal, modelo 3L-280. Nesse sistema a transmissão de potência é feita por
atrito, dessa forma é fundamental o tensionamento adequado, evitando o desgaste
prematuro dos componentes. A correia é feita de material polimérico revestida de lona
e na sua parte interna é formada por cordonéis vulcanizados o que lhe confere
resistências a forças trativas. Normalmente opta-se pela polia e correia com perfil
trapezoidal por não apresentarem deslizamento, baixo ruído e choques, além de
possibilitar o uso de polias a curta distância e relações de transmissão maiores que
10. A figura 23 apresenta a correia utilizada.
43
Figura 23 – Correias
3.1.5 Mancais
Figura 24 – Mancal
Figura 25 – Rotor
3.1.7 Rolamentos
Figura 26 – Rolamento
3.1.9 Acoplamento
3.3.1 Acelerômetro
Figura 30 – Acelerômetro
ITEM ESPECIFICAÇÃO
Modelo CMSS 2200
Tecnologia Piezoelétrico
Fabricante SKF
Escala de Frequência 0,7 até 10 kHz
Sensibilidade 100 mV/g
Tensão 12 V DC
Massa 135 g
Fonte: Catálogo SK.
Fonte: SKF.
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ÍTEM ESPECIFICAÇÃO
Modelo SKF CMXA 75
Canal 01: Vibração (ICP
acelerômetro), tensão (± 25 V AC ou
DC)
Canais Canal 02: Vibração (ICP
acelerômetro), tensão (± 25 V AC ou
DC),
Tacho canal
Acelerômetro, velocidade,
Transdutor
deslocamento, tensão transdutor
Análise de frequência máxima 40 kHz (Dual channel max: 20 kHz)
100, 200, 400, 800, 1600, 3200,
Linhas
6400, 12800
Comunicação USB
Conversão A/D 24
Alcance do sinal dinâmico Maior que 90 dB
Médias 1 a 255
LCD True Color LCD, 320 x 240 pixels
Grau de Proteção IP65
Dimensão 186 x134x93mm
Peso 715 g
Fonte: SKF adaptado pelo autor.
Z
Fonte: elaborado pelo autor (2019).
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GRIM, G. K. et al. The Basic of Balancing 101. Whitmore Lake: BTI – Balance
Technology Inc. Michigan, USA. 2014.