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NORMAS PARA A ELABORAÇÃO DE

TRABALHOS ACADÉMICOS E CIENTÍFICOS

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ÍNDICE

CONTEÚDO

1. Introdução ................................................................................................................4
2. Escritos Científicos: algumas tipologias ................................................................5
2.1. Trabalhos Académicos .....................................................................................5
2.1.1. Natureza......................................................................................................5
2.1.2. Estrutura......................................................................................................5
2.2. Relatórios Técnicos ..........................................................................................7
2.3. Seminários .........................................................................................................9
2.3.1. Natureza......................................................................................................9
2.3.2. Estrutura.................................................................................................... 10
2.4. Artigos periódicos/Artigos Científicos............................................................ 10
2.5. Recensões ....................................................................................................... 12
2.5.1. Natureza.................................................................................................... 12
2.5.2. Estrutura.................................................................................................... 12
3. Apresentação de trabalhos Científicos: elementos internos e externos .............13
4. Regras de Conteúdo ............................................................................................. 14
4.1. Estrutura...........................................................................................................14
4.2. Utilização de fontes bibliográficas ................................................................. 18
4.2.1. Critérios de decisão para a utilização de fontes ................................... 18
4.2.2. Citações e Transcrições ao longo do texto ...........................................19
4.3. Tabelas, Gráficos e Figuras ...........................................................................21
4.3.1. Como usar títulos, numeração, fontes e escalas .................................. 21
4.3.2. Exemplos .................................................................................................. 21
4.4. Referências Bibliográficas ..............................................................................24
4.4.1. O sistema utilizado ................................................................................... 24
4.4.2. Como referenciar ..................................................................................... 24
4.4.3. Alguns casos particulares ....................................................................... 34
4.4.4. Regras de Estilo ....................................................................................... 35
Bibliografia ..................................................................................................................... 37

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1. INTRODUÇÃO

Elaborar textos académicos e científico é um exercício de particular complexidade:


é a necessária fundamentação em obras aceites e reconhecidas no meio, a conveniente
pertinência interpretativa dos problemas inicialmente postos, os rigorosos procedimentos
metodológicos, os cuidados a ter com a sua estruturação e redação e os critérios para
fazer referências bibliográficas…
E normalmente é motivo de perplexidade o facto de, de área científica para área
científica e às vezes na mesma instituição… – seguindo normas internacionais e
nacionais de que são exemplo as normas «Americanas («American Medical Association»;
a «American Psychological Association»- APA; a «American Sociological Association» –
Sistema de Harvard) e as normas portuguesas NP 405 de 1996 e NP 405-1 de 1994 – se
usarem metodologias e procedimentos muito diversos.
Importa – por isso – para uma economia de esforço e para a desejada coerência e
coesão no processo de elaboração dos trabalhos académicos, definir princípios
conceptuais e uniformizar procedimentos metodológicos. Com este trabalho, de uma
forma sucinta – que esperamos também funcional – desejamos, olhando para a realidade
académica e científica do ISAG, atingir esses propósitos.

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2. ESCRITOS CIENTÍFICOS: ALGUMAS TIPOLOGIAS

2.1. Trabalhos Académicos

Entendemos por «trabalhos académicos» escritos laborados no contexto de


«ensino superior» e que têm como finalidade a prestação de provas curriculares com o
intuito de obter aprovação a determinada unidade curricular ou a obtenção dos graus
académicos de Mestre ou Doutor.

2.1.1. Natureza

Trabalhos Curriculares
Trabalhos apresentados às diferentes unidades curriculares no decorrer de uma
licenciatura. O estudante deve mostrar estudo, domínio das matérias, capacidade de
recolher e organizar conteúdos, aplicabilidade dos conhecimentos e procedimentos
metodológicos rigorosos – não distorcer os dados para confirmas as hipóteses, referir
perspetivas divergentes; verificar a validade dos dados a tratar; citar as fontes; não alterar
ou descontextualizar as citações; não citar diretamente obras não consultadas etc.
(Carvalho, 1994: 45).

Dissertação de Mestrado
As teses de mestrado têm, geralmente a forma de dissertação. É um trabalho que
implica um longo estudo, reflexão e rigorosos processos de investigação. A dissertação
de mestrado deve mostrar maturidade científica, apuro técnico e aptidão na utilização das
fontes, denotando rigor científico (Azevedo, 2004: 59).

2.1.2. Estrutura

Índice
Qualquer trabalho científico necessita de um quadro de matérias que permita uma
visão de síntese dos assuntos tratados e das páginas onde se encontram. Atualmente é
comum colocar-se o Índice no início do trabalho, permitindo – antes mesmo do prefácio e
da introdução – uma visão de conjunto.

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Abreviaturas, siglas e sinais
Deve ser um espaço para o esclarecimento de siglas, abreviaturas e sinais,
organizados de forma alfabética.
Exemplos de Abreviaturas:

B.P.M.P. – Biblioteca Pública Municipal do Porto


B.N.L. – Biblioteca Nacional de Lisboa
A.N.T.T. – Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Prefácio
Prefácio, prólogo ou apresentação são denominações possíveis para a parte do
trabalho que antecede a introdução, escrita em uma ou duas páginas. Nele deve-se
apresentar genericamente a área de trabalho, referir as razões da escolha do tema,
referenciar os métodos de investigação utilizados e suas justificações, enunciar as
possíveis dificuldades sentidas na elaboração, agradecer às instituições e pessoas que
ajudaram à prossecução do trabalho.
Na opinião de alguns, os agradecimentos devem ser objeto de uma secção
própria. Preferindo essa opção, devem figurar antes do índice (Sousa, 2003: 63).

Introdução
A introdução é um item que faz parte do «corpo do trabalho». Deve funcionar
como uma primeira abordagem, muito sucinta, às ideias tratadas no estudo. Em cerca de
duas páginas, o autor deverá transmitir uma ideia global do que pretende tratar no
respetivo desenvolvimento. Não interessa entrar em grandes aspetos de pormenor.
Importa apresentar o objeto de estudo e mencionar as etapas analíticas e interpretativas
que sustentaram o desenvolvimento do trabalho.

Desenvolvimento do trabalho: critérios de divisão.


O conteúdo temático do trabalho pode ser organizado de acordo com critérios
vários, que podem ser, por exemplo, de natureza lógica – privilegiando o tratamento que
vá do geral para o particular, – ou cronológica – nos casos em que se observe uma
necessária historicização… Independentemente dos critérios, os trabalhos devem dividir-
se em partes, capítulos e secções.

Conclusão
Na conclusão, de uma forma abreviada, devem sustentar-se as principais ideias,
as ilações retiradas, a tese sustentada em todo o processo de investigação. Se for caso

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disso, devem ficar claras as inovações que o trabalho apresenta. Importa também – se
assim for o caso… – referir as matérias que ficam por tratar e as que merecerão maior
estudo e investigação.

Fontes e Bibliografia
Todas as fontes consultadas – só essas – têm de ser referidas neste item
designado por «Fontes e Bibliografia», ou só «Bibliografia». É uma parte que pode ser
subdividida em:
- Fontes manuscritas;
- Fontes impressas;
- Fontes iconográficas;
- Fontes computorizadas;

Apêndices e/ou Anexos


Situam-se na parte final do trabalho e funciona como uma parte auxiliar ao
tratamento feito ao longo do texto. No corpo do trabalho, com o critério que o autor
entenda mais oportuno, devem ser feitas as devidas remissões. Importa diferenciar
«anexo» de «apêndice», entendendo-se pelo primeiro a documentação auxiliar não
elaborada pelo autor, e pelo segundo os textos elaborados pelo autor do estudo – como
tabelas, organogramas, quadros sinópticos… – com as respetivas análises críticas
(Sousa, 2003: 66).

Índices Remissivos
Os trabalhos devem ser dotados de instrumentos que possibilitem ao leitor uma
consulta rápida e fácil. Em trabalhos extensos, pode revelar-se necessária a feitura de -
entre outros – índices onomásticos, toponímicos, temáticos ou ideográficos e de autores.
Quando exista um número elevado de imagens será conveniente a feitura de um índice
de figuras. A decisão por um ou vários índices deve ser do autor, pensando sempre na
leitura, consulta e valorização global do trabalho.

2.2. Relatórios Técnicos

Natureza
É um documento elaborado com a finalidade de apresentar e descrever
informações relativas a factos ou experiências. Pode ser entendido como uma narração
relativamente minuciosa, logicamente ordenada, de um acontecimento ou processo.

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O ponto de partida de um Relatório Técnico pode ser:
 Identificação de uma lacuna no conhecimento de uma realidade concreta – uma
pergunta para a qual ainda não se encontrou resposta;
 Situação geradora de um problema que carece de resolução;
 Necessidade de se encontrar alternativas a práticas ou procedimentos que se
crêem obsoletos ou ineficientes.

Na medida em que resulta da necessidade de encontrar possíveis soluções,


enfatiza não só os resultados empíricos, mas igualmente as recomendações que, regra
geral, surgem incluídas na conclusão do relatório, ou imediatamente a seguir a esta.

Estrutura
Usualmente um relatório compõe-se das seguintes partes:
Organização Secções Descrição
Pré-textual Capa Apresentação do trabalho,
devendo ter os elementos
identificativos:
 autor(es)
 título
 local e data de realização
 nome(s) do(s)
professor(es)/orientador(es)
 unidade curricular
Resumo Permite ao leitor ter uma noção
do conteúdo do relatório.
Palavras-Chave Têm como função representar,
sumariamente, o conteúdo de
um documento através de
termos ou expressões que
sintetizem o conteúdo do
trabalho.
Agradecimentos São de carácter facultativo.
Devem constar se tiver existido
apoios ou contributos
consideráveis de pessoas ou
instituições

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Índice Apresenta a estrutura do
trabalho e a respetiva
localização de conteúdos.
Lista de siglas Sempre que se usem siglas
deve existir uma secção
dedicada à descrição do
significado das siglas
Lista de tabelas, Identificação da localização no
gráficos, etc. texto de elementos não textuais
Textual Corpo do texto Parte central do relatório
estruturada da seguinte forma:
 Introdução
 Revisão da literatura ou
“Estado da Arte”
 Método
 Dados recolhidos e seu
tratamento
 Conclusões
 Recomendações
Pós-textual Bibliografia e Netgrafia Listagem das fontes
bibliográficas utilizadas
Anexos Elementos utilizados na
elaboração do trabalho,
acessórios à sua execução
Fonte: elaboração própria, baseado em Azevedo e Azevedo, 2008.

2.3. Seminários

2.3.1. Natureza

Um seminário é um espaço que deve servir para exercitar capacidades e


competências. O aluno, usufruindo da experiência e da proximidade científica e
pedagógica do professor, deve habituar-se a procurar fontes pertinentes, adquirir
métodos de trabalho e pesquisa e desenvolver capacidades de exposição e
argumentação. Mais do que a inovação científica, o trabalho resultante de seminário deve
caracterizar-se pelo rigor metodológico e científico.
As principais fases processuais de um Seminário são:

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- Escolha/atribuição dos temas – normalmente sugeridos pelo professor;
- Início do trabalho – o professor faz pequenos excursos sobre o «estado da
questão», abre perspetivas de investigação, informa-se os alunos dos métodos
convenientes e da bibliografia essencial para cada tema;
- Recolha de fontes diretas e indiretas;
- Estudo e tratamento dos temas e subtemas;
- Apresentação formal e discussão dos trabalhos;
- Conclusões Gerais (Azevedo, 2004: 71).

2.3.2. Estrutura

Os produtos resultantes do seminário devem ter a forma de comunicações –


devidamente estruturadas e sustentadas – apreciadas e discutidas em grupo.
O ideal será entregar antecipadamente um exemplar da comunicação – ou um
esquema da mesma – para que todos os participantes no Seminário, a partir desse
conhecimento prévio, possam seguir a exposição mais atentamente e poderem intervir de
uma forma mais sustentada e crítica.
A apresentação do texto deve ser feita com vivacidade e usando os recursos
convenientes para sustentar a comunicação com o auditório (Manual de Comunicação,
2001: 106-121; Freire, 1996: 160-161)
Feita a apresentação, o professor – depois de um breve resumo e, se assim achar
pertinente, depois de algumas considerações – deve dar lugar ao diálogo e às
intervenções do auditório a que o relator responderá. É responsabilidade do coordenador
zelar pela forma disciplinada, rigorosa e precisa das perguntas expressas e das
respostas dadas. (Manual de Comunicação, 2001: 121-124).
Na parte final o Professor deve – com propriedade científica e objetividade – fazer
uma breve síntese das ideias fundamentais (Azevedo, 2004: 72).

2.4. Artigos periódicos/Artigos Científicos

Natureza
O artigo científico é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos
resultados de investigações ou estudos realizados sobre problemáticas relacionadas com
diferentes disciplinas científicas. Deste modo, pode-se pressupor que um artigo é o
resultado de um trabalho de investigação (teórica ou empírica) baseado em metodologias
científicas validadas pelas respetivas disciplinas. O objetivo fundamental de um artigo é a

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divulgação rápida e sucinta, através da publicação em periódicos especializados, dos
resultados das investigações efetuadas (Marconi e Lakatos, 2007).
O conteúdo contempla, habitualmente os seguintes aspetos: o problema
investigado, o referencial teórico utilizado (as teorias que serviam de base para orientar a
pesquisa), a metodologia empregue, os resultados alcançados e as principais
dificuldades encontradas no processo de investigação ou na análise da questão (Marconi
e Lakatos, 2007).
Para além destas orientações básicas, os periódicos científicos têm também as
suas próprias regras de submissão.

Organização Secções Descrição


Pré-textual Identificação  titulo do trabalho
 autor
 qualificação do autor
Abstract (resumo) Permite ao leitor ter uma
noção do conteúdo do
artigo.
Palavras-Chave Têm como função
representar, sumariamente,
o conteúdo de um
documento através de
termos ou expressões que
sintetizem o conteúdo do
trabalho.
Textual Corpo do texto  introdução
 desenvolvimento
 conclusão
Pós-textual Referências bibliográficas Listagem das fontes
bibliográficas utilizadas
Anexos Elementos utilizados na
elaboração do trabalho,
acessórios à sua execução
Fonte: Elaboração própria, baseado em Marconi e Lakatos (2007).

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2.5. Recensões

2.5.1. Natureza

Normalmente as publicações periódicas, em contexto universitário, reservam uma


parte para a recensão de livros da área científica publicados recentemente. São
conteúdos que dão pertinência às publicações periódicas e são de grande utilidade para
estudiosos e investigadores. O propósito maior é apresentar e apreciar as obras da área
científica que se consideram relevantes, julgando os méritos e, às vezes, as possíveis
insuficiências. Por isso, recensear um livro é um exercício – embora de pouca extensão –
de grande complexidade. Apreciar a pertinência e o mérito de uma obra implica estar
verbalmente contextualizado e atualizado. O trabalho começa por uma leitura atenta e
cuidada da obra em causa tomando nota dos aspetos que se considerem pertinentes
para a avaliação crítica do seu conteúdo e forma. Muitas vezes torna-se necessário lê-la
mais do que uma vez, precisando e pormenorizando as primeiras apreciações…

2.5.2. Estrutura

Normalmente distinguem-se numa recensão quatro «momentos» distintos:


a) A referência bibliográfica completa. Dela – para além de todos os dados
importantes para a identificação da obra e a sua posterior consulta – deve constar,
obrigatoriamente, o nome da editora, e o número das páginas.
b) A exposição do conteúdo, de uma forma sintética. Esta exposição é feita
seguindo a ordem das partes do livro, fazendo a descrição do método seguido pelo autor,
pondo em relevo os seus pontos originais e as vantagens da sua utilização.
c) A avaliação crítica do conteúdo, do método, da estrutura, da forma,
apresentação tipográfica etc.
d) Conclusão: convêm fazer referência às inovações da obra na relação com
outras existentes sobre o mesmo tema. Quando é notada a propriedade do autor da
recensão, é o momento para se apontarem aspetos que poderiam valorizar a obra em
análise (Azevedo, 2004: 73).

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3. APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS: ELEMENTOS INTERNOS E EXTERNOS

Formato Fonte Corpo Espaço Alinhamento Espaçamento


entre
linhas
TÍTULO DO Caixa alta Arial 26 pts simples centrado 18 pt depois
TRABALHO (maísculas)
AUTOR DO Caixa baixa Arial 16 pts simples centrado 30 pt depois
TRABALHO (minúsculas)
PROFESSOR/ Caixa baixa Arial 12 pts simples centrado 18 pt depois
CAPA ORIENTADOR (minúsculas)

LOCAL E DATA Caixa alta Arial 10 pts simples centrado


(maiúsculas)
UNIDADE Caixa baixa Arial 12 pts simples centrado 18 pt depois
CURRICULAR (minúsculas)
RESUMO E Caixa baixa Arial 11 pts 1,5 linhas justificado 6 pt antes
PÁGINA DE PALAVRAS- (minúsculas)
ROSTO CHAVE (texto)

TEXTO GERAL Caixa baixa Arial 11 pts 1,5 linhas justificado 6 pt antes
DO (minúsculas)
DOCUMENTO
TÍTULO DO Caixa alta Arial 14 pts 1,5 linhas justificado 18 pt depois
CAPÍTULO (maiúsculas
pequenas)
Numeração
destacada
TÍTULO DE Caixa baixa Arial, 12 pts 1,5 linhas justificado 12 pt antes 6
SECÇÃO (minúsculas) negrito pt depois
Numeração
CORPO DO
destacada
TRABALHO
TÍTULO DE Caixa baixa Arial 12 pts 1,5 linhas justificado 12 pt antes 6
SUBSECÇÃO (minúsculas) pt depois
Numeração
destacada
NOTAS DE Caixa baixa Arial 10 pts simples justificado
RODAPÉ (minúsculas)
Numeração
automática
No fim da
página
MARGENS Normal Normal: Superior e Inferior 2,5cm; e Direita e Esquerda: 3cm.
REGRAS
PARA O trabalho deverá ser impresso frente e verso.
IMPRESSÃO

Fonte: Elaboração própria.

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4. REGRAS DE CONTEÚDO1

4.1. Estrutura

Título
O título é a apresentação do trabalho. Deve ser sucinto, mas refletir o verdadeiro
conteúdo. Pode ser acompanhado de um subtítulo. Não deve ter uma extensão superior
a 10 palavras.

Resumo
Um resumo é uma síntese de um trabalho mais longo, de natureza académica ou
empresarial, apresentado, de forma separada, no início do trabalho/relatório. Deve, por
isso, ser compreendido por si só, sem referência ao trabalho que sintetiza. Deve relatar
os factos essenciais deste último, sem conter informação que não consta no trabalho. A
sua finalidade é funcionar como um instrumento de referência, permitindo ao leitor decidir
se lê ou não o texto completo.
A estrutura mais usual para um resumo é a seguinte:
1. Qual é a finalidade do documento, o que pretende demonstrar, provar ou
descrever? (deverá ser, no máximo, uma ou duas frases; poderá ser necessário referir
brevemente o enquadramento para proporcionar um contexto)
2. Qual é o método utilizado? (Ou seja, se usa revisão da literatura, que
abordagem adota; se foi realizada pesquisa, apresentar uma breve descrição do seu
desenho; se faz pesquisa com recurso a hipóteses, como as testa, quais são os modelos
que utiliza e em que literatura se baseia?)
3. Quais são os principais resultados e descobertas?
4. Que conclusões retira dos resultados?
5. Quais são as implicações dos resultados? Aqui é necessário refletir sobre o
porquê de o leitor querer, ou não, dedicar tempo à leitura d o trabalho, e qual o contributo
para o conhecimento que o trabalho faz. Tendo implicações para a gestão, quais as
mudanças propostas? Se é um trabalho de investigação, quais as suas limitações? Quais
as futuras linhas de investigação que o trabalho sugere?

Palavras-chave
As palavras-chave são palavras ou expressões que traduzem os principais
conteúdos do trabalho. Devem ser apresentadas entre 3 a 6 palavras-chave.

1
Este capítulo é transcrito de Vieira e Ferreira (2009).

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Introdução
A introdução é a apresentação do trabalho. Deverá, por isso, conter todos os
elementos que, de forma sucinta, expliquem ao leitor o que irá encontrar no seu
desenvolvimento.

QUADRO 1: Aspetos mais relevantes a focar na Introdução


Razão do trabalho (“purpose Qual o seu significado?
statement”); deve responder às Qual a sua relevância e originalidade?
seguintes questões: Quem estará interessado nos resultados
(a quem se dirige)?
Quais as implicações para a prática?
Enquadramento Breve descrição do estado da arte do
tema do trabalho, bem como a sua
justificação e pertinência
Definição dos objetivos Apresentar de forma clara o que se
propõe atingir
Metodologia Breve descrição dos métodos e técnicas
que foram aplicados na prossecução dos
objetivos
Estrutura Descrição da estrutura do trabalho e do
conteúdo em cada um dos capítulos
Fonte: Elaboração própria.

Revisão da Literatura
A revisão da literatura consiste na apresentação, síntese e avaliação crítica da
teoria e estudos sobre o tema do trabalho. O seu desenvolvimento deverá permitir
sustentar, do ponto de vista teórico, a investigação que se pretende realizar.
A revisão da literatura deve ser estruturada partindo de um enquadramento
teórico geral progredindo para conceitos e aspetos particulares relacionados com o tema
e objetivos do trabalho.
Devem ser objetivos da revisão da literatura:
Incluir as teorias-chave dentro de uma dada área
Demonstrar atualidade de conhecimentos na área selecionada
Demonstrar como o projeto de pesquisa se relaciona com a investigação já
publicada
Avaliar os pontos fortes e fracos dos estudos publicados
Justificar os argumentos por referência à investigação realizada

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Permitir, através da referência correta, que os leitores possam consultar os
estudos originais.

Metodologia
Neste capítulo, deverá ser identificado e descrito como, na prática, se vão testar
as hipóteses ou atingir os objetivos propostos. A descrição da metodologia deverá ser
devidamente fundamentada e apropriada aos objetivos a atingir/hipóteses a testar. A
estrutura deverá seguir os seguintes passos, procurando dar resposta às questões “O
quê?”, “Como?”, “Onde?”, “Com quê?”:

QUADRO 2: Questões a responder na metodologia


O quê? Objetivos/hipóteses: descrição do problema e dos
objetivos ou hipóteses para a sua resolução
Definição do objeto de estudo: apresentar, descrever e
delimitar o objeto alvo do estudo (indivíduos, grupos,
organizações, países, entre outros)
Onde? Universo e amostra: definição do universo alvo do
estudo, referência à utilização de amostras (dimensão da
amostra, técnica amostral, construção da amostra, entre
outros)
Como? Método: descrição e justificação do desenho
metodológico utilizado, nomeadamente o tipo de estudo a
realizar (estudo de caso, levantamento, pesquisa
experimental) e a respetiva abordagem (quantitativa,
qualitativa, descritiva ou explicativa)
Com quê? Técnicas de pesquisa: descrição pormenorizada das
técnicas de pesquisa aplicadas, os procedimentos
utilizados na sua elaboração, nomeadamente o que se
refere aos instrumentos de pesquisa (entrevista,
questionário, análise documental, etc.)
Fonte: elaboração própria.

Resultados (análise e discussão)


Apresenta a descrição e interpretação dos dados recolhidos. Em termos de
estrutura, os Resultados devem ser orientados pelos objetivos/hipóteses previamente
definidos.

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Caso se tratem de dados quantitativos, estes devem ser apresentados sob a
forma de tabelas ou gráficos, que sintetizem os principais resultados. Caso se tratem de
dados qualitativos, deve ficar bem claro qual o procedimento analítico seguido.

Conclusões
A conclusão de um relatório deve servir para apresentar as principais ideias que
suportam o “fim da caminhada”, as descobertas ou o argumento que se pretende
sustentar. Deve ainda apresentar as sugestões ou recomendações de resolução do
problema que deu origem à investigação e consequente elaboração do relatório.
Resumidamente, qualquer conclusão poderá conter os seguintes itens:
 Resumo dos objetivos traçados com apresentação das principais ideias-
chave que constituem a sua resposta.
 No caso de formulação de hipóteses, apresentar os resultados que
confirmam as hipóteses definidas.
 Relevância das conclusões para o desenvolvimento do conhecimento ou
para a resolução do problema.
 Referência a limitações inerentes ao desenvolvimento do estudo.
 Futuras linhas de investigação sugeridas pelos resultados obtidos.

QUADRO 3: Algumas dicas sobre o que se deve e não deve fazer


Deve fazer Não deve fazer
Sumariar e concluir, reafirmando o Introduzir um novo tópico ou apresentar
principal argumento, apresentar as novos dados
conclusões-chave e recomendações Repetir a introdução
Descrever até que ponto as questões Fazer afirmações óbvias
iniciais foram respondidas Contradizer ideias apresentadas
Descrever como as conclusões se anteriormente
aplicam à prática
Apresentar as implicações para futuras
investigações
Apresentar as limitações do trabalho
desenvolvido
Fonte: elaboração própria.

Bibliografia
A lista de referências bibliográficas, a apresentar no final do trabalho, deve seguir
as seguintes orientações:

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 Toda a bibliografia deve ser apresentada por ordem alfabética do primeiro
elemento que se utiliza na referência
 A bibliografia deve separar as fontes por tipo. Por exemplo: bibliografia
científica, netgrafia, legislação, dados estatísticos

Anexos
O objetivo dos anexos é, por um lado, adicionar informação importante, mas não
prioritária; por outro, os anexos devem conter informação que permita dar uma perspetiva
mais completa e pormenorizada do tema.

4.2. Utilização de fontes bibliográficas

4.2.1. Critérios de decisão para a utilização de fontes

Para qualquer fonte utilizada deve-se ter em conta três critérios para
aferir/decidir sobre a sua utilização:

Critério 1: Qualidade
Este critério relaciona-se com as características da fonte propriamente dita:
sendo um texto, está bem redigido? Sendo uma fonte científica, segue os procedimentos
metodológicos adequados? Os autores são reconhecidos especialistas na área? Sendo
dados estatísticos, como estão organizados?

Critério 2: Fiabilidade
Este critério relaciona-se com a origem da produção da fonte, nomeadamente o
editor ou onde a fonte se encontra: sendo um artigo científico, a revista científica tem
conselho editorial? Está classificada/inserida em bases de dados ou indexes? O editor é
uma instituição académica ou associação de profissionais/investigadores na área? Sendo
um website, como são selecionados os dados que são apresentados? Sendo dados
estatísticos qual é a entidade responsável pela sua recolha e tratamento?

Critério 3: Pertinência
Este critério refere-se à adequação que a informação contida na fonte terá para
os objetivos da pesquisa que se está a desenvolver: é informação central ou acessória
para a pesquisa? Trás valor acrescentado ou é simplesmente informação duplicada?
Sendo dados estatísticos, o seu formato é ou não ajustado à pesquisa?

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Este critério deve ser aplicado após se verificarem o Critério 1 e o Critério 2, ou
seja, não é suficiente que a fonte tenha pertinência; terá, em primeiro lugar, de ter
Qualidade e ser Fiável.

4.2.2. Citações e Transcrições ao longo do texto

As fontes bibliográficas podem ser usadas de diversas formas. É, contudo,


importante perceber as distinções, pois as regras são diferentes de caso para caso. As
mais comuns são as seguintes:
Citação: Texto baseado numa fonte bibliográfica, que consiste na transcrição
não textual da ideia do autor consultado.
A forma de referenciar a fonte segue a seguinte ordem:
1º apelido do(s) autor(es)
2º ano da publicação

Exemplo 1:
Segundo Dholakia (1999), ir às compras a um Supermercado ou a um Centro
Comercial implicam perceções de prazer diferentes. Por isso, a nossa investigação incide
apenas sobre as visitas ao Centro Comercial.

Exemplo 2:
Com efeito, se as perceções e expectativas éticas contribuem para a avaliação
da empresa por parte do consumidor, torna-se crucial para os gestores preocuparem-se
com estas questões, já que as pessoas variam entre si em termos de crenças e
sentimentos mas também na forma como estes influenciam o seu comportamento e as
suas decisões de consumo (Fazio, Powell e Williams, 1989).

Transcrição: Consiste na transcrição textual do conteúdo mencionado pelo


autor na fonte bibliográfica consultada.
A forma de referenciar a fonte segue a seguinte ordem:
1º apelido do(s) autor(es)
2º ano da publicação
3º página(s) onde se situa o texto transcrito

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Exemplo 1:
O primeiro passo para abordar a temática da ética no Marketing é, normalmente,
procurar definir a expressão. Singhapakdi e Vitell (1990: 4) procuram clarificar o conceito
afirmando que o termo Ética em Marketing pode ser definido como “a investigação acerca
da natureza e graus de julgamento moral, padrões e regras de conduta relacionados com
decisões de marketing e situações de marketing”.

Exemplo 2:
Organizational culture reflects “a set of values, symbols, and rituals shared by
members of a certain firm, describing the way things are done within the organization
when solving internal managerial problems, together with those related to customers,
suppliers, and environment” (Claver and Llopis 1998: 84).

Citação de citação: Pode assumir a forma de citação ou transcrição. Utiliza-se


nas situações em que não se tem acesso ao texto original, ou seja, corresponde à
utilização da ideia de um autor citado por outro autor.
A forma de referenciar a fonte segue a seguinte ordem:
1º apelido do(s) autor(es) citados
2º ano da publicação original
3º introdução da expressão “in”
4º apelido do(s) autor(es) consultado(s)
5º ano da publicação consultada
6º página(s) onde se situa o texto transcrito

Exemplo:
Falar de ética em contexto de marketing é falar de toda uma série de dilemas
enfrentados por todos os agentes que fazem parte deste processo, sempre que a
realização dos seus direitos e deveres entra em dissonância (Akaah e Lund, 1994 in
Malheiro e Farhangmehr, 2007: 36).

20
4.3. Tabelas, Gráficos e Figuras

4.3.1. Como usar títulos, numeração, fontes e escalas

Todos os elementos gráficos (gráficos, tabelas e figuras) apresentados ao longo


do trabalho devem ser acompanhados de 3 elementos:
Numeração:
 Numeração deve ser sequencial em estilo árabe;
 Deve haver uma numeração distinta para tabelas, gráficos e imagens;
 Deve ser apresentada antes do título
Título:
 Qualquer elemento gráfico deve ter um título que resuma o conteúdo;
 Deve ser apresentado na parte superior
Fontes:
 Deve existir uma referência à fonte bibliográfica, que deve ser inserida
imediatamente em baixo do elemento gráfico;
 Formato da referência:
o Se autor: APELIDO, ano
o Se dados estatísticos: ORGANISMO, Estudo, Ano
 Se o elemento gráfico apresenta alterações face ao original, a referência
deve ser acompanhada da expressão “adaptado de…”
 Se o elemento contém dados primários ou é criado pelo próprio autor deve
ser acompanhado da expressão “elaboração própria”
No caso de o elemento gráfico conter valores ou referência a valores,
nomeadamente os gráficos e tabelas, deve ainda apresentar a escala utilizada. Esta
referência deve ser inserida na parte inferior do elemento gráfico, antes da referência.

4.3.2. Exemplos

QUADRO 4: Labour Productivity in EU15 NUTS II (GVA per Worker, 2000 Euros)
1995 2000 2004
Highest Productivity
Groningen (NL) 73639 76884
Luxembourg (LU) 71697 74331 73543
Ille de France (FR) 64122 68498 72574
Région de Bruxelles (BE) 65994 66400 70210
Hamburg (DE) 63757 62653 65937

21
Lowest Productivity
Alentejo (PT) 20190 23717 23287
Algarve (PT) 19370 22831 21473
Região Autónoma dos
15799 20276 21227
Açores (PT)
Norte (PT) 16361 17464 17413
Centro (PT) 16923 16554 17054

Mean EU27 35518 33821 36342

Source: Eurostat, (NewCronos, 2003).

QUADRO 5: Two perspectives of organization models


Technocentric perspective Anthropocentric perspective
Introduction of new technologies in order Introduction of new technologies in order
to concentrate the potential control over to obtain functional and organizational
production flexibility
Rigid working practices Flexible working practices
Centralization and specialization Decentralization and polyvalence
Vertical and horizontal division of work, Vertical and horizontal integration of
strong hierarchical and professional work, unclear division between workers’
divisions tasks
Centralized technical solutions Decentralized technical solutions
Fonte: adaptado de Kovacs (1998).

22
QUADRO 5: Peso do comércio intra-regional sobre o comércio intracomunitário, das
NUTS II da Eurorregião Galiza-Norte de Portugal (1995-2002)

35
30,4%
Norte
30
Galiza
25

20
16,3%
15
11,4% 11,1%
9,3% 8,8%
10 7,1% 7,0%

0
1995 2002 1995 2002

Chegadas Expedições

Elaboração própria; Fonte: “Anuário Estatístico da Região Norte: Comércio Internacional” – INE Portugal/
“Estatísticas do Comércio Exterior e Intracomunitário da Galiza” – Instituto Galego de Estatística (IGE).

QUADRO 6: PIB per capita (milhares de euros), na Galiza e Norte de Portugal, em


comparação com Espanha e Portugal (2002)

16 27% 30
25%
14 28% 25
12 Taxa de crescimento
18%
20
Milhares de euros

10
14,743

8 15
11,151
10,027

6
8,019

10
4
5
2
0 0
Portugal Norte Espanha Galiza

PIB per capita

Taxa de Crescimento 1995-2002

Elaboração própria; Fonte: “Anuário Estatístico da Região Norte: Contas Regionais” – INE Portugal/ “Contas
Económicas – Contabilidade Regional de Espanha” – INE Espanha.

23
QUADRO 7: Combinação das formas de organização e as culturas nacionais

Fonte: elaboração própria

4.4. Referências Bibliográficas

4.4.1. O sistema utilizado

O estilo Harvard é o estilo de referência bibliográfica mais usual a nível mundial,


nomeadamente nos periódicos científicos de referência. Este estilo baseia-se no uso de
dois elementos fundamentais: o apelido do autor e a data da publicação. Os trabalhos
citados são referenciados, por ordem alfabética (a partir do apelido do autor), na secção
designada de Bibliografia.
A referência bibliográfica a apresentar no final do relatório depende do tipo de
fonte a que se refere. Contudo, os elementos mais comuns são os seguintes:
 apelido do(s) autor(es), seguido de nome próprio
 ano da publicação
 local da publicação (apenas para os livros)
 editora (apenas para os livros)
 n.º da edição (apenas para os livros e caso não seja a primeira)
 volume e número (no caso de periódicos)
 primeira e última página do texto (no caso de partes de livros e artigos de
periódicos).

4.4.2. Como referenciar

Blog
APELIDO, PRIMEIRO NOME (Ano) Título da entrada do blog. Data de entrada do blog.
Título do blog [online]. [Data de acesso]. Dísponivel em: URL do blog.

24
Exemplo:
NEWTON, A. 2007. Newcastle toolkit. 16 January 2007. Angela Newton: Blog
[online]. [Acedido em 23 Fevereiro 2007]. Disponível em:
<http://elgg.leeds.ac.uk/libajn/weblog/>

Livros (um ou mais autores)


APELIDO, PRIMEIRO NOME (Ano) Título do livro [em itálico]. N.º da edição (se
não for a primeira), Cidade: Editora
Exemplo:
STAPLETON, John (1994) Marketing. 4ª ed., Lisboa: Presença
BENNETT, Peter D. et al. (1988) Marketing, New York, McGraw-Hill

Livros (formato electrónico)


APELIDO, PRIMEIRO NOME (Ano) Título do livro [em itálico] [online]. Cidade:
Editora. [Data de acesso]. Disponível em: URL do site
Exemplo:
McROBBIE, A. (1998) British fashion desig : rag trade or image industry?
[online]. London: Routledge. [Accessed 31 May 2006]. Available from World Wide Web:
<http://leeds.etailer.dpsl.net/Home/html/moreinfo.asp?isbn=0203168011>

Dados estatísticos
ORGANISMO, (Ano) Título [em itálico] [base de dados/publicação]. Tipo de
Inquérito, Unidade responsável pelo estudo
Exemplo:
Instituto Nacional de Estatística (2003) Inquérito de qualidade: censos 2001
[publicação]. XIV Recenseamento geral da população e IV Recenseamento geral da
habitação, INE

Capítulos de livros
APELIDO, PRIMEIRO NOME (Ano) Título do capítulo. In: APELIDO DO(S)
EDITOR(ES), ed(s). Título do Livro em itálico]. Cidade: Editora, Número da primeira e
última página do capítulo.

25
Exemplo:
COHEN, W. (1995) Empirical Studies of Innovative Activity. In: STONEMAN, P.
(ed.), Handbook of the Economics of Innovation and Technological Change, Oxford:
Blackwell, pp.182–264.

CD-ROM
Título[em itálico] (Ano) [CD-ROM]. Cidade: Editora
Exemplo:
Who's who 1897-1998 (1998) [CD-ROM]. London: Oxford University Press

Apresentações e actas de Conferências


APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Título da apresentação. In: Editor(es) das
actas, se conhecidos. Título da conferência[em itálico], data, localização. Cidade: Editora.
Primeira e última página do paper.
Exemplo:
ROBERTSON, J. (1986) The economics of local recovery. In: The Other
Economic Summit, 17/18 April 1986, Tokyo. London: The Other Economic Summit, pp.5-
10.

Dança – actuação ao vivo


COREÓGRAFO (Data de estreia) Título [em itálico]. Identificação do
artista/companhia [Data de visualização e local].
Exemplo:
ASHTON, F. (1940) Dante Sonata, The Royal Ballet [actuação visualizada em 10
July 2004, Lincoln Centre, New York]

Dança – vídeo
DIRECTOR/PRODUTOR (Ano da publicação ou primeira transmissão) Título de
vídeo ou programa[em itálico] [tipo de meio ex. vídeo], Empresa produtora ou Editor
[Título, Local; Identificação do artista/companhia].
Exemplo:
LOCKYER, B. dir. (1979) Sadler's Wells Royal Ballet [video for television
transmission], BBC TV. in association with R.M. Productions Munich [Les Patineurs,
Ashton; Pineapple Poll, Cranko].

26
Listas de discussão online (fóruns)
APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Título[em itálico]. Data em que foi adicionado.
Disponível em: Título do grupo de discussão[em itálico] [Data acedido].
Exemplo:
CRANSHAW, L. (2001) Nature license for 2001 and beyond: can your institution
afford it? 6 Feb 2001. Available from: lis e-journals [Accessed 21 March 2002].

Mensagens de Correio Electrónico


APELIDO, NOME PRÓPRIO. Título (assunto) [em itálico]. [online]. Messagem
para: Nome do Receptor. Data de envio. [Data de acesso]. Comunicação Pessoal.
Exemplo:
PRITCHARD, S. Your request for Information about ISO Standards[em itálico].
[online]. Message to: Margaret MORRISON. 18 February 2005. [Accessed 3 March 2005].
Personal communication.

Eprints and preprints


APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Título do artigo. Título do Journal[em itálico],
Volume (número), Primeira e última página do artigo. Prefixo ou número eprint.
Exemplo:
SUSANJ, Z. (2000) Innovative climate and culture in manufacturing
organizations: differences between some European countries. Social Science Information,
39 (2), pp. 349-361. 10.1177/053901800039002011 .

Documentos da União Europeia E.U. COM documents


Titulo[em itálico], COM (últimos dois dígitos do ano) número de série, final
Exemplo:
Proposal for a Council directive establishing a European Guarantee Fund to
promote cinema and television production, COM (95) 546, final

Filme ou vídeo
Título[em itálico]. Designação do material. Dirigido por [preferencialmente o
director]. Local de produção: Organização. Ano.
Exemplo:
Chicken Run. Animated film. Directed by Peter LORD and Nick PARK. Bristol:
Aardman. 2000.

27
Transcrição de Filme
APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano). Título do filme[em itálico]. [Arquivo da
transcrição]. Cidade.
Exemplo:
COBBAN, W. and CAMERON, B. (1998). Mountie: Canada's mightiest myth
[National Film Board of Canada documentary transcript]. Montreal.

Legislação da U.E.
Instituição de origem, forma (e.g. Regulamento, Directiva, Decisão) (tratado
institucional) (e.g. EEC/EC, ECSC, Euratom) Número único/ dois últimos dígitos do ano,
data de aprovação, título do documento.
Exemplo:
Comissão Europeia, Regulamento (CE) No. 2658/00 de 29 de Novembro,
relativo à aplicação do n.o 3 do artigo 81.o do Tratado a certas categorias de acordos de
especialização.

Legislação nacional publicada


Nomenclatura da Lei (L, DL, Portaria, etc.), número/dois últimos dígitos do ano
civil, Título da lei, Publicação, série, número, data, páginas.
Exemplo:
Decreto-Lei nº 208/2006, Lei Orgânica do Ministério da Economia e da Inovação,
Diário da República, 1ª Série, 208, (de 27 de Outubro de 2006), pp. 7483-7492.

Ilustrações
APELIDO AUTOR, NOME PRÓPRIO (Ano) Título[em itálico]. Tipo de material,
Em: Localização completa.
Exemplo:
GOSSE, S. (1912) The garden, Rowlandson House. Etching and aquatint, Em:
Londres: Museu Britânico, Departamento de Impressões e Desenhos. Número do registo
1915-27-41.

Imagem (Online)
APELIDO AUTOR, NOME PRÓPRIO (Ano) Título da imagem[em itálico] [online].
[Data de acesso]. Disponível em: URL.
Exemplo:
NEWRY INSTITUTE (2002) Current student [online]. [Acedido em 4 de
Dezembro 2002]. Disponível em: http://www.nkifhe.ac.uk/.

28
Entrevista
APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) [Comunicação pessoal]. Data em que a
entrevista foi conduzida.
Exemplo:
SCHAIE, K. 1993. [Comunicação pessoal]. 18 April.

Entrevista (gravada)
APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Entrevista com [nome do entrevistado] em
[Data]. Cidade. [Registo na posse do autor].
Exemplo:
SMUTS, D. 1987. Entrevista com o autor em 4 de Agosto de 1987. Cape Town.
[Registo na posse do autor].

Artigo de Revista Científica


APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Título do artigo. Título da Revista Científica
[em itálico]. Volume (número), primeira e última página do artigo.
Exemplo:
VIEIRA, E; NEIRA, I. (2004) Análise comparative regional de Espanha e
Portugal: implicações da investigação no desenvolvimento industrial (1995-2001),
Regional and Sectorial Economics Studies, Vol. 4 (1), pp. 107-120.
N.B. Usar “p.” para referência uma página e “pp.” para se referir a um intervalo
de páginas.

Artigo de Revista Científica (formato electrónico)


APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Título do artigo. Título da Revista
Científica[em itálico]. [online]. Volume (número), [Data de acesso], primeira e última
página do artigo. Disponível em: URL.
Exemplo:
Westwood, R. and Low, David R. (2001) The Multicultural Muse: Culture,
Creativity and Innovation. International Journal of Cross Cultural Management [online]. 3
(2), [Acedido em 9 de Maio de 2002], pp. 235-259. Disponível em: http://
http://ccm.sagepub.com.

Apontamentos/Material de apoio de aulas


APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano da apresentação) Título da apresentação,
notas distribuídas no tema [nome do tema]. Instituição de ensino, local e data. (não usar
itálico).

29
Exemplo:
VIEIRA, E. (2008) Concepção de um business plan, notas distribuídas na
unidade de Gestão de Projectos de Investimento. IPAM, Matosinhos em 31 de Outubro.

Artigo de revista
Ver artigo de revista científica

Obras de referência/Enciclopédias/Dicionários
Editores de obras de referência conhecidas podem ser omitidos, mas deve-se
citar as páginas consultadas: Título[em itálico]. (Ano) s.v. Título da secção, número de
página da citação (NB: sub-verbo, significa “ver em” direccionando o leitor para a
pesquisa sob outra secção).
Exemplo:
New Encyclopaedia Britannica (1988) s.v. Microradiography, 15ª ed. p.1374.

Mapa
ORGANISMO (Ano) Título do mapa[em itálico], edição, escala. Cidade: Editor
Exemplo:
Hallwag (1999) Mapa de Portugal, 9ª edição, 1:1.000.000. Lisboa: Turinta.

Mapa online
ORGANISMO (Ano) [identificação do local], escala, [online]. [Data de acesso].
Disponível em: URL.
Exemplo:
TeleAtlas (2008) Porto, 1:100, [online]. Acedido em 30 de Outubro de 2008.
Disponível em: http://www.viamichelin.pt.

Relatórios de estudos de mercado


NOME DA ORGANIZAÇÃO (Ano) Título[em itálico]. Cidade: Editora.
Exemplo:
MARKTEST (2008) Bareme Internet. Lisboa: Marktest.

Musica (editada)
AUTOR (Ano) Título da música[em itálico]. Subsidiary originator. Cidade: Editora.
Exemplo:

30
BRITTAIN, B. 1980. Eight folk songs arrangements for high voice and harp.
Osain ELLIS, ed. London: Faber Music.

Artigo de Jornal
APELIDO, NOME (Ano) Título do artigo. Título do Jornal[em itálico], data,
número da página da citação.
Exemplo:
WEBSTER, B. 2006. New speed camera puts more drivers in the frame. Times,
24 May, p.1.

Cartoon em Jornal
APELIDO DO CARTOONISTA, NOME PRÓPRIO (Ano) "Título do Cartoon"
Título do Jornal[em itálico]. data, página.
Exemplo:
BELL, S. 2006. "The alleged al-Qaida threat to Los Angeles". Guardian. 10
February 2006, p.29.

Relatório de Organização
ORGANIZAÇÃO (Não publicado, Ano) Título do relatório[em itálico]. Relatório
datado de [data].
Exemplo:
NSPCC. (Não publicado, 1988) NSPCC submission to the Home Office Advisory
Group on the admissibility of video recorded interviews. Relatório datado de Setembro de
1988.

Pintura
ARTISTA (Year) Título da obra, tipo de material, medidas. Galeria, Cidade.
Exemplo:
VAN GOGH, V. (1888) Sunflowers, óleo sobre tela, 92.1 x 73 cm. Galeria
Nacional, Londres.

Patentes e aplicações de patentes


Esta informação encontra-se na página de título da patente (originário refere-se
ao Inventor /Aplicador).
NOME DO ORIGINÁRIO (Ano) Título do documento da patente. Código da
Patente. Número da Patente.

31
Exemplo:
PHILIP MORRIS INC. (1981) Optical perforating apparatus and system.
European patent application 0021165 A1. 1981-01-07.

Podcasts
AUTOR (Ano) Título [online]. [Data de acesso]. Disponível em: URL [Podcast].
Exemplo:
LEEDS UNIVERSITY LIBRARY (2007) Brotherton library Guide [online].
[Acedido em 21 January 2008]. Disponível em: http://www.leeds.ac.uk/library/podcasts
[Podcast].

Nota de imprensa (Press release)


ORGANIZAÇÃO (Ano) Título. Nota de imprensa, data.
Exemplo:
NSPCC (1993) NSPCC launches justice for children campaign. Nota de
imprensa, divulgada em 17 de Março de 1993.

Sons gravados (sound recording)


ORIGEM (Ano) Título. Local de publicação e Nome do editor (separated by a
colon). Referência Número. Meio de suporte. Tempo de duração.
Exemplo:
THE COASTERS (1958) Sorry but I'm gonna (sic) have to pass. New York: WEA
International Inc. A4591C. Stereo Audiocassette, 3 min.

Publicidade televisiva (television advertisement)


EMPRESA/PRODUTO (Ano de produção) Descrição do anúncio (duração).
Television advertisement, Canal de televisão. Datas de observação.
Exemplo:
COCA COLA (2006) Santa handing bottles of coke to a girl every year at
Christmas until she turns into a woman (30 secs). Television advertisement, ITV3.
Visionado em 01/12/2006-25/12/2006.

Transmissão Televisiva
Título da série, número do episódio, título do episódio. Canal de televisão, data
completa e hora da transmissão.

Exemplo:

32
Prison Break, Episode 210, Rendezvous. TV, Five, 2007 March 19. 22.00 hrs.

Peça de teatro (produção própria)


APELIDO, NOME PRÓPRIO/COMPANHIA PRODUTORA (Ano) Título, artista,
director. Companhia de teatro.
Exemplo:
ODIN TEATRET. 1990. The Castle of Hostelbro, perf. Julia VARNEY, dir.
Eugenio BARBA. International tour: Nordisk Teaterlaboratorium/ Teatro Tascabile

Peça de teatro (produção de uma peça de autor)


APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Título, director, teatro: Companhia de teatro.
Estreia: Data.
Exemplo:
SHAKESPEARE, W. (1989) Pericles, Prince of Tyre, dir. David THACKER, The
Swan in Stratford-upon-Avon, Warks: Royal Shakespeare Company. Estreia: 6 de
Setembro de 1989.

Teses e dissertações
Usar informação da página de título (rosto):
APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Título. Tipo de qualificação, Instituição
académica.
Exemplo:
VIEIRA, E. (2007) Capital Humano como Factor de Convergencia: análisis
econométrico de la euroregion Galicia-Norte de Portugal (1995-2002). Tese de
Doutoramento, Universidad Santiago de Compostela.

Website com autor


Retirar a informação da webpage ou da homepage – usar a barra de título e os
créditos na base da página:APELIDO, NOME PRÓPRIO (Ano) Título [online]. [Data de
acesso]. Disponível em: URL.
Exemplo:
HAWKING, S. 2000. Professor Stephen Hawking's website [online]. [Acedido em
9 de Maio de 2002]. Disponível em: <http://www.hawking.org.uk/home/hindex.html>

Website sem autor

33
Título do site (Ano que aparece no site) [online]. [data de acesso]. Disponível em:
URL.
Exemplo:
Feminist Collections A Quarterly of Women's Studies Resources (2002) [online].
[Acedido em 9 de Maio de 2002]. Disponível em:
http://www.library.wisc.edu/libraries/WomensStudies/fcmain.htm

Vídeo YouTube
PSEUDÓNIMO (Ano) Título [online]. [Data de acesso]. Disponível em:
URLExemplo:
YANGSTER391991 (2007) Kunfu mix with breakdance!!! [online]. [Acedido em
23 de Fevereiro de 2007]. Disponível em: http://youtube.com/watch?v=qMZoZsRZxKY.

4.4.3. Alguns casos particulares

Situação 1
Dois ou mais textos do mesmo autor, publicados no mesmo ano
Solução:
Acrescentar as letras a, b, c,… ao ano da publicação
Exemplo:
In their promotional activities, champions often have to demonstrate the feasibility
of a project to a reluctant top management (Burgelman, 1983a). (…) The top-down or the
bottom-up championing process seems equally conceivable but it probably depends on
the type of innovation project (Burgelman, 1983b).

Esta inserção de letra deve igualmente repetir-se na lista de bibliografia no final


do trabalho.

Situação 2
Uma fonte bibliográfica tem três ou mais autores
Solução:
Usar o apelido do primeiro autor e acrescentar a expressão latina “et al.” [com
itálico], seguida do ano de publicação.

34
Exemplo:
Assim, torna-se cada vez mais importante desenhar e comunicar os patrocínios
de modo a garantir que os visitantes distingam corretamente os patrocinadores dos não
patrocinadores, prevenindo, dessa forma, o “Ambush Marketing” (Grohs et al., 2004).

4.4.4. Regras de Estilo

1. Utilizar apenas apelidos: quando se faz uso de uma referência bibliográfica


ao longo do texto, deve-se usar apenas o apelido do(s) autor(es), e não o seu nome
completo, ou mesmo a inicial do nome próprio.
Exemplos incorretos:
Para Philip Kotler (1999), o marketing define-se…
Para Philip (Kotler, 1999), o marketing define-se…
Para P. Kotler (1999), o marketing define-se…
Exemplo correto:
Para Kotler (1999), o marketing define-se…
2. Não usar abreviaturas: as abreviaturas podem não ser compreendidas pelo
leitor, para além de não serem português correto.
3. Repetição da referência bibliográfica no mesmo parágrafo: sempre que, no
mesmo parágrafo, se faz uso de ideias do mesmo autor, deve-se procurar evitar a
repetição dos dados bibliográficos. A única exceção é quando se faz uso da transcrição,
sendo necessário localizar na fonte o texto transcrito.
Exemplo incorreto:
A definição de uma Teoria Geral sobre a Ética no Marketing ganhou corpo com
os estudos desenvolvidos por Hunt e Vitell (1986). Estes autores procuraram sintetizar
num modelo descritivo o processo de decisão de Marketing sempre que as situações
envolvem um conteúdo ético (Hunt e Vittel, 1986).
Exemplo correto:
A definição de uma Teoria Geral sobre a Ética no Marketing ganhou corpo com
os estudos desenvolvidos por Hunt e Vitell (1986). Estes autores procuraram sintetizar
num modelo descritivo o processo de decisão de Marketing sempre que as situações
envolvem um conteúdo ético.
4. Como utilizar notas: as notas têm a função de apresentar informação
acessória ao texto. De modo a não dificultar o normal processo de leitura, o recurso às

35
notas deve ser moderado e com critério. Além disso, deve-se utilizar a nota de rodapé,
com numeração sequencial em estilo árabe.
5. Estrangeirismos: sempre que utilizados, os estrangeirismos devem ser
apresentados em itálico.
6. Siglas: sempre que for necessário usar siglas deve-se, na primeira vez que se
utiliza a sigla, escrever por extenso; paralelamente, e caso sejam em número elevado,
deve-se fazer uma listagem de siglas, a apresentar a seguir ao índice.

36
BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO, Carlos A. Moreira; AZEVEDO, Ana Gonçalves de, Metodologia Científica –


Contributos para a elaboração de Trabalhos Académicos, 7ª edição, UCE, Lisboa, 2004.

CARVALHO, João Soares, A Metodologia nas Humanidades – Subsídios para o Trabalho


Científico, Editorial Inquérito, 1994.

FREIRE, António, Técnicas de Expressão do Português, Edições, APPACDM, Braga,


1996.

Manual de Comunicação em Ciência – Como transmitir num minuto ou numa página anos
de trabalho e investigação, compilado por Anthony Wilson, editora Replicação, 2001.

Marconi, M.A. e Lakatos, E.M (2007) Fundamentos de Metodologia Científica, 6ª ed., São
Paulo, Editora Atlas.

REI, J. E, Curso de Redacção – O texto, Porto, s.d., Porto Editora.

SARTOUT, Colette, Da Escrita Universitária à escrita profissional, Colecção «Saber


Aprender», Porto Editora, Porto, 1992.

SOUSA, Gonçalo de Vasconcelos e, Metodologia da Investigação, redacção e


Apresentação de Trabalhos científicos, Livraria Civilização Editora, Porto, 2003.
VIEIRA, E. e Ferreira, P. (2009) Guia de Produção de Trabalhos Científicos, Porto,
Edições IPAM.

37

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