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E-DIREITO

1.DIREITO DE AUTOR E DIREITOS CONEXOS


DIREITO DE AUTOR E DIREITOS CONEXOS
“Direito de Autor” é reconhecida em todos os países da
União Europeia, nos países subscritores da Convenção de
Berna para a Protecção de Obras Literárias e Artísticas e
nos países membros do Tratado OMPI (Organização
Mundial da Propriedade Intelectual). Disposições legais
relevantes: 42º da Constituição da República Portuguesa
e 1º do CDADC.

“Os Direitos Conexos” são aqueles que protegem as


prestações dos artistas intérpretes ou executantes, dos
produtores de fonogramas e de videogramas e dos
organismos de radiodifusão.
DIREITO DE AUTOR E DIREITOS CONEXOS
Direitos de autor e direitos conexos constituem um
incentivo para a criação e o investimento em novas
obras e outro material protegido (música, filmes,
média impressa, software, performances,
transmissões, etc.) e sua exploração, contribuindo
assim para o aumento da competitividade, o emprego
e a inovação.

O campo do direito de autor é associado com os


aspectos culturais, sociais e tecnológicos importantes,
os quais têm de ser tidos em conta na formulação de
políticas nesse campo.
PARA QUE SERVE O DIREITO DE AUTOR?
O direito de autor serve para proteger os autores (escritores,
artistas, produtores, compositores musicais etc.) em relação às
obras por eles criadas.
Já no domínio das ciências, a protecção recai sobre a forma
literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico
ou técnico.
DIREITO DE AUTOR

Direito de Autor é um Direito do Homem e um Direito Fundamental,


consagrado na Constituição da República Portuguesa, que protege as
obras ou criações intelectuais.

O Código do Direito de Autor não foi feito para regular o novo meio de
comunicação que é a Internet, onde se congregam as potencialidades
dos meios tradicionais acrescentando-lhes a interactividade,
transformando o papel do utilizador em activo.

Neste texto o Código do Direito de Autor e a internet, centrando o


problema do Código na sua não abrangência dos problemas suscitados
pela informática e especialmente pela Word Wide Web (www).
DIREITO DE AUTOR
Direito de Autor é o conjunto de poderes, faculdades e
prerrogativas, de carácter patrimonial e pessoal, que a
lei confere ao autor literária ou artística, pelo simples
facto da sua criação exteriorizada, a fim de, livre e
exclusivamente utilizar e explorar ou autorizar que
terceiros utilizem e explorem essa obra, dentro do
respeito pela sua paternidade e integridade, e de
extrair vantagens económicas dessa utilização e
exploração.
DEFINIÇÃO DE DIREITO DE AUTOR
Direitos de Autor são as denominações empregadas em referência
ao rol de direito dos autores sobre suas obras intelectuais, sejam
estas literárias, artísticas ou científicas.

Segundo a doutrina jurídica clássica, esse rol encontram-se direitos


de natureza pessoal e patrimonial, também denominados,
respectivamente, direitos morais e direitos patrimoniais.
DEFINIÇÃO DE DIREITO DE AUTOR
É um ramo do Direito Civil que se rege,
essencialmente, pelas disposições do Código do
Direito de Autor e dos Direitos Conexos (CDADC).

Publicado pelo Decreto-Lei n.º 63/85, de 14 de Março,


com as alterações introduzidas pelas Leis n.ºs 45/85,
de 17 de Setembro, 114/91 de 3 de Setembro, pelos
Decretos-Leis nºs. 332/97 e 334/97, ambos de 27 de
Novembro, e pelas Leis nºs 50/2004, de 24 de
Agosto, 24/2006, de 30 de Junho e 16/2008, de 1 de
Abril.
O QUE SÃO OS DIREITOS CONEXOS?
Há muitas obras que precisam de outro nível de colaboração e de
envolvimento para serem produzidas ou executadas.

Por exemplo, um filme necessita de atores, de operadores de câmaras, de


sonoplastas, de um argumentista, etc.
Estas pessoas são os executantes.

Uma música pode precisar de um cantor/vocalista e de um ou mais


músicos que a toquem.
Estas pessoas são os intérpretes.

Todos estes profissionais também têm direitos, são os chamados Direitos


Conexos, que protegem o trabalho que fizeram para que a obra possa
existir.
DIREITOS CONEXOS
Numa linguagem mais técnica, os direitos conexos referem-se à protecção para
artistas intérpretes ou executantes, produtores fonográficos e empresas de
radiodifusão, em resultado de interpretação, execução, gravação ou divulgação
de criações.

Este tipo de protecção é vinculado ao direito de autor e não afecta as garantias


asseguradas à protecção de suas obras.

Os direitos de autor e os direitos conexos protegem diferentes pessoas.

Por exemplo, no caso de uma canção, os direitos de autor protegem o


compositor da música e o criador da letra; já os direitos conexos aplicam-se aos
músicos e ao cantor que interpretam a canção, ao produtor da gravação sonora
(também chamada de fonograma), na qual a música é incluída, e às empresas
de radiodifusão que transmitem a música.
DEFINIÇÃO DE DIREITOS CONEXOS
Os Direitos Conexos são aqueles que protegem as prestações dos
artistas, intérpretes ou executantes, do produtores de
fonogramas e de videogramas e dos organismos de
radiodifusão.

A tutela destes direitos em nada afecta a protecção dos autores


sobre a obra utilizada.

Na hierarquia do CDADC, o Direito de Autor prevalece sobre os


Direitos Conexos.
2.DIREITO DE AUTOR
MORAL PATRIMONIAL
DIREITO MORAL E PATRIMONIAL
A lei assegura ao autor de trabalhos intelectuais e
artísticos duas espécies de Direitos

1.Direitos Morais
2.Direitos Patrimoniais
DIREITOS MORAIS
A lei assegura:
A. Reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;

B. Ter seu nome ou pseudónimo indicado como sendo o do autor, na reprodução


ou utilização de sua obra;

C. Conservar a obra inédita;

D. Assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações;

E. Modificar a obra, antes ou depois de publicada;

F. Retirar de circulação a obra ou suspender uso já autorizado, se isso implicar


afronta à sua reputação e imagem.
DIREITOS MORAIS
Os Direitos morais/pessoais são
inalienáveis e irrenunciáveis, ou seja, não
podem ser transferidos para outra pessoa
mesmo que o autor queira.
Em caso de morte, os direitos relacionados
nos itens de “A a D” passam aos herdeiros,
sem prazo de prescrição.
DIREITOS PATRIMONIAIS
Os Direitos Patrimoniais do autor passam aos herdeiros e perduram por
70 anos, contados de 1º de Janeiro do ano seguinte ao da morte, e
podem ser transferidos/vendidos a outra pessoa, o chamado titular de
direitos, que não pode aparecer como autor.

Usufruir e dispor da obra, autorizando ou não a sua utilização;

Colocar à disposição do público a obra, na forma, local e pelo tempo


que desejar, cobrando ou não por isso;

Receber, no mínimo, 5% sobre o aumento do preço em cada revenda de


obra de arte ou manuscrito original.
DIREITOS PATRIMONIAIS
Depois de 70 anos da morte do autor a obra passa ao
domínio público e aí cabe ai Estado defender sua integridade
e autoria, assim como das obras de autores falecidos sem
herdeiros e das de autor desconhecido.

Se o autor tiver revisto e dado à obra sua versão definitiva, os


herdeiros não podem reproduzir versões anteriores.

O cônjuge não tem direito sobre as obras do autor, apenas


sobre a sua exploração, salvo se houver pacto antenupcial
em contrário.
DIREITOS PATRIMONIAIS

Tratando-se de obra anónima, aquele que a


publica exerce os direitos patrimoniais de
autor.
Ninguém pode reproduzir obra que não
pertença ao domínio público sem
permissão do autor, nem mesmo a pretexto
de comentá-la ou melhorá-la.
3. PROPRIEDADE INTELECTUAL E PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PROPRIEDADE INTELECTUAL/PRORIEDADE INDUSTRIAL

A Organização Mundial da Propriedade Intelectual


(OMPI) é uma entidade internacional de Direito
Internacional Público com sede em Genebra
(Suíça) integrante do Sistema das Nações Unidas.

Criada em 1967, é uma das 16 agências especializadas da


ONU (Organizações das Nações Unidas) e tem por
propósito a promoção da protecção da propriedade
intelectual ao redor do mundo através da cooperação
entre Estados.

Actualmente, é composta de 187 Estados-membros e


administra 26 Tratados Internacionais.
PROPRIEDADE INTELECTUAL/PRORIEDADE INDUSTRIAL
A Comissão Europeia também é responsável pela realização de
negociações sobre propriedade industrial e propriedade intelectual.

No âmbito da (OMPI) Organização Mundial da Propriedade


Intelectual (por exemplo, audiovisual, radiodifusão, direito de
sequência, bancos de dados, etc.) para participar das Assembleias
Gerais da OMPI relevantes, e contribuir para o trabalho de outros
fóruns internacionais sobre questões relacionadas com direitos de
propriedade intelectual, com vista a assegurar uma protecção
adequada dos direitos de propriedade intelectual (DPI)
internacionalmente.
PROPRIEDADE INTELECTUAL
A Propriedade intelectual é um
conjunto de direitos que abrange as
criações do conhecimento humano.

Divide-se, tradicionalmente em duas


grandes áreas:

Direito de Autor
Direitos Conexos
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Propriedade intelectual, é a soma dos direitos relativos às
obras literárias, artísticas e científicas, às interpretações
dos artistas intérpretes e às execuções dos artistas executantes,
aos fonogramas e às emissões de radiodifusão, às invenções em
todos os domínios da actividade humana, às descobertas científicas,
aos desenhos e modelos industrias, às marcas industriais,
comerciais e de serviço, bem como às firmas comerciais e
denominações comerciais, à protecção contra a concorrência
desleal e todos os outros direitos inerentes à actividade intelectual
nos domínios industrial, científico, literário e artístico.
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Em resumo propriedade intelectual é a criação do espírito, não importando a forma de
produção, exteriorização ou fixação.

Para que sua protecção ocorra, é preciso que a obra seja exteriorizada, não
permanecendo, portanto, apenas no “campo das ideias”.

Os trabalhos ou as produções literárias, artísticas e/ou científicas são classificadas como


propriedades intelectuais, tais como:
• Músicas;
• Literaturas em geral;
• Fotografias;
• Esculturas;
• Pinturas;
• Desenhos;
• Filmes;
• softwares;
• Etc.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
As criações intelectuais podem ser objecto de um direito de
propriedade ou seja um direito de propriedade industrial.

Este direito permite assegurar o monopólio ou o uso exclusivo


sobre uma determinada invenção, uma criação estética (design)
ou um sinal usado para distinguir produtos e empresas no
mercado.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
• A Propriedade Industrial (PI), em conjunto com os
Direitos de Autor e os Direitos Conexos, constituem a
Propriedade Intelectual.

• Enquanto a Propriedade Industrial tem por objecto a


protecção das invenções, das criações estéticas (design)
e dos sinais usados para distinguir produtos e empresas
no mercado, o Direito de Autor visa a protecção das
obras literárias e artísticas
(incluindo as criações originais da literatura e das artes).
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
4. REGIME JURÍDICO
REGIME JURÍDICO
o Direito de Autor é parte integrante do conceito de
propriedade intelectual de natureza sui generis ou seja
(o seu próprio género), visto que é presente na Lei,
salvo raras excepções, o autor deve ser pessoa física.

Direitos de autor é uma forma de propriedade


intelectual (como patentes, marcas e segredos
comerciais) são, aplicável na Lei a qualquer forma
exprimível de uma ideia ou informação que seja
substantiva e discreta.
REGIME JURÍDICO
Direitos de autor é um conceito jurídico, promulgada pela
maioria dos governos, que concede o criador de um
trabalho original Direitos exclusivos ao seu uso e
distribuição, geralmente por um tempo limitado, com a
intenção de permitir que o criador de riqueza intelectual:
(por exemplo, o fotógrafo de uma fotografia ou o autor de
um livro) para receber uma compensação pelo seu trabalho
e ser capaz de sustentar-se financeiramente.
5. NOÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROTECÇÃO DE OBRAS
NOÇÃO DE OBRA

Definição de Obra Direito do Autor

“É o conjunto de poderes, faculdades e prerrogativas, de


carácter patrimonial e moral/pessoal, que a lei confere ao
autor de uma obra literária ou artística, pelo simples facto
da sua criação exteriorizada, a fim de, livre e
exclusivamente utilizar e explorar ou autorizar que
terceiros utilizem e explorem essa obra, dentro do respeito
pela sua paternidade e integridade, e de extrair vantagens
económicas dessa utilização e exploração”.
NOÇÃO DE OBRA
Portanto podemos extrair desta definição
que os Direitos de Autor visam a garantia das
vantagens patrimoniais (económicas)
resultantes da exploração da obra; a fruição
da vertente moral do direito (independente e
complementar do direito patrimonial);
assegurar ao autor da obra as vantagens
advenientes da sua utilização e exploração e
garantir o respeito pela paternidade e
integridade da obra.
NOÇÃO DE OBRA
Sendo um bem jurídico, a obra é algo incorpóreo que pode ser objecto de direitos, um
bem imaterial que pode ser utilizado e fruído no espaço e no tempo por um número
indeterminado de pessoas sem que se deteriore ou extinga. São objectos de protecção
por direito de autor todas as criações intelectual que sejam concretizadas em obras
literárias, científicas, artísticas, como por exemplo:
• Programa de computador
• Base de Dados
• Drama
• Sinfonia
• Livro de Culinária
• Quadro
• Slogan Publicitário
• Maquete de Arquitectura
• Desenho Publicitário
• Página Web
CLASSIFICAÇÃO DE OBRAS
Podemos classificar uma obra como:

• Original
• Derivada
• Singular
• Plural
• Colectiva
• colaboração
• compósita.
CLASSIFICAÇÃO DE OBRAS
A Obra Original é aquela que é uma criação nova em absoluto, abrangendo
todas as criações dos domínios literário, artístico ou científico, qualquer que
seja o género, forma de expressão, mérito, modo de comunicação ou
objectivo.

A Obra Derivada pressupõe uma obra anterior da qual toma o motivo


inspirador, mas não se dispensa algumas criatividade. São exemplos as
traduções ou transposições de um género para outro. Para ser considerada
uma obra derivada não é exigida a novidade mas apenas a diferença da obra
de que procede ou deriva.

A Obra Singular é fruto de um esforço individual.

A Obra Plural nasce da conjugação de esforços de vários indivíduos podendo


ser uma obra colectiva ou uma obra em colaboração.
CLASSIFICAÇÃO DE OBRAS
Uma Obra colectiva é organizada e dirigida por iniciativa de uma pessoa
singular ou colectiva) e divulgada ou publicada em seu nome (exemplo
Jornal) a iniciativa de criação de uma obra colectiva, por regra, advém de uma
entidade empresarial.

Uma Obra em Colaboração é uma obra para cuja realização contribuíram


várias pessoas, quer possa ou não discriminar-se o contributo individual de
cada uma (exemplo Livro Científico). Neste caso é usualmente um núcleo de
pessoas quem toma a iniciativa de criação.

Por fim temos a Obra Compósita, aquela em que se incorpora total ou


parcialmente uma obra preexistente de outro autor sem a colaboração deste,
mas com a sua autorização quando necessária. Uma Obra Compósita pode
ser colectiva ou em colaboração ou até mesmo uma obra singular.
OBRAS PROTEGIDAS

São protegidas pelo Direito de Autor as criações


intelectuais do domínio, científico e artístico, por
qualquer modo exteriorizadas.

Para ser protegida, a obra deve, ainda, ser original.

O conceito de originalidade não se confunde com o de


novidade e pode ser definido, sinteticamente, como
individualidade própria ou criatividade.
OBRAS PROTEGIDAS
Uma Obra que se caracterize pela originalidade encontra-se
protegida ainda que o tema utilizado pelo autor já tenha
sido objecto de outra Obra do mesmo género ou de género
diverso.

As ideias, os processos, os sistemas, os métodos


operacionais, os conceitos, os princípios ou as descobertas
não são, por si só e enquanto tais, protegidos pelo Direito
de Autor.

Disposição legal relevante artigo 1º do CDADC


6.REGISTO
7.TITULARIDADE
8.TRANSMISSÃO DO DIREITO
9.AUTORIZAÇÕES
10.INTEGRIDADE
11.PATERNIDADE
12.DIREITO À CITAÇÃO
13.DURAÇÃO DO DIREITO
14.DOMÍNIO PÚBLICO
REGISTO
Apesar de o direito de autor ser considerado "automático",
no momento em que alguém cria uma obra, é impossível
provar que na verdade ele foi criado pelo autor original se
nunca foi registado.

Essa é a principal razão pela qual existem registos de


direitos autorais.

Nunca publique ou divulgue seus trabalhos criativos antes


de assegurar a devida protecção do direito de autor.
REGISTO

Para o correcto registo do direito de autor das suas obras intelectuais em


Portugal, deve submeter um exemplar de cada criação: (em formato digital ou
cópia física), juntamente com os seguintes dados).

• Título da obra;
• Autoria;
• Intérprete;
• Língua utilizada;
• Empresa editora ou procedência do registo magnético (caso haja);
• Data e hora da emissão (caso já tenha sido difundido/apresentado ao público);
• Responsável pela emissão (caso esta tenha acontecido).
TITULARIDADE
O autor da obra tem o direito de fruir e utilizar a obra no todo ou em parte,
podendo publicá-la, divulgá-la e explorá-la economicamente por qualquer meio,
nos termos da lei.

É conferido ao criador intelectual uma dupla faculdade:

a possibilidade de autorizar a divulgação da obra (direito positivo);


E o poder de proibir a utilização da obra (direito negativo).

Incumbe, portanto, aos criadores intelectuais a faculdade de definir o modo de


utilização da criação e a avaliação da viabilidade da publicação e das condições
em que pretendem publicitar as obras.

O direito de autor é, portanto, atribuído, ao criador intelectual da obra, salvo


casos excepcionais.
TITULARIDADE

O Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos (CDADC)

Prevê expressamente no artigo 11.º que o direito de autor pertence ao


criador intelectual da obra, salvo disposição expressa em contrário.

O titular do direito de autor sobre uma obra é, em princípio, e antes de


mais ninguém, o seu próprio criador, a pessoa de cujo esforço intelectual e
engenho a obra nasceu e de cujo espírito ela é o reflexo.

Autor significa, etimologicamente, o que cria; daí que seja ele, pela ordem
natural das coisas, o titular originário do direito sobre a sua criação.
TRANSMISSÃO DO DIREITO
Os direitos de carácter patrimonial podem ser
transmitidos pelo criador intelectual a favor de terceiro.

Tal significa que o titular originário, isto é o autor, o


criador intelectual da obra, bem como os seus sucessores
podem autorizar a utilização da obra por terceiro e ou
ceder ou onerar total ou parcialmente, o conteúdo
patrimonial do direito de autor sobre a obra .

Esta transmissão deverá ser reduzida a escrito e


especificar a forma autorizada de divulgação, publicação
e utilização e as condições de tempo, lugar e custo.
TRANSMISSÃO DO DIREITO
A transmissão do conteúdo patrimonial do direito de autor pode ser:

• Total
• Parcial.

A transmissão total e definitiva, só pode ser realizada por escritura pública, devendo-se
identificar a obra e o respectivo valor.

A transmissão parcial, cinge-se apenas aos modos de utilização designado no acto de


transferência e deve ser formalizada em documento escrito, com a indicação realizada
pelo signatário, do número, data e entidade emitente do respectivo bilhete de identidade
ou documento equivalente.

Neste documento deverão, também, ser mencionadas as condições de exercício (tempo,


lugar e custo) do direito de autor e as faculdades abrangidas pela transmissão.
AUTORIZAÇÃO DO AUTOR
A autorização do autor para a utilização de obras
intelectuais protegidas deve ser concedida por escrito,
presumindo-se a sua onerosidade e o carácter não
exclusivo.
Da autorização devem constar a forma de autorização
e utilização, bem como as respectivas condições de
tempo, lugar e preço. Artigo 41º do CDADC.
AUTORIZAÇÃO DO AUTOR

Depende de autorização do autor a radiodifusão sonora ou visual da


obra, tanto directa como por retransmissão, por qualquer modo obtida.

Depende igualmente de autorização a comunicação da obra em


qualquer lugar público, por qualquer meio que sirva para difundir sinais,
sons ou imagens.

Entende-se por lugar público todo aquele a que seja oferecido o acesso,
implícita ou explicitamente, mediante remuneração ou sem ela, ainda
que com reserva declarada do direito de admissão.
DIREITO À INTEGRIDADE
O autor tem a faculdade de assegurar a
genuinidade e a integridade da sua Obra.

Tal faculdade consiste no direito de opor-se à


sua destruição, a toda e qualquer mutilação,
deformação ou outra modificação da mesma e,
de um modo geral, a todo e qualquer acto que a
desvirtue e possa afectar a honra e reputação do
autor.
DIREITO À INTEGRIDADE
O conceito de integridade corresponde à estrutura/forma da obra, que é atacada
por actos de destruição e mutilação, enquanto o da genuinidade equivale ao seu
espírito/conteúdo, que é afectada por actos de deformação e modificação.

Estes dois conceitos não se sobrepõem nem equivalem, representando a obra “a


síntese resultante da conjugação daqueles dois elementos”. O direito à
integridade tem, por um lado, uma vertente positiva que consiste na faculdade de
modificação da obra atribuída ao autor, e por outro, uma vertente negativa, que
“configura um poder negativo de exclusão de terceiros” inibindo-os de
modificarem a obra, sem o consentimento do autor.

A justificação da permissão de modificação da obra pelo seu autor, assenta no


pressuposto de sendo a obra a reflexão da personalidade do autor, alterando-se
esta também será lícito ao autor modificar a obra ou autorizar terceiro que a
modifique.
DIREITO À INTEGRIDADE
O direito à integridade da obra é inalienável e irrenunciável, o contrário
levaria a uma despersonalização da obra.

São lícitas as modificações que não ultrapassem o mínimo ético


consagrado na lei, ou ultrapassando-o se forem autorizadas pelo autor,
vertente negativa, que “configura um poder negativo de exclusão de
terceiros” inibindo-os de modificarem a obra, sem o consentimento do
autor.

Como já foi dito, o autor não tem de autorizar todas as modificações, só as


que poderem potencialmente afectar a sua honra e reputação.

Não é exigida uma “afectação real e actual”, basta a “simples virtualidade


de afectação”.
DIREITO À INTEGRIDADE DA OBRA
Poderá, pois, verificar-se três espécies de modificações, a modificação introduzida
pelo autor, modificações introduzidas por terceiros com autorização do autor e as
modificações introduzidas por terceiros sem autorização do autor.

Ora, com os actos de mera modificação da obra, esta continua a mesma, ao invés da
transformação da obra em que se cria uma obra nova, derivada da transformada
(como é o caso da tradução ou da adaptação). Para qualquer tipo de transformação é
necessária a autorização escrita do autor, na qual deve precisar a qual fim se destina a
transformação.

No ambiente digital, a possibilidade de modificação de dados, e porventura de obras,


é fácil e rápida, o que pode atentar contra a integridade e genuinidade da obra,
atingindo o autor nos seus direitos morais. Qualquer utilizador com acesso a um
computador e internet pode usar programas, de fácil utilização, destinados
especificamente a manipular obras, como as musicais ou cinematográficas. Sendo
ainda mais fácil a alteração de texto.

Tal possibilidade no ambiente analógico é muito mais reduzida, por ser mais difícil,
lenta e dispendiosa. Mesmo que o autor tenha consentido na divulgação da obra, não
lhe pode ser garantido que a obra não irá ser modificada, alterada na sua estrutura ou
conteúdo, distorcida ou desenquadrada ou posteriormente difundida nestes termos.
PATERNIDADE

Salvo disposição em contrário, autor é o criador intelectual


da obra ou seja direito à paternidade da obras.

Presume-se autor aquele cujo nome tiver sido indicado


como tal na obra, conforme o uso consagrado, ou anunciado
em qualquer forma de utilização ou comunicação ao público.

Salvo disposição em contrário, a referência ao autor abrange


o sucessor e o transmissário dos respectivos direitos, artigo
27º do CDADC.
PATERNIDADE
No ambiente digital é frequente a violação do direito
normal à paternidade da obra.
Devido a estes novos métodos tecnológicos, é fácil alterar
e iludir os restantes utilizadores quanto à paternidade da
obra.
Um utilizador pode copiar uma obra e recolocá-la on-line
mas desta vez arrogando-a como sua, ou plagiá-la.
PATERNIDADE
No ambiente cibernético são ainda mais frequentes as
condutas dos utilizadores que cometem crime de violação de
direitos de autor.

Neste caso estamos perante a violação do direito moral da


paternidade.

A violação do direito à paternidade da obra é considerada


crime nos termos do artigo 196º do CDADC, (contrafacção),
porque se utiliza obra alheia como sendo sua, e nos termos
do artigo 198º do CDADC (violação do direito moral), quando
alguém se arroga a paternidade de uma obra ou prestação
que sabe não lhe pertencer.
DIREITO À CITAÇÃO

Em que condições posso citar uma obra?

É lícita, sem necessidade de consentimento do autor, a


inserção de citações ou resumos de obras alheias, quaisquer
que sejam o seu género e natureza, em apoio das próprias
doutrinas ou com fins de crítica, discussão ou ensino, e na
medida justificada pelo objectivo a atingir.

A citação não pode, porém, atingir a exploração normal da


obra, nem causar prejuízo injustificado aos interesses
legítimos do autor artigo 75º do CDADC.
Quatro requisitos, básicos para o direitos das citações
1. Ter sido a obra de origem tornada acessível ao público;
2. A citação seja conforme aos bons costumes;
3. Seja feita na medida justificada pelo fim a atingir;

4. Seja mencionada a fonte.

F. Pessoa (1990, p.44) “Ser feliz e deixar de ser vítima dos problemas”.
DURAÇÃO DO DIREITO
Segundo o disposto no artigo 31º do CDADC, o direito de
autor caduca 70 anos após a morte do criador
intelectual.

De acordo com a própria natureza do direito de autor, a


protecção inicia-se com a exteriorização da obra.

Torna-se assim importante, também para esta situação, a


colocação da data de conclusão da obra em todos os seus
suportes ou exemplares, de modo a serem afastadas
todas as dúvidas quanto aos prazos a respeitar.
DURAÇÃO DO DIREITO
Nos casos de obras realizadas em colaboração, o direito caduca 70 anos após
a morte do autor-colaborador que tiver falecido em último lugar.

No que tange às obras colectivas ou originariamente atribuídas a pessoa


colectiva, a caducidade do direito ocorre 70 anos após a primeira publicação
ou divulgação lícitas.

Os mesmos prazos são aplicáveis aos programas de computador e às bases de


dados.

Segundo o artigo 38º do CDADC, a obra cai no domínio público com a


caducidade dos prazos de duração do direito, ou seja:

Poderá a mesma ser livremente e gratuitamente explorada, cessando desta


sorte o direito exclusivo de exploração económica que era prerrogativa
soberana do autor ou do titular dos direitos.
DOMÍNIO PÚBLICO

Os direitos de autor dura por setenta anos contados de 1°


de Janeiro do ano subsequente ao falecimento do autor.

O prazo de protecção aos direitos que excedeu, pertencem ao


“domínio público”

Se o autor de um trabalho declarou que o trabalho deve ser


colocado em domínio público, então o trabalho deve ser
utilizado como se estivesse em domínio público.
DOMÍNIO PÚBLICO

Domínio público, no Direito da “Propriedade


Intelectual”, é o conjunto de obras culturais, de
tecnologia ou de informação (livros, artigos, obras
musicais, invenções e outros) de livre uso comercial,
porque não submetidas a direitos patrimoniais
exclusivos de alguma pessoa física ou jurídica, mas que
podem ser objecto de “Direitos Morais”.
15.CRIME DE USURPAÇÃO
CRIME DE USURPAÇÃO
O nº 1 do artigo primeira denominação do crime de usurpação
como utilização, não autorizada pelo autor ou artista, de uma obra
ou prestação.

O que quer dizer que um terceiro que utilizar a obra ou prestação


alheia, em qualquer das suas modalidades – reprodução,
transformação, distribuição ou comunicação da obra ao público,
necessita do consentimento do autor. Deste modo, qualquer
terceiro que utilizar a obra do autor, sem o seu consentimento está
a cometer o crime de usurpação.
CRIME DE USURPAÇÃO
Estamos, assim, perante a violação de direitos patrimoniais do
autor, que lhe asseguram a exploração económica exclusiva da
obra. Comete também o crime de usurpação quem, sem
autorização do autor, divulgar ou publicar uma obra não
divulgada ou publicada ou não destinada a tal, nos temos da
alínea a) do nº2 do art.195º.

Apesar de não incluída nesta alínea a expressão “sem


autorização do autor” esta está implícita, pois se a divulgação
ou a publicação fosse autorizada pelo autor seria lícita.

Estamos aqui perante a violação de um direito moral,


nomeadamente o direito ao inédito.
CRIME DE USURPAÇÃO
Como já referido, a obra pode já ter sido divulgada ou publicada, mas o autor
actualmente pode não querer que esta seja mais divulgada ou publicada. Um exemplo
desta situação será o exercício do direito de retirada, em que o autor quer retirar do
mercado e cessar todas as formas de utilização de obra.

Sendo um direito moral o seu titular só pode ser o criador intelectual da obra.

É a ele que cabe a decisão de não querer divulgar a obra e é ele que a tutela penal
protege. Não é exigido que com esta divulgação ou publicação o terceiro se propusesse
ou não obter uma vantagem económica e quer tenha efectivamente obtido ou não
qualquer vantagem económica.

A “especialidade só surge quando não há o objectivo de vantagem económica”,163


porque caso contrário a situação estaria já prevista no nº1. Diversamente, no antigo
Decreto-Lei nº 63/85 era considerada como circunstância agravante o facto de o agente
actuar com intenção de conseguir vantagem patrimonial.
16. CRIME DE CONTRAFACÇÃO
CRIME DE CONTRAFACÇÃO

Comete o crime de contrafacção quem utilizar, como


sendo criação ou prestação sua, obra, prestação de
artista, fonograma, videograma ou emissão de
radiodifusão que seja mera reprodução total ou
parcial de obra ou prestação alheia, divulgada ou não
divulgada, ou por tal modo semelhante que não
tenha individualidade própria.
CRIME DE CONTRAFACÇÃO
Se a reprodução referida representar apenas parte
ou fracção da obra ou prestação, só essa parte ou
fracção se considera como contrafacção.

Para que haja contrafacção não é essencial que a


reprodução, seja feita pelo mesmo processo que o
original, com as mesmas dimensões ou com os
mesmo formato.
CRIME DE CONTRAFACÇÃO
• Não importam contrafacção:

• A) A semelhança entre traduções, devidamente


autorizadas, da mesma obra ou entre fotografias, desenhos,
gravuras ou outra forma de semelhança do mesmo objecto,
se, apesar das semelhanças decorrentes da identidade do
objecto, cada uma das obras tiver individualidade própria;

• B) A reprodução pela fotografia ou pela gravura efectuada


só para o efeito de documentação da crítica artística.
A CONTRAFACÇÃO PODE REALIZAR-SE POR:

PLÁGIO PIRATARIA
17.PLÁGIO
PLÁGIO
O plágio é a imitação dissimulada e insidiosa. O plagiador
apodera-se da essência e expressão criativa e original de
outrem, e apresenta como se fosse sua a obra “sob veste ou
forma diferente”, “conferindo-lhe, muitas vezes de modo subtil e
ardiloso, uma configuração distinta”.

Ora, a cópia ipsis verbis, total ou parcial, de uma obra, em que só


se muda o nome do autor é fácil de identificar. Mas nem sempre
é assim, por vezes o infractor socorre-se de mecanismos de
disfarce, tentando encobrir, camuflar a cópia.
PLÁGIO
O plagiador apregoa uma falsa epifania camuflada e distractiva, e rouba
os frutos advenientes do esforço criativo intelectual de outrem. O
delito de plágio não tem conteúdo criativo, autónomo, não tem
individualidade própria, neste “nada se acrescenta à criação alheia” a
que se recorre. É por isso necessário identificar e punir esta prática.

Como concluiu o Tribunal da Relação de Lisboa, na aferição da


existência de plágio é forçoso identificar uma autêntica ausência de
criação, ausência de esforço criativo, e posteriormente devem “então
ser ponderadas as coincidências estruturais básicas ou essenciais que
podem denunciar o delito de plágio.”
PLÁGIO
Em resumo plágio significa- apropriar-se
indevidamente de uma obra, seja por meio de
cópia imitação, assinatura ou por apresentá-la
como se fosse de sua autoria.

Assim, tal ato caracteriza-se pela não-identificação


do nome da autor nem origem da obra.

Em muitos casos, cria-se uma situação em que a


obra parece ser de uma terceira pessoa e isso é
feito com o intuito de se obter vantagens qualquer,
o que constitui um verdadeira violação de direitos
de autor.
18.PIRATARIA
PIRATARIA
PIRATARIA

A prática da pirataria advém da conduta dos antigos


corsários, que pilhavam navios e embarcações pelo mundo.

Eles actuavam ilegalmente, pois, já naquela época, o saque


era considerado crime.

Hoje em dia, a pirataria ainda tem essa conotação criminosa


e está vinculada aos crimes contra os direitos de autores,
principalmente em razão da prática de falsificação.
PIRATARIA

A pirataria não costuma ficar circunscrita a um território reduzido,


ela transpõe fronteiras, e o que é mais grave, está comumente
associada a prática de outros crimes, como contrabando,
receptação, subornos, etc.

Muitos são os prejuízos causados pela pirataria, pois não se tem


conhecimento da procedência dos produtos falsificados, não há
garantias sobre eles, representam riscos à saúde, não há
recolhimento de impostos sobre tais produtos, provocam o
desemprego formal, entre outros.
19. DIREITO À IMAGEM
OS DIREITOS DO AUTOR DA OBRA FOTOGRÁFICA
Para que a fotografia seja protegida é necessário
que pela escolha do seu objecto ou pelas
condições de sua execução possa considerar-se
como criação artística pessoal do seu autor.

Não se aplica o disposto nesta secção às


fotografias de escritos, de documentos, de papéis
de negócios, de desenhos técnicos e de coisas
semelhantes.

Consideram-se fotografias os fotogramas das


películas cinematográficas 164º do CDADC.
OS DIREITOS DO AUTOR DA OBRA FOTOGRÁFICA

O autor da obra fotografia tem o direito exclusivo de a reproduzir,


difundir e pôr à venda com as restrições referentes à exposição,
reprodução e venda de retractos e sem prejuízo dos direitos de autor
sobre a obra reproduzida, no que respeita às fotografias de obra de
artes plásticas.

Se a fotografia for efectuada em execução de um contrato de trabalho


ou por encomenda, presume-se que o direito previsto neste artigo
pertence à entidade patronal ou à pessoa que fez a encomenda.

Aquele que utilizar para fins comerciais a reprodução fotográfica deve


pagar ao autor um remuneração equitativa 165º do CDADC.
DIREITO DE AUTOR vs. DIREITO DE IMAGEM

O direito à imagem faz parte de um conjunto de


direitos indispensáveis para a garantia de todas as
demais garantias do indivíduo.

Assim, o direito de quem aparece na fotografia, por


exemplo, é Direito de Imagem.

Essa pessoa poderá ser remunerada pela autorização


ou licença para o uso da sua imagem.
DIREITO DE AUTOR vs. DIREITO DE IMAGEM
O Autor da Obra fotográfica tem o direito
exclusivo.

O fotógrafo, pintor, designer, etc., detém


direitos sobre o resultado da sua actividade
intelectual (fotografia, ilustração, escultura,
etc.).

O artista também poderá ser remunerado pela


cessão, licença ou autorização sobre o uso de
sua obra.
DIREITO À IMAGEM

A todos são conhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento


da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à
imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à
protecção legal contra quaisquer forma de discriminação.

O retracto de uma pessoa não pode ser exposto, reproduzido ou lançado no


comércio sem o consentimento dela; depois da morte da pessoa retratada, a
autorização compete às pessoas designadas no 2º do artigo 71º, Código Civil
segundo a ordem nele indicada.
DIREITO À IMAGEM

Artigo 71º 2º do Código Civil (Direito à Imagem)

Não é necessário o consentimento da pessoa retratada quando


assim o justifiquem a sua notoriedade, o cargo que
desempenham, exigências de polícia ou de justiça, finalidades
científicas ou culturais, ou quando a reprodução da imagem vier
enquadrada na de lugares públicos, ou na de factos de interesse
público ou que hajam decorrido publicamente.

O retracto não pode, porém, ser reproduzido, exposto ou lançado


no comércio, se o facto resultar prejuízo para a honra, reputação
ou simples decoro da pessoa retratada.
20. DIREITO À VIDA PRIVADA
DIREITO À VIDA PRIVADA
Quem, sem consentimento e com intenção de devassar a vida
privada das pessoas, designadamente a intimidade da vida familiar
e sexual:

Interceptar, gravar, registar, utilizar, transmitir ou divulgar conversa


ou comunicação telefónica;

Captar, fotografar, filmar, registar ou divulgar imagem das pessoas


ou de objectos ou espaços íntimos;

Observar ou escutar às ocultas pessoas que se encontrem em lugar


privado;
DIREITO À VIDA PRIVADA
Divulgar factos relacionados à vida privada ou a doença
grave de outra pessoa;

É punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de


multa até 240 dias.

O facto previsto na alínea d) do número anterior não é


punível quando for praticado como meio adequado para
realizar um interesse público legítimo e relevante.
DIREITO À VIDA PRIVADA
• Gravações e fotografias ilícitas

1.Quem, sem consentimento:


• Gravar palavras proferidas por outra pessoa e não destinadas ao público,
mesmo que lhe sejam dirigidas; ou utilizar ou permitir que se utilizem as
gravações referidas na alínea anterior, mesmo que licitamente produzidas;

• é punido com pena de prisão até 1 ano com pena de multa até 240 dias.

2.Na mesma pena incorre quem, contra vontade:


• Fotografar ou filmar outra pessoa, mesmo em eventos em que tenha
legitimamente participado;
• Utilizar ou permitir que se utilizem fotografias ou filme referidos na alínea
anterior, mesmo que licitamente obtidos.
DIREITO À VIDA PRIVADA
• Meio de informática:

Quem criar, mantiver ou utilizar um ficheiro automatizado


de dados individualmente identificáveis e referentes a
convicções politicas, religiosas ou filosóficas, à filiação
partidária ou sindical, à vida privada, ou a origem étnica, é
punido com a pena até 2 anos de prisão ou com pena de
multa até 240 dias.

• A tentativa é punível
21. DIFUSÃO DE INFORMAÇÃO OU DE IMAGEM
DIFUSÃO DE INFORMAÇÃO OU DE IMAGEM

Dissemos que a Internet permite que os grupos sociais


estejam permanentemente conectados.

Por conta dessa permanente conexão, as informações e


imagens que circulam nessas redes também adquirem as
mesmas características propostas.

As informações e imagens que circulam nas redes sociais


assim tornam-se persistentes, capazes de ser buscadas e
organizadas, direccionadas a audiências invisíveis e
facilmente replicáveis.
DIFUSÃO DE INFORMAÇÃO OU DE IMAGEM

Quando focam esses valores que são gerados na rede social pelo espalhamento
dessas informações, temos valores de dois tipos:

aqueles sociais, ou seja, aqueles que são construídos na rede social e aqueles que
são apropriados individualmente pelos atores sociais.

Por exemplo, ao publicar uma determinada informação que seja considerada


relevante para a rede, um actor pode aumentar o conhecimento que circula o
grupo.

Por conta disso este actor pode ser receber, em troca, algum tipo de reputação do
grupo.

Essa reputação pode estar relacionada com a credibilidade das informações


divulgadas, com a relevância dessas informações para a rede e etc.

Com o tempo, o actor pode transformar essa reputação em alguma forma de


capital, seja através de fama, anúncios em seu blogs, centralização na rede e etc.
DIFUSÃO DE INFORMAÇÃO OU DE IMAGEM

Há tanto interesse do grupo em receber e fazer circular as


informações quanto dos atores em divulgá-las e repassá-las.

Difusão de informação nas redes sociais podem impactar as


práticas jornalísticas e em que medida essas colaborações
podem acontecer.

Não se trata, aqui, de dizer que as redes sociais não podem


produzir notícias ou colaborar na produção das mesmas
22. DIREITO DO AUTOR E MULTIMÉDIA
MULTIMÉDIA
O termo multimédia refere-se portanto a tecnologias com suporte digital para
criar, manipular, armazenar e pesquisar conteúdos.

Os conteúdos multimédia estão associados normalmente a um computador


pessoal que inclui suportes para grandes volumes de dados, os discos
ópticos como os (CDs-ROM,MINI-CD,CD-CARD e DVDs), abrange também
nas ferramentas de informática a utilização de arquivos ou ficheiros digitais
para a criação de apresentações empresariais, catálogos de produtos,
exposição de eventos e para catálogos electrónicos com mais facilidade e
economia.

Privilegiando o uso dos diversos sentidos visão, audição e tacto este tipo de
tecnologia abrange diversas áreas de informática

Em latim "media" é o plural de "medium", pelo que o termo "multi-media"


pode ser considerado um pleonasmo.
MULTIMÉDIA

Ao pretender abordar o tema da "multimédia" a primeira


questão que se nos depara é logo apreender com alguma
precisão o que seja.

Multimédia é a combinação, controlada por computador, de pelo


menos um tipo de média estática (texto, fotografia, gráficos) ou
com pelo menos um tipo de média dinâmica (vídeo, áudio,
animação).
23. REGIME JURÍDICO APLICÁVEL À INTERNET E
AO CORREIO ELECTRONICO
INTERNET E CORREIO ELECTRONICO
A internet é uma rede mundial de redes informáticas que
partilham uma tecnologia de comunicação comum.

Constitui um meio de comunicação global que é acessível em


quase todos os países do mundo.

Este meio de comunicação é utilizado para a celebração de


contractos seja em sítios da internet [websites] interactivos, que
permitem a contratação em linha, seja através de mensagens de
correio electrónico.
INTERNET E CORREIO ELECTRONICO
Os contractos celebrados através da internet são
com muita frequência contractos internacionais,
porque têm contactos significativos com mais de
um Estado soberano.

Os tribunais do foro só podem apreciar os litígios


emergentes destes contractos quando forem
competentes por força do Direito da Competência
Internacional.

O Direito material vigente na ordem jurídica do


foro só é aplicável a estes contractos quando o
Direito de Conflitos remeta para esta ordem
jurídica.
INTERNET E CORREIO ELECTRONICO
No entanto, não basta o carácter global da internet para conferir ao
contrato celebrado através deste meio de comunicação carácter
internacional.
É necessário que o próprio contrato seja internacional segundo o critério
de internacionalidade relevante, designadamente que a sua execução
implique uma transferência de valores através das fronteiras ou que
ponha em jogo interesses do comércio internacional
É designadamente o caso de todos os contractos que são celebrados
entre partes com residência ou estabelecimento relevante em
países diferentes ou que devem ser executados num país diferente
daquele em que as partes estão localizadas.
INTERNET E CORREIO ELECTRONICO
As vantagens do comércio electrónico são evidentes.

Qualquer pessoa com um computador, um serviço de acesso à internet e os


programas adequados pode realizar uma actividade económica transnacional
com custos mínimos.

Qualquer adquirente de bens ou serviços tem acesso aos sítios de fornecedores


de quase todo o mundo e pode frequentemente concretizar a sua transacção
em linha.

As ordens para o pagamento do preço são muitas vezes dadas em linha e, no


caso da aquisição de programas de computador ou de serviço prestado em
linha, o fornecedor também pode realizar a sua prestação através da internet.
INTERNET E CORREIO ELECTRONICO

Em Portugal toda a informação disponibilizada na


Internet pelas direcções gerais e serviços equiparados,
bem como os institutos públicos, pode ser livremente
utilizada pelo público que a ela acede, desde que se faça
menção da respectiva fonte, excepto menção expressa
em contrário.
INTERNET E CORREIO ELECTRONICO

“Refira-se ainda que a Internet é palco privilegiado para a


violação dos Direitos de Autor, aplicando-se, nesta
matéria, o Código do Direito de Autor e dos Direitos
Conexos, artigos 195º e seguintes, quanto aos crimes de
usurpação e contrafacção”.
24.REGIME JURÍDICO APLICÁVEL À
PROGRAMAS DE COMPUTADOR
REGIME JURÍDICO APLICÁVEL À PROGRAMAS DE COMPUTADOR

Lei de protecção jurídica dos programas de computador


(Decreto-Lei nº252/94, de 20 de Outubro, que transpõe
para a ordem jurídica interna a Directiva n.º
91/250/CEE, do Conselho de 14 de Maio que visa
conferir adequada protecção legal aos programas de
computador na Comunidade Europeia.
REGIME JURÍDICO APLICÁVEL À PROGRAMAS DE COMPUTADOR

Um programa de computador pode ser protegido de forma


semelhante às obras literárias desde que tenha carácter
criativo sendo indiferente o mérito da obra.

A protecção incide sobre a expressão do programa de


computador, sob qualquer forma.

Todas as disposições legais sobre a autoria e titularidade são


remetidas para o CDADC.
REGIME JURÍDICO APLICÁVEL À PROGRAMAS DE COMPUTADOR

Como nota adicional, salienta-se que embora


não tenha sido utilizada informação da Lei da
Criminalidade Informática que tipifica como
crime um conjunto de factos, esta deve ser
também considerada no conjunto de legislação
existente em Portugal sobre protecção jurídica
do software.
REGIME JURÍDICO APLICÁVEL À PROGRAMAS DE COMPUTADOR

Em determinadas situações os programas de


computador podem ser desenvolvidos em
colaboração entre vários autores considerando-
se neste caso a obra feita em colaboração o
direito de autor de obra neste caso pertence a
todos os que nela tiveram colaborado.

Em relação à duração do direito mantém-se a


caducidade de 70 anos após a morte do autor e
demais regras de regime jurídico do CDADC.
25. DIIREITO DE AUTOR E COPYRIGHT
DIIREITO DE AUTOR E COPYRIGHT
As indústrias do copyright são extremamente
importantes para a União Europeia, porque
envolvem meios de comunicação, cultural, e
indústrias do conhecimento.

Desenvolvimento nessas indústrias é indicativo


de desempenho na sociedade pós-industrial,
especialmente onde relacionadas com a
sociedade da informação.
DIIREITO DE AUTOR E COPYRIGHT
No que diz respeito ao aspecto
"internacional" eis alguns pontos importantes.
A criação original dispõe de um direito
automático, o direito de autor, em virtude da
sua existência (se o trabalho é original, nasce
então o direito autoral do autor sobre a
criação, sem quaisquer formalidades).

O direito de autor é reconhecido pela


Convenção de Berna em 164 países. Se o
depositante dispõe desse direito num dos
países signatários, então, para fazer valer esse
direito, disporá simultaneamente nos
restantes países. Em caso de cópia,
nomeadamente.
DIIREITO DE AUTOR E COPYRIGHT
Por conseguinte, além do aspecto teórico do
direito de autor, há o aspecto da prática. O
depósito tem por finalidade PROVAR o direito
através de um registro incontestável que
permite ao autor criar um laço probatório entre
a sua criação e a data de criação.

Aquilo a que se chama uma prova de


anterioridade, essencial para fazer valer o
direito de autor em particular.
DIIREITO DE AUTOR E COPYRIGHT

O Copyright é a sua solução de depósito e de protecção do seu património intelectual.

Em síntese o direito de autor existe em virtude da criação. Isto significa que, sem
formalismo ou formalidades, dispõe de um direito, automaticamente, por ser o autor de
uma obra, original, entenda-se. Na prática, evidentemente será necessário poder provar
esse direito de autor, esse copyright, através de qualquer prova ou meio de prova, que
permita atestar que, enquanto criador ou criativo, é o autor dessa criação. Sob reserva de
originalidade.

O depósito tem por finalidade estabelecer uma ligação absoluta e incontestável entre:

• O criador (autor),
• A criação (obra, texto, imagem, pagina na Web, projecto, etc.),uma data certa.
Copyright ou copyleft

Copyleft surge do trocadilho com “copyright”, o direito de copiar.

copyleft (um jogo com a palavra copyright) é a prática de usar a


lei de copyright para oferecer o direito de distribuir cópias e
versões modificadas de um trabalho e exigindo que os mesmos
direitos sejam preservados em versões modificadas do trabalho.

As licenças criadas pela organização permitem que detentores de


copyright ( isto é, autores de conteúdos ou detentores de direitos
sobre estes) possam abdicar em favor do público de alguns dos
seus direitos inerentes às suas criações, ainda que retenham
outros desses direitos.
Copyright ou copyleft
Em outras palavras, o copyleft é um método geral para a marcação de um
trabalho criativo como disponível gratuitamente para ser modificada, e
exigindo que todas as versões modificadas e estendidas do trabalho
criativo de ser livre também.

Copyleft é uma forma de e pode ser usado para manter as condições de


direitos de autor de obras como o software de computador, documentos e
arte.

Em geral, a lei de direitos autorais é usada por um autor de proibir os


destinatários de se reproduzir, adaptar, ou distribuir cópias do trabalho.

Em contraste, sob copyleft, um autor pode dar a cada pessoa que recebe
uma cópia de uma permissão de trabalho para reproduzir, adaptar ou
distribuí-lo e exigir que todas as cópias ou adaptações resultantes também
estão vinculados ao mesmo contrato de licenciamento.
Copyright ou copyleft

Licenças copyleft (para software) exigem que as informações


necessárias para reproduzir e modificar o trabalho deve ser
disponibilizada aos destinatários do executável.

Os códigos fontes arquivos geralmente contêm uma cópia dos


termos de licença e reconhecer o autor.

Licenças do tipo Copyleft é um novo uso da lei de copyright


existente para garantir uma obra permanece disponível
gratuitamente.
26.LICENÇAS CREATIVE COMMONS
Licenças Creative Commons
As licenças (CC) Creative Commons foram idealizadas para permitir a
padronização de declarações de vontade no tocante ao licenciamento e
distribuição de conteúdos culturais em geral (textos, músicas, imagens, filmes
e outros), de modo a facilitar seu compartilhamento e recombinação, sob
a égide de uma filosofia copyleft.

As licenças criadas pela organização permitem que detentores de copyright


( isto é, autores de conteúdos ou detentores de direitos sobre estes)
possam abdicar em favor do público de alguns dos seus direitos inerentes às
suas criações, ainda que retenham outros desses direitos.

Só pode ser operacionalizado por meio de um sortimento de módulos-padrão


de licenças, que resultam em licenças prontas para serem agregadas aos
conteúdos que se deseje licenciar.
Licenças Creative Commons
As Licenças Creative Commons permitem expandir a quantidade
de obras disponibilizadas livremente e estimular a criação de
novas obras com base nas originais, de uma forma eficaz e muito
flexível, recorrendo a um conjunto de licenças padrão que
garantem a protecção e liberdade - com alguns direitos
reservados.

As Licenças Creative Commons situam-se entre os direitos de


autor (todos os direitos reservados) e o domínio público
(nenhum direito reservado). Têm âmbito mundial, são perpétuas
e gratuitas. Através das Licenças Creative Commons, o autor de
uma obra define as condições sob as quais essa obra é
partilhada, de forma proactiva e construtiva, com terceiros,
sendo que todas as licenças requerem que seja dado crédito ao
autor da obra, da forma por ele especificada.
Licenças Creative Commons
As Licenças CC constituem um modo novo de conceder autorizações para a
utilização de obras intelectuais protegidas pelo direito de autor.

Podem atribuir ao utilizador de uma obra diversos direitos, sendo mais amplas ou
mais restritas consoante a vontade do autor, no exercício da sua autonomia
privada.

Algumas dessas licenças apenas permitem o uso, no exercício da sua autonomia


privada.

Algumas dessas licenças apenas permitem o uso privado daquele que acede à
obra; outras impõem que a transmissão da obra a terceiros se realize nos exactos
termos da licença inicial
27.PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
A “publicidade” é o acto ou o efeito de dar a conhecer
um produto ou um conjunto de produtos, incitando ao
seu consumo. Pode ser entendida como a arte de
convencer, persuadir e seduzir. É um processo
comunicativo que difunde informação através de
diferentes meios, tais como a televisão, a rádio, a
internet, e a imprensa escrita (jornais e revistas).
Publicidade e consumidor estão, sem dúvida,
relacionados, sendo esta relação um ciclo vicioso
baseado no facto de o consumidor ser vulnerável.
PUBLICIDADE
Os publicitários jogam cada vez mais com os instintos
do público que pretendem influenciar, tendo em
consideração as suas características e fazendo uso de
elementos persuasivos (música, cores, figuras
públicas). Elaboram muitas vezes anúncios nos quais a
realidade parece muito mais simples, apresentando
soluções para as inseguranças e os obstáculos
financeiros e morais dos consumidores.
PUBLICIDADE

Sem publicidade não existiriam algumas televisões publicidade pode manipular


os consumidores, levando-os à compra de produtos e serviços, estimulando o
seu consumo exagerado, podendo representar um obstáculo a uma livre escolha,
assim como um incentivo ao endividamento excessivo.

Em termos legislativos, existem diversas restrições à publicidade. No que toca


àquela que é dirigida a menores de idade, deve ter em conta a vulnerabilidade
psicológica das crianças e jovens, não podendo, por isso, incitar os mesmos a
adquirir um produto ou um serviço, que possa pôr em perigo a sua saúde e
segurança.

É o exemplo dos produtos alimentares, muito publicitados na televisão durante a


programação infanto-juvenil, que são excessivamente ricos em gordura e
açúcares, e por isso, pouco recomendáveis numa dieta alimentar saudável.
PUBLICIDADE
O consumo e a publicidade são o suporte da sociedade
consumista em que vivemos, influenciando-nos a toda.

A publicidade como processo comunicativo que é, informa sobre


os produtos e/ou serviços disponíveis, dando a conhecer
diferentes tipos de um mesmo produto para que o consumidor
escolha o que melhor se lhe adapta.

Incentiva ainda a concorrência e reduz os preços, pois quanto


mais as pessoas conhecerem o que é publicitado, maior será o
número de potenciais compradores e, consequentemente,
quanto mais o produto vender, menor será o preço a cobrar.
PUBLICIDADE

Relativamente às bebidas alcoólicas, são proibidos os


anúncios dirigidos a menores, bem como os que encorajem
consumos excessivos e sugiram sucesso, êxito social ou
aptidões especiais por efeito do seu consumo.

A divulgação deste tipo de publicidade é também proibida


entre as 7 e as 21.30 horas. No caso do tabaco e dos
medicamentos sujeitos a receita médica, não podem ser
publicitados em qualquer suporte. Concluindo, a
publicidade está regulamentada e deve obedecer às
restrições impostas pela lei.
PUBLICIDADE
Os organismos de defesa do consumidor, paralelamente,
fiscalizam e controlam a actividade publicitária, garantindo ao
consumidor informação e formação para que este consiga resistir
às armadilhas da publicidade.

As nossas decisões de consumo devem orientar-se pela


satisfação das necessidades de acordo com o nosso rendimento.
Devemos fazer escolhas de consumo racionais e conscientes, não
nos deixando persuadir pelas técnicas e estratégias publicitárias.

Embora reconheçamos as vantagens da publicidade na sociedade


actual, como consumidores, devemos agir de forma crítica e
responsável.
28.MARKETING
MARKETING
Em inglês, market significa "mercado", e por isso o
marketing pode ser compreendido como o cálculo do
mercado ou uso do mercado. O marketing estuda as causas
e os mecanismos que regem as relações de troca (bens,
serviços ou ideias) e pretende que o resultado de uma
relação seja uma transacção (venda) satisfatória param todas
as partes que participam no processo.

Apesar disso, marketing significa mais que vender, porque a


venda é um processo de sentido único.
MARKETING

Marketing, em sentido estrito, é o conjunto de técnicas


e métodos destinados ao desenvolvimento das vendas,
mediante quatro possibilidades:
(preço, distribuição, comunicação e produto).

Em sentido amplo, é a concepção da política


empresarial, na qual o desenvolvimento das vendas
desempenha um papel predominante.
MARKETING
O objectivo final é assegurar a obtenção do maior benefício possível.

No marketing são aplicados conhecimentos avançados a respeito da


prospecção de mercados e a sondagem de opiniões.

O marketing pretende maximizar o consumo, a satisfação do


consumidor, a escolha e a qualidade de vida.
MARKETING
O marketing tem uma área de actuação muito ampla, com
conceitos específicos direccionados para cada actividade
relacionada, por exemplo, o marketing cultural, o
marketing político, o marketing de relacionamento, o
marketing social, entre outros.

O trabalho do profissional de marketing começa muito


antes da fabricação do produto e continua muito depois da
sua venda. Ele é um investigador do mercado, um
psicólogo, um sociólogo, um economista, um comunicador,
um advogado, reunidos em uma só pessoa.
MARKETING
Em Administração de Empresas,
Marketing é um conjunto de actividades
que envolvem o processo de criação,
planeamento e desenvolvimento de
produtos ou serviços que satisfaçam as
necessidades do consumidor, e de
estratégias de comunicação e vendas
que superem a concorrência.
MARKETING
Em marketing, o conceito de valor pode ser definido como todos os benefícios
gerados para o cliente em razão do sacrifício feito por este na aquisição de um
produto ou serviço.

Oferecer ou agregar valor é um conceito directamente relacionado com a


satisfação do cliente, um dos principais objectivos do marketing.

O conceito de marketing afirma que a tarefa mais importante da empresa é


determinar quais são as necessidades e desejos dos consumidores e procurar
adaptar a empresa para proporcionar a satisfação desses desejos.

O conceito de marketing é bastante amplo, podendo apresentar várias


vertentes diferentes, como por exemplo, marketing pessoal.
MARKETING

Com o alcance proporcionado pela internet e a explosão de redes


sociais, surgiu o conceito de Marketing, em que as empresas
buscam uma aproximação com os consumidores e potenciais
clientes, monitorando suas opiniões sobre os serviços ou produtos
oferecidos pela empresa.

O Marketing digital consiste em uma abordagem que utiliza a


internet e outros meios digitais como instrumento para atingir os
seus objectivos.

Desta forma, os consumidores têm papel fundamental na criação


de novos produtos e serviços, adequados às reais necessidades do
mercado.
28. REGIME DE VENDAS À DISTÂNCIA
VENDAS À DISTÂNCIA
“Regime de Vendas a Distância”. As vendas à distância caracterizam-se pela
ausência de contacto físico entre o comprador e o vendedor, aquando da aquisição
de um bem ou de um serviço. Quer o sistema de venda/prestação de serviços, o
meio de comunicação e a celebração do próprio contrato são caracterizados pela
distância. Ainda que o produto seja entregue pessoalmente, não deixará de se
tratar de uma venda à distância.

A lei obriga a que o consumidor disponha, em tempo útil e antes da celebração do


contrato, entre outras, das seguintes informações: identidade do fornecedor
(incluindo o endereço geográfico); características, preço do bem/serviço (incluindo
taxas, impostos e despesas de entrega, caso existam); modalidades de pagamento,
de entrega ou de prestação do serviço; existência do direito de desistir/terminar o
contrato e qual a forma de o fazer; prazo de validade da oferta ou proposta
contratual; duração mínima do contrato.
VENDAS À DISTÂNCIA

O consumidor pode, no prazo de 14 dias (incluindo fins-de-semana e feriados)


desistir do contrato, sem pagar qualquer indemnização ou indicar o motivo. O
prazo conta-se a partir da data da celebração do contrato ou da recepção do
bem/início da prestação do serviço.

Este prazo pode ser alargado para 3 meses, no caso de o fornecedor não prestar
informações essenciais sobre o contrato (ex. informação sobre os meios que o
consumidor tem para desistir).O pedido de desistência deve ser dirigido ao
fornecedor, por escrito (carta registada com aviso de recepção), devendo o
consumidor conservar uma cópia em sua posse, bem como, os comprovativos
do correio.
VENDAS À DISTÂNCIA
Salvo acordo em contrário, o consumidor não pode desistir,
nomeadamente, nos seguintes casos: sempre que autorize que a
prestação de serviços se inicie antes do prazo de 14 dias;
fornecimento de bens ou prestação de serviços cujo preço
dependa de flutuações de taxas do mercado (ex. num contrato
de crédito habitação em que as taxas oscilam); fornecimento de
bens confeccionados de acordo com indicações do consumidor
(ex. um fato encomendado ao alfaiate, móveis encomendados à
medida); fornecimento de gravações de áudio e vídeo, de discos
e de programas informáticos sem selo de garantia (ex. fazer
cópia do CD e, depois, querer desistir); fornecimento de jornais e
revistas (ler a revista e, depois, querer devolve-la); serviços de
apostas e lotarias.
VENDAS À DISTÂNCIA
Se o preço do bem tiver sido coberto por um crédito, o contrato de crédito considera-se
automática e simultaneamente terminado, sem que o consumidor tenha de pagar
indemnização, caso termine o contrato dentro de 14 dias. Deve enviar uma carta
registada com aviso de recepção a dar conhecimento da desistência do contrato à
entidade financeira.

De acordo com a lei, o fornecedor deve entregar a encomenda no prazo máximo de 30


dias. Em caso de incumprimento do contrato por indisponibilidade do bem ou serviço
encomendado, o fornecedor deve informar e reembolsar o consumidor até 30 dias a
contar da data do conhecimento daquela inexistência. Se a devolução não ocorrer nesse
prazo, o fornecedor tem mais 15 dias para restituir o dinheiro, mas em dobro.

O comércio electrónico constitui uma modalidade de compra e venda à distância,


através da qual se adquirem bens (ex. um livro ou programa informático) ou se
contratam serviços (como uma passagem de avião, a reserva de um quarto de hotel, o
aluguer de um automóvel e o acesso a uma base de dados).
30. BASE DE DADOS
AS QUESTÕES DE SEGURANÇA CRIPTOGRAFIA E PROTECÇÃO DE DADOS
BASE DE DADOS
“Bases de Dados”. O Decreto-Lei Nº
122/2000, de 4 de Julho, transpôs para
a ordem jurídica portuguesa a
Directiva do Parlamento Europeu e do
Conselho nº 96/9/CE, de 11 de Março,
relativa à protecção jurídica das bases
de dados.

Base de dados é definida como


“colectânea de obras, dados ou outros
elementos independentes, dispostos
de modo sistemático ou metódico e
susceptíveis de acesso individual por
meios electrónicos ou outros”.
BASE DE DADOS

A base de dados só é protegida pelo direito de autor se


constituir uma criação intelectual, ou seja, se preencher
o requisito da criatividade.

Tal é aferido pela selecção ou disposição dos respectivos


conteúdos. O titular da base de dados goza do direito
exclusivo das faculdades de reprodução, transformação,
distribuição e comunicação ao público da base de
dados.
BASE DE DADOS
Quem, sem autorização do titular da base de dados,
reproduzir, divulgar ou comunicar ao público com
fins comerciais, uma base de dados criativa comete
o crime de reprodução, divulgação ou comunicação
ilegítima de base de dados protegida, punido com
pena de prisão até três anos ou com pena de multa.
31. PROTECÇÃO DE DADOS
PROTECÇÃO DE DADOS
Como protecção de dados pessoais entende-se a possibilidade
de cada cidadão determinar de forma autónoma a utilização
que é feita de seus próprios dados pessoais, em conjunto com
o estabelecimento de uma série de garantias para evitar que
estes dados pessoais sejam utilizados de forma a causar
discriminação, ou danos de qualquer espécie, ao cidadão ou à
colectividade.

A ideia de estabelecer uma protecção autónoma aos dados


pessoais é o desenvolvimento mais recente da protecção da
privacidade e do próprio direito à privacidade, cujas raízes
remontam ao final do século XIX e que consolidou-se
basicamente como uma garantia a evitar a intromissão alheia
em assuntos privados.
PROTECÇÃO DE DADOS
Com o amplo desenvolvimento das tecnologias da informação,
o perfil desta garantia transmudou-se lentamente à medida
que as informações pessoais passaram a representar a própria
pessoa em inúmeras situações, tornando necessário o
desenvolvimento de um instrumento para o efectivo controlo
destas informações para que se pudesse ao fim proteger a
própria pessoa.
PROTECÇÃO DE DADOS

Existem empresas de segurança de dados no mundo e é confiável


para fornecer soluções de protecção de dados quanto aos dados
mais críticos para empresas líderes de mercado ao redor do mundo.

Soluções de protecção de dados garantem que informações


extremamente valiosas fiquem seguras durante todo o seu período
de existência, fornecendo protecção de dados do data center para a
nuvem.

Protecção de dados, possui um significado genérico bastante amplo,


na terminologia jurídica refere-se em geral à protecção de dados
pessoais.
32. CRIPTOGRAFIA
CRIPTOGRAFIA
“Criptografia e controlo de Dados”. As soluções de criptografia e controle de dados da Safe Net
destinam-se a dados confidenciais, fornecendo protecção contínua durante o seu ciclo de vida,
onde quer que estejam.

As informações são protegidas a todo momento, desde a sua criação por um funcionário em um
laptop da empresa, ao serem compartilhadas com um parceiro de negócios por e-mail,
armazenadas em um banco de dados da empresa, processadas por um aplicativo e acessados
por um técnico de campo em um dispositivo móvel.

As soluções de criptografia e controle de dados oferecem protecção aos bancos de dados,


aplicativos e mainframes localizados nos data centers, além de protecção a arquivos e
criptografia de disco completa dos usuários finais.
HÁ 2 TIPOS DE CHAVES CRIPTOGRAFICAS:

Chaves simétricas Chaves assimétricas


(criptografia de chave única) (criptografia de chave pública)
CRIPTOGRAFIA
A criptografia é um ramo especializado da teoria da
informação com muitas contribuições de outros campos
da Matemática e do conhecimento.

A criptografia moderna é basicamente formada pelo estudo


dos algoritmos de criptográficos que podem ser
implementados em computadores.

Criptografia (Do Grego kryptós, "escondido", e gráphein,


"escrita") É o estudo dos princípios e técnicas pelas quais
a informação pode ser transformada da sua forma original
para outra ilegível, de forma que possa ser conhecida
apenas por seu destinatário (detentor da " chave secreta"),
o que a torna difícil de ser lida por alguém não autorizado.
CRIPTOGRAFIA
Uma informação não-cifrada que é enviada de uma pessoa (ou
organização) para outra é chamada de "texto claro" (plaintext).

Cifragem é o processo de conversão de um texto claro para um


código cifrado e decifragem é o processo contrário, de recuperar
o texto original a partir de um texto cifrado.
33. REPOSITÓRIOS DIGITAIS
REPOSITÓRIOS DIGITAIS
Existem entendimentos e definições diferentes sobre
repositórios de informação ou repositórios digitais.

A questão mais relevante para esta diversidade é a


grande variedade de contextos, comunidades,
objectivos e práticas ligadas à criação e funcionamento
destes repositórios.
REPOSITÓRIOS DIGITAIS
Algumas características foram identificadas como
diferenciadoras dos repositórios, relativamente a outras
colecções digitais.
Os conteúdos são depositados num repositório, quer
pelo autor, proprietário ou por terceiro;
A arquitectura do repositório gere tanto conteúdo como
meta de dados;
O repositório oferece um conjunto de serviços básicos
mínimos, colocar, encontrar, pesquisar, controlo de
acesso.
REPOSITÓRIOS DIGITAIS
Um repositório digital é aquele onde conteúdos digitais, recursos, estão
armazenados e podem ser pesquisados e recuperados para uso posterior.
Um repositório suporta mecanismos de importação, exportação,
identificação, armazenamento e recuperação de recursos digitais.

No entanto, mesmo esta definição é geral e pode ser aplicada a diferentes


sistemas de informação. Torna-se, assim, necessário, clarificar quais os
aspectos e características dos repositórios digitais que os diferenciam de
base de dados, de sistemas de gestão de conteúdos, e de outros que
armazenam conteúdos digitais.
REPOSITÓRIOS DIGITAIS

O repositório deve ser sustentável e fiável, bem enquadrado e


bem gerido.

O foco e a motivação para criar repositórios digitais podem


também diferir, de acordo com o contexto e as comunidades
onde foram construídos e, consequentemente existe alguma
variação nos serviços que disponibilizam, numa variedade de
diversas áreas funcionais, como o acesso ligado aos recursos,
modalidades novas de publicação, partilha de dados (reutilizar
objectos de aprendizagem e de dados de pesquisa.
REPOSITÓRIOS DIGITAIS

Existem entendimentos e definições diferentes sobre repositórios


de informação ou repositórios digitais.

A questão mais relevante para esta diversidade é a grande


variedade de contextos, comunidades, objectivos e práticas ligadas
à criação e funcionamento destes repositórios.

De sistemas mundiais, cobrindo todos os assuntos, permitindo a


qualquer pessoa colocar ou editar informação, a institucionais ou
sistemas por assuntos, unicamente para utilizadores autorizados,
com procedimentos de aprovação e de controlo de qualidade.
REPOSITÓRIOS DIGITAIS
Ao mesmo tempo, como muitas comunidades de
práticas bibliotecas, aprendizagem a distância,
sistemas de informação, publicações, arquivos e
gestão de registos convergem e têm um papel activo
no desenvolvimento de repositórios digitais, será útil
explicitar e analisar o sentido dos repositórios.

Em suma um repositório digital é aquele onde


conteúdos digitais, recursos, estão armazenados e
podem ser pesquisados e recuperados para uso
posterior.
34. INSTITUIÇÕES (SPA, IGAC, CNDP)
Sociedade Portuguesa de Autores

A (SPA) Sociedade Portuguesa de Autores é uma cooperativa de


responsabilidade limitada, findada em 1925 para a Gestão do Direito do
Autor, nos termos da legislação nacional (Código do Direito de Autor e
dos Direitos Conexos), aprovado pelo decreto-lei nº 63/85, de 14 de
Março.

Autoriza a utilização das obras dos titulares de direitos de autor que


representa (nacionais e estrangeiros, que sejam autores, seus
sucessores ou cessionários). Actua através da representação dos
autores portugueses de todas as disciplinas literárias e artísticas que
nela estejam inscritos.

Conta actualmente (2013) com cerca de 23 mil inscritos, tendo


legitimidade para representar em Portugal os autores inscritos nas 170
sociedades congéneres existentes em 90 países de todos os
continentes.
Sociedade Portuguesa de Autores
A s funções da Sociedade Portuguesa de Autores é de: (Autoriza a utilização das obras
dos titulares de direitos de autor que representa, fixando as respectivas condições de
utilização e cobrando os direitos respectivos distribuindo-os pelos respectivos titulares
e Complementarmente, desempenha funções de carácter social e cultural.

As obras que constituem o repertório da Sociedade Portuguesa de Autores são:

• Obras literárias, originais, traduzidas ou adaptadas.


• Obras dramáticas e dramático-musicais e respectiva encenação.
• Obras musicais, com ou sem letra.
• Obras coreográficas.
• Obras radiofónicas, televisivas, cinematográficas e multimédia.
• Obras de artes plásticas, arquitectura, urbanismo, "design" e fotográficas.
• Obras publicitárias.
• Obras informáticas (programas de computador)
Inspecção-geral das Actividades Culturais
A (IGAC) Inspecção-geral das Actividades Culturais tem como
missão primordial auditar o desempenho das entidades
organicamente integradas e dependentes do Secretário de
Estado da Cultura, garantir a segurança dos espectáculos
artísticos, promover e defender os autores e autenticar e
classificar os conteúdos culturais. Em resumo a Inspecção Geral
das Actividades Culturais, é uma organização, parte do Ministério
da Cultura Português. É a organização responsável pela
classificação dos jogos de vídeo, filmes e media relacionadas
lançado em Portugal
Inspecção-geral das Actividades Culturais
Os filmes são avaliados utilizando as seguintes classificações:

• M/4 Para crianças de 4 anos e acima. Conteúdo com esta classificação deve ser de curta duração
e de fácil compreensão e não deve provocar medo e/ou de colidir com a sensação de fantasia
desta idade.

• M/6 Para crianças de 6 anos e acima.

• M/12 Para crianças de 12 anos e acima. Esta avaliação é de conteúdo que, devido à sua extensão
e complexidade, pode provocar nos espectadores mais jovens fadiga e psiquiátricos de trauma.
Espectadores mais jovens devem ser acompanhados por um adulto.

• M/16 Para crianças de 16 anos e acima. Esta avaliação é de conteúdo que explora, em termos
excessivos, aspectos da sexualidade, violência, física e psíquica. Espectadores mais jovens devem
ser acompanhados por um adulto.

• M/18 Para as pessoas de 18 anos e acima. Esta avaliação é para conteúdos de natureza sexual
explícito e / ou que explora formas patológicas de violência física e psíquica. Espectadores mais
jovens devem ser acompanhados por um adulto, embora se eles são jovens demais, a pessoa
responsável para a admissão nos cinemas pode negar a entrada.
Comissão Nacional de Protecção de Dados

A (CNPD) Comissão Nacional de Protecção de Dados já tem


disponível um formulário electrónico específico para os
tratamentos de dados, no âmbito dos controlos de alcoolemia
e outras substâncias psicoactivas feitos a trabalhadores, em
conformidade com a Deliberação nº 890/2010.
Com o elevado número de Instituições a ter acesso a dados
pessoas dos clientes, foi criada em Portugal uma Comissão
Nacional de Protecção de Dados pessoais (CNPD), para garantir
que as instituições não invadam a privacidade dos titulares dos
dados, certificando-se que apenas utilizam os dados para a
finalidade da recolha.
Comissão Nacional de Protecção de Dados
Como tal, qualquer empresa que utiliza ou cria
um sistema de informação deve, primeiro que tudo,
apresentar o sistema perante esta comissão, para a sua
aprovação.

A CNPD é uma entidade administrativa independente


com poderes de autoridade, que funciona junto
da Assembleia da República cuja função é o controlo e a
fiscalização do processamento de dados pessoais, em
rigoroso respeito pelos direitos do homem e
pelas liberdades e garantia consagradas na Constituição e
na Lei.
CONVENÇÃO DE BERNA
A Convenção de Berna relativa à protecção das obras literárias e artísticas,
também chamada Convenção da União de Berna ou simplesmente Convenção
de Berna, que estabeleceu o reconhecimento do Direito de Autor entre nações
soberanas, foi adoptada na cidade de Berna (Suíça), em 1886.
A Convenção da União de Berna (CUB) nasce na década de 1980,fruto dos
trabalhos que resultaram na Association Littéraire et Artistique
Internacional (em francês: Associação Literária e Artística Internacional)
de 1878, desenvolvida por insistência do escritor francês Victor Hugo.
Antes da sua adopção, as nações frequentemente recusavam reconhecer os
direitos de autor de trabalhos de estrangeiros.
Por exemplo, um trabalho publicado em Londres por um britânico estaria
protegido pelas leis do direito de autor no Reino Unido mas poderia ser
reproduzido livremente na França, tal como um trabalho publicado
em Paris por um francês estaria protegido pelo direito de autor em França, mas
poderia ser reproduzido livremente no Reino Unido.
CONVENÇÃO DE BERNA
Com a Convenção de Berna, autores oriundos de outros países signatários passaram a
ser tratados da mesma forma que os autores locais.

Convenção foi revista em Paris (1896) e Berlim (1908), completada em Berna (1914)
revista em Roma (1928), Bruxelas (1948), Estocolmo (1967) e Paris (1971), e
emendada em 1979. Desde 1967 que a Convenção é administrada pela World
Intelectual Property Organization (WIPO), incorporada nas Nações Unidas em 1974.

O Reino Unido assinou a Convenção em 1887 mas não implementou uma grande
parte das disposições durante os cem anos seguintes.

Já os Estados Unidos recusaram inicialmente a convenção porque tal implicaria uma


alteração significativa à sua lei de Direito de Autor (particularmente no que diz
respeito a direitos morais, remoção do requerimento de registo das obras, tal como a
eliminação da obrigatoriedade do aviso de copyright).

Só em 1988 o Reino Unido adoptou efectivamente a Convenção de Berna, seguido em


1989 pelo Estados Unidos.

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